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Universidade Candido Mendes Pós-Gradução em Logística Empresarial Disciplina: Metodologia Docente: Celso Discente: Alexandre Vaz Maluf
Gravata História, Símbolo & Personalidade.
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Dedicatória
Dedico ao meu Deus, criador de todas a s coisas.
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Agradecimentos
Agradeço à minha família,
e à minha noiva Luiza, que é muito especial.
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Índice
Introdução ::: pag. 5 Contexto ::: pag. 6
1. História da Gravata ::: pag. 6 Sua origem......6 A era de ouro...... 8 Extra: Croácia ...... 8
2. Símbolo & Personalidade ::: pag. 10
Extra: Mulheres de Gravata......16
3. Análise descritiva ::: pag. 17 Especificações...... 17 Tipos de nós...... 18 Gravatas de fecho...... 26
4. Curiosidades ::: pag. 27 Rebeldes sem causa e suas gravatas......27 Brummel, o herói......27 Conclusão ::: pag. 28 Bibliografia ::: pag. 29
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Introdução
Gravata...você já pensou de onde surgiu esse hábito social que dia após
dia aperta os pescoços masculinos simbolizando elegância?
É impossível pensar no mundo dos negócios e esquecer seu uniforme
básico: a famosa dupla “Terno e Gravata”. Como o tema dessa monografia
tornou-se livre, interessei-me por pesquisar um assunto inédito, o segundo
elemento dessa dupla. Desejei compreender essa curiosa peça do vestuário
que, particularmente, vive no meu pescoço...
Essa pesquisa desdobrou-se em dois enfoques que se permeiam: sua
história, e seu caráter simbólico & representatividade da personalidade
humana. Logicamente, acrescentou-se a isso uma análise descritiva e
curiosidades sobre o tema.
Descubra a seguir, os pormenores dessa engravatada abordagem.
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Contexto
1. A História da Gravata
Sua Origem
“Os primeiros indícios do uso de acessórios semelhantes a uma gravata
datam do terceiro século A. C.. Durante algumas escavações, em 1974, foram
desenterrados 7.500 corpos de guerreiros chineses. Todos tinham no pescoço
um tipo de lenço, vagamente parecido com uma gravata.
No entanto, o que realmente originou o uso da gravata em larga escala
em todo o mundo foi a Guerra dos Trinta Anos, que devastou a Europa durante
o século XVII. Esta guerra colocou o Sagrado Império Romano contra a
Aristocracia Boêmia Protestante.
Os franceses, pertencentes ao segundo grupo, tinham seu exército
formado quase que inteiramente por mercenários. Dentre eles havia um grupo
de guerreiros croatas, que tinham como parte da vestimenta um tipo de lenço
no pescoço, semelhante ao que seriam as gravatas pouco depois. Os
guerreiros franceses, então, começaram também a utilizar este adereço.
Ao fim da guerra, a aristocracia francesa, buscando assemelhar–se a
seus guerreiros para conquistar a simpatia do povo, começou também a usar
os lenços no pescoço. O rei da Inglaterra, saindo de seu exílio na França, levou
a seu país a nova moda.
A partir daí, o uso das gravatas se espalhou por toda a Europa, ajudado
pelo frio daquela região, já que aqueciam o pescoço das pessoas. Com a
expansão marítima, o uso se espalhou também pelos novos continentes.“
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Leia também esse texto extraído do livro 'La grande Historie de la Cravate'
(Flamarion, Paris, 1994), de Francoise Chaile que nos conta, com mais
detalhes, sobre os aspectos deste ícone da moda e sua posterior difusão:
"(...) Por volta do ano de 1635, um grupo de 6 mil soldados e cavaleiros vieram
a Paris manifestar seu apoio a Luis XIII e Richelieu. Entre eles havia um grande
número de mercenários Croatas que, separados pelo exílio, permaneceram a
serviço do rei Francês.
O uniforme tradicional destes Croatas despertavam a atenção pelo curioso xale
amarrado de uma maneira muito exclusiva ao redor de seus pescoços. Os
xales eram feitos de vários tecidos, desde os grosseiros tecidos usados pelos
soldados ao fino algodão e a seda dos oficiais. A elegante "moda Croata"
imediatamente conquistou a França, que regalou-se por este novo item de
moda, o qual era, até então completamente desconhecido na Europa.
Para os nobres oficiais franceses que estiveram na guerra dos anos trinta a
vantagem do xale croata de pescoço era sua grande praticidade, em contraste
com o colarinho que tinha de ser mantido branco e cuidadosamente engomado.
O xale era amarrado em torno do pescoço e pendia livremente sem a
necessidade de maiores cuidados, o que significava grande praticidade em
combinação com outros ornamentos bem como para a elegância, o que para
os duros e altos colarinhos utilizados era uma tarefa difícil pois os longos e
grossos cabelos dos soldados os escondiam.
Por volta do ano 1650, durante o reinado de Luis XIV, ele foi aceito na França
por toda a alta corte, a qual sempre teve simpatia pelos enfeites militares, e a
novidade da moda 'a la croate', trouxe a expressão que logo mais originaria a
palavra francesa cravate. A novidade se tornou no símbolo da cultura e da
elegância.
A última palavra da moda foi levada para a Inglaterra por CharlesII, depois de
seu retorno do exílio e dez anos mais tarde, a novidade da moda conquistara a
Europa e também as colônias no continente americano (...)"
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A Era de Ouro da Gravata
O século XIX foi marcado por combates ideológicos entre quem usava
gravatas brancas e quem usava gravatas pretas. Estas últimas começaram a
se espalhar pela Europa naquela época, o que não era aprovado pelos
tradicionalistas da gravata branca. Apesar desse "combate", os anos 1800
foram a era de ouro da gravata, com manufatureiros surgindo por todos os
lados. Guias sobre nós tambem surgiam.
Começavam também discussões sobre a gravata e a personalidade.
Nessa época começa a aparecer um tipo de gravata que mais tarde seria
chamado de gravata borboleta.
Essa foi uma era sem igual no mundo de fantasia que girava em torno
da gravata. Livros, discussões filosóficas, muita coisa girava em torno da
gravata. Naquele momento surge uma classe obrigada a usar gravata em seu
trabalho: os funcionários de escritórios.
Extra: Croácia
A Croácia é a pátria mãe da gravata, como a frança é a pátria mãe da alta
moda, o Brasil do café, a suíça do queijo e dos relógios, Portugal do porto...
Para os que estão em busca da gravata Croata autêntica, todos os caminhos
levam para Zagreb. Na capital da Croácia a prestigiada companhia Kravata-
Croata segue a antiga tradição dos fabricantes deste item de vestimenta, a qual
tem vindo, de geração a geração, no senso cultural, como a marca de
identificação de uma nação.
As gravatas croatas são feitas somente de seda italiana de alta qualidade, em
vários padrões: twill, woven, jacquard. Todos eles são feitos à mão e são
distinguidos por seus vários detalhes de precisão e fabricação impecável.
A qualidade destas gravatas, seu corte, comprimento e padrão alcançaram o
nível do mais alto prestígio como marca registrada mundial.
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Os motivos são modernos, criados pelos estilistas croatas e diferem de acordo
com as várias coleções, dependendo da estação do ano e as tendências do
mercado. Muitos motivos tem sido inspirados pela história Croata e a herança
cultural: escrita Glagolitica, decoração tri-entrelaçada, Dux Croatorum, a costa
Adriática...
Desde que seja um produto original, a kravata-Croata tem sido uma marca de
identidade específica. Ela é acompanhada pela história da origem croata da
gravata impressa na caixa e a história dos motivos se a gravata foi fabricada de
acordo com o critério tradicional. Com sua secular tradição a gravata tem sido
um símbolo nacional, o qual, graças à posição geográfica da Croácia, através
dos séculos, tem combinado o refinamento e o exotismo oriental com a
elegância do desenho ocidental.
Como herdeira direta do "Croatian style" (estilo croata), a Kravata-Croata é
uma marca exclusiva, muito mais requisitada nos dias de hoje, e especialmente
apreciada entre políticos, diplomatas e executivos.
Até hoje é impossível não se convencer da beleza e qualidade dessas
gravatas, cujo sucesso foi reconhecido no mercado europeu, americano e
asiático. Entre as gravatas e lenços, a Kravata-Croata oferece uma completa e
variada coleção de produtos, os quais incluem porta gravatas, lenços de uso
diário e noturno, coletes e braçadeiras, bem como xales femininos.
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2. Símbolo & Personalidade
É interessante notar como a sociedade econômica, em amplas
proporções, aceita instintivamente este adereço como símbolo de elegância e
poder, sendo obrigatório em qualquer reunião de negócios do mundo moderno.
Está incutido em nossos hábitos...mas o que será que um índio acha deste
acessório? Com certeza, dentro de sua cultura, esse não é um símbolo que
aumente a valoração de alguém, provavelmente uma cocar grande com penas
diferenciadas, ou uma pintura especial no corpo tenham esses papéis.
A priori, os objetos surgiram de necessidades imediatas, visando
melhorar as condições de sobrevivência, sendo posteriormente aperfeiçoados.
O xale foi criado como proteção contra o frio na área do pescoço, contudo, a
primeira referência de gravata já se apresentava como um adereço militar que
trazia uma identidade visual ao exército croata, além de proteger contra o frio.
Ele se tornou um símbolo que uniu visualmente e “emocionalmente” os dois
exércitos pois os guerreiros franceses passaram a usá-la também. E a
aristocracia francesa passou a usá-la visando conquistar a simpatia do povo ao
parecer com os seus guerreiros. A gravata virou um ícone, a identidade visual
daquela luta.
É lógica que a utilidade de proteção contra o frio auxiliou na sua
aceitação e difusão, contudo, a gravata, sempre possuiu um aspecto muito
mais iconográfico, funcionando como um símbolo ideológico, como observado
no trecho “A Era de Ouro da Gravata” (ver acima).
Podemos identificar que começa a ocorrer discussões sobre a gravata e
a personalidade. Balzac escreveu que a gravata de um homem de gênio é bem
diferente da de um homem medíocre. Todo homem deveria saber qual a
gravata ideal para seu temperamento, como tratá–la, limpá–la, passá–la.
Essa diversidade começou a partir de mais da metade do século XIX:
“Juntamente com as listras, as bolinhas – que se assemelham a pontos
impressos por lápis – estão entre os primeiros motivos a enfeitar gravatas. O
pintor impressionista Edouard Manet, por exemplo, posou em 1870 para Nadar,
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o precursor da fotografia, orgulhosamente encoleirado com um inusitado
foulard pontilhado. Até aquele tempo, homem algum atrevia-se a ostentar
semelhante ilustração em adornos de colarinho. Tal fantasia era tida como
exclusividade do guarda-roupa feminino.”
Elocubrações sobre a gravata não cessam, como por exemplo, a frase
do escritor Oscar Wilde que, sempre ousado e espirituoso, diz: “ Dar um bom
nó na gravata é primeiro passo sério na vida de um Homem”
A gravata foi se desenvolvendo durante os tempos, acompanhando a
evolução de outras peças de vestimenta, até chegar ao estágio em que se
encontra hoje.
Apesar de mudanças um pouco drásticas na moda dos anos 50 e 60, a
gravata permaneceu com seu formato clássico até hoje. No entanto, isso não
impediu que uma pessoa se expresse por sua gravata, através de diferentes
estampas, materiais, nós e acessórios, que vêm fazendo do século XX um
capítulo à parte na história das gravatas.
Não se sabe exatamente quem foi o criador do modelo de gravata
utilizado nos nossos tempos. Sabe–se que elas foram se desenvolvendo e se
adaptando às mais diversas situações.
Enfim, vive-se ainda, nos dias atuais, o paradigma da moda e das grifes
que agregam aos objetos de mesma função, valores monetários totalmente
dispares. Esse fenômeno também ocorre com as gravatas, que passam a ter
de acordo com a grife e o material o valor status, sendo “a gravata” no meio de
tantas gravatas...”gravata dez real, dez real, quem quer gravata?...”
Leia a seguir um texto que exemplifica como a busca humana em ser
diferente e superior se repete na evolução das gravatas.
“A metamorfose do petit-point, de design aceitável para clássico, se deu
nos anos 20, como uma espécie de reconhecimento da ascensão social de Sir
Thomas Lipton. Sim, Lipton aquele do chá Lipton
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Pequeno vendedor de Glasgow, nascido em 1850, Lipton chegou a
possuir 300 mercearias aos 40 anos de idade. Reconhecido como o Imperador
do Chá no Império Britânico, acabou Lord aos 50, na virada do século.
Iatista e bon vivant inveterado, Lipton transformou suas gravatas de
seda azul com petits-points brancos em um novo ícone da elegância inglesa.
Como quase toda excentricidade inglesa, essa também haveria de cruzar o
Canal da Mancha.
Fundada em Paris em 1838 por Christophe Charvet (filho de um
camareiro do guarda-roupa de Napoleão III) e situada na Place Vendóme
desde 1878, a casa de Charvet-santuario das camisas sob medida e das
gravatas feitas à mão – sempre enfeitou as golas de vários clientes exigentes.
Entre eles, o compositor Claude Debussy, o escritor Marcel Proust, o Ator Gary
Cooper e o Pres. John Kennedy.
Nos anos 30, a Maison Charvet lançou com sucesso outra estampa de
gravatas à base de bolinhas. Com formatos maiores com tamanhos de
confetes ou pequenas moedas, tais bolinhas ficaram conhecidas na França
como pastilles, por se parecerem com pastilhas de guloseimas.
Multicoloridas, executadas em tramas contrastantes e consideradas
menos clássicas que as de petits-points, as gravatas pastilles têm presentes
nos lançamentos de todos os grandes fabricantes de gravatas de qualidade,
como Ermenegildo Zegma, Robert Talbott, Salvatore Ferragano, Gucci,
Hermes e, claro, a própria Charvet.
Pois é, assim como as adamascadas, a xadrezas e as decoradas com
pequenos animais, as pastilles, vão e voltam. Mas as com design em petits-
points fabricadas em sedas puras, raras e caras, nunca saem de moda. Porque
sugere ao mesmo tempo fantasia e discrição, é alegre sem perder o ar
cerimonioso. Silvio Berlusconi, desde que se tornou um mega empresário e
entrou na política italiana, nunca mais usou outro tipo de gravata.
Nas raras ocasiões em que coloca uma, Giorgio Armani veste uma
assim. Em resumo, ela parece capaz de emprestar aquele ambicionado toque
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de refinada simplicidade a todo homem que a amarra com classe em volta do
pescoço.”
Esse “fetiche” em torno das grifes, dá origem a publicações
especializadas que variam seus temas e também escrevem sobre grandes
personalidades e suas respectivas gravatas. Há também muitos estilistas
famosos criam gravatas para suas coleções. Alguns artistas criam novas
texturas, novos looks, criam exposições de gravatas. Pode-se dizer que hoje
em dia há um "mundo artístico" girando em torno das gravatas.
Tudo isso, gera atitudes um tanto exageradas, em que pessoas que
possuem coleções enormes de gravatas. Como, por exemplo, o Sr. Charles
Leeman que tem mais de mil e novecentas gravatas e nunca usou uma mais
de uma vez. Sua coleção engloba gravatas de diversas estampas e materiais,
cada uma para ser usada em um tipo específico de ocasião. Para esses, a
gravata é algo comunicativo.
A seguir você poderá ver exemplificado essa realidade de valorização
dada às gravatas por suas grifes em sites especializados.
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Extra: Mulher de gravata
Antigamente era moda entre as mulheres o uso de gravatas. Mais
recentemente, algumas feministas reviveram isso, com o intuito de demonstrar
sua capacidade perante os homens. Isso depois foi abolido, já que as mulheres
não queriam igualar-se ao homem. Queriam mostrar-se tão boas quanto eles,
sem no entanto imitá-los.
Curiosidade:
Antigamente, os príncipes guerreiros usavam suas gravatas de modo
displicente nas batalhas, pois não tinham tempo para arrumá-las. Eles apenas
enrolavam-nas no pescoço, sem dar nó nenhum. Esta maneira de vestir se
tornou moda entre as mulheres daquela época, que as usavam para ficar mais
elegantes a atraentes.
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3. Análise descritiva
Especificações
As gravatas possuem atualmente um formato relativamente padrão,
diferenciando-se sobremaneira quanto aos tecidos utilizados, assim como
estampas e cores.
Os tecidos mudaram muito. Foram do natural ao semi–sintético, depois
ao totalmente sintético e voltaram ao natural ou a tecidos mistos. Hoje em dia,
vários tipos de tecido são utilizados na confecção de gravatas. Cada um tem
suas vantagens e desvantagens, e deve ser tratado de maneira diferente. Os
mais utilizados são o poliester e a seda.
A seguir segue um desenho esquemático das medidas de gravata
padrão:
Medidas gerais
Comprimento total 145 cm
Largura extremidade mais larga 9,5 cm
parte central 3,0 cm
extremidade mais estreita 3,5 cm
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Tipos de nós
A seguir você poderá ver os diversos tipos de nós, e como fazê-los.
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A gravata de fecho
No século XVII, alguns reis, como Luís XIV, tinham seus próprios "gravateiros".
Estes eram responsáveis por produzir gravatas para reis e também dar-lhes
consultoria de moda . As pessoas que não tinham dinheiro para ter seu próprio
"gravateiro" ou que não tinham tempo para dar o nó usavam gravatas com
fecho atrás. Até hoje este tipo de gravata existe, usadas por pessoas que não
sabem dar nó, ou que não têm tempo para fazê-lo. Os que preferem gravatas
mais puristas condenam totalmente o uso destes modelos.
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4. Curiosidades
Rebeldes sem causa e suas gravatas
No início dos anos 1770 o macarrão italiano era introduzido em Londres.
Os rapazes de família rica, que viajavam sempre à Italia, usavam gravatas
gigantescas, com muitos penduricalhos, consideradas feias e piegas. Eles
eram chamados de macaronis. Pouco depois surgiram os incroyables, que
usavam gravatas ainda mais estapafúrdias que as dos macaronis. Os
incroyables são considerados por muitos os precursores das maneiras
esdrúxulas de se vestir, como em nossa época fizeram hippies e punks.
Brummel, o herói
Contrariando a moda dos macaronis e dos incroyables, um homem
chamado Brummel começou a tornar pública sua indignação com eles. Ele
levava até seis horas para se vestir, escolhendo peças e se arrumando. Sua
vida foi contada em peças de teatro e filmes. Brummel morreu na ruína, tendo
que usar gravatas pretas, já que não tinha dinheiro suficiente nem para lavar
suas gravatas brancas.
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Conclusão
O uso da gravata é portanto uma herança cultural, que não simboliza
mais aquela luta, mas valores que foram posteriormente agregados pela
burguesia. De qualquer forma, só compreendemos seu uso se analisarmos
esse hábito cultural a partir desse sistema em que está inserido. Os países
anteriormente periféricos, tropicais sofreram de alguma forma uma aculturação
nesses termos...porque aquecer o pescoço num calor de 40º graus? Não se
poderia inventar outro vestuário e adereço para simbolizar uma “superioridade”
social?
Roque de Barros Laraia afirma que as sociedade mais complexas tem a
capacidade de questionar seus próprios hábitos...
O povo brasileiro anda historicamente engravatado em hábitos que não
seus...
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Bibliografia
• VELHO, Gilberto. Cultura Popular e Sociedade de Massas: Uma
Reflexão Antropológica. Piracema: Revista de Arte e Cultura,
Vol1 ano1,1993.
• LARAIA, Roque de Barros. Cultura- um conceito antropológico.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. 1966.
• LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo:
Brasiliense, 1996.
• Site: http:\\www.gravatas.com.br
• Site: http:\\www.sógravatas.com.br
• Site: http:\\users.sti.com/cvricas/Gravatas.htm
• Site: http:\\www.croata.hr/en/index.htm
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