há 500 mil anos, a cada nova manhã nossos ancestrais deixavam suas cavernas e saíam pelo mundo à...
Post on 07-Apr-2016
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Há 500 mil anos,
a cada nova manhã nossos
ancestrais deixavam
suas cavernas e saíam pelo
mundo à procura
de alimento.
Ao fim de mais um dia
de luta e labuta,
retornavam felizes para
suas cavernas,
com a missão cumprida de
prover o sustento de seus pares e
seus rebentos.
E assim levavam as suas vidas, até o dia em que alguma doença ou acidente
ou a velhice lhes apontasse o fim da estrada terrena.
Nossos antepassados ainda não conheciam
a arte da palavra, e lhes faltavam todas as inutilidades que hoje julgamos tão
necessárias,...
...mas algo nos diz que eles, vivendo segundo as leis da Natureza, eram
felizes com o que possuíam.
500 mil anos se passaram
desde o tempo
dos homens das cavernas.
E de um modo similar aos tempos de outrora, hoje a cada manhã os homens
deixam suas “cavernas” a
fim de garantir o
sustento de seus lares e
seus rebentos.
Talvez a maior mudança seja o fato de que
hoje geralmente
ambos, homens e mulheres,deixam a
“caverna” a fim
de garantir a subsistência da família.
É uma prática comum nos tempos presentes ver casais que passam
o dia todo, todos os dias, fora de casa.
Em tempos de consumismo
desesperado, ninguém está satisfeito com o
que tem.A regra é querer
sempre mais e mais e mais...
Mas se ambos, pai e mãe, passam os dias sobretarefados com mil afazeres,
como fica a educação das crianças
pequeninas?...
Um dia ainda haveremos de compreender
que a televisão e a
internet são péssimas
companhias para crianças
pequenas,que estão
começando sua jornada pelo mundo.
Datam de 500 mil anos os primeiros vestígios da
utilização do fogo pelo homem.
O fogo se tornou,
nas mãos humanas,
o primeiro meio para modificar
o mundo, sendo a
primeira forma de energia que conseguimos
dominar.
Um trovão, um vulcão ou qualquer feliz acaso
levou nossos antepassados a conhecer o fogo,
um precioso recurso contra o rigor do inverno.
Quantos séculos talvez se escoaram antes que os homens chegassem a poder ver
outro fogo além do fogo do céu?
Quantas vezes não o deixaram apagar antes de ter adquirido
a arte de o reproduzir?
Quantas vezes, em meio à noite escura, não se deixaram maravilhar pelas cores, pelas sombras, e pelo crispar da lenha?
Nos tempos presentes,
quem é que ainda se maravilha
diante da beleza do fogo?
Tristes tempos os nossos, tão pobres de encanto e maravilhamento...
É doloroso constatar o quão pouco evoluímos de
fato desde o tempo em que
habitávamos as cavernas, há 500 mil
anos.
São tempos duros os nossos,
nos quais de um lado vemos
a corrosão das crenças,e do outro a manipulação do imaginário como arma de exploração pelas leis
do mercado.
Há quem diga que precisamos mergulhar profundo na desilusão
para podermos assumir o enfrentamento espiritual
necessário pararegenerar o ser humanoe o mundo.
Mergulhar sob a superfície dos dias e das horas, para tentar sondar a Essência que se oculta,e que não se revela aos
sentidos.
Buscar a espiritualidade pura e primordial
que, sob o verniz da realidade, se esconde.
Esta existência terrena é apenas uma etapa de uma caminhada infinita.
Ter ouvidos para o Silêncio do
Transcendente,capaz de transformar os
corações e de mover o mundo.
A força de um pássaro,
a leveza de uma flor.
E o céu que nos evoca a sermos o melhor que
podemos.
Um minuto, uma gota, uma nota,
um instante...
“Um outro
mundo é possível.”
Felizes os que se
empenham por
transformá-lo.
Tema musical: “Waltz Of Love”, Ernesto Cortazar Formatação: um_peregrino@hotmail.com
“Um outro
mundo é possível.”
Felizes os que se
empenham por
transformá-lo.
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