i encontro estadual de residência multiprofissional com inserção do serviço social
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Ruth Ribeiro BittencourtConselheira Nacional de Saúde
Conselho Regional de Serviço Social – CRESS
BH - 25.10.2012
I ENCONTRO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL COM INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Política de Saúde na atualidade e a estratégia de formação do assistente social na modalidade de Residência Multiprofissional
Política de Saúde na Seguridade Social:
IntegralidadeUniversalidade
Equidade
A Seguridade Social Brasileira
E os Direitos Sociais?...
1988: MARCO NO TRÂNSITO PARA...
superação do assistencialismo campo dos direitos universalização dos acessos responsabilidade estatal ampliação do protagonismo dos
usuários descentralização político-
administrativa participação da população.
Saúde - inserida como política da Seguridade Social Brasileira
Saúde – direitos constitucionais
Dos Direitos Sociais:
Da Ordem Social – Título VIII – Art.º 193 –
A Ordem Social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça social.
Da SEGURIDADE SOCIALCap. II Seção I Art.º 194:
conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos relativos a SAÚDE, PREVIDÊNCIA e ASSISTÊNCIA SOCIAL
Principais instrumentos legais de regulamentação da Seguridade Social:
Constituição Federal de 1988 (art. 194 ao art. 204)
Lei Orgânica da Saúde (Leis nº 8.080/90) e a Lei nº 8.142/90
Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei n º 8.212/91) e a Lei nº 8.213/91
Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n° 8.742/93)
A Saúde é um direito de todos e dever
do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso UNIVERSAL e IGUALITÁRIO às
ações e serviços para a PROMOÇÃO,
PROTEÇÃO e RECUPERAÇÃO da saúde
(CF. Art.º 196).
SAÚDE - direitos constitucionais
LEI ORGÂNICA DO SUS – n º 8080/90
A saúde tem como fatores determinantes
e condicionantes, entre outros:
alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho e renda, educação, transporte, lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
Os níveis de vida da população expressam a organização social e econômica do País.
Seguridade Social
ARTIGO 6º - São Direitos Sociais: a Educação, a Saúde, o Trabalho, a Moradia, o Lazer, a Segurança, a Previdência Social, a Proteção à maternidade e a Infância, a Assistência aos desamparados na forma desta Constituição.
SUS na Seguridade Social
De que Saúde
estamos falando?
Saúde
Doença
Assistência
Alimentação
Educação
Renda
Trabalho
Terra
Moradia
Ambiente
Lazer
Cultura
Transporte
Liberdade
Políticas Econômicas e Sociais
MODELO DE DESENVOLVIMENTO
Modo de produçãoe consumo
Relações Internacionais
Relações coma Natureza
RelaçõesSociais
Desigualdades
Injustiças
UniversalidadeEquidade
Integralidade
Participaçãopopular
Regionalizaçãohierarquização
Descentralizaçãoe comando único
Sistema Único de Saúde
Avanços:
Socialização da Política – inovação na gestão das Políticas Sociais
Mecanismos de gestão e controle social com a participação – Conselhos e Conferências
Universalidade do acesso a direitos
Disputa de projetos societários
Institucionalização do SUS
Princípios contra hegemônicosUniversalidade, integralidade e participação nas
decisões
Ameaça ao status quoFisiologismo, patrimonialismo e corporativismo.
Preconiza a democracia participativaEm contraposição ao autoritarismo e centralização
do poder
Perspectiva do direito plenoSaúde como direito de todos e dever do Estado.
Estava nascendo o SUS...
Processo Nacional Constituinte...
Projeto Reforma Sanitária...
Consolidando o
SUS...
Receituário Neoliberal
Projeto privatista
de Saúde...
Década de 80: Década de 90:
A reforma neoliberal do estado brasileiro Receituário Neoliberal X Implantação do SUS
Estado Mínimo
Privatização de Empresas Estatais (Bens e Serviços Lucrativos)
Transferência dos Serviços Sociais Públicos a Entidades Privadas sem Fins Lucrativos
Alterações na CF- Lei das OS e OSIP
O Receituário Neoliberal Mudanças no campo econômico e social
Enfoque nos programas sociais – cortar gastos equilíbrio financeiro do setor público
Implementação de programas e projetos seletivos e
focalizados
Combinação renda mínima x discurso da solidariedade
via organizações do terceiro setor: OS ,OSCIPs,PPP,EBSH
Trinômio: a) focalização b) descentralização c) privatização
Impacto da Agenda Liberal na Seguridade Social
Assistência Social restrita a isoladas ações assistencialistas
Reforma da previdência com fortes restrições
Estímulo a criação de institutos de previdência privados
Crise na Previdência Pública em razão do desemprego e da informalidade na economia
Comprometimento do financiamento das Políticas Públicas pelo crescimento da dívida pública
Desconstrução jurídica e política do Capítulo constitucional da Seguridade Social
Política de Saúde no Brasil:
Projeto de Reforma Sanitária(anos 80)
Projeto Privatista (anos 90)
REFORMA SANITÁRIA
Estado democrático de direito
Saúde: direito social e dever do Estado
Ampliação das conquistas sociais
Democratização do acesso
Déficit Social
Financiamento efetivo
Descentralização com controle social
PRIVATISTA
Estado Mínimo
Parcerias e Privatizações
Crise financeira
Universalização e focalização
Diminuição dos gastos sociais
Déficit público
Re- filantropização
Projetos em Disputa:
REFORMA SANITÁRIA PRIVATISTA
Base Estado democrático de direito
Estado Mínimo
Premissas Saúde: direito social e dever do Estado
Parcerias e Privatizações
Temas
-Ampliação das conquistas sociais-Democratização do acesso -Déficit Social
-Financiamento efetivo
-Crise financeira-Dicotomia entre universalização e focalização-Diminuição dos gastos sociais-Déficit público
Estratégias de Ação
Descentralização com controle social
Re- filantropização
Disputas entre as diferentes visões de SUS
“SUS pobre, para os pobres”
SUS que promove acesso a direitos
X
Desafios:
Existência legal que pouco se realiza na prática.
Propostas pontuais, focais, seletivas, fragmentadas
Acesso restrito aos direitos constituídos
Indefinição orçamentos/desvio recursos
Distorções do modelo de financiamento
Privatização – O privado substitutivo e não complementar
Nas ações e serviços especializados e de alto custo
Na Força de Trabalho – terceirizações, cooperativas
Na Gerência e Gestão dos serviços – OS, OSCIPS e “Parceiros privados”
Distorções do modelo de financiamento
Desestruturação da rede pública
Aprofundamento do modelo de atenção terciário/especializado
Crescimento acelerado da rede privada contratada e da saúde suplementar
Comprometimento crescente do financiamento do sistema
Precarização da contratação e da remuneração da força de trabalho
Década de 90 e a bandeira Neoliberal
Consolidação do suporte “legal” da privatização
Decreto que regulamentou a terceirização da mão de obra no serviço público – 1997
Lei que criou as Organizações Sociais – 1998
Lei que criou as OSCIPs
Lei de Responsabilidade Fiscal – 2000
Desconstrução jurídica e política da Seguridade Social, com comprometimento e subdimensionamento do financiamento do Sistema
O Sistema Único de Saúde no século XXI
Proposta de Fundação e da Empresa de direito privado, com aprofundamento da precarização, das distorções salariais, do fisiologismo e do patrimonialismo
Multiplicação e proliferação das Organizações Sociais na gerência dos serviços SUS pelo país
Proposta de parceria público-privado como mais recente instrumento de apropriação do público, com contratos de longuíssimos prazos e sem qualquer risco
“Venda” de leitos e serviços públicos, para a iniciativa privada
Fonte: Carta Capital nº 664 de 21.09.2011
Compromete o financiamento pelos custos mais custos mais elevados
Prioriza a saúde especializada em detrimento da atenção primária
Supervaloriza especialista e inviabiliza o trabalho multiprofissional
Compromete a qualidade do atendimento pela precarização do trabalho
Inviabiliza o acesso pleno em função dos elevados custos
Estimula a mercantilização do trabalho em saúdeTorna o sistema refém dos serviços privados e
das corporaçõesPromove a fuga de profissionais para o setor
privado contratado
Privatização é a grande doença do SUS
Política de Saúde na atualidade
Contrariando a legislação que atribui caráter complementar, há um franco aumento da participação do setor privado na saúde....
Além da fragilidade na regulação do setor privado e das precariedades do SUS, coexistem incentivos tributários que estimulam a vinculação e uso do setor privado na saúde....
O acesso universal que é do interesse público e público e deve mover o SUS, choca-se com a segmentação do mercado que interessa ao setor setor privado.
Política de Saúde na atualidade
"Estatísticas de Saúde Mundiais 2011“ (OMS)
13.05.11: relatório elaborado com base em cerca de 100 indicadores de saúde fornecidos por representantes de 192 países, comparou dados de 2008 aos atuais -
Saúde no Brasil: Brasil está entre os 24 países que menos
destinam recursos à Saúde. Governo destina menos recursos à Saúde
do que a média africana. A população brasileira, por sua vez, gasta
mais mais do que a média mundial Em média, um brasileiro gasta duas vezes
mais do seu salário em saúde do que um europeu.
Em 2000, o país designava 4,1% do
orçamento nacional para a área.
Até 2008 houve um crescimento - 8,6%. Ainda é menos que a média mundial, de 13,9%.
Em países desenvolvidos, cerca de 16,7% do 16,7% do orçamento vai para a Saúde.
A média brasileira chega a ser mais baixa do baixa que a média africana - 9,6%.
Política de Saúde na atualidade
Política de Saúde na atualidade
Em 2000, 59% de tudo que era gasto com Saúde no Brasil vinha da população.
Esse número caiu para 56%. Ainda está entre as taxas pagas mais altas do mundo.
Dos 192 países avaliados, só em 41 há um valor de contribuição mais elevado do que no Brasil.
O relatório também apontou o grande aumento na criação de planos de saúde e no valor pago pelo atendimento privado.
Dilema do SUS que previa:
Sistema universal
Integral
Equânime
Democrático
país cultural e socialmente excludente
país com uma história de saúde como mercadoria
lógica pautada na desigualdade social
sociedade autoritária.
Grupo americano fecha a compra da Amil por R$ 5 bilhõesCF - Art. 199.
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
LEI 8080, Art.23Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.
COMO FICA SE A CF E LEI PROÍBEM A PRESENÇA DE EMPRESA ESTRANGEIRA NA ÁREA DE SAÚDE? O QUE FAZER? QUEM FARÁ? COMPETÊNCIA FEDERAL OU DO ESTADO SEDE?
Organizações Sociais em São Paulo
O déficit das OSs nos primeiros quatro meses do ano foi de R$ 15 milhões
Dos 21 hospitais paulistas com OS, nove tiveram déficits de até 43 %
Alguns como os de Pedreira, Grajaú e Irapeví estão em situação pré falimentar
Observadas reduções nas quantidades de atendimentos públicos
Ausência absoluta de controle social Fonte: Carta Capital nº 664 de 21.09.2011
Os conselhos de saúde estão passando por uma profunda crise política e institucional:
desmobilização desconstrução desinformação - maior do
que a falta de informação sobre o SUS
apenas 10% da população brasileira conhece os conselhos de saúde e qual a sua finalidade.
E o Controle Social?
formação de novos quadros
melhor interlocução com os poderes constituídos, órgãos de controle e movimentos da sociedade
estímulo a maior intervenção da população nos espaços de participação social
campanha para conscientizar a população sobre o papel dos conselhos de saúde e a importância de
sua participação nesses espaços
superar a dificuldade de comunicação dos conselhos
E agora?
Saúde na Seguridade Social: embates e desafios contemporâneos – espaços de resistência
No campo jurídico No âmbito do parlamento Nos meios de comunicação No espaço acadêmico No conjunto da sociedade Nas lutas nas ruas
Campanha “STF Vote em favor da ADI 1.923/98 contra as Organizações Sociais”
Reunião do CNS que aprovou a moção de apoio da entidade à ADIN (foto: Rafael Werkema)
Frente Nacional contra a Privatização da Saúde teve uma agenda intensa em Brasília (foto: Rafael Werkema)
Defesa do SUS Público, Estatal, Universal e de Qualidade – Agenda
para a SaúdeDeterminação social do processo saúde e
doença: Saúde no contexto mais amplo das desigualdades sociais.
Gestão e Financiamento da rede pública estatal de serviços de saúde.
Modelo Assistencial que garanta o acesso universal com serviços de qualidade, priorizando a atenção básica com retaguarda na média e alta complexidade.
Política de Valorização do Trabalhador da Saúde.
Efetivação do Controle Social.
A defesa da saúde considerada como melhores condições de vida e trabalho tem que ser uma luta organizada e unificada dos segmentos das classes subalternas articulada com os conselhos, movimentos sociais, partidos políticos para que se possa avançar na radicalização da democracia social, econômica e política.
Companheiros…
.... é preciso apostar na
possibilidade de ampliação dos direitos sociais como mediação importante para a construção de um novo mundo.
Esta é a razão de nosso ânimo na luta!
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Conselho Nacional de Saúde
site: www.conselho.saude.gov.br
(61) 3315-2151/3315-2150 Ruth Ribeiro Bittencourt Conselheira Nacional de Saúde rrbittencourt@terra.com.br
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