impacto dos grandes projetos ...rbc
Post on 05-Jul-2015
321 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
Impacto dos
grandes projetos
econômicos na
vida das
populações
indígenas e
camponesas Joás
Beatriz
Introdução
Neste trabalho iremos analisa os impactos
sociais e ambientais causados pela
execução de grandes projetos
econômicos, em especial da usina
hidrelétrica de belo monte que atualmente
tem gerado muitas polêmicas dentro e fora
do Brasil, tendo como base teórica algumas
obras e ensaios de José de Souza Martins.
Usina Hidrelétrica de Belo
Monte
Localização: Rio Xingu, Pará.
Inicio do projeto: 1989
Previsão de funcionamento: 2015
Fim da obra: 2019
Custo: 19 Bilhões de reais
Capacidade: 11.233 MW
Classificação: 3ª maior do mundo
Informações
Impactos da Obra
Alteração do regime de escoamento do
rio, com redução do fluxo de agua;
Afetará a flora e fauna da região;
Inundação permanente dos
Igarapés, Altamira e Ambé;
Interrupção do Rio Xingu em 100 Km;
Informações
Pós e contras
O governo afirma que beneficiará 26
milhões de brasileiros;
Membros da igreja
católica, ambientalistas, ribeirinhos, e
analistas independentes, afirmam que irá
provocar mudanças sócio ambientais.
Informações
Devido aos estímulos da globalização e a
necessidade incansável de crescimento
em países emergentes como o Brasil, a
construção de grandes projetos tem sido
de mais importância do que certos
aspectos sociais. Diante disto, antes de
darmos a nossa completa opinião sobre
o projeto, vamos ver o que José de Souza
Martins escreve sobre isto, e seu impacto
social.
Análise teórica
Em seu livro “A Chegada do Estranho”, ele introduzassim:
“(...)Em principio, o que vem “de fora”, o quepertence a “outro mundo social”, diverso dodaqueles que sofrem o seu impacto e vivem a suapresença intrusa e incômoda(...)”
“(...)É preciso inverter a perspectiva. Essaspopulações tem vivido e sofrido o impacto doestranho , que não só invade os territórios tribais eterras camponesas, confinando ouexpulsando, mas também quebra linhagens defamília, destrói relações sociais, clandestina asconcepções culturais, valores, regras – vitais paraa sobrevivência de tribos indígenas ecomunidades rurais.(...)” (ref.1,P.11,12)
Análise teórica
“(...)Aqui não se trata de introduzir nada na
vida de ninguém. Aqui se trata de projetos
econômicos de envergadura, como
hidrelétricas, rodovias, planos de
colonização, de grande impacto social e
ambiental, mas que não têm por
destinatárias as populações locais. Seu
pressuposto é o de remoção dessas
populações.(...)” (Ref.1, p.61,62)
Análise teórica
(...)Algumas vezes, o pressuposto
inconfessado e inconfessável é o próprio
aniquilamento das populações que possam
representar algum estorvo para a
implantação dos grandes projetos
governamentais(...). (Ref.1, p.62)
Análise teórica
“Não se tem avaliações semelhantes em
relação a populações camponesas
alcançadas por grandes
projetos, que, no entanto, sofrem
drásticas reduções e suas condições de
vida.(...)” (ref.1,p.62).
Análise teórica
“Não se trata de introduzir nada na vida
dessas populações, mas de tirar-lhes o
que tem vital para sua
sobrevivência, não só economia: terras e
territórios, meios e condições de
existência material, social, cultural e
política. É como se elas não existissem
ou, existindo, não tivessem direito ao
reconhecimento de sua humanidade.”
(ref.1,p.63)
Análise teórica
“(...)Sinto-me pobre por viver numa
sociedade em que índios e camponeses
precisem proclamar de vós viva que são
humanos, que não são animais, e menos
ainda animais selvagens.(...)” (ref.1,p.63)
Análise teórica
“(...)As ciências sociais têm estado
dividido entre uma orientação que
privilegia o econômico e o
tecnológico, no estudo de populações
indígenas e
camponesas, assumindo, como fato
natural e inevitável, sua transformação e
desaparecimento;(...)” (ref.1,p.64)
Análise teórica
“(...)A partir do momento em que essa
interferência se dá, ela não se efetiva
apenas atreves da coisa física que é a
barragem, o lago ou a rodovia. Os
projetos se materializam em obras que se
apresentam diante de indígenas e
camponeses através de pessoas
diferentes e de relações sociais novas.(...)”
(ref.1,p.64,65)
Análise teórica
“(...)A modernidade, porém, não é feita peloencontro homogeneizante da diversidade dohomem, como sugere a concepção deglobalização. É constituída, ainda , pelosritmos desiguais do desenvolvimentoeconômico e social, pelo acelerado avançotecnológico, pela acelerada edesproporcional acumulação de capital,(...).Fome e sede de realização democrática daspromessas da modernidade, do que ela épara alguns e, ao mesmo tempo parece serpara todos.” (ref.2,p.18,19)
Análise teórica
“A modernidade anuncia o
possível, embora não realize. A
modernidade é uma espécie de
mistificação desmistificadora das imensas
possibilidades de transformação humana e
social que o capitalismo foi capaz de
criar, mas não é capaz de realizar . Mistifica
desmistificando porque põe diante do ser
humano , (...), todo imenso catálogo e
alternativas de vida que estão disponíveis no
mercado globalizado. Basta ter os recursos
para consegui-los.(...)” (ref.2,p.19)
Análise teórica
“(...)Se a modernidade é o provisório
permanente, o transitório como modo de
vida, a moda, a nossa questão é saber
qual a forma que ela assume em
sociedades como as sociedades latino-
americanas e na sociedade brasileira em
particular, em muitos aspectos tão
diversa do restante da América
Latina.(...)”(ref.2,p.21)
Análise teórica
“O inacabado e incluso, a modernidade
que não se completa, produziu no Brasil
uma consciência social dupla, o diverso
fragmentado e distribuído nos
compartimentos da cultura e da
vida.”(ref.2,p.22)
Análise teórica
“(...) Ou na fotografia de SebastiãoSalgado, que põe o gênero humano doterceiro mundo em faces de coisas esituações que tornam as pessoasvencidas, engolidas pela coisificação dasimensas obras do capital; ou sucumbidasante as marcas e o peso do trabalhoonde a acumulação ainda éacumulação primitiva, como na sérieSerra Pelada.(...)”(ref.2,p.23)
Análise teórica
“Nossa crítica é antes resistência ao
novo, que ainda assim aponta-lhes as
irracionalidades, a desumanização que
contém e dissemina. Mas, uma resistência
passiva, dissimulada, que não repercute
em doutrinas, em partidos, em ações
políticas ou culturais
organizadas.(...)”(ref.2,p.26)
Análise teórica
Conclusão
Diante de temas tão polêmicos como o
da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, é
necessário analisar vários
aspectos, principalmente os impactos
socioambientais provocados pela mesma.
E estas e outras obras de José de Souza
Martins nos permite fazer isto de forma
clara, de modo a perceber o drama
enfrentado pelas populações indígenas e
camponesas diante de tais projetos.
Referências
1. Martins, José de Souza. A Chegada do
Estranho. Falta completar
2. Martins, José de Souza. A Sociabilidade
do Homem Simples: cotidiano e história na
modernidade anômala. 2.ed. rev. e
ampl., 1ª reimpressão. – São Paulo:
Contexto, 2010.
3. www.blogbelomonte.com.br , acesso em
15 de julho de 2012.
4. www.infoescola.com , acesso em 15 de
julho de 2012.
top related