in brasil moderno precisa investir no ibge
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ANO UI - JANEIRO DE 1990 - N 12 33
~~ ~ ~~B~~ ~ ·~ reverter a situação
~ fil.J~ de tudo estar
-<tf\~ ~ extremamente concentrado
~ ~ ,...~ ~ na Sede. Para que
~ ~ isso aconteça, entre outras coisas,
• X~ é necessário investir na capacitação do
~ ~ pessoal das Unidades Regionais
~V para integrá-lo efetivamente ao corpo técnico
da Instituição. A opinião de David Wu Tai,
Diretor-Geral, está na página 4.
permanentemente, sobre
o seu passado e seu presente.
Nesse sentido, acho que o IBGE
é uma Instituição de futuro. Entrevista
com o Diretor de Pesquisas, Lenildo
Fernandes Silva, na página 4.
U In Brasil moderno precisa investir no IBGE
Se o cenário que prevalecer no futuro for o de um Brasil moderno, que procura não só crescer mas fazer com que
esse crescimento 1:raga benefícios para a sociedade como um todo; se o Brasil quiser deixar o rol dos países
subdesenvolvidos, atrasados, ele precisa investir no IBGE. E aí é fundamental que o IBGE se tome uma Instituição
também moderna e ágil, como o Brasil que a gente quer.
~~~~ ~'\.~Trabalhamos "~ ~ parater.um A~ ~~ IBGE todo
"-.~....,., C..."""?' informatizado. Assim,
~ ~ ~X~ . a coleta de dados seria ~"""?' ~ em um questionário ~9 digitalizado, ligado diretamente
('~ a um computador, que faria a ~~ crítica dos dados e responderia de
.~ imediato ao entrevistador, no mesmo ~ instante de sua interação com o
entrevistado . José Sant'Anna Bevilaqua, Diretor de Informática, fala deste assunto na página 5.
Mas se o cen_ário for o de um Brasil estagnado , atrasado, o IBGE perde muito em importância. De qualquer forma, é bom lembrar que a sociedade sempre precisará de informações que retratem a sua realidade, por mais complicada que ela seja. Esta é a visão de Charles Curt Mueller, Presidente do IBGE, que está na página 3 desta edição.
.~~ ·~'. ~~ Éintençãodo
t-r;§$ ~ Governo Federal
# (~~ integ:~::~:~~ :::::: ~ ~ de ordenamento territorial
c:S$ e a Amazônia é , certamente, a
~ ~ porção do território a merecer os
~ maiores cuidados diante da
~ · disponibilidade de recursos naturais.
Mais detalhes com o Diretor de
Geociências, Mauro Mello, na página 5.
Página 2
EDITORIAL
Este é o nosso primeiro encontro neste in(cio dos anos 90, neste in(cio de
ano de Censo. No ar, muita expectativa, muita esperança. Balanço. Bola pra frente. Há muito o que fazer. Refletir. Muito para contar, para se encontrar.
Com esta, são 34 edições do Jl, contando a de número zero e a especial da Confest - . e fora a publicação CENSO em REVISTA, que está começando - e Isto é também motivo para comemorar. E comemoramos com a palavra da direção e de funcionários desta Casa sobre, o seu futuro, o seu destino, a sua missão.
Cá entre nós da Comunicação Social, é o que chamamos de "Projeto Compromisso", um compromisso que cada um de nós se sente motivado a assumir, às vezes apenas pelo simples fato de estar passando por aqui ou po.r aqui ficar ou estar há muito tempo.
Para quem tem o privilégio, isso mesmo, de viver o IBGE, indo fundo nos problemas, refletindo e colaborando para acertar caminhos, não há como escapar de continuar apostando n'esta Casa, cuja credibilidade vem da integridade e capacidade de seu corpo técnico, da garra dos seus funcionários; cuja credibilidade tem sido, a cada momento, conquistada porque quem a tem levado para a frente - e continuará a lev&-la - bota fé, acredita.
Não há, mesmo, como escapar de apostar que todos os horizontes do Brasil contêm o IBGE.
Presidente da República JoMSarney
Ministro-Chefe da Secre~ria de Planejamento e Coordenaç!io Joio Ballota de Abreu
Secret~rio -Geral
Ricardo Lu'• Santiago
FUNDAÇÃO INSillUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTA TISIICA - IBGE
Preoldente: Chorles Curt Mueller
Dlretor·G...al: David Wu Tai
Diretor de Peequln•: LenUdo Fernandes Silva
Diretor de Geoclêncla•: Mauro Pereira de Mello
Diretor de lnform6tlca: José Sant'Anna Bevilaqua
JORNAL DO IBGE ANO 111 - JANEIRO DE 1990 - N? 33
Publicaçao mensal destinada aos funcion~rios do IBGE Editado pela Coordenadoria de Comunlcaç3o Social - Avenida Franklin Roose· vek. 194. 9~andar- Tel.: (021) 220-1222
Editora Reoponaivel: Shirley Soares (Reg. 12.466 MT. RJ)
Editor Aaolotente: Paulo Roberto C4rdooo
Redaçlo e Reportagem: Edson Ferreire, Fitima Santos, Merco Santos, Robson Waldhelm e Tereu~ Rodrigues
Equipe de Apolo: Andreo Rodrigues , Gisele Wolguemuth , Luiz Roberto Machado, Maria Goreth Sala e Nêlio Machado
Programaçlo Gr6flco-Edltorlal: Gerência de Edlloraçlo
Fotocompoolçlo, Arte·Finallaaçlo, lmpreulo e Clrculaçlo: Centro de Documentaçao e Dissemlnaçlo de Informações - CDDI/Departomento de Produç6o Gr6flco e Gerl!ncla de MorkeHng.
Tiragem: 14.000 exemplares
Permitido a tronscrlçlo lolol ou parcial do matbta publicado no Jornal do IBGE. desde que citada a fonte .
JORNAL DO IBGE- Janeiro de 1990
PROMOÇÃO DO MÊS A Editora Nova Fronteira enviou cinco exemplares
de Memórias de Aldenham H ouse para serem sortea· dos este mês .
Para concorrer à 15~ Promoção do Mês, responda corretamente à pergunta do teste e remeta o cupom para o Jornal do IBGE - 15~ Promoção do Mês -Av. Franklin Roosevelt, 194, 9? andar - CEP 20.021, Rio de Janeiro, RJ .
MEMÓRIAS DE ALDENHAM HOUSE
Memórias tfJ4Jdenf.urn
House
Antônio Callado
308páginas Editora Nova Fronteira
O livro relata as memórias fictícias do personagem Perseu de Souza, que, junto com outros latinoamericanos, foi acomodado pela BBC em Londres, na mansão Alde
nham House. Suspense, mistério e talento se aliam nesta obra do mesmo autor de Quarup.
O Recenseamento Geral acontece a cada ........ anos .
Nome ............................................ . Lotação .......................................... . Telefone/Ramal ............................... . Cidade .. ............... Estado ................ .
Sorteados nos testes 129, 139 e 149: Geneide de Macedo Gadelha (Unidade Regional- PB) , Lucimar Marins (SRH/Derhu), Vera Maria G. Vilanova (DPE/CCA), Rodney Loyola M. da Silva (Unidade Regional- SE), Francisca Araújo Peixoto (Unidade Regional- PB) , Jamile Prúcoli (Unidade Regional- ES), Hélio Higa (Unidade Regional- PR), Tereza Neumann Leiros de Azevedo (Unidade Regional- RN) , Antonio Costa Moreira (Unidade Regional- CE), Lilian Miranda Silva (Unidade Regional- ES), Nivaldo Conceição Pimentel (Unidade Regional- MG), Odicea Arantes Matos (Dl/Biblioteca) e Ricardo de Monra Barbagli (Unidade Regional- RS) .
PSICOTERAPIA
Pasep Carlos Rubens Montes Pinto, da Agência Rio Casca/MG, quer receber o extrato atualizado do Pasep.
( ... ) Achei plausível a atitude do IBGE, através de negociações dos Acordos Coletivos de Trabalho, de incluir como uma das cláusulas o pagamento do Pasep pelo sistema Fopag. Tenho porém uma dúvida: quando o pagamento era efetuado pela rede bancária, o participante recebia o extrato detalhado do movimento durante o ano . ( ... ) Com a implantação desse sistema, só tenho conhecimento do rendimento que me foi ou está sendo creditado na conta corrente . Pergunto : como conseguir esse extrato? Penso que o mesmo deveria ser entregue aos servidores do IBGE juntamente com o contracheque. ( ... ) É nosso direito tê-lo em mãos. A
• Adulto • Adolescente
• Casal • Criança
PSICOLOGOS .
Sandra Lucia Lopes - CRP 05/14581 Sergio Garbati Gorenstin - CRP 05/12022
TEL: 205·1750
FONOAUDIOLOGIA DISTúRBIOS
• técnica vccal • da fala • dicção • da escrita • cratÓria • da leitura
Reeducação Psicomotora
Jl"ria jsatel ç);{ra J..ucches1 FONOAUDIOLOGA
Rua Mariz e Barros. 292 - CLINOP TEL .: 284-5242(consultóriol/248-6968 (casal
quem reclamar ou mesmo solicitar esclarecimentos? N.R.: O superintendenteadjunto da SRH, Sérgio Roberto Boa Nova, esclarece que, segundo informação do Banco do Brasil, os extratos deverão ser remetidos ao IBGE, no máximo até este mês . O J/ enviou a sua carta para a SRH, que está à disposição para maiores informações, no seguinte endereço: Av. Franklin Roosevelt, 146 - 49 andar -20.021 - Rio de Janeiro .
Transferência Olindo Frazeto Filho, lotado na DEGE/MS, em Campo Grande, deseja transferir-se para o Estado do Paraná.
( ... )Sou Técnico de Apoio Administrativo 1 e estou querendo fazer permuta com outro servidor para a Delegacia do Paraná ou para as seguintes Agências: Maringá, Londrina, Ponta Grossa ou Paranavaí. Meu endereço: IBGE -Rua Barão do Rio Branco, 1.431 - Centro - Caixa Postal 264 - Te!. : (067) 721-1162.
Documento expressivo Wilson Távora Maia, Assessor do CDDI, 44 anos de IBGE, elogia o JI de novembro.
( ... ) O Jornal do IBGE, de novembro de 1989, ocupará lugar expressivo entre os documentos que forem selecionados para constituir o acervo contendo a fascinante história do IBGE, pela coincidência de vir a público essa edição quando se comemoram os 100 anos da República, com a época das eleições para a Presidência, quase 30 anos após as últimas ( ... ) e pela respeitável e oportuna opinião expressa, sobre o papel de nossa Casa, pelos 22 ilustres presidenciáveis. O fato, inédito, causou-nos intenso e compreensível orgulho, recordando-se que o órgão, nem sempre tratado com a respeitabilidade que merece, obteve unânime consagração e reconhecimento de todos aqueles ilustres patrícios, neste momento histórico em que vivemos. ( ... ) Desse modo, esse feito jornalístico convém ser assinalado , como o faço modestamente, com esta, creditando-se a seus autores um marco expressivo na existência do IBGE e os parabéns de todos os lbgeanos.
João de Oliveira Avelino, titular da Unidade Regional do Acre. Cumprimento toda a equipe da CCS pela extraordinária edição do JI de novembro e agradeço a pronta e eficiente colaboração dispensada à Unidade Regional do Acre .
JORNAL DO IBGE- Janeiro de 1990
''Se a realidade , . e uma cmxa-preta ... as ações ficam complicadas e as decisões saem- erradas''
Charles Curt Mueller já vivenciou o dia-a-dia do IBGE como seu funcionário, Diretor de Agropecuária, Recursos Naturais e Geo· grafia; Assessor da Presidência; Coordenador de Projeto Especial; membro da Comissão Especial de Planejamento, Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias - Cepagro, e, há quase dois anos, como seu Presidente.
Ele vê um primeiro momento ainda de muita dificuldade para a Casa e garante que "isso tem a ver com a situação de quase falência do setor público. As atividades normais do IBGE sofrerão este ano e no próximo restrições orçamentárias". E vai adiante, alertando: "O setor público está em crise e todo mundo concorda que as necessidades da nação são muito maiores do que os recursos gerados por impostos. Isto tem que ser revertido".
Charles Mueller mencionou a III Confest como um marco na área das estatísticas. "Algumas dessas áreas precisam mais atenção no futuro. A área de Geociências, também", diz, acrescentando:
- Não é só uma questão de mapear novas pesquisas, inquéritos, modernizar parque de computação, de equipamentos ... É também uma questão de investimento em recursos humanos. Nós temos uma carência muito grande de t~~nicos qualificados' e precisamos investir, inclusive, na formação e aperfeiçoamento de pessoal. JI - E a proibição de contratações não vai impossibilitar essa renovação? CM - Mais cedo ou mais tarde, será inadiável alguma renovação, por contratação. Mas, além disso , o IBGE faria bem se investisse mais em seu pessoal. JI - Mas já não há preocupação . em investir no pessoal? CM - É claro que isso já vem acontecendo, mas deveria ocorrer em escala bem maior. E não ocorre , principalmente, por dificuldades orçamentárias .
JI - Essas dificuldades não impediram que se acreditasse em planejamento estratégico, não é? CM - O planejamento estratégico é uma tentativa de coordenar as nossas ações básicas num horizonte maior. O que acontece muito hoje em dia no setor público, de uma maneira geral, é
que se vive o dia-a-dia administrando crises . Faltam recursos , orçamentos, salários, uma série de coisas . JI -.,. É apagar um "incêndio" por dia. CM - Exatamente . Não se tem tido tempo de considerar a situação num prazo mais longo . O planejamento estratégico faz isso . Procura avaliar quais são os cenários possíveis no médio e longo prazos e , a partir deles, estabelece linhas básicas de ação . JI - O que são esses cenários? CM - Nós só podemos planejar, mesmo a nossa própria vida, tendo em vista um panorama do futuro . Se a gente acha que o futuro vai ser bom, que os salários vão ser bons , a gente pode planejar construir uma casa , comprar um imóvel. .. JI - Este é um cenário otimista. CM - Certo . Mas se, ao contrário , houver perspectiva de desemprego , de salários reais decrescentes, terá que se ter muito cuidado com cada ação individual. A mesma coisa deve ocorrer com o IBGE . São estabelecidos cenários e caminhos a seguir. Mas não adianta, por exemplo , montar um cenário fantástico , que nada tem a ver com a nossa realidade .
JI - Mas isto evita "apagar incêndio"? CM - Não . Mesmo porque administrar qualquer organização, especialmente em momentos de crise econômica, é quase por definição um processo de sucessivas ações de "apagar incêndios". Se a gente sabe que está apagando incêndio, mas, nos "intervalos", pode caminhar num rumo seguro , a atuação do administrador, aí, se torna mais eficaz. JI - O planejamento estratégico é instrumento para um IBGE melhor no futuro?
CM - Um grande balizador, eu diria, para a administração, a gestão da Casa . Os rumos são indicados a partir dos cenários de que já falei. JI - O IBGE está sendo pensado, então, a médio e longo prazos. Mas e o momento e o agora? CM - As ações de gestão da Casa são no sentido de resolver problemas a curto prazo, dentro de uma visão também de médio prazo que já se tem hoje . Sabemos, por exemplo , que temos que fazer o Censo, uma série de pesquisas, são compromissos institucionais do IBGE, às vezes até obrigatórios por lei. A ação do dia-a-dia existe e estamos indo pra frente. Temos a visão do que queremos, de onde queremos chegar. Tanto é que estamos, também, investindo pesado no IBGE do futuro .
JI - É o pegar na massa no dia-adia e, ao mesmo tempo, pensar o futuro? CM - O que estamos fazendo com o planejamento estratégico é a reunião de cabeças pensantes, de pessoas que têm larga experiência, que conhecem bem a Casa , que já tiveram tempo para refletir sobre ela . Elas se reúnem, interagem e, daí, saem os cenários, as idéias, emerge o planejamento estratégico. Se não fosse assim, seria uma atividade centralizada . Bastaria, então ; contratar meia dúzia de consultores . Eles fariam um documento bonito, técnico, mas, no final das contas, nada teria a ver com a nossa Instituição . JI - É questão de viver a Casa? CM - É. Você pode contratar o melhor consultor do mundo . Ele vai ter que passar anos aqui para entender o IBGE. Agora, se quem pensa é da própria Casa, há uma compreensão de como funciona e de como poderia evoluir . Além disso, e muito importante : essas pessoas estão realmente envolvidas com o futuro desta Casa . Qualquer administração é transitória. Um planejamento desses é o que vai ficar. O que vai ficar é fruto do que pensam essas pessoas sobre a nossa missão institucional, sobre os problemas que vivem aqui, as perspectivas que vêem para a Instituição ...
Página 3
JI - Então, a partir de um cenário otimista, como será o IBGE do futuro? CM - Uma instituição moderna, ágil, cumprindo sua missão de tal forma que a sociedade possa ter informações de bom nível, em tempo, e , principalmente, voltadas para as suas próprias necessidades. Afinal , a sociedade nos sustenta com propósitos . Não é para pagar os nossos salários, mas para que tenha de volta e em tempo o que ela espera e precisa: informações fundamentais para o planejamento de ações do governo, do setor privado, das pessoas. JI - O que falta para o IBGE ser moderno? CM - Falta tanta coisa ... Mas nós não estamos parados . Eu me lembro que quando cheguei aqui, em 85 , fiz uma visita a vários departamentos e raros eram os que tinham um terminal ou um micro . Ninguém sabia nem muito bem o que fazer com aquilo. Hoje a informatização é uma realidade . .. Estamos modernizando também várias pesquisas e procedimentos. Há alguns impedimentos, como a falta de elementos qualificados ... Várias áreas se queixam de falta de técnicos de bom nível. Como já disse, isso se resolve por dois caminhos, ou contratando ou treinando pessoal. Mais : o IBGE precisa de melhores instalações, agilizar processos administrativos. Em resumo, é fazer melhor o que já se está fazendo . Temos que ser mais ágeis, que ter respostas cada vez mais certas e mais prontas.
JI - O IBGE do futuro é um sonho? CM - Não queremos ficção científica. Mas todos nós, com certeza, concordamos que o IBGE tem muito a andar para atingir uma situação ideal, na qual haverá um mapeamento, um constante exame do que é que a comunidade precisa, o que · espera do IBGE. Se a realidade é uma caixa-preta, um negócio obscuro, as ações ficam complicadas e as decisões saem erradas. Quanto melhor se conhece a realidade mais se abrem os horizontes para que ações possam ser tomadas . Por tudo isso, o IBGE do futuro tem que ser real.
]
Página 4 JORNAL DO IBGE- Janeiro de l990
Valorização deve continuar
Gilson Costa
"Valorização dos Recursos Humanos". Este é o processo pelo qual passam os funcionários do IBGE. O diretor-geral, David Wu Tai, manifestou desejo de ver mantida, no futuro, a mesma evolução ocorrida nos últimos dois anos, onde praticamente foram atendidas todas as antigas reivindicações:
- Plano de Cargos e Salários, moldado nas necessidades da Instituição e compatível com o mercado de trabalho;
- Avaliação de Desempenho e Potencial, instrumento gerencial ~substituível para plane
jar o âesenvolvimento do funcionário e sua reciclagem por meio de um processo interativo.
' - Sistema de Promoções em nível hori-
zontal, por mérito e antigüidade, de forma transparente, onde o funcionário sabe quando e como pode ser promovido;
- Disfunções as disfunções de Nível Médio foram integralmente corrigidas na implementação do novo Plano de Cargos e Salários e as de Nível Superior estão em fase final na Comissão de Recursos para serem avaliadas pelo Conselho Diretor.
Treinando o pessoal Outro ângulo fundamental no desenvolvi
mento dos quadros do IBGE, é o que diz respeito a treinamento. Embora o ano que se encerrou tenha sido o da maior crise financeira, foi exatamente em 89 que mais se investiu em treinamento nos mais variados níveis: gerencial, de reciclagem, capacitação, adaptação a novas tecnologias, assim como viagens de estudo, fundamentais para observar os avanços técnicos de outras instituições e assimilá-los.
Diversas seleções de pessoal em nível interno têm sido efetuadas, com a participação de todas as áreas interessadas, com resultados excelentes.
Em breve, será divulgado um concurso interno de nível superior, visando suprir as necessidades de pessoal qualificado da Instituição. Além disso, pretende-se dotar as Unidades Regionais de corpo técnico capaz de fazer frente aos desafios da descentralização e atender à demanda de pesquisas regionais a longo prazo.
Melhores condições de trabalho Notoriamente as condições de trabalho
mais adversas eram enfrentadas nas Unidades
~ 6 o .!: "8 E ~
David: "Em breve teremos concurso interno."
Regionais do Pará, Amazonas e Rio de Janeiro. Os dois primeiros casos estão superados com a mudança, no final do ano passado, para novas sedes . Quanto ao Rio, a Unidade está com mudança marcada para o mês de fevereiro onde ocupará as instalações da Praça da Bandeira.
Uma empresa forte e democrática
vem investindo nesses contatos, visando se apropriar das boas experiências desses países e conhecer os avanços, contradições e limitações que os mesmos enfrentam em suas produções estatísticas.
ENCE pode preparar futuro
O investimento em recursos humanos no IBGE é fundamental. É preciso que se invista tanto nos analistas, como nos técnicos de pesquisas, no pessoal de apoio administrativo e nas Unidades Regionais. Nesse último caso, na medida em que hoje temos clareza das possibilidades do processo de descentralização, estamos transferindo parte significativa dos trabalhos rotineiros para as Unidades Regionais. E o interessante: com ganhos de qualidade.
Acredito que existe um caminho muito importante a ser trilhado pelo IBGE em termos da descentralização interna e da articulação com outros produtores de estatísticas, através da Gerência do Sistema Estatístico Nacional. Essa Gerência não pode, no entanto, ser coercitiva, ela terá de ser participativa e cooperativa, com muita discussão com a sociedade. A criação do Conselho Técnico e das Câmaras Técnicas em muito coritribuirá para atingir tais objetivos.
Sem negar o passado
Sabemos, no entanto, que o IBGE, e em particular a Diretoria de Pesquisas, mas não somente ela, necessita de mudanças profundas. Precisamos refletir sobre as experiências acumuladas e, a partir daí, avançarmos com vistas a novas conquistas. Ternos clareza, por exemplo, que é necessário se investir maciçamente em recursos humanos. O futuro aponta claramente para isso.
o . --·
O IBGE, como vimos, terá que se sirHonizar com os novos tempos, ter clareza do momento histórico em que está inserido, ante-
Existe a necessidade de a Instituição se qualificar cada vez mais. São também necessários avanços metodológicos e tecnológicos. É preciso se investir em processos mais modernos e mais expeditos de apuração de pesquisas que sejam, de um lado, rigorosos na qualidade e, de outro, simples e eficientes, de forma a propiciar a apuração e divulgação dos resultados no mais curto prazo. Dessa maneira, a Diretoria de Pesquisas poderá investir mais tempo na essência da produção estatística e na reflexão sobre suas áreas temáticas, isto é, no desenvolvimento de novos processos, no conteúdo das pesquisas, na análise e divulgação de resultados etc.
Ao falarmos em futuro, ele passa, também, por uma transformação na Escola Nacional de Ciências Estatísticas. A ENCE tem cumprido o seu papel histórico de formar estatísticos. Precisamos mais do que nunca, no entanto, que a ENCE seja uma escola formadora, também, de quadros técnicos específicos para o IBGE e, ao mesmo tempo, um laboratório de novas metodologias. Promovendo cursos e seminários sobre o processo de produção de estatísticas, ela possibilitará a uniformização do conhecimento de todos aqueles que, com formações diferenciadas, trabalham na Empresa. A ENCE precisa dar conta de uma linguagem integradora do trabalho dessas pessoas com formação multidisciplinar.
Lenildo: investir em recursos humanos ·é mental.
Os últimos 25 anos mostraram uma Instituição voltada para dentro de si mesma, para a sua construção. O futuro, no entanto, exige mudanças. O IBGE vai ter que se mostrar mais, vai ter que se integrar cada vez mais com os demais produtores de estatísticas, com os órgãos estaduais, com os usuários.
ver o futuro . Pensando nisso, a Diretoria d~ Pesquisas vem há muito tempo discutindo com a comunidade vários de seus trabalhos. Tem-se investido, também, no contato com os principais produtores de estatísticas do mundo, como o Canadá, Estados Unidos e França. O IBGE há algum tempo
Considerando que o IBGE abriga todas essas possibilidades é que podemos dizer que esta Casa tem futuro e esse futuro tem muito a ver com a permanente capacidade de reflexão crítica que a Instituição tenha em relação a seu passado e a seu presente.
JORNAL DO mGE- Janeiro de 1990
Estamos na revolução dos anos 90
Não podemos analisar a área de informática do IBGE independente do contexto da sociedade. Hoje, temos uma sociedade informatizada, cercada de terminais, micros, fax, uma parafernália que não surgiu por acaso. Tudo isso faz parte de uma revolução tecnol6gica que encontramos em todos os lugares. Dentro de suas possibilidades, seja financeira ou de concepção de um projeto de informação, o IBGE está participando dessa revolução.
À medida que a empresa vai se contagiando com a informática, o seu trabalho passa a ser dependente dela. Agora, por exemplo, estamos começando a usar o fax, um equipamento de transmissão de dados fantástico. Estamos montando nosso ambiente de informática. Se visualizamos o IBGE dos pr6ximos anos vamos ver esses micros, terminais, fax, tudo funcionando dentro de um ambiente que se comunica entre si, de forma coloquial e de fácil manuseio.
seio, além da velocidade de produção da informação Estatística, de Geociências e, até, das rotinas administrativas. O Censo 90, por exemplo, traz uma novidade excepcional que é a codificação automática. A codificação é um dos maiores problemas do organismo estatístico e requer uma análise profunda. A inovação no Censo 90 é um sistema de codificação inteligente.
Dessa forma, o computador, que possui algoritmos, tentará resolver esse processo de codificação, se não conseguir, ele pedirá ajuda humana. Isso, em termos de agilidade e qualidade, será extraordinário. Saindo do Censo 90, a indústria de informática está direcionada em dois caminhos em termos de entrada de dados. Um é interpretar um documento e passá-lo para um meio legível por processamento do banco eletrônico de dados.
Página 5
Essas transformações no IBGE em certo momento acontecem com velocidade, em outros, precisamos nos conter por causa da crise do setor público. Mesmo assim, na década de 90 conseguiremos aumentar a nossa rapidez de comunicação. Essa é a revolução dos anos 90 e isto vai ser o IBGE nos pr6xlmos anos. Estamos trabalhando em uma montagem de estrutura que incorpore a chamada informatização da sociedade dentro da nossa Instituição.
Outro caminho, por sinal muito interessante, é o dos computadores portáteis, parecidos com um pequeno gravador. É possível que nos anos 90 tenhamos equipamentos pequenos e baratos. Uma dessas novas técnicas ou as duas irão ser empregadas no IBGE em futuro pr6ximo. Com isso, tornaremos mais curto o tempo entre a realização e a divulgação de uma pesquisa.
Bevilaqua: noCenso90, cocllflcaçioser6autom6tlca.
Codificação automática Queremos dizer que estamos aumentando, e em
multo, a nossa taxa de comunicação e de manu-
Frente de comunicação
formar uma frente de comunicação. Imagino a formação de uma rede digital de comunicação, que permitirá maior velocidade no trânsito de informação. Chegaríamos, assim, à maturidade do processo de coleta de dados. Teríamos uma melhoria quantitativa em nossa produção e atingiríamos uma velocidade estúpida na liberação de nossas informações.
Com o aperfeiçoamento técnico, associado com as Unidades Regionais e as Agências, poderemos
Da prancheta às estações gráficas
"Eu vejo o futuro marcado por um uso maciço de sistemas computacionais", revela o diretor de Geociências, Mauro Pereira de Mello, dizendo que "nos anos 80 ficou caracterizada a necessidade de um salto tecnol6gico para dar mais modernidade a todos os projetos nesta virada do século".
dos como de 3. a geração. Esses sistemas, sem dúvida, irão dinamizar ostrabalhos dessa natureza, permitindo a ampliação do Sistema Geodésico Brasileiro em sua capacidade de atendimento de todas as demandas da'sociedade. Os Sistemas de Informações Geográficas apontam o amanhã para as áreas de Geografia e de Recursos Naturais, por facilitarem em muito a análise dos mais diferentes temas que participam dos estudos nesses campos da produção de conhecimentos e informações.
Maior maturidade
a mesa de trabalho estão sendo substituídas por estações gráficas e outras "ferramentas" computacionais. Isto sem esquecer, é 6bvio, de outros campos de atuação da Instituição.
Do lado do verde
Não poderia passar em brancas nuvens a questão .2 da Amazônia. O IBGE - <ll leia-se DGC - deve continuar o trabalho iniciado
~ ! «: .~ ~
Mauro Mello aponta como promissoras as perspectivas para a Geociências no IBGE. Por exemplo: a Introdução de novos equipamentos e sistemas computacionais adequados às areas de Cartografia, Geodésia e Recursos Naturais garantirão maior dinamismo na produção de documentos analíticos e cartográficos. Na Cartografia, a obtenção de dados com o emprego de sistemas eletrônicos se mostrou altamente positiva nos primeiros ensaios já realizados, equivalendo, senão sobrepujando, a qualidade dos sistemas tradicionais 6ticos e mecânicos. Mais: estações gráficas e o ultramoderno scanner, "que digitaliza por varredura, servindo tanto para a obtenção de dados quanto para o lançamento de informações gráficas, fazem parte do futuro da Geociências", adianta Mauro, acrescentando:
A permanente troca de informações com organismos internacionais e o acesso a sistemas computacionais dotados de alto grau de sofisticação - não somente comerciais, mas prevalentemente científicos - têm elevado o nível da equipe técnica de todas as áreas cobertas pela Diretoria de Geociências, "o que significa maior maturidade com muitos funcionários já formados e outros especializando-se nas novas tecnologias".
com o programa Nossa Na- ...,J
tureza. São quatro áreas Mauro: perspectivas para enfrentar os anos 90.
- Na Geodésia, a moderna tecnologia já está bem esboçada, com os sistemas de posicionamento geodésico por meio de rastreamento por satélites artificiais. Os equipamentos são classifica-
Quanto às questões administrativas, Mauro propõe que "o IBGE seja mais ágil no que se refere a suprimentos". O processo de modernização exige essa agilidade, principalmente na Geociências onde, por exemplo, a prancheta e
destacadas justamente por apresentarem problemas de organização do espaço. "O IBGE já está trabalhando, nessas quatro áreas, para fechar o primeiro diagn6stico. O que se pretende é otimizar a ação pública sem causar prejuízos ambientais e críticas da sociedade, minimizando os conflitos sociedade e natureza. Todas as ações devem ser muito bem articuladas", previne o diretor de Geociências.
A estruturação, implantação e manutenção de um sistema territorial de informações são essenciais para que o planejamento, em sua dimensão nacio-
nal, possa se desenvolver de forma coesa, garantindo o rumo por ações nas áreas da Geografia e da Estatística, , suficientes para se descrever completamente a realidade nacional.
"Somente assim é que podemos ter uma visão adequada no planejamento, tanto nacional quanto regional." E bem humorado, Mauro Mello completa:
- São essas, em suma, as perspectivas do IBGE e da Geociências para enfrentar a pr6xima década e a virada do século. Isto sem fazer apologia do Partido Verde.
Página 6
Em tempo de mudança
José Franklin Casado de Lima- AL
Serve-se ao IBGE por vocação, com entusiasmo e
lealdade. É missão histórica da Instituição a mensuração da conjuntura brasileira, mostrando, sobretudo, a extensão dos elementos que definem nossa realidade. Vamos para o Recenseamento Geral de 1990 prontos a dar nossa contribuição maior aos levantamentos em causa, em um ritmo que assinale a precisão de dados reclamada pelo
P'" l~y
Alvacyr Almeida -SE
Em 1990 ocorrerão três fatos de grande significado e de perspectivas para esta Unidade Regional: a posse do novo Presidente do Brasil, o Ingresso do IBGE no regime jurídico único e o Censo 90. Expectativo, o lbgeano de Sergipe aguarda esses eventos alentando a esperança de salutar mudança em suas condições sócioeconômicas, enquanto conjuga esforços para a melhoria da qualidade de seu trabalho, em busca do objetivo de sua Instituição.
~, .-
MGE também em Tocantins
Gerino Alves da Silva Filho - RO Estaremos enfrentando um Recensea
mento Geral ·do Brasil mais moderno, uma vez que estamos na era da informatização. Com a instalação do microcomputador, da Base Operacional, do Sistema SIAFI e do terminal de videotexto da SIAS ligado à Unidade Regional do Rio, estaremos prontos a agilizar os resultados do Censo 90. Esperamos contar com recursos para melhorias do prédio da nossa Unidade e melhorar a mão\te-obra através de cursos e treinamentos específicos.
Artur Fenelra FUho- BA
É evidente o nosso crescimento nestes últimos anos. Garantida a autonomia
técnica ao IBGE, pelo futuro Presidente da República, são animadoras as perspectivas desta Unidade Regional, em 1990.
Havendo maior descentralização de decisões e recursos suficientes, a UR/BA oferecerá positivamente a sua parcela de contribuição, para realizarmos o último e mais
ehRe~n~ome~~
Paulo Afonso de Aragio Araújo- RN
Nossa maior expectativa é a de que o avanço do processo de
descentralização venha conferir às Unidades Regionais a necessária capacitação para produzir dados em nível local e transmiti-los à sociedade de maneira mais direta e espe-
cífica. . ,/)
f~",:-
Carlos Alberto Lopes- PA
Apesar das enormes dificuldades operacionais enfrentadas em 1989, a Unidade Regional do Pará conseguiu excelente
progresso, como o Centro de Processamento de Dados e as suas novas instalações.
Para 1990 esperamos unir esforços, a fim de que possamos, não só o Pará, mas o IBGE como um todo, fazer o X Recenseamento Geral, um trabalho cuja qualidade
~mb•m~):4m~;:tcl,
José Maria dos Santos Senio -AM
Para a Unidade Regional do Amazonas,. estamos prevendo melhores condições de trabalho, decorrentes da mudança pa
ra a nova sede, onde pretendemos implementar reciclagem e treinamento adequados aos funcionários, visando ao aprimoramento das pesquisas e à execução do X Re-
=~•mento G...I. ~.
Antonio Augusto Leite de Castro- CE
Para expandir as fronteiras da Unidade Regional temos reciclado nossa cultura gerencial e avançado operacionalmente com a informati
zação possibilitada pela Gerência de Processamento. Em 1990, teremos implantada a PME, reivindicação histórica e o X Recenseamento Geral, eventos marcantes. Após a Ill CONFEST, ampliaremos nossa missão institucional, passando a Interagir com os órgãos estatísticos locais pertencentes ao Sistema Estatístico Nacional.
------.:; -:> - c...--:---
Eribaldo de Carvalho Portela - PE
A despeito da crise financeira por que passamos, no decorrer de 1989, ante a ansiada mudança de governo,
alimentamos agora a perspectiva de melhores dias, enfrentando tudo de novo. O otimismo do novo governo nos transfere por osmose a satisfação de ter um governo posto pela vontade da maioria. Isto nos credencia para novas realizações, enfrentando as dificuldades com mais paciência, na certeza
de que melhme• diM '''ã~
Adrimauro da Silva Gemaque -AP
Continuaremos os trabalhos desenvolvidos, definindo alternativas estratégicas quanto à ação futura da Unidade Regional do Amapá.
Joio de Oliveira Avelino - AC Apesar da angustiante crise por que passa
o país, sou extremamente otimista e não perco nunca a esperança. Por essa razão, vejo como boas as perspectivas para esta UR, principalmente com as transformações que certamente ocorrerão a partir da posse
do no•o p,.gdente. =H .
JORNAL DO IBGE- Janeiro de 1990
Helio Caldas Banos -PB
Não sei o que nos espera em 1990. Acredito, porém, que a nossa Unidade Regional continuará a merecer da Direção-Geral a atenção que sempre lhe foi dispensada.
Temos pela frente um Recenseamento Geral. Tenho a absoluta certeza de que a nossa equipe demonstrará mais uma vez a sua garra e a meta será atingida com galhardia.
Helder de Aragio Araujo- Pl
As perspectivas da Unidade Regional do Piauí são as mais otimistas possíveis. O nosso desempenho no processo de divulgação da
verdadeira face sócio-econômica da região associado à credibilidade que conquistamos dos nossos usuários nos autorizam a fazer esta afirmação.
Calvino Almeida Vieira-MA
No limiar de um novo ano, quando os horizontes se alargam em direção ao futuro, temos a esperança de que, com a ajuda
do nosso Deus, vivamos dias repletos de felicidade.
... . -. J. ~··
Vicente de Paulo Joa-quim- RR
Roraima, novo estado, garimpo, índios, malária, hepatite, sarampo, chuvas, atoleiros... Precariedades a 40°C. E, no meio, a menor Unidade Regional consoante a realidade local. Carente de recursos materiais e humanos. O desafio é provê-la aos objetivos da Instituição, demonstrar sua importância e provar sua existência.
Unidade Regional em Tocantins.
Segundo o Diretor~- I, David Wu Tai, em termos de I~ _o novo estado terá como perspecti~a · ,a)o futuro a abertura de um esc; Jio 4 representação na capital provisór a _ . , ~do Norte. O passo seguinte: ~StàTiÇão da Unidade Region . ' - futura capital - e para Planejamento, O~llif,~~· está fazendo um anteprojeto que será remetido à SEPLAN para as necessárias aprovações.
... -JORNAL DO IBGE~ Jaaeiro de 1990
Intensa movimentação político-social
Devaldo Benedito de Souza- MT
O processo de modernização, a descentralização das atividades, a implantação da informatização nas Unidades Regionais, o aprimoramento do pessoal em curso na Instituição, as propostas encaminhadas na 111 CONFEST para a elaboração do novo Plano Geral de Informações Estatísti
cas e Geográficas permitem-nos afirmar, com absoluta certeza, que esta UR estará à altura para o atendimento às reais demandas por dados estatísticos e geográficos dos
d;v..,O< ... m~to• da rom~r mato.-g"'"'""
Raimundo Coêlho de Abreu Rocha- DF
A informatização das Unidades Regionais, simultaneamente com o desenvolvimento de seus recursos humanos, dinamizará a produção e divulgação das atividades do IBGE, tornando-o cada vez mais necessário ao Governo, en-
a tidades de pesquisas, empresas e demais usuários.
~~
Antônio Firmino de Oliveira Filho- MS
Com a nova filosofia de trabalho implantada no IBGE em 1989, observa-se uma melhoria
1 sensível no nível técnico das pesquisas, alicerçan,do nossas perspectivas no futuro da Instituição, que se consolidará com a implantação da informatização em todas as UR, permitindo realizar o X Recenseamento Geral com rapi
dez e elevado padrão de qualidade, atendendo dessa forma a demanda da sociedade pela modernização do setor público.
Onéslo Francisco Dutra - GO
1990: mesmo antevendo intensa movimentação políticosocial e administrativa no país (com a nova Administração Federal, eleições gerais para governadores, Assembléias Legislativas e Congresso Nacional) , a Unidade Regional de Goiás estará integrando, também, a grande mo
vimentação ibgeana pcÚa o sucesso do X Recenseamento Geral do Brasil, operação marcante de nossa Instituição.
Investindo no espírito de equipe
--
Carlos Henrique Borba - RJ As nossas perspectivas, que
objetivam aprimorar as atividades desta Unidade Regional, são: fortalecimento do espírito de equipe; maximização da produtividade; aperfeiçoamento do nível técnico; especialização da mão-deobra e melhorias nas condições ambientais.
Antonio Ferreira de Paula - ES Esta Unidade pretende, prioritaria
mente, manter os cronogramas das pesquisas e, sobretudo, o controle de qualidade na coleta e crítica de dados. ( ... ) O X Censo Demográfico já vem ocupando considerável espaço e exigindo cuidados para o sucesso
desse projeto de tanta importância para ·o IBGE e para a sociedade brasileira. Serão estes os objetivos dominantes, sem descuidar dos recursos humanos, melhor capacitando-os e, se possível, completar a informatização das atividades da UR.
Antonio Utsch Moreira - MG Vemos com otimismo o futuro
deste estado, pelas riquezas que possui, a despeito das dificuldades que nos esperam. Nos próximos governos elas serão superadas com o esforço conjunto dos mineiros, que haverão de colocar o interesse do estado acima das conveniências de eventuais detentores do poder. Assim, Minas voltará a ocupar, política e econo
micamente, a posição que merece no cenário nacional, para felicidade nossa e do Brasil.
José Antonio Gomes Fontes- SP
Em 1990 será cumprido o mais intenso programa de trabalho já realizado pela Unidade Regional de São Paulo que certamente exigirá dedicação especial de todos os servidores, mas que revelará ao país a pujança da terra paulista no momento histórico em que todos os brasileiros, sob o comando do
novo governo, estarão vivendo a expectativa da implantação de mudanças que haverão de nos conduzir ao desenvolvimento e bem-estar social, próprios de grandes nações.
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Página 7
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derrotar o medo Jucely Lottln - SC
A realização do Censo 90, tarefa maior de nossa Instituição, é o grande desafio que os ibgeanos catarinenses enfrentarão no próximo ano . Santa Catarina representa pouco mais de 1% do Território Nacional, mas o Censo mostrará, mais uma vez, o seu lugar no contexto nacional, despontando entre os cinco maiores produtores de alimentos, apesar do tan'lanho.
Wilson José Xavier Pedro - PR
A tradição de trabalho dos servidores foi a grande sustentação, até hoje, para o alcance dos objetivos. A fidelidade profissional e o esforço individual permitiram levar a contento os trabalhos. Por isso, a certeza de êxito na perspectiva básica de 1990
o Recenseamento Geral alia-se à esperança de obtenção de maiores recursos para investir no aperfeiçoamento dos Recursos Humanos, materiais e nas condições de trabalho.
Gerváslo Rodrlgo Neves- RS
O IBGE e as Unidades Regionais estão passando pelo processo de modernização, com tudo que ele contém de perspectivas para o futuro e de rompimentos com o passado. Este processo é belo e assustador. Belo pelo que promete, assustador pelo medo produzido, muito mais em nós do que no movimento inevitável da sociedade. Modernizar é a nossa tarefa. Já está aí. É só derrotar o medo.
Página 8 JORNAL DO IBGE-Janeiro de 1990 ..
antbént depende de nós
[)ocUtnen· CentrO de (L cos)
Ano Mario de S6 ~de InformaçõeS u ·
_ e [)jssemln .... --toçoo que esperamos
Há uma diferença entrier~a\mente aconte-
e desGja;a~aed~ ~~: ~~ \BGE ~~i~~~:~t~~ cet. o . tendo acesso a e haja da funcionánOS Quero, també~, q~ da pelos
...oríflcos. . ma1or a1n esy~-d de um respeltOE t é extensivo aos SQCie a C a \s o de-
f\ss\onais da as . ue acho até que ~~\ít\cos tam~é~Ó~~; presidente corremos pendendo d p vatitados. o risco de ser prl
Ih Bezerro, odocides Bote o
da Untdode Re·
Demo! de Pernambuco. gton . nlficativamen-
·o o \BGE avançando s;ecursos hum3-VeJ área tecno\6gica\iz~ ~~o administrat~va
te na om a descentra a.,. Re ime Jurídico n?s, c Só espero q~e? e ~s nossos an~udando. ·er não pre)udlqu rt" u\armente, U\ 0 sevl, E pa1c n c , o\urão. u, e""'prega-. de ev ... d mo um '" selos onsidera o co . 'b\\co que prefiro ser cd que funcionánod pu Ent~ndo, do público .o 'á desgasta a ._ . terão é uma coisa I U ·dades Regionais \ r
ue as nl desenvo ve ' ta~bém, ~unidades para se dos protlsslomals opo . - 0 crescente
alonzaça co,_-n a vR de de Coleta. na1s da e
do Gerência de ·o Polodinl dos Santos,
Ano Morl tos (Contndé). Suprtmen f o· onárlos
f nos un O \BGE deve invesa~ordo com as suas
és de cursos de mais concursos atrav -o· promover . \antar áreas de atuaça ' -o funciona\; ,mp d
a ascensa - a área e internos par te a \nformatizaçao ':' \ e fixar et\cientem~n estoque de mat\~TI~ o de de-controle e t s para ava 1aça
'tétios mais jus o ões por mérito. cn ho e das promOÇ sempen
Marco Antonio Orne/os, da Unidade Regional de SõoPoulo.
Necessariamente, o IBGE terá que, por intermédio da área de recursos humanos, investir na valoriiação do seu quadro de funcionários, reconhecidamente de alto nível técnico. A aquisição de equipamentos modernos e a busca permanente do aperfeiçoamento na área de processamento de dados são objetivos que deverão ser perseguidos, como forma de atingir nossos ideais. O futuro do IBGE depende de n6s e por Isso pretendo prosseguir nessa luta de 14 anos dedicados à Instituição.
Dilza Morto Stluetra do Fonseca, do Diretoria de Pesquisas (Mangueira).
Espero que o IBGE continue prestando serviços cada vez melhores e mais úteis à sociedade, e seja reconhecido por isso. Espero, também, que seja mantida, sempre, a integridade de nossas pesquisas. A autonomia técnica traz grandes beneffcios a todos os funcionários da Casa, do contlnuo ao Presidente. É multo bom ser respeitado pela seriedade do trabalho realizado.
Luiz Goes-Ftlho, do Departamento de Recursos Naturais (Praça da Bandeira).
A ampliação da perspectiva de realização e ascensão profissional dependem da solidez, do conceito, da credibilidade da Instituição. Isto influi diretamente no ânimo e na esperança dos funcionários. Mas depende, também, da vontade pessoal de cada um.
,.
RobertodaSilvacruz d s . SOs Financeiros u ' a UJ>erintendêndacJe o , ••,aterlais e p, necur-
0 IBG "atrimon/aJs (Sede). E deve co ti
cessidades do n nuar atendendo à atua - Q pafs no s ne-
. çao. ue os índices seu campo de 5eJam sempre m Por n6s produZJ'd da . erecedor d os
m SOciedade. Esse é o es a credibilidade di ento Profissional Par grande reconheci-
caro à causa da Institu~ç:~~eles Que se de-
Claude FalctJo Nacional de Ciênc/':sa~~:atrf:tampos, da
Cas(ENCE).
Pelo nível d
Escola
área de . os trabalhos de
t~cnica, ~~~~~ e ~~a indiscu~~~~~!~d!c7: Ciências Estaffistiq a Escola Nacional d ate - cas dever! e nçao por Parte d . a merecer mal cr~omputadores e ia dJreção do IBGE. M~~ tos Jmprescindív . mpressoras, instrum ~ecessldades PreemJs ao ensino moderno sea~nnam entes e . ' o do Para Projetar aind n:uJto contribui-
s nossos trabalho a maJs a qualidad Particularmente s. . e
nhe~lmento à dedl ans~JO Pelo justo recoProfJssiona/ de seus /aç~o e . à capacidade
. uncJonános.
J (.!) ----...... r.&J·!íi~
Carlos Gonçalues (Mangueira). ' da Diretoria de Informática
Que os resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo IBGE sejam mais bem aproveitados pelas autoridades governamentais, no sentido de proporcionar maior benefício à sociedade como um todo. Pessoalmente, gostaria que fossem dadas maiores oportunidades de desenvolvimento profissional aos seus funcionários.
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