introdução à biblioteconomia - site · elemento de sentido. É um significado transmitido a um...
Post on 09-Nov-2018
215 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Técnico em Biblioteca
Vildeane da Rocha Borba
2013
Introdução à Biblioteconomia
Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da República Michel Temer Ministro da Educação Aloizio Mercadante Oliva Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Marco Antônio de Oliveira Diretor de Integração das Redes Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Arêas
Governador do Estado de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos
Vice-governador do Estado de Pernambuco
João Soares Lyra Neto
Secretário de Educação José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Secretário Executivo de Educação Profissional
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Gerente Geral de Educação Profissional Luciane Alves Santos Pulça
Gestor de Educação a Distância
George Bento Catunda
Coordenação do Curso Hugo Carlos Cavalcanti
Coordenação de Design Instrucional
Diogo Galvão
Revisão de Língua Portuguesa Eliane A. Farias
Diagramação
Izabela Cavalcanti
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3
1.COMPETÊNCIA 01 | CONCEITUAR BIBLIOTECA, ARQUIVO, MUSEU E CENTRO DE
DOCUMENTAÇÃO ..................................................................................................................... 4
1.1 Informação ............................................................................................................. 4
1.1.1 Suportes de Informação ...................................................................................... 5
1.2 Documento ............................................................................................................. 8
1.2.1 Características do Documento ............................................................................ 9
1.3 Órgãos de Documentação .................................................................................... 11
1.3.1 Arquivo .............................................................................................................. 11
1.3.2 Museu ................................................................................................................ 12
1.3.3 Centro de Documentação ou Informação ......................................................... 13
1.3.4 Biblioteca ........................................................................................................... 14
1.3.4.1 Tipos de Biblioteca ......................................................................................... 16
1.3.4.2 Atividade de uma Biblioteca .......................................................................... 18
.................................................................... 21
2.1 A Biblioteconomia no Brasil ................................................................................. 21
2.2 Exercício da Profissão de Bibliotecário no Brasil .................................................. 23
2.3 Técnico em Biblioteca .......................................................................................... 28
3. -
.......................................... 31
3.1 Ética ...................................................................................................................... 32
3.1.1 Formação Ético Profissional do Bibliotecário .................................................... 33
3.2 Órgãos de Classe .................................................................................................. 35
3.2.1 Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) ..................................................... 35
3.2.2 Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB) ................................................... 36
3.2.3 Sindicato de Bibliotecários ................................................................................ 36
3.2.4 Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários (FEBAB) ......................... 37
3.2.5 Associações de Bibliotecários ........................................................................... 38
................................................................................................................................................ 40
4.1 Código de Ética Profissional do Bibliotecário ....................................................... 40
Sumário
4.2 Seção 01: Dos Objetivos ....................................................................................... 41
4.3 Seção 02: Dos Deveres e Obrigações ................................................................... 42
4.4 Seção 03: Dos Direitos .......................................................................................... 43
4.5 Seção 04: Das Proibições ...................................................................................... 44
4.6 Seção 05: Das Infrações Disciplinares e Penalidades ........................................... 46
4.7 Seções 6, 7 e 8 ...................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 48
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR ........................................................................................... 50
3
Introdução à Biblioteconomia
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Você já parou para pensar e se perguntar qual o objetivo da nossa formação?
Ainda não? Então se pergunte: será que o profissional técnico em
Biblioteconomia exerce sua profissão apenas em bibliotecas? Já parou para
pensar no atual impacto das tecnologias para o ambiente das bibliotecas e
também no trabalho dos bibliotecários na tarefa de disseminação da
informação para a sociedade? Comecemos a nossa disciplina e, vamos ver se,
ao final dela, você saberá responder a estas perguntas.
A disciplina Introdução à Biblioteconomia pretende mostrar a Biblioteconomia
no universo do conhecimento, da comunicação e da informação,
apresentando seus principais conceitos, campos de estudo, formação
curricular, profissional bibliotecário e técnico, legislação, ética e áreas de
atuação.
Neste primeiro momento, iremos estudar juntos os conceitos de biblioteca,
arquivo, museu e centro de documentação, apresentando suas diferenças,
finalidades e a delimitação dos campos de atuação de cada um deles.
Então, mãos à obra!
Figura 1 – Livros e biblioteca no mundo digital Fonte: http://goodereader.com/blog/electronic-readers/3m-overdrive-forge-ahead-providing-digital-content-for-public-libraries
4
Técnico em Biblioteca
1.COMPETÊNCIA 01 | CONCEITUAR BIBLIOTECA, ARQUIVO, MUSEU
E CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
Antes mesmo de começarmos a discutir os conceitos de biblioteca, arquivo,
museu e centro de documentação, convém apresentar dois outros conceitos
importantes de serem definidos, pela sua estreita relação com os referidos
órgãos de documentação que são “informação” e “documento” as o que é
informação e o que é documento? Vamos discutir essas definições?
1.1 Informação
A informação é um conhecimento inscrito (gravado) sob a forma escrita
(impressa ou numérica), oral ou audiovisual. A informação comporta um
elemento de sentido. É um significado transmitido a um ser consciente por
meio de uma mensagem inscrita em um suporte espacial / temporal:
impresso, sinal elétrico, onda sonora, etc.(LE COADIC, 1996).
Figura 2 – Ciclo básico da informação Fonte: Le Coadic (1996)
Essa inscrição é feita graças a um sistema de signos (a linguagem), signo este
que é um elemento da linguagem que associa um significante a um
significado: signo alfabético, palavra, sinal de pontuação. O objetivo da
informação permanece sendo a apreensão de sentidos ou seres em sua
significação, ou seja, continua sendo o conhecimento; e o meio é a
transmissão do suporte, da estrutura (LE COADIC, 1996). E agora, vamos
verificar o que é suporte?
Competência 01
5
Introdução à Biblioteconomia
1.1.1 Suportes de Informação
O suporte pode ser entendido como toda e qualquer mídia que armazene
informação ao longo dos tempos. Monte e Lopes (2004, p. 22) definem
suporte da informação como “o produto utilizado para o armazenamento das
informações, podendo conter dados, histórias, documentos, imagens, filmes,
sons símbolos entre outros” partir da popularização da informática este
termo ficou conhecido como mídias ou dispositivos de armazenamento. Um
dos primeiros suportes utilizados para registrar a expressão gráfica humana,
remonta à pré-história e utilizava a pedra como mídia. São exemplos clássicos
desse período, os painéis de arte rupestre, executados nas paredes das
cavernas onde o homem primitivo desenhava o seu cotidiano (MONTE;
LOPES, 2004, p. 23). A arte rupestre iconizava normalmente rituais primitivos
para boa colheita, condições ambientais, guerras, cotidiano, entre outros.
Figura 3 – Pintura rupestre Boqueirão da Pedra Furada – PI Fonte: http://bndigital.bn.br/redememoria/arterupestre.html
Você percebeu, assim como vimos antes, que a pedra foi o mais primitivo
suporte utilizado para armazenamento de informações, porém, com o
advento da escrita sistemática, outros materiais foram sendo testados,
utilizados e substituídos, evoluindo em direção à eficiência do registro e da
comunicação. As formas mais importantes de suportes utilizados antes do
aparecimento do papel foram o papiro e o pergaminho.
Competência 01
6
Técnico em Biblioteca
O Papiro era um suporte orgânico de origem vegetal, feito a partir de tiras de
uma planta da família das ciperáceas (cyperus papyrus). Segundo Donato
(1951), atingia até três metros de altura, haste nua, formada por uma série de
películas concêntricas, umas sobre as outras.
O papiro foi bastante difundido como suporte de informações, sendo
encontrado há mais de 3500 anos, nas margens do Rio Nilo, Egito. Martins
(2002) afirma que o papiro foi o mais célebre de todos os produtos vegetais
empregados na escrita na antiguidade. Embora não se conheça o momento
exato em que se transformou em material de escrita, tudo indica que se trate
de época extraordinariamente longínqua.
Figura 4 - Planta de papiro ("Cyperus papyrus") Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papiro
Figura 5 – Uma parte do papiro Rhind. Depositado no Museu Britânico, Londres Fonte: www.matematica.br/historia/prhind.html
Competência 01
7
Introdução à Biblioteconomia
O pergaminho tornou-se o principal suporte da escrita na Idade Média.
Segundo Luccas e Seripierri (1995), sua preparação era semelhante ao
curtimento do couro. Depois de lavada, a pele era depilada, estendida num
retângulo de madeira e amaciada com pedra-pomes, até a obtenção de uma
superfície lisa e clara.
O Pergaminho, segundo Martins (2002, p. 68) viabilizou o aparecimento das
cores “nome dado aos manuscritos cujas folhas eram reunidas entre si pelo
dorso, e recobertas de uma capa semelhante à das encadernações
modernas” pergaminho foi largamente utilizado até a descoberta e difusão
do papel, uma invenção dos chineses.
Figura 6 – Pergaminho alemão, 1568 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pergaminho
papel foi inventado por ’sai-Lun, Diretor das Oficinas Imperiais, na
província de Hunan, ao norte da China, por volta do ano 105 d.C. (LUCCAS;
SERIPIERRI, 1995) e revolucionou o mundo da escrita, rapidamente, tornando-
se o suporte mais utilizado para guarda e armazenamento de informações no
mundo moderno. Mas dá para perceber que os recursos que existiam no
passado ainda eram limitados para viabilizar a disseminação da informação e
ficava restrito a poucos.
O surgimento das tecnologias da informação e comunicação (TICs) provocou
uma grande revolução nos registros de informação e do conhecimento. Com o
aparecimento da internet e com os novos processos de gestão, guarda,
Competência 01
8
Técnico em Biblioteca
preservação e disseminação de informações, novos estoques foram
desenvolvendo-se e pressionando a indústria de Tecnologia da Informação (TI)
a produzir suportes mais eficientes para o armazenamento de registros em
meio digital. No decorrer de uma década, romperam-se seguidamente,
diversos limites de armazenamento, vencendo com facilidade a barreira do
gigabytes de capacidade, por unidade de memória.
Com o advento da informática, da internet e com a expansão geométrica do
volume de usuá-rios e pontos de presença na web, novos produtos de
informação foram gerados e, consequentemente, novos suportes para o
armazenamento destas informações foram desenvolvidos. O disquete, fita
magnética, disco rígido, CD, DVD, Blue-Ray, HD Externo, Pen Drive, são
exemplos recentes do esforço tecnológico realizado para o armazenamento
da informação digital gerada. Será que cada um de vocês já utilizou alguns
destes suportes digitais para armazenar informação?
Figura 7 - Mídias de armazenamento digitais Fonte: http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-royalty-free-dispositivos-de-armazenamento-de-digitas-image20768497
1.2 Documento
Documento pode ser definido como o registro de uma informação,
independente da natureza do suporte que a contém (PAES, 2004). Outra
Competência 01
9
Introdução à Biblioteconomia
designação para documento “ o suporte material do saber e da memória da
humanidade” ( ; 199 )
1.2.1 Características do Documento
CARACTERÍSTICAS DO DOCUMENTO
EXEMPLOS WEB
Textual e Não textuais
Textual: livros, e-books, periódicos, fichas, textos de lei, etc. Existem vários e-books
disponíveis na web para consulta. Conheça a iniciativa
do Google books! http://books.google.com.br/
Não Textuais: imagens, mapas, plantas, cartazes, discos, fitas magnéticas, etc.
Quanto à forma de produção
Brutos: minerais, plantas, ossos, fósseis e meteoritos.
Manufaturados: artesanal, industrial, intelectual e utilitário.
Quanto à modalidade de utilização
Diretamente pelo homem Existem vários equipamentos de informática disponíveis hoje
no mercado! Você possui algum? Pesquise no Google!
www.google.com.br
Equipamentos especiais
Equipamentos de informática
Quanto à periodicidade
Apenas uma vez: livros, suas edições, tomos, volumes, exemplares, tiragens. Periódicos são aquelas obras
que possuem periodicidade na sua publicação. Como exemplo
podemos citar o Diário de Pernambuco que tem a
periodicidade diária em sua publicação. Será que vocês
leem algum periódico? Qual a periodicidade dele? Diária,
Quinzenal, Mensal, Semestral?
Periódicos: regularidade, revistas, jornais –possuem volumes, números, fascículos.
Coleções: periodicidade irregular.
Competência 01
10
Técnico em Biblioteca
Quadro 1 - Características dos documentos Fonte: Borba, Vildeane da Rocha (2012)
Quanto à forma de publicação
Publicados: editoras e livrarias
oc s sabiam que as obras impressas anteriormente ao ano
de 1 sã o chamadas de incunábulos? Acessem e saibam
mais! http://pt.wikipedia.org/wiki/
Incunábulo
Não publicado: difusão restrita iteratura subterr nea não convencional cinzenta iteratura cinzenta pode ser definida como tudo que é produzido em todos os níveis do governo institutos academias empresas e industria em formato impresso e eletr nico mas que não é controlado por editores científicos ou comerciais
Manuscritos
Quanto ao grau de elaboração
Primários: originais Vocês sabiam que a Biblioteca Nacional é a fiel depositária de
todas as publicações a nível nacional, através do seu catálogo
nacional? E a Biblioteca está respaldada pela lei do depósito
legal? Mas o que é depósito legal? Acessem o site e saibam
mais!!! http://www.bn.br/ portal/?nu_pagina=22
Secundários: se referem aos primários.Ex.: bibliografia, catálogos, boletins de resumo
Terciários: elaborados a partir de documentos primários e/ou secundários.
Quanto à origem
Fonte: pública / privada; anônima / conhecida; individual / coletiva secreta / divulgada.
Vocês sabiam que o Governo Federal disponibiliza obras que
se encontram em domínio público? Mas o que é domínio
público? Acessem o link e confiram!
http://www.dominiopublico.gov.br/
Autor: pessoal, coletivo, entidade. Documento de domínio público Propriedade literária
Quanto ao tipo de documento
Nível formal: monografias, publicações periódicas, patentes, normas, documentos não-textuais e não convencionais.
Vocês sabiam que existe a Biblioteca Digital de Teses e
Dissertações (BDTD) que reúne toda a produção intelectual
nacional produzida pelos cursos de pós graduação (mestrado e
doutorado)? Vamos visitar? http://bdtd.ibict.br/
Nível intelectual: essenciais e marginais – dependendo da biblioteca e objetivos desta.
Competência 01
11
Introdução à Biblioteconomia
1.3 Órgãos de Documentação
Com o aumento da produção de documentos, tornou-se necessária a criação
de instituições para organizá-los e torná-los disponíveis para as
pessoas/usuários da informação. Essas instituições são também chamadas
Órgãos de Documentação.
1.3.1 Arquivo
Há dúvidas quanto à origem do termo arquivo. Alguns afirmam ter surgido na
antiga Grécia, com a denominação arché, atribuída ao palácio dos
magistrados. Daí evoluiu para archeion, local de guarda e depósito dos
documentos.
As definições antigas acentuavam o aspecto legal dos arquivos, como
depósitos de documentos e papéis de qualquer espécie, tendo sempre
relação com os direitos das instituições ou indivíduos.
“ rquivo é o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos
por um governo, organização ou firma, no decorrer de suas atividades,
arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros”
(SOUZA, 1950).
Pode ser também definido como a acumulação ordenada dos documentos,
em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de
RESUMINDO
Informação = Conteúdo
Documento = Suporte em que se encontra a informação
A principal
finalidade dos arquivos é servir à
administração, constituindo-se,
com o decorrer do tempo, em base
do conhecimento da história.
Competência 01
12
Técnico em Biblioteca
sua atividade, e preservados para a consecução de seus objetivos, visando à
utilidade que poderão oferecer no futuro.
Desse conceito deduzimos três características básicas que distinguem os
arquivos:
1. Exclusividade de criação e recepção por uma repartição, firma ou
instituição. Não se considera arquivo uma coleção de manuscritos históricos,
reunidos por uma pessoa.
2. Origem no curso de suas atividades. Os documentos devem servir de
prova de transações realizadas.
3. Caráter orgânico que liga o documento aos outros do mesmo conjunto.
Um documento, destacado de seu conjunto, do todo a que pertence, significa
muito menos do que quando em conjunto.
O termo arquivo pode também ser usado para designar:
conjunto de documentos;
móvel para guarda de documentos;
local onde o acervo documental deverá ser conservado;
órgão governamental ou institucional cujo objetivo seja o de guardar e
conservar a documentação;
títulos de periódicos — geralmente no plural, devido à influência inglesa e
francesa.
1.3.2 Museu
O termo museu vem do latim museum que por sua vez se origina do grego
mouseion, denominação, na antiga Grécia, do templo ou santuário das musas.
Segundo a mitologia grega havia nove musas que presidiam as chamadas
artes liberais: história, música, comédia, tragédia, dança, elegia, poesia lírica,
astronomia, a poesia épica e a eloquência. O termo estava mais ligado ao
clima ou à atmosfera do local do que às suas características físicas.
Saiba mais sobre
Arquivo no site do Conselho Nacional
de Arquivos (Conarq) que tem
por finalidade definir a política
nacional de arquivos públicos e
privados. www.conarq.arquivonacional.gov.br/
Confira também o
Blog do Arquivo Público do Estado de Pernambuco
www.arquivodoestadodepernambuco.b
logspot.com.br/
Competência 01
13
Introdução à Biblioteconomia
É uma instituição de interesse público, cujo objetivo é a informação e o
entretenimento. Os documentos do museu são peças e objetos de valor
cultural, tendo os mais variados tipos e dimensões. Por serem objetos, são
caracterizados como tridimensionais.
Vamos fazer um tour por alguns museus virtuais? Mas o que é um museu
virtual? Museu virtual pode ser definido como um museu no ambiente web,
na internet. Você pode ver todas as exposições, peças, o acervo em geral,
diretamente on-line, sem precisar sair de casa! Vamos fazer uma visita virtual
e conhecer alguns museus?
1.3.3 Centro de Documentação ou Informação
Instituição que agrupa qualquer tipo de documento, exigindo especialização
para aproveitá-los com eficiência. Os documentos de um centro de
documentação são, em sua maioria, reproduções (audiovisuais) ou referências
virtuais (bases de dados).
O Centro de Documentação representa uma mescla das entidades
anteriormente caracterizadas, sem se identificar com nenhuma delas. Reúne,
por compra, doação ou permuta, documentos únicos ou múltiplos de origens
diversas (sob a forma de originais ou cópias) e/ou referências sobre uma área
específica da atividade humana.
Esses documentos e referências podem ser tipificados como de arquivo,
biblioteca e/ou museu e, têm como características:
possuir documentos arquivísticos, bibliográficos e/ou museológicos,
constituindo conjuntos orgânicos (fundos de arquivo)ou reunidos
artificialmente, sob a forma de coleções, em torno de seu conteúdo;
ser um órgão colecionador e/ou referenciador;
ter acervo constituído por documentos únicos ou múltiplos, produzidos
por diversas fontes geradoras;
A principal finalida-de dos museus é cultural e didática.
Acessem e divirtam-
se! www.eravirtual.org
/pt/ http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/02
/16/912114/46-museus-virtuais-
voce-visitar-graca.html
Competência 01
14
Técnico em Biblioteca
possuir como finalidade o oferecimento da informação cultural, científica
ou social especializada;
realizar o processamento técnico de seu acervo, segundo a natureza do
material que custodia.
Os Centros de Documentação extrapolam o universo documental das
Bibliotecas, embora possam conter material bibliográfico (que será sempre e
unicamente aquele relacionado à temática na qual o Centro é especializado),
e aproximam-se do perfil dos arquivos, na medida em que recolhem originais
ou reproduções de conjuntos arquivísticos.
A acumulação desse acervo possibilita aos Centros cumprirem suas funções
de preservação documental e apoio à pesquisa, no mais amplo sentido: não
só colocando à disposição do pesquisador referências para a localização das
fontes de seu interesse, mas também tornando-se um pólo de atração da
produção documental de pessoas e entidades que atuam ou atuaram no seu
campo de especialização.
São, portanto, competências gerais de um Centro de Documentação:
reunir, custodiar e preservar documentos de valor permanente e
referências documentais úteis ao ensino e à pesquisa em sua área de
especialização;
estabelecer uma política de preservação de seu acervo;
disponibilizar seu acervo e as referências coletadas aos usuários definidos
como seu público;
divulgar seu acervo, suas referências e seus serviços ao público
especializado;
promover intercâmbio com entidades afins.
1.3.4 Biblioteca
A origem exata das bibliotecas, assim como a da linguagem e a da escrita, é
Acesse o site do
Centro de Documentação Gilberto Freyre:
www.fgf.org.br/centrodedocumentacao/centrodedocume
ntacao.html
Os Centros de
documentação têm a finalidade de
preservação documental e apoio
à pesquisa.
Leitura
Complementar:
www.arqsp.org.br/arquivos/oficinas_colecao_como_fazer
/cf9.pdf
Competência 01
15
Introdução à Biblioteconomia
desconhecida. Entretanto, podemos considerar que, diferentemente da
linguagem e da escrita, as bibliotecas apareceram na era histórica, ou seja,
quando tem início a preservação de registros escritos: conhecimentos. É
necessário, contudo, esclarecer que as expressões culturais vão além da
escrita e se expressam em diversos produtos e artefatos, mas, no contexto de
bibliotecas, a linguagem escrita tornou-se a forma mais comum para registrar
conhecimentos.
A palavra biblioteca vem do grego bibliothéke, através do latim bibliotheca. A
primeira significa livro, apontando, como a raiz latinaliber,para a entrecasca
de certos vegetais com a qual se fabricava o papel na Antiguidade. Théke, por
sua vez, é qualquer estrutura que forma um invólucro protetor: cofre, estojo,
caixa, estante, edifício.
Aurélio (2007) consigna as seguintes definições: 1. Coleção pública ou privada
de livros e documentos congêneres, organizados para estudo, leitura e
consulta; 2. Edifício ou recinto onde se instala essa coleção; 3. Estante ou
outro móvel onde se guardam e/ou ordenam livros; 4. Processamento de
Dados. Coleção ordenada de modelos ou de rotinas ou sub-rotinas por meio
da qual se pode resolver os problemas e suas partes.
A palavra — acrescente-se ao novo dicionário da língua portuguesa —
também é usada em sentido institucional, designando órgãos da
administração pública ou privada e como título de coleções bibliográficas e
mesmo de obras individuais e coletivas.
Pode ser conceituada como o espaço onde os documentos são conservados
para fins culturais, sendo obtidos por compra,doação ou permuta de diversas
fontes. O bibliotecário avalia o material a ser adquirido por sua instituição
como peças isoladas. Os documentos são unidos pelo seu conteúdo, e
caracterizados, em sua maior parte, como impressos. A biblioteca é órgão
colecionador, e o seu público é formado pelo pesquisador, estudantes e o
Competência 01
16
Técnico em Biblioteca
cidadão comum, possuindo, portanto, um maior número de consulentes, com
os mais variados perfis.
1.3.4.1 Tipos de Biblioteca
Segundo a finalidade, as bibliotecas se dividem em:
a) Nacionais - tem como principal finalidade a preservação da memória
nacional isto é da produção bibliográfica e documental de uma nação ara
saber mais, acessem o site da Biblioteca Nacional: www.bn.br/portal/
b) - surgiram com a missão de atender s necessidades de estudo
consulta e recreação de determinada comunidade independentemente de
classe social cor religião ou profissão eus objetivos principais são
- estimular nas comunidades o hábito de leitura;
- preservar o acervo cultural.
c) - a finalidade desse tipo de biblioteca é atender as
necessidades de estudo, consulta e pesquisa de professores e alunos
universitários. Para saber mais, acessem o site do Sistema de Bibliotecas da
Universidade Federal de Pernambuco.
d) Especializadas - são aquelas dedicadas a reunião e organizaçãode
conhecimentos sobre um só tema ou de grupos temáticos em um campo
específico do conhecimento humano.
e) Escolares - são destinadas a fornecer material bibliográfico necessário às
atividades de professores e alunos de uma escola. Para saber mais, acessem o
site da Biblioteca do Colégio Equipe: www.equipe-recife.com.br/biblioteca
.asp
f) Infantis - devem estar mais voltadas para a recreação e devem
Competência 01
17
Introdução à Biblioteconomia
proporcionar outras atividades como: escolinhas de arte, exposições,
dramatizações, etc. Necessitam de um acervo bem selecionado para seus
usuários. Para saber mais, acessem o site do Projeto Biblioteca Infantil de São
Paulo: www.bibliotecainfantil.com.br/
g) Especiais - são aquelas que se destinam a atender a um tipo especial de
leitor e, por isso, detêm um acervo especial, como, por exemplo, as
bibliotecas para deficientes visuais, presidiários e pacientes de hospitais.
h) Biblioteca ambulante ou Carro-biblioteca ou Bibliobus - são bibliotecas
volantes, que objetivam a extensão dos serviços bibliotecários às áreas
suburbanas e rurais, quando estes são deficientes ou inexistentes. São
serviços de extensão de bibliotecas já existentes, como bibliotecas públicas ou
universitárias. Para saber mais, acessem o site do Projeto Bibliosesc: www.ses
c.com.br/portal/cultura/biblioteca/bibliosesc/
i) - é um tipo de biblioteca criada e mantida pela
comunidade. Tem os mesmos objetivos da biblioteca publica, mas não se
vincula ao poder público. É mantida por órgãos, como associações de
moradores, sindicatos e grupos estudantis.
Conheçam um pouco mais sobre as Bibliotecas populares do Recife: www.
recife.pe.gov.br/cultura/fccr/bibliotecas.php
j) Biblioteca Digital – é um tipo de biblioteca muito difundida atualmente
devido as novas tecnologias de informação e comunicação e com a internet
que reúne coleções digitais disponibilizadas via web. Nela cria-se,
compartilha-se e disseminam-se novos conhecimentos.
Vimos os tipos de bibliotecas existentes, mas quais atividades são realizadas
em uma biblioteca? Isso dependerá do tipo, porém, iremos elencar algumas
atividades desenvolvidas.
FIQUE LIGADO!!!
Foi desenvolvida a Biblioteca Digital
Mundial! Vamos navegar no
site para conhecer? www.wdl.org/pt/
Competência 01
18
Técnico em Biblioteca
1.3.4.2 Atividade de uma Biblioteca
A biblioteca ou outra unidade de informação, aqui entendida como uma
unidade que trata de informação, desde a organização até sua difusão,
pressupõe atividades bem características por trabalhar a informação. Isso faz
com que esse tipo de instituição ou serviço ofereça serviços e produtos
particularizados.
A biblioteca como uma organização pressupõe três grandes funções:
1. Função gerencial – administração e organização. Esta é desenvolvida pelo
profissional bibliotecário, devidamente registrado em Conselho de Classe.
2. Função organizadora - seleção, aquisição, catalogação, classificação,
indexação. Coordenada pelo profissional bibliotecário com o apoio do Técnico
em Biblioteconomia.
3. Função divulgação - referência, empréstimo, orientação, reprografia,
serviços de disseminação, extensão. Coordenada pelo profissional
bibliotecário com o apoio do Técnico em Biblioteconomia.
pressupõe gestão e políticas para a biblioteca/unidade de
informação para buscar o seu melhor desempenho. Visto dessa maneira, toda
biblioteca deve ter uma gestão e políticas específicas nos seguintes aspectos:
organização de serviços, pessoal, equipamento, recursos financeiros, serviços
aos usuários, produção, interação com os usuários e com a instituição a que
está subordinada, intercâmbio com outros organismos e outras unidades de
informação.
aglutina atividades muito especializadas do
profissional de informação: selecionar materiais para aquisição, catalogar,
classificar e indexar aqueles materiais.
- a seleção é uma atividade intelectual importante que
Competência 01
19
Introdução à Biblioteconomia
deve ser realizada com o responsável pelo tema tratado, com a participação
dos usuários. Tanto a seleção quanto a aquisição faz parte de uma política de
gestão da unidade e, por isso, estarão condicionadas a elementos da política
organizacional como: natureza dos serviços prestados, orçamento, objetivos
da unidade.
- pode ser entendida como o trabalho de descrever a estrutura
física dos objetos ou documentos que fazem parte de um acervo ou coleção.
Este trabalho pode se desdobrar na elaboração de catálogos impressos ou on-
line e ainda na chamada catalogação na fonte, que consiste na inserção da
descrição física do documento, no próprio documento. Os catálogos, por sua
vez, se apresentam sob a forma de listas onde são registrados e descritos,
fisicamente, os documentos conservados em uma Biblioteca ou Unidade de
Informação. Geralmente, são organizados alfabeticamente e apresentados em
uma ordem específica: por autor, assunto, local ou título.
ou ato de classificar pode ser entendido como um processo
mental, por meio do qual se dá a reunião de objetos em classes ou grupos que
apresentam, entre si, certos traços de semelhança ou, ainda, de diferença.
Na Biblioteconomia, a classificação e a tarefa de descrever o conteúdo de um
documento de onde é extraído o assunto principal e, eventualmente, um ou
dois assuntos secundários, os quais são traduzidos para o termo mais
apropriado da linguagem documental adotada na unidade de informação.
- é uma das principais atividades desenvolvidas numa Biblioteca ou
Unidade de Informação. Consiste na descrição dos conteúdos dos
documentos e possui como principal objetivo a recuperação da informação
desejada pelo usuário.
é uma atividade fundamenta nas unidades de
informação e, por isso, deve ser sua principal preocupação. Ela consiste em
comunicar ao usuário as informações que ele necessita e, dependendo do
Competência 01
20
Técnico em Biblioteca
procedimento, antecipar-se a pesquisa do usuário, como, também, propor-lhe
as possibilidades de acesso a estas informações/ documentos.
A Biblioteca é um organismo vivo a serviço da comunidade; nela, obtemos
respostas às nossas mais diversas indagações. O lugar de destaque que ela
ocupa no mundo atual decorre da importância que a informação tem para
cada sociedade. Assim, a biblioteca participa do aprimoramento intelectual,
humanístico, técnico e científico de todos os segmentos sociais.
Competência 01
21
Introdução à Biblioteconomia
2.COMPETÊNCIA 2 | A ESTRUTUR
Caro aluno,
Trabalhamos nossa primeira competência apresentando a diferença entre
biblioteca, arquivo, museu e centro de documentação, delimitando os campos
de atuação de cada um deles. Vamos neste momento conhecer o profissional
bibliotecário e técnico em biblioteconomia, mostrando sobre sua carreira, e
suas atividades profissionais. Vamos conhecê-los?
Antes de começarmos a caracterizar a estrutura da carreira e o exercício
profissional do técnico e do bibliotecário, é importante que vocês conheçam
um pouco da história da Biblioteconomia no Brasil, e o Conselho Federal de
Biblioteconomia (CFB).
Vamos começar nossa leitura?
Figura 8 - O Bibliotecário de Giuseppe Arcimboldo Fonte: Wikipedia
2.1 A Biblioteconomia no Brasil
Você já parou para pensar o que é Biblioteconomia? Ou já percebeu que
quando falamos essas palavras, as pessoas estranham e perguntam logo, o
Competência 02
22
Técnico em Biblioteca
que é isso?
A Biblioteconomia1, como área do conhecimento, passou a existir, no Brasil, a
partir de 1911, quando Manuel Cícero Peregrino da Silva, então Diretor da
Biblioteca Nacional, conseguiu oficializar a criação do primeiro Curso de
Biblioteconomia do Brasil, primeiro também da América do Sul e 3º no
mundo. Esse curso começou a funcionar somente em 1915, na própria
Biblioteca Nacional e continuou durante anos até chegar ao atual da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
A partir da década de 1930, graças especialmente aos esforços de Rubens
Borba de Moraes, a biblioteconomia começou a progredir em passos mais
largos, com a criação da primeira Escola de Biblioteconomia, que funcionou
inicialmente junto ao Departamento de Cultura da Cidade de São Paulo e
depois na Escola de Sociologia e Política da mesma cidade. Essa Escola,
dirigida por Rubens Borba de Moraes, tinha uma orientação estritamente
americana, e abriu as portas para os alunos recém-saídos do Curso
Secundário, o 2º grau de hoje. A seguir vamos visualizar os primeiros
cursos/escolas de Biblioteconomia que se desenvolveram no Brasil.
ANO CURSO/ESCOLA LOCAL
1915 Curso de Biblioteconomia – Biblioteca Nacional Rio de Janeiro
1929 Curso de Biblioteconomia - Mackenzie São Paulo
1936 Curso de Biblioteconomia – Departamento de Cultura São Paulo
1942 Escola de Biblioteconomia e Documentação UFBA
1945 Faculdade de Biblioteconomia PUCCAMP
1947 Escola de Biblioteconomia e Documentação UFRS
1950 Curso de Biblioteconomia e Documentação UFPR
1950 Escola de Biblioteconomia UFMG
Quadro 2 - Primeiras escolas de Biblioteconomia no Brasil Fonte: BORBA, Vildeane da Rocha (2012)
1 Fonte: www.cfb.org.br/
Competência 02
23
Introdução à Biblioteconomia
Em 1965, já existia no Brasil 14 Escolas e Cursos de Biblioteconomia. A
profissão já tinha sido regulamentada em 1962, graças aos esforços de
bibliotecárias, como Laura Garcia Moreno Russo, que, com persistência e
coragem, vinham trabalhando em prol da regulamentação da profissão, há
vários anos.
Na década de 1970, a Biblioteconomia tomou novo impulso com a criação de
seis Cursos de Mestrado, o surgimento de revistas especializadas e a expansão
de oportunidades de emprego, principalmente junto aos órgãos federais,
bibliotecas especializadas e universitárias. Os Cursos de Doutorado
começaram a surgir durante a década de 1980. Atualmente a classe
bibliotecária já se encontra consolidada a nível nacional, em processo de
reconhecimento cada vez maior pela sociedade e com os seus órgãos de
classe: Conselhos e Associações, implantados e organizados e com uma
participação cada vez maior nas ações relacionadas com o MERCOSUL.
Agora estamos sabendo um pouco da história da Biblioteconomia no Brasil as,
quando a profissão do Bibliotecário e do técnico foram regulamentada?
Vamos conhecer?
2.2 Exercício da Profissão de Bibliotecário no Brasil
Segundo o Conselho Federal de Biblioteconomia, na década de 1950, algumas
bibliotecárias brasileiras, lideradas pela dinâmica figura de Laura Garcia
Moreno Russo, de São Paulo, iniciaram os esforços para ver a biblioteconomia
oficialmente reconhecida junto aos poderes públicos e junto à sociedade
brasileira.
A primeira vitória veio em 1958, com a Portaria nº 162 do Ministério do
Trabalho e Previdência Social (MTPS), através da qual a profissão de
bibliotecário foi regulamentada no Serviço Público Federal, tendo sido
incluída no 19º Grupo das profissões liberais. Mas até o momento, não havia
uma lei que regulamentasse a profissão de bibliotecário.
Competência 02
24
Técnico em Biblioteca
Foi quando em 1962 veio a coroação de todos esses esforços, com a
aprovação da Lei nº 4.084, que regula, até hoje, o exercício da profissão de
bibliotecário no Brasil e estabelece as prerrogativas dos portadores de
diploma em biblioteconomia no país.
Sabemos que a leitura de legislações, às vezes, torna-se cansativa, mas
salientamos a importância de você verificar cada artigo e conhecer detalhes
sobre o exercício do profissional bibliotecário.
Nesta lei, foram definidas as atribuições dos Bacharéis em Biblioteconomia e,
consequentemente, Bibliotecários. Mas o que é ser Bacharel em
Biblioteconomia? Bacharel é um grau acadêmico que corresponde ao grau
obtido após a conclusão de um curso do ensino superior, Faculdade ou
Universidade. Mas onde podemos encontrar, aqui no Brasil, cursos que
formem bacharéis em Biblioteconomia?
Vamos conhecer?
Quadro 3- Cursos de Biblioteconomia no Brasil Fonte: www.crb15.org.br/
Neste Quadro 3, os Cursos de Biblioteconomia estão distribuídos por
Universidades e Faculdades Federais, Estaduais e Particulares. No total, temos
39 cursos de Biblioteconomia no Brasil e, a maior concentração deles, está em
Universidades Federais e Estaduais. No Quadro 4, logo abaixo, vocês podem
visualizar a distribuição dos cursos, de acordo com as regiões brasileiras e, é
na Região Sudeste, que existem mais cursos de Biblioteconomia.
Cursos de Biblioteconomia no Brasil
Faculdades/Universidades Quantidade
UniversidadesFederais e Estaduais 26
FaculdadesParticulares 13
Total 39
FIQUE LIGADO!!!
LEI No 4.084, DE 30 DE JUNHO DE 1962.
Dispõe sobre a profissão de
bibliotecário e regula seu exercício.
www.cfb.org.br/UserFiles/File/Legislac
ao/Lei4084-30junho1962.pdf
Competência 02
25
Introdução à Biblioteconomia
Cursos de Biblioteconomia Existentes por Região
Regiões Quantidade de Cursos
Total Federais/Estaduais Particulares
Norte 2 0 2
Nordeste 8 0 8
Centro-Oeste 3 2 5
Sudeste 7 10 17
Sul 6 1 7
Total 26 13 39
Quadro 4 - Cursos de Biblioteconomia existente por região Fonte: www.crb15.org.br
E para que possamos saber quais são as instituições que fornecem o curso de
biblioteconomia no Brasil, vejamos o Quadro 5.
INSTITUIÇÃO CIDADE/UF
Universidade Federal do Ceará - UFC JUAZEIRO DO NORTE-CE
Faculdade de Ciências da Informação de Caratinga - FCIC CARATINGA-MG
Centro UniversitárioAssunção - UniFAI SÃO PAULO-SP
Instituto Manchester Paulista de Ensino Superior - IMAPES SOROCABA-SP
Faculdades Integradas Teresa D´Ávila - FATEA LORENA-SP
Universidade de Brasília - UnB BRASILIA-DF
Universidade Federal de Alagoas - UFAL MACEIÓ-AL
Fundação Universidade Federal do Rio Grande - FURG RIO GRANDE-RS
Universidade Federal do Ceará - UFC FORTALEZA-CE
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG BELO HORIZONTE-MG
Universidade Santa Úrsula - USU RIO DE JANEIRO-RJ
Universidade Estadual de Londrina - UEL LONDRINA-PR
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT RONDONÓPOLIS-MT
Universidade Federal do Pará - UFPA BELÉM-PA
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS PORTO ALEGRE-RS
Faculdades Integradas Coração de Jesus - FAINC SANTO ANDRÉ-SP
Universidade Federal da Paraíba - UFPB JOÃO PESSOA-PB
Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC FLORIANÓPOLIS-SC
Universidade de São Paulo - USP SÃO PAULO-SP
Centro Universitário de Formiga - UNIFOR-MG FORMIGA-MG
Universidade Federal de Goiás - UFG GOIANIA-GO
Competência 02
26
Técnico em Biblioteca
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC FLORIANÓPOLIS-SC
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN NATAL-RN
Universidade Federal do Maranhão - UFMA SÃO LUIS-MA
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP MARÍLIA-SP
Universidade Federal do Amazonas - UFAM MANAUS-AM
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO RIO DE JANEIRO-RJ
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES VITÓRIA-ES
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE RECIFE-PE
Instituto de Ensino Superior da Funlec - IESF CAMPO GRANDE-MS
Escola Superior de Ensino Anísio Teixeira - CESAT SERRA-ES
Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas CAMPINAS-SP
Universidade Estadual do Piauí - UESPI TERESINA-PI
Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação - FaBCI SÃO PAULO-SP
Universidade Federal de São Carlos - UFS- CAR SÃO CARLOS-SP
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR CURITIBA-PR
Universidade Federal da Bahia - UFBA SALVADOR-BA
Universidade Federal Fluminense - UFF NITEROI-RJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ RIO DE JANEIRO-RJ
Quadro 5 - Instituições que fornecem o curso de Biblioteconomia no Brasil Fonte: www.crb15.org.br/carreira.php?codigo=2
Já sabemos que, a partir de 1962, foi desenvolvida e regulamentada a
profissão do bibliotecário e quais as instituições que possuem o curso de
Biblioteconomia no Brasil. Mas quais as atividades do bibliotecário?
O Decreto No 56.725, de 16 de agosto de 1965, dispõe sobre o exercício dessa
profissão (www.crb7.org.br/Legislacao/Decreto-56725-16agosto1965.pdf)
São atribuições do bibliotecário: a organização, direção e execução dos
serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e
autárquicas, bem como de empresas particulares, concernentes as matérias e
atividades seguintes:
I. O ensino das disciplinas específicas de Biblioteconomia;
II. A fiscalização de estabelecimentos de ensino de Biblioteconomia
reconhecidos, equiparados ou em via de equiparação;
Competência 02
27
Introdução à Biblioteconomia
III. Administração e direção de bibliotecas;
IV. Organização e direção dos serviços de documentação;
V. Execução dos serviços de classificação e catalogação de manuscritos e de
livros raros ou preciosos, de mapotecas, de publicações oficiais e seriadas,
de bibliografia e referência.
São atividades do Bibliotecário:
demonstrações práticas e teóricas da técnica biblioteconômica, em
estabelecimentos federais, estaduais ou municipais;
padronização dos serviços técnicos de Biblioteconomia;
inspeção, sob o ponto de vista de incentivar e orientar os trabalhos de
recenseamento, estatística e cadastro de bibliotecas;
publicidade sobre material bibliográfico e atividades da biblioteca;
planejamento de difusão cultural, na parte que se refere a serviços de
biblioteca;
organização de congressos, seminários, concursos e exposições nacionais
e estrangeiras, relativas a Biblioteconomia e a Documentação ou
representação oficial em tais certames.
Figura 9 – Símbolos da Biblioteconomia Fonte: bddadosdigitais.blogspot.com
VOCÊ SABIA? Você sabia do
juramento Profissional do Bibliotecário? “ rometo tudo
fazer para preservar o cunho liberal e
humanista da profissão de Bibliotecário,
fundamentado na liberdade de investigação
científica e na dignidade da
pessoa humana”
Competência 02
28
Técnico em Biblioteca
Vejamos o significado dos símbolos da Biblioteconomia, segundo consta no
site do Conselho Federal de Biblioteconomia (www.crb14.org.br/carreira.php
?codigo=4):
O Anel de Grau do Bibliotecário
O anel deve ser feito em ouro, com a pedra preciosa ametista, de cor violeta,
que é uma variedade de quartzo encontrada no Brasil, Uruguai, Sibéria e no
Ceilão. Em sua lateral, deve haver a lâmpada de Aladdin e o livro aberto,
ambos em platina.
Simbolismo:
Ametista: Clássica pedra da amizade, reforça a memória, preserva de
alucinação e defende contra a embriaguez.
Lâmpada de Aladdin: Desde os tempos antigos simboliza a perene vigília,
a atividade intelectual e o trabalho árduo de pesquisa e das investigações
litero-científicas.
Livro aberto: Significa o oferecimento indiscriminado da educação e da
cultura.
Falamos sobre a carreira e as atividades do profissional bibliotecário e, agora,
eu pergunto para vocês: quais são as atividades do Técnico em
Biblioteconomia? Quais são as suas atribuições? Vamos conhecer?
2.3 Técnico em Biblioteca
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)2, tanto o
Bibliotecário quanto o Técnico em Biblioteconomia se enquadram na
2Fonte: www.mtecbo.gov.br/cbosite/
Acesse os links das
reportagens a seguir e conheça
mais sobre Biblioteconomia e as atividades do
profissional bibliotecário.
www.youtube.com/watch?v=_EFTP8ZIl
UQ www.youtube.com/
watch?v=-Oq7nzl1WnE&featu
re=related www.youtube.com/
watch?v=378-IH-IeYY&feature=relat
ed
Competência 02
29
Introdução à Biblioteconomia
categoria Profissionais da Informação, descrevendo as atividades/diretrizes
deste profissional conforme estrutura a seguir:
O Profissional da Informação deve:
Disponibilizar informação em qualquer suporte;
Gerenciar unidades como bibliotecas, centros de documentação, centros
de informação e correlatos, além de redes e sistemas de informação;
Tratar tecnicamente e desenvolver recursos informacionais;
Disseminar informação com o objetivo de facilitar o acesso e geração do
conhecimento;
Desenvolver estudos e pesquisas;
Realizar difusão cultural;
Desenvolver ações educativas;
Prestar serviços de assessoria e consultoria.
Segundo a CBO, o Bibliotecário pode ser chamado também de:
Bibliotecário Bibliógrafo Consultor de informação
Gerente de informação
Biblioteconomista Cientista de informação
Especialista de informação
Gestor de informação
Quadro 6 - Títulos do Bibliotecário Fonte: www.mtecbo.gov.br/
Especificamente, o Técnico em Biblioteconomia deve atuar nas seguintes
atividades e serviços:
Tratamento, recuperação e disseminação da informação;
Executar atividades especializadas e administrativas relacionadas à rotina
de unidades ou centros de documentação ou informação quer no
atendimento ao usuário, quer na administração do acervo, ou na manutenção
de bancos de dados;
Competência 02
30
Técnico em Biblioteca
Participar da gestão administrativa, elaboração e realização de projetos de
extensão cultural;
Colaborar no controle e na conservação de equipamentos;
Participar de treinamentos e programas de atualização.
Já que conhecemos um pouco a respeito dos profissionais da informação,
especificamente, bibliotecários e técnicos em biblioteconomia, bem como
suas atividades desenvolvidas, convidamos vocês a saberem, também, sobre a
formação ética de tais profissionais e os órgãos responsáveis pela
regulamentação da profissão, na nossa próxima competência. Vamos lá!
Competência 02
31
Introdução à Biblioteconomia
3.COMPETÊNCIA 3
-PROFISSIONAL DO
Caro aluno,
No primeiro momento, estudamos juntos os conceitos de biblioteca, arquivo,
museu e centro de documentação, apresentando suas diferenças, finalidades
e a delimitação dos campos de atuação de cada um deles. No segundo
momento, conhecemos o profissional bibliotecário e técnico em
biblioteconomia, mostrando sobre sua carreira e suas atividades profissionais.
Nesta terceira competência iremos compreender a importância da formação
etico-profissional do bibliotecário, as associações de classe e sindicatos.
Figura 10 - Ética Fonte: www.codesa.gov.br
Vamos começar?
VOCÊ SABE O QUE É ÉTICA?
VAMOS ENTENDER?
Competência 03
32
Técnico em Biblioteca
Será que vender ou comprar trabalhos acadêmicos é ético? O profissional da
informação, como o bibliotecário ou o técnico em biblioteconomia,
geralmente, é requisitado para realizar a venda de trabalhos de conclusão de
curso (TCC) para alunos que estão finalizando a graduação, e não têm tempo
ou não querem fazer o TCC.
quanto a “copiar e colar” da internet, livros ou outras fontes, o trabalho da
escola, do curso profissionalizante, da graduação ou pós- graduação sem citar
a autoria do texto, por exemplo? Será que é correto? Pensemos sobre isso...
Diante de tais situações, nosso propósito é abordar sobre ética, nessa nova
competência e analisarmos se as práticas citadas, bem como outras
corriqueiras na área, são atitudes éticas.
3.1 Ética
A ética, também chamada de filosofia moral, é a parte da filosofia que reflete
sobre os princípios da vida moral, isto é, dos valores em sociedade. É a
reflexão crítica sobre a moralidade e busca a consistência dos valores morais
(MARTINS, 1994). Mas o que é ética e moral?
A ética está diretamente relacionada aos fundamentos e princípios da vida
moral e a moral estabelece as regras do que é considerado boa conduta em
uma cultura e em um tempo histórico (MARTINS, 1994). Mas o que seria,
então, ética profissional, ou seja, ética, no exercício de uma determinada
profissão?
A ética profissional pode ser definida pelo conjunto de regras morais, que
devem ser respeitadas no exercício de uma profissão e, a adesão a este
“código” de ética normalmente é feita na formatura sobre a forma de
juramento (MARTINS, 1994).
“ j ó tomando
Competência 03
33
Introdução à Biblioteconomia
conhecimento das regras morais da profissão, como a está abraçando
” ( 1994).
Os chamados códigos de ética,constituem não apenas um conjunto de
orientações para a atuação dos profissionais, mas também uma espécie de
garantia à sociedade de que as atividades por eles desenvolvidas representam
mais do que os interesses pessoais de seus membros e significam uma efetiva
contribuição à coletividade (VERGUEIRO, 1994).
Sobre o Código de Ética do Bibliotecário, vamos discutir em nossa próxima
competência!
3.1.1 Formação Ético Profissional do Bibliotecário
Vergueiro (1994) discute sobre a formação ética do bibliotecário e discute um
postulado ético que deve ser levado em consideração quando se trata de ética
profissional que é o da neutralidade. Mas o que é neutralidade? Como o
Bibliotecário deve ser neutro?
O Bibliotecário em suas atividades profissionais, não deve se posicionar em
relação às informações disseminadas e acessíveis no que diz respeito ao ponto
de vista político, religioso ou moral. Neste sentido, o Bibliotecário deve ser
neutro em todas as informações que são solicitadas e fornecidas para seus
usuários, sem questionamentos, em relação ao que o usuário fará com as
informações recebidas (VERGUEIRO, 1994).
O Bibliotecário também não deve permitir que suas crenças ou opiniões, de
acordo com o conteúdo dos documentos, possam interferir em seu trabalho
de seleção e disseminação das informações (VERGUEIRO, 1994).
Como foi apresentado, um postulado muito importante no Código de Ética do
Bibliotecário é o da neutralidade. Imagine-se como usuário em uma biblioteca
FIQUE LIGADO!!!
Negar-se ao fornecimento ou
restringir o acesso às informações, por quaisquer motivos, aos usuários, não é
considerado um comportamento
ético (VERGUEIRO, 1994).
Competência 03
34
Técnico em Biblioteca
ou outro órgão de documentação e, o bibliotecário ou técnico em
biblioteconomia que lhe atender, ficar atrapalhando sua pesquisa, inclusive,
porque fica expressando a opinião dele a respeito do assunto que você está
pesquisando?
Outra situação que podemos abordar é: você está precisando muito fazer uma
pesquisa sobre o assunto sustentabilidade. Com isso, vai a uma biblioteca e o
profissional que lhe atende não faz muito esforço para lhe ajudar - mesmo a
biblioteca tendo material sobre o assunto – deixando-lhe, portanto, sem a
informação desejada. Você gostaria de passar por isso?
Acrescentamos mais situações práticas retomando as questões apresentadas
no início da compet ncia (venda/compra de e o famoso “copiar e colar”)
O que você acha?
o plágio? abe o que é? m palavras mais simples é o famoso “copiar e
colar” que citamos ( er conceito de plágio em http //www
dicio.com.br/plagio/ ). É bem mais fácil copiar um trabalho da internet, não é?
É muito mais prático e perde-se menos tempo, concorda? Vejamos...
Acesse a cartilha sobre plágio acadêmico da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) - www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-plagio-academi
co.pdf - e verifique se realmente vale a pena a comodidade de “copiar e colar”
informações alheias sem dar os devidos créditos.
Existe uma diferença muito grande entre o profissional da nossa área vender
o trabalho completo (que já vimos que é crime) e fazer normalização de
trabalhos acadêmicos, conforme as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas. São duas práticas totalmente diferentes e, ao longo do
curso, você poderá diferenciar melhor as duas situações.
Após apresentarmos questões teóricas sobre ética e situações práticas que
podem envolver ações antiéticas, acrescentamos que o comportamento ético
Competência 03
35
Introdução à Biblioteconomia
profissional do bibliotecário é regulado ou fiscalizado por órgãos de classe.
Vamos conhecer agora essas instituições em Biblioteconomia e qual a
responsabilidade de cada uma?
3.2 Órgãos de Classe
Os órgãos de classe tem um papel muito importante na sociedade no que diz
respeito aos processos de fiscalização, conscientização, divulgação e
cidadania, zelando pela ética e defesa dos profissionais. Na área da
Biblioteconomia, possuímos cinco diferentes órgãos que possuem missões e
ações divergentes, com objetivos comuns para a área. São eles:
Quadro 8 - órgãos de classe Fonte: BORBA, Vildeane Rocha (2012)
3.2.1 Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB)
O Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB)3, com sede e foro no Distrito
Federal jurisdição em território nacional, nos termos da Lei nº. 4.084/1962, do
Decreto nº 56.725/1965 que a regulamenta e a Lei nº 9.674/1998. O CFB é
uma Autarquia Federal dotada de personalidade jurídica de direito público,
com autonomia administrativa, patrimonial e financeira.
O CFB e constituído por quatorze membros efetivos e três suplentes,
designados pelo título de Conselheiros Federais, todos brasileiros natos e
naturalizados, bacharéis em Biblioteconomia, com mandato trienal, eleitos
3 Fonte: www.cfb.org.br
Órgãos de Classe em Biblioteconomia
Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB)
Conselhos Regionais de Biblioteconomia (CRB)
Sindicato de Bibliotecários
Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários (FEBAB)
Associação de Bibliotecários
Competência 03
36
Técnico em Biblioteca
nos termos legais e na forma prevista no Regimento Interno.
Sua missão é orientar, supervisionar e disciplinar o exercício da profissão de
Bibliotecário em todo o território nacional, bem como contribuir para o
desenvolvimento biblioteconômico no país.
Para cumprir sua missão exercerá ações administrativo-executiva, normativa,
regulamentar, consultiva, supervisora, disciplinar e contenciosa, como
instância originária ou recursal.
3.2.2 Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB)
Os CRB são autarquias federais dotadas de personalidade jurídica de direito
publico, autonomia administrativa e financeira, cujas siglas, jurisdição e sedes
são designadas em Resoluções específicas do CFB.
Os Diretores, Chefes ou Coordenadores de Cursos de Instituições de Ensino
Superior de Biblioteconomia e os Presidentes de Associações de Classe são
membros natos dos CRB, de acordo com o disposto no Art. 21 da Lei nº
4.048/1962.
Sua missão é fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as
infrações à legislação vigente.
Os Conselhos Regionais estão subdivididos em algumas regiões do país.
3.2.3 Sindicato de Bibliotecários
A missão e a estrutura dos sindicatos de bibliotecários podem variar,
Nós possuímos apenas um Conselho Federal e para atender especificamente cada região é
que existe os Conselhos Regionais. Vamos conhecê-los agora?
Para conhecer os
CRB´s acesse: www.cfb.org.br/UserFiles/File/Legislacao/1SlideInicial.pdf
Competência 03
37
Introdução à Biblioteconomia
entretanto, como exemplo, destacamos as características do Sindicato dos
Bibliotecários do Rio de Janeiro.
Defender os direitos dos bibliotecários, estimulando a sua organização;
Participar das negociações coletivas de trabalho, garantindo o
cumprimento dos acordos coletivos;
Lutar pelo fortalecimento da categoria e pela consciência da classe;
Colaborar com o poder público e o setor privado na solução dos
problemas da categoria.
3.2.4 Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários (FEBAB)
A FEBAB4, fundada em 26 de julho 1959, é uma sociedade civil, sem fins
lucrativos, com sede e foro na cidade de São Paulo, com prazo de duração
indeterminado.
É constituída por entidades-membro - associações e sindicatos de
bibliotecários e cientistas da informação, instituições filiadas e pelos órgãos:
deliberativos - Assembléia Geral e Conselho Diretor; executivo – Diretoria
Executiva; de fiscalização – Conselho Fiscal; de assessoria – Comissões
Brasileiras e Assessorias Especiais.
Desde seu nascimento, a FEBAB tem como principal missão defender e
incentivar o desenvolvimento da profissão. Tem como objetivos:
congregar as entidades para tornarem-se membros e instituições filiadas;
coordenar e desenvolver atividades que promovam as bibliotecas e seus
profissionais;
apoiar as atividades de seus filiados e dos profissionais associados;
atuar como centro de documentação, memória e informação das
4 Fonte: www.febab.org.br/
Competência 03
38
Técnico em Biblioteca
atividades de biblioteconomia, ciência da informação e áreas correlatas
brasileiras;
interagir com as instituições internacionais da área de informação;
desenvolver e apoiar projetos na área, visando o aprimoramento das
bibliotecas e dos profissionais;
contribuir para a criação e desenvolvimento dos trabalhos das comissões e
grupos de áreas especializadas de biblioteconomia e ciência da informação.
3.2.5 Associações de Bibliotecários
A Associação de Bibliotecários corresponde a uma sociedade civil sem fins
lucrativos, de âmbito nacional, que congrega entidades e pessoas físicas,
atuantes na área da Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação.
A missão e a estrutura das associações dos profissionais bibliotecários podem
variar, entretanto, como exemplo, destacamos as características da
Associação Catarinense de Bibliotecários:
Congregar bibliotecários, instituições e pessoas interessadas em
biblioteconomia e áreas afins;
Defender os interesses e apoiar as reivindicações da classe dos
bibliotecários;
Promover o aprimoramento cultural e aperfeiçoamento técnico dos
associados;
Servir a comunidade, estimulando e auxiliando a instalação de bibliotecas;
Viabilizar a realização de cursos de formação e aperfeiçoamento de
servidores de biblioteca;
Organizar e promover a realização de congressos, seminários, palestras e
conferências, para o debate de problemas biblioteconômicos, visando o
progresso da biblioteconomia;
Representar os associados perante o Conselho Regional de
Biblioteconomia;
Competência 03
39
Introdução à Biblioteconomia
Filiar-se a organização nacional da classe e manter intercâmbio com
entidades congêneres do país e do estrangeiro, mantendo sua autonomia,
sem fusão ou incorporação do patrimônio;
Colaborar com os poderes públicos e entidades privadas, nos assuntos de
interesses da comunidade, ligados direta ou indiretamente a Biblioteconomia;
Servir como centro de informações das atividades biblioteconômicas;
Colaborar com as Escolas de Biblioteconomia e áreas afins, com o objetivo
de aperfeiçoar a educação e o treinamento dos aspirantes e membros da
classe dos bibliotecários;
Promover ou participar de empreendimentos ou atividades que, por sua
inspiração e natureza, possibilitem à Associação o melhor cumprimento de
seus objetivos.
Competência 03
40
Técnico em Biblioteca
4. 4
Caro aluno,
No decorrer do curso, apresentamos os conceitos entre biblioteca, arquivo,
museu e centro de documentação, conhecemos o profissional bibliotecário e
técnico em biblioteconomia, mostrando sobre sua carreira e suas atividades
profissionais.
Compreendemos a importância da formação ético-profissional do
bibliotecário, as associações de classe e sindicatos e, agora, vamos conhecer e
discutir o código de ética do Bibliotecário.
Vamos começar?
Figura 11 – Código de ética Fonte: www.centralunicadosdetetives.com.br/codigo.htm
4.1 Código de Ética Profissional do Bibliotecário
O Código de Ética Profissional do Bibliotecário foi desenvolvido a partir da
discussão entre os profissionais e, tem por objetivo fixar normas de conduta
para as pessoas físicas e jurídicas, que exerçam as atividades profissionais em
Biblioteconomia, segundo o seu artigo primeiro.
Competência 04
41
Introdução à Biblioteconomia
O código data de 11 de janeiro de 2002 e está disposto em VIII Seções e 20
Artigos, que tratam desde normas de conduta, deveres e obrigações,
infrações, desobediências das prescrições, até algumas disposições gerais.
Segundo Cuartas, Pessoa e Costa (2003), este código representa a quarta
versão do código original, que data da década de sessenta do século passado.
Vamos entender melhor como o Código de Ética está estruturado,
distribuindo suas seções?
SEÇÃO DE QUE TRATA? QUAIS ARTIGOS?
SEÇÃO I DOS OBJETIVOS Art.1º
SEÇÃO II DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES Art.2ºao Art.10
SEÇÃO III DOS DIREITOS Art.11
SEÇÃO IV DAS PROIBIÇÕES Art.12
SEÇÃO V DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES E PENALIDADES Art.13 e Art.14
SEÇÃO VI DA APLICAÇÃO DE SANÇÕES Art.15 e Art.16
SEÇÃO VII DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS Art.17 e Art.18
SEÇÃO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art.19 e Art.20 Quadro 10 - Seções do Código de ética de Biblioteconomia Fonte: www.cfb.org.br/UserFiles/File/Resolucao/Resolucao_042-02.pdf
Como visualizado no Quadro 10, o Código de Ética está estruturado a partir de
VIII seções e estas estão organizadas a partir dos artigos propostos. Que tal
conhecer o que cada seção e artigo abrange?
4.2 Seção 01: Dos Objetivos
A seção 1 do código de ética trata especificamente dos objetivos propostos no
desenvolvimento do código e, no seu artigo primeiro, informa que o Código
de Ética Profissional tem por objetivo, fixar normas de conduta para as
pessoas físicas e jurídicas, que exerçam as atividades profissionais em
Biblioteconomia.
Competência 04
42
Técnico em Biblioteca
4.3 Seção 02: Dos Deveres e Obrigações
Nesta seção, são abordados os deveres e obrigações do profissional
Bibliotecário, abrangendo a conduta do Bibliotecário, normas que devem ser
levadas em consideração, em relação aos órgãos de classe e algumas
exigências, em relação ao profissional, além do exercício de suas atividades.
É dever do Bibliotecário:
a) dignificar, através dos seus atos, a profissão, tendo em vista a elevação
moral, ética e profissional da classe;
b) observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao poder público, à
iniciativa privada e à sociedade em geral;
c) respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão;
d) respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais;
e) contribuir, como cidadão e como profissional, para o inces-sante
desenvolvimento da sociedade e dos princípios legais que regem o país.
Além dos deveres acima apresentados o Código de Ética exige que o
profissional de Biblioteconomia cumpra:
a) preservar o cunho liberal e humanista de sua profissão, fundamentado na
liberdade da investigação científica e na dignidade da pessoa humana;
b) exercer a profissão aplicando todo zelo, capacidade e honestidade no seu
exercício;
c) cooperar intelectual e materialmente para o progresso da profissão,
mediante o intercâmbio de informações com associações de classe, escolas e
órgãos de divulgação técnica e científica;
d) guardar sigilo no desempenho de suas atividades, quando o assunto assim
exigir;
e) realizar de maneira digna a publicidade de sua instituição ou atividade
profissional, evitando toda e qualquer manifestação que possa comprometer
o conceito de sua profissão ou de colega;
Competência 04
43
Introdução à Biblioteconomia
f) considerar que o comportamento profissional irá repercutir nos juízos que
se fizerem sobre a classe;
g) conhecer a legislação que rege o exercício profissional da Biblioteconomia,
assim como as suas alterações, quando ocorrerem, cumprindo-a
corretamente e colaborando para o seu aperfeiçoamento;
h) combater o exercício ilegal da profissão;
i) citar seu número de registro no respectivo Conselho Regional, após sua
assinatura em documentos referentes ao exercício profissional;
j) estimular a utilização de técnicas modernas objetivando o controle da
qualidade e a excelência da prestação de serviços ao usuário;
k) prestar serviços assumindo responsabilidades pelas informações
fornecidas, de acordo com os preceitos do Código Civil e do Código do
Consumidor vigentes.
O Código apresenta algumas regras de conduta em relação aos próprios
colegas de profissão, aos órgãos de classe e principalmente em relação ao
usuário cliente.
Mas o que é Conduta?
A conduta está diretamente relacionada ao comportamento do indivíduo,
neste caso, a maneira de se comportar, agir e se relacionar com pessoas e
cenários nas mais diversificadas situações. Vamos visualizar no quadro abaixo
como o Profissional Bibliotecário deve se comportar em relação aos seus
colegas de trabalho, órgãos de classe e usuários/clientes.
4.4 Seção 03: Dos Direitos
Vocês já ouviram falar dos direitos e deveres do cidadão? Na nossa
Constituição Brasileira, existe um artigo específico que trata dos Direitos e
Deveres Individuais e Coletivos. Todos nós temos deveres a cumprir, mas
também temos nossos direitos. Mas então quais são os Direitos dos
Bibliotecários? Vamos conhecer?
Conheça na íntegra
o Código de Ética profissional dos Bibliotecários
www.cfb.org.br/UserFiles/File/Resolucao/Resolucao_042-02.pdf
Competência 04
44
Técnico em Biblioteca
É direito do Profissional Bibliotecário:
a) exercer a profissão, independentemente de questões referentes à religião,
raça, sexo, cor e idade;
b) apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições em que
trabalha, quando as julgar indignas do exercício profissional, devendo, neste
caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em particular, ao Conselho Regional;
c) votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos ou entidades
de classe, nos termos da legislação vigente;
d) defender e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido em sua
dignidade profissional;
e) auferir benefícios da ciência e das técnicas modernas, objetivando melhor
servir ao seu usuário, à classe e ao país;
f) usufruir de todos os demais direitos específicos, nos termos da legislação
que cria e regulamenta a profissão de bibliotecário;
g) preservar seu direito ao sigilo profissional, quando portador de
informações confidenciais;
h) formular, junto às autoridades competentes, críticas e/ou propostas aos
serviços públicos ou privados, com o fim de preservar o bom atendimento e
desempenho profissional.
4.5 Seção 04: Das Proibições
Assim como em toda legislação, devemos entender nossos direitos e deveres,
enquanto cidadãos, levando em consideração normas de conduta e
comportamento. Em nossa sociedade temos noções básicas de que é proibido
matar e roubar e se por acaso cometermos estes atos, podemos ser punidos.
No código de ética isto também não é diferente. Podemos observar juntos?
Nesta seção não se permite ao profissional de Biblioteconomia, no
desempenho de suas funções:
a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a dignidade e o
Competência 04
45
Introdução à Biblioteconomia
renome da profissão;
b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas, sem habilitação
profissional, para cargos privativos de Bibliotecário, ou indicar nomes de
pessoas sem registro nos CRB;
c) expedir, subscrever ou conceder certificados, diplomas ou atestados de
capacitação profissional a pessoas que não preencham os requisitos
indispensáveis ao exercício da profissão.
d) assinar documentos que comprometam a dignidade da Classe;
e) violar o sigiloprofissional;
f) utilizar a influência política em benefício próprio;
g) deixar de comunicar aos órgãos competentes, as infrações legais e éticas
que forem de seu conhecimento;
h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo explícito ou
implícito em documentos, obras doutrinárias, leis, acórdãos e outros
instrumentos de apoio técnico do exercício da profissão, com intuito de iludir
a boa fé de outrem;
i) fazer comentários desabonadores sobre a profissão de Bibliotecário e de
entidades afins à profissão;
j) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qualquer instituição
pública ou privada onde não exerça, pessoal ou efetivamente, função inerente
à profissão;
k) assinar trabalhos ou quaisquer documentos, executados por terceiros ou
elaborados por leigos, alheios a sua orientação, supervisão e fiscalização;
l) exercer a profissão, quando impedido, por decisão administrativa
transitada em julgado; É importante enfatizar que, neste caso, o bibliotecário
ainda não foi julgado por algum ato cometido. Ele ainda poderá exercer suas
funções, normalmente, até que definitivamente a sentença final defina sua
culpa ou absorção.
m) recusar a prestar contas de bens e numerário, que lhes sejam confiados,
em razão de cargo, emprego ou função;
n) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselhos
Federal e Regionais, bem como deixar de atender a suas requisições
administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado;
Competência 04
46
Técnico em Biblioteca
o) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais ou cometer
atos discriminatórios e abuso de poder;
p) aceitar qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão
por sexo, idade, cor, credo, e estado civil.
4.6 Seção 05: Das Infrações Disciplinares e Penalidades
Estamos cientes de que não é permitido infringir o Código de Ética. Neste
sentido, caso ocorram algumas infrações que o profissional Bibliotecário não
obedeça, o código prevê penalidades específicas descritas abaixo.
É importante considerar que as penalidades serão anotadas na carteira
profissional e no cadastro do CRB, sendo comunicadas ao CFB, demais
Conselhos Regionais e ao empregador, assim como compete originalmente
aos CRB o julgamento das questões. As penalidades são:
a) Advertência reservada;
b) Censura pública;
c) Suspensão do registro profissional pelo prazo de até três anos;
d) Cassação do exercício profissional com apreensão de carteira profissional;
e) Multa de 1 a 50 (cinquenta) vezes o valor atualizado da anuidade.
§ 1º - A pena de multa, de um a cinquenta vezes o valor atualizado da
anuidade, poderá ser combinada com qualquer das penalidades enumeradas
nas alíneas “a” a “d” deste artigo podendo ser aplicada em dobro no caso de
reincidência.
§ 2º - A falta de pagamento da multa no prazo estipulado determinará a
suspensão do exercício profissional, sem prejuízo da cobrança por via
executiva.
§ 3º - A suspensão, por falta de pagamento de anuidade, taxas e multas
somente cessará com o recolhimento da dívida, podendo estender-se por até
três anos, decorridos os quais, o profissional terá, automaticamente,
Competência 04
47
Introdução à Biblioteconomia
cancelado o seu registro, se não resgatar o débito, sem prejuízo da cobrança
executiva.
§ 4º - A pena de cassação do registro profissional acarretará ao infrator a
perda do direito de exercer a profissão em todo Território Nacional e,
consequentemente, a apreensão da carteira de identidade profissional.
§ 5º - Ao infrator suspenso por débito, será admitida a reabilitação
profissional, mediante novo registro, satisfeitos, além das anuidades em
débito, as multas e demais emolumentos e taxas cabíveis.
4.7 Seções 6, 7 e 8
A seção 6 deste código trata da aplicação de sanções/punições, informando as
sanções mais atenuantes que são a falta cometida em defesa de prerrogativa
profissional, a ausência de punição anterior e a prestação de relevantes
serviços à Biblioteconomia.
Sobre os honorários dos profissionais Bibliotecários é apresentada na seção 7,
em que se recomenda que o Bibliotecário deve fixar, previamente, o valor dos
serviços, de preferência, por contrato escrito, considerados os elementos
seguintes:
a) a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar;
b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho;
c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços;
d) as vantagens que advirão para o contratante com o serviço prestado;
e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente;
f) o local em que o serviço será prestado.
Finalmente o Código de Ética finaliza-se na seção 8 que trata de disposições
gerais, informando que, qualquer modificação deste Código, somente poderá
ser efetuada pelo CFB, nos termos das disposições legais, ouvidos os CRB.
Competência 04
48
Técnico em Biblioteca
REFERÊNCIAS
CÓDIGO de ética do Bibliotecário. Disponível em: <www.cfb.org. br/UserFiles
/File/Resolucao/Resolucao_042-02.pdf>.Acesso em: 01 mar. 2012.
CONSELHO Federal de Biblioteconomia. Disponível em: <www. cfb.org.br
/index.php>. Acesso em: 01 mar. 2012.
CUARTAS, E.; PESSOA, M. L.; COSTA, C. Ética profissional do bibliotecário: 15
anos depois. [Em anexo: Código de Ética Profissional do Bibliotecário,
resolução CFB no 42 publicada do D. O. U. de 7 jan. 2002]. Biblos: revista do
Departamento de Biblioteconomia e História, Rio Grande do Sul, v. 15, p. 195-
209, 2003.
DONATO, Hernâni. A palavra escrita e sua história. São Paulo:
Melhoramentos, [1951]. 114p. (O Homem e o universo, nº 12).
FEDERAÇÃO Brasileira de Associação de Bibliotecários. Disponível em: < www.
febab.org.br/>. Acesso em: 01 mar. 2012.
FONSECA. Edson Nery da. Introdução à Biblioteconomia. 2. ed.Brasília:
Brinquet de Lemos, 2007. 152p.
GUINCHAT, Claire; MENOU, Michel. Introdução geral às ciências e técnicas da
informação e da documentação. Brasília: MCT: CNPq: Ibict,1994.
LE COADIC, Yves-François. A Ciência da Informação. Brasília: Brinquet de
Lemos, 1996.
LOPES, Luis Felipe Dias; MONTE, Antônio Carlos. A qualidade dos suportes no
armazenamento de informações. Florianópolis: VisualBooks,2004. 104p.
LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar: uma
49
Introdução à Biblioteconomia
proposta para preservação de documentos em Bibliotecas. Brasília:
Thesaurus, 1995. 125 p.
MARTINS, M. H. P. A ética em questão. Palavra Chave, São Paulo, 8 out. 1994.
MARTINS, Wilson. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e da
biblioteca . 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Ática, 1996. 519 p.
OLIVEIRA, Marlene de (Coord.). :
novos conteúdos e espaços de atuação. Belo Horizonte: EditoraUFMG, 2005.
143p.
PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. 3. ed. rev. ampl. Rio de
Janeiro: Ed. FGV, 2004. 228p.
SOUZA, M. de L. Da C. E. Apostilhas do curso de organização e Administração
de Arquivos. Rio de Janeiro: Dasp, 1950.
TESSITORE, Viviane. Como implantar Centros de Documentação. São Paulo:
Imprensa Oficial do Estado, 2003. 52p. Disponível em: <http://
www.arqsp.org.br/arquivos/oficinas_colecao_como_fazer/cf9.pdf>. Acesso
em: 10 jan. 2012.
VALENTINI, Renato. Arquivologia para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009. 184p.
VERGUEIRO, W. C. S. Ética profissional versus ética social: uma abordagem
sobre os mitos da Biblioteconomia. PalavraChave, São Paulo, 8 out. 1994.
50
Técnico em Biblioteca
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR
Vildeane da Rocha Borba
É Professora do Departamento de Ciência da Informação da Universidade
Federal de Pernambuco, possui Graduação em Biblioteconomia pela
Universidade Federal de Pernambuco (2006) e Mestrado em Ciência da
Informação pela Universidade Federal da Paraíba (2009). É pesquisadora do
Laboratório de Tecnologia do Conhecimento (LIBER/UFPE), atuando em
pesquisas nos seguintes temas: Organização da Informação, Preservação da
Informação, Preservação Digital e Gestão Documental.
top related