jardins cariocas
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Uma exposição sobre os parques e jardins do Rio de Janeiro.Departamento de Cultura
É com imenso prazer que apresentamos a
exposição “Jardins Cariocas” – coletânea
de fotografias de iniciativa da Subdiretoria
Geral de Comunicação Social da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Nosso
intuito é reforçar, junto aos turistas nacionais
e estrangeiros, a temática da preservação do
meio ambiente.
O público terá a oportunidade de conhecer
lugares de destaque na paisagem e no
cotidiano da cidade: a Praça Paris, o Aterro
do Flamengo e o Jardim Botânico, na zona
Sul; o Campo de Santana e o Passeio Público,
no Centro; e a Quinta da Boa Vista, na zona
Norte – espaços que tornam mais aprazíveis
ruas e bairros cariocas.
A mostra - composta por 20 fotografias
impressas e um slideshow - visa à integração
das imagens dos jardins ornamentais à
beleza do Palácio Tiradentes, cujo projeto
arquitetônico será valorizado pela cenografia
produzida exclusivamente para a exposição.
Esperamos que todos tenham boas recordações
dessa experiência e que possamos revê-los
em breve!
Paulo MeloPresidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - Alerj
Apresentação
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Fotos: Nathalia Felix
A Praça Paris fica no bairro da Glória, na zona
Sul do Rio. Foi construída em 1929, durante a
prefeitura de Antônio Prado Júnior (1926-1930),
com projeto do urbanista francês Alfred Agache,
incumbido em 1927 de fazer um plano urbanístico
para a cidade do Rio de Janeiro. Conhecida por ter
uma das maiores concentrações de esculturas a
céu aberto, a praça possui monumentos, como as
Estações do Ano (réplicas das existentes no Palácio
de Versalhes, na França), os bustos de Carmen
Gomes, Alfred Agache, Vera Janacopulos, Clóvis
Bevilácqua, Afonso Celso e Cândido Mendes,
além dos Monumentos ao Almirante Barroso e
à Varnhagen, ambos de autoria de José Otávio
Correia Lima. No seu centro, em um grande lago
de 1.600 metros quadrados, funciona um chafariz
com três névoas circulares, composto por quatro
golfinhos que jorram água pela boca e ficam num
lago em forma retangular - eles também são
cópias dos existentes no Jardim de Versalhes.
Praça Paris
O Parque do Flamengo é oficialmente denominado
Parque Brigadeiro Eduardo Gomes. Conhecido
popularmente como Aterro do Flamengo ou Aterro,
é um complexo de lazer construído sobre aterros
sucessivos na Baía de Guanabara. Inaugurado em
1965, o parque ocupa uma área de 1.200.000
metros quadrados.
Flamengo
Fotos: Rafael Wallace
Fotos: Rafael Wallace
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é uma das
mais bem preservadas áreas verdes da cidade, com
grande diversidade da flora brasileira e estrangeira.
O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio
de Janeiro, tradicional e popularmente conhecido
como Jardim Botânico, reúne em seus 55 hectares
cerca de 6.500 espécies, ao ar livre e em estufas
– algumas, infelizmente, ameaçadas de extinção.
A aleia principal do jardim é o seu cartão de visitas,
ladeada por imponentes palmeiras-imperiais.
Curiosidade: a primeira muda da espécie palmeira-imperial a chegar
ao Brasil foi plantada no Jardim Botânico pelo príncipe-regente Dom
João, em 1809. Para que o Jardim Botânico tivesse o monopólio dessa
espécie, o então diretor Bernardo José de Serpa Brandão (1829-1851)
mandava tirar e queimar todos os seus frutos. Entretanto, à noite,
os escravos subiam na árvore, colhiam os frutos e os vendiam, na
clandestinidade. Este primeiro exemplar, com 39 metros de altura,
viria a ser derrubado por um raio em 1972.
JardimBotânico
Foto: Mauro Pimentel
O Campo de Santana é a maior área verde
do Centro do Rio de Janeiro. São 155.200
metros quadrados de ampla área arborizada,
com bancos e esculturas históricas. Fica
localizado na Praça da República, em frente
à Estação Ferroviária da Central do Brasil.
Projetado pelo botânico francês Auguste
François Marie Glaziou e pelo engenheiro
Francisco José Fialho, foi construído entre
os anos de 1873 a 1880. No século XVII,
o espaço fazia parte de um grande
descampado, denominado Campo da Cidade,
cuja extensão compreendia a Rua da Vala
– atualmente Rua Uruguaiana. A área
passou a ser chamada de Campo de São
Domingos, quando esta irmandade obteve
autorização para construir ali um templo.
No início do século XVIII, surgiram as primeiras
chácaras e a Igreja de Nossa Senhora de
Santana, que deu nome ao campo.
Campo de Santana Foto: Symone Munay
A Quinta da Boa Vista é uma grande área
(de 155.000 metros quadrados) que foi residência,
jardins e chácara da família Real entre 1817 e
1889, até que a República fosse proclamada.
Fica localizada no bairro de São Cristóvão, bairro
antigo e tradicional, onde, no tempo do Império,
vivia a aristocracia do Rio de Janeiro. A área com
jardins e paisagismo foi planejada e executada em
1869 por Auguste Glaziou, um paisagista francês.
Os grandes jardins tendem a um paisagismo
mais romântico e ao estilo inglês, com várias
alas sinuosas cercadas por árvores e gramados.
Pode-se caminhar por alas cercadas por árvores,
enormes jardins gramados e com muitas árvores,
lagos e caminhos pitorescos. Cenários fantasiosos
foram criados, que estão lá como eram na época.
Curiosidade: existe um jardim menor, exatamente
em frente ao Palácio Neoclássico, antiga morada dos
reis até a proclamação da República, que segue um
estilo mais cartesiano e com linhas mais geométricas,
cercado por muretas formadas por pilastras também
em estilo neoclássico, dando extensão à intencionada
magnitude do Palácio. Este espaço cercado é anterior
aos jardins projetados por Auguste Glaziou, em 1869,
mas deve ter atingido a forma atual na mesma época.
Quinta da BoaVista
Fotos: Gabriel Telles
Fotos: Gabriel Telles
O Parque Lage constitui a última arbórea contínua entre
as faldas (parte inferior da montanha) do Corcovado
e a Rua Jardim Botânico. Projetado inicialmente pelo
paisagista inglês John Tyndale, em 1840, ao gosto dos
jardins românticos, ele ocupa uma área de 93,5 mil metros
quadrados e foi parcialmente reformulado nas décadas
de 1920-30 e 1930-40, principalmente o trecho à direita,
quando seu proprietário, o industrial Henrique Lage,
mandou edificar uma nova residência, em substituição
à que fora de seu pai, Antônio Martins Lage.
Curiosidade: numa homenagem a Tom Jobim
e ao seu filho João Francisco, foi instalada uma
escultura em bronze de um pintor retratando
em sua tela o momento em que Tom e seu filho
plantaram uma palmeira no parque. A gravura que
aparece na prancheta do artista retrata uma foto
do jornal O Globo, tirada em 1984. Esta iniciativa foi
tomada para chamar atenção para a necessidade
de recuperar este patrimônio histórico-cultural
e natural da cidade do Rio de Janeiro.
Parque Lage
Fotos: Nathalia Felix
Situado num pequeno vale, no sopé do Morro Novo
Cintra, em Laranjeiras, o Parque Eduardo Guinle se
apresenta em forma de um anfiteatro, tendo ao fundo
um córrego e lagos artificiais cercados por encostas de
declive suave nos seus cerca de 25 mil metros quadrados
de extensão. A primeira vista é o hall de acesso em
granito, que sustenta o portão em ferro fundido, ladeado
por duas estátuas de leão alado.
Parque Guinle
Fotos: Nathalia Felix
Na Estrada de Santa Marinha, 505, Gávea, zona
Sul do Rio, fica o Parque da Cidade, que ocupa
uma área de 47 mil metros quadrados. O visitante
é convidado a se integrar à natureza, o que é
proporcionado pela característica da paisagem,
intercalada por diversas espécies de árvores e
cursos d’água, formando recantos intimistas.
Parque da Cidade
Fotos: Mauro Pimentel
Localizado na Lapa, em meio ao Centro da Cidade,
o Passeio Público é o primeiro parque ajardinado da
cidade e está situado entre as ruas do Passeio, Teixeira
de Freitas, Mestre Valentim e Av. Luiz de Vasconcellos.
Seu projeto original data de 1783, de autoria de Mestre
Valentim, sendo remodelado em 1860 pelo arquiteto-
paisagista francês Auguste François Marie Glaziou. São
33.649 metros quadrados de lazer histórico e cultural,
habitados por mais de 90 espécies de grande porte e
por extenso acervo artístico, como o Chafariz dos
Jacarés (também conhecido como Fonte dos Amores), a
Fonte do Menino, as Pirâmides esculpidas por Mestre
Valentim, estátuas de ferro representando as estações
do ano, trazidas de Paris, e mais de 15 bustos de
personalidades brasileiras. Aos domingos, pela manhã, o
parque abriga uma feira de colecionadores de selos e de
cartões-postais antigos, entre outros objetos. Em estilo
romântico inglês, seu jardim é composto de diversas
áreas de estar, com bancos, quiosques e espelhos d’água,
pontes e rochas artificiais.
Passeio Público
Com 40 mil metros quadrados de área verde,
o Parque Ecológico Chico Mendes está
situado em área de restinga, na planície
arenosa da Baixada de Jacarepaguá. Fica entre
as avenidas Jarbas de Carvalho, das Américas
e Lúcio Costa, no Pontal de Sernambetiba, na
zona Oeste. O Parque foi criado com o objetivo
de preservar a Lagoinha das Tachas e seu
entorno, local de ocorrência de espécies de
fauna e flora consideradas raras e ameaçadas
de extinção. A manutenção das condições
naturais do Parque permite a sobrevivência
do jacaré-de-papo-amarelo, um dos principais
moradores do local, depois dos jabutis. Possui
uma torre de observação, parquinho com
brinquedos, bancos de madeira e trilhas com
visitas guiadas.
Chico Mendes
Fotos: Gabriel Telles
Praça Paris Parque do FlamengoFotos: Nathalia Felix Fotos: Rafael Wallace
Jardim BotânicoFotos: Rafael Wallace
Campo de Santana Quinta da Boa VistaFotos: Mauro Pimentel e Symone Munay Fotos: Gabriel Telles
Parque GuinleParque LageFotos: Gabriel Telles Fotos: Nathalia Felix
Passeio PúblicoFotos: Mauro Pimentel
Chico Mendes
Fontes:
Site Paisagem Carioca.
http://www.rio.rj.gov.br/fpj/pqlage.htm.
Site do Instituto de Pesquisas
Jardim Botânico do Rio de Janeiro:
http://www.jbrj.gov.br.
Site Fundação Parques e Jardins:
http://www.rio.rj.gov.br/fpj/parques.htm.
Site Passeio Público:
http://www.passeiopublico.com.
Fotos: Gabriel Telles
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Paulo Melo
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