jornal 1 ed
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Editorial
É com muito prazer que apresentamos
a você o periódico do PROJETO CON-
VERSANDO COM CIÊNCIA. Esse pro-
jeto que tem como objetivo colocar os
alunos em contato com assuntos rele-
vantes da ciência, que refletem na soci-
edade e principalmente em nosso coti-
diano, também prepara esse aluno para
argumentar sobre esses temas, princi-
palmente, nas avaliações que ele en-
frentará em sua vida escolar.
Um dos produtos finais desse projeto é
esse jornal que você tem em suas
mãos! E quer saber, a cada mês você
poderá se informar sobre os temas
trabalhados tanto a partir desse jornal,
quanto pelo blog
www.falandocomciencia.blogspot.com e
pelo mural que está exposto nos corre-
dores da escola.
Este mês trataremos do tema CON-
SERVAÇÃO DOS RECURSOS NATU-
RAIS, com ênfase na conservação da
biodiversidade. Qual importância dos
animais silvestres e das florestas na
saúde humana? Esse é o título do arti-
go de capa. Uma entrevista com a pes-
quisadora e doutora Alexandra Pires
Fernandez, professora da UFRRJ, que
esteve aqui na escola participando do
projeto CONVERSANDO COM CIÊN-
CIA. Nesta entrevista tratamos de diver-
sos assuntos dentro do tema CONSER-
VAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Além
disso, Você descobrirá qual é o cami-
nho que um celular touch screen, da
moda, faz desde a extração da matéria
prima até chegar ao seu bolso. Após ler
essa matéria, será que você continuará
a olhar para os produtos que chegam
às suas mãos do mesmo jeito? Você
ainda poderá ficar por dentro de tudo
que vai acontecer na escola através
dos informes do DIRETO DA DIREÇÃO
e a voz do aluno a partir do INFORMA-
TIVO DO GRÊMIO.
Boa leitura e até o mês que vem.
Ciência e Arte
A extinção
A extinção cresce cada vez mais,
Pode chegar a matar todos os animais!
Isso está errado, muito mal selecionado.
Por que o governo não acaba com isso?
Ele não vê que tá matando tudo que é tipo de bicho!
A extinção acaba com tudo o que vê
Diante dela qualquer animal irá morrer
Logo, logo as flores irão se entristecer,
Sem nenhum animal prá melhorar aquele lugar.
Logo, logo a árvore será a próxima vítima
Que vai com a extinção se deparar
Vamos lutar, reivindicar, prá fazer ela acabar!
Preste bastante atenção, afinal, quantas espécies]
[já foram parar na extinção
A extinção desagrada a gente, pois mata
Todos os tipos de bichos que estejam a sua frente.
Porque ele não faz prá flora e prá fauna uma]
[proteção descente?
Minha gente, preste atenção nisso, a natureza]
[corre um sério risco,
Como ter uma floresta sem nenhum bicho?
Carlos Henrique Assis Inácio
12 anos
Poeta
A extinção é o caminho natural de toda espécie.
Depois de Darwin, começamos a entender isso.
Porém, o mais importante é que esse processo é
discutido, hoje, como um dos maiores riscos à so-
brevivência humana no planeta. Você saberia me
dizer por quê?
Nesse poema, mesmo que o autor desconheça as
causas, ele dá a explicação para o fato de a extin-
ção de animais ser tão prejudicial a todos.
“Sem nenhum animal prá melhorar aquele lugar.”
Ai está a verdadeira causa dos problemas decorren-
tes da extinção da biodiversidade
– serão encerrados alguns dos mais importantes
serviços que ela nos presta. Por exem-
plo, a polinização.
Se você se alimenta de algum tipo de
fruto (tomate, laranja, etc.) você é de-
pendente dos animais! São eles que
polinizam as flores e assim, formam-se
os frutos que você come!
Em recente pesquisa publicada na revis-
ta Science, fez-se um apanhado dos
principais serviços ambientais que vem
sendo perdidos pela extinção ou deca-
dência de populações de animais em
todo o planeta. Em relação à polinização
afirma-se que ela está presente em 75%
de todas as culturas alimentares do
mundo e é responsável por 10% do
valor econômico de toda produção de
alimentos mundial, está seriamente em
risco. Por exemplo, na Nova Zelândia, o
declínio de aves polinizadoras conduz a
uma forte limitação na disponibilidade de
pólen nas plantas reduzindo a produção
de sementes e frutos à situação de me-
nos de 30% do seu potencial máximo.
Estamos falando de vertebrados, como
as aves e morcegos! E no caso dos
insetos polinizadores? Há um declínio
nas populações desses animais em todo
o mundo. Os insetos sofreram um declí-
nio maior do que 70% nos últimos 40
anos. Ou seja, a nossa alimentação que
é baseada em consumo de produtos
agrícolas está seriamente ameaçada
pela falta de polinizadores!
A perda do controle de pragas, pelo
declínio de morcegos nos EUA pode
ocasionar um decréscimo de U$$ 22
bilhões em produtividade agrícola.
Isso nos mostra o quanto temos perdido
ou ainda podemos perder simplesmente
pela extinção de espécies, um tema que
parece simples e afastado de nosso
cotidiano, mas que afeta nossa vida a
cada refeição.
Israel Carvalho,
Mestre em Ciências Ambientais e
Professor de Biologia/Química
De onde Vem?
Recursos não renováveis e metabolismo in-
dustrial de um IPHONE6
Um dos maiores produtores de tecnologia do
mundo a Apple tem um lançamento o ‘Iphone
6’ , que é o celular mas desejado do mundo. O
que muita gente não sabe é como esse celular
é montado e os prejuízos que ele causa a
natureza. O que mais chama a atenção para
esse celular e a tela, que é resistente e linda,
mas para ela ser assim foram retirados miné-
rios da terra que não serão repostos tão facil-
mente, pôs são recursos não renováveis como
a safira. O famoso touchscreen que faz o celu-
lar ler o toque do seu dedo é um minério cha-
mado óxido de índio que vem do Canadá e
também é um minério não renovável. Então o
touchscreen logo acabará. (leia o artigo na
próxima página)
Outra curiosidade que quase ninguém tem
conhecimento é como as baterias dão cargas
elétricas para fazer o celular ligar. Mais uma
vez esse recurso vem do planeta terra. Sim, é
mais um minério que faz essa função! O nome
dele é lítio, que tem função de produzir energi-
a que é enviada até o processador, que serve
para captar essa energia e distribuí-la ao celu-
lar. Dentro do processador existe mais um
minério chamado silício que também não é
renovável!
Andre Silva,
aluno do 2° Ano
Turma: 2002
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Futuro do Touchscreen
O material usado em telas “touch” (sensíveis ao toque) está aca-
bando. O touchscreen pode virar passado em pouco tempo, essas telas dependem de
propriedades de um material, que suas reservas no planeta estão se esgotando devido a demandas mundiais. Infeliz-
mente a extinção este material não aca-baria somente com as telas “touch”, mas levaria a extinção as placas solares,
LED’s de baixo consumo, ambos parte central da estratégia de consumo de energia com baixa emissão de carbono.
Pesquisas geológicas apontam que ainda restam 16 mil toneladas de índio (In) na natureza, e boa parte disso está
no território da China - Parece ser muito? Mas não é! Com a demanda dos dias atuais ele
pode acabar em menos de 10 anos. Laboratórios do mundo inteiro tentam achar alguma forma de substituir o Óxi-
do de Índio-Estanho (OIE), por um outro que conduza eletricidade e seja transpa-rente.
Algumas pesquisas um pouco avança-das apostam em alguns materiais como: O Zinco, a Prata, o Carbono, Cádmio ou
o Polímero. Será que deveríamos nos preparar para retroceder no tempo?
Isso só o mesmo dirá!
Cleyton Vigatto,
Aluno do 3° Ano, Turma 3003
Biodiversidade e Saúde
Humana
Em visita ao Ciep a professora Doutora
Alexandra Pires Fernandez chefe do
Laboratório de Ecologia e Conservação
de Florestas (LECF) da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro deu
uma palestra sobre conservação da
biodiversidade e nos concedeu uma
entrevista onde contou um pouco sobre
seu processo de escolha da carreira,
sobre seu trabalho como Bióloga da
Conservação e sobre como podemos
agir para nos tornarmos melhores cida-
dãos, com mais consciência sobre nos-
so padrão de consumo. Confira abaixo a
entrevista.
Projeto Conversando com Ciência:
POR QUE VOCÊ RESOLVEU ESTU-
DAR BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO?
Professora Alexandra Pires Fernan-
dez: Na verdade, eu não sabia muito
bem que curso faria. Outro aspecto é
que na minha época não era muito claro
o papel do biólogo, do conservacionista.
Hoje em dia, a cada 10 globos repórte-
res, sete são sobre conservação ou
aparecem imagens de natureza, Mais na
minha época isso estava muito distante
de acontecer. Eu, então, fui deixando a
vida me levar... Eu gostava de biologia.
perceber que pode ocorrer uma crise na
produção de alimentos por falta desse
serviço. É uma dependência muito gran-
de da biodiversidade. Um detalhe impor-
tante é o que chamamos de redundân-
cia funcional. Diversas espécies diferen-
tes que executam o mesmo serviço. Por
isso, é importante a manutenção do
maior número de espécies possível,
para que o serviço prestado por elas
não se perca, mesmo que alguma des-
sas espécies seja extinta.
PC3: COMO O SER HUMANO CON-
TRIBUI PARA A BIODIVERSIDADE?
APF: Na maioria das vezes os humanos
contribuem negativamente. Nós, na
verdade, agimos como qualquer outra
espécie. Qualquer espécie que se esta-
belece em um ambiente vai querer cres-
cer e explorar os recursos tentar domi-
nar o mundo! Então, qual a diferença da
nossa espécie? É que nós temos cons-
ciência! E somos capazes de mudar
isso. O que acontece com as outras
espécies? Elas usam os recursos até
que ele acabe e a espécie colapsa junto
com o recurso. Nós temos a capacidade
de perceber isso! Então, a gente contri-
bui positivamente com a biodiversidade,
quando percebemos o impacto e tenta-
mos proteger a biodiversidade desse
impacto. Por exemplo, criando Unidades
de Conservação. De um modo geral, se
utilizarmos a biodiversidade de modo
racional já estaremos contribuindo com
a biodiversidade.
PC3: QUAIS AÇÕES HUMANAS CAU-
SAM MAIS IMPACTO NA BIODIVERSI-
DADE?
APF: Os principais impactos estão rela-
cionados com a modificação dos ambi-
entes. Pensando na Mata Atlântica.
Quando os portugueses chegaram aqui
ela cobria toda a costa. Mas, na costa
tivemos o adensamento populacional.
Começamos a construir as cidades, a
construir fábricas, buscar os alimentos e
recursos mais no interior. A Mata Atlânti-
ca foi então muito devastada para dar
lugar a essa ocupação toda. Atualmen-
te, restam entre sete e 10% daquele
total. Dessa forma, destruir e deixar os
ambientes fragmentados são os princi-
pais impactos. Os outros estão relacio-
nados com a extração dos recursos,
como a caça e a superexploração das
árvores e outras espécies. Atualmente,
outra fonte de perturbação são as espé-
cies exóticas. O homem é um transpor-
tador de biodiversidade. Então essas
espécies exóticas por não terem preda-
dores, alcançam grande sucesso e aca-
bam ganhando a competição com as
espécies nativas ameaçando-as. Tem
uma história interessante sobre as espé-
cies exóticas. Em uma ilha onde existia
um farol, o faroleiro levou um gato para
Fui então fazer biologia na faculdade, chegando lá,
descobri que tinha um monte de física, matemática,
química, quase me matei! Mas, depois as matérias
foram ficando mais interessantes. Ai dentro da uni-
versidade eu poderia escolher estudar só as plan-
tas, estudando botânica, ou só os animais, a zoolo-
gia. E tive uma disciplina que era a ecologia, que foi
a que eu mais gostei, me interessei pelo estudo das
espécies e de suas interações e os problemas am-
bientais. Depois de um tempo e vi que precisava
fazer alguma coisa para contribuir para a preserva-
ção das espécies e suas interações. Então, não foi
assim uma vocação, foi surgindo junto à medida
que fui conhecendo mais.
PC3: QUAL A FINALIDADE DE SEUS ESTUDOS?
APF: São estudos muito amplos, mas todos eles
são relacionados tanto em entender como determi-
nados processos ecológicos funcionam e como
esses processos são afetados pelas atividades
humanas. Eu já trabalhei com fragmentação de
hábitat, que é quando pegamos uma floresta que
era contínua no passado, e a desmatamos deixando
pequenos pedacinhos. Eu queria saber como isso
afeta os animais, as plantas, as interações entre
eles? Ai a gente passa em uma estrada e vemos
pedacinhos de mata no topo dos morros achamos
assim: “que bom que deixaram aquele pedaço de
floresta”. Mas, será que aquele pedaço é capaz de
sustentar animais e plantas por longos períodos? É
claro que não. Tanto no número de espécies, quan-
to nas interações entre elas, aquele pedacinho de
floresta não tem a mesma capacidade de uma flo-
resta contínua. Isso leva a perdas de biodiversida-
de.
Atualmente tento compreender como deve ser o
reestabelecimento dessas interações em áreas
onde as espécies foram exterminadas. Estudando a
reintrodução de espécies e como suas interações
vão resurgindo.
PC3: COMO A BIODIVERSIDADE CONTRIBUI
COM A MANUTENÇÃO DA VIDA HUMANA?
APF: Se a gente está aqui respirando é porque tem
um monte de seres fotossintetizantes produzindo
oxigênio para respirarmos. Fisiologicamente, a gen-
te depende da biodiversidade. Pensando nos ali-
mentos, todos eles são recursos da biodiversidade.
Os fármacos e outras substâncias químicas impor-
tantes vêm todos das plantas e dos animais. Esses
são inclusive argumentos para conscientizarmos
outras pessoas da importância de se conservar.
Existem, ainda, outros motivos que nós nem sempre
percebemos, mas, que nos afetam quando estão
ameaçados. São os serviços ambientais e um e-
xemplo que gosto muito é o da polinização. Existem
insetos que polinizam plantas em troca de néctar e
pólen. Mas, o que isso tem a ver com a vida huma-
na? O tomate vem de onde? E as frutas? É o ho-
mem que vai e passa um pincelzinho de flor em flor
para que a planta produza frutos? Claro que não!
Todos esses alimentos dependem dos serviços que
esses polinizadores fazem nas lavouras! O que
acontece é que em vários países percebeu-se uma
crise nesses polinizadores, seja porque os agriculto-
res utilizavam muitos inseticidas, ou ainda, porque
outras espécies, como as abelhas africanizadas que
são polinizadores menos eficientes competiam com
as espécies nativas. Então, a sociedade começa a
4
sua companhia. Todo o dia o gatinho
trazia um pequeno passarinho para o
dono. Esse passarinho, como evoluiu
sem predadores, fazia seu ninho no
chão, e não reconhecia a ameaça de um
predador. Então, o gato não tinha dificul-
dade em capturar a ave. Com o tempo,
o faroleiro reparou que o gato não trazia
mais com tanta frequência o passarinho.
E um dia, poucos meses depois do gato
chegar à ilha, ele não trouxe mais ne-
nhum passarinho. Ele havia extinguido a
espécie. Imagina a situação: um único
gato extinguir uma espécie de ave em
apenas alguns meses*!? Esse é o efeito
de uma espécie exótica. Quem repara
vê que nas áreas florestais, como a
Floresta da Tijuca, a jaqueira vai domi-
nando a área. A jaqueira é uma espécie
exótica e vai ocupando o espaço das
árvores nativas.
*para um detalhe dessa história confira:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cotovia-da-
ilha-stephen.
PC3: EXISTE ALGUMA AÇÃO HUMA-
NA EM ALGUMA SOCIEDADE ATUAL
OU DO PASSADO QUE NÃO AFETA
OU AFETOU A BIODIVERSIDADE?
APF: Uma atividade que acredito ser
compatível com a conservação da biodi-
versidade é o turismo ecológico. Um
exemplo é o que a gente vê na Repúbli-
ca Dominicana. A ilha é a mesma onde
está o Haiti. No Haiti, a população resol-
veu explorar os recursos ao máximo,
enquanto na República Dominicana
optou-se pelo turismo ecológico. Hoje o
Haiti vive uma das maiores, senão, a
maior pobreza da América, enquanto a
Rep. Dominicana tem suas crianças na
escola, com boa qualidade de vida e
felicidade da população. No passado
temos poucos exemplos de sucesso.
PC3: PARA VOCÊ, SUSTENTABILIDA-
DE É UM OBJETIVO POSSÍVEL?
APF: O que é ser sustentável? é manter uma popu-
lação, que afinal de contas é o recurso. Existe pos-
sibilidade sim, mas isso exige uma série de ações,
principalmente relacionadas ao consumo para nós
utilizarmos os recursos de uma forma mais racional.
A gente ainda vive como se tudo fosse inesgotável,
ainda mais no Brasil, onde há abundância de recur-
sos. O Brasil tem água para caramba! Estamos ai,
vivendo uma crise de água no Sudeste. A questão
da sustentabilidade também está relacionada ao
marketing. Empresas utilizam o rótulo de sustentá-
vel para vender seus produtos mais caros e obter
mais lucros. Será que o modelo adotado é realmen-
te sustentável? As vezes é apenas uma forma de
mascarar o uso dos recursos!
PC3: QUAIS RECURSOS DEVEM SER PRESER-
VADOS COM URGÊNCIA?
APF: Devemos conservar aqueles recursos que a
gente consegue identificar que são mais importan-
tes para manter outros abaixo dele. A água é impor-
tante para a sobrevivência humana e manutenção
dos ambientes, etc. Pensando em espécies, uma
questão que utilizamos muito em conservação é o
conceito de espécie guarda chuva que são espécies
que a gente sabe que tem importância para outros
compartimentos que vem abaixo. Então a gente cria
áreas para proteger as espécies guarda chuva e
tudo que está abaixo dela acaba sendo preservado
juntamente. Um exemplo são os carnívoros. Se
você preserva uma área para os carnívoros, todas
as presas acabam sendo protegidas por conse-
quência. Também proteger os polinizadores, os que
dispersam sementes, enfim, aqueles que apresen-
tam o potencial de proteger toda uma cadeia de
serviços.
PC3: É NECESSÁRIO CONSUMIR
UMA QUANTIDADE TÃO GRANDE DE
RECURSOS?
APF: O problema é a lógica que é ven-
dida pra nós, desde que somos crian-
ças. O padrão americano de consumo.
O prazer está em comprar, quando de-
veríamos buscar o prazer em coisas
mais essenciais a nós. Então, não é
necessário consumir tanto. As pessoas
trocam coisas mais importantes para
sua elevação cultural, intelectual e pes-
soal, inclusive deixando de curtir sua
família, para comprar uma TV nova, um
carro novo, ou mesmo um celular que
seja da moda. Será que é esse mundo
que a gente quer?
PC3: QUAL DICA VOCÊ PODE NOS
DAR PARA AJUDARMOS A CONSER-
VAR RECURSOS COMO A BIODIVER-
SIDADE?
APF: Primeiro é entendermos que ne-
nhuma atitude é ecologicamente neutra.
Quando formos comprar algo, precisa-
mos refletir: será que realmente precisa-
mos disso? As pessoas podem desejar
coisas, mas deveríamos ter mais consci-
ência sobre o consumo. Será que é uma
realização pessoal ou é um impulso
gerado pelo seu convívio social? Preci-
samos de tantas embalagens para um
produto que vai ser consumido em pou-
cos segundos? Então, acho que a gran-
de dica é refletirmos sobre os pequenos
gestos do dia a dia, como conservar
água ao escovarmos o dente, lavar
louça ou ainda tomar um banho. Apagar
luzes e equipamentos, e retirar o carre-
gador da tomada quando não estiver-
mos utilizando-os. Compramos sempre
garrafinhas de água, enquanto podería-
mos andar com uma garrafinha própria e
enchê-la onde possível. Talvez um dia
essas atitudes sejam as mais “legais”
para tomarmos, e isso talvez comece
aqui com vocês.
O que vem por ai!!
Na próxima edição!
Tudo sobre combustíveis fósseis, com a Mes-
tre em Eng. Química Débora Dionízio
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