jornal eletrosul nº 114 - dezembro 2012
Post on 07-Mar-2016
218 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
Dezembro 2012 - Janeiro 2013 | Ano XVIII | Nº114 Um jornal para novos tempos
Hidrelétricas marcam reposicionamento
da EletrosulPág. 6 e 7
Usina Passo São João
Usina Mauá
Retomada da geração
Reconstruindo o patrimônioEm 2012, a Eletrosul colocou em operação três empreendimentos de geração, que somam 528 me-gawatts (MW) de capacidade ins-talada. Para a empresa, um gran-de passo rumo à reconstrução de seu parque gerador. Com o início da operação das usinas Passo São João e Mauá, destaques des-ta edição, a estatal retomou sua participação no segmento de ge-
ração hidrelétrica no Rio Grande do Sul e Paraná – Estados onde, historicamente, teve uma atua-ção efetiva. Já com o Complexo Eólico Cerro Chato, também em território gaúcho, a Eletrosul co-meçou a buscar sua consolidação como maior estatal de geração eólica, dando sua contribuição à diversificação da matriz energé-tica brasileira. Boa leitura.
EXPEDIENTE
Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente
Eurides Luiz Mescolotto
Diretor de Engenharia e Operação
Ronaldo dos Santos Custódio
Diretor Financeiro e Administrativo
Antonio Waldir Vituri
Conselho Editorial
Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRenato BunnRubem Abrahão Gonçalves Filho
Gerente ACS
Sadi Rogério Faustinosadirf@eletrosul.gov.br
Coordenação
Jonatas Andradejonatas.silva@eletrosul.gov.br
Edição
Andréa Lombardoandrea.lombardo@eletrosul.gov.br
Jonatas Andradejonatas.silva@eletrosul.gov.br
Textos
Ana Cristiny TigrinhoAnahi GurgelCleusa FreseFábio RitterTatiana LimaUmberto Petry CalettiVivianne Nunes
Edição de Fotografia
Hermínio Nunes
Fotos
Anísio BorgesArquivo DDOM/DGICleusa FreseDaniel AmorimEdio Reimar KuntzFábio RitterFelipe BarreirosFrancieli Ribas GomesJúnior BorbaHermínio NunesNélio PintoOdil SilveiraVivianne Nunes
Projeto Gráfico
Agenciamob
Conteúdo e Projeto Editorial
Giusti Comunicação Integrada
Tiragem 6 mil exemplares
Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing
Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075
www.eletrosul.gov.br
2 EDITORIAL
Dezembro 2012 - Janeiro 2013 | Ano XVIII | Nº114 Um jornal para novos tempos
Hidrelétricas marcam reposicionamento
da EletrosulPág. 6 e 7
Usina Passo São João
Usina Mauá
Retomada da geração
USINA DE SALTO SANTIAGOMontagem de turbina na Usina de Salto Santiago em 1979. Em 1980, entrou em funcionamento a primeira unidade geradora. Em 1981, a segunda; e no ano seguinte, as outras duas.Em 1997, as usinas de Salto Osório e Salto Santiago, ambas no Paraná, foram privatizadas junto com todo o parque gerador da Eletrosul.
Parte da equipe que trabalhou na construção das usinas Salto Osório e Salto Santiago (PR), na década de 80, integrando profissionais da Eletrosul e Copel. A parceria entre as duas empresas foi repetida agora para a construção da Usina Hidrelétrica Mauá.
Em parceria com a Eletrosul, o Lar da Paz para a reabilitação de depen-dentes químicos da instituição Desa-fio Jovem Peniel, de Campo Grande (MS), deu início, no mês de novem-bro, a um curso de panificação com a proposta de oferecer qualificação profissional e abrir perspectivas de inserção das internas no mercado de trabalho. Elas estão aprendendo téc-nicas culinárias no preparo de bolos, tortas, pães e cup cakes.
Segundo a coordenadora da insti-tuição, Regina Theodoro, no curso elas aprendem a manusear utilitários de cozinha profissional como masseiras e batedeiras planetárias, mas tam-
bém recebem dicas de como preparar as receitas sem os equipamentos mais modernos. “Isso, para que possam ter a opção de trabalhar em casa”, escla-rece. A produção será comercializada na própria panificadora e a renda des-tinada à manutenção do projeto.
As aulas são ministradas por pro-fessores voluntários, normalmente aos sábados. Além das receitas, elas também têm aulas sobre higiene e manipulação de alimentos. Por conta da rotatividade das internas, que são acompanhadas pelo período médio de seis meses, o curso será contínuo para atender aos novos ingressos. A capa-citação é extensiva às famílias das in-
ternas e pessoas da comunidade em situação de risco social.
Renata (nome fictício) é uma das internas da instituição. Ela está em tratamento há quatro meses e afirma que aprender um ofício será funda-mental para sua reabilitação. “É pre-ciso ter uma profissão para, quando sair daqui, conseguir começar tudo de novo”, afirma a jovem de 26 anos.
TraTamENTo
A Instituição Desafio Jovem Peniel existe há 25 anos, em Campo Grande, e segundo a assistente social voluntá-ria Alice Lopes, a maioria das pessoas se apresenta de forma voluntária para o tratamento. São unidades separadas para homens e mulheres com idades a partir dos 18 anos. Primeiramente, eles passam por um processo de tria-gem e, durante seis meses, ficam in-ternados para desintoxicação.
Projeto cria perspectivas para um recomeço
Qualificação profissional
RESPONSABILIDADE SOCIAL 3Eletrosul agora - Dezembro 2012 / Janeiro 2013
Dependentes químicos em reabilitação participam de curso de panificação e a venda dos produtos mantém o projeto
h
1.820MW
Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes
N
MT
PA
CANTEIRO DE OBRAS
DEZEMBro 2012 / JanEiro 2013
4
Em andamento a perfuração do túnel 3, ao mesmo tempo que a concretagem é iniciada no túnel 1.
Torre estaiada, pré-montada no solo, na região de Rondônia.
Foi concluída a concretagem do bloco de an-coragem do conduto forçado junto à tomada d‘água e iniciado o aterro em solo.
uHE TElEs pirEs
pcH João BorgEs linHão Do MaDEira
19MW
Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes
SC
N
600kV
Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN
hCANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Dezembro 2012 / Janeiro 2013
canTEiro DE oBras5
uHE são DoMingos
RS
N
Concretagem da base do aerogerador 9 do Parque Eólico Ibirapuitã. Em dezembro, foram concluídas as fundações de todos os 39 aerogeradores do parque.
pcH Barra Do rio cHapéu
A câmara de carga da tomada d´água está pronta com 100% da aplicação da manta de Polietileno de Alta Densidade (PAD) concluída e no processo de enchimento.
aMpliação Do coMplEXo cErro cHaTo
A primeira máquina, Unidade Ge-radora 1 (UG1), está em operação desde 19 de dezembro e a UG2 está prestes a entrar em operação.
15,15MW
Capacidade de atendimento: 133.000 habitantes
SC
N
78MW
Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes
RS
N
48MW
Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes
MS
N
2012 ficará registrado na história da Ele-
trosul como o ano em que a empresa se re-
colocou no mercado da geração hidrelétrica,
com o início da operação de duas de suas
usinas: Passo São João, no Rio Grande do Sul,
e Mauá, no Paraná. Os empreendimentos –
de importante simbolismo para a estatal –
foram inaugurados em dezembro. Também
no ano passado, a entrega
do primeiro empreendi-
mento eólico da Eletrosul
– o Complexo Cerro Cha-
to, inaugurado em junho
–, representou o início
dos investimentos da es-
tatal na força dos ventos
e a retomada da Eletrosul
no segmento de geração.
A Usina Passo São João, com 77 megawatts
(MW) de capacidade instalada, é uma obra
do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), na qual foram investidos aproxima-
damente R$ 600 milhões. Faz parte de um
conjunto de investimentos de mais de R$ 4
bilhões, que a Eletrosul está realizando no
Rio Grande do Sul – estado onde, historica-
mente, a empresa sempre teve uma forte
participação na geração de energia.
“Tenho prazer em anunciar que, tão logo
obtivermos a licença ambiental, iniciare-
mos a construção de uma PCH próxima ao
barramento de Passo São João, que vai ge-
rar mais, pelo menos, 8 MW, aumentando a
capacidade total desta usina para 85 MW”,
afirmou o diretor de Engenharia e Operação
da Eletrosul, Ronaldo dos Santos, durante a
solenidade de inauguração da usina.
Para o presidente da Eletrosul, Eurides
Mescolotto, a operação
da Usina Passo São João
é um marco para a Ele-
trosul, pois, além de ser
um empreendimento
100% da estatal, foi o
primeiro arrematado
em leilão, em dezembro
de 2005, depois que a
empresa foi retirada do
Plano Nacional de Desestatização e autori-
zada a retomar os investimentos em gera-
ção e transmissão, por meio da Lei nº 10.848,
de 15 de março de 2004.
Com o planejamento estratégico que se
seguiu, a Eletrosul constituiu, até agora,
uma carteira de investimentos em geração
que já soma 1.848 MW – quase metade do
que tinha em operação antes da privatiza-
ção de seu parque gerador. Isso inclui a par-
ticipação em obras estruturantes do setor
elétrico como as usinas Jirau e Teles Pires.
6 ESPECIAL
A estatal oficializou o início da operação de duas usinas hidrelétricas, além de seu primeiro empreendimento eólico
2012: o ano da retomada à geração
ElETrosul EnTrEga usinas
A Usina Passo São João é um marco para a Eletrosul e o primeiro empreendimento de geração 100% da estatal
ESPECIAL 7Eletrosul agora - Dezembro 2012 / Janeiro 2013
Mauá marca retorno ao Paraná
2012: o ano da retomada à geração
A Usina Hidrelétrica Mauá, que aproveita
o potencial do rio Tibagi entre os municípios
de Telêmaco Borba e Ortigueira, no Paraná, foi
oficialmente entregue no dia 12 de dezembro
em solenidade que contou com a presença da
ministra-chefe da Casa Ci-
vil, Gleisi Hoffmann (repre-
sentando a presidenta da
República, Dilma Rousseff)
e do governador do Paraná,
Beto Richa. A concessão de
Mauá pertence ao Consór-
cio Energético Cruzeiro do
Sul, formado pela Eletrosul
(49%) e Copel (51%).
“Essa é uma obra do PAC,
com investimento de R$ 1,4 bilhão. Uma par-
ceria entre o governo estadual e o governo fe-
deral, com financiamento do BNDES e Banco
do Brasil. Só no eixo energia, o PAC 2 investiu
mais de R$ 87 bilhões”, relatou a ministra,
lembrando que, somente no Paraná, os apor-
tes em geração e transmissão de energia, pe-
tróleo e gás, chegaram a R$ 8 bilhões.
O presidente da Eletrosul, Eurides Mesco-
lotto, destacou o simbolismo da obra para
a empresa. “Entregar essa usina aos brasi-
leiros, especialmente aos
paranaenses, é um marco
para a Eletrosul, pois re-
presenta a retomada da
geração de energia em um
Estado onde a empresa
já teve uma participação
efetiva no aproveitamento
hidrelétrico com as usinas
de Salto Osório e Salto San-
tiago”, afirmou.
Mauá foi inaugurada com uma de suas cin-
co unidades geradoras operando comercial-
mente (a segunda unidade entrou em opera-
ção comercial no dia seguinte). A previsão é
de que a usina esteja em operação plena ain-
da neste início de ano.
Essa é uma obra do PAC,
com investimento de R$ 1,4 bilhão. Só no eixo energia, o PAC 2 investiu mais de R$ 87 bilhões
Gleisi Hoffmann
8 ESPECIAL
Usina Hidrelétrica Passo São João
Usina Hidrelétrica Mauá
Potência instalada
Energia assegurada
Unidades geradoras
Altura da barragem
Capacidade de atendimento
Localização
Rio
Geração de empregos
Investimento
Potência instalada
Energia assegurada
Unidades geradoras
Altura da barragem
Capacidade de atendimento
Localização
Rio
Geração de empregos
Investimento
361 MW
197,7 MW médios
3 principais e 2 complementares
82 metros
3 milhões de habitantes
925 mil unidades residenciais
Telêmaco Borba e Ortigueira (PR)
Tibagi
13 mil diretos e indiretos
R$ 1,4 bilhão
77 MW
39 MW médios
2
21,5 metros
580 mil habitantes
182 mil unidades residenciais
Roque Gonzales e Dezesseis de Dezembro (RS)
Ijuí
2,7 mil diretos e indiretos
R$ 600 milhões
A Eletrosul organizou, entre os dias 18 e 21 de novembro, em Florianó-polis (SC), o XI Seminário Técnico de Proteção e Controle (STPC). Promovido pelo Comitê de Estudos de Proteção e Automação (CE B5) do Comitê Nacio-nal Brasileiro de Produção e Transmis-são de Energia Elétrica (Cigré Brasil). O evento possibilitou o intercâmbio de informações e experiências de natureza técnica e gerencial entre as empresas e entidades que atuam no setor de proteção e controle de siste-mas elétricos.
Foram apresentados 43 artigos, que evidenciaram a expansão da geração distribuída no Brasil, assim como a necessidade de aprimoramento no intercâmbio de dados, nas funções de proteção e controle, para permitir uma
melhor observação da rede. Também teve destaque o crescimento do uso de smart grids nos sistemas elétricos, a partir da normatização e diversificação de tecnologias para aplicação, princi-palmente, na distribuição de energia ao consumidor final.
Pela Eletrosul, o engenheiro Tiago Fernandes Barbosa apresentou o ar-tigo “Migração do Religamento Au-tomático Monopolar para Tripolar Lento na Eletrobras Eletrosul – Razões e Experiência Operacional”. A estatal foi uma das pioneiras na adoção desse procedimento. Iniciou a migração em meados de 2000, o que proporcionou, até então, um aumento de aproxima-damente 15% no índice de desempe-nho no religamento automático em seu sistema.
Seminário debate avanços no setor
GERAL 9Eletrosul agora - Dezembro 2012 / Janeiro 2013
proTEção E conTrolE
Normas de padronização dos sistemas permearam as discussões
Na sequência do STPC, foi realizada a primeira edição da PAC World Conference – Latin America 2012. No evento, realizado pela PAC World Ma-gazine, foram apresentados 49 trabalhos técni-cos sobre desafios e avanços na área de proteção, automação e controle de sistemas elétricos, as-sim como atualizações do Protocolo IEC 61850.
O seminário e a conferência reuniram aproxi-madamente 300 representantes de empresas do setor elétrico, universidades, centros de pesquisas e fabricantes de todo o Brasil e também Alema-nha, Estados Unidos, Paraguai, Colômbia, Japão e Espanha. Paralelamente aos eventos, foi realiza-da uma feira de produtos e serviços.
Conferência Internacional
Autoridades do setor elétrico prestigiaram a cerimônia de abertura
O esporte como inclusão
A disciplina do taekwondo
O Centro Esportivo Para Pessoas Espe-ciais (Cepe), Organização Não Governa-mental (Ong) de Santa Catarina, desen-volveu, com apoio da Eletrosul, ao longo de 2012, ano das Olimpíadas de Londres, o Projeto Cepinho – Sementes do Futuro, com a proposta de divulgar entre crianças de dez escolas de Joinville (SC) o esporte paralímpico e o trabalho realizado pela instituição com crianças com deficiência, de 6 a 12 anos. As atividades envolveram perto de 1,2 mil pessoas, entre alunos, pais e professores.
O projeto Sementes do Futuro foi pro-posto também em comemoração aos 10 anos de atuação do Cepe. Foram realizadas palestras pelas profissionais de educação física que trabalham na instituição, visitas das crianças do Projeto Cepinho nas esco-las e o Concurso Olhar 10, que teve a parti-cipação de quase 400 alunos com textos e desenhos sobre a prática de esportes entre portadores de deficiência.
“Conseguimos quebrar preconceitos e conscientizar crianças, pais e professores. Muitas vezes, as dificuldades impostas
pela sociedade são muito maiores que as limitações físicas. Buscar a superação é o objetivo do nosso trabalho”, disse a coorde-nadora do Cepinho, Francielle de Resende, ao avaliar os resultados do projeto.
Os profissionais do Cepe treinam pesso-as com deficiência na natação, atletismo, basquete, bocha e futebol sete. O Cepinho
trabalha as mesmas modalidades com crianças de até 12 anos. Atualmente, 22 crianças integram o projeto.
Ao todo, são 100 atletas, entre os quais está Sheila Finder, 33 anos, que conquistou a quarta colocação no salto em distância e a quinta colocação nos 100 metros rasos, nas Paralimpíadas 2012.
sEMEnTEs Do fuTuro
10 ESPORTES
Quarenta crianças e adolescentes, de 6 a 17 anos, de Charqueadas, Re-gião Metropolitana de Porto Alegre (RS), estão tendo a oportunidade de praticar taekwondo por meio de um projeto desenvolvido pela Associação
de Moradores da Vila Cruz de Malta, com apoio da Eletrosul. Os alunos fo-ram selecionados pelos orientadores pedagógicos de duas escolas públicas do bairro. O bom desempenho escolar é uma das condicionantes para per-manecer no projeto.
“Nosso objetivo é provocar uma mudança de comportamento nessas crianças e adolescentes, a maioria per-tencentes a famílias que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade social, incentivando a socialização e a autodisciplina”, afirma a coordenadora do projeto, Eliane Poeta.
Para alguns pais, a proposta do pro-jeto tem dado resultado. “Minha filha
está muito bem na escola, aprendeu a conviver melhor com os colegas, ven-ceu sua timidez e tem mais responsa-bilidade e atenção”, avalia Janete de Fátima Nogueira, mãe de Raynara, de 10 anos, da Escola Municipal Pio XII. “A prática do taekwondo tem sido muito importante para o Lucas, pois além de melhorar na escola, ele aprendeu a ter mais compromisso e respeito ao próxi-mo”, reforça a mãe do aluno, de 9 anos, Milena da Silveira Bitencourt.
O apoio da Eletrosul ao projeto pos-sibilitou a compra de uniformes para os 30 primeiros alunos e dos equipa-mentos usados nos treinos, além do pagamento do instrutor.
De olho nas Paralimpíadas: crianças de 6 a 12 anos treinam em cinco modalidades
MEIO AMBIENTE 11
Incêndios, invasão de gado, vandalismo e pesca predatória estão na mira da corporação
polícia aMBiEnTal
A Eletrosul e a Polícia Ambiental de São Luiz Gonzaga (RS) são parceiras para manter a Área de Preservação Perma-nente (APP) da Usina Hidrelétrica Passo São João, desde o início da implantação do empreendimento. O trabalho foi in-tensificado a partir de um convênio as-sinado com o Grupo de Apoio à Polícia Ambiental (Gapa), no início deste ano, para aquisição de equipamentos. Em no-vembro, foi entregue à corporação um veículo Amarok zero quilômetro, que será usado como viatura para fiscalizar os cerca de 1.750 hectares da APP e coi-bir crimes ambientais.
De acordo com o sargento Volmir de Jesus Miranda, do 2º Grupo de Polícia Ambiental de São Luiz Gonzaga, a nova viatura dará melhor suporte ao trabalho do grupamento, que conta com um efeti-vo de cinco policiais para atender 16 mu-
nicípios do Noroeste gaúcho.O policiamento da APP, segundo Mi-
randa, visa inibir ou notificar crimes como incêndios, vandalismo contra as cercas e invasão de gado. O convênio com a Eletrosul prevê, ainda, a aquisição de um barco motorizado para fiscalizar e coibir a pesca predatória no reservató-rio da Usina, que abrange uma área de 20 km² em cinco municípios: Ro-que Gonzales, Dezesseis de Novem-bro, São Luiz Gonzaga, São Pedro do Butiá e Rolador.
A parceria foi firmada pelo período inicial de cinco anos, e engloba também a compra de rádios-comunicadores e mate-rial de escritório.
Espaço DagEsTão aMBiEnTal
A Eletrosul iniciou, em outubro, a coleta de dados para elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa das empresas Eletrobras referente a 2012. A exemplo de anos anteriores, o documento identificará e qualificará as principais fontes de emissão como, por exemplo, as emis-sões fugitivas de SF6 e da queima de combustíveis usados no transporte, obedecendo protocolos reconhecidos internacionalmente.
Ter um diagnóstico claro do perfil da emissão de gases, principal causa do aquecimento global, é o primeiro passo para que uma instituição pos-sa contribuir para reverter os reflexos negativos das mudanças climáticas. A partir do levantamento é possível esta-belecer estratégias e metas para gestão e redução dessas emissões.
O Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa, em construção pelo quarto ano consecutivo, evidencia a determinação das empresas Eletro-bras em cumprir seus compromissos na esfera da sustentabilidade em-presarial, buscando obter resultados mensuráveis para participação da holding em índices de grande visibili-dade nos mercados brasileiro e inter-nacional, como o ISE Bovespa e Dow Jones Sustainability Index (DJSI), além da estruturação de um sistema amplo de gestão ambiental.
Mais informações em: www.eletrosul.gov.br
Sustentabilidade empresarial
Rigor na fiscalização de APP
Efetivo de São Luiz Gonzaga ganha novo suporte para o
trabalho na área de 1.750 hectares
Eletrosul agora - Dezembro 2012 / Janeiro 2013
O resgate cultural da pré-história
Pesquisa resultará em publicação
A Eletrosul, a Universidade Federal da
Grande Dourados (UFGD) e o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) irão preparar o inventário de 88 sí-
tios arqueológicos, que reúnem grafismos
rupestres, em Mato Grosso do Sul – Estado
onde a estatal está construindo a Usina
Hidrelétrica São Domingos. O propósito do
trabalho é atualizar e complementar as in-
formações já existentes, além de diagnos-
ticar o estado de conservação desses sítios.
Segundo a arqueóloga da Eletrosul, em-
presa gestora do trabalho, Luciana Ribei-
ro, 15 sítios de diferentes bacias hidro-
gráficas, foram escolhidos para serem
vistoriados in loco. A previsão é de que o
trabalho comece em janeiro e se estenda
pelo prazo de dois anos, entre avaliações
em campo e em laboratório.
Os primeiros cadastros dos sítios rupes-
tres de Mato Grosso do Sul foram feitos há
cerca de 50 anos, sem o auxílio de recursos
tecnológicos. “Hoje temos imagens de alta
precisão, GPS e sistemas de identificação”,
afirmou a arqueóloga. Segundo ela, boa
parte desses sítios está em locais muito vi-
sitados e, por isso, as pinturas e gravuras so-
freram vandalismo e destruição por agen-
tes naturais. “O recadastramento permitirá
que tudo seja reavaliado, permitindo traçar
um quadro da situação de conservação e
possibilidades futuras de preservação da
arte rupestre”, acrescentou.
As figuras encontradas em Mato Grosso
do Sul registram a presença de populações
que habitaram a região há, pelo menos, 10
mil anos, e que usavam o grafismo em ro-
chas para retratar suas crenças e atividades
cotidianas como a caça.
O resultado final do Projeto de Pesqui-
sa de Arte Rupestre será uma publicação
com todas as informações resgatadas da
história local. “É uma maneira de preser-
var e educar as gerações futuras sobre a
necessidade de preservação desse patri-
mônio e de outros sítios que apresentam
perigo iminente de destruição parcial ou
total”, explica o técnico em arqueologia do
Iphan-MS, Divaldo Sampaio.
Publicação lançada, em 2012, pelo arque-
ólogo coordenador do projeto e professor da UFGD, Rodrigo Aguiar, traz informações
sobre um dos mais importantes e antigos
sítios de Mato Grosso do Sul, em Alcinó-
polis (390 quilômetros da capital Campo
Grande), que será um dos locais visitados
durante a pesquisa. A região vem sendo
estudada há pelo menos 50 anos, por con-
ta do vulto histórico.
De acordo com a publicação, a cidade
possui “o maior conjunto de sítios de arte
rupestre até então catalogados em Mato
Grosso do Sul, o que leva Alcinópolis a rei-
vindicar a alcunha de capital sul-mato-
-grossense da arte rupestre.”
arTE rupEsTrE
12 ESPECIAL
Iphan, Eletrosul e UFGD fazem levantamento de sítios arqueológicos em Mato grosso do sul que reúnem grafismos de 10 mil anos
É uma maneira de preservar e educar
as gerações futuras sobre a necessidade de preservação desse patrimônio
Divaldo Sampaio
top related