josé elias de godoy segurança dos condominios
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................. 3
PREFÁCIO .................................................................................... 5
CAPITULO I -
Noções de Relações Humanas nos condomínios ......................... 6
CAPÍTULO II
Técnicas de proteção e medidas de segurança em portarias ...... 17
CAPÍTULO III
Sistema de comunicação em condomínios ....................... 28
CAPÍTULO IV -
Técnicas de identificação de pessoas e veículos .......................... 37
CAPÍTULO V
Segurança física de instalações condominiais .............................. 43
CAPÍTULO VI
Sistemas eletrônicos de segurança em condomínios .................. 54
CAPÍTULO VII
Medidas de emergência e “dicas” de segurança em condomínios 64
CAPÍTULO VIII
Segurança contra incêndios em edificações ................................ 83
CAPÍTULO IX -
Segurança em elevadores ............................................................. 102
CAPÍTULO X
Noções de Higiene ........................................................................ 108
CONCLUSÃO ................................................................................ 114
BIBLIOGRAFIA
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INTRODUÇÃO
Com a chegada do novo milênio renovam-se as esperanças de uma
melhoria na qualidade de vida da população. Espera-se que haja uma
conscientização de todos, no que diz respeito a um aumento dos níveis de
Proteção da comunidade, atingindo-se as camadas sociais em sua totalidade e,
principalmente, que a violência baixe a patamares aceitáveis dentro de nossa
sociedade, tudo isto para que se alcance a tão sonhada Segurança e
Tranqüilidade. No entanto, para que esta aspiração deixe de ser um sonho e se
torne realidade, faz-se necessário o comprometimento e empenho de todas as
pessoas, muitas vezes, dando uma parcela a mais de sacrifício, no intuito de se
chegar ao tão almejado objetivo.
Não se pode acusar ou, melhor ainda, responsabilizar exclusivamente as
autoridades governamentais como sendo os únicos "culpados" pela situação
caótica pelo qual a sociedade atual está enfrentando, mas é bom lembrar que, em
vários casos, a omissão e até mesmo a falta de informações parte da própria
população que acaba se tornando vítima de muitos delitos e atos inseguros.
Para que esta situação seja minimizada é imprescindível a Atitude Preventiva de
todos os indivíduos, e isto diz respeito aos seus atos mais básicos, tais como
exercer seus direitos como cidadão, e a partir daí exercer as garantias definidas
pela Constituição e pelas Leis.
Os condomínios, no final do milênio passado, têm-se proliferado bastante
devido ao excessivo aumento demográfico das metrópoles, causando a escassez
de espaço, porém, os principais motivos para que as pessoas optem por residir
nestes conjuntos residenciais estão relacionados ao Conforto, Tranqüilidade e
Segurança, sendo esta última a causa mais citada pelos condôminos, tendo-se em
vista os altos índices de criminalidade urbana.
Como já é notório e muito evidenciado nos noticiários da imprensa escrita e
falada, roubos, furtos e até mesmo seqüestros, antes mais comuns ocorrerem em
bancos, empresas, lojas e residências, passaram a acontecer, com maior
impetuosidade e freqüência, em condomínios, onde os marginais chegaram à
conclusão que os funcionários responsáveis pelas portarias e vigilância dos
prédios, na grande maioria bastante despreparados, são facilmente enganados por
suas estratégias.
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Os síndicos, com a aquiescência dos condôminos, têm investido vultosamente
em segurança perimetral (cercas eletrificadas com sensores infravermelhos),
sistemas eletrônicos de monitoramento, softwares de segurança (Informática),
painéis de alarme, CFTV - Circuito Fechado de Televisão, etc., porém nem tudo
isto tem sido capaz de inibir a ação de meliantes, os quais conseguem facilmente
sua intrusão nos condomínios através dos portões de garagens e, na maioria das
vezes, pelas portarias principais, considerando, como já frisado anteriormente, a
desqualificação dos funcionários responsáveis por estas áreas.
Ressalto ainda que a perfeita integração em termos de segurança entre o
homem e as novas tecnologias é condição sine qua non para a implantação de
uma perfeita e quase intransponível barreira preventiva dentro de um condomínio,
mas coloco em evidência a necessidade de preparar o homem e conscientizá-lo de
que as rotinas, características e peculiaridades do condomínio devem ser bem
gerenciadas pelos profissionais, a fim de que possam definir, de maneira clara e
precisa, a forma como agir em face de uma tentativa de intrusão por bandidos ou
ante um risco iminente.
Enfim, para que os condomínios possam oferecer o nível de proteção
adequado aos seus moradores e, portanto, auxiliar na garantia de um dos direitos
básicos, que é o da moradia com segurança, torna-se importante lembrar que os
síndicos, moradores, funcionários e prestadores de serviços complementados por
barreiras físicas e equipamentos eletrônicos, aliados aos órgãos de Segurança
Pública devam integrar-se para que realmente se possa chegar a um nível de
Proteção satisfatório para todos.
Dados Estatísticos Anuais sobre Roubos e Furtos em Edifícios Residenciais e Apartamentos Registrados na Cidade de São Paulo
Ano 1999 2000 2001 Total
Furto 149 177 228 554
Roubo 112 159 177 448
Total 261 336 405 1002
Fonte: SSP/ São Paulo
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PREFÁCIO
Hoje em dia, basta conversamos um pouco é logo vem a baila, um assunto
que preocupa a todos nós, a violência urbana e os altos índices de criminalidade.
Todos nós, ao final de mais um dia de trabalho, retornamos ao nosso "lar
doce lar", entretanto, se não adotarmos certas posturas e implementarmos medidas
humanas, tecnológicas e organizacionais aplicáveis na casa ou no apartamento,
não conseguiremos um ambiente tranquilo e seguro, para nós e nossa família.
Este trabalho deve ser iniciado pela formação de um consciência de
segurança, entendendo o problema e procurando soluções com o envolvimento e
participação de todos (condôminos, empregados domésticos, síndico, funcionários
do condomínio, prestadores de serviço e visitantes).
Este trabalho, desenvolvido por José Elias de Godoy, um especialista em
segurança empresarial, demonstra uma série de ações e medidas, embasadas
com dados estatísticos, artigos publicados na mídia e exemplos concretos, de
como podemos materializar este sonho.
Boa leitura e mãos a obra!
Marcy José de Campos Verde, CPP
Consultor Sênior em Segurança Empresarial
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CAPÍTULO I NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS NOS CONDOMÍNIOS
Todos condôminos e síndicos sonham ter funcionários altamente
especializados e de inteira confiança, quer sejam os que trabalhem em suas
residências como os que prestem serviços no condomínio . Mas o que deve ser
feito para se chegar a uma mão-de-obra com tal grau de perfeição?
O funcionário, prestador de serviços em condomínios ou empregados que
exerçam serviços nas suas residências, presume-se que devam ser pessoas de
inteira confiança, pois convivem diuturnamente com seus moradores e, portanto,
deverão ser recrutados e selecionados dentro do mercado de trabalho
independentemente de experiência anterior mas, sim, de forma que atendam, além
dos requisitos normais para as funções, também os padrões técnicos e básicos
visando à segurança de todo o conjunto residencial.
Para tanto, este candidato deverá possuir os seguintes requisitos:
• Grau de instrução básica, ou seja, no mínimo, o 1o grau completo;
• Possuir estabilidade funcional comprovada em Carteira de Trabalho;
• Estar apto com relação aos exames de saúde;
• Possuir ficha criminal isenta de antecedentes, de preferência tirada pelo
próprio condomínio;
• Passar por entrevista em empresas de recrutamento e seleção ou pela
administradora, evitando-se fazê-lo no próprio condomínio ou na residência;
• Preencher uma ficha de registro com todos os dados e anexar uma foto do
futuro candidato;
• Dar preferência a candidatos com experiência comprovada e que possuam
cursos e treinamentos na sua área de atuação;
• Verificar possíveis indicações através de cartas de apresentação, cuja
veracidade deverá ser confirmada, devendo-se, inclusive, comparecer
pessoalmente até o antigo local de trabalho, a fim de se certificar das referências
pessoal e profissional;
• Conferir o endereço residencial do candidato, checando junto a vizinhos sua
conduta pessoal e familiar, seus costumes, amizades e até seus vícios,
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confirmando-os anualmente a fim de que se tenha o perfil real e completo do futuro
funcionário.
Preenchidos e satisfeitos todos os requisitos anteriores, o candidato deverá
ser treinado em cursos especializados, a fim de que adquira conhecimentos
específicos para exercer suas funções dentro do condomínio, objetivando-se com
isso:
• Melhoria nas relações entre funcionários e moradores;
• Menor desperdício de materiais;
• Maior cuidado com equipamentos e instalações;
• Profissionais mais bem preparados e qualificados;
• Porteiros mais atentos, gerando maior segurança;
• Moradores mais satisfeitos e tranqüilos.
Observe-se a seguinte frase:
“A PRESENÇA DO PORTEIRO, MESMO QUE NÃO SEJA DO TIPO ATLÉTICO,
INIBE O LADRÃO", frase veiculada na matéria do suplemento da revista VEJA
ESPECIAL SEGURANÇA - Junho/2.001, págs. 84/85.
Tal afirmação, isoladamente, não é suficiente para garantir a eficiente
segurança dentro do Condomínio.
Há alguns anos as ocorrências em condomínios se resumiam a furtos nas
garagens, onde os ladrões adentravam nestes locais com o objetivo de surrupiar
toca-fitas e objetos de valor que estivessem expostos no interior dos veículos ou
mesmo outros que estivessem largados nas garagens. Os marginais utilizavam
como principal modus operandi as falhas havidas nos pontos vulneráveis, uma vez
que se aproveitavam de alguma brecha, nas áreas de acesso principais ou
perimetrais, tais como portões, grades ou muros baixos a fim de cometerem seus
ilícitos. Mas, infelizmente não se limitaram apenas aos estacionamentos dos
prédios, visto que hoje estes agressores da sociedade invadem os apartamentos e
roubam os bens de seus moradores, isto quando não se utilizam de atos de
violência, no intuito de intimidarem e agredirem suas “presas”, gerando traumas,
muitas vezes irreversíveis, às vítimas deste vandalismo.
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Para tanto, os delinqüentes têm-se utilizado dos mais diversos ardis a fim de
ludibriarem os funcionários, mais precisamente aqueles que são responsáveis
pelos controles de acessos, tais como porteiros e garagistas, tendo como objetivo a
intrusão ao edifício até atingirem as unidades condominiais.
Observando-se os assaltos ocorridos nos condomínios foi constatado que,
na grande maioria das vezes, a entrada se deu pela portaria principal do prédio,
onde os porteiros, por desatenção ou mesmo inexperiência, foram enganados
pelos meliantes e o outro tanto se deu pelo descuido dos moradores.
Com isto conclui-se que os assaltantes detectaram um enorme furo no
sistema de segurança nos condomínios e portanto estão se aproveitando das
falhas humanas a fim de realizarem seus atos delituosos, sendo isto somente
possível devido a desqualificação profissional de seus funcionários, já que são
facilmente ludibriados ou simplesmente agem por pura ingenuidade.
Todos estes problemas estão intimamente relacionados com a falta de
treinamento destes profissionais, visto que muitos síndicos acham desnecessário
gastar-se com cursos específicos, buscando-se uma especialização. Ledo engano,
pois onde existem pessoas prestando serviços para outras, a única forma de se
modificar comportamentos distorcidos é através de um bom treinamento, que deixa
de ser um gasto para ser um excelente investimento, visto que o retorno vem
através de uma maior qualidade na mão-de-obra de portaria, acarretando com isto
um nível satisfatório de Segurança para todos condôminos.
Jornal do Síndico : Jun/2001, por José Elias de Godoy.
Ao término do treinamento, o candidato deverá passar por um estágio
experimental com o intuito de executar, aperfeiçoar e aplicar o que foi ministrado
teoricamente, onde ficará em teste durante a fase de experiência. Cabe ressaltar
que o custo aplicado no aperfeiçoamento dos funcionários não é um gasto, mas
sim um investimento que será revertido em qualidade, segurança e tranqüilidade de
todos os moradores.
Ao ser aprovado em todas estas fases, então, será efetivado como
funcionário. A remuneração e os benefícios deverão ser compatíveis com os
acordos salariais da entidade de classe, seguindo tudo que for estipulado pelo
Sindicato da categoria.
Durante seu trabalho, o funcionário do condomínio, em qualquer nível que
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seja, deve ser conscientizado que é, constantemente, alvo das atenções de todos
os moradores devido à posição que ocupa, pois se relaciona com pessoas diversas
e, por isso, deve saber como se comportar durante esses relacionamentos, bem
como estar qualificado e apto para o exercício de sua função, primando por uma
conduta exemplar, a fim de que obtenha êxito profissional e dignifique sua
categoria.
Para que possa atingir este nível de preparo, o funcionário deve seguir os
princípios:
• Ser assíduo - É o ato de não faltar ao serviço, pois sua presença no local de
trabalho, além de obrigatória, é de fundamental importância para a normalidade do
serviço no condomínio e que sua falta ou absenteísmo poderá acarretar embaraços
no trabalho, desfalcando o efetivo e, conseqüentemente, causando prejuízos aos
demais companheiros que deverão suprir sua ausência. Caso haja a
impossibilidade, por motivo justificável ou urgente, de comparecer ao trabalho, o
funcionário deverá cientificar, com antecedência, seu superior imediato para que
seja providenciada a devida substituição.
• Ser pontual - É dever de todo funcionário cumprir os horários estipulados ou
contratados, sendo que cada minuto de atraso pode acarretar problemas
operacionais e administrativos e, muitas vezes, o sacrifício do encarregado, bem
como dos colegas. É importante que seja comunicado o motivo do atraso e a hora
provável de sua chegada, para que seja providenciada a rendição ou o aguardo do
funcionário atrasado por parte dos demais. O horário de chegada deve ser com 15
(quinze) minutos, no mínimo, de antecedência.
Assiduidade e pontualidade são traços positivos da personalidade bem
formada, sendo que a pessoa que as cultua é digna de confiança.
Costuma-se falar que “os empregados são o cartão de visita do condomínio”,
pois neles se refletem a organização e o empenho da administração e se projeta a
boa imagem de seus moradores, por isso mesmo todo bom profissional deve
prezar:
• Pela sua apresentação pessoal impecável, nisto incluem-se as boas
maneiras;
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• Seu aspecto físico;
• Por seu modo de falar e de vestir; para tanto deverá zelar pelos princípios de
higiene e asseio, pois além de serem salutar, refletem os bons costumes e a boa
aparência de cada pessoa;
• Pela responsabilidade;
• Por possuir iniciativa;
• Por trabalhar com presteza e entusiasmo;
• Por possuir atitude de cooperação;
• Por ser discreto, não comentar com terceiros a rotina de vida de qualquer
morador, funcionário ou do próprio serviço no condomínio, com isso não divulgando
informação para a qual não está autorizado;
• Lembrando que conforme o Art. 154 do Código Penal, quem divulga assuntos
que possam atrapalhar o desempenho da segurança do Condomínio comete um
crime e está sujeito as penas da Lei;
• Por falar pouco e ouvir com muita atenção;
• Por compartimentar as informações, ao divulgá-las aos seus
superioresimediatos, dentro da área em que atua, cabendo a estes a decisão;
• Por responder sempre às perguntas formuladas pelos moradores, mesmo que
seja repetitivo;
• Por evitar comentar assuntos de serviço em público, com pessoas estranhas
ao ambiente de trabalho, com os familiares e amigos de bar
• Por conhecer bem o Estatuto e/ou Regimento Interno do Condomínio.
Portanto, o funcionário deverá, ao assumir o serviço:
• Estar de banho tomado;
• Dentes escovados;
• Mãos e unhas limpas;
• Cabelos penteados;
• Barba e bigode aparados;
• Roupas limpas e bem passadas;
• Utilizar-se do uniforme completo. É imprescindível o uso de uniformes pelos
funcionários, a fim de diferenciá-los entre si e dos demais;
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• Botões abotoados;
• Sapatos engraxados e lustrados.
A fim de que se tenha um bom relacionamento durante o trabalho, o bom
profissional deverá adotar uma postura correta que demonstre firmeza de atitude,
causando uma boa impressão, tanto ao público interno quanto externo. Por este
motivo, o funcionário deverá:
• Manter o corpo ereto ao ficar de pé ou sentado;
• Não ficar encostado, demonstrando que está cansado;
• Não fumar em locais fechados ou quando estiver executando serviços;
• Não se deitar, sentar ou debruçar-se sobre a mesa de trabalho;
• Estar sempre atento, mantendo atitude de observação constante;
• Não ficar balançando a cadeira quando estiver sentado;
• Não dormir ou cochilar durante o serviço;
• Não se distrair quando estiver de serviço;
• Não se envolver em fofocas;
• Não se utilizar de aparelhos visuais ou sonoros quando de serviço;
• Não ler revistas, jornais ou similares durante o serviço;
• Manter sempre limpo o local de trabalho.
Devo lembrar, também, que o bom profissional segue os preceitos da boa
educação e companheirismo, portanto, deve:
• Tratar todos com cortesia e interesse;
• Agir sempre com amizade funcional, não tomando liberdades indevidas;
• Dirigir-se às pessoas utilizando-se do tratamento senhor(a);
• Levantar-se quando alguém for falar consigo;
• Jamais xingar ou falar palavrões;
• Sempre cumprimentar a todas as pessoas (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Nunca abandonar o posto de serviço e aguardar sempre a rendição no local
de serviço mesmo em momentos de alimentação ou de ir ao banheiro, esperando a
respectiva substituição para poder sair do ambiente de trabalho;
• Sempre obedecer prontamente aos superiores, cumprindo com presteza as
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ordens recebidas, prestando contas e dando retorno das solicitações aos
encarregados;
• Respeitar a todas as pessoas, sem distinção, pois todos são seres humanos
e, como tal, devem ser honrados e considerados;
• Dar especial atenção às crianças e idosos;
• Não se alterar ou falar alto com os condôminos.
Atribuições do síndico/administrador
A Lei do Condomínio no 4.591, de 16/12/1964 define direitos, deveres e
obrigações dos síndicos e/ou administradores de condomínios, tratando, inclusive,
sobre a parte de segurança em seu Art. 22, que diz: Será eleito, na forma prevista
pela convenção, um síndico do condomínio, cujo mandato não poderá exceder a 2
anos, permitida a reeleição.
§ 1o - Compete ao síndico:
a) representar...
b) exercer a administração interna da edificação ou do conjunto de edificações,
no que respeita à sua vigilância, moralidade e segurança, bem como os
serviços que interessam a todos os moradores;
Afora o que está definido pela legislação, eles devem:
• Cumprir e cobrar tudo o que foi e o que vai ser descrito nesta Monografia;
• Conhecer a legislação sobre condomínio e sua administração;
• Conhecer profundamente o estatuto e as normas de seu condomínio;
• Conhecer o andamento dos trabalhos realizados no condomínio;
• Desenvolver com o conselho de condôminos normas firmes e transparentes
sobre a segurança do condomínio, discriminando, inclusive, punições;
• Realizar reuniões periódicas com os condôminos a fim de despertar em todos
a conscientização para a segurança;
• Estar sempre atualizado sobre Recursos Humanos a fim de praticá-los no
condomínio;
• Acompanhar o fechamento da folha de pagamentos dos funcionários para
evitar erros e com isto acarretar descontentamentos destes;
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•Procurar ser justo e tratar todos os funcionários com educação e respeito;
• Tratar todos os moradores com cortesia e polidez, procurando conscientizá-
los sobre a importância da união de todos para a segurança do condomínio;
• Saber administrar conflitos, considerando que vai lidar, no dia-a-dia, com os
problemas das pessoas;
• Ser paciente e possuir ótimo poder de discernimento;
• Não ser autoritário, lembrando-se que não administra o condomínio sozinho
nem é o seu único proprietário, devendo dividir e delegar responsabilidades;
• Freqüentar cursos, palestras, feiras, seminários, etc., que dizem respeito à
administração de condomínios, que objetivam mantê-lo sempre atualizado com
novas estratégias e técnicas administrativas e de política de pessoal.
Atribuições dos condôminos
Os moradores devem estar conscientes de que a segurança não é somente
um dever do síndico ou dos empregados, mas sim responsabilidade de todos,
devendo ser seguidos os itens abaixo:
• Participar das reuniões onde serão tratados os assuntos sobre a elaboração
da Convenção do Condomínio e do Regulamento Interno do Condomínio;
• Compreender e colaborar com as normas relativas à segurança;
• Procurar manter sempre uma política de boa-vizinhança com os demais
moradores bem como com o síndico, a fim de facilitar o relacionamento entre todos
os condôminos;
• Respeitar os direitos de todos os funcionários, não se esquecendo de que
estes são trabalhadores do condomínio e não seus empregados em particular;
• Ao constatar irregularidades sobre segurança, transmitir tais problemas ao
síndico ou membros do conselho a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis
para saná-las;
• Tratar os funcionários com educação e respeito pois, além de serem pessoas
iguais a todos, também fazem parte de todo o sistema de segurança do
condomínio.
O mais importante é saber que dentro do esquema de segurança do
condomínio existe uma engrenagem e que cada peça dessa máquina deve estar
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consciente de sua importância. O trinômio síndico/administrador, condôminos e
empregados deve estar sempre bem entrosado.
Principais atribuições do zelador
O zelador atua como um gerente, que soluciona os problemas do dia-a-dia e
orienta os funcionários do condomínio através da supervisão das ações da portaria,
vigilância e zelo pelo bem estar material do condomínio.
Problemas como encanamento, barulho após as 22 horas, recebimento de
encomendas, reclamações sobre a limpeza das áreas comuns do prédio devem ser
resolvidos com o zelador do condomínio, um funcionário contratado para tratar de
todos estes incidentes do cotidiano.
Pode ser considerado como um gerente, responsável pela supervisão dos
funcionários, atendimento aos moradores e prestação de contas ao síndico, seu
encarregado. Porém, somente deve recorrer ao síndico em último caso, por isso
um profissional para ocupar o cargo precisa ter iniciativa e bom senso para tomar
providências, sendo um verdadeiro técnico em zeladoria.
Se, por exemplo, um condômino utilizar uma furadeira elétrica após as 22
horas, o vizinho incomodado deve dirigir-se ao zelador para fazer a queixa. Cabe
ao funcionário entrar em contato com o morador infrator e solicitar o cumprimento
das normas internas.
Em caso de recusa no atendimento da solicitação, e até mesmo desrespeitar
o zelador, a melhor atitude é registrar o fato no livro de ocorrências do condomínio.
Em seguida, o síndico deve ser informado do fato para autorizar, ou não, a emissão
de multa prevista no regulamento interno. O objetivo é evitar que questões dessa
natureza criem confronto entre moradores que, por estarem no mesmo nível
perante o condomínio, podem entrar em discussão. “É uma incumbência do zelador
fazer cumprir o regulamento.”
Quem dá ordens Na hierarquia do condomínio, o zelador é quem deve dar as ordens aos
funcionários do prédio: porteiro, faxineiro, vigia e subzelador. Também pode indicar
as demissões e contratações. Se um condômino verificar áreas que não estão bem
limpas, luzes queimadas ou desrespeito às normas, deve recorrer ao zelador para
que tome as providências necessárias.
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O mesmo princípio vale para o síndico, que deve evitar dar ordens ou
broncas diretamente nos funcionários. O melhor caminho é orientar o zelador e, se
for o caso, chamar sua atenção em particular, longe dos olhos e ouvidos dos
demais empregados.
Principais atribuições do porteiro Porteiro é a pessoa credenciada, uniformizada e preparada para exercer a
vigilância de um edifício, contratada por uma pessoa física ou jurídica para
desempenhar a atividade de recepção e vigilância do condomínio. É uma atividade
estritamente preventiva que visa observar atentamente detalhes que possam
ajudar no desempenho de suas funções e como finalidade principal, defender o
patrimônio e especialmente as vidas que estão sob sua guarda.
O porteiro tem a finalidade de registrar e controlar toda movimentação e
circulação de pessoas, veículos e materiais junto a portaria, promovendo um
verdadeiro controle de acesso através da identificação das pessoas, conferência de
notas fiscais, entrada e saída de veículos e atendimento ao telefone e interfone.
Em entrevista com o Sr Divaldo Mérlin, no dia 15 de Dezembro de 2001, foi
passado uma frase sobre a função do porteiro que chamou muito a atenção:
Ser Porteiro
Ser porteiro, não é simplesmente abrir ou fechar um portão;
Ser porteiro, não é apenas receber correspondências;
Ser porteiro, não é apenas recepcionar visitantes;
Ser porteiro, não é indicar os locais exatos aos usuários;
Ser porteiro, não é atender ligações e transferi-las;
Ser porteiro, não é apenas acender e apagar as luzes.
Ser porteiro é ter a responsabilidade de abrir ou fechar o portão;
Ser porteiro é saber como e quando receber correspondências;
Ser porteiro é saber recepcionar visitas;
Ser porteiro é ser gentil em ensinar os caminhos aos usuários;
Ser porteiro é ser educado ao receber ligações;
Ser porteiro é ter a consciência quanto aos horários das luzes.
Enfim, Ser porteiro, é saber que no final de seu turno de trabalho, suas
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obrigações foram cumpridas, tendo a certeza de que irá chegar em casa e
descansará tranqüilo, pois assegurou a tranqüilidade de várias vidas.
Princípios Básicos de Vigilância em Portarias
a) Da ação preventiva
O porteiro tem por obrigação observar tudo o que ocorre ao seu redor,
desconfiando sempre de possíveis atos delituosos que possam ocorrer. O
caráter de seu trabalho é previnir danos ao patrimônio e à vida dos moradores
do condomínio.
b) Princípio do bom senso
O que se espera de uma atitude profissional é isenção de ânimo, coerência
e lógica. Em qualquer ocorrência, por mais banal que seja, as pessoa estão
com os ânimos exaltados e, portanto, mais intolerantes e suscetíveis a criarem
polêmicas em assuntos, muitas vezes, sem gravidade, sendo assim, o
porteironão deve se envolvernos problemas particulares dos fatos, deve ater-se
à solução dos problemas técnicos, inerentes a sua função, não tomando
partidos ou polemizando.
c) Princípio do serviço permanente
O porteiro, dentro de seu recinto de trabalho, nunca deve se omitir do ato de
vigiar, mesmo em repouso ou no almoço, o porteiro deve observar o que está
acontecendo dentro da sua área, procurando ausentar-se das suas atribuições
o menor tempo possível.
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CAPÍTULO II TÉCNICAS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA EM PORTARIAS
Os marginais, atualmente, têm-se utilizado dos mais diversos ardis para
entrar nos condomínios com a finalidade de cometerem algum tipo de delito contra
seus moradores. Os fatos mostram que em 90% das ocorrências de roubo em
condomínios, os assaltantes entraram pela porta da frente do prédio, ou seja de
alguma forma burlaram ou violaram o sistema de segurança montado, ludibriando
principalmente o porteiro de serviço.
Portanto, é de suma importância um eficiente e eficaz sistema de controle de
acesso para se evitar a invasão destes marginais. O que descreveremos, a seguir,
são conceitos básicos a fim de que se tenha um grau de segurança satisfatório
dentro do condomínio.
Lembre-se: “Toda segurança é perfeita até o dia em que falhar”.
Delitos mais comuns em condomínios
Violação de domicílio - Art.150 do Código Penal - “Entrar ou permanecer,
clandestinamente contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa
alheia ou em suas dependências”.
Muitos marginais invadem residências com fins escusos ou até para se
esconderem.
Furtos - Art. 155 do Código Penal - “Subtrair para si ou para outrem coisa
alheia móvel”.
Nos condomínios furtam-se:
• Dinheiro, jóias, valores diversos nos apartamentos de moradores ausentes;
• Materiais e equipamentos existentes nos pátios e depósitos;
• Veículos, toca-fitas, objetos em porta-luvas de carros, bicicletas guardadas na
garagem, etc.
Roubos ou assaltos - Art. 157 do Código Penal - “Subtrair coisa alheia, para
si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa ou depois de
houver, por qualquer meio, reduzido a impossibilidade de resistência”. Esse delito
pode chegar até ao Latrocínio onde o agente mata a vítima para roubá-la.
Os assaltantes costumam entrar nos condomínios para roubar dinheiro,
jóias, valores diversos e veículos, sempre colocando em risco a integridade física
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dos moradores.
Extorsão mediante seqüestro – Art. 159 do Código Penal –“Seqüestrar
pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate.”
É o crime onde uma ou mais pessoas são levadas sob ameaça para um
local escondido e o criminoso pede dinheiro ou outros benefícios para poder soltar
a pessoa presa.
Estelionato - Art. 171 do Código Penal – “Obter, para si ou para outrem,
vantagem ilícita, emprejuízo alheio, infuzindo ou mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.”
É qualquer tipo de ação delituosa, que uma pessoa faz para tirar proveito de
outra, em geral dinheiro ou bens materiais. Violação de domicílio – Art. 150 do Código Penal – “Entrar ou permanecer,
clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de
direito, em casa alheia ou em suas dependências.”
É a invasão da “casa” que é qualquer compartimento habitado, incluindo-se
aí o apartamento, ou o aposento ocupado de habitação coletiva ou ainda o
compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
Acessos mais utilizados pelos ladrões para cometimento de delitos
• Saltando os muros e cercas do pátio em locais vulneráveis e fora da
visibilidade do porteiro ou vigilantes;
• Pulando os muros e cercas e, uma vez dentro do condomínio, galgam as
varandas dos apartamentos para ter acesso a estes ou, também, pela escada de
serviço;
• Como “passageiros” de veículos de entrega que entram na garagem;
• Pelo portão de serviço travestidos de prestadores de serviço da Telesp,
Sabesp, Comgás, Eletropaulo, eletricistas, encanadores, entregadores de pizza e
encomendas, etc.);
• Iludindo o porteiro de forma que este permita que o ladrão entre pelo portão
principal ou mesmo pelo portão da garagem;
• Passando-se por comprador de imóvel, ludibriando o porteiro, sob a alegação
de ter que olhá-lo, a fim de fazer uma avaliação;
• Apresentando-se através de uma mulher bonita a fim de distrair a atenção do
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porteiro a fim de persuadi-lo a abrir o portão;
• Pela porta principal ou portão da garagem, acompanhando um morador que
entra a pé ou dirigindo um veículo, ameaçado e subjugado pelo assaltante;
• Tocando a buzina ou piscando os faróis do veículo defronte o portão da
garagem para que o porteiro o abra inocentemente;
• Pelo portão da garagem quando este permanece aberto durante a entrada ou
saída de veículos;
• Pelo uso de artimanha junto ao porteiro, dizendo a este que veio buscar um
TV, carro, sofá, etc., do morador, exibindo, até mesmo, bilhete e telefone do
condômino para verificação;
• Como morador do próprio condomínio (normalmente adolescente) ou mesmo
como empregado;
• Por ação violenta de surpresa, com quadrilhas especializadas em tais delitos.
Controle de entrada e saída de pessoas pela portaria Portaria - É o principal ponto de segurança do condomínio, pois por ela
circulam todas as pessoas, materiais e veículos que entram ou saem deste, de
forma regular.
O porteiro/vigia tem por função normal controlar essa circulação através da
identificação de pessoas, funcionários do condomínio, empregados de condôminos,
visitantes, entregadores de serviço, entrada e saída de veículos e conferência de
mercadorias deixadas na portaria. Para isto, cada condomínio deve adotar suas
normas de procedimento a fim de que atenda a suas peculiaridades.
Passaremos, a seguir, estas normas, através de um roteiro básico, a serem
seguidas pelos integrantes da portaria, que inclui os seguintes itens:
Identificação de visitantes
• Fazer a identificação visual da pessoa;
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Solicitar, com educação, um documento com foto, para conferir seus dados
completos;
• Manter os portões fechados;
• Os visitantes deverão aguardar do lado de fora do condomínio ou em um local
19
reservado para isto;
• Entrar em contato com o morador informando-o sobre a presença do visitante
e da conveniência de sua entrada ou não;
• Em caso de dúvida, por parte do condômino, solicitar sua presença junto à
portaria a fim de identificar o visitante pessoalmente ou através do sistema de
CFTV ligado ao apartamento;
• Sendo autorizada sua entrada, anotar os dados da pessoa, em livro próprio, e
devolver seu documento, agradecendo;
• Entregar seu crachá de identificação ou autorização, caso seja norma do
condomínio, à pessoa;
• Indicar ou pedir que algum funcionário do condomínio conduza a pessoa ao
local ou residência do condômino;
• Na saída, recolher o crachá ou a autorização com a devida assinatura do
visitado.
Identificação de prestadores de serviço
• Fazer a identificação visual da pessoa;
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Pedir, com educação, um documento com foto, para conferir seus dados
completos, solicitando, também, seu documento funcional ou crachá de
identificação da empresa em que trabalha;
• Manter os portões fechados;
• A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local
apropriado;
• Contatar o condômino, confirmando se há algum defeito na residência a ser
verificado e se tal prestador de serviço era esperado;
• Caso haja dúvida sobre a presença do prestador de serviço, solicitar a
presença do condômino até a portaria para identificá-lo pessoalmente ou através
do sistema de CFTV ligado ao apartamento;
• Sendo autorizada a entrada da pessoa, anotar seus dados em livro próprio,
registrando o horário de entrada e saída, devolver-lhe os documentos,
agradecendo;
• Entregar-lhe um crachá de identificação de prestador de serviço ou uma
20
autorização de entrada;
• Pedir que algum funcionário do condomínio o acompanhe até o local do
serviço ou à residência do condômino;
• Na saída, recolher o crachá ou a autorização devidamente assinada pelo
condômino;
• O condomínio deverá ter um horário predeterminado para a autorização de
entrada dos prestadores de serviço, devendo evitar horários noturnos.
Obs.: Esta norma é válida também para quando os prestadores de serviço
forem executar um trabalho no condomínio, onde deverá ser consultado o síndico
ou o zelador, para que estes autorizem sua entrada.
Identificação de entregadores de mercadoria (encomendas, pizzas, flores, presentes ou outros objetos)
• Fazer a identificação visual da pessoa;
• Cumprimentá-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Manter os portões fechados;
• A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local
reservado para isto, devendo ser tratada à distância, pois é prática comum
marginais inventarem uma entrega fictícia;
• Avisar o condômino, solicitando sua presença ou de algum funcionário seu na
portaria a fim de pegar a encomenda;
• Jamais permitir que o entregador leve pessoalmente a encomenda até a
residência;
• Caso o material venha acompanhado de Nota Fiscal, receber e assinar o
recibo;
• Na ausência do condômino, receber e guardar para, posteriormente, ser
retirada pelo morador ou entregue por um funcionário.
Caso o condomínio possua bloqueios tais como grades e portões duplos, com o objetivo de interromper o acesso de pessoas estranhas, além do citado anteriormente:
• Trancar-se dentro da cabine, antes de deixar a pessoa entrar na gaiola com a
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encomenda;
• Pela janela, feita especialmente para isso, o porteiro recebe o documento
para assinar, confere-o e o devolve pelo mesmo caminho;
• Solicita que a pessoa se retire, deixando na gaiola a encomenda;
• Coleta a encomenda da gaiola, somente após a pessoa se retirar e o portão
voltar a ser trancado;
• Havendo passagem ou gavetão de segurança, toda encomenda deverá ser
passada por ali.
Controle de entrada e saída de prestadores de serviço por empresas de
terceirização de mão-de-obra (limpeza, vigilância, empreiteiras, etc.)
• Identificar o empregado pelo seu crachá de identificação da empresa,
conferindo com a relação que possua na portaria;
• Entregar-lhe o crachá de identificação do condomínio como prestador de
serviços;
• Anotar seus dados em livro próprio, registrando o seu horário de entrada e
saída;
• Na saída, recolher o crachá de identificação.
Controle de entrada e saída de veículos A identificação de todos os veículos que queiram entrar no condomínio é
obrigação e dever de todo porteiro, vigia, vigilante, garagista ou zelador. Portanto,
devem seguir as normas abaixo relacionadas:
• Jamais abrir os portões sem antes ter certeza de que o veículo pertence a
morador e que este se encontra em seu interior (ver quem é, para depois abrir o
portão);
• Fazer inspeção visual na pessoa e no veículo;
• Nunca abrir o portão da garagem a veículos e pessoas estranhas ao
condomínio, inclusive não se deve deixar impressionar com veículos novos (de
luxo) ou importados que apontem em direção da garagem;
• Antes de abrir o portão da garagem, verifique se não há risco de intrusão de
alguma pessoa estranha junto com o veículo;
• Prestar atenção quando o motorista estiver acompanhado por pessoas
22
estranhas ou em atitudes suspeitas. Observar possíveis sinais de alerta por parte
do motorista, pois o condômino poderá estar sob ameaça de assaltante;
• Nenhum veículo deve sair do condomínio quando o proprietário não estiver
junto e sem sua autorização expressa, principalmente quando se tratar de menor
ou desconhecidos.
Em casos de veículo de visitante, deve-se:
• Quando o veículo não entrar no condomínio, o motorista deve ser alertado
para que não estacione em local proibido, junto aos portões, prejudicando o ângulo
de visão da portaria ou obstruindo a passagem de veículos e pedestres;
• Quando o veículo for adentrar o condomínio, deve-se fazer uma inspeção
visual na pessoa e no veículo;
• Pedir educadamente o documento da pessoa;
• Contatar o condômino solicitado;
• Anotar dados da pessoa, do veículo, bem como do condômino a ser visitado,
registrando seu horário de entrada e saída;
• Entregar crachá e cartão do veículo à pessoa;
• Indicar local para estacionar o veículo;
• Na saída, fazer uma inspeção visual no veículo;
• Recolher o crachá e o cartão do veículo.
Em casos de veículos que venham entregar encomendas no interior do
condomínio ou mu- danças, além do descrito anteriormente deve-se:
• Inspecionar o veículo de entrega antes de sua entrada, solicitando a vistoria
de sua carga e de sua documentação;
• Solicitar documentação do motorista e dos ajudantes, quando houver, a fim
de anotá-la em livro próprio;
• Em mudanças ou transporte de qualquer mobiliário deve-se entrar em contato
com o condômino a fim de certificar-se se realmente há sua autorização e que todo
o material retirado é o determinado;
• Ao suspeitar de algo estranho, solicitar ao motorista o documento do veículo;
• Em mudanças, quando o condômino estiver ausente, somente deixar que o
veículo seja carregado quando houver autorização por escrito por parte do
23
morador;
• O zelador ou outro funcionário determinado pelo síndico deverá acompanhar
qualquer tipo de carga ou descarga no interior do condomínio;
• Verificar se todos que entraram com o veículo estão nele saindo e/ou se
alguém foi autorizado a permanecer no condomínio;
• Caso perceba alguma irregularidade, reter o veículo e acionar seu superior
imediato ou, se for o caso, a Polícia;
• Deve-se evitar fazer mudanças à noite ou aos domingos e feriados.
Controle de entrada e saída de materiais Quando o material for deixado na portaria, o funcionário deverá tomar a
seguinte atitude:
• Fazer inspeção visual na pessoa e no material;
• Verificar seu conteúdo sem, no entanto, abri-lo;
• Anotar os dados do portador, do remetente e residência do destinatário;
• Contatar o condômino responsável pela mercadoria, a fim de que este venha
retirar o material junto à portaria ou se algum funcionário do condomínio deverá
entregá-lo na residência;
• Anotar a data e a hora da entrega em livro próprio;
• Conferir o material juntamente com a Nota Fiscal;
• Quando não houver nenhuma pessoa na residência, o funcionário deverá
assinar a 2a via da Nota Fiscal, devolvendo-a ao portador, ficando a 1a consigo ou
deve assinar o canhoto de recebimento, destacando-o conforme o caso;
• Não autorizar a saída de pessoas estranhas ao condomínio que estejam de
posse de objetos ou pacotes sem obter prévia autorização do condômino;
• Não entregar chaves, objetos ou pacotes de moradores a pessoas estranhas
sem sua autorização expressa;
• Revistar bolsas e sacolas de funcionários e prestadores de serviço, quando o
Estatuto ou Regimento Interno do Condomínio assim determinar.
Lembre-se: Todos os procedimentos de atendimento são estabelecidos de
acordo com o Estatuto ou Regimento Interno do Condomínio e na ausência destes
conforme orientação expressa do síndico.
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Relatórios de registro Os relatórios de registro são documentos que servem para relacionar
materiais, fatos, situações e pessoas observados durante um espaço de tempo em
determinado local.
Nos condomínios, os relatórios de registro são de grande interesse, pois
descrevem as condições de passagem do serviço (principalmente na portaria) e
qualquer irregularidade ocorrida na rotina do condomínio em um determinado turno
de trabalho. Estes livros de registro devem ficar na portaria ou outro local de fácil
acesso e que seja de conhecimento de todos no condomínio. Podem ser utilizados
para relacionar:
• Entrada e saída de visitantes ou prestadores de serviço;
• Entrada e saída de veículos;
• Entrada e saída de materiais;
• Protocolos para registros de correspondências;
• Alterações havidas durante o serviço.
Alguns condomínios utilizam livros de ocorrência, outros preferem impressos
próprios e específicos para tais lançamentos. Existem condomínios que adotaram
registros informatizados para controles de relatórios específicos.
Esses registros seguem uma regra de elaboração, devendo constar deles os
seguintes itens:
• Relatório de serviços
- Local e data;
- Horário e turno de serviço;
- Emissor (nome do porteiro ou qualquer outro funcionário que fez o registro);
- Condições das instalações e dos equipamentos de uso no local, tais como
controles e lanternas;
- Correspondências que se encontram na portaria;
- Materiais existentes na portaria;
- Assunto (referência sobre os fatos ou novidades ocorridos);
- Ordens determinadas, por escrito, pelo síndico ou zelador;
- Histórico, devendo fazer as seguintes perguntas: quando?, onde?, o quê?,
como?, por quê?, quem?;
25
- Ocorrências havidas nos turnos anteriores;
- Providências adotadas;
- Assinatura do funcionário que sai e do que entra de serviço.
• Relatório de visitantes ou prestadores de serviço
- Data;
- Nome do visitante ou prestador de serviço;
- Nome da empresa e seu respectivo telefone de contato;
- Número do seu documento de identidade, crachá funcional com foto ou outro
similar;
- Número da residência a ser visitada ou local e tipo de serviço a ser realizado;
- Nome do morador visitado ou funcionário que autorizou a entrada;
- Número do crachá que for ser entregue, quando possuir;
- Horário de entrada e saída;
- Deixar um campo próprio para observação, caso haja alguma novidade ou
alteração.
• Relatório de veículos
- Data;
- Marca;
- Modelo;
- Cor;
- Placas;
- Nome do motorista e dos passageiros;
- Número da residência de destino;
- Nome do morador ou funcionário que autorizou a entrada;
- Horário de entrada e saída;
- Deixar um campo próprio para observação, caso haja alguma novidade ou
alteração.
• Relatório de materiais
- Data;
- Quantidade;
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- Tipo de material;
- Remetente;
- Portador;
- Destinatário (nome do morador e residência de destino);
- Horário do recebimento e da entrega do material.
Todos os relatórios, ora citados, deverão ser confeccionados diariamente e
por turno de serviço, e todas as ocorrências devem ser, minuciosamente,
transmitidas aos funcionários do turno seguinte. Estes relatórios servem como
referência, ao síndico e demais moradores, para poder controlar todas as
alterações havidas no condomínio, principalmente na portaria, assim como limitar o
acesso de pessoas estranhas ao interior do conjunto residencial.
27
CAPÍTULO III SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO EM CONDOMÍNIOS
Os meios de comunicação são vitais para a segurança dos condomínios,
quer sejam verticais ou horizontais, pois quando utilizados corretamente, tanto para
transmissões de mensagens internas quanto externas, aumentam os níveis de
proteção e eficácia em situações de emergência.
Abordaremos, neste capítulo, os sistemas de comunicação mais utilizados
em condomínios, os quais são: o telefone, o interfone e o radiotransmissor.
Correta utilização de telefones
O telefone é um processo elétrico, com ou sem fio, que transmite os sons à
distância. É um dos meios de comunicação mais rápidos e avançados, que facilita
e agiliza a vida corrida do Homem moderno, principalmente após a era da
digitalização.
Por estas facilidades e vantagens é que se torna obrigatória e necessária
sua utilização nas portarias dos condomínios, pois muitos problemas são
detectados pelo porteiro/vigia ou qualquer outro funcionário, sendo que havendo
um meio de comunicação externo, ou seja, uma linha telefônica na portaria
principal do condomínio facilitaria em muito o acionamento de órgãos públicos e
privados quando em situações de emergência. A linha telefônica da portaria poderá
ser uma extensão da sala de administração ou da residência do zelador.
Várias ocorrências acontecem em ocasiões onde os condôminos que
possuem sua linha telefônica estão ausentes ou descansando, sendo que muitas
vezes ocorrem delitos no condomínio que poderiam ser evitados se na portaria
houvesse uma linha telefônica, pois, através destas, os porteiros deixariam de ficar
na dependência de terceiros ou, o que é pior, até de abandonar o local de trabalho
para ligar aos setores de emergência, causando grandes transtornos ao
condomínio.
Atualmente, existem centrais telefônicas modernas e até digitalizadas que
são instaladas em condomínios, sendo que seus ramais atendem a todas as
residências, inclusive a portaria, servindo inclusive como um sistema eletrônico a
mais de segurança . Para isso, são necessárias uma ou duas linhas telefônicas
convencionais ligadas à central, através da qual os condôminos podem fazer ou
receber chamadas por este sistema, ficando a(s) linha(s) telefônica(s) para o
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condomínio, ou seja, de uso coletivo, não havendo necessidade de cada
residência, individualmente, possuir uma. Com esse moderno sistema, os
apartamentos podem, também, comunicar-se entre si, ou seja, diretamente, sem
necessitar da interferência de terceiros, substituindo, assim, o interfone, são os
chamados sistemas DDR (Discagem Direta por Ramais) .
Infelizmente, muitos condomínios não possuem essa estrutura, portanto, é
necessário um esquema de acionamento de emergência uniforme e que seja
comum entre o síndico, os moradores e os porteiros, para que, em condições
críticas, possa ser desencadeado. Para isto, sugiro que 3 (três) condôminos
voluntários que possuam telefone próprio sejam relacionados e os números de
suas residências sejam deixados na portaria, a fim de que, surgindo algum
problema que necessite de apoio externo, o porteiro possa acioná-los e eles, com
os telefones de urgência em mãos, liguem para os órgãos emergenciais, a
qualquer hora do dia ou da noite.
Passaremos, agora, algumas informações sobre o comportamento ideal que
as pessoas devem ter ao telefone e algumas sugestões que poderão gerar maior
simpatia e segurança no atendimento telefônico de seu condomínio ou até de sua
residência.
As regras básicas que falaremos a seguir se aplicam tanto a moradores
quanto a funcionários de condomínios.
Lembre-se: “Em uma comunicação ao telefone não conseguimos ver a
pessoa com quem estamos falando. Deste modo, a forma como falamos é a
imagem que estamos passando para essa pessoa”.
Como proceder ao receber ligações
• Atenda ao telefone o mais rápido possível, não deixe ficar tocando durante
muito tempo;
• Em ligações externas diga o nome do condomínio, isto quando estiver falando
em suas instalações, identificando o setor onde se encontra. Exemplo:
“Condomínio do Sol, portaria central”;
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite), seja cortês, sem cometer
exageros;
29
• Ao ser solicitado, identifique-se corretamente, diga seu nome. Exemplo: “Aqui
é o porteiro José”;
• Identificar a pessoa que está falando. Exemplo: “Por favor, quem deseja
falar?” ou “Eu poderia saber seu nome, por favor?”;
• Verificar o que a pessoa deseja. Exemplo: “Posso ajudá-lo(a)?”;
• Falar num tom médio e tranqüilo, procurando emitir a voz naturalmente,
pausadamente e numa linguagem simples. Jamais grite;
• Ser breve ao telefone;
• Esperar que o interlocutor termine de falar, sem interrompê-lo;
• Registrar tudo o que for importante da ligação, anotando recados. Não confie
na memória;
• Em caso de pergunta demorada a uma terceira pessoa, pergunte ao seu
interlocutor se ele pode esperar ou ofereça-se para chamá-lo quando estiver com
todas as informações solicitadas. Exemplo: “O(a) Sr.(a) não se incomodaria de
esperar um momento?” ou “Vou verificar sobre este assunto e, logo em seguida,
ligarei para dar o retorno para o(a) Sr.(a)”;
• Garantir informações corretas ou transferir a chamada para quem as tem;
• Concluir a ligação com calma e cordialidade. Nunca bata o telefone no
gancho;
• Nunca fornecer, por telefone, dados sobre seu local de trabalho, informações
pessoais, nomes, endereços, números de telefone de condôminos nem detalhes
sobre a rotina do condômino, sua segurança e dados de seus funcionários.
Caso seu condomínio ou residência tiver sistemas de alarme monitorados
por empresas especializadas e houver disparo de alarme, o atendente dessa
empresa entrará em contato para certificar-se do que está ocorrendo, portanto,
quem atender ao telefone deverá, além do citado acima:
• Informar seu nome;
• Responder às perguntas do atendente, que falará a senha de emergência
previamente convencionada;
• Informar a contra-senha pré-estipulada, quer seja a que transmita a situação
de normalidade ou alarme falso, como aquela que define a situação de emergência
ou de coação, tudo isto conforme o que esteja ocorrendo no momento;
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• A empresa de alarmes tomará as providências acordadas entre o morador e a
Central de Monitoramento.
Como proceder ao fazer ligações
• Discar corretamente, não se utilizando de outros objetos como caneta ou lápis
para ligar, mas sim os dedos;
• Evitar quedas do aparelho;
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Falar num tom médio de voz;
• Identificar-se corretamente. Exemplo: “Aqui quem fala é o porteiro José, do
Condomínio do Sol”;
• Transmitir o assunto na íntegra;
• Ser breve ao telefone;
• Não entrar em detalhes que não dizem respeito ao assunto;
• Concluir a ligação com calma e cordialidade, agradecendo sempre o
interlocutor pela atenção dispensada;
• Não utilizar o telefone de serviço para tratar de assuntos pessoais, salvo em
situações de urgência.
Como acionar órgãos de emergência
Citaremos algumas regras básicas a fim de que todos os integrantes do
condomínio, tais como síndicos, condôminos ou funcionários, saibam acionar os
órgãos público e privado em situação de emergência, tudo isto com o objetivo de
mostrar como deve ser feita a chamada corretamente para facilitar e agilizar seu
atendimento:
• Discar corretamente sem nenhuma precipitação. Normalmente os números de
emergência são de três dígitos, o que facilita bastante sua memorização e
chamada. Exemplos: 190, 193, 147, 192, etc.;
• Procure comunicar-se num tom de voz bem audível sem, no entanto, gritar,
falando pausadamente e naturalmente, mesmo que esteja sob pressão;
• Cumprimentar o(a) interlocutor(a) (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Identificar-se corretamente, passando seu nome, função, condomínio,
endereço completo de onde está falando, bairro, número do telefone do qual está
31
ligando e uma rua ou local, como ponto de referência, próxima ao local da
ocorrência. Exemplo: Boa-noite, aqui quem fala é o porteiro José, do Condomínio
Boa Morada, situado na Rua dos Moinhos, 136, Vila São Carlos, próximo a Padaria
Pão de Mel, meu número do telefone é 222-4536...;
• Solicitar educadamente o nome da atendente;
• Responder corretamente às perguntas feitas pelo(a) atendente;
• Procurar manter a tranqüilidade ao passar as informações, isto para facilitar
sua compreensão e entendimento;
• Contar com detalhes o que está ocorrendo e o motivo da ligação;
• Definir o local onde aguardará o auxílio, passando as coordenadas ao
atendente;
• Caso o(a) atendente ligue para confirmar alguns dados, atenda à chamada
passando todas as informações solicitadas;
• Em caso de demora excessiva, ligue de novo para o órgão acionado,
fornecendo todos os dados novamente, informando que já havia solicitado
anteriormente, passando inclusive o nome do(a) atendente anterior que recebera a
chamada.
Alguns números de telefones de utilidade pública mais usados Forneceremos como base, a seguir, os telefones de emergência e de
serviços utilizados na cidade de São Paulo.
Além dos telefones descritos, é importante manter na portaria do condomínio
uma lista atualizada de números telefônicos úteis, tais como:
• Hospitais e prontos-socorros mais próximos;
• Posto policial e distrito policial mais próximos;
• Grupamento do Corpo de Bombeiros próximo;
• Assistência técnica de elevadores;
• Chaveiros 24 horas;
• Empresas de manutenção em geral;
• Depósito de gás engarrafado (GLP);
• Outros telefones úteis ao condomínio.
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Correta utilização de interfones ou centrais de portaria Interfone ou central de portaria, conhecido também como porteiro eletrônico,
é um equipamento eletroacústico utilizado para a comunicação interna de edifícios,
que transmite mensagens entre os apartamentos e a portaria e/ou entre os
apartamentos . É composto basicamente por um microfone ligado a um alto-falante
por meio de fios ou cabos.
Pode ser utilizado através de uma central localizada na portaria ou
diretamente acoplado ao portão de entrada do edifício. Existem diversos tipos de
aparelho interfônico, com as mais variadas marcas disponíveis no mercado.
É imprescindível e vantajoso que os edifícios tenham tal equipamento, pois
este auxilia, sobremaneira, na intercomunicação funcional e administrativa do
condomínio e, principalmente, no que diz respeito à segurança, uma vez que:
• Alerta sobre visitas inoportunas ou inconvenientes;
• Transmite mensagens aos demais funcionários;
• Permite apenas a entrada de pessoas autorizadas;
• Tranqüiliza, em casos de falta d’água ou de energia, o pessoal que porventura
esteja preso no elevador;
• Transmite alarmes e avisos em casos de incêndio;
• É discreto e econômico;
• O porteiro pode, através do interfone, enviar e/ou receber mensagens de
condôminos sobre situações de emergência que possam estar ocorrendo dentro ou
fora do condomínio;
• Permite a comunicação interna entre moradores.
Sua correta utilização é importante, a fim de disciplinar a transmissão e
recepção de mensagens. Para tanto, devem ser obedecidas as seguintes normas
ao se fazer uso do interfone:
Procedimentos ao atender chamadas
• Identificar o local de onde está falando. Exemplo: Portaria, apartamento
142...;
• Identificar-se, declinando nome e função. Exemplo: Porteiro José...;
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• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Identificar a pessoa com quem está falando. Exemplo: Com quem estou
falando, por favor?;
• Receber ou transmitir a mensagem;
• Quando a chamada for na portaria e for solicitado, fazer a “ponte” entre
apartamentos;
• Ser breve, falando somente o necessário;
• Conclua a chamada com calma e cordialidade.
Procedimentos ao efetuar chamadas
• Fazer a ligação conforme o funcionamento do equipamento;
• Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite);
• Identificar-se declinando nome, função e local de onde está falando.
Exemplo: Aqui quem fala é o Sr. Carlos, morador do apartamento 142...;
• Identificar com quem fala;
• Transmitir ou receber a mensagem;
• Ser breve ao transmitir a mensagem;
• Desligar, concluindo com calma e cordialidade.
Correta utilização do radiotransmissor Radiotransmissor ou transceptor é um equipamento elétrico sem fio, portátil,
que funciona através de ondas magnéticas, podendo ser transportado por uma só
pessoa e ser operado mesmo em movimento. É um meio de comunicação muito
utilizado na segurança de condomínios.
Muitos condomínios estão utilizando os radiotransmissores portáteis (Hand-
Talk - HT), além da segurança para comunicações administrativas e entre zelador e
portaria e/ou estes com o síndico. Atualmente, existem equipamentos de rádio
trunking, que se utilizam do sistema de comunicação rádio e telefone de última
geração, com funcionamento semelhante aos aparelhos celulares por meio de
sistemas computadorizados.
É importante sua correta utilização para facilitar e agilizar as transmissões
entre os usuários, portanto, deve-se atentar para as seguintes normas de operação
em sistemas de rádios convencionais:
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• Para falar, apertar a tecla de acionamento;
• Chamar a pessoa desejada, através de códigos;
• Falar claro e pausadamente;
• Transmitir somente o necessário;
• Utilizar-se do código Q e do alfabeto fonético;
• Não interromper a comunicação de outro operador;
• Deixar livre a tecla de acionamento, para que o outro operador possa falar;
• Atender prontamente às chamadas;
• Repetir a operação sucessiva e alternadamente;
• Manter a disciplina na rede.
CÓDIGO “Q” QAP - Estou na escuta QTY – Estou a caminho QRV - Estou à disposição QTH – Local ou endereço QRM – Interferência QRA – Nome do operador QSM - Repita a mensagem QSA – Intensidade dos sinais QSL - Entendido 5 – Ótima QRX - Aguarde 4 – Boa QRU - Novidade 3 – Regular QTR - Hora certa 2 – Má QRT - Parar de transmitir 1 – Péssima QTO - Banheiro QSP – Ponte auxílio QSJ - Dinheiro QTC – Mensagem QSO - Contato pessoal QTA – Cancele última mensagem TKS - Obrigado QTY – Destino
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CÓDIGO ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL A - Alpha N - November 0 - Zéro B - Bravo O - Oscar 1 - Uno C - Charlie P - Papa 2 - Dois D - Delta Q - Quebec 3 - Treis E - Eco R - Romeu 4 - Quatro F - Foxtrot S - Sierra 5 - Cinco G - Golf T - Tango 6 - Meia dúzia H - Hotel U - Uniform 7 - Sete I – Índia V - Victor 8 - Oito J – Juliet W - Whiskey 9 - Nove K - Kilo X - Xingu L - Lima Y - Yankee M - Mike Z - Zulu
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CAPÍTULO IV TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS E VEÍCULOS
Identificar pessoas em atitude suspeita é condição básica e imprescindível
para que haja eficiência e efetividade no sistema de segurança de um condomínio.
Portanto, é necessário que todos os integrantes do condomínio, quer seja
síndicos, moradores e funcionários, considerem que determinadas características
identificadoras são de extrema importância para se prevenir ou mesmo evitar
assaltos, furtos, invasão de domicílio ou, até mesmo, seqüestros. Por este motivo,
deve-se estar sempre atento a qualquer situação de anormalidade que venha a
rondar o condomínio, procurando observar o que acontece a sua volta e, com
tranqüilidade, poder descrever tudo o que foi avistado, a fim de se evitar ataques
inesperados e, se for o caso, facilitar futuras ações repressivas ou investigatórias.
Deve-se buscar sempre o caráter preventivo, precavendo-se contra
situações adversas, mas, caso haja alguma falha no esquema de segurança, os
condôminos e funcionários deverão estar em condições de passar a descrição fiel
do indivíduo causador do delito, a fim de ajudar as autoridades a elucidar qualquer
crime que tenha ocorrido no condomínio.
Considera-se pessoa em atitude suspeita o indivíduo que por sua conduta,
atitude ou vestimenta destoe daquela adotada pelo cidadão comum, levando-se em
conta o local e o tempo onde se encontra.
Técnicas de observação e descrição de pessoas É de suma importância que todos os envolvidos no sistema de segurança do
condomínio apliquem regras básicas de observação e descrição de pessoas,
coisas e fatos que ocorrem ao seu redor. Observar é atentar para alguma coisa ou
pessoa, é olhar com atenção. A visão e a audição são os sentidos mais utilizados
na observação.
Quando se examina minuciosamente um indivíduo com o objetivo de
identificá-lo posteriormente, deve-se partir da observação geral seguindo para
aspectos específicos e sinais particulares.
Características gerais e específicas Para se utilizar das técnicas de observação de pessoas deve-se atentar e
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gravar a seguinte seqüência de detalhes:
• Sexo: masculino ou feminino;
• Etnia: japonês, alemão, português, nigeriano, etc.;
• Cor: branca, negra, amarela, parda, etc.;
• Altura: comparar a pessoa com sua própria estatura para se ter a altura
aproximada;
• Idade: verificar postura, rugas no rosto, mãos, cor dos cabelos e agilidade;
• Porte físico: forte, fraco, gordo, magro, etc.
• Cabeça: redonda, alongada, oval, cheia, quadrada, etc.;
•Cabelos: ralos, cheios, crespos, lisos, longos, curtos, encarapinhados, tipo de
penteado, calvície, etc.;
• Cor dos cabelos: castanhos, ruivos, loiros, pretos, etc.;
• Sobrancelhas: grossas, finas, emendadas, horizontais, etc.;
• Olhos: grandes, pequenos, redondos, amendoados, etc.;
• Cor dos olhos: castanhos, pretos, azuis, verdes, etc.;
• Pálpebras: fundas, retas, escurecidas, etc.;
• Orelhas: grandes, pequenas, de abano, pontiagudas, etc.;
• Nariz: pequeno, grande, fino, arrebitado, pontiagudo, etc.;
• Bochechas: altas, baixas, salientes, cheias, magras, etc.;
• Formato do rosto: largo, fino, comprido, redondo, oval, etc.;
• Lábios: finos, grossos, grandes, pequenos, etc.;
• Bigodes: finos, grossos, ralos, cheios, barba, cor, etc.;
• Dentes: completos, incompletos, separados, saltados, dentadura, etc.;
• Maxilar: formato, comprimento, etc.;
• Queixo: grande, arredondado, pontiagudo, quadrado, etc.;
• Pescoço: fino, musculoso, curto, longo, etc.;
• Ombros: largos, levantados, caídos, etc.;
• Cintura: fina, grossa, com barriga, etc.;
• Mãos: grossura, comprimento, unhas, cicatrizes, manchas, etc.;
• Braços: curtos, longos, musculosos, médios, etc.;
• Pernas: grossas, finas, etc.;
• Pés: tamanho;
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• Voz: sotaque, entonação, timbre, velocidade no falar, etc.;
• Gestos: cacoetes, deficiências físicas, comportamento, maneira de caminhar,
etc.;
• Sinais particulares: cicatrizes, manchas, pintas, verrugas, tatuagens
artísticas ou malfeitas, uma vez que estas, possivelmente, podem ter sido
desenhadas na prisão, etc.;
• Vestimentas: roupa que está usando no momento - calça, camisa, blusa,
jaqueta, saia, vestido, agasalho, sapato, boné, anéis, pulseiras, coloração, tecido,
estado de conservação, etc.;
• Objetos: bolsa, pochete, carteira, pasta, sacola, embrulho, etc.;
• Armas: revólver, pistola, submetralhadora, faca, punhal, etc.
Encontrando-se numa situação embaraçosa ou de assalto, em que não se
possa atentar para detalhes, deve-se voltar a atenção para os seguintes pontos
básicos:
• Aspectos gerais: sexo, compleição física, altura, idade, raça e vestuário;
• Aspectos pormenorizados: cabelo, cor dos olhos, boca, barba, etc.;
• Sinais particulares: cicatrizes, tatuagens, etc.
Técnicas de observação e descrição de veículos Muitos veículos podem estar em condições que causem desconfiança por
parte dos moradores ou funcionários do condomínio, portanto, é importante que as
pessoas saibam como identificá-los, devendo possuir um mínimo conhecimento
sobre veículos automotores a fim de poder descrevê-los corretamente.
Em tal situação, deve-se observar e considerar o seguinte:
• Marca do veículo: Exemplos: Volkswagen, General Motors, Fiat, Ford,
Yamaha, Honda, Mercedes-Benz, etc.;
• Modelo do veículo: Exemplos: Gol, Corsa, Palio, RD 350 cc, etc.;
• Cor do veículo: Exemplos: vermelho, azul, cinza, preto, etc.;
• Placas do veículo: Exemplos: BGE 5812, CGA 5123, BID 5980, CGH 1234,
etc.;
• Município de origem do veículo: Exemplos: São Paulo, Porto Alegre,
Vitória, Manaus, etc.;
39
• Estado de origem do veículo: Exemplos: SP, RS, RJ, ES, AM, etc.;
• Ano aproximado do veículo: Exemplos: 1990, 1991, 1996, 1997, 1998, etc.;
• Marcas e sinais característicos aparentes: Exemplos: pintura riscada, pára-
lama dianteiro esquerdo amassado, vidro traseiro trincado, falta de retrovisor do
lado direito, etc.;
Situações que levantam suspeitas Destacaremos, a seguir, situações em que as pessoas podem estar em
atitude suspeita e que demandam observação minuciosa por parte de todos os
integrantes do condomínio:
• Pessoas paradas estranhamente na rua, lendo jornal ou andando
vagarosamente próximas ao condomínio, observando-o atentamente;
• Indivíduos que permaneçam parados em ponto de ônibus, sem tomar nenhum
deles;
• Pessoas que demonstrem nervosismo sem motivo aparente;
• Mendigos ou vendedores-ambulantes estranhos ao local;
• Aparentes funcionários da Companhia Telefônica, de Água e Esgoto, de
Energia Elétrica, de entrega de Gás, etc., que simulam consertos a serem
executados;
• Indivíduos fazendo aparentes consertos demorados em automóveis próximo à
entrada do condomínio;
• Qualquer pessoa que preste muita atenção ao condomínio, observando
principalmente sua portaria ou garagem;
• Pessoas que estejam de carro, motocicleta ou bicicleta, sempre com os
mesmos ocupantes, que passem lentamente, por várias vezes, em frente do
condomínio como se estivessem observando a rotina da portaria e da garagem;
• Indivíduos que demonstrem muito interesse pelo sistema de segurança do
condomínio;
• Pessoas andando juntas, vagarosamente, sem conversar;
• Rapazes ativos sem destino certo;
• Indivíduos com roupa de inverno (pesadas) em tempo quente;
• Pessoas usando possíveis disfarces, tais como peruca, barba, bigode, óculos
escuros em dia sem sol;
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• Técnicos não solicitados (telefone, eletricistas, gás, eletrodomésticos,
serviços gerais, etc.) que insistam em entrar no condomínio ou que solicitem
consertos nas residências;
• Pessoas muito bem vestidas e extremamente simpáticas que se fazem passar
por compradores de imóveis que, procurando ganhar a confiança dos porteiros,
conseguem entrar nas dependências do condomínio, a fim de consumar seus
delitos;
• Vendedores, pedintes, pregadores religiosos que insistam em entrar no
condomínio ou que solicitem a presença de moradores à portaria;
• Pessoas que, ao conversarem consigo, escondam as mãos em bolsos de
blusas ou de jaquetas, onde possivelmente estejam escondendo armas. Isso
ocorre muito nas portarias dos condomínios;
• Indivíduos que circundam um veículo (quando estacionado) e/ou pareçam
aguardar a chegada do dono para apanhá-lo;
• Estranhos funcionários, com perfis suspeitos, encarregados da leitura de
relógios de luz e água que, por sua localização, tenham que adentrar o
condomínio;
• Motoristas ou motoqueiros que se aproximem, exageradamente, de
moradores quando estiverem adentrando o condomínio;
• Pessoas em grupo ou mesmo isoladas que procurem aproximação física de
moradores nas proximidades do condomínio;
• Indivíduos que possuam tatuagens grosseiras, malfeitas, típicas de
presidiário;
• Veículos estacionados nas imediações do condomínio por muito tempo, com
pessoas em atitudes suspeitas em seu interior, principalmente à noite;
• Veículo estacionado nas proximidades do condomínio por mais de 24 horas,
parecendo haver sido abandonado no local;
• Telefonemas de pessoas estranhas que solicitam informações confidenciais e
pessoais de moradores ou de funcionários do condomínio;
• Desaparecimento de correspondências da caixa do correio do condomínio;
• Pessoas que resistam quando lhes é solicitado algum documento de
identidade na portaria do condomínio;
• Indivíduos muito bem trajados que se fazem passar por pessoas de classe
41
social elevada, intitulando-se doutores ou mesmo autoridades, forçando sua
entrada no condomínio, intimidando os porteiros;
• Pessoas na rua simulando acidentes e que pedem socorro, solicitando,
inclusive, para entrar no condomínio, a fim de ligar para os órgãos de emergência,
o que pode ser uma armadilha ou cilada;
• Entregadores de pizzas, flores, refeições, etc., e mesmo de encomendas não
solicitadas, que desconhecem o nome e o endereço correto do morador.
Preservação de local de crime Quando acontece um fato delituoso (crime) é importante que o local onde
ocorreu seja preservado, para que a autoridade faça uma observação mais
rigorosa e de acordo com os padrões de investigação. Para isto é necessário que o
porteiro ou vigilante ou mesmo o zelador ao tomar conhecimento do fato preserve o
local de crime, descreva o tipo de carro, objeto e/ou a pessoa suspeita de ter
praticado o crime.
Fazer um pequeno relatório do que aconteceu numa folha, começando pala
descrição do que viu. Não colocar neste relatório as opiniões pessoais.
Os fatos anotados de maneira correta irão auxiliar a Polícia na solução do
crime.
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CAPÍTULO V SEGURANÇA FÍSICA DE INSTALAÇÕES CONDOMINIAIS
A segurança física das instalações de um condomínio é um tema
extremamente essencial na proteção de conjuntos residenciais, pois é outro fator
preponderante e imprescindível para que se tenha ausência ou mesmo diminuição
de riscos que possam ameaçar o bem-estar dos condôminos.
Cabe-nos lembrar que é utopia afirmar sobre a existência de locais ou
situações totalmente seguros, pois o ser humano, através de sua criatividade e
perspicácia, sempre arrumará uma maneira de burlar o esquema de segurança
implantado, isto sem falar nas falhas muitas vezes já existentes, na indisciplina
humana que favorece estas deficiências, sem contar os transtornos causados se
fossem adotados excessos nos dispositivos de segurança que, impedissem as
pessoas de ter livre acesso a seus lares ou mesmo cerceassem a liberdade de
visita de seus parentes e amigos.
Vale a recordação de que muitas pessoas atribuem, equivocadamente, o
tema Segurança um problema exclusivo do governo, o que é uma inverdade. Em
vários países, principalmente os chamados de primeiro mundo, a Segurança
Privada está em franca ascensão, sendo esta atividade um meio de ajuda aos
órgãos de Segurança Pública, permitindo que estes direcionem melhor seus
recursos para a proteção da coletividade.
O que gostaríamos de ressaltar é que, apesar de não existir proteção
intransponível pelo Homem, devemos escolher medidas, esquemas, planos e até
sistemas de segurança que venham desestimular atos criminosos e possam
dificultar, ao máximo, qualquer tipo de violência por parte de pessoas mal-
intencionadas. Para tanto, devemos adotar métodos preventivos a fim de que
possamos, dentro do possível, evitar situações adversas que venham afetar a
tranqüilidade do meio em que vivemos.
Quando se fala em racionalizar os meios existentes, deve-se atentar para
que haja um perfeito entrosamento entre o binômio homem-equipamento, sendo
que um complementa o outro e cada um isoladamente não pode subsistir num
sistema adequado de Segurança. Só assim é que teremos a eficiência e a eficácia
na proteção dos condomínios e das residências.
Após esta pequena introdução, vamos abordar assuntos concernentes à
proteção específica de condomínios, para que cada ponto vulnerável seja
43
reforçado, tudo isto com o intuito de fortalecer os locais onde os malfeitores
normalmente escolhem para atacar.
Basicamente são utilizadas duas formas de medidas de segurança para se
proteger um edifício residencial: a medida estática ou de informação e a medida
dinâmica.
Medidas estáticas: são aquelas que informam uma invasão de maneira ilícita
numa área e têm por objetivo minimizar, ou evitar, a ocorrência de ações contra o
condomínio, como furto, roubo, incêndio ou outro tipo de dano. São consideradas
medidas estáticas: barreiras perimetrais (muros e cercas), iluminação, alarmes,
circuito fechado de TV, etc...
Medidas dinâmicas: são aquelas de natureza estritamente racional e estão
ligadas às ações dos porteiros e do zelador, envolvendo também a supervisão
exercida por cada morador, até a seleção e treinamento de pessoal. São chamadas
de medidas dinâmicas: a seleção profissional, a identificação de pessoal na
portaria, o treinamento de pessoal, etc...
Barreiras físicas São obstáculos naturais ou artificiais (estruturais) que servem para impedir
ou dificultar o acesso de pessoas estranhas em locais delimitados ou proibidos, e
controlar os permitidos em um condomínio, além de proteger os seus pontos
estratégicos e vulneráveis. Podem ser divisas, vegetação, muros, cercas,
concertinas, alambrados, ofendículos, cancelas, portarias, portões, portas internas
ou intermediárias, etc. Passaremos a comentar sobre cada uma das barreiras
físicas mais utilizadas em conjuntos residenciais, descrevendo as medidas técnicas
e de proteção que servem tanto para os condomínios verticais como para os
horizontais.
Divisas do condomínio Ao se projetar um condomínio, deve-se atentar para sua Arquitetura arrojada
aliada ao quesito Segurança.
Portanto, suas divisas físicas têm que ser avaliadas para que este projeto
possa atender às exigências técnica e estética, assim como a proteção perimetral
44
do condomínio.
Divisa frontal Normalmente, nas divisas frontais do condomínio se utilizam muros
fechados, gradis, grades com vegetação, misto de muro ou gradil em cima, cercas
vivas, alambrados, entre outros.
Deve-se atentar para que tais obstáculos físicos não sirvam como escada
para posterior escalada de marginais e, também, para que não sirvam como
esconderijo. Ao optar-se por grades de ferro, é necessário observar que estas
devem ser altas, no mínimo 2,50 metros, e com barras transversais distantes entre
si o máximo possível, para que não sirvam como degrau.
As divisas da frente de um condomínio podem também ser fechadas com
muros pois, na grande maioria, existe uma portaria que elimina a necessidade de
se observar o interior dos jardins à chegada dos moradores.
Divisas laterais e dos fundos Essas divisas devem, sempre que possível, ser altas, também no mínimo
com 2,50 metros, sem árvores e cercas vivas, nem com mezaninos de flores
próximos, a fim de dificultar sua escalada.
Vegetação É comum em condomínios que se tenha vegetação tanto na sua parte
externa quanto internamente, mas deve-se atentar para que as árvores grandes e
com galhos longos estejam distantes das divisas periféricas. A vegetação deve ser
baixa e esparsa, a fim de se evitar escaladas ou mesmo para que sirva como
esconderijo de malfeitores.
Muros O muro do condomínio deve ser de alvenaria ou de concreto, com altura
mínima de 2,50 metros, não devendo fugir de seu projeto arquitetônico e estético.
Pode também ser protegido no topo por extensões em “L”, voltadas para dentro. É
muito empregado em edificações verticais.
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Cercas Feitas de arame farpado, com fios intervalados de 10 cm, com altura máxima
de 2,50 metros. Podem ter extensões, em ângulo, semelhantes aos muros para
aumentar a eficiência. Normalmente, são complementadas com vegetação ou
cercas vivas. É usado em condomínios horizontais, principalmente em áreas rurais.
Alambrados São construídos com arame retorcido galvanizado, com elos tipo corrente e
malhas de, no máximo, 5cm x 5 cm, presos em cima e embaixo com arame, tudo
isto revestido em PVC.
Servem como telas, sendo muito eficientes quando utilizados, também,
como extensões nos topos de muro, com suas pontas em “L”, complementadas por
arame farpado em forma de ganso, em "Y" ou dupla, voltadas para dentro do
condomínio.
São muito utilizados tanto em condomínios horizontais quanto verticais, em
áreas urbanas ou rurais.
Ofendículos São extensões físicas que servem como complemento de muros, cercas,
alambrados e que dificultam a transposição de meliantes. São considerados
ofendículos: pontas de lança, pedaços de vidro pontiagudos, pregos ou grampos
encravados nos muros, pedaços de lâmina colocados nos muros, arames farpados,
arames de inox com lâminas em suas bordas e cercas eletrificadas. Estes três
últimos são os mais recomendados como suplemento da segurança dos
condomínios.
Cancelas São porteiras de pequena altura, geralmente de armação metálica, que se
abrem e se fecham ao trânsito nas passagens de nível. Normalmente, são
utilizadas em condomínios horizontais e estacionamentos de condomínios
comerciais, servindo para controlar o acesso de veículos no trânsito local e interno.
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Portarias A portaria deve ser construída de maneira a ficar retirada das divisas do
condomínio, estando a uma altura acima do nível da rua para aumentar o ângulo
de visão do porteiro. É importante salientar a necessidade de que se tenha dois
portões formando, assim, as chamadas eclusas, onde um se abre quando o outro
se fecha. A portaria deve ser protegida com vidro à prova de balas, que deve ser
complementado por uma película que dificulte a visão do seu interior no horário
diurno ou noturno. O porteiro precisa ser preservado e, para isto, é necessário que
a portaria possua um banheiro exclusivo, intercomunicadores, monitores de vídeo,
interfones, espelhos convexos para facilitar a observação de áreas internas ou
externas e rádio. Estes equipamentos complementam a lista de materiais de
segurança na portaria.
Portões Os portões de entrada, tanto de pedestres quanto de veículos, devem ser
fabricados de materiais leves mas resistentes, devendo possuir trancas e
fechaduras em perfeitas condições e de boa qualidade, para se evitar muita
manutenção e defeitos. O número de portões que serve a área externa deve ser
reduzido ao mínimo possível. De preferência, devem ser automáticos para abertura
à distância pelo porteiro ou por controle remoto pelos moradores, sendo
complementados com interfones ou videoporteiros.
Portas internas ou intermediárias São obstáculos físicos que servem para delimitar áreas de acesso
reduzidas, tais como entradas de estação de caixa-d’água, cabinas de força,
centrais elétricas, cabina de entrada de linhas telefônicas, entrada do
abastecimento de água, cabina do gerador, sala dos elevadores, salão de guarda-
lixo, sala de materiais, entradas secundárias do condomínio, entrada da cobertura,
sala da administração, sala de segurança, depósitos, barrilhetes etc. Estas portas
devem ser de materiais resistentes e leves, tais como madeira, ferro ou alumínio,
possuindo trancas ou fechaduras de boa qualidade e cadeados resistentes, quando
for o caso. Devem sempre permanecer fechadas e trancadas.
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Garagens Sem dúvida alguma, falando-se de proteção, a garagem é um dos pontos
mais vulneráveis dos conjuntos residenciais ou de maior indisciplina e até descaso
por parte dos moradores, pois estes não tomam as devidas cautelas ao entrar ou
sair do condomínio ou, então, deixam de seguir as orientações preconizadas em
Assembléias de Condôminos. Por este motivo, é importante construir eclusas, ou
seja, dois portões acionados eletronicamente que confinem o veículo entre si, de
modo que uma delas se abra somente quando a outra estiver fechada, podendo
ser acionadas pela portaria ou pelo próprio condômino, evitando-se, assim, a
entrada do meliante “carona”, isto é, aquele que espera o carro entrar e aproveita a
porta ainda aberta para adentrar o condomínio e praticar, posteriormente, seus atos
criminosos. Aliado a isto, deve-se utilizar um sistema que muito se tem destacado
pela sua praticidade, é aquele em que cada morador tem um controle remoto
acionando o portão automático para entrar e sair da garagem sem a ação da
portaria. Caso não seja possível adotar estes sistemas, deve-se contratar
garagistas para controlarem o acesso de veículos nas garagens. Além disso, toda
garagem deve possuir espelhos convexos que facilitem a visualização de porteiros
ou garagistas.
Iluminação É fundamental que as dependências do condomínio sejam bem iluminadas,
a fim de que através deste dispositivo possa desestimular a ação dos meliantes. As
áreas externas do condomínio também precisam ser racionalmente iluminadas
para que se tenha uma ampla visão da rua, calçadas, frente da portaria e da porta
da garagem. Nas áreas de entrada de pedestres e veículos pode ser instalado um
holofote a ser utilizado pelo porteiro para poder identificar visitantes e veículos que
estejam defronte do portão. Também devem ser instaladas luminárias ao redor dos
muros do condomínio, caso haja trânsito de pessoas, tanto nas laterais quanto nos
fundos da edificação, a fim de melhorar a iluminação pública, isso se a existente
não for adequada. Apesar da possibilidade de o consumo de energia elétrica
aumentar, tem que se evitar pontos de penumbra nas áreas internas, quer sejam
centrais ou perimetrais, principalmente nos jardins, playgrounds ou mesmo
corredores ao redor do condomínio, para que, através da iluminação adequada e
bem focada, possa ser verificada a presença ou não de pessoas estranhas.
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Atualmente, existem sensores de presença ou de fotocélulas que ao
detectarem a aproximação de pessoas ou veículos acendem automaticamente as
luzes por onde estes vão passar. Existem, ainda, lâmpadas que consomem bem
menos energia, chamadas lâmpadas PL que, apesar de ficarem por mais tempo
acesas, trazem uma considerável economia aos seus usuários. Além dos meios
luminosos citados, não se pode prescindir das luzes de emergência, que devem ser
instaladas no interior de edifícios e escadas e, também, adotadas em casa, sendo
este um quesito obrigatório, inclusive, em prevenção e combate a incêndios, o qual
será abordado em capítulo próprio.
Sinalização É fundamentalmente necessário que elucidemos sobre a utilização da
sinalização no interior dos condomínios, porque estes sinais também fazem parte
do sistema de segurança, pois têm a finalidade de advertir e indicar sobre algo ou
mesmo sobre alguma notícia comum convencionada entre os moradores do
conjunto residencial. A sinalização pode ser visual, através de placas ou sinais
luminosos, como também sonora, utilizando-se dispositivos sonoros eletrônicos ou
apitos, entre outros. Pode ser horizontal, através de marcas inscritas no solo ou
pisos, como também vertical através de placas ou faixas expostas ao longo das
instalações condominiais. Aos condôminos e funcionários cabem respeitar e
obedecer a sinalização convencionada, quando estiverem dentro do condomínio.
Segurança física das residências As residências ou apartamentos em condomínios verticais, merecem
especial atenção dos moradores, pois evitando-se falhas em algum dos pontos de
segurança acima descritos, haverá um obstáculo a mais para dificultar o acesso de
malfeitores ao interior dos lares. Portanto, deve-se tomar cautela, especialmente,
com relação aos seguintes pontos:
• Portas - As portas de acesso às áreas externas da residência, tais como da
entrada do hall social, entradas de serviço, sacadas, varandas privativas, etc.,
devem ser fabricadas com materiais resistentes, quer seja os de madeira, alumínio,
ferro ou vidro e equipadas com ferragens e fechaduras de boa qualidade, sendo a
mais indicada a do tipo com lingüeta de quatro voltas, tudo isto complementado por
olhos mágicos de 180o. Existem portas que são fabricadas tendo como miolo uma
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chapa de aço e travas multidirecionais, forradas externamente com madeira, sendo
estas as mais indicadas.
As portas intermediárias são aquelas que dão acesso às áreas internas da
residência, tais como salas, cozinha, copa, quartos, entre outras. Estas têm que ser
da mesma qualidade dos materiais citados anteriormente e devem permanecer
trancadas principalmente à noite e de madrugada, e quando os moradores
estiverem ausentes da residência.
• Janelas - As janelas, assim como as portas de vidro nas áreas de serviço dos
apartamentos, principalmente no primeiro e segundo andares, venezianas, vitrôs
de correr e basculantes devem ser reforçados por grades convencionais ou por
grades pantográficas internas, a fim de que aumentem a segurança e não alterem
a fachada do condomínio e da residência.
• Vitrôs basculantes e de correr “maxin-ar” - Os vitrôs basculantes e de
correr são tipos de janela muito utilizados em cozinhas e áreas de serviço, e seus
vãos costumam ser largos facilitando a ação dos meliantes. Portanto, adquira um
vitrô com ferro ou outro metal resistente que dificulte ser serrado e que possua
divisões estreitas. Coloque uma boa fechadura com um cadeado resistente,
reforçando tudo isto com uma excelente grade externa. Os vitrôs maxin-ar são bastante usados em banheiros e pequenas salas, tendo
a finalidade de melhorar a circulação de ar e o nível de claridade, porém não
oferecem segurança.
Para minimizar este problema, deve-se produzir o quadro de abertura em estilo
grade, fixando-se placas de vidro em vãos menores. Pode-se também
complementar a segurança instalando-se uma grade que pode ser em forma de
colher a fim de proteger o conjunto e permitir a abertura completa para circulação
do ar. Não havendo a possibilidade de se possuir grade, deve-se ter um cadeado
resistente a fim de travar o seu fecho.
• Venezianas - São frágeis e de fácil abertura, porque os pinos do batente com
dobradiças externas podem ser removidos com facilidade. Para tanto, instale uma
grade resistente e pinos de aço profundos e sem fendas que se encaixem nas
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folhas da veneziana dificultando assim sua remoção. Instale também um cadeado
bem resistente.
• Alçapão - é uma portinhola que costuma ser via de acesso de meliantes ao
interior das residências, devido à facilidade que eles encontram em escalar casas
e, estando no telhado, invadem o sótão e tentam alcançar os cômodos internos
pelo vão do alçapão. Portanto, deve-se proteger este meio de acesso com uma
grade trancada com cadeado pelo lado interno ou uma barra de travamento.
• Domus - É um recurso arquitetônico freqüentemente utilizado para passagem
de claridade em banheiros, poços de escada, halls, etc., sendo fabricado,
normalmente, com material plástico ou acrílico. Este local também deve ser
protegido por uma grade interna fixa, pois seu vão é suficiente para passagem de
pessoas de portes médio e pequeno ou até por crianças.
• Áreas envidraçadas - Vários cômodos possuem vãos fechados com vidros
temperados, tido como inquebrável, o que não condiz com a realidade. Por isto, é
importante o recurso da grade interna, que pode ser pantográfica. Caso queira
algo mais sofisticado, deve-se instalar sensores de impacto em cada módulo de
vidro.
• Vãos de ar-condicionado - As residências atuais já são construídas com
vãos para ar-condicionado, mas normalmente têm dimensões que permitem a
introdução de crianças ou mesmo pessoas de pequeno porte no interior da
residência. Portanto, deve-se instalar grades com garras de fixação profundas em
volta do aparelho de ar-condicionado, dificultando assim a entrada de malfeitores.
Todas estas medidas físicas de proteção devem ser complementadas por
sistemas eletrônicos de segurança, tais como alarmes, videoporteiros, circuitos
internos de TV, localizadores de chamada (Bina e outras marcas existentes no
mercado), antigrampos, etc.
Vigilância Patrimonial A segurança e vigilância patrimonial pode ser orgânica ou terceirizada, de
51
acordo com as particularidades de cada condomínio.
Caso seja optado pela segurança orgânica deve-se atentar para que se siga
todas as regras da legislação vigente, quer seja armada ou desarmada,
contratando sempre porteiros, vigias ou vigilantes qualificados e aptos para o
exercício destas funções. Recomendamos que se contrate consultores
especializados para que façam o planejamento, implantação e acompanhamento
do serviço de segurança patrimonial orgânica, tanto para que seja adequada dentro
da legalidade quanto para o correto desempenho administrativo e operacional.
Caso seja escolhido a terceirização do serviço de segurança, deve-se
contratar empresas que possuam alvarás de funcionamento expedidos pelo
Ministério da Justiça, através da Policia Federal, que tenham uma boa estrutura
administrativa e operacional e que já possuam serviços de segurança em
condomínios, com experiência anterior.
Deve-se prever também a utilização de veículos, que podem ser automóveis
ou motocicletas, para a realização da ronda móvel motorizada no interior do
condomínio, isto de acordo com sua extensão geográfica.
Cães de guarda
O cão é um valioso auxiliar na proteção da residência, contudo sua
aceitação na segurança de condomínios ainda não tem alcançado muita aderência
por alguns motivos que vão desde o medo até a desinformação a respeito do
assunto, pois este serviço foi uma alternativa de sucesso em redes bancárias. Para
evitar este receio, o animal deve ser submetido a um adestramento específico,
desenvolvendo seu autocontrole a fim de exercer a função de segurança.
Normalmente, utilizam-se cães de segurança em condomínios horizontais,
pois geralmente há espaço suficiente para a construção de canis e local adequado
para sua atuação, sendo que não aconselhamos sua utilização em prédios. Seu
emprego tem surtido bons resultados devido à inibição que ele causa nos
invasores, sendo sua maior arma o efeito psicológico. Sua principal função seria
acompanhar o vigilante em sua ronda, já que a ação de ataque seria mediante
ordem do condutor. Deve-se conduzir o animal sempre preso ao enforcador ou à
coleira, para que não haja perigo de ficar solto, evitando assim causar algum tipo
de acidente.
Mantenha, sempre que possível, um cão em sua residência, mesmo as
52
raças mais dóceis, pois além de serem bons companheiros, inclusive com as
crianças, costumam dar alarmes quando percebem algo estranho.
No Brasil, existem as mais variadas raças de cães de guarda, onde
podemos destacar os seguintes: Pastor Alemão, Rotweiller, Fila Brasileiro, Pits
Bull, Dobermann, Collie entre outros, sendo que os dois primeiros são os mais
indicados para a segurança de residências e condomínios. Consulte sempre um
bom adestrador para definir o potencial de treinamento e adestramento de cada
cão e, assim, complementar a segurança do condomínio com os préstimos deste
animal considerado de estimação.
53
CAPÍTULO VI SISTEMAS ELETRÔNICOS DE SEGURANÇA EM CONDOMÍNIOS
O sistema de segurança ideal é aquele que agrupa todos os recursos
disponíveis de forma lógica e coerente, ou seja, promove a interação do Homem
com os equipamentos eletrônicos, a fim de que a coligação entre ambos possa
promover um nível de proteção satisfatório, aumentando a eficiência da mão-de-
obra contratada para a segurança dos condomínios.
Atualmente, no mercado, existem os mais variados números e tipos de
equipamentos eletrônicos de segurança à disposição dos usuários, portanto as
pessoas devem obter aqueles que mais se adaptem às necessidades de sua
residência. Antes de adquiri-los, deve ser feito um planejamento com consultores
especializados, a fim de que estes definam os pontos vulneráveis e as medidas a
serem adotadas, através de métodos eficientes, otimizando assim todos os meios
disponíveis, de maneira que se chegue a um sistema de segurança adequado.
Os equipamentos eletrônicos utilizados devem possuir um projeto
tecnológico que permita ótimo funcionamento ao longo do tempo, sua instalação
tem de ser de boa qualidade para se evitar problemas futuros, tem-se que prever o
desgaste natural dos equipamentos e uma manutenção preventiva adequada.
Destacaremos, a seguir, os sistemas e equipamentos eletrônicos de
segurança mais utilizados em residências e condomínios, bem como suas
principais características:
Sistemas de segurança monitorados Sistemas monitorados oferecem serviço 24 horas, servem para reduzir
riscos de intrusão, incêndios e, combinando-se vários circuitos, podem ser
empregados como controle de acesso, CFTV e até como segurança de informação.
É dotado de uma central de monitoramento composta por uma estação de
computadores de alta tecnologia, especialmente desenvolvida para receber os
sinais de alarmes dos sistemas de segurança instalados. Estes sinais são enviados
das seguintes formas:
• Linha telefônica especial, dedicada exclusivamente ao monitoramento;
• Linha telefônica regular;
54
• Ondas de rádio de longo alcance ou por linha telefônica celular.
Ao receber um sinal de emergência, o operador da Central de
Monitoramento terá disponível todos os dados do local onde foi instalado o sistema
e onde ocorreu a emergência, assim como as atitudes predeterminadas pelo cliente
que deverão ser tomadas, tais como acionar o proprietário, a Polícia, os
Bombeiros, Ambulâncias ou, até mesmo, algum vizinho ou parente. A qualidade e
quantidade das informações recebidas podem ser variadas, conforme a tecnologia
dos sistemas e da Central de Monitoramento.
A tranqüilidade que um sistema de segurança instalado proporciona se dá
pelo seu monitoramento, pois há um diferencial entre o sistema que somente toca
ou dispara alarmes daquele que manda mensagens de emergência a alguma
Central de Monitoramento, e esta toma as providências cabíveis para cada caso,
proporcionando uma proteção maior aos seus usuários.
No Brasil, existem Centrais de Monitoramento de diversas qualidades, ou
seja, desde aquelas com dados dos condomínios e residências armazenados em
Kardex, os quais, em casos de emergência, serão consultados manualmente, até
centrais computadorizadas com os mais diversos tipos de recurso. Estas últimas
são as mais recomendadas por serem mais ágeis e com menores chances de erros
na operação.
Sensoriamento ou alarmes São equipamentos eletrônicos, sonoros ou não, que servem para alertar
sobre situações incomuns em residências ou condomínios, tais como violação de
procedimentos e locais, proteção contra roubos, furtos, alagamentos, incêndios,
etc. O ideal é adquirir um sistema de alarmes tecnologicamente perfeito, ou seja,
que possua um projeto que permita ótimo funcionamento ao longo do tempo. É
importante, também, que a instalação do sistema de alarme seja feita por uma
empresa conceituada e idônea que utilize materiais complementares de excelente
qualidade. Devemos insistir que um bom programa de assistência técnica é
fundamental, pois o sistema de alarme deve ser checado trimestralmente. É
indispensável que tenha uma ótima alimentação alternativa de energia para
satisfazer a uma eventual falta de energia direta devido a algum problema ou
porque foi danificada por marginais. Trata-se de um item muito importante para se
55
discutir com o fornecedor quando da aquisição e instalação do sistema de alarme.
O sistema adquirido deve comportar a instalação de controles remotos, em
geral do tamanho de um chaveiro, para que se possa espalhá-los pela casa e,
também, carregá-los no bolso. Ante um risco iminente, o morador, com um simples
acionamento do botão de controle, em qualquer local do condomínio, emitirá um
sinal de emergência para a Central de Segurança.
Um desses controles deve permanecer em cada carro da família. Ao chegar
ao condomínio, desça com ele na mão para abrir o portão da garagem e acione-o
imediatamente caso seja atacado por um marginal ou em caso de suspeita.
O controle remoto somente deve ser utilizado quando a pessoa se sentir
ameaçada, tratando-se de um dispositivo silencioso quando utilizado, ou seja, não
aciona sirenes do sistema, o que poderia causar reações adversas dos marginais
ante o pânico criado.
O controle emite um sinal silencioso, codificado, que é captado pela Central
de Segurança. O código recebido indica que algo de grave realmente pode estar
acontecendo à pessoa, alertando o monitor a tomar maiores cuidados e a ter
atitudes rápidas e específicas previamente delineadas na ficha de monitoramento.
É óbvio que esse sistema deve estar interligado a uma Central de
Segurança 24 horas, monitorada por profissionais adequadamente treinados.
Jamais aceite ligar o sistema de alarme em centrais que se limitam a gravar o
recado em forma de alarmes, pois isto não funciona. Deve-se conectar o sistema
de alarmes a centrais atendidas permanentemente por profissionais ligados à área
de segurança, capazes de tomar decisões mais adequadas. Destacamos, a seguir,
as principais características dos alarmes:
Alarme de intrusão - Sistema de detecção contra intrusões que atuam como
grande dissuasivo às invasões em residências ou condomínios. Este sistema pode
incluir sensores que detectam tentativas de invasões interna e externa, sendo que,
quando um sensor é ativado, um sinal é enviado ao painel de controle que faz soar
uma sirene ou outro tipo de atuação conforme estiver programado.
Um sistema de alarme de intrusão é formado de:
• Painel de Controle - são equipamentos que recebem informações dos
sensores, as processa e transmite o alerta, onde indicadores visuais ou audíveis
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são ativados de imediato, e códigos de sinais podem ser enviados no mesmo
momento para uma Central de Monitoramento, se estiver acoplado a esta, devendo
contar com no-break em situações de emergência ou falta de energia elétrica;
• Teclados - podem ser fixos ou portáteis, com ou sem fio, e ser instalados em
diversos pontos do imóvel, para melhor controle do sistema. É o equipamento onde
se faz a digitação da senha para armar ou desarmar o alarme;
• Controle Remoto - São dispositivos utilizados pelo usuário, geralmente na
forma de chaveiro, que desarmam ou armam o sistema, têm função de botão de
pânico policial e médico, além de poderem acender as luzes do imóvel ou abrirem
os portões da residência.
Sensores São dispositivos que ao serem acionados desencadeiam um processo do
sistema de alarme. Estes podem ser dos seguintes tipos:
• Porta/janela: utilizado em portas e janelas, através de ímãs, cuja abertura ou
fechamento acionará o sistema sinalizando um alarme quando de uma entrada não
autorizada. São também utilizados em gavetas, armários e para detectar a
remoção de objetos fixos e de alto valor. Podem ser com ou sem fio;
• Sensor de Quebra de Vidro: protegem janelas, portas de correr e vitrinas e
são apresentados em três tipos, ou seja, de choque, acústico e uma combinação.
Podem ser com ou sem fio. É sensível a qualquer vibração provocada por impacto
de maior intensidade; é um sensor de grande precisão;
• Botões de pânico: são dispositivos utilizados para acionamento manual em
casos de emergência pessoal, tais como situações de emergências médicas,
assaltos, etc. Podem ser com fio, fixos ou sem fio, sendo este último o mais usado,
pois são portáteis, carregados no cinto, bolso ou pendente no pescoço. Servem
para alertar situações não rotineiras em condomínios monitorados, a fim de que
sejam tomadas as devidas providências. É importante que os vigilantes possuam
57
este dispositivo em suas rondas, bem como os porteiros nas portarias, pois em
situações de emergência poderão acioná-lo;
• Sensores Infravermelho Passivo: trabalha detectando e controlando o
movimento de corpos que emitem calor numa área predeterminada. Podem ser
com ou sem fio e internos ou externos. Servem, também, para acionar sistemas de
iluminação, quando da intrusão de pessoas estranhas em uma área protegida;
• Sensores Infravermelho Ativo: muito utilizados em áreas externas de
residências e condomínios, principalmente nos topos dos muros. Podem ser com
ou sem fio.
CFTV - Circuito Fechado de Televisão - Através de câmeras com ou sem fio,
instaladas em pontos estratégicos da residência ou do condomínio, é possível se
ter uma visualização de todo o ambiente. É um dos equipamentos mais utilizados
atualmente, pois permite que se tenha a visão de locais isolados ou que estejam
fora do alcance do porteiro ou mesmo do corpo de seguranças, e não é muito caro.
O CFTV - Circuito Fechado de TV, é composto de um monitor e uma ou uma série
de câmeras instaladas nos principais pontos da edificação, possuindo imagem
analógica e digital, transmitida por meio de rede metálica, fibra óptica ou
microondas. Sua utilização é muito necessária à segurança das pessoas e do
patrimônio, principalmente no horário noturno. É recomendável a instalação das
câmeras de vídeo com movimentação horizontal, de forma que possibilite a
varredura das áreas desejadas, tais como jardins e locais de lazer. O monitor de
TV e os comandos do sistema, inclusive os de iluminação, podem ser instalados
em algum closet (local sigiloso) na área privativa pois, normalmente, é à noite que
o sistema é mais necessário, o que faz com que os funcionários do condomínio não
se exponham nas janelas ou nos jardins para averiguar se está tudo normal.
O Sistema de CFTV compõe-se, principalmente, dos seguintes
equipamentos e acessórios:
• Câmeras e minicâmeras, podendo ser com resoluções em preto e branco ou
em cores de 2,5 mm a 16 mm com alta resolução;
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• Fonte, transforma voltagem de 110 ou 220 volts para 12 volts,
• Lentes para rosca, com ou sem diafragma de 4mm a 16mm;
• Suportes e caixas de proteção para áreas externas;
• Cabo coaxial, conduz a imagem da câmera ao monitor,
• Motor giratório em 360o, para áreas interna e externa;
• Kit para injeção de sinal em antena coletiva, modulador, filtro e atenuador;
• Comando para Pan (que executa um movimento horizontal da câmera) e
Pantilt (responsável pelo movimento vertical e horizontal da câmera);
• Controle de lente tipo zoom;
• Seletor digital automático/manual para até 16 câmeras;
• Seqüencial, faz a seqüência de imagens das cameras na tela do monitor,
• Quad Spliter ( divide a tela do monitor em ate 4 imagens ao mesmo
tempo)com gerador de caracteres, data hora e congelamento de imagens, para 4
cameras;
• Dual Quad ( divide a tela do monitor em 8 sendo 4 por vez )com gerador de
caracteres, data hora, congelamento de imagens, zoom e alarme para até 08
câmeras;
• Multiplexador, permite a visualizacao simultanea de ate 16 imagens, na tela
do monitor, com a utilização de até16 câmeras,
• Monitores em preto e branco e em cores (até 29 polegadas);
• Time lapse (videocassete profissional) para gravação de 24, 128 e até 960
horas com uma única fita;
• Câmera falsa colocadas em pontos estratégicos, com o objetivo de apenas
inibir qualquer tipo de vandalismo ou intrusão.
Cercas eletrificadas - É um sistema que está sendo bem-aceito em
condomínios, pois inibe possíveis tentativas de intrusão pela ostensividade e pelo
receio das descargas elétricas. Com a instalação de equipamentos para se
estabelecer uma barreira perimetral, pretende-se detectar a intrusão ou evasão de
qualquer indivíduo pela cerca perimetral no menor intervalo de tempo possível. Assim sendo, poder-se-á determinar com precisão qual o ponto dentro do
perímetro da cerca que foi invadido, facilitando bastante o trabalho do corpo de
vigilância para detectar e interceptar os intrusos.
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No sistema de detecção perimetral são utilizados sensores muito complexos
e sua instalação requer cuidados específicos dependendo do dispositivo a ser
utilizado. Portanto, é importante que na fase de projeto sejam estudadas todas as
possibilidades, inclusive prevendo-se a vegetação a ser plantada junto à barreira
para evitar os falsos alarmes.
Os sensores mais utilizados na detecção perimetral são:
• Sensor infravermelho ativo;
• Sensor de microondas;
• Sensor sísmico;
• Cabo microfônico; e
• Cabos de radiofreqüência.
Entretanto, o sistema que apresenta maior aceitação é o baseado na
tecnologia dos raios infravermelhos, cujos fachos de luz se fecham ao redor da
cerca perimetral do espaço ou edificação a ser controlada, criando o conceito de
barreira.
Graças à sua moderna tecnologia, esta barreira torna-se insensível à
radiação solar, aos faróis de veículo ou a qualquer outro tipo de radiação
infravermelha.
Os sensores infravermelhos ativos são dispositivos que emitem e recebem
sinais pulsativos. Na ocorrência de uma eventual interrupção deste feixe invisível,
uma fotocélula deixará de ser excitada e, conseqüentemente, haverá alteração no
estado do relé interno. Em decorrência deste processo, os circuitos de alarme
poderão ser acionados.
O uso da cerca eletrificada de proteção aos muros não se configura como
abuso de direito, nem tampouco incide em ato ilegal, estando seus usuários
obrigados pelas prerrogativas que o diploma legal lhes concede em exercer
livremente seus direitos de proteção a sua propriedade.
Contudo, existem critérios técnicos de instalação que devem,
obrigatoriamente, ser seguidos para que a utilização destes ofendículos não
invadam o campo da ilegalidade, fato que culminaria em conseqüências reversas a
seus usuários.
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No que se refere aos aspectos técnicos, devem ser tomados alguns
cuidados para a instalação da cerca eletrificada no interior da propriedade a ser
protegida, ou seja, mister se faz que não invada o espaço físico e/ou aéreo da
propriedade vizinha. Para tanto, basta que seja instalada sobre o muro do usuário,
de forma perpendicular ao solo e, quando muito, vergada para o lado interno da
propriedade protegida. Devem ser instaladas a uma altura superior a 2,50 metros
por sobre as barreiras físicas limítrofes e demarcatórias da área a ser protegida,
tais como muros, alambrados, etc., devendo ser colocadas placas sinalizadoras
sobre os riscos de tal ofendículo. Este quesito é muito importante para caracterizar
a intenção dolosa do invasor em ingressar no interior de propriedade alheia, fato
que estaria fazendo por decisão pessoal, assumindo, em decorrência desta
circunstância, os ônus conseqüentes de sua ação típica.
Ademais, a instalação destes ofendículos atendendo a estas prerrogativas
técnicas evitará o contato de crianças que, desavisadas, pudessem tocá-los.
Quanto à questão técnica pertinente à relação Voltagem e Amperagem, vale
salientar que as cercas eletrificadas destinadas à proteção de imóveis residenciais,
comerciais, industriais e outros, deverão apresentar, obrigatoriamente, as seguintes
configurações construtivas e operacionais:
• Alta Voltagem - acima de 8.000 Volts;
• Amperagem 0 (zero);
• Corrente Alternada - pulsativa com intervalo mínimo de 1 segundo entre cada
descarga elétrica.
Existem três tipos de energização de muros:
• corrente pulsante;
• corrente alternada;
• corrente contínua.
Controles de acesso - O Sistema de Controle de Acesso tem como objetivo
principal efetuar o controle eletrônico do movimento de pessoas - funcionários e
visitantes - dentro de áreas estratégicas dos condomínios, para tanto abrange as
tecnologias de proximidade, cartão magnético, código de barras, biométricos de
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leitura digital, analisadores de marca, voz, entre outras. A implantação deste sistema torna possível gerenciar o acesso de pessoas
previamente identificadas às áreas sob supervisão, onde sejam necessários
controle seletivo de entrada, controle estatístico de movimentação ou controle de
dados de apontamento de freqüência de funcionários.
Todos os eventos são registrados e armazenados no módulo de controle de
acessos na Central de Segurança.
Trata-se, portanto, de um sistema de sensoriamento que supervisiona as
áreas internas. Atua, normalmente, associado a outros tipos de controle de acesso,
a sistemas de alarme e ao CFTV, enviando um sinal de alarme que tanto pode
chegar à Central através de portador físico, como também através das novas
tecnologias de radiofreqüência, quando da ocorrência de alguma anormalidade que
pode ser: abertura ou forçamento de uma porta, quebra de uma janela ou intrusão
de uma pessoa em uma área.
Existem softwares de controles de acesso que permitem arquivar na
memória de um microcomputador a fotografia dos moradores, freqüentadores e
veículos do condomínio, sendo de uso simples. Este sistema permite o correto
acompanhamento de toda movimentação da portaria, facilitando o trabalho do
porteiro na importante tarefa de identificar e controlar o acesso de todas as
pessoas que entram e saem do condomínio. Especialistas desenvolveram um
sistema que possibilita exercer um controle total das ocorrências nas dependências
de acesso.
Para evitar que os vigilantes durmam durante o serviço no período noturno,
é muito importante instalar um sistema de ronda eletrônica, com pontos espalhados
pelos jardins do condomínio ou em toda a extensão de sua área, na garagem, etc.
Esse sistema precisa estar ligado a uma Central de Segurança para que os
monitores, em poucos minutos, possam checar se todos os pontos foram cobertos.
Caso isto não tenha ocorrido, ligarão para o condomínio para averiguar os motivos
e corrigir as possíveis falhas.
Existem equipamentos eletrônicos chamados popularmente de "acorda
vigia" que são instalados no interior das portarias de condomínios e que, a cada
tempo programado, emitem um sinal sonoro que vai aumentando de intensidade
gradativamente, sendo que o porteiro deverá levantar-se e apertar o botão para
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desativar o alarme, podendo também todos eventos ficarem registrados em um
sistema de monitoramento externo. Esta operação deverá ser repetida de tempo
em tempo durante toda a noite.
É importante deixarmos claro que aquilo que foi explanado neste capítulo
não esgota o assunto, pois a cada dia que passa surgem novos equipamentos com
tecnologia mais moderna e eficiente, surtindo efeitos cautelares mais satisfatórios e
eficazes, aumentando a prevenção contra delitos e diminuindo a violência contra
patrimônios, principalmente os condomínios.
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CAPÍTULO VII MEDIDAS DE EMERGÊNCIA E “DICAS” DE SEGURANÇA EM CONDOMÍNIOS
Existem situações em que se torna necessário adotar determinados
procedimentos em casos emergenciais. Para tanto, moradores e funcionários
devem estar afinados no que diz respeito às normas de segurança preconizadas
pelo Conselho de Condôminos. Portanto, todos estes devem estar preparados para
enfrentar fatores adversos que venham atingir seu condomínio.
É bom frisar que a segurança de um condomínio é de responsabilidade de
todas as pessoas que residam ou nele trabalhem, por conseguinte é imprescindível
que haja a conscientização e colaboração por parte de todos, iniciando-se pelo
consenso e cumprimento de todas as normas de segurança que forem decididas
em assembléias gerais de condôminos.
Passaremos alguns procedimentos usuais a serem seguidos tanto por
moradores quanto pelos funcionários do condomínio, os quais devem ser adotados
como medidas de segurança em casos de emergência, sendo os mais comuns os
seguintes:
Casos de pessoas em atitudes suspeitas que estejam rondando o condomínio:
• Estar atentos a toda e qualquer movimentação estranha nos arredores do
condomínio;
• Desconfiar de pessoas que possam estar em situação considerada suspeita,
conforme casos citados anteriormente;
• Manter portas e portões sempre fechados;
• Nunca abrir portas ou portões a estranhos, pois é melhor pecar por excesso
do que facilitar a entrada de pessoas desconhecidas, que não se sabe com quais
intenções chegam até a porta do condomínio;
• Ao chegar ou sair da garagem de seu condomínio, observe se não há por
perto pessoas em atitudes suspeitas;
• Acionar a Polícia Militar, através de seu telefone de emergência (190),
passando dados e informações completas, a fim de facilitar a ação da Polícia, da
maneira já descrita anteriormente;
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• Avisar o síndico, moradores e demais funcionários da possível suspeita;
• Nunca sair de dentro do condomínio para averiguar situações em que haja
pessoas em atitudes estranhas, pois poderá ser uma armadilha para render
funcionários e/ou moradores.
Casos de tentativa de invasão em condomínio para fins de roubo ou furto
Atualmente, os meliantes não têm poupado esforços a fim de alcançarem
seus objetivos delituosos em condomínios, quer seja escalando a parte externa do
prédio ou saltando muros, quer seja entrando pela portaria principal, através do
emprego da violência, tendo como seu principal aliado o fator surpresa ou, até
mesmo, utilizando-se das mais inusitadas maneiras para enganar condôminos e/ou
funcionários.
Suas sutilezas são utilizadas para que, ao adentrarem o condomínio,
possam realizar invasões de domicílios, furtos, roubos, seqüestros entre outros
crimes, causando medo e pânico nas pessoas.
Portanto, nestes casos, devem ser adotadas as seguintes precauções:
• Manter todas as portas e/ou portões fechados, mesmo que um indivíduo
estranho force sua entrada por estes meios;
• Acionar a Polícia Militar, através de seu telefone de emergência (190),
passando todos os dados e informações corretos, conforme determinação anterior;
• Acionar o alarme sonoro ou o botão de pânico, se for o caso;
• Avisar o síndico, os moradores, bem como os demais funcionários para que
evitem sair das residências ou de seus postos de trabalho, a fim de não se
tornarem vítimas dos assaltantes;
• Não permitir que nenhuma pessoa estranha adentre ao condomínio durante o
desenrolar dos fatos;
• Adote uma vaga de emergência na garagem para situações de perigo, sendo
que, por exemplo, quando um morador for assaltado na rua e o meliante o obriga a
levá-lo até sua residência, aquele deve conduzir seu veículo até sua vaga dotada
de um sensor que avisará o porteiro sobre o perigo, e este tomará as demais
providências;
• Crie uma senha de emergência onde uma frase pode ser definida como
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indicativa de perigo, que seria dita ao porteiro quando o morador for entrar no
condomínio acompanhado de um ladrão, sendo que o funcionário tomaria as
providências cabíveis para o caso;
• Nos poucos condomínios residenciais que possuem heliponto, recomenda-se
que, no acesso à cobertura, seja instalada uma porta estilo corta fogo altamente
resistente e que fiquem fechadas e trancadas através de barras anti pânico
internamente assim como possuam sensores PJ nestas, além de serem instalados
câmeras de CFTV em pontos estratégicos do heliponto, tudo para prevenir-se
invasões por este ponto;
• Nos casos de possíveis invasões radicais, onde os delinquentes colocam
cabos aéreos entre prédios para atravessarem de um lado para outro, os acessos
aos telhados devem ser fechados com portas ou grades internas, além das
medidas citadas no item anterior;
• Caso surpreenda um meliante escalando ou pulando o muro, grite bem alto
ou faça bastante barulho, sem ser avistado, de maneira que possa ser ouvido e
percebido pelo ladrão e por outras pessoas;
• Quando for surpreendido por assaltantes, procure manter a calma e tente
acalmá-los, não reaja, não os encare de maneira afrontosa nem discuta com eles;
• Ao chegar à Polícia, facilite sua ação fornecendo subsídios concretos para
sua atuação.
Casos de princípio de incêndio Os incêndios podem ser acidentais ou provocados, vindo a causar danos
muitas vezes irreparáveis, e prejuízos enormes aos condomínios. Este tema será
tratado no Capítulo VIII. Falta d’água ou defeitos na rede de esgoto O abastecimento de água, bem como o perfeito funcionamento da rede de
esgoto, é de essencial importância para que se tenha um nível satisfatório de
higiene e saúde dentro do condomínio, para tanto deve-se procurar manter tais
itens em condições normais de uso.
Portanto, em situações de emergência, devem ser tomadas as seguintes
medidas:
• Avisar o síndico, moradores e funcionários sobre o ocorrido, informando as
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medidas que serão adotadas;
• Acionar a manutenção ou zelador, conforme o caso, para saber se o
problema é externo ou interno;
• Caso seja problema interno, o pessoal da manutenção ou o zelador deverá
tomar as providências a fim de saná-lo. O fato ocorrido deve ser comunicado ao
síndico;
• Em caso de problema externo, contatar o órgão abastecedor para saber qual
o tempo previsto para a normalização e recuperação, comunicando, de imediato, o
síndico e demais moradores, quando assim for convencionado.
Falta de energia elétrica O abastecimento de energia elétrica é essencial para o condomínio, pois
dele dependem materiais, utensílios, elevadores, aparelhos eletrônicos e o
funcionamento dos equipamentos, enfim tudo o que se liga a uma instalação
elétrica, ocorrendo por sua falta um black-out interno que poderá ocasionar
diversos tipos de acidente. Portanto, nesses casos, deve-se:
• Verificar se o problema é interno ou externo, acionando a manutenção;
• Caso seja problema interno, contatar a manutenção ou o zelador. Conforme o
caso, deverá tomar as devidas providências a fim de saná-lo, sempre comunicando
o síndico do tempo necessário para sua recuperação;
• Caso seja problema externo, consultar o órgão provedor de energia elétrica
sobre a previsão de tempo para a recuperação, comunicando o síndico e demais
moradores, quando assim for determinado;
• Caso o condomínio disponha de gerador próprio, acionar a manutenção ou o
zelador para que o coloque em funcionamento até ser sanado o problema.
Medidas de Segurança para se prevenir racionamento e “apagões” nos condomínios
O racionamento é a medida adotada pelo governo para forçar o país a
poupar energia elétrica, por meio de cortes no fornecimento. Tal medida é adotada
em períodos de escassez, crise econômica ou guerra. Os cortes serão adotados
pois não houve investimento suficiente para acompanhar o crescimento de
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consumo, uma vez que as estatais foram contidas para o governo poder atingir as
metas de déficit público. Além disso, a seca reduziu a disponibilidade de água para
movimentar as principais usinas hidrelétricas do país.
Como não poderia deixar de ser, os condomínios podem ser afetados
diretamente por tais cortes, e para tanto, devem ser convocadas reuniões
extraordinárias, pelos síndicos, para se debater medidas de economia e de
segurança. Daremos, a seguir, algumas dicas corretivas e preventivas a fim de
minimizar os riscos da falta de energia elétrica e aumentar a Proteção dos
moradores bem como de seu patrimônio. Portanto iniciaremos por medidas a
serem tomadas com relação ao racionamento de energia:
• seguir as regras determinadas pelo governo a fim de colaborar com o
racionamento e evitar sobretaxas desnecessárias;
• trocar, nas áreas comuns, as lâmpadas incandescentes por lâmpadas compactas
fluorescentes;
• verificar se na cabina de entrada de força não está havendo “perda” de energia
elétrica, caso haja, sanar o problema imediatamente;
• orientar os funcionários para que durante as limpezas ou manutenções utilizem o
mínimo possível de máquinas de lavar chão ou outros equipamentos que
consumam muita energia;
• diminuir, ao mínimo necessário, a utilização de iluminação externa intercalando
os pontos de luz e não se esquecendo de manter as entradas de pedestres e
garagens com iluminação básica;
• adquirir sensores de presença instalando-os em pontos estratégicos do
condomínio, a fim de se evitar penumbra total quando da passagem de pessoas
pela área interna ou externa;
• passar circulares orientando-os sobre as medidas que serão adotadas no prédio,
bem como informativos para se diminuir o consumo de energia.
Medidas sugeridas para casos de “apagões” ou cortes de energia elétrica:
• verificar o funcionamento da iluminação de emergência, das baterias, dos no
break.;
• os geradores, caso haja, promovendo sua manutenção, se for o caso;
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• verificar a possibilidade de se adquirir geradores próprios a fim de manter
funcionando as áreas comuns principais do condomínio tais como portões,
iluminação externa, interna e de emergência, os elevadores e áreas que possuam
equipamentos que não possam ser desligados;
• instalar baterias junto as centrais de telefonia ( DDR, PABX, KS etc...) e de
interfones, a fim de mantê-los funcionando e não deixar o prédio sem comunicação;
• caso não possua gerador, treinar os funcionários para que, no momento do corte,
fiquem junto aos portões de pedestres e de veículos fazendo o controle de acesso
manual, uma vez que tais entradas deverão permanecer fechadas;
• caso fiquem pessoas presas no elevador, o zelador deverá estar habilitado para
operar a casa de máquinas e efetuar o seu nivelamento, além de ligar para o
Bombeiro ou para o fabricante do elevador;
• adquirir lanternas para deixar na portaria, orientando os condôminos para que
façam o mesmo em suas residências;
•instalar corrimões ou sinalização refletiva nas escadas de emergência a fim de
facilitar a visualização no escuro em casos de descida ou subida por elas;
• orientar os condôminos para que, durante o período dos “apagões”, evitem sair
da residência ou apartamento e mantenham as portas fechadas e trancadas;
• orientar os moradores para que adquiram lâmpadas de emergência, à bateria ou
a pilha, a fim de serem instalados em pontos estratégicos do apartamento ou da
casa;
• muito cuidado com velas e lampiões no interior dos apartamentos, pois podem
causar incêndios.
Falta ou vazamento de gás canalizado Muitos condomínios adotaram o moderno fornecimento de gás canalizado de
rua (nafta), o qual vem com muita pressão podendo ocasionar problemas inerentes
ao fornecimento ou até vazamento, este muito perigoso, acarretando eventuais
incêndios e explosões. Para evitar isto, deve-se:
• Verificar se o problema é interno ou externo, acionando a manutenção;
• Caso o problema seja interno, contatar a manutenção ou o zelador, conforme
o caso, para adotar as providências necessárias;
• Caso seja problema externo, acionar o órgão fornecedor de gás para que
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possa sanar o defeito, consultando-o para saber o tempo previsto para a solução,
comunicando o síndico e demais moradores, quando for o caso;
• Em casos de vazamento de gás na tubulação principal de entrada, desligar o
registro de entrada, ventilar a área, abrindo todas as portas e janelas, comunicando
a portaria e a empresa fornecedora de gás, bem como o acionamento do Corpo de
Bombeiros, se for o caso.
Falta de linha telefônica A comunicação é de suma importância, tanto para o bom andamento das
atividades do condomínio como para sua segurança. Portanto, sua falta causa
vários transtornos aos condôminos. Nesse caso, deve-se:
• Verificar se o problema é interno ou externo, consultando a manutenção;
• Caso seja interno, acionar a manutenção ou o zelador, conforme o caso, a fim
de que possa ser sanado o defeito, tudo isto comunicando o síndico;
• Caso seja externo, acionar o órgão responsável pelas telecomunicações para
que possa ser solucionado o problema, verificando também a previsão de tempo
para sua recuperação, comunicando o síndico e demais moradores, quando for o
caso.
Casos de inundações ou enchentes Em determinadas épocas do ano, principalmente no verão, as cidades estão
sujeitas a fortes chuvas, aumentando consideravelmente os índices pluviométricos,
causando grandes danos e prejuízos aos seus moradores, sendo que os
condomínios também são grandemente afetados por tais precipitações, fazendo
com que as pessoas fiquem ilhadas em sua residência. Não se pode esquecer das
inundações causadas por defeitos nas bombas de escoamento, que ocasionam
grandes transtornos nas garagens, principalmente no subsolo. Nesses casos,
devem ser adotadas as seguintes medidas:
• Acionar, de imediato, o síndico, moradores, zelador e funcionários;
• Estabelecer prioridades na evacuação do material;
• Ligar a bomba de escoamento, se houver;
• Saber qual meio de transporte deve ser utilizado e seus cuidados;
• Caso a água ameace sistemas elétricos, desligar a energia elétrica;
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• Retirar os veículos da garagem, quando localizada no subsolo, o mais rápido
possível, pois este é o lugar mais afetado nesses casos;
• Manter um plano de emergência específico para estas situações;
• Acionar o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Município e do Estado.
Casos de descargas elétricas Durante as chuvas há a possibilidade de incidência de raios sobre o
condomínio. Caso não haja nenhum meio preventivo, este fenômeno poderá
causar acidentes, prejuízos no sistema elétrico e, em alguns casos, até a morte de
pessoas.
Portanto, deve-se adotar as seguintes medidas:
• Saber se os pára-raios cobrem toda a extensão do condomínio;
• Saber se a manutenção dos pára-raios está em ordem;
• Evitar abrigar-se junto a postes e embaixo de árvores;
• Procurar manter a calma, acalmando quem esteja assustado;
• Testar os telefones durante a tempestade;
• Caso a rede elétrica seja atingida, acionar de imediato a manutenção ou a
companhia fornecedora de energia elétrica, conforme o caso;
• Em caso de incêndio agir conforme o plano de prevenção e combate a
incêndios e acionar o Corpo de bombeiros.
Dicas e participações Como já foi dito em outra oportunidade, a segurança do condomínio é dever
de todos os moradores e de seus funcionários e não somente obrigação funcional
do síndico, pois os condôminos, principalmente, devem participar ativa e
diretamente do Sistema de Segurança do Condomínio que residem, isto por razões
óbvias.
Fica a indagação: qual a parcela de participação de cada pessoa e como
cada um pode ajudar para que este comprometimento seja efetivo?
A resposta a esta pergunta será dada em partes, deixando cada uma das
pessoas envolvidas responsáveis por uma parcela das medidas de segurança do
condomínio, isto em sua área de atribuição, conforme destacaremos a seguir.
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Dicas de segurança para os síndicos
• Em reuniões condominiais aborde assuntos relativos à segurança de seu
condomínio;
• Forme um conselho ou comissão específicos para tratar do assunto
segurança;
• Incentive a participação de todos os moradores e funcionários quando for
tratado o tema segurança;
• Solicite os antecedentes criminais e pessoais de todos os funcionários a
serem contratados, bem como todas as informações já citadas em outro capítulo;
• Contrate funcionários que já possuam cursos de formação e treinamento para
poderem trabalhar no condomínio;
• Cadastre e mantenha atualizada a relação de todos os moradores do
condomínio, onde deverá constar desde a placa de seu veículo até o nome de
parentes próximos para contato em caso de emergência;
• Promova e invista na reciclagem dos funcionários através de cursos
especializados;
• Procure acompanhar o andamento das obras realizadas no condomínio;
• Fiscalize a rotina de trabalho de funcionários e zeladores, procurando
acompanhar de perto suas condutas;
• Mantenha suficientemente iluminadas as entradas do condomínio, evitando o
uso de obras-de-arte, de decoração e de jardinagem que obstruam a ampla visão
do local ou criem pontos de penumbra à distância;
• Oriente sempre os funcionários, principalmente os porteiros e garagistas, para
que não saiam de seus postos de trabalho, evitando deslocá-los para prestar
serviços particulares;
• Atente para a segurança periférica do condomínio, tais como muros, grades,
cercas e alambrados;
• Mantenha os equipamentos de segurança e de comunicação sempre em
perfeito estado de funcionamento;
• Mantenha sempre na portaria livros de registro para controle do serviço, de
entrada e saída de pessoas, veículos e materiais;
• Faça a manutenção periódica das portas de entrada e portões de garagem
que devem, em caso de quebra, ser imediatamente consertados;
72
• Instale dispositivos eletrônicos de segurança, se possível, com monitoramento
por empresas especializadas e idôneas;
• Caso for terceirizar os serviços como portaria, limpeza, manutenção e
segurança procure empresas idôneas e legalmente constituídas no mercado;
• Atualize-se no que diz respeito a assuntos relativos à segurança, procurando
o que há de mais moderno no mercado para possível implantação no condomínio;
• Contrate seguradora idônea para que se possa fazer o seguro da edificação
com apólices que, de preferência, garantam cobertura completa de sinistros, pois
este é um dos itens em que o síndico é responsabilizado, civil e criminalmente, em
caso de algum problema onde não se tenha uma cobertura ideal;
• Invista em seu condomínio adotando estratégias de segurança através de
prestação de serviços de consultores especializados em Proteção de Condomínios.
Dicas de segurança aos condôminos
• Participe ativamente das reuniões referentes à segurança, inclusive fazendo
parte das comissões ou conselhos de segurança do seu condomínio;
• Obedeça às normas de segurança preconizadas para o seu condomínio;
• Traga sempre informações sobre assuntos relativos à segurança, pois suas
sugestões são valiosas para o aperfeiçoamento e atualização da proteção de
todos;
• Colabore com o síndico e demais moradores na formação de medidas que
garantam a eficácia de todo o sistema de controle a ser implantado;
• Compreender e elogiar as ações preventivas dos funcionários pois, além de
estarem cumprindo ordens, visam garantir a segurança do condomínio, mesmo
quando estas atitudes representem algum transtorno para si ou para suas visitas;
• Conscientizar seus parentes e empregados sobre a importância da integração
de todos no sistema de segurança adotado pelo condomínio;
• Não se exponha desnecessariamente, somente desça à portaria quando o
assunto lhe for pertinente;
• Avise a portaria para que receba suas encomendas, enviando-lhes o cheque
ou dinheiro para o pagamento, se for o caso;
• Evite comentar sobre sua vida íntima, seus bens, patrimônio e ganhos na
frente de estranhos ou até mesmo de empregados;
73
• Orientar seus empregados para que nunca comentem sobre seus hábitos;
• Jamais contrate empregadas domésticas, babás, motoristas sem exigir a
documentação e as respectivas referências, conforme descrito anteriormente;
• Seguir o processo de seleção conforme citado em capítulo próprio;
• Evite deixar as chaves da sua residência, bem como seus objetos pessoais
na portaria do condomínio, se for o caso deixe-os com um vizinho de confiança;
• Não deixe todas as chaves de sua residência com os empregados, as de
algumas dependências devem ficar isoladas, pois estes podem ser atacados e
forçados a abrir as portas das quais possuem chaves;
• Em casos de perda das chaves, troque imediatamente as fechaduras ou
cilindros;
• Ao mandar fazer cópias das chaves presencie pessoalmente sua reprodução;
• Evite deixar recados na portaria ou bilhetes afixados na porta da residência
quando for passar um final de semana fora;
• Em caso de viagem mais prolongada, providencie uma pessoa de sua inteira
confiança para tomar conta da residência;
• Caso resida nos 1o e 2o andares de um prédio, proteja as áreas de acesso
com grades reforçadas;
• Instale olho mágico de 180o nas portas que dão acesso às partes externas de
sua residência;
• Utilize nas portas trincos e trancas complementares, dando preferência a
fechaduras quádruplas;
• Atente, também, para as janelas, complementando as fechaduras com
trancas especiais;
• Antes de se deitar, à noite, revise o fechamento de portas e janelas;
• Criar um gesto ou até mesmo uma “careta”, comum a todos os condôminos, a
ser adotado quando forem atender à porta através do olho mágico, para avisar os
demais moradores que se encontra naquele momento sob ameaça de assaltantes;
• Instale alarmes com dispositivos sonoros nas principais entradas da
residência;
• Mantenha sempre em perfeito funcionamento os meios de comunicação, tais
como telefones e interfones;
• Se o portão da garagem funciona através de acionamento automático,
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aguarde para que a porta esteja totalmente fechada antes de se dirigir para sua
vaga;
• Ao estacionar seu veículo na garagem ou na rua nunca o deixe aberto nem
com objetos de valor à vista, ligue sempre o alarme do seu veículo;
• Atente para atos e condições inseguras a fim de evitar acidentes dentro do
próprio lar.
Dicas de segurança aos funcionários
• Participar do sistema de segurança do condomínio;
• Obedecer as ordens e normas relativas à segurança;
• Preencher corretamente os relatórios existentes, quer seja de serviço e das
condições de segurança do condomínio;
• Trazer sempre informações e sugestões para a melhoria de seu serviço e das
condições de segurança do condomínio;
• Permanecer sempre em seu posto de trabalho, evitando deslocar-se para
prestar serviços particulares a outros condôminos, mesmo que seja na área do
condomínio;
• Inteirar-se das diferentes artimanhas utilizadas pelos meliantes;
• Nunca abandonar seu posto de trabalho para atender a estranhos no portão
ou através das grades, dando condições para ser imobilizado por arma de fogo;
• Não permitir que pessoas estranhas adentrem o portão para conversar com o
porteiro ou outro funcionário pela janela de sua guarita, mesmo que seja para
completar a identificação ou motivo de visita;
• Sempre consultar o morador sobre a viabilidade de autorização de entrada de
visitantes ao condomínio;
• Nos horários de limpeza e recolhimento de lixo, manter as entradas do
condomínio fechadas;
• Não deixar crianças desacompanhadas ou que estiverem em companhia de
pessoas estranhas saírem do condomínio;
• Levar todos os problemas atinentes ao serviço ao morador responsável pela
área ou ao síndico.
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Dicas para prevenção ao uso de drogas em condomínios O problema das drogas, há muito tempo, vem se tornando um flagelo para
nossa sociedade, pois seu consumo tem aumentado consideravelmente, a
violência social. Pesquisas têm mostrado que cerca de 70% de todo e qualquer
crime tem relação com as drogas, o que reforça o binômio Drogas X Violência,
provando que ambas caminham juntas.
A repressão isolada ao tráfico de entorpecentes não tem surtido efeito, pois
mesmo nos países mais avançados como EUA e Inglaterra, apenas 10% da droga
circulante é apreendida.
Estudos comprovam que a dependência química é uma doença e não um
desvio de caráter, ou seja, a droga é simplesmente um efeito, uma conseqüência
dessa doença, pois o dependente possui razões internas, na maioria das vezes
psicológicas, para buscar as drogas.
O uso e tráfico de drogas, que antes ocorria com freqüência nas ruas e nas
escolas já estão chegando aos condomínios, de uma forma assustadora e
preocupante, apesar de todas precauções e controle que se tem tomado para
evitar esse mal. Tem-se tornado corriqueiro achar-se restos de drogas,
"cachimbos" de se fumar crack e papelotes de cocaína nas áreas comuns e
escadas de emergência de edifícios residenciais, sinal que essas substâncias
psicoativas têm encontrado consumidores e acesso fácil nos conjuntos
residenciais.
Sabe-se hoje que a idade média do primeiro contato com drogas ilegais dá-
se aos 12 anos.
Diante disto surge a necessidade imperiosa da prevenção ao uso de
drogas, em nosso caso específico, nos condomínios, precaução que deve atingir
pais, adolescentes, crianças, funcionários, enfim, todas pessoas ligadas ao prédio,
quer sejam moradores ou empregados. Quando se percebe que se avoluma o
número de furtos no interior dos condomínios, dentre outras causas, pode-se
chegar a conclusão do uso de drogas por parte de moradores ou funcionários.
A educação preventiva vem sendo reconhecida como a grande saída para
diversos males que assolam nossa sociedade, e existem inúmeras atividades a
serem realizadas, todas elas devendo, obrigatoriamente, estimular a informação e
o diálogo na família a respeito desse enorme problema que afeta a todos, sem
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distinção de sexo, raça ou classe social. Para tanto passaremos algumas dicas
básicas de prevenção ao uso de drogas:
• Esclarecer as crianças, desde a infância, sobre o mal que as drogas causam ao
viciado;
• Conversar bastante com os professores das crianças, para saber de seu
aproveitamento escolar. Acostumar-se a verificar a caderneta de presença dos
filhos, para constatar sua assiduidade às aulas;
• Conquistar a confiança dos filhos. É melhor que eles peçam um conselho aos
pais do que a um amigo;
• Más companhias conduzem ao uso de drogas e ao crime. Selecionar as
companhias dos filhos e os ambientes que eles frequentam (clubes, bailinhos etc...)
• Promover paletras educativas no condomínio para pais, adolescentes e crianças.
Atualmente existem profissionais especializados e com grande experiência
no assunto, que proferem palestras no próprio edifício visando a conscientização
de todos e a prevenção ao uso de drogas no interior dos condomínios, uma vez
que, somente a educação preventiva funcionaria como uma vacina contra esse tão
grande mal.
Infrações de trânsito em condomínios Uma infração comum em condomínios, é pessoas dirigindo embriagadas em
seu interior, o que se caracteriza infração de trânsito descrito no Art. 165 do Código
de Trânsito Brasileiro (CTB), uma vez que a área interna do condomínio é
considerada via terrestre para os efeitos do CTB capitulado no parágrafo primeiro
do Art. 2° da Lei N° 9503, de 23 de setembro de 1997, lei que institui o CTB.
É comum também verificar-se menores dirigindo veículos automotores no
interior de condomínios, o que não é permitido, pelos motivos citados anteriormente
além de infringir o Art. 162, inciso I do CTB que diz que “Dirigir veículo sem possuir
CNH ou permissão para dirigir”, tendo como consequência a condução até o DP da
área, se tiver gerado perigo de dano, bem como quem entregou o veículo ao menor
estará infringindo o Art.163 combinado com o Art.162 inc.I e Art. 310 do CTB que
preconiza “Entregar a direção de veículo a pessoa que não possua CNH ou
permissão para dirigir”, tendo como consequência o recolhimento de seu CRLV e
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condução para o DP da área. As três infrações citadas anteriormente são
consideradas gravíssimas para efeitos de pontuação de trânsito.
Medidas em casos de afogamento Tem–se constatado alguns incidentes em piscinas de prédios e o mais grave
deles tem sido casos de afogamento envolvendo crianças, que não sabendo nadar
caem na piscina e acabam se afogando. Para tanto são necessárias algumas
medidas para prevenir tais situações como:
• Cercar a área da piscina com grades e portões mesmo que com altura de 1
metro, fechando seu portão quando não estiver sendo utilizado a instalação;
• As crianças pequenas ou que não saibam nadar deverão utilizar-se da piscina
somente acompanhado dos pais ou de algum adulto responsável;
• Orientar ou mesmo treinar as crianças nos fundamentos básicos da natação.
Em casos de princípio de afogamento deve-se:
• Tirar a água que o afogado engoliu e a que penetrou nos seus pulmões,
colocando a pessoa de barriga para baixo, tentando levantá-la pela barriga, com
pequenos solavancos de modo a forçar a água a sair oela sua boca;
• Colocar o paciente deitado de bruços com o rosto apoiado sobre a mão;
• Colocar-se de joelhos em frente a cabeça do paciente e puxar para trás os
seus braços próximos as axilas;
• Comprimir as costas na base dos pulmões do paciente, levando o corpo para
frente fazendo pressão.
Prevenção contra bombas Os procedimentos a serem adotados em casos de ameaça de bombas
englobam operações denominadas ações antibomba, que são todas as operações
e procedimentos de caráter preventivo ou de reação imediata a um atentado a
bomba até o nível de localização de objetos suspeitos ou caracterização da real
possibilidade da existência de uma bomba em determinado local.
No Brasil, são raras as ocorrências em que realmente foram detectados
artefatos explosivos, menos ainda as situações onde houve sua detonação, pois tal
tipo de hostilidade não é própria de nossa cultura. Porém, o que se constata, na
grande maioria das vezes, são ações isoladas de psicopatas que querem
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desestabilizar e, também, perturbar a ordem e a tranqüilidade da comunidade,
fazendo falsas ameaças, vindo com isso intimidar e deixar em pânico as pessoas.
Portanto, nesses casos, deve-se agir com muita cautela, para que não se exponha
cidadãos inocentes a riscos desnecessários e, tampouco, que os objetivos desses
psicopatas possam ser alcançados. Para isto, tem-se que analisar todas as
probabilidades possíveis antes de se tomar qualquer decisão mais radical, que
possa ocasionar prejuízos ou danos ao grupo social.
A melhor prevenção de ameaças de bomba é um melhor controle sobre a
possibilidade da ocorrência desse evento. Qualquer pessoa por construir uma
bomba. Nos EUA, livros e vídeos sobre fabricação de bombas são vendidos
livremente e, até mesmo, na Internet existe um site específico sobre o assunto. Isto
não é motivo de alarme, pois o grande problema para o terrorista ou criminoso será
a colocação da bomba. Como entrar em determinada instalação portando uma
bomba, colocá-la e sair de lá em segurança, sem risco de ser identificado em uma
futura investigação? Esta é a chave para a prevenção de ameaça de bombas.
Um sistema de segurança eficiente pode oferecer garantias numa ameaça
de bomba de que possa ser falsa e muito improvável de ocorrer no local.
Dentre os principais procedimentos preventivos podemos citar:
• Deve haver rígido controle de acesso e identificação das pessoas;
• Rígido controle do acesso de objetos e correspondências, inclusive com
sistemas de raios X;
• Rigoroso controle do perímetro do condomínio residencial e, principalmente,
do comercial, onde nestes casos a incidência de ocorrência de ameaças de bomba
normalmente é maior, redobrando, assim, a atenção com relação aos veículos
estacionados próximos e nas áreas externas;
• Rotina de verificação diária, no início e término do expediente, do ambiente de
trabalho individual;
• Ter por rotina a verificação de objetos abandonados ou de origem
desconhecida;
• Possuir uma equipe treinada para realizar uma varredura preliminar a fim de
procurar objetos suspeitos - malas, valises, pacotes, caixas, embrulhos, envelopes,
etc., que estejam próximos ou no interior das instalações;
• Ao ser localizado algum objeto suspeito, não se deve mexer, remover ou
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mesmo abrir tais materiais, devendo-se acionar e aguardar a presença de órgãos
especializados para tal fim;
• Caso haja ameaça de bombas, acionar os órgãos competentes a fim de
receber orientações para tomar uma decisão racional sobre a evacuação ou não do
local;
• Manutenção de um Plano de Emergências com bombas e de treinamentos
especiais para síndicos, zeladores, porteiros, funcionários, grupos de segurança,
brigadas de incêndio, telefonistas, recepcionistas e, em especial, às pessoas em
cargo de chefia e direção que teriam a responsabilidade na tomada de decisão em
situações de emergência.
Como identificar uma carta-bomba A melhor prevenção contra cartas-bomba é a inspeção pelos porteiros de
toda correspondência antes de abri-la. Por maior que seja o volume de
correspondência recebida por uma pessoa ou empresa, a identificação é essencial
para a segurança.
O trabalho de inspeção deve ser iniciado com uma triagem da
correspondência, visando justamente diminuir o volume de cartas. Algumas com
volume de poucas folhas, tipo mala-direta e extratos bancários, podem ser
descartadas, o que não deve ocorrer com pacotes ou envelopes que apresentem
um volume grande ou irregular.
Esta inspeção deve ser feita por porteiros ou funcionários treinados para
isso. Com relação às cartas, antes de serem abertas, é necessário observar os
seguintes itens:
• Destinatários - É o primeiro tópico a ser observado pelo porteiro,
condômino, recepcionista ou empresário que estejam recebendo a carta. Por mais
óbvio que possa parecer, o destinatário deve certificar-se de que a
correspondência realmente é sua.
- Nome, título, cargo ou função incorretos ou incompletos do destinatário
podem indicar que o remetente não conhece perfeitamente a pessoa para quem
está enviando a correspondência.
- Excesso de selos, postagem com valor acima do normal pode indicar que a
carta não foi colocada em uma agência dos Correios, mas em uma caixa de coleta,
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para evitar que o remetente seja identificado por testemunhas e que teria certeza
de que o valor seria o suficiente para o peso da correspondência.
• Remetente - Este é o maior sinal de suspeição que existe, sendo também
uma grande fonte de indícios para futuras investigações, em caso positivo,
principalmente se as inscrições estão manuscritas ou datilografadas.
- Remetente inexistente: Não existe nenhum tipo de remetente ou indicação
de quem enviou a correspondência. Esta carta, sem dúvida, deve ser considerada
suspeita.
- Remetente desconhecido: A pessoa que enviou a carta é totalmente
desconhecida, alguém que nunca ouvimos falar ou não temos idéia de quem
poderia ser. Sendo de alguém conhecido, o nome, o título, o cargo ou função estão
incompletos ou errados, indicando que não foi aquela pessoa que enviou a carta.
- Endereço desconhecido: O endereço não é o mesmo onde mora o
remetente ou está incompleto. Pode, ainda, não existir a rua ou o número indicado.
Até mesmo o CEP pode indicar este erro.
- Carimbo dos Correios: O endereço do remetente não coincide com o
carimbo dos Correios, onde há a indicação da agência onde a correspondência foi
postada.
• Volume - Peso excessivo ou irregular. A correspondência não tem o peso
homogêneo de um maço de papel. Existe um desequilíbrio na correspondência
indicando pesos diferentes por sua extensão. Este peso irregular é provocado por
seus componentes diversos, como a bateria, o detonador e a carga explosiva.
- Volume irregular: Da mesma forma, não há uma proporcionalidade no
volume, indicando que em seu interior só haveria papéis. São notados, ao ser
apalpados, diferenças de volume, objetos estranhos rígidos e irregulares.
- Manchas e odores: Os explosivos costumam exsudar óleos, produtos
químicos e odores que podem marcar uma correspondência.
- Metais: Uma carta-bomba deve possuir em seus componentes objetos de
metal, como a bateria, fios condutores, detonadores e acionadores que podem ser
acusados em equipamentos detectores de metal, que são diferentes de uma carta
comum onde o metal é encontrado apenas em clipes ou grampos.
• Correspondência inesperada - Pacotes e presentes fora de épocas
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comemorativas, como Natal, aniversário, etc., podem não indicar que a pessoa
possui um admirador secreto, mas sim um inimigo secreto. Os presentes fora de
época devem ser motivos de desconfiança dentro de um cenário de segurança
necessária, merecendo atenção especial na inspeção antes da abertura, mesmo
por que está em evidência correspondências contendo uma substância química
letal denominada como Antraz ou Antrax.
- Cartas e envelopes não freqüentes ou incomuns: Por maior e mais variada
que seja a correspondência de uma pessoa ou empresa, existe uma
regularidade de correspondência, tais como jornais, revistas, correspondência
bancária, mala-direta, etc., que podem ser quebradas com um tipo de envelope
ou pacote incomum, dentro das características analisadas.
Dentro dos critérios descritos anteriormente, colocamos a seguinte questão:
Quantos dos itens acima são necessários para uma correspondência ser
considerada suspeita de carta-bomba? A resposta é nenhum. A existência de
apenas um dos fatores de suspeição apresentados já pode ser suficiente para
caracterizar uma carta-bomba, assim como a existência de vários fatores podem
ser insuficientes para uma caracterização e a correspondência, então, continuará a
ser considerada normal. Pode ocorrer de uma correspondência não possuir
nenhum desses fatores caracterizadores e seu recebedor, por qualquer motivo, até
mesmo um mau presságio, achá-la suspeita. Mesmo este fator não pode ser
descartado, e uma vez considerada suspeita, a correspondência deve ser tratada
como se fosse uma bomba.
Em casos de suspeita de bombas ou carta-bombas acionar, de imediato, o
'Telefone 190, da Polícia Militar, que se encontra devidamente preparado para
tomar todas as iniciativas cabíveis.
No caso específico de suspeita de correspondências contendo substâncias
“fofas“, em estilo de pó, deve-se não abri-la, ou mesmo se depois de aberto for
detectado um pó branco, não cheirar, não colocar na boca ou mesmo tocá-lo.
Deve-se embrulhá-lo em um saco plástico, fechando-o, e em seguida chamar o
Corpo de Bombeiros através do telefone de emergência 193, visto que tal
substância pode tratar-se de Antraz.
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CAPÍTULO VIII SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM EDIFICAÇÕES Nosso país sofre uma intensa crise em todas as áreas e profissões que é a
falta de informação técnica, que deveria ser desenvolvida desde a nossa primeira
etapa de formação. Quem não se lembra do filme em que o ator Arnold
Schwarzenegger disfarçado de professor em um jardim de infância, sendo um
policial conceituado, simplesmente se perde ao organizar a saída de crianças em
uma simulação de incêndio? Logo depois, passada a vergonha e com muito treino
e seriedade desenvolveu a contento o abandono seguro das crianças em uma
situação de real necessidade. É isso aí, no filme tratava-se de apenas ficção, mas
na vida real podemos aprender com esses erros antes que aconteçam conosco e
não tenhamos tempo para voltar à cena; é real, e a realidade já matou inúmeras
pessoas despreparadas, que não tiveram calma o suficiente ou o treinamento
adequado para enfrentar um princípio de incêndio. O medo, em proporções que
variam de pessoa para pessoa, pode causar o pânico, a última etapa para, em
muitos casos, o salto para o vazio. O saltar pela janela do último andar ao encontro
do nada. Esse foi o fim de muitos em grandes incêndios, tais como Joelma,
Andraus e tantos outros que o Corpo de Bombeiros atende diariamente, chegando
a dezenas de milhares por ano.
Todo esse aspecto de dor e morte pode ser evitado com grande simplicidade
e sem grandes custos, só falta uma pequena organização de tarefas e pessoas
treinadas que respeitem a vida de seu semelhante, pois se fizerem isto com
certeza estarão se respeitando.
A organização dos trabalhos de prevenção de incêndios e sua manutenção
cabem sempre ao responsável pela edificação (proprietário ou seu representante
legal) e ao síndico. Contrariamente ao que se pensa, não cabe somente ao síndico
e seus conselheiros a responsabilidade acerca dos trabalhos de prevenção de
incêndios. O que se vê normalmente quando se trata de desenvolver um trabalho
de prevenção de incêndios é que existe um verdadeiro abandono e desprezo, tudo
pela falta de informação técnica. Cabe ao síndico organizar, mas é de
responsabilidade de cada morador (locatário ou locador) auxiliar no
desenvolvimento. Em todos os países do 1o Mundo, antes de obrigação, é um
orgulho ser membro de uma Brigada de Emergências (Combate a Incêndios e
Controle de Pânico). Existe um sentimento de união e camaradagem, e o interesse
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é da sociedade. Essa sociedade cobra a eficiência de suas Brigadas mas, em
contrapartida, não deixa a responsabilidade e solução de todos os problemas por
conta do Estado. Todos participam e cobram essa participação, que é voluntária.
Existem países, como a Suíça, em que a maioria do contingente de Bombeiros é
formada por voluntários que, em caso de emergência, abandonam suas tarefas
diárias (empresários, operários, carteiros, motoristas) e partem para um ponto de
reunião predeterminado e aguardam as orientações e determinações dos
Bombeiros. Nesse momento, o empresário deixa de ser o dono de um negócio para
exercer sua obrigação de componente da sociedade, pois a hierarquia de seu dia-
a-dia deixa de valer e passa a valer a do estado de necessidade. Tarefas como
enrolar mangueira, cortar com o machado uma árvore, coordenar o trânsito, servir
alimentação, passam a ser mais importantes que movimentar milhões de dólares
na Bolsa de Nova York. Cada um desses “Brigadistas” ajuda a sociedade a
novamente ganhar a tranqüilidade de poder novamente caminhar no sentido do
desenvolvimento.
Muitos poderão estar pensando: o que o caminho da tranqüilidade tem a ver
comigo? Pensemos um pouco somente no incêndio florestal ocorrido em Rondônia.
O Estado de Rondônia, durante o período em que permaneceu com sua atenção
voltada para o combate, com o auxílio de diversas Corporações de Bombeiro de
vários Estados, com certeza teve de desviar recursos que poderiam ser utilizados
em outras atividades. O incêndio destruiu grande parte da mata. O reflorestamento
dessa região com certeza será muito difícil e dependerá de um esforço adicional do
Estado para sua concretização. Esses recursos poderiam ser mais bem utilizados
através da prevenção.
Prevenir custa muito pouco em relação à reconstrução da coisa perdida.
Inúmeros são os casos nos quais se verifica uma perda devido a um incêndio 10
vezes maior que o custo para instalar e manter funcionando sistemas de prevenção
e combate a incêndios e uma Brigada de Emergências bem treinada.
Pense bem, você que é responsável por uma edificação (proprietário ou
síndico), estamos falando, além da “responsabilidade legal”, dos custos advindos
dessa má administração.
Passaremos, agora, a esclarecer de forma básica o que são e a função de
cada equipamento de prevenção e combate a incêndios. O síndico, zelador e
funcionários de manutenção, que normalmente fazem parte da Brigada de
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Emergências, deverão conhecê-los, saber manuseá-los e fiscalizar, de forma
adequada, o seu funcionamento.
A maioria das edificações em São Paulo, pensando-se em edifícios
residenciais e comerciais, devem possuir os seguintes sistemas de prevenção:
• Extintores;
• Rede de hidrantes;
• Bomba de incêndio;
• Sistema de alarme (no edifício residencial substituído pelo interfone);
• Sistema de iluminação de emergência;
• Escadas de segurança, com portas corta-fogo;
• Sinalizações de identificação e orientação;
• Brigada de Emergências;
• Sistema de pára-raios.
O custo médio aproximado de instalação de todos esses sistemas de
prevenção e combate a incêndios, em edifício de 15 andares, é de R$ 80.000,00
(oitenta mil reais) que, divididos entre condôminos (considerando-se 4 condôminos
por andar), resulta pouco mais de R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais). É um valor
razoável, considerando-se uma taxa de condomínio mensal por volta de R$ 150,00
(cento e cinqüenta reais).
Passada essa fase de instalação dos sistemas de prevenção, parece estar
terminado o trabalho do síndico ou proprietário. Parece, pois somente está
começando. Como um carro novo, todos os sistemas instalados, para um perfeito
funcionamento, dependem de manutenção.
A Brigada de Emergências de qualquer tipo de edificação, para conseguir
debelar um princípio de incêndio, deverá conhecer, no mínimo, os conceitos ora
apresentados, pois desse conhecimento dependerá, em muitas situações, a vida
dos moradores e sua própria vida.
Procedimentos adotados de forma equivocada agravarão o dano inicial, e
procedimentos tomados no tempo errado destruirão as possibilidades de solução
do problema, as quais são sempre mínimas.
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Teoria do fogo O fogo é uma reação química provocada pela mistura, em condições ideais,
dos seguintes elementos: combustível, comburente e calor. O combustível é o
elemento que queima. O comburente é o oxigênio existente no ar. O calor é gerado
por uma fonte externa. Exemplo: consideremos uma vela: o combustível é a cera
que envolve o pavio. O comburente é o oxigênio presente no ar atmosférico. O
calor pode ser conseguido através de um palito de fósforo aceso.
Triângulo do fogo Por ser o fogo a reunião de três elementos: combustível, oxigênio e calor,
costuma ser simbolizado por um triângulo, no qual cada lado representa um dos
três elementos citados. O combustível encontra-se em três estados físicos: sólido
(madeira, borracha, papel, tecido, etc.); líquido (álcool, éter, óleo diesel, gasolina,
etc.); e gasoso (gás de cozinha - GLP, acetileno e hélio).
Teoria de extinção do fogo Para um eficiente combate a incêndio é necessário que conheçamos as
técnicas de extinção do fogo, e que delas nos utilizemos corretamente. A primeira
técnica de extinção do fogo é a retirada do combustível, como, por exemplo, o
fechamento de um registro de fornecimento de combustível. A segunda técnica é a
do abafamento que se resume no corte do fornecimento do oxigênio, como, por
exemplo, podemos acender uma vela e ao colocarmos um copo sobre ela, num
primeiro momento, haverá extinção do oxigênio, consumido pela chama e, logo em
seguida, pela falta total do oxigênio, a chama apagar-se-á. E, como terceira e
última técnica de extinção, temos o resfriamento, que se resume no corte de
fornecimento de calor, ou seja, qualquer forma de diminuir a temperatura de
incêndio é uma técnica de resfriamento. A mais usual é a que se utiliza de jatos de
água.
Propagação do calor A transmissão do calor se dá por três formas: irradiação, contato ou
condução e convecção. Na irradiação, a transmissão do calor ocorre por meio de
raios ou ondas, é o calor que sentimos no rosto quando nos aproximamos do fogo.
Num grande incêndio, em um prédio, vários outros ao seu redor resultam
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queimados, em virtude da irradiação do calor. No contato ou condução, o calor
transmite-se de material para material. É o que acontece quando seguramos uma
agulha e aquecemos sua ponta, antes mesmo desta ficar vermelha já ocorre uma
transmissão de calor, tornando-se, assim, impossível segurá-la com os dedos
desprotegidos. Na convexão, a transmissão se dá pela formação de correntes,
ascendentes e descendentes, como, por exemplo, numa churrasqueira em que, na
parte inferior, existe a ação do calor sobre a carne e a fumaça e fuligem gerada
por esta queima sobem através do duto de exaustão.
Classes de incêndio É essencial, numa situação de combate ao fogo, que saibamos a que classe
o incêndio pertence. Isto porque, conhecendo a natureza do material que está se
queimando, podemos, de antemão, determinar qual o melhor método a ser utilizado
para uma rápida e segura extinção. Portanto, é necessário que saibamos antes
diagnosticar as diversas classes para, depois, termos condições de estabelecer
qual tratamento será mais adequado àquela específica situação:
• Incêndio Classe A: são os verificados em materiais sólidos ou fibrosos
comuns, como madeira, algodão, papel e estopa. Os incêndios desta classe
possuem duas características: a de queimar em superfície e em profundidade, bem
como a de deixar resíduos quando queimados. Exemplo: uma porta de madeira de
um apartamento é um tipo de incêndio Classe A, ou seja, queima em superfície e
profundidade, deixando, também, resíduos quando queimada. Esse tipo de
incêndio é extinto pelo método de resfriamento. Para atender às características da
queima em profundidade deve ser utilizado um agente extintor com poder de
penetração e que possa umedecer a região atingida pelo fogo. Deve ser
aproveitado, portanto, o efeito resfriador e umedecedor da água, como o extintor de
água, ou utilizando a mangueira de hidrante ou outro agente que a contenha em
quantidade, como o extintor de espuma mecânica.
• Incêndio Classe B: são os verificados em combustíveis líquidos e gasosos.
Os incêndios Classe B possuem, basicamente, duas características principais:
queimam somente em superfície, nunca em profundidade, ou seja, em um tanque
de combustível cheio de gasolina as chamas estarão na superfície, nunca
87
incendiando todo o tanque, pois o que queima é o vapor emanado por esses
líquidos; a segunda característica é que quando queimados não deixam resíduos.
Para extinguirmos um incêndio Classe B é essencial um efeito de abafamento.
Cuidado, porém, com incêndios em combustíveis gasosos, pois o método de
abafamento, para extinção do incêndio, sempre funciona, todavia, somente se deve
extinguir o fogo se tivermos condição de cortar o fornecimento desse combustível
gasoso. Por exemplo, surgindo fogo numa tubulação de gás que conduza GLP,
podemos apagá-lo cortando o fornecimento do combustível, fechando o registro
existente no botijão, caso contrário, é preferível que o deixemos queimar, sempre
sob controle, para evitar que, apagando o fogo, e não cortando o fornecimento de
gás, seu vazamento venha a resultar em explosão.
• Incêndio Classe C: são os que ocorrem em equipamentos elétricos ligados.
Os incêndios dessa classe oferecem risco de vida ao operador do equipamento de
extinção, devido a presença da eletricidade. No combate ao incêndio Classe C é
imprescindível a utilização de um agente extintor “não condutor de eletricidade”,
como é o caso do pó químico seco e do gás carbônico. Para combate a incêndios
Classe C nunca use água ou outro agente que a contenha em sua composição,
como a espuma mecânica. O primeiro passo a ser dado, no caso dessa classe de
incêndios, é desligar o quadro de força pois, assim, o incêndio Classe C, tornar-se-
á um incêndio Classe A ou B, não oferecendo risco ao operador do equipamento
de extinção quanto à descarga elétrica.
Agentes extintores São substâncias que, usadas em determinadas condições, têm o poder de
extinguir o fogo. Os principais agentes extintores comumente usados são: água;
gás carbônico (CO2) e pó químico seco.
• Água: é o mais usado, principalmente, pelo seu alto poder extintor e baixo
custo; sendo usado com êxito na maioria dos incêndios, excetuando-se incêndios
em circuitos energizados. A água age pelo resfriamento, fazendo com que o
material combustível diminua sua temperatura a um ponto onde não haja a
formação de gases e vapores.
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• Gás Carbônico: usado na extinção de incêndios em líquidos inflamáveis e
em equipamentos elétricos energizados. Não conduz energia elétrica. Por ser um
gás, pode penetrar e espalhar-se em todas as partes da área incendiada. A sua
ação é de abafamento, pois reduz a concentração de oxigênio do ar, impedindo a
combustão. Por não deixar resíduos, pode ser usado em aparelhos delicados, tais
como computadores, central de telefonia. Tem como ação secundária o
resfriamento, evitando, assim, a reignição do combustível
• Pó químico seco: são pós extintores, que têm por base o bicarbonato, os
quais são recomendados para extinguir incêndios Classes B e C. Ao ser aplicado
diretamente na área de incêndio faz com que a chama se apague completamente,
produzindo uma camada que isola o oxigênio da queima do combustível. Tem
como ação secundária a produção de CO2 e vapor de água, conseqüentes da
queima do bicarbonato. É recomendado para a extinção de incêndios em líquidos
inflamáveis e alguns tipos de equipamento elétrico. Não deve ser usado em locais
onde estão situados relés e contatos elétricos, pois as propriedades isolantes do
agente extintor poderiam tornar o equipamento inoperante.
Conscientização para o bom uso dos extintores Os extintores de incêndio servem, ao contrário do que o nome sugere, para
princípios de incêndio. Pequenos focos de incêndio podem muito bem ser
controlados por esses equipamentos que, em muitos edifícios, as pessoas insistem
em esconder por trás de armários ou debaixo deles. O que mais se ouve dizer é
que: “- Eu tenho todos os extintores necessários para a edificação!” E
questionados onde estão posicionados, vem a célebre resposta: “-Estão
guardados no depósito, pois as crianças estavam usando para desentupir pias ou a
moradora do apartamento tal estava usando para desentupir sua bacia sanitária.
Ora, não é o cúmulo do absurdo tal constatação? Pois isso não ocorre somente em
edifícios residenciais mas, também, em edifícios comerciais. Raciocinemos um
pouco, se a população não está consciente de suas responsabilidades de
manutenção daquilo que ela mesma pagou e está usando mal, a culpa é do síndico
ou do proprietário, e não resolve nada cobrar tão-somente a recarga desse
equipamento, pois o mal está na formação educacional dessas pessoas, e a
89
simples colocação de um equipamento recarregado no lugar não o corrigirá. Qual o
procedimento correto, então, a tomar? Pois, em um determinado momento, todos
confiarão que o equipamento está carregado, e ao usá-lo percebe-se o contrário. O
combate ao incêndio foi prejudicado e o Brigadista, a partir daí, corre grande risco
no combate ao princípio do incêndio. Como corrigir tamanha irresponsabilidade?
Fiscalização e orientação de extintores Somente pode ser corrigida a irresponsabilidade, acima citada, através da
fiscalização e manutenção diária de todos os Brigadistas ante a constatação de
qualquer irregularidade no lacre violado, selo arrancado, pressão abaixo do normal
ou diminuição do seu peso. Em caso de encontrar qualquer uma dessas
irregularidades, deverá ser retirado o extintor e substituí-lo por outro de reserva.
Sim, reserva, pois a edificação deve possuir pelo menos dois extintores de cada
tipo como reserva para essa eventualidade. Identificado o responsável pelo uso
indevido, primeiramente deve-se orientá-lo e notificá-lo por escrito, com cópias em
todos os elevadores. Persistindo o erro, a multa deverá ser aplicada, desde que
exista essa possibilidade no Regulamento Interno do Condomínio.
Outro fato que muito nos entristece é que existem ainda fabricantes de
extintores que insistem em vender e recarregá-los de forma inadequada,
descumprindo o que estabelece as Normas Brasileiras. O que deve ser feito a
respeito é solicitar e verificar primeiramente, antes de comprar ou requisitar recarga
dos equipamentos extintores, os documentos de credenciamento e capacitação
dessa empresa. Atualmente, existem quatro órgãos de credenciamento e
capacitação, cujos nomes poderão ser levantados através do Inmetro - Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Confirme as
informações apresentadas antes de comprar ou recarregar os equipamentos, pois
muitas empresas de recarga e manutenção, por exemplo, ao invés de avaliar seu
equipamento e realizar todos os testes exigidos pelas Normas apenas trocam os
selos, pintam o equipamento e o devolvem, sem sequer abri-lo. Persistindo a
dúvida da empresa contratada, proceda da seguinte forma: crie uma marca e uma
numeração em todos os extintores e acompanhe na empresa todos os passos de
manutenção de seu equipamento.
90
Sistema de hidrantes O sistema de hidrantes é composto por diversos equipamentos abaixo
citados, que tem por função principal, na falta de condições de combate a um
incêndio, através dos equipamentos extintores, entrar em operação, despejando
um volume d’água no incêndio muitas vezes maior, extinguindo o incêndio, na
maioria dos casos, por resfriamento. Para um perfeito entendimento do uso desse
equipamento deverão ser realizados diversos treinamentos, principalmente um em
pista própria, onde são simuladas situações de incêndio próximas do real.
O sistema de hidrantes é alimentado por um reservátorio (caixa-d’água) que
pode ser posicionado na parte superior da edificação, ao nível do solo ou de forma
subterrânea. Esse reservatório é o responsável em garantir um tempo de combate
ao incêndio mínimo de trinta minutos. Em alguns casos, a pressão para lançar os
jatos de água, a distâncias seguras de combate ao incêndio, não são suficientes;
nesse momento, lança-se mão de bombas de incêndio, que são instaladas nessas
redes hidráulicas, aumentando a pressão. O sistema elétrico que alimenta essas
bombas de incêndio deverão ser independentes das do prédio; ou seja, no
momento em que houver o desligamento de energia da edificação, a bomba de
incêndio permanecerá funcionando.
Quando da chegada do Corpo de Bombeiros, um dos procedimentos para o
combate é a utilização do registro de recalque, que nada mais é do que um
prolongamento da rede de hidrantes até a calçada em frente do prédio. Para
identificação em seu prédio, normalmente existe um tampão pintado em vermelho e
no seu interior, em posição abaixo do nível da calçada, deverá existir um registro
com uma conexão para o Corpo de Bombeiros. Mantenha essa tampa sempre
desobstruída e o seu interior sempre limpo.
Composição básica do sistema:
• Tubulação que conduz a água, normalmente em ferro ou aço galvanizado;
• Abrigo para as mangueiras que serve, como o próprio nome diz, para melhor
acondicionar as mangueiras para combate a incêndios;
• Mangueiras de incêndio com diâmetros entre 38 mm e 63 mm;
• Chave de mangueira, que serve tanto para diminuir os esforços para engatá-
la no registro de demanda de água, quanto para engatá-la no esguicho;
• Bomba de incêndio;
91
• Reservatório de incêndio; e
• Registro de recalque.
Sistema de iluminação de emergência O Sistema de iluminação de emergência serve para dar o mínimo de
claridade necessária aos habitantes de uma edificação para, quando da falta de
energia ou em caso de um princípio de incêndio, poderem se orientar nas rotas de
fuga até o seu lado externo.
A iluminação de emergência deve ser posicionada em locais que facilitem a
orientação e visualização de obstáculos e mudanças de direção. Como exemplo, o
interior de uma escada de segurança deve possuir esse tipo de iluminação para,
primeiramente, como forma de aclaramento, orientar a visualização dos diversos
degraus e, na forma de balizamento, mostrar as diversas mudanças de direção até
o pavimento térreo. O pavimento térreo é também chamado piso de “descarga”,
pois toda população que abandona um edifício é direcionada para ele.
Os tipos de Sistema de Iluminação de Emergência são basicamente três:
Sistema Centralizado, Blocos Autônomos e Gerador Automatizado. No Sistema
Centralizado os pontos de Iluminação de Emergência são interligados por um
circuito elétrico alimentado por baterias. Todo esse sistema é comandado por uma
Central, que é a responsável por coordenar o momento de acionamento das
luminárias, alimentadas por uma ou um grupo de baterias. Portanto, estamos
dizendo que o sistema funciona através de alimentação de corrente contínua. O
mesmo tipo de corrente que alimenta todos os circuitos elétricos de um veículo.
A máxima carga que um sistema desse tipo pode utilizar de um conjunto de
baterias é 24 Volts, que pode ser conseguido através de duas baterias de 12 Volts
ligadas em série; porém nunca ultrapassando 30 Volts de carga total.
No sistema com Blocos Autônomos, como o próprio nome diz, cada
luminária possui uma fonte individualizada de alimentação elétrica, ou seja, uma
bateria e, na falta de energia, um circuito de comando também interno coordena o
seu funcionamento. Uma das diferenças básicas é que uma luminária desse tipo
pode ser retirada e reinstalada em qualquer outra parte da edificação, necessitando
somente uma fonte de energia de 127 V ou 220 V para manter a realimentação de
sua bateria interna. Diferente do Sistema de Iluminação de Emergência do tipo
Centralizado que, uma vez instalado, qualquer necessidade complementar
92
depende de alterações na própria Central e, possivelmente, da capacidade das
baterias de alimentação.
No Sistema de iluminação de emergência por Gerador Automatizado, a fonte
de alimentação do sistema, que era a bateria automotiva ou estacionária, passa a
ser um equipamento denominado gerador, que nada mais é do que um motor do
tipo automotivo (motor de veículo) que, em determinadas circunstâncias (e uma
delas é a falta de energia), serve de fonte alimentadora do Sistema de iluminação
de emergência.
Escada de segurança A escada de segurança é um componente estrutural de um edifício que
serve como caminho projetado de fuga vertical da população, sendo que esta deve
possuir em seu acesso uma porta corta-fogo responsável em garantir que o calor
não irá atingir o interior da escada, dando segurança à população usuária no caso
de abandono da edificação. No interior da escada de emergência deve existir
corrimão instalado nas paredes, numa altura média de 8 centímetros, que servirá
como orientação para as pessoas deficientes visuais e como apoio nos
deslocamentos tanto ascendentes como descendentes. Esse corrimão deve estar
posicionado em todo o percurso no interior da escada. As portas corta-fogo,
posicionadas no acesso dessa escada, deverão estar permanentemente fechadas,
sendo que o mais comum nas edificações é o descaso para com essa importante
proteção pois, como explicado anteriormente, a escada pode, sem a proteção
dessas portas corta-fogo, transformar-se em uma verdadeira chaminé, sendo que
os ocupantes que estão acima e abaixo de um local incendiado, com a porta corta-
fogo aberta, correrão, certamente, grande risco de morrer intoxicados ou
asfixiados, pois a fumaça, ao invés do que se apregoa, mata antes do fogo
propriamente dito. Um exemplo simples para ilustrarmos: uma pessoa, dentro do
seu quarto, com as janelas fechadas, com um incêndio iniciando-se em seu sofá,
antes de ocorrer o aparecimento de uma chama aberta (fogo), poderá morrer pela
ação da fumaça tóxica oriunda desse princípio de incêndio, não sofrendo, essa
pessoa, qualquer tipo de queimadura até então.
Portanto o “hábito negativo” de permanecer com vasos de flor, pedaços de
madeira por debaixo das portas corta-fogo, com o objetivo de interromper seu
fechamento, com certeza acarretará, em um incêndio, muitas mortes.
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Sistema de alarme É um Sistema que serve para, em caso de um princípio de incêndio, avisar
toda a população usuária da edificação, através de alarme sonoro, da necessidade
de iniciar os procedimentos de abandono da edificação, que já deverão ter sido
treinados anteriormente. É indicado, também, para disparar todos os
procedimentos de orientação da população para o abandono e/ou combate ao
incêndio pela Brigada de Emergência. Em cada andar existe, no mínimo, uma
botoeira do tipo “quebre o vidro” que, por intermédio de uma Central de Alarme,
localizada, normalmente, no pavimento térreo junto à Recepção ou à Portaria,
acionará os dispositivos sonoros em todos os andares concomitantemente.
O sistema de alarme serve para avisar qualquer tipo de emergência, desde
um princípio de incêndio até um mal-súbito. Na Central de Alarme existem algumas
luzes que identificam qual o andar que foi acionado, servindo como orientação para
os Brigadistas que irão realizar o combate.
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (pára-raios) Raio é um fenômeno atmosférico de danos catastróficos, resultante do
acúmulo de cargas elétricas em uma nuvem e a conseqüente descarga sobre o
solo terrestre ou qualquer estrutura que ofereça condições favoráveis a isto. A
ação destruidora dos raios deve-se às suas elevadas corrente e tensão, causando
aquecimento (podendo ter ação explosiva ou incendiária) e efeitos dinâmicos.
Estes efeitos danosos podem ser determinados pela queda direta do raio sobre a
estrutura ou por indução, ou seja, queda nas proximidades.
O objetivo principal da proteção contra os raios é o estabelecimento de
meios para a descarga se dirigir, pelo menor percurso possível, à Terra, sem
passar junto às paredes das edificações. O sistema de pára-raios deverá ser
instalado sempre no ponto mais alto de uma edificação, ficando acima inclusive do
sinalizador para aeronaves. Antenas parabólicas, antenas coletivas, mastros de
bandeira, por mais importantes que sejam, nunca poderão suplantar a necessidade
de manter a segurança.
Lembre-se: "É preferível não ter pára-raios algum do que ter um pára-raios
mal instalado".
94
Um sistema de pára-raios basicamente é dividido em três partes:
• Elemento de captação: responsável em receber a descarga pelo chamado
“efeito das pontas”, por isso é que se vê nas extremidades do pára-raios pontas
afiadas que geram um campo energético de atração;
• Descidas: responsáveis em conduzir a corrente da descarga elétrica do raio,
mantendo afastada qualquer possibilidade de desviá-la para os circuitos elétricos
ou partes metálicas da edificação;
• Aterramento: são os responsáveis em, através de um adequado tratamento
do solo, garantir que a descida seja o caminho mais adequado para a descarga
elétrica e que essa, ao chegar ao solo, se disperse totalmente.
Contratação de serviços de instalação de Equipamentos de Prevenção e
Combate a Incêndios (cuidados básicos e exigências)
Alguns cuidados deverão ser observados quanto à manutenção dos
Equipamentos de Proteção e Combate a Incêndios. Todo e qualquer sistema de
proteção e combate a incêndios a ser instalado ou a ser retificado deverá ser
executado por empresa capacitada e com experiência nessa área de instalações
prediais. Todos os serviços deverão possuir contrato, que basicamente deverá
conter:
• Tipo de serviço a ser realizado;
• Prazo para o término dos serviços;
• Prazos de garantia para as instalações novas e aquelas a serem corrigidas;
• Valor total da obra e as condições de pagamento (por mês, por execução ou
medição, etc.);
• Descrever até onde vai a responsabilidade da empresa e quais são as de
quem a está contratando;
• A empresa deverá, ao término dos trabalhos, apresentar todos os laudos de
instalação, bem como o Engenheiro responsável pelas instalações deverá
apresentar uma ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, junto ao CREA -
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, descrevendo no
campo histórico todas as suas responsabilidades de instalação;
OBS. : "Esses documentos citados no item anterior são a garantia de uma
perfeita execução ou, em caso de qualquer erro, a fácil identificação do profissional
95
responsável".
• Solicitar sempre que o contrato seja elaborado em papel timbrado da empresa
e com o nome do proprietário por extenso e, ao final dos trabalhos, exigir a
apresentação da Nota Fiscal, que deverá possuir a mesma razão social constante
no contrato.
Documentos a serem mantidos de posse do síndico
• Projeto do Corpo de Bombeiros devidamente aprovado e data da última
vistoria nunca igual ou superior a dois anos;
• Laudo de instalação dos sistemas de proteção e combate a incêndios
(extintores, sistemas de hidrante, iluminação de emergência, alarme e portas corta-
fogo);
• Laudo de instalação e medição do sistema de pára-raios;
• Laudo de instalação com o devido teste de estanqueidade na rede de gás
(GLP ou gás natural da Comgás);
• Laudo das instalações elétricas;
• Laudo de teste das caldeiras;
• Todos esses laudos deverão ser acompanhados pela ART, citada
anteriormente.
Alguns cuidados com manutenção
• Todos os equipamentos instalados deverão estar sempre em boas condições
de uso;
• Sempre deverão estar sinalizados;
• Desobstruídos;
• Limpos;
• Posicionados de acordo com o dimensionamento do projeto elaborado por
técnico capacitado;
• Nunca troque um extintor para uma Classe de incêndio por outro de outra
Classe sem autorização do técnico capacitado;
• Realize inspeções diárias em todos os equipamentos;
• Pelo menos uma vez a cada 6 meses realize a descarga de três agentes
extintores, um de cada Classe, e detectando alguma irregularidade notifique o
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síndico ou o responsável pela edificação, acionando a empresa fornecedora do
equipamento para que seja sanado o problema;
• Nunca deixe instalado um equipamento vazio;
• Mantenha em seu poder uma cópia do projeto de instalação dos
equipamentos de proteção para seu controle e fiscalização;
• Verifique sempre se o lacre de segurança não está rompido;
• Verifique a pressão dos manômetros;
• Mesmo em equipamentos com lacres e manômetros em ordem deve-se
verificar seu peso e as condições dos gatilhos e mangueiras;
• Numere sempre seus equipamentos;
• Teste a bomba de incêndio acionando-a junto ao seu comando elétrico, caso
não funcione chame imediatamente um técnico especializado em sistemas de
incêndio;
• Teste as botoeiras de acionamento da bomba de incêndio situadas junto aos
hidrantes, simulando um princípio de incêndio, ou seja, desenrole a mangueira,
faça a conexão de uma extremidade no registro e da outra no esguicho. Em
seguida, acione a bomba de incêndio, preocupando-se, antes, em avaliar onde
essa água irá ser lançada. Uma avaliação prática será, caso o reservatório de
incêndio seja na parte superior, posicionar o esguicho para cima e estimar a altura
máxima alcançada pelo jato de água. No hidrante mais próximo da bomba de
incêndio (quando o reservatório é elevado) o jato na vertical deverá,
aproximadamente, ultrapassar, se você estiver em uma janela, duas janelas acima;
• Nunca obstrua o fechamento das portas corta-fogo;
• Todas as portas corta-fogo deverão estar sinalizadas com o número do andar
a que servem, posicionada tal sinalização em sua face no lado interno da escada
de segurança;
• O sistema de iluminação de emergência deverá ser testado a cada 3 dias,
sendo que o tempo de funcionamento, em cada vez, deverá ser de 1 hora;
• As baterias de alimentação dos Sistemas de alarme de incêndio ou
iluminação de emergência deverão ser posicionadas em local limpo e ventilado,
sendo de preferência uma ventilação cruzada. As baterias, dentro do possível,
deverão ser do tipo estacionárias próprias para esses sistemas de emergência e,
na sua falta, pelo menos bateria selada do tipo gelatinosa. As baterias de chumbo
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ácida, essas que são utilizadas nos veículos e que possuem de quatro a seis
botões para a colocação de água destilada, necessitam de muitos cuidados, dentre
eles, a verificação constante do nível de água destilada. Em épocas de calor a
evaporação é muito grande e a bateria pode secar, causando colamento das
placas, gerando um superaquecimento, podendo até mesmo explodir;
• O Sistema de alarme deve ser testado, no mínimo, 1 vez por semana, sendo
que pelo menos duas botoeiras devem ser desmontadas e avaliadas. A Central de
Alarme é o cérebro do sistema e em seu painel existem leds, que são luzes que
quando acesas determinam o local em que foi acionada a botoeira, identificando o
andar ou setor do prédio em emergência. Por que emergência e não incêndio?
Porque a botoeira de alarme não só serve para avisar um princípio de incêndio,
como, também, pode ser utilizada por qualquer pessoa que se sinta por algum
motivo em emergência. Uma queda, um mal-estar, qualquer alteração no
comportamento normal de uma pessoa pode ser avisado, imediatamente, através
do Sistema de alarme;
• No Sistema de pára-raios avaliar a fixação dos pontos de ancoragem das
descidas, bem como observar se não existe alguma instalação nova na cobertura
da edificação que ultrapasse o ponto de captação das descargas atmosféricas.
Anualmente, solicitar de em- presa especializada a medição do aterramento, que
deverá estar entre 0 ohms e 10 ohms (assim como o litro é uma medida de volume,
o ohms é uma medida para o aterramento).
Princípios de primeiros socorros Primeiros socorros é o tratamento imediato e provisório dado em casos de
acidente a uma pessoa ferida.
Saber o que fazer numa hora de perigo permite, às vezes, salvar uma vida,
ou quando muito evita o agravamento de uma lesão, sempre reduz o sofrimento da
vítima, pondo-a em melhores condições para receber o tratamento médico
definitivo.
Existem muitos tipos de acidentes e cada um tem o seu tratamento
específico, mas algumas medidas são aplicáveis a um grande número deles.
Nosso intuito é de citar alguns casos básicos de primeiros socorros uma vez que
não temos a intenção de nos aprofundarmos em tais assuntos mas sim de lembrar
a necessidade em saber o que fazer, principalmente, nas seguintes situações mais
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comuns:
• Quedas ou entorses, podendo causar lesões na coluna, pés, membros
inferiores ou superiores, tórax ou abdômen;
• Traumatismos ou contusões: ferimentos por objetos perfurantes,
contundentes ou cortantes;
• Traumatismo craniano, do abdômen, dos ossos e das articulações;
• Hemorragias;
• Choque traumático;
• Queimaduras: 1°, 2° e 3° graus;
• Asfixias;
• Descargas elétricas;
• Envenenamento e
• Desmaios.
O importante é saber que ao se deparar com qualquer uma das situações
acima descritas, em não havendo nenhuma pessoa habilitada, basicamente, se
deve:
• Agir com rapidez porém com calma, procurando socorrer a vítima;
• Observar a posição do corpo, se não há nada de anormal;
• Examinar cuidadosamente o paciente, iniciando-se pela cabeça e ir descendo
até os pés, devendo-se apalpar levemente seu corpo;
• Evitar mexer em seu corpo de forma brusca ou tirá-lo da posição original,
dependendo do caso;
• Acionar, de imediato, o Resgate através do telefone 193 do Corpo de
Bombeiros descrevendo detalhadamente todos os sintomas do paciente;
• Acompanhar a evolução do paciente, aguardando a chegada de socorro
especializado.
Procedimentos para acionar o Corpo de Bombeiros
• Os porteiros, seguranças, faxineiros, zelador, pessoal da administração do
Edifício, moradores e/ou usuários deverão participar de curso de Brigada de
Emergência;
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• Na portaria do edifício deverá ser mantido um quadro orientativo com todas as
informações necessárias para repassar ao Corpo de Bombeiros em caso de
Princípio de Incêndio ou outro tipo de Emergência, tais como:
- Página do guia em que a edificação se encontra situada;
- Localização dos postos de Bombeiros mais próximos;
- Pontos de referência para orientação do melhor caminho a ser seguido;
- Lista dos telefones de emergência, tais como: Corpo de Bombeiros, Polícia
Militar, Delegacias de Polícia, Cetesb, Eletropaulo, Comgás, Sabesp. etc.;
- Croqui dos pavimentos tipo (pavimentos que são iguais entre si) térreo e
subsolos existentes na edificação;
• Chamar o elevador para o pavimento térreo e deixá-lo nesse piso;
• Ter à mão todas as informações básicas a serem passadas ao órgão
solicitado (Ex.: Corpo de Bombeiros); ou seja:
- Telefone do Corpo de Bombeiros;
- Identificar-se ao ser perguntado;
- Relatar, de forma simplificada, o que está ocorrendo (se é fogo, acidente
pessoal, vazamento de gás, pessoa retida em elevador, etc.);
- Endereço correto;
- Pavimento em que está ocorrendo o fato;
- Nunca a pessoa responsável pela transmissão dos dados deverá ser a
mesma a realizar o combate ao incêndio ou salvamento;
- Próximo da Portaria deverá existir um ponto de encontro de todos os
habitantes da edificação para que se possa realizar a verificação da falta de algum
morador ou usuário;
- Em casos de primeiros socorros a pessoa solicitante deverá aguardar a
chegada do Resgate a fim de detalhar o ocorrido e informar as providências já
adotadas no local;
- Deverá haver uma listagem da população fixa desse edifício para facilitar a
verificação de alguém que permaneceu em algum andar; nessa listagem é
importante que se conste se a pessoa é idosa, deficiente físico parcialmente
dependente (aquele que, com a ajuda de outro, poderá movimentar-se), deficiente
físico totalmente dependente (aquele que vive no leito permanentemente e sua
movimentação está limitada à movimentação também do seu leito). A Brigada de
100
Emergências deverá primeiramente concentrar todos os esforços para sua retirada
ou garantir sua segurança na residência.
Lembre-se: "A primeira fase dos trabalhos de uma Brigada de Emergências
é a da retirada da população; concomitantemente ou como segunda etapa vem o
controle do incêndio ou sua extinção".
Quando da chegada do Corpo de Bombeiros informe tudo o que souber até
aquele momento e aguarde possíveis determinações em local seguro. Nesse
momento, quem passa a ser o responsável pelas vidas envolvidas e pelo combate
ao incêndio é o Corpo de Bombeiros. Auxilie-o no que puder mas não interfira, a
não ser que seja solicitado; sua tarefa já foi cumprida!
101
CAPÍTULO IX SEGURANÇA EM ELEVADORES
Graves acidentes têm ocorrido com pessoas, principalmente crianças, nos
elevadores de edificações. Isto acontece muito com aquelas que entram no
elevador, logo após a abertura da porta, sem ter o cuidado de verificar se este se
encontra no respectivo andar.
Para uma prevenção mais cuidadosa, síndicos e administradores devem
zelar pela manutenção e segurança dos elevadores do condomínio, contratando
empresas idôneas para inspeção, lubrificação, testes, regulagens, revisões
periódicas e substituições de peças. A assistência técnica de elevadores é
regulamentada por lei, e estes devem estar regularmente registrados no órgão
competente das Prefeituras, caso existam.
Sempre que o elevador apresentar algum defeito como, por exemplo,
desnivelamento, deve-se desligá-lo e chamar, de imediato, a empresa encarregada
da manutenção, não permitindo jamais a interferência de pessoas curiosas.
Para a conservação dos elevadores deve-se observar os seguintes
cuidados:
a) A infiltração de água nas instalações é prejudicial ao funcionamento do
elevador. Procurar, sempre, manter secos, permanentemente: casa de
máquinas, poço e cabina. Evitar lavagem de piso ou paredes em halls e corredores
próximos aos elevadores;
b) O acesso à casa de máquinas e ao poço só deve ser permitido a pessoas
habilitadas, de preferência da própria empresa conservadora;
c) Evitar o desgaste das partes corrediças das portas;
d) As soleiras devem estar sempre limpas;
e) Manter o alçapão da casa de máquinas sempre fechado;
f) Se possível, instalar botoeiras antivandalismo;
g) Evitar que se atire lixo no poço do elevador;
h) Não permitir que haja varredura de poeira para o poço do elevador;
i) Quando for necessário trocar peças dos elevadores verificar sempre se
estas de reposição estão dentro das especificações técnicas do fabricante;
j) Deve-se prestar muita atenção para evitar que o transporte de cargas ou de
pessoas não ultrapasse a capacidade máxima prescrita pelo fabricante, pois o
excesso desgasta seus componentes vitais, tais como cabos, polias, freios e
102
mancais;
k) É obrigatório afixar no interior da cabina o número máximo de pessoas e o
peso máximo permitido;
l) A casa de máquinas, os corredores e as escadas de acesso devem ter boa
iluminação para facilitar o atendimento rápido em caso de emergência;
m) Não permitir guarda de objetos na casa de máquinas;
n) A chave da casa de máquinas deve estar localizada sempre em local
acessível a fim de que, em caso de emergência, possa ser usada rapidamente,
sendo que essa só poderá ser entregue se a pessoa for identificada como
funcionário da empresa responsável pela manutenção dos elevadores, procurando
informá-la devidamente sobre os defeitos apresentados;
o) Antes de abrir a porta do pavimento, o usuário deve certificar-se da
presença, no andar da cabina, do elevador;
p) Em caso de pessoas presas nos elevadores, o que é muito comum nos
condomínios, deve-se procurar tranqüilizá-las e chamar, imediatamente, a empresa
que faz a manutenção, porém, se algum funcionário souber abrir a porta, deverá
analisar muito bem a situação da cabina, se o desnível for muito acentuado, não
permitir a saída de ninguém, pois qualquer deslize poderá acarretar um grave
acidente;
q) Caso o elevador pare entre os andares, as pessoas retidas devem ser
avisadas para manter a calma. Esta situação não oferece risco iminente. Deverá
acionar o botão de alarme a fim de atrair a atenção e/ou usar o interfone para pedir
ajuda;
r) Jamais tente nivelar a cabina através do acionamento manual do freio;
s) Em caso de eventual incêndio, não utilizar os elevadores. O abandono do
edifício deve ser feito pelas escadas ou outras rotas de fuga. Neste caso, chamar,
de imediato, o Corpo de Bombeiros e acionar o dispositivo de operação de
emergência, se houver. Caso contrário, procurar estacionar os elevadores no andar
térreo e desligá-los para que não funcionem;
t) Solicitar que se chame imediatamente a conservadora, cujo telefone está
afixado no elevador, ou o Corpo de Bombeiros;
u) Aguardar, calma e passivamente, o resgate seguro;
v) As crianças devem ser orientadas a usar o elevador com segurança,
evitando brincadeiras, pulos ou movimentos bruscos;
103
x) Os usuários, principalmente as crianças, devem posicionar-se no elevador
afastados da porta da cabina.
Obs.: Em hipótese alguma se deve forçar portas ou tentar sair por conta
própria. Somente pessoas habilitadas da empresa encarregada da manutenção ou
o Corpo de Bombeiros podem efetuar o resgate seguro. Cada elevador possui duas
chaves de força, uma na casa de máquinas e outra no quadro de entrada de força
do edifício. Em qualquer hipótese de resgate, uma das duas chaves de força
precisa estar desligada.
Tipos de acidente mais comum O tipo de acidente de maior incidência com passageiros de elevador é a
queda do usuário no poço devido à ausência da cabina do elevador ao se abrir a
porta do andar para acessá-lo. Por distração ou mesmo por ilusão de óptica, as
pessoas não percebem a ausência da cabina. Tal situação é tão grave que na
cidade de São Paulo há uma Lei específica que determina que em todos andares,
junto às portas dos elevadores dos prédios, tenha-se uma placa chamando a
atenção dos usuários para antes de entrarem no elevador verificar se o mesmo se
encontra parado no andar.
Este tipo de acidente ocorre primordialmente com portas de abertura
manual, destravadas por pessoas não habilitadas, raramente isto acontece com as
portas automáticas dos modernos elevadores já à disposição no mercado.
Outro tipo de acidente com grande ocorrência é a queda no poço, porém
devido ao resgate incorreto do usuário preso em virtude de falta de energia elétrica
ou defeito. Ao se tentar resgatar o usuário com a cabina desnivelada para cima,
este acaba caindo no vão abaixo da cabina. As crianças e os idosos são as vítimas
mais freqüentes, seguidas de adolescentes e senhoras.
Um outro problema que também tem ocorrido é devido a brincadeiras de
criança dentro do elevador, tais como pular, balançar ou mesmo forçar a abertura
de portas quando em movimento. Isto provoca a parada da cabina desnivelada,
ocasionando o descrito acima.
Algumas crianças chegam a destravar a porta do andar pelo lado de dentro
do fecho após a parada da cabina desnivelada, expondo-se a risco de vida por
queda no vão abaixo.
104
Nos elevadores de carga até mesmo os acompanhantes devem tomar todos
os cuidados possíveis para não ultrapassar o peso máximo permitido para a
estrutura e tamanho do elevador. Deve fechar bem as portas antes de movimentar
a cabina. Jamais colocar carga maior que a cabina, com portas para fora.
Geralmente, os acidentes com pessoas em elevadores de carga são devido
à manutenção precária dos contatos da porta. Muitos usuários pensam que o
cargueiro não necessita de toda a segurança das portas funcionando e fazem
ligações diretas dos contatos ao invés de consertá-los. Sempre que houver
necessidade de transportar cargas pesadas, como cofres, etc., convocar a
empresa conservadora para orientar a operação.
Causas de acidente Todos os elevadores providos de portas de abertura manual ou automática
possuem uma trava que impede a abertura da porta caso a cabina não esteja
nivelada no andar. Existe uma chave de emergência que pode abrir a porta do
andar, mesmo se a cabina não estiver nivelada neste andar. O uso desta chave
está limitado às pessoas habilitadas.
Algumas vezes ocorre que pessoas não habilitadas possuem esta chave e a
utilizam, violando as recomendações do fabricante, para abrir as portas de vários
andares no afã de resgatar algum usuário preso ou mesmo para localizar onde está
a cabina, em caso de pane ou falta de energia elétrica. É nesse momento que
existe o perigo. A porta manual, ao ser aberta pela chave de emergência sem que
a cabina esteja nivelada, necessita ser fechada de tal maneira que a trava se arme
novamente fazendo um clique. Se esta não se rearmar, a porta ficará fechada,
porém não travada. Uma criança ou pessoa distraída poderá cair no poço ao abri-
la. Geralmente, as pessoas não habilitadas, ao usar a chave, apenas soltam a
porta e não verificam o travamento.
Como observar o funcionamento seguro do elevador a) A porta do pavimento só pode abrir quando a cabina do elevador estiver
parada no respectivo andar;
b) O elevador somente pode trafegar com as portas totalmente fechadas;
c) Todos os visores de portas devem ter grades de malha fina ou vidros não
estilhaçáveis;
105
d) Não deve haver no interior da cabina do elevador elementos estranhos a
este que possam causar danos aos usuários em caso de parada brusca, tais como
espelhos estilhaçáveis, elementos decorativos, salientes ou pontiagudos, etc.;
e) O elevador não deve parar entre os andares;
f) Não deve haver desnivelamento entre a cabina e o pavimento;
g) O elevador deve atender a todas as chamadas da cabina e dos pavimentos;
h) Recomenda-se que toda cabina tenha iluminação de emergência, que é
obrigatória nos elevadores aprovados desde junho de 1985;
i) A cabina não pode “jogar” muito no percurso nem fazer ruído excessivo;
j) O alarme da cabina precisa estar em condições de uso.
Obs.: Todos os elevadores devem ter afixado na cabina as seguintes
informações:
a) Chapa da prefeitura Municipal com o número do aparelho. Esta chapa
geralmente é afixada no alto da cabina, sobre a porta:
b) Capacidade máxima do aparelho, como número máximo de pessoas e peso
máximo permitido;
c) Nome da empresa responsável pela manutenção, com endereço e telefone
visíveis.
Procedimentos que devem ser evitados no uso do elevador Puxar a porta do pavimento sem a presença da cabina no andar;
a) Apressar o fechamento das portas puxando-as ou empurrando-as;
b) Apertar várias vezes o botão de chamada;
c) Chamar vários elevadores ao mesmo tempo;
d) Fumar dentro do elevador;
e) Brincadeiras, pulos e movimentos bruscos;
f) Colocar a mão nas grades de proteção dos visores das portas;
g) Abrir a porta do pavimento com os pés;
h) Segurar a porta aberta mais do que o tempo necessário para embarque ou
desembarque;
i) Bloquear o fechamento das portas com objetos;
j) Apertar o botão de emergência desnecessariamente.
106
São necessárias manutenção e conservação periódicas Segurança e funcionalidade são as principais características de um elevador
em bom estado de conservação, considerando que, diariamente, estas máquinas
são responsáveis pelo transporte de milhares de usuários que se deslocam de um
andar para outro em diversos condomínios. Quando se lida com a segurança da
integridade física do ser humano tudo deve ser feito com a máxima seriedade.
Portanto, é fundamental proceder a manutenção periódica dos equipamentos que
compõem o elevador para assegurar seu perfeito funcionamento e prolongar sua
vida útil.
Requisitos mínimos para contratar uma empresa conservadora de elevadores
a) Exigir da empresa conservadora seu Certificado de Registro junto à
Prefeitura Municipal do seu Estado ou Município;
b) A empresa conservadora deve possuir veículo, telefone, oficina e peças de
reposição em estoque;
c) Oferecer serviço de pronto atendimento 24 horas;
d) Ter sede no município, de preferência próxima do condomínio contratante.
Obs.: Solicitar referência da empresa conservadora, verificando os serviços
prestados em outros edifícios. A concessão do registro por parte da Prefeitura
Municipal a uma empresa conservadora implica reconhecimento da qualidade dos
serviços prestados. A responsabilidade pela contratação de empresa para a
execução de serviços para a conservação de elevadores é do síndico ou do
proprietário do equipamento.
Ressaltamos que se todas as medidas de prevenção forem tomadas,
aliadas à qualificação das empresas conservadoras, os acidentes em elevadores
passarão a não mais existir, despreocupando, assim, todos os usuários desse
equipamento de transporte nas edificações.
Concluindo podemos afirmar que cabe aos síndicos, administradoras e
condôminos a observância do uso correto, manutenção e conservação dos
elevadores, proporcionando sempre maior segurança e tranqüilidade ao
condomínio.
107
CAPÍTULO X NOÇÕES DE HIGIENE E SAÚDE
A Higiene estuda todos os meios que condicionam e mantêm a saúde. O
que se entende por saúde? Não é fácil emitir um conceito exato de saúde. A OMS -
Organização Mundial de Saúde, apresenta a seguinte definição: “É um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou
enfermidade”.
A Higiene é uma das divisões da Saúde que se ocupa dos hábitos pessoais
de higienização que contribuem, de forma positiva, para a preservação da saúde. A
seguir, enunciaremos algumas normas de asseio corporal necessárias:
a) As mãos devem ser lavadas antes das refeições e, sobretudo, no final da
jornada de trabalho (para evitar a penetração através da pele de agentes nocivos,
químicos ou biológicos). Isto também serve para os funcionários do condomínio
responsáveis pela limpeza das diversas áreas dos edifícios;
b) Todos devem tomar banhos de chuveiro diariamente, principalmente depois
de qualquer trabalho;
c) Com relação à cabeça, o couro cabeludo deve ser muito bem lavado com
sabonete ou um bom xampu;
d) Escovar os dentes pelo menos 3 vezes ao dia, principalmente após as
refeições;
e) Os pés devem ser mantidos limpos e enxutos, a fim de evitar micoses
superficiais;
f) Não fumar nos locais de refeição pois, além da falta de educação, há a
possibilidade de absorção de tóxicos ambientais;
g) Usar apenas água potável como bebida. O café, sucos e o chá são bebidas
salutares. Procurar não ingerir bebidas alcoólicas;
h) Alimentar-se em intervalos certos e regulares, procurando utilizar alimentos
que forneçam as calorias necessárias;
i) Não levar as mãos aos olhos para limpá-los; o asseio pode ser feito com
água limpa, fria ou morna.
Voltando a atenção, agora, à higiene de caráter social vamos abordar a
preocupação com a higiene em todos os locais do condomínio, a qual deve ter a
mesma importância da segurança, principalmente na utilização das áreas comuns
aos moradores e funcionários em geral.
108
Mencionamos, a seguir, algumas dicas:
a) Submeta todos os funcionários do condomínio, sem exceção, além do
exame médico admissional e por ocasião da demissão, a exames periódicos;
b) Exija que o condômino comunique, por escrito, a existência de morador
portador de moléstia contagiosa grave. Caso seja possível, coloque esta exigência
no Regulamento, não para discriminar o paciente, mas sim para não expor os
demais moradores ao risco de contágio;
c) Contrate uma empresa especializada e idônea para efetuar o esvaziamento
e a limpeza semestral das caixas-d'água;
d) Providencie a dedetização das áreas comuns, devendo os condôminos fazer
a mesma coisa na residência, a fim de prevenir a proliferação de insetos e destruir
focos e ninhos de baratas, cupins, pernilongos, aranhas, etc.;
e) Não deixe acumular pneus, latas ou latões vazios, vasilhames ou similares, a
fim de que não se encham de água parada, podendo se tornar focos proliferadores
do mosquito da dengue;
f) Fique atento a terrenos baldios nas vizinhanças do condomínio, pois podem
ser usados como depósito de entulhos e lixos, acarretando, assim, a proliferação
de ratos, baratas, escorpiões, que são transmissores de doença;
g) Exija cuidados especiais com produtos de limpeza tóxicos ou abrasivos, bem
como ácidos e demais substâncias que possam causar irritação à pele. Forneça
luvas e botas adequadas e vestimentas apropriadas para os funcionários da
limpeza que estejam manuseando estes produtos, a fim de evitar danos a sua
integridade física;
h) Exija do síndico, do zelador ou da empresa de manutenção de piscinas a
exata qualidade da água, com a aplicação sistemática de produtos químicos
adequados. Atualmente, já existem no mercado equipamentos automatizados que
dispensam produtos químicos para a limpeza de piscinas;
i) Mantenha sempre disponível no condomínio, na portaria, estojos de primeiros
socorros para casos de emergência, bem como macas para transporte de feridos;
j) As escadas do condomínio e todos os andares onde param os elevadores
devem ser submetidos a limpeza diária, com a utilização de produtos específicos
de higienização à disposição no mercado;
k) Cumprir o que preconiza a Norma Regulamentadora sobre a Segurança e
Saúde dos funcionários do condomínio.
109
O desenvolvimento de produtos domissanitários (para higiene no lar) vem
crescendo muito em nosso país. Com características bastante diversificadas
primam, principalmente, pela qualidade, oferecendo uma verdadeira assepsia dos
ambientes interno e externo dos condomínios.
Para melhor aparência e conservação, as edificações devem ser pintadas,
interna e externamente, a cada 12 meses. Externamente, é aconselhado utilizar
tinta de boa qualidade, acrílica ou látex, para suportar todas as intempéries. Já
existem excelentes marcas no mercado de tintas de conceituados fabricantes e que
satisfazem perfeitamente às necessidades de qualidade. Embora a pintura interna
costume apresentar maior durabilidade, pois não está sujeita às intempéries, é
aconselhável conservá-la e substituí-la quando necessário.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ( PPRA )
Este programa visa adequar os condomínios conforme determina a Norma
Regulamentadora n° 9/78, sobre Segurança e Medicina do Trabalho, que
estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA, por parte
de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados.
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
Este programa tem como objetivo adequar o condomínio conforme
determina a Norma Regulamentadora n° 7/77, sobre Segurança e Medicina do
Trabalho, que estabelece a obrigatoriedade da exames médicos admissionais,
periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissionais, por parte
de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos
seus funcionários.
Reciclagem de lixo Um outro fator muito importante que colabora decisivamente para a
complementação da higiene nos condomínios é a coleta do lixo. Por uma questão
110
de educação, todos os moradores devem fazer uma reciclagem acurada do lixo a
ser colocado nas lixeiras do edifício, procurando, de forma seletiva, colocar
garrafas, latas e outros artefatos de vidro ou madeira separadamente de alimentos
e outros detritos. Tudo isto deve ser embalado em sacos plásticos resistentes e
intactos para não permitirem fuga de lixo. O condomínio deverá manter um local
apropriado, em suas instalações, para a coleta de lixo, como também uma lixeira
na parte externa da edificação para facilitar o seu recolhimento por parte dos
coletores de lixo.
Como não existe uma política séria de reciclagem, uma vez que as
empresas terceirizadas pela Prefeitura costumam misturar todo o lixo, uma das
soluções é procurar empresas que comprem lixo para reciclar e deixar, apenas,
para a coleta de lixo os detritos impossibilitados de comercialização.
Algumas dicas de como implantar a coleta seletiva de lixo em condomínios:
a) Verificar as dependências para armazenamento, com segurança, do material
coletado até a comercialização;
b) Definir a forma de separação e coleta de lixo;
c) Escolher com cuidado a empresa para a compra da sucata recolhida e qual
o meio de transporte do material do condomínio até os intermediários;
d) Consultar, sempre, o cadastro de sucateiros fornecido aos condomínios pela
Divisão de Educação e Divulgação da Limpurb, São Paulo, ou qualquer outro órgão
municipal ou estadual ligado à sua cidade ou estado;
e) Informar-se sobre o preço, o tipo de material que recolhem e a maneira que
este deve ser entregue. Sucata limpa e separada alcança melhores preços no
mercado;
f) O condomínio é que deve decidir sobre o tipo de material que poderá produzir
e armazenar;
g) Os condomínios com grande volume de lixo devem procurar vender o
material coletado para sucateiros bem-estruturados, com condições de realizar o
transporte de maneira organizada, evitando o acúmulo de lixo dentro do
condomínio;
h) O edifício deve nomear um responsável para a intermediação entre o
condomínio, o sucateiro e a transportadora;
i) A seleção do material, inicialmente, pode ser feita pelos próprios moradores
111
com a utilização de sacos plásticos para o armazenamento de resíduos orgânicos
(restos de comida, papel higiênico, cascas de frutas, legumes, etc.) e lixo reciclável
seco e limpo (papéis, papelão, latas, metais, vidros e plásticos);
j) O condomínio pode instalar quatro containers coloridos, em local apropriado.
As cores devem obedecer o seguinte padrão: vermelho para os plásticos, azul para
os papéis, amarelo para os metais e verde para os vidros;
k) A coleta pode ser porta a porta, em que uma pessoa é designada para
recolher periodicamente o lixo seco;
l) É preciso uma ampla divulgação entre todos os condôminos, sobretudo as
crianças;
m) Papéis laminados, plastificados, carbonos, grampos, clipes, embalagens de
leite longa vida ou molho de tomate não são recicláveis;
n) Os síndicos interessados em obter maiores informações para a implantação
de coleta seletiva devem entrar em contato com os órgãos responsáveis pela
limpeza pública do seu município ou estado.
A experiência em São Paulo, SP, é bastante favorável, considerando que a
Prefeitura paulistana está fazendo um estudo-piloto em determinado bairro, onde o
morador recebe um container para colocação do lixo, de forma reciclada, e um
sensor que indica a chegada do caminhão de recolhimento. Então, o container é
depositado no caminhão coletor evitando, dessa maneira, que o lixo permaneça
nas vias públicas e possa ser o responsável pelas inundações em dias de chuvas
torrenciais, entupindo bueiros, causando grandes transtornos, através de
enchentes, aos moradores menos favorecidos.
Todos estes procedimentos, seguidos à risca, proporcionarão ao condomínio
melhor qualidade de vida, beneficiando a saúde de todos, valorizando ainda mais
os imóveis.
Concluindo, ressaltamos que todos os condomínios devem contar com locais
apropriados para a estocagem de materiais de construção em geral e de fácil
acesso para as áreas onde serão utilizados.
Obs.: Seguir os princípios de higiene é uma questão de educação e de
espírito de cidadania.
112
Prevenção de acidentes na residência O lar parece ser o lugar mais tranqüilo e seguro do mundo, porém é um dos
lugares que ocorre o maior número de acidentes.
São muitas as causas de acidentes, mas iremos relacionar algumas mais
comuns:
a) Falta de ordem:
- Evitar guardar substâncias tóxicas na cozinha ou ao alcance de crianças, ou
ainda sem rótulo que identifique o tipo de produto. Deixar nos caminhos ou
próximo a escadas, objetos que possam provocar acidentes.
b) Falta de luz:
- Por falta de boa iluminação acontecem os mais variados acidentes.
c) Falta de antiderrapantes:
- Chão molhado ou muito encerados, principalmente no banheiro, na cozinha
e na área de serviço, além de tapetes que derrapam, podem provocar o
mais graves tombos;
d) Consertos mal feitos:
- Qualquer tipo de reparo mal executado pode acarretar acidentes sérios no
Lar.
e) Utilizar ferramentas inadequadas:
- Para cada tarefa há ferramentas adequadas e seguras.
f) Falta de visão adequada:
- Não utilizar óculos quando deveria.
g) Fogo, água, óleo fervendo ou equipamentos quentes:
- Todo cuidado é pouco, principalmente quando há crianças por perto,
devendo-se deixá-los fora de seu alcance.
h) Cão ou outro animal feroz:
- Mantê-los em local seguro longe das pessoas que possam atacar.
i) Aquecedores, braseiros ou estufas:
- Não usá-los enquanto se dorme, usá-los sempre com ventilação adequada.
Mantê-los distantes de roupas, tapetes, cobertores e cortinas.
j) Crianças:
- São inexperientes e os lugares, ferramentas e utensílios não são adequados
ao seu tamanho e força, o que pode comprometer seu manuseio e causar
113
acidentes. Devem sempre ter a supervisão de um adulto.
k) Idosos:
- Adaptar móveis, instalações e pisos para diminuir os riscos às pessoas da
3° idade.
l) Choques:
- Desligar a energia elétrica ao manusear ou consertar aparelhos ou
equipamentos energizados.
CONCLUSÃO A mídia divulga diariamente a violência praticada contra os cidadãos, crimes
na sua maioria visando o patrimônio, obrigando toda a população a conviver com
esses fatos e criando as mais diversas formas de se proteger.
Não se pode acusar ou, melhor ainda, responsabilizar exclusivamente as
autoridades governamentais como sendo os únicos "culpados" pela situação
caótica pelo qual a sociedade atual está enfrentando, mas é bom lembrar que, em
vários casos, a omissão e até mesmo a falta de informações parte da própria
população que acaba se tornando vítima de muitos delitos e atos inseguros.
Para que esta situação seja minimizada é imprescindível a Atitude
Preventiva de todos os indivíduos, e isto diz respeito aos seus atos mais básicos,
tais como exercer seus direitos como cidadão, e a partir daí exercer as garantias
definidas pela Constituição e pelas Leis.
Os condomínios, no final do milênio passado, têm-se proliferado bastante
devido ao excessivo aumento demográfico das metrópoles, causando a escassez
de espaço, porém, os principais motivos para que as pessoas optem por residir
nestes conjuntos residenciais estão relacionados ao Conforto, Tranqüilidade e
Segurança, sendo esta última a causa mais citada pelos condôminos, tendo-se em
vista os altos índices de criminalidade urbana.
Para que os condomínios possam oferecer o nível de proteção adequado
aos seus moradores e, portanto, auxiliar na garantia de um dos direitos básicos,
que é o da moradia com segurança, torna-se importante lembrar que os síndicos,
moradores, funcionários e prestadores de serviços complementados por barreiras
físicas e equipamentos eletrônicos, aliados aos órgãos de Segurança Pública
114
devem integrar-se para que realmente se possa chegar a um nível de Proteção
satisfatório para os condomínios.
Com o intuito de fornecer subsídios, para que essa proteção seja eficaz e
eficiente, é que foi desenvolvido este trabalho, cujas regras, se seguidas à risca,
poderão minimizar ou até mesmo anular toda e qualquer investida criminosa contra
uma grande parcela de brasileiros que residem ou trabalham em condomínios.
Acreditamos que o presente trabalho atingirá o objetivo proposto que é o de
levar a sensação de estar protegido em sua própria residência, ou melhor em seu
apartamento, uma vez que todas as informações aqui transmitidas servirão como
valiosa contribuição para Síndicos, Administradoras de Condomínio, Moradores e
Colaboradores de Prédios que, terão um guia que abrange desde o treinamento
dos funcionários, passando pelas técnicas de segurança em geral, finalizando com
até Noções de Higiene e Saúde.
115
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