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Laje Bubbledeck Características gerais e viabilidade executiva dezembro/2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014
Laje Bubbledeck
Características gerais e viabilidade executiva
Ossimar Fernandes Duarte Júnior
juniorfd@gmail.com
MBA Gerenciamento de Obras, Tecnologia e Qualidade da Construção
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Goiânia, Goiás, 08 de junho de 2014
Resumo
Com o crescente número de novas tecnologias e técnicas no ramo da construção civil, para
cada tipo de edificação tem-se um determinado método construtivo mais indicado no que diz
respeito ao custo-benefício. Dessa forma, o presente trabalho visa a caracterização de um
sistema construtivo de estruturas de concreto armado, a BubbleDeck, através de um
comparativo com outro método construtivo, a laje nervurada com fôrmas plásticas.
Foram realizadas pesquisas e levantamentos buscando enumerar e classificar as vantagens e
desvantagens de cada uma. Assim, foram criadas tabelas comparativas, onde verificou-se que
para determinados tipos de obra, o uso da BubbleDeck torna-se competitivo em diferentes
quesitos.
Palavras-chave: Bubble-Deck. Bubble. Esferas plásticas. Laje. Sistema construtivo.
1. Introdução
A BubbleDeck aparece no cenário da construção civil como mais uma das possíveis soluções
apresentadas pelos fabricantes, no que diz respeito a estrutura de concreto armado. Estas
alternativas visam, na sua maioria, proporcionar agilidade na execução das obras e redução
dos custos do material e da mão de obra, com foco na relação custo-benefício proporcionada
ao empreendimento.
Conforme publicado no Estado de São Paulo [20], estimativas do Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON-SP), ao final do ano de 2011, o
Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil deve crescer 6,1% se comparado ao ano de
2010. Este fato ocorre paralelamente ao desenvolvimento do país, em consonância com o
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, que está diretamente
ligado ao déficit de moradias, além de eventos de magnitude mundial, como a Copa do
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Mundo de Futebol e as Olimpíadas.
Para se manter competitivo e eficiente na elaboração e execução de projetos, os profissionais
da construção civil devem se atentar a novas tecnologias que ofereçam soluções inteligentes
tanto no que se refere a características específicas de cálculo quanto no sistema construtivo
além de saber contestar as soluções convencionais, quando esta não for a melhor alternativa.
Desta forma, o presente trabalho se justifica pela necessidade de verificar e avaliar as
características e potencialidades do sistema construtivo em laje BubbleDeck.
A Figura 4 apresenta a divisão em percentual do custo da execução de estrutura de concreto
armado para um pavimento tipo de edifício residencial.
Figura 4 – Composição de custo do pavimento
2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral
O presente artigo tem como objetivo geral estudar, do ponto de vista estrutural e construtivo,
o sistema de laje tipo BubbleDeck.
2.2. Objetivos Específicos
Realizar estudo comparativo dos custos de produção, envolvendo fôrmas e escoramentos para
diversos tipos de lajes;
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Realizar estudo comparativo das características de tipos de laje mais utilizados e demonstrar
diferenciais entre cada uma delas.
Avaliar procedimentos de execução em obras que utilizam a tecnologia BubbleDeck, expondo
vantagens e dificuldades previstas, bem como tempo de execução e demanda de mão de obra.
3. Laje BubbleDeck – Características Gerais
Segundo Freire [19] a combinação das esferas plásticas com malha de aço na laje tipo
cogumelo permite o aumento de vão nas duas direções e acarreta as seguintes vantagens:
liberdade de projetos, que podem ser adaptados em desenhos irregulares; redução de peso
próprio, acarretando menor carga na fundação; eliminação de vigas, que proporciona maior
rapidez na execução de estrutura e alvenaria, e redução do consumo de concreto, fôrma e
escoramento.
Tais características levam a concorrência com o sistema de laje nervurada, que tem como
principal vantagem a redução do volume de concreto, possibilitando grandes vãos e/ou
sobrecargas, além de bons resultados econômicos.
No que tange ao tema sustentabilidade e preservação ambiental, a tecnologia possui selo
verde devido às esferas serem produzidas com material reciclado e reduzir o consumo de
concreto e de fôrmas de madeira.
De acordo com Freire [19], a cada metro quadrado contruído de laje BubbleDeck (para uma
laje de 23 cm) são retirados 1 Kg de plástico do meio ambiente. Para cada um milhão de
metros quadrados fabricados com laje maciça há uma economia de 24,4 mil m³ de concreto
com a tecnologia.
A tecnologia está em conformidade com a NBR 15.575/2010 “Edifícios habitacionais de até
cinco pavimentos – Desempenho”, a qual discorre sobre, entre outros, conforto térmico e
acústico da estrutura.
Seguindo verificações realizadas, de acordo com o descrito por Freire [19], e com critérios da
ISO 834, em caso de incêndio, as esferas carbonizam sem emitir gases tóxicos e a resistência
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ao fogo pode variar de uma a duas horas, dependendo da cobertura de concreto acima das
esferas.
Para projetos já executados, destaca-se o Millennium Tower, em Rotterdam, Holanda, o qual
foi possível adição de dois pavimentos já durante a obra, devido as características da
tecnologia, além de redução de tempo de execução e conseqüentemente de custos.
Figura 5 - Millennium Tower
Fonte: http://www.skyscraperpicture.com (26/09/2011)
No Brasil, foi executada obra de ampliação da sede da construtora Odebrecht em Salvador,
com aproximadamente 1000 m², a fotografia da obra pode ser observada na Figura 6. Está
previsto ainda para este ano de 2011 o início da construção do novo Centro Administrativo do
Distrito Federal em Brasília e para o ano de 2012, um edifício residencial de 12 pavimentos
em Goiânia, Goiás.
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Figura 6 – Execução de sede da Odebrecht
Fonte: Wlicio Nascimento. Acervo pessoal
Como fonte para estudo comparativo do sistema construtivo BubbleDeck com outros métodos
utilizados atualmente, foram utilizadas tabelas fornecidas pelos fabricantes.
As características do sistema BubbleDeck dependem das dimensões das bubbles (esferas
plásticas), que variam de 18 a 36 cm, conforme apresentado na Tabela 1. O diâmetro das
esferas implica diretamente a espessura da laje, que considerando o cobrimento, variam de 23
a 45 cm de espessura. Os itens que indicarão os parâmetros para comparação são “carga” e
“vão” que a estrutura suporta. A coluna “concreto” demonstra o consumo deste material por
metro quadrado de estrutura, verifica-se que, para maiores carregamentos, indica-se maiores
diâmetros de esferas, propiciando a transposição de maiores vãos de laje
Tabela 1 - Tabela de especificações BubbleDeck
Tipo Espessura
laje (mm)
Diâmetro
esferas
(mm)
Vão
(m)
Carga
(Kgf/m²)
Concreto
(m³/m²)
BD230 230 180 7 a 10 370 0,15
BD280 280 225 8 a 12 460 0,19
BD340 340 370 9 a 14 550 0,23
BD390 390 315 10 a 16 640 0,25
BD450 450 360 11 a 18 730 0,31
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Fonte: www.bubbledeckbrasil.com / 2011
As lajes do tipo nervuradas são as que têm proposta semelhante a da BubbleDeck, por se
tratar de métodos com consumos de material, características de cálculos e seqüência executiva
diferentes de lajes maciças convencionais. Baseado nisso, foram adotados como referência as
características técnicas da fabricante de cubetas plásticas ATEX.
Na Tabela 2, verifica-se que as características do sistema construtivo se apresentam de acordo
com as dimensões das fôrmas para a laje nervurada. As três primeiras colunas apresentam
altura da fôrma, lâmina de concreto acima da fôrma e altura total da laje respectivamente.
Tabela 2 - Especificações ATEX
Altura da
Fôrma
Espessura
da Lamina
Altura
Total
Volume do
Vazio
Peso
Próprio
Volume
Concreto
cm cm cm m³/m² KN/m² m³/m²
20 5 25 0,135 2,85 0,114
25 5 30 0,164 3,4 0,136
30 5 35 0,191 3,98 0,159
35 5 40 0,214 4,65 0,186
40 5 45 0,231 5,48 0,219
Fonte: www.atex.com.br / 2011
Para efeitos de cálculos estruturais são apresentados os dados “peso próprio” para cada
dimensão de fôrma e sua respectiva lâmina e o consumo de concreto por metro quadrado.
Dentre os itens referente a material, além do consumo de concreto e aço, deve-se atenção
também a fôrma e escoramentos utilizados para a execução de cada um dos sistemas
construtivos de lajes.
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Figura 7 – Sitema pré-laje BubbleDeck
Fonte: Wlicio Nascimento. Acervo pessoal
Quanto ao escoramento, estudo realizado pela BubbleDeck, resultou no esquema mostrado na
Figura 8. O estudo contemplou características como a quantidade de escoras e seu
espaçamento, em comparação com a laje nervurada.
Figura 8 – Esquema representando escoramento
Fonte: Apresentação BubbleDeck (27/09/2011)
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O comparativo apresentado foi desenvolvido para laje nervurada ATEX 900 e BubbleDeck
BD450 (sistema pré laje), para a obra do Estádio Kleber Andrade, em Vitória – ES e resultou
em redução de mais de 60% da quantidade total do escoramento, o que implica ainda a
redução de mão de obra, segundo estudo feito pela BubbleDeck.
A análise da tecnologia depende ainda do consumo de mão de obra necessária para execução
da obra através do sistema construtivo adotado. No que tange esse quesito, existe ainda a
problemática relativa a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada devido ao mercado
da construção civil aquecido no país.
4. Resultados e discussões
É apresentada a seguir, tabela comparativa de consumo de materiais necessários para
execução de estruturas de concreto armado através de três métodos construtivos: laje
convencional (maciça), laje nervurada e laje BubbleDeck. Para seleção dos tipos de laje a
serem comparadas foram selecionadas aquelas com vão máximo equivalentes ou próximos. A
partir deste critério, é possível fazer comparativo de consumo de materiais.
Tabela 3 - Consumo de matérias de diferentes tipos de lajes
TIPO DE
LAJE
ESPESSURA
DA LAJE
(cm)
VÃO
MÁXIMO
(m)
CONSUMO
AÇO (Kg/m²) CONCRETO
(m³/m²)
FÔRMA
(m²/m²)
MACIÇA 25,00 10,80 22,50 0,250 1,00
NERVURADA
ATEX900 37,50 10,80 6,30 0,173 -
BUBBLE DECK
- BD 230 23,00 10,00 20,00 0,150 -
De início, verifica-se a laje tipo maciça apresenta os maiores índices de consumo de materiais.
Isso ocorre devido ao vão adotado como referência ser relativamente grande para este sistema.
A construção com este sistema não seria impossível, mas provavelmente inviável.
Para o consumo de concreto o melhor resultado é para o sistema BubbleDeck, que é uma das
principais vantagens citadas pela empresa e em artigos científicos. Esta vantagem não está
ligada apenas a economia de concreto em laje propriamente dita, mas sim ao fato de a
estrutura ter o peso expressivamente menor do que em outros sistemas construtivos, fato este
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que acarreta redução na carga da fundação e influencia todo dimensionamento estrutural,
além de reduzir o tempo de concretagem e, conseqüentemente, proporcionar maior velocidade
na execução dos pavimentos.
Quanto ao item “consumo de aço”, o sistema de laje nervurada apresenta o menor consumo,
entretanto, levando em consideração o novo cálculo estrutural proposto pelo sistema
BubbleDeck devido a redução peso da estrutura, o consumo de aço para pilares e vigas pode
sofrer redução, tornando-se assim competitivo em relação ao da laje nervurada.
O insumo “fôrma” não é mensurado na tabela para os itens BubbleDeck e laje nervurada por
nenhum dos métodos utilizarem fôrma convencionais e apresentarem particularidades. Para
lajes nervuradas é necessário o aluguel, ou compra, das cubetas plásticas e montagem das
mesmas, e para BubbleDeck a fôrma pode chegar a zero se utilizado o sistema pré-laje,
lembrando que os dois sistemas podem exigir alguma pequena quantidade de fôrmas para os
capitéis.
Considerando os consumos de materiais para a execução de lajes através de diferentes
métodos construtivos e se valendo de valores de mercado, elaborou-se a tabela 4 com custos
para execução de 1 m² de laje.
Tabela 4 - Custo de material para execução de 1 m² de laje
TIPO DE
LAJE
CONSUMO TOTAL
AÇO CONCRETO FÔRMA BUBBLES ESCORAMENTO
NERVURADA
ATEX 900 R$ 32,13 R$ 43,25 R$ 64,80 - R$ 0,91 R$ 141,09
BUBBLE
DECK - BD 230 R$102,00 R$ 27,50 - R$ 24,50 R$ 0,46 R$154,46
A análise do custo de execução somente da laje apresenta diferença de aproximadamente 10%
a mais para BubbleDeck. Foi considerado nesta composição o aluguel de cubetas plásticas e o
fornecimento de esferas plásticas. O tipo de escoramento utilizado para esta composição é o
metálico alugado, para um período de trinta dias, considerando escoramento e reescoramento.
É necessário além da análise do consumo de material, o custo de mão de obra necessária para
executar as lajes para os diferentes métodos, conforme apresentado na tabela 5.
Tabela 5 - Custo de mão de obra para execução de 1m² de laje
TIPO DE CONSUMO TOTAL
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LAJE ARMAÇÃO CONCRETAGEM FÔRMA ESCORAMENTO
NERVURADA
ATEX 900 R$ 0,62 R$ 7,21 R$ 9,92 R$ 3,77 R$ 21,52
BUBBLE DECK
BD 230 R$ 0,14 R$ 4,92 R$ 1,79 R$ 2,02 R$ 8,87
A tecnologia BubbleDeck apresenta economia de consumo de mão de obra acima de 40% se
comparado a laje tipo nervurada. Isso se deve a diferença da seqüência executiva e da
industrialização do processo. O item armação no sistema BubbleDeck refere-se apenas ao
posicionamento das telas de aço para montagem do modulo, dispensa mão de obra
especializada, corte, dobra e montagem de barras no local de execução da estrutura.
A concretagem apresenta valores diferentes para cada sistema devido ao diferente consumo de
concreto.
No que se refere a quantidade de fôrma, para laje nervurada a montagem de guias de
reescoramento, posicionamento e retiradas das fôrmas plásticas e para BubbleDeck a
colocação da esferas de plásticos para montagem do módulo pré-laje, esta última também
dispensa o uso de mão de obra especializada. O escoramento, como citado anteriormente,
apresenta redução de mão de obra por não necessitar de tantas escoras quanto ao sistema de
laje nervurada.
5. Conclusão
Verificou-se, através de estudo comparativo realizado com vãos semelhantes de lajes
executadas nos sistemas BubbleDeck, maciça e nervurada ATEX, que a tecnologia quando
aplicada na alternativa “painel pré-fabricado”, além de eliminar a utilização de forma
assoalho, reduz cimbramento e o consumo de concreto.
Analisando apenas o consumo de materiais, somado ao maior consumo de aço, esta
composição de custos para diferentes tipos de lajes não apresenta resultado econômico
interessante. Entretanto, a redução do escoramento, a ausência de fôrmas assoalho e o tipo de
aço ser apenas tela, implicam significativa diminuição da mão de obra necessária para a
execução da estrutura segundo esta tecnologia.
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O sistema de escoramento reduzido, além de implicar diretamente o custo de material,
influencia também a demanda de mão de obra para montá-lo e desmontá-lo, gerando redução
do tempo de execução da estrutura.
A eliminação de fôrmas assoalhos para lajes implica a economia de material, mão de obra
para fabricar as peças com dimensões necessárias, montagem e desforma após concretagem.
Essas vantagens somente são possíveis com execução do sistema pré-laje, o qual exige que os
painéis sejam montados em local diferente de seu destino final (pavimento).
O aço, apesar de apresentar consumo maior em relação a outros sistemas, dispensa mão de
obra especializada para sua montagem. É utilizado telas que já saem da indústria de acordo
com especificações exigidas pela BubbleDeck, que serão posicionadas em local especifico
para montagem do módulo, composto também pelas esferas plásticas.
Especificamente para o vão analisado, a tecnologia Bubbledeck apresentou vantagens não
somente econômicas, mas também do ponto de vista de execução, ou seja, permitindo
maximizar a industrialização e a simplificação do processo com conseqüente redução de mão-
de-obra.
Dentro do contexto em que o mercado oferece limitações quanto a disponibilidade de mão de
obra, principalmente especializada, relativa escassez de material e projetos cada vez mais
ousados, é imprescindível confrontar os métodos convencionais usados atualmente fazendo,
por exemplo, uma análise de viabilidade para a aplicação não só da BubbleDeck, mas
também de outros métodos construtivos que possam vir a diminuir custos e facilitar a
execução dessas obras.
Tais estudos devem ter como objetivo aproveitar todas as vantagens que o sistema oferece,
como a redução do peso da estrutura, que implica em vão maiores, redução na quantidade de
pilares e das cargas na fundação e a industrialização do processo construtivo com mão de obra
reduzida.
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adensável. 1 Edição. São Paulo: Ed. PINI, 2008. 140p.
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[13] PINHEIRO, L. M., RAZENTE, J. A. Estruturas de concreto. USP. São Paulo. 2007.
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Reportagem disponível em < http://www.revistatechne.com.br/engenharia-
civil/138/imprime102422.asp>. Acesso em 02 de abril de 2011.
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[20] HOLTZ, Fabiana. SindusCon: construção civil deve crescer 6,1% em 2011. Economia &
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http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,sinduscon-construcao-civil-deve-
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