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LEGALE – PÓS GRADUAÇÃO DIREITO DO
TRABALHO – ON-LINE
Fase Probatória 4-5
Prova documental e Pericial
Professor Doutor: Rogério Martir
Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado Especializado em Direito Empresarial e Direito do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação, MBA e de Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica Empresarial e para o Terceiro Setor.
www.martir.com.br / (011) 2455-5067 / (11) 99965-9237
BLOCO I
BLOCO I
PROVA DOCUMENTAL
CONCEITO
O documento é um instrumento capaz de representar
um fato em sentido amplo. Documento compreende
não apenas os escritos, mas toda e qualquer coisa que
transmita diretamente um registro físico a respeito de
algum fato: desenhos, fotos, filmes, gravações, etc.
PROVA DOCUMENTAL
• EXIGENCIA DA PROVA DOCUMENTAL
• Há determinadas matérias em que se exige a prova
documental, com a exclusão de qualquer outra.
Como exemplo podemos citar o pagamento de
salários, que deve ser feito mediante recibo ou
depósito em conta. Logo, o empregador não pode
pretender provar tal pagamento por outro modo que
não seja o documento (recibo ou depósito em conta).
PROVA DOCUMENTAL
PROVA DOCUMENTAL
• MOMENTO PARA A PRODUÇÃO DA PROVA
• De regra a prova documental é produzida na fase
postulatória, petição inicial e defesa (contestação).
• Sob pena de preclusão.
• Entretanto, existem três exceções:
PROVA DOCUMENTAL
– Documentos novos;
• Documento cronologicamente novo;
• Documento cronologicamente velho;
– Contraprova;
– Exibição;
PROVA DOCUMENTAL
• EXIBIÇÃO
• O juiz tem poder em determinar a exibição dedocumento ou coisa que se ache na posse daspartes, sempre que o exame desses bens for útilou necessário para a instrução do processo.
• A parte contrária terá que se manifestar. E nestemomento poderá:
– A) Exibir o documento ou coisa;
PROVA DOCUMENTAL
– B) Ficar silente e não exibir o documento ou coisa;
– C) Negar que possua documento ou coisa;
– D) Apresentar recusa na exibição do documento ou coisa.
PROVA DOCUMENTAL
• Consequências:
– A) A prova veio aos autos e será analisada com os demais elementos probatórios;
– B) O Juiz presume verdadeiro o fato que a parte pretendia provar com a exibição do documento ou coisa.
– C) Abre-se dilação provatória a fim de que o requerente prove que a parte contrária detém o documento ou coisa. Se provar, aplica-se letra “B” supra. Se não provar a existência do documento ou coisa, nenhuma consequência processual;
PROVA DOCUMENTAL
• Consequências:
– D) O Juiz julgará a recusa. Se a recusa for aceita, então nenhuma consequência processual. Se a recusa não foi aceita, então aplica letra “B” supra.
– O Juiz não admitirá recusa:
• Se a parte tem a obrigação legal de manter o documento;
• Se a parte aludiu o documento ou coisa para fazer prova no processo;
• Se for documento comum às partes.
• O pedido de exibição formulado contra quem
não é parte do processo principal provoca a
instauração de um novo processo, em que são
partes o pretendente à exibição e o possuidor do
documento ou coisa. Pode ser preparatória ou
incidental.
• Todo cidadão tem o dever cívico de auxiliar e
cumprir as determinações do Poder Judiciário.
Na realidade trata-se de um dever legal.
PROVA DOCUMENTAL
• Esse feito incidental deverá ser processado em autos próprios, em apenso ao processo principal e será julgado por sentença. Entretanto, e na praxe, tem sido processado com os autos principais, dado o Princípio da Simplicidade do Processo do Trabalho.
• Se o terceiro destruir a coisa ou documento quedeveria exibir, ficará responsável civilmente pelasperdas e danos que acarretar à parte, as quais serãodemandados em ação ordinária de indenização.
PROVA DOCUMENTAL
PROVA DOCUMENTAL
• Em caso de recusa injustificada do terceiro, o Juiz fixará cominação para entrega da obrigação de fazer e responderá pelo dano processual ou ainda por Litigância de Má Fé
• INCIDENTE DE FALSIDADE
• O Incidente de Falsidade na Justiça do Trabalho é
ofertado por analogia ao Código de Processo Civil,
fonte subsidiária, seguindo o mesmo momento
processual da exceção de incompetência também
de forma verbal ou escrita.
• O art. 430 do NCPC relata que a falsidade deve ser
suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de
15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da
juntada do documento aos autos.
PROVA DOCUMENTAL
• Temos ainda:
• Art. 431 - A parte arguirá a falsidade expondo os
motivos em que funda a sua pretensão e os
meios com que provará o alegado.
• Art. 432 - Depois de ouvida a outra parte no
prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame
pericial.
PROVA DOCUMENTAL
• Parágrafo único - Não se procederá ao exame
pericial se a parte que produziu o documento
concordar em retirá-lo.
PROVA DOCUMENTAL
• Modalidades de Falsificação:
• O Documento pode ser falsificado de duas maneiras:
– Material: Quanto à forma do documento
– Ideológica: quanto ao conteúdo do documento
PROVA DOCUMENTAL
• Falsidade Material
• Ocorre quando há vício nos aspectos exteriores do documento. Pode ser constatada por meio de perícia.
• Falsidade Ideológica
• Ocorre quando o documento é verdadeiro, mas o seu conteúdo não. A Falsidade Ideológica não pode ser averiguada por perícia, pois a falsidade reside na ideia que o documento traz, e não na sua forma.
PROVA DOCUMENTAL
BLOCO II
BLOCO II
PROVA PERICIAL
• Não é possível exigir que o juiz disponha de
conhecimentos universais a ponto de examinar
cientificamente tudo sobre a veracidade e as
consequências de todos os fenômenos possíveis
de figurar nos pleitos judiciais.
• Por isso a importância da prova pericial através
das afirmações de um expert.
• A prova pericial se materializa nas seguintes
modalidades:
PROVA PERICIAL
• Exame é a inspeção sobre coisas, pessoas ou
documentos, para verificação de qualquer fato ou
circunstancia que tenha interesse para a solução
do litígio.
• Vistoria é a mesma inspeção quando realizada
sobre bens imóveis.
• Avaliação é a apuração de valor, em dinheiro, de
coisas direitos ou obrigações em litígio.
PROVA PERICIAL
• INDICAÇÃO DE ASSISTENTE TÉCNICO E
FORMULAÇÃO DE QUESITOS
• A parte pode participar da prova pericial
formulando quesitos e indicando assistente técnico.
Os quesitos tem por finalidade fazer com que o
perito, ao responde-los, possa esclarecer as questões
científicas que envolvem o laudo para as situações
fáticas discutidas no processo.
• O juiz poderá indeferir alguns quesitos que julgar
impertinentes, bem como formular os que entender
necessários. É licito apresentar quesitos
suplementares.
PROVA PERICIAL
• O assistente técnico é um expert no assunto de
confiança da parte e que irá acompanhar o trabalho
do perito judicial nos termas científicos que o leigo
não pode compreender.
PROVA PERICIAL
No tocantes ao assistente técnico podemos
afirmar que:
Trata-se do profissional técnico, um expert no
assunto, de confiança da parte e que irá acompanhar
o trabalho do perito judicial nos termas científicos
que o leigo não pode compreender.
Validando o debate técnico sobre o laudo.
Importantíssimo para a validação e valoração da
prova pericial.
PROVA PERICIAL
• A FORÇA PROBANTE DA PERÍCIA
• A título de força probante a perícia é meramente de caráter opinativo e vale pela força dos argumentos em que repousa.
• O juiz não está adstrito ao laudo e pode formar sua convicção de modo contrário com base em outros elementos do processo.
PROVA PERICIAL
• OBRIGATORIEDADE DA PERÍCIA
• É relevante mencionar que as matérias relativas ao adicional de insalubridade e adicional de periculosidade exigem a prova pericial (Art. 195, CLT), com a exclusão de qualquer outra.
PROVA PERICIAL
• INSPEÇÃO JUDICIAL
• Inspeção judicial é o meio de prova que consiste na percepção sensorial direta do juiz sobre qualidades ou circunstancias corpóreas de pessoas ou coisas relacionadas com o litígio.
PROVA PERICIAL
• ELABORAÇÃO DO LAUDO PERICIAL
• Para que um laudo técnico seja elaborado, é necessário que os fatos estejam bem definidos, para que a perícia tenha valor probatório.
• Se o perito fundamentar os a sua perícia em fatos inverídicos, a sua conclusão será inútil para aquele litígio, portanto perderá a sua força probandi.
• Exemplo: O perito conclui pela insalubridade por ruído na empresa. Contudo, mais tarde, provou-se que o Reclamante passava a maior parte do tempo fora da empresa.
PROVA PERICIAL
• PROVA EMPRESTADA
• A Prova emprestada é aceita na sistemática do processo do trabalho.
• Contudo, o seu ingresso no processo não significa certeza de ganho de causa à parte que a trouxe, ainda que no processo de origem o magistrado tenha decidido a seu favor.
• Isto porque a coisa julgada atinge somente o dispositivo. Além disso, estar-se-ia violando o princípio do livre convencimento.
PROVA PERICIAL
• Prova emprestada no caso de perícia:
• A perícia realizada no processo de terceiro, ainda que no mesmo local de trabalho e sob as mesmas condições, não substitui a perícia a ser realizada no novo processo
• Isto porque estar-se-ia ferindo o princípio do contraditório. As partes tem direito de formular novos quesitos, requerer esclarecimentos, apresentar assistente técnico, Etc...
PROVA PERICIAL
• Neste caso, a perícia realizada em processo distinto, ingressará nos autos como documento, e não como perícia, recebendo sua devida valoração pelo magistrado no momento do julgamento.
PROVA PERICIAL
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