legislação trabalhista - trabalho adm e org. industrial
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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA APLICADO A ENGENHARIA
DEFINIÇÕES, IMPORTÂNCIA E ASPECTOS GERAIS
Carlos Carvalho, Igor Vinícius, Marcos Vinícius
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA - DEFINIÇÃO
A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio
Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.
Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela
previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do Estado Novo até 1943 - de
destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à
necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado regulamentador".
A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações trabalhistas, tanto do
trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o
texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para
regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores.
.
ASPECTOS PRINCIPAIS
• Registro do Trabalhador/Carteira de
Trabalho;
• Jornada de Trabalho;
• Periodo de Descanso
• Férias;
• Medicina do Trabalho;
• Categorias especiais de Trabalhadores
• Proteção do Trabalho da Mulher;
• Contratos Individuais de Trabalho;
• Organização Sindical;
• Convenções Coletivas;
• Fiscalização;
• Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista.
ASPECTOS PRINCIPAIS
Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho: A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é
um documento obrigatório para quem venha a prestar algum tipo de serviço profissional no Brasil. A carteira de
trabalho é um dos únicos documentos a reproduzir, esclarecer e comprovar dados sobre a vida funcional do
trabalhador e garantir muitos dos seus direitos trabalhistas.
Jornada de Trabalho: Define período e obrigações no que se refere a jornada de trabalho. Pode variar de
acordo com o cargo ou função exercida, com limite diário de 8 horas por dia ou 44 horas semanais. Há ainda o
aspecto da hora extra que permite perante a Lei acréscimo de 2 horas diárias, sendo estas remuneradas com
acréscimo de 50% na hora trabalhada.
Período de descanso/Férias: Assim como a jornada de trabalho dependem do cargo e função exercida.
Sobre o período de descanso, o mesmo acontece normalmente após 6 dias de trabalho ou com o cumprimento
semanal de horas trabalhadas. No que se refere as férias de acordo com legislação vigente é um período de no
mínimo 30 dias consecutivos, após período de 12 meses de trabalho denominado “Período Aquisitivo”. Tanto o
descanso e as férias são remunerados. Embora tenham artigos específicos na Lei, podem ser acordados
condições diferenciadas mediante negociação com Sindicatos e Acordos coletivos.
ASPECTOS PRINCIPAIS
Medicina do Trabalho: Lida com as relações entre trabalhadores e seu trabalho, tendo como objetivo
não somente a prevenção dos acidentes e das doenças do trabalho, mas a promoção da saúde nos
aspectos físicos e mentais e da qualidade de vida. A Medicina do Trabalho está construída sobre dois
pilares: a Clínica e a Saúde Pública. Sua ação está orientada para a prevenção e a assistência do
trabalhador vítima de acidente, doença ou de incapacidade relacionados ao trabalho e, também, para a
promoção da saúde, do bem estar e da produtividade dos trabalhadores, suas famílias e a comunidade.
Categorias especiais de Trabalhadores: Enquadram-se nesta categoria trabalhadores com risco
frequente ou continuo das suas atividades, caracterizando esta condições como Insalubres. Encaixam-
se ainda trabalhadores domésticos, rurais, temporários e terceirizados. Os mesmo obedecem artigos e
obrigações específicas tratadas do Direito Trabalhista como Clausulas Exorbitantes.
ASPECTOS PRINCIPAIS
Proteção do Trabalho da Mulher: Garante a mulher condições diferenciadas no que se refere ao
direito trabalhista, porém sem objetivo qualquer de privilégio e se de atender condições específicas
como: licença gestacional por período de 120 dias, mesmo por adoção de criança até 1 (um) ano;
garantia de transferência de função no período gestacional se for necessário, sem modificação do
salário, e retorno à função original após o retorno ao trabalho; condições de ingresso da mulher no
mercado de trabalho; garantia de igualdade de salário, proibindo a discriminação em razão do sexo;
garantia de igualdade nas condições gerais, não podendo fazer distinção entre homens ou
mulheres; estabilidade de 5 (cinco) meses após o parto; é vedado empregar mulher em serviço que
demande força muscular superior a 20 (vinte) quilos, se contínua, ou 25 (vinte e cinco), se ocasional;
participar de processo de seleção independente do sexo; não é obrigada apresentar atestado de
gravidez para admissão ou para manutenção do contrato de trabalho; intervalo especial de 15 (quinze)
minutos para cumprir prorrogação de jornada; As empresas com mais de 30 (trinta) mulheres acima de
16 anos deverão proporcionar ambiente adequado para a mãe amamentar seu filho; Dois descansos de
30 (trinta) minutos por dia para amamentação do filho, até este completar 6 (seis) meses;
ASPECTOS PRINCIPAIS
Contratos Individuais de Trabalho: O contrato individual e/ou em grupo - tarefa de trabalho é o
ajuste de vontades contratuais segundo o Direito do Brasil, pelo qual uma pessoa física e/ou jurídica de
direito (dessa forma empregado em um projeto - atividade) se compromete(m) a prestar(em)
pessoalmente a serviços não - eventuais, subordinados a outrem indivíduo e/ou grupo de indivíduos,
mediante o recebimento de salário direto e/ou indireto, segundo o Direito brasileiro.
Organização Sindical: É forma de institucional de representar um ou mais grupos de trabalhadores no
que se refere aos seus deveres e principalmente direitos. Precisa obedecer aspectos jurídicos e legais,
bem como própria estrutura organizacional. Embora sua filiação ou associação não seja obrigatória,
conta geralmente com adesão total ou mesmo parcial da maior dos trabalhadores inseridos naquele
contexto fortalecendo assim o poder e o direito dos trabalhadores junto a seus empregados.
ASPECTOS PRINCIPAIS
Convenções Coletivas: Convenção coletiva de trabalho, ou CCT, é um ato jurídico pactuado entre sindicatos ou
grupos de empregadores e empregados para o estabelecimento de regras nas relações de trabalho em todo o
âmbito das respectivas categorias econômicas e profissionais. Diferentemente dos acordos coletivos, os efeitos
das Convenções não se limitam apenas às empresas acordantes e seus empregados. Uma convenção coletiva de
trabalho acaba determinando obrigações e direitos para as partes, que devem ser respeitadas durante sua
vigência. Ressalta-se que suas cláusulas não podem ferir direitos previstos na legislação, sob pena de nulidade.
Fiscalização: A inspeção do trabalho tem por finalidade a prevenção e manutenção adequada dos direitos
trabalhistas dos empregados, frente à relação trabalhista com o empregador, podendo ser pessoa de direito
privado ou público. Podemos admitir que o Estado regula a relação trabalhista de duas formas, num primeiro plano
a inspeção direta e autônoma do Auditor-Fiscal junto ao empregador, e em segundo a Justiça do Trabalho,
provocada e dependente da vontade do empregado. O empregado se reveste da inspeção do trabalho para manter
o cumprimento dos seus direitos, mesmo porque, muitas vezes, o mesmo tem ciência de parte dos seus direitos,
mas é compelido a não reivindicar, por temer represália do empregador. Também podemos considerar as
instruções fornecidas pelo fiscal ao empregador, para que este possa se ajustar aos termos da lei, principalmente
daquelas recém editadas
ASPECTOS PRINCIPAIS
Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista: a Justiça do Trabalho é uma das ramificações do poder
judiciária e trata com legislação específica, a considerar também a CLT casos e situações de natureza
trabalhista visando atender de maneira legal tanto empregado e empregador. O processo trabalhista
está relacionado com o incumprimento de alguma norma estabelecida pela legislação trabalhista.
Algumas das normas estabelecidas pelo Código Civil são aplicadas no âmbito do trabalho, e quando
alguma dessas normas é quebrada, pode ser instaurada uma ação trabalhista.
O Engenheiro e o Conhecimento das Leis Trabalhistas
É de extrema importância que o Engenheiro/Gestor tenha pleno conhecimento dos aspectos e
condições do direito trabalhista, haja vista que em muitos casos este conhecimento pode assegurar e
garantir o comprimento adequado das condições e execuções de serviço e trabalho.
Muitas vezes o empregado desinformado ou insatisfeito no uso da má fé pode colocar tanto seu
superior direto quanto a empresa em situações de risco patrimonial, moral e financeiro. A CLT garante
muitos direitos aos trabalhadores mais garante também as empresas que cumprem a Lei, plenas
condições para garantirem seus próprios direitos.
O Engenheiro e o Direito do Trabalho
Enquadramento: O reconhecimento judicial do vínculo empregatício geralmente acarreta repercussões
econômicas de grande monta. Para ilustrar, imagine-se a situação de um engenheiro que é considerado não
empregado por uma empresa de engenharia, uma vez que celebrou com esta um contrato de prestação de
serviços autônomos. O profissional, entendendo que seu vínculo com a empresa de engenharia era de
natureza trabalhista, pois preenchia os requisisitos legais do vínculo de emprego, entra com uma ação
trabalhista e tem o vínculo de emprego reconhecido. Este reconhecimento trará conseqüências pecuniárias
de grande vulto: a maioria das verbas recebidas serão consideradas salário e sobre elas incidirão 8% dos
depósitos do FGTS, acrescidos de 40%, no caso de rescisão imotivada do contrato; surgirá o direito a férias,
13.o salário, descanso semanal remunerado etc.; as vantagens indiretas poderão vir a ser consideradas
salário para todos os efeitos e incidirão na base de cálculo de férias, 13.o salário, depósitos do FGTS etc.
Tudo será devido retroativamente até 5 anos que antecedem o ajuizamento da ação, podendo, como ocorre
de forma bastante frequente neste tipo de ação, envolver cifras muito generosas. Assim mostra-se de
grande valia conhecer as regras que envolvem o reconhecimento do vínculo de emprego para evitar
eventuais situações constrangedoras
O ENGENHEIRO E O DIREITO DO TRABALHO
Pagamento de salários: Do vínculo de emprego necessariamente decorrem duas prestações
recíprocas: o empregado deve prestar serviços ao empregador e este, como contraprestação por esses
serviços, deve efetuar o pagamento do salário. Não há vínculo de emprego sem pagamento de salário.
Exclui-se, assim, da proteção das leis trabalhistas o trabalho exercido por razões de solidariedade, de
civismo, culturais, educacionais etc. e sem percepção de salário.
Pessoalidade: Os serviços devem ser pessoalmente prestados pelo empregado. O empregador tem o
direito de ter o trabalho prestado pela pessoa que contratou não se Admitindo substituição por outra
pessoa.
Continuidade: O empregado é aquele que presta seus serviços de maneira não eventual, ou seja, a
prestação de serviços deve ser feita de forma periódica e contínua. Aquele que presta serviços
eventualmente (trabalhador eventual) não é protegido pelas leis trabalhistas
O ENGENHEIRO E O DIREITO DO TRABALHODO EMPREGADOR AO EMPREGADO
Empregado: O artigo 3.o da CLT define o que considera empregado: “Considera-se empregado toda
pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário”.
Empregador: O artigo 2.o da CLT define o que é empregador: “Considera-se empregador a empresa,
individual o coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço”. Podemos observar que, por essa definição legal, o empregador
necessariamente tem de exercer atividade econômica e assumir os riscos dela. Ocorre, contudo, que o §
1.o deste mesmo dispositivo amplia a abrangência do conceito de empregador ao equiparar a ele, para
os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as associações recreativas e
outras instituições sem fins lucrativos, desde que admitam trabalhadores como empregados. Assim,
podemos observar que os engenheiros que exerçam suas funções como profissionais liberais e admitam
trabalhadores como empregados têm os mesmos encargos de uma empresa, no que concerne as
relações de emprego.
O ENGENHEIRO E O DIREITO DO TRABALHODO EMPREGADOR AO EMPREGADO
Espécies de trabalhadores: sem a proteção das leis trabalhistas trabalhador autônomo O trabalhador autônomo
não está subordinado às ordens da pessoa que contrata seus serviços, pois, como é independente, realizará seu
trabalho como e quando quiser, determinando ele próprio os critérios segundo os quais executará o trabalho
contratado. Difere do empregado no que concerne ao requisito da subordinação, ausente em sua relação de
trabalho.
O trabalhador eventual: Eventual é o trabalhador esporádico que trabalha uma vez ou outra, sem periodicidade
temporal constante. Difere do empregado por faltar a continuidade na sua prestação de serviços. O pequeno
empreiteiro (pedreiro, por exemplo) pode ser considerado um trabalhador eventual
A lei 6019/74, artigo 2.o define o trabalho temporário como “aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para
atender à necessidade transitória de substituição e seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário
de serviços”. Esta idéia é completada pelo artigo 4.o da referida lei que se refere à empresa de trabalho temporário
como sendo “a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas,
temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos”. Podemos assim
observar que o vínculo empregatício forma-se com a empresa de trabalho temporário e não com a tomadora dos
serviços do trabalhador. Neste aspecto diferencia-se o temporário do empregado característico.
O ENGENHEIRO E O DIREITO DO TRABALHODO EMPREGADOR AO EMPREGADO
Terceirização: Em princípio o Poder Judiciário Trabalhista, através de seu órgão máximo, o TST, rejeitou a
terceirização de mão de obra, admitindo-a somente para atividades de vigilância e limpeza. Depois admitiu-a para
atividades meio das empresas (Enunciado 331 do TST). Atualmente, acompanhando a tendência das empresas em
expandir a terceirização de serviços para aumentar a produtividade, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) está revendo
o referido Enunciado e a tendência é de ampliar as hipóteses de admissão da terceirização como meio lícito de
admissão de mão de obra. A terceirização irregular torna o vínculo empregatício direto com o tomador. No caso de
inadimplência de obrigações trabalhistas pelas empresas prestadoras de mão de obra, as empresas tomadoras devem
assumir as obrigações trabalhistas não honradas
Estagiário: A lei 6494/77 autoriza a admissão de estagiários pelas empresas, desde que nas condições ajustadas com
as faculdades ou escolas técnicas e nos estritos limites da lei (incluindo aí os aspectos formais) sem gerar vínculo de
emprego, ainda que preenchidos os requisitos deste (artigo 4.o). A realização do estágio somente considera-se válida
mediante termo de compromisso celebrado entre o estudante e a parte concedente, com interveniência obrigatória da
instituição de ensino (artigo 3.o). Somente podem ser considerados estagiários os alunos regularmente matriculados
em cursos vinculados ao ensino público e particular que freqüentem cursos de educação superior, de ensino médio, de
educação profissional de nível médio ou superior ou escolas de educação especial (artigo 1o da Lei).
O ENGENHEIRO COMO EMPREGADO
O regime jurídico do engenheiro empregado é, em sua quase totalidade, idêntico ao dos empregados
em geral. A diferença foi trazida pela Lei Lei 4950-A/66, que instituiu salário mínimo especial para o
engenheiro e adicional noturno diferenciado.
Salário mínimo: O engenheiro formado em curso superior a 4 anos tem direito à percepção de no
mínimo 6 salários mínimos por uma jornada de 6 horas diárias de trabalho. Caso a jornada seja maior
que 6 horas diárias, a hora acrescida deverá sofrer um acréscimo de 25 %. Assim, um engenheiro que
trabalhar 8 horas diárias tem direito à percepção de 8,5 salários mínimos como piso salarial. Cumpre
risar que a mencionada lei não assegura ao engenheiro uma jornada especial de 6 horas diárias como
ocorre com os bancários. A jornada de 6 horas serve apenas de base de cálculo para o salário mínimo.
Assim, quanto às horas extras, o regime jurídico do engenheiro é igual ao de qualquer empregado, ou
seja, caso não haja acordo (escrito ou através acordo coletivo ou convenção coletiva, com a
interveniência do sindicato) o engenheiro terá direito ao recebimento de horas extras a partir da 8.a
hora diária ou 44.a hora semanal.
O ENGENHEIRO COMO EMPREGADO
Adicional noturno: O empregado, pelo regime geral da CLT, tem direito a um adicional de 20% para o
trabalho efetuado entre as 22:00 h e 5:00 h. O engenheiro tem direito a um adicional de 25%.
CURIOSIDADES
AVISO DE FÉRIAS
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no
mínimo, 30 dias. Dessa participação o interessado dará recibo. (Redação dada pela Lei nº 7.414, de
9.12.1985)
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira
de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. (Incluído pelo
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
EMPREGADOR DEFINE O PERÍODO
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do
empregador. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
CURIOSIDADES
PISO DE TRABALHO
Art. 172 - Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem depressões que prejudiquem
a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
CARGA MÁXIMA
Art . 198 - É de 60 kg o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as
disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)
Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por impulsão
ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o
Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços
superiores às suas forças. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
CURIOSIDADES
MÚSICO TOCA NO MÁXIMO 6 HORAS
Art. 232 - Será de seis horas a duração de trabalho dos músicos em teatro e congêneres.
Parágrafo único. Toda vez que o trabalho contínuo em espetáculo ultrapassar de seis horas, o tempo de
duração excedente será pago com um acréscimo de 25 % (vinte e cinco por cento) sobre o salário da hora
normal.
DUAS MAMADAS POR JORNADA
Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá
direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a
critério da autoridade competente.
CURIOSIDADES
Qual o prazo que o empregador tem para efetuar o pagamento de salário ao empregado?
O pagamento em moeda corrente, mediante recibo, deverá ser feito até o 5º dia útil do período (mês,
quinzena, semana) subsequente ao vencido. É permitido o pagamento por cheque ou depósito bancário a
alfabetizados, desde que o horário do banco permita ao empregado movimentar a conta, devendo a
empresa pagar as despesas de condução, se o banco não estiver próximo. A movimentação da conta
através de cartão magnético também é permitida.
O que fazer se o empregado demitido, comparecendo ao sindicato ou ao Ministério do
Trabalho para homologação da rescisão trabalhista, se negar a receber as verbas devidas?
Nesse caso, é recomendável ingressar, no mesmo dia ou no subseqüente, com ação de consignação em
pagamento na Justiça do Trabalho, visando demonstrar a intenção de pagar o empregado.
CURIOSIDADES
O empregado que trabalha no horário noturno caso seja transferido para o horário diurno, perde o
direito ao adicional noturno?
O empregado perde o adicional, caso seja transferido para o horário diurno, conforme dispõe a Súmula 265 do
Tribunal Superior do Trabalho - TST; sendo importante que o empregador obtenha a anuência do mesmo por escrito;
caso contrário a mudança de horário não será lícita, por ferir o art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. É
devido o adicional noturno ao empregado que trabalhar no período entre as 22:00 horas de um dia e as 5:00 horas
do dia seguinte. Esse adicional é de 20% (vinte por cento) sobre a remuneração do trabalho diurno.
O trabalho realizado em dia feriado não compensado é pago de que forma?
A cláusula pertinente ao trabalho em domingos e feriados (folgas trabalhadas) da Convenção Coletiva de Trabalho
dos Empregados em Edifícios e Condomínios, determina a remuneração em dobro do trabalho em domingos e
feriados não compensados, sem prejuízo do pagamento do repouso remunerado, desde que, para este, não seja
estabelecido outro dia pelo empregador.
CURIOSIDADES
Quantas vezes o empregado pode faltar ao serviço sem perder o direito às férias?
Após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito às
férias, na seguinte proporção, conforme a CLT: “I - 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço
mais de 5 vezes; II - 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas; III - 18 dias corridos, quando
houver tido de 15 a 23 faltas; IV - 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas “.
Como proceder caso o empregado abandone o emprego?
No caso de abandono de emprego por mais de 30 dias, o empregador deverá notificar o empregado para
que compareça ao local de trabalho; Se comparecer e não justificar, fica caracterizada a desídia (faltas
reiteradas ao serviço), o que enseja a dispensa por justa causa. Caso não compareça, o abandono de
emprego fica configurado. A notificação poderá ser feita pelo correio com AR, telegrama ou pelo Cartório
de Títulos e Documentos. Aviso pela imprensa não tem grande valor perante a Justiça do Trabalho.
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