leitura@tecnologia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDEUNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação
PROJETO DE AÇÃO NA ESCOLA: COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO NA WEB
Maria Conceição de MeloLEITURA @ TECNOLOGIAS
TEMA:
Formação de alunos leitores que sintam prazer em ler adquirindo o hábito da leitura como também da
escrita através de multimídias onde o aluno terá oportunidade de interagir com diversos tipos de literatura
e tecnologias.
PÚBLICO:
Alunos do 4ºe 5º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Jovelino Theodoro, localizada em
Santo Antônio da Patrulha, zona rural, pertencente a 11ª Coordenadoria Regional de Educação- Osório-
RS. O nível sócio econômico da comunidade é baixo. A escola possui 13 professores, 5 funcionários e141
alunos sendo que nestas turmas de amostra para o projeto são 22 alunos.
INTRODUÇÃO
Percebendo a educação como um aprender a aprender “Piaget tem mostrado que, desde o princípio, a
própria criança exerce controle sobre a obtenção e organização de sua experiência do mundo exterior”
(Piaget, apud Goulart, 1984. p. 12) sendo assim é a protagonista da sua auto aprendizagem, onde é
construída paulatinamente de forma cognitiva e interacionista, da ação e reação contextualizada
resultando numa mudança de hábitos e atitudes é que acredito que a leitura é um caminho que resulta no
aprender a aprender.
Procurando integrar as metodologias educativas através dos (AVAs) Ambientes Virtuais de
Aprendizagens, (PAs) Projetos de Aprendizagens e (UA) Unidades de Aprendizagens que percebe a
educação num contexto de interação do sujeito com o mundo, ultrapassando o espaço escola e incidindo
sobre a vida do educando é que penso numa prática pedagógica com projetos que oportunizem a
construção do saber.
Neste contexto de mundo em que as tecnologias digitais da comunicação e informação formam uma
rede de busca pelo conhecimento torna-se visivelmente crucial que acompanhemos esta evolução
tecnológica procurando resignificar o modo de como a leitura é vista por nossos alunos e pais.
Utilizando os Projetos de Ensino Aprendizagem, que partem do interesse do aluno promovendo a
motivação e uma autonomia na construção do saber onde os agentes envolvidos interagem construindo e
reconstruindo conhecimento como ser pensante e atuante é que proponho meu Projeto de Ação neste
contexto da Biblioteca Escolar.
JUSTIFICATIVA:
Sabedora da importância da leitura no cotidiano escolar como fonte de reflexão, interpretação e
crescimento intelectual. Da sua função lúdica, de informação, de prazer e de interações nas redes sociais,
no contexto político e cultural. Da inter relação entre leitura e escrita e diante das constatações sobre o
nível do aprendizado de nossos alunos em diversos meios como vestibulares, avaliações externas das
escolas e queixas constantes dos professores assim como estatísticas em feiras de livros com relação à
formação de leitores é que penso em desenvolver um projeto de ação que possibilite o gosto pela leitura.
As razões que me motivaram a escolher este tema são pelo fato da Biblioteca Escolar ser meu espaço
de trabalho e por acreditar no poder da leitura para o desenvolvimento integral do aluno, tanto cognitivo
quanto cultural e emocional também pelas possibilidades de múltiplas leituras que a biblioteca oferece.
Neste projeto quero motivar nosso aluno a gostar de ler e a descobrir o encanto dos livros de
historinhas, de CDs, DVDs junto ao ambiente familiar promovendo a integração entre família e escola e a
responsabilidade da mesma com as tarefas de seus filhos através da multimídia. A simples leitura, assim
como ouvir, ver e assistir fábulas, poesias, cantiga, histórias e refletir sobre estas junto à família é um
importante encontro para fortalecer as relações de confiança entre pais e filhos.
Como incentivadora de leitura acredito que a mesma é crucial para a aprendizagem do ser humano,
pois é por meio dela que podemos descobrir novos valores, favorecer nosso autoconhecimento, dinamizar
o raciocínio, estimular a imaginação, a fantasia, o lúdico e a dramatização. O hábito de ler deve ser
estimulado na infância como algo importante e prazeroso. Cabe a escola este desafio, pois através dela
promoverá o trabalho de questões do cotidiano que aparecem nos conteúdos de várias disciplinas e
proporcionará a capacidade de interpretação, informação e criticidade. Despertando assim a necessidade e
a pertinência do poder da leitura.
Penso que assim as crianças terão a oportunidade de viver uma experiência encantadora que a
literatura pode proporcionar e ao mesmo tempo irão despertando o hábito da leitura que vai ajudar no seu
desempenho na escola e na vida.
OBJETIVO GERAL:
1. Reconhecer a relevância da leitura na formação de novos leitores no processo ensino aprendizagem e
como mecanismo de lazer, cultura, comunicação, informação e formação interligando biblioteca e
tecnologias de comunicação e informação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Dinamizar a Biblioteca Escolar oferecendo um espaço de contestação do saber através do aprender pela
leitura junto às novas tecnologias de informação e comunicação.
2. Propiciar ambientes motivadores que oportunizem a aproximação dos alunos com a literatura, de forma
encantadora e contextual. Que nesta construção de saberes tornem-se cidadãos conscientes de seu ser e
pertencer no mundo.
3. Criar um espaço de encantamento, onde a fantasia se misture a realidade buscando preencher as
necessidades básicas de afeto, auto-estima e auto realização através de um programa lúdico de leitura e
multimídias.
4. Promover ações que desencadeie o gosto e o hábito da leitura assim como conscientizar da importância
para desenvolver sua capacidade de observar, imaginar, descobrir e pensar.
5. Motivar a descobrir o encanto dos contos de fadas e histórias infantis junto ao ambiente familiar
promovendo a integração e harmonia familiar e escolar e a responsabilidade com as tarefas do filho em
parceria com a escola.
REFERENCIAL TEÓRICO:
Educar na cultura digital junto a biblioteca escolar implica em inovar o ambiente de aprendizagem
implícito através da literatura e pesquisa que permeiam este espaço. Pensando assim é fundamental que o
professor bibliotecário busque infinitas possibilidades de interação e crie diferentes oportunidades para
motivar alunos e educadores a aventurar-se nas páginas dos livros, formando o hábito de ler. Os desafios
que as inovações tecnológicas da atualidade trazem para o cotidiano de ensino e aprendizagens na escola
passam, com certeza, pelas bibliotecas escolares. Desafio este que se acumula a antigos que é de tornar a
biblioteca um espaço dinâmico e contextualizado.
"o conhecimento humano é essencialmente coletivo, e a vida social constitui um dos
fatores essenciais da formação e do crescimento dos conhecimentos...” (Piaget, 1973 p.17).
O que justifica a preocupação contestadora partindo do fato de que as tecnologias avançam numa
velocidade rápida e os currículos escolares não acompanham esta velocidade, constatando a angustia
vivenciada e experimentada por todos nós educadores reforçando a importância da interatividade onde a
aprendizagem acontece de forma que o conhecimento não parte nem do sujeito, nem do objeto, mas da
interação que permite possibilidades do aprender coletivamente. Presente nos meios de comunicação
virtual, tão visitado e integrado aos hábitos diários dos educandos da contemporaneidade.
Justificando assim a difusão e incorporação dos AVA no meio escolar de acordo com Vieira e Vaniel:
“O indivíduo, através da interação, poderá ampliar e seu conhecimento, (re) significando-o e, com isso,
desenvolver e colaborar para a construção de uma sociedade aprendente.” e “Enfim trabalhar com AVA no
ensino fundamental proporciona não só aos discentes, como também aos docentes, oportunidades de transformar e
reconstruir saberes existentes em aprendizagens significativas.”
Em conformidade com esta nova visão do aprendente a Biblioteca Escolar procura formas de interagir
contextualizada propondo uma ação inovadora e atual em sintonia com a realidade do mundo da
informação e da comunicação ao qual o aluno esta inserido.
E assim como Queirós (1999):
“As palavras são portas e janelas. Se debruçarmos e repararmos, nos inscrevemos na paisagem. Se
destrancarmos as portas, o enredo do universo nos visita. Ler é somar-se ao mundo, é iluminar-se
com a claridade do já decifrado. Escrever é dividir-se. Cada palavra descortina um horizonte, cada
frase anuncia outra estação. E os olhos, tomando as rédeas, abrem caminhos, entre linhas, para as
viagens do pensamento. O livro é passaporte, é bilhete de partida.... A leitura acorda no sujeito
dizeres insuspeitados enquanto redimensiona entendimentos. Há trabalho mais definitivo, há ação
mais absoluta do que essa de aproximar o homem do livro?”
O projeto de ação na Biblioteca Escolar prevê no seu conteúdo além da sistematização e efetivação do
gosto e o hábito da leitura uma nova visão deste espaço escolar por entender o mesmo como um processo
de interação entre o lúdico e a realidade, possibilitando nestes novos tempos a vitoria do respeito, da
dignidade e a consciência de si e do outro independente da posição social, da raça, credos e crença.
A leitura é um diálogo franco, cristalino e único, posto que a cada releitura as significações se dilatam
e fortalecem segundo Pennac (1999, p. 84).
PROCEDIMENTOS:
Num primeiro momento iniciarei minha proposta investigando os alunos sobre quais literaturas
conhecem e se gostam de ler proporcionando situações que entre em contato com estas através:
1. De exposição de livros na biblioteca escolar, onde terão a oportunidade de conhecer, manusear,
observar, interagir com os colegas e outras literaturas;
2. Ouvir histórias através de CDs interativos, com narração de histórias oportunizando ao mesmo tempo o
manuseio dos livros;
3. Promover uma sessão de cinema com DVDs, Data Show ou Vídeos de histórias infantis e contos de
fadas;
4. Levar a Sala Digital e interagir com sites de contos infantis narrados e animados ou Vídeos com as
historias de Monteiro Lobato;
5. Participar de sarau Poético com declamações de poemas, quadrinhas, poesias, charadas e advinhas;
6. Assistir peças de teatro e Contação de histórias com diferentes técnicas;
7. Divertir-se com brincadeiras e rodas cantadas ouvindo CDs e interpretando as músicas com gestos e
coreografias;
8. Retirar livrinhos de literatura infantil e infanto-juvenil levando para casa e efetuando a troca a cada
semana;
Durante estas atividades de motivação os alunos serão convidados a participar do Projeto Mala
Encantada, onde cada um fará a apresentação da mala usando uma das atividades exploradas acima.
Os alunos participarão da construção da mala desenhando, colando gravuras, pintando e ajudando a
confeccionar os materiais e orientações sobre o uso da mesma, que fará parte do material constante nela.
Dentro desta maleta o professor colocará um kit multimídia composto por livros de literaturas, CDs e
DVDs de acordo com a faixa etária de cada aluno. Haverá também um envelope lacrado, de EVA ou TNT
que chamaremos de Segredo. Dentro dele será colocada uma atividade ou brincadeira ou jogos ou
brinquedos e também os DVDs e CDs que será sempre uma surpresa para quem levar a mala. Fará parte
do conteúdo da mala materiais didáticos como lápis, borracha, giz de cera, folhas de ofício para execução
da tarefa e brinquedos como bichinho de pelúcia ou carrinho ou boneco ou a boneca Emília e um mimo
que poderá ser um pirulito, bala, balão, etc.
O critério utilizado para que o aluno leve a Mala para sua casa será sorteio através de fichas como o
nome dos alunos participantes e será u ma vez a cada semana.
Serão fixadas dentro da maleta as normas, as orientações, a descrição e objetivo do projeto,
resumidamente, permitindo que a família entenda o mesmo e também um bilhete de autorização e
responsabilidade sobre a participação no projeto e conservação dos materiais contidos.
Será feito também um cartaz do projeto e malinhas onde o nome do aluno sorteado ficará exposto
durante o tempo em que estiver com ela. Com o suporte e envolvimento da família, a criança escreverá
sua história a partir da história escolhida e criará uma técnica para a contação.
Os registros serão feitos através de fotos, filmagens, slides, ficha de leitor, produção dos alunos e
socialização dos mesmos no blog.
Para culminância faremos um acoplamento das tecnologias digitais junto à literatura construindo vídeo
didático no Movie Maker com as fotos das histórias recontadas e Power Point contendo a digitalização da
construção dos alunos, seus desenhos e escritas no slideshare ou e-book. Postaremos no blog e no
Youtube socializado com toda a comunidade escolar na Feira Pedagógica da escola, onde os alunos farão
a recepção dos convidados, demonstrado seu trabalho e divulgando o endereço de acesso na internet
através de um cartão com fotos, nome do projeto e site.
CRONOGRAMA:
O Projeto de Ação terá como subsídio a proposta de aprendizagem construtivista segundo Piaget “O
professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas”.
O tempo do desenvolvimento do projeto será de 4h semanal com os alunos do 4°ano, a partir de abril de
2011.
MÊS ATIVIDADES
Abril/4h 1 h – Abertura da Biblioteca com os teatros feitos com os alunos da escola:
“A Pílula Falante” e a “A vida é um Pisca Pisca” sobre Monteiro Lobato;
1h – Visitação na Biblioteca conhecendo o ambiente e as normas;
1h – Exposição de livros na biblioteca e Feira do Livro na Escola;
1h – Ouvir história com CD e livro de literatura infantil.
Maio/4h 1h – Sessão cinema contos de fada na Sala de Aula Digital no Data Show;
1h – Hora do Conto com fantoche “Aurora a Arara Cantora” de Gládis Ferrão.
1h – Apresentação do Projeto “Mala Encantada” com o sorteio do aluno e retirada
de livros de literatura;
1h – Contar história da “Mala Encantada” e troca dos livros de literatura.
Junho-4h 2h – Contar história da “Mala Encantada” e troca dos livros de literatura;
1h – Hora do Conto com avental e troca dos livros de literatura;
1h – Acessar sites com Contos de Fadas na Sala de Aula Digital da Escola.
Agos– 4h 2h – Contar história da “Mala Encantada” e troca dos livros de literatura;
2h – Sessão cinema com DVD de histórias infantis troca de livros de literatura.
Set- 4h 4h – Contar a história da “Mala Encantada” e troca dos livros de literatura.
Out - 4h 2h – Contar a história da “Mala Encantada” e troca dos livros de literatura.
2h – Criação do Movie Maker, slideshere, e-book e postagem no blog.
Nov – 4h 1 h – Construção Power Point, Postagem no Youtube;
3 h – Culminância e Socialização com a comunidade escolar.
RECURSOS:
No desenvolvimento do Projeto de Ação teremos como recursos humanos toda a comunidade escolar
desde os alunos, professores e pais; Como recursos tecnológicos utilizarão recursos da escola como a Sala
de Aula Digital, Data Show, Movie Maker, Slideshere, Youtube, Blog, Som, CD, DVD, TV, assim como
as tecnologias de uso do aluno partido do celular,mp3mp4mp5 aos laptops; Materiais de literatura, uma
variedade de recursos e jogos didáticos, fantoches, mala e outros. Buscaremos apoio financeiro através da
escola, dos órgãos competentes que a mantém e da própria comunidade escolar, para a concretização da
prática dos mesmos.
RFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA:
ALVARADO, Maitê. O Leiturão: Jogos Para Despertar Leitores. São Paulo: Ática, 2000.
ANGELOS, Maria Clara dos. Hora do conto: Incentivo à leitura. In: Revista do professor. Ano I,
junho, 1985.
ANTUNES, Celso. A Criatividade na Sala de Aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
BAMBERGER, Richard. Como Incentivar o Hábito de Leitura. São Paulo: Ática, 2000
CADORIN, Severino. Monografia e Tese Passo a Passo. Rio de Janeiro: Sotese, 2002.
CARRAHER, Terezinha Nunes org. Aprender Pensando: Contribuições da Psicologia Cognitiva para a
Educação. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1986
FAGUNDES, Lea; LAURINO, Débora; SATO, Luciane. Aprendizes do Futuro: as inovações
começaram! 2 ed. Brasília: MEC/PROINFO, 2006.
FILHO, Jair Rosário e Nobre, Júlio César: Meu Artigo » Educação » Ação cultural da prática
bibliotecária. Site visitado
http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/acao-cultural-pratica-bibliotecaria.htm
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed. São Paulo:
Cortez, 1988. 80p.
GOULART, Iris Barbosa. Piaget: Experiências Básicas para utilização pelo professor. 2ed.Petrópolis,
RJ:Vozes,1984.124p.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São
Paulo: Editora 34, 1993. RENCIAS:
KUHLTAU, Carol. Como usar a biblioteca na escola: um programa de atividades para o ensino
fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
VANIEL, Berenice Vahl, Adamatti, Diana e Moraes, Maritza Costa. Texto adaptado do Projeto de
Ação do Curso de Especialização em Educação Ambiental – versão 2007 EAD/FURG, com
autorização da Prof.ª Maria do Carmo Galliazzi.
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