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Vírus RNA - Descrição sumária de alguns grupos de vírus
Licenciatura em Ciências da Saúde
José Miguel Azevedo Pereira, PharmD, PhDFaculdade de Farmácia da Universidade de LisboaUnidade Interação Hospedeiro-Patogeno, iMed.Ulisboaemail: miguel.pereira@ff.ul.pt
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da Rubéola - Características
Família Togaviridae, género Rubivirus
Vírus com invólucro; Nucleocápside com simetria icosaédrica
Genoma: RNA de cadeia simples, polaridade positiva
Transmissão a partir de gotículas de saliva ou secreções nasais
Contagiosidade: 8 dias antes a 8 dias após o início dos sinais clínicos
Período de incubação: 14-21 dias (na maioria dos casos: 15-16 dias)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Doença benigna; infecção sem sintomatologia ou com:
Erupção máculo-papulosa que se inicia na face e progride para o tronco e membros, com uma duração de 3 dias
Febre moderada
Artralgias
Dores de cabeça
Linfoadenopatias
Conjuntivite
Vírus da Rubéola - Sintomas
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Altura da gravidez em que a primo-infecção materna ocorre (mesmo assintomática) é determinante nas consequências para o futuro recém-nascido
No primeiro trimestre: 80%-85% de possibilidade de haver mal-formações (possibilidade de aborto espontâneo)
A partir da 20ª semana: mal-formações são raras
Reinfecção: geralmente sem sintomas e raramente associada à transmissão vertical e ao SRC
Síndroma de Rubéola Congénita
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Consequências mais comuns:SurdezCegueiraMicrocefaliaDoença cardíaca congénitaAtraso mental
Algumas destas sequelas aparecem 2-4 anos após o nascimentoPrevenção: vacinação e controlo dos níveis de imunidade dirigida para o vírus da rubéola (vacina de vírus vivos atenuados - cuidado em grávidas e em imunodeprimidos)
Síndroma de Rubéola Congénita
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Clinicamente:Erupção máculo-papulosaFebre moderadaArtralgias, linfoadenopatias, conjuntivite
Laboratorialmente:Isolamento do vírusAumento significativo do título de anticorpos (IgG) entre um soro precoce e um soro tardioIgM positiva
Possibilidade de IgM falsamente positiva devido a reacções cruzadas
Rubéola - Diagnóstico
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Importante:Distinção entre primo-infecção de reinfecção (pesquisa de IgM)
Duração dos anticorpos IgM: 3-6 semanas após o período de incubação
Colheita de soro precoce (início dos sinais clínicos ou antes) e soro tardio (15 dias após o soro precoce)
Análise de ambos os soros em paralelo
Dados epidemiológicos relevantes
Rubéola - Diagnóstico na grávida
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Principal agente etiológico de hepatites não-A, não-B transmitidas entericamente
Pertence à família Hepeviridae (género Hepevirus): 4 genótipos
Vírus com genoma RNA de cadeia simples de polaridade +
Transmissão oral-fecal...
Vírus da Hepatite E (HEV)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Período de incubação médio: 40 dias (15-60 dias)
Sintomas: Dores abdominais, anorexia, urina escura, febre, icterícia, náuseas e vómitos
Gravidade dos sintomas aumenta com a idade
Infecções crónicas foram relatadas em imunodeficientes (transplantes)
Taxa de mortalidade:População em geral: 1-3%
Grávidas: 15-25%
HEV - Características clínicas
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
HEV - Diagnóstico
Pesquisa de anticorpos específicos anti-HEV
Colheita até ao fim do 1º mês (detecção das IgM)
Detecção do vírus nas fezes (ME, RT-PCR)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Aumento das transaminases: 4-5 semanas após infecção e persistem durante 20-90 dias
Excreção de vírus nas fezes: 3ª - 4ª semana após infecção e persiste durante cerca de 2-4 semanas
HEV - evolução dos marcadores
J Miguel Azevedo Pereira FFULVirologia - Teóricas
Hoofnagle, 2012
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
HEV - Epidemiologia
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Hospedeiros naturais: porco, ratos e primatasTransmissão: fecal-oral (águas contaminadas); sanguínea nas regiões endémicas (virémia); zoonose
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Evitar consumo de água e gelo; marisco, frutas ou legumes não cozinhados, em países com deficientes condições higieno-sanitárias
Regras básicas de higiene
HEV - Prevenção
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da Hepatite A (HAV)
Família Picornaviridae, único representante do género HepatovirusObservado pela primeira vez em 1973 por M.E. a partir das fezes de um indivíduo infectadoAnimais permissíveis à infecção: Homem, chimpanzésExtremamente resistente aos agentes fisico-químicosCultura do vírus difícil; estudos do ciclo replicativo feitos em células de rim de macaco e células diplóides humanasReceptor: proteína membranar da família das mucinas
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da hepatite A
Características epidemiológicas
Período de incubação: 30 dias (15-50 dias)
Vias de transmissão:
Oral-fecal (água e alimentos contaminados)
Raramente: sanguínea (virémia transitória); sexual (contactos anais); saliva (objectos contaminados)
Portadores assintomáticosJ Miguel Azevedo Pereira
FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da hepatite A
Poder patogénicoEntrada por via digestiva
Resiste ao pH ácido do estômago; a partir do intestino, chega ao fígado onde se multiplica no citoplasma dos hepatócitos. As partículas virais produzidas: sangue, bílis
Excreção viral inicia-se duas semanas após a ingestão (109/g de fezes)
Virémia é concomitante com a excreção nas fezes e é máxima durante a icterícia; dura 1-2 semanas
Destruição do hepatócito por acção directa do sistema imunológico e não devido ao ECP do vírus
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da hepatite A
Sinais clínicosCausador da hepatite infecciosa mais frequenteFormas de apresentação (variam com a idade do hospedeiro):
Assintomática (90% das crianças < 5 anos; 20-30% dos adultos)
Benigna com duração de 1-2 semanas
Severas (sintomas durante vários meses)
Fulminantes (raras)
Sintomas: astenia, anorexia, vómitos, náuseas, icterícia (75% dos casos); raramente: doenças auto-imunes
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da hepatite A
Diagnóstico:
Detecção de anticorpos anti-HAV, IgG e IgM por ELISA
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Marcadores do HAV
Níveis das transaminases não se correlacionam com a gravidade da infecção
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da hepatite A
Tratamento:
Tratamento sintomático
Transplante hepático em hepatites fulminantes
Prevenção:
Vacina de vírus inactivados (formol)
Normas de higiene pessoais e colectivas
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
J.M. Azevedo Pereira URIA-CPM-FFUL
Hepatotrópico (hepatócitos) Não citopático Família Flaviviridae (gén. Hepacivirus) Seis genótipos (1-6) Hospedeiro natural: Homo sapiens e chimpanzés
Transmissão: Sanguínea Sexual VerticalCapacidade de induzir infecções persistentes (70-90%)170 milhões de infecções crónicasAssociado ao desenvolvimento de cirrose e hepatocarcinoma celular
Vírus da Hepatite C (HCV)
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
J.M. Azevedo Pereira URIA-CPM-FFUL
HCV - genoma e proteínas
core E1 E2 NS2 NS3 NS4 NS55’ 3’
P7
A B A BLic Ciências da Saúde - ULisboa
J.M. Azevedo Pereira URIA-CPM-FFUL
core E1 E2 NS2 NS3 NS4 NS55’ 3’
P7
A B A B
core - cápsideE1, E2 - invólucroP7 - canal iónicoNS2/NS3 - proteaseNS3/NS4 - inactivação de factores antivirais celularesNS4 - helicase; NTPaseNS5 - morfogénese
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
J.M. Azevedo Pereira URIA-CPM-FFUL
Infecção pelo HCV http://wwwnc.cdc.gov/Lic Ciências da Saúde - ULisboa
J.M. Azevedo Pereira URIA-CPM-FFUL
Factores de risco associados à infecção pelo HCV www.cdc.gov/hepatitis Lic Ciências da Saúde - U
Lisboa
Transmissão do HCV
Transfusão ou transplante a partir de dador infectado
Uso de drogas intravenosas
Hemodiálise (longos tratamentos)
Acidentes com agulhas e objectos cortantes
Relações sexuais: (múltiplos parceiros; DST)
Filho de mãe infectada com o HCV
(maior se co-infectada com o HIV: 6% vs. 17%)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
HCV - Importância clínica (I)
Infecção clinicamente silenciosa
Doença hepática crónica em 70% dos indivíduos infectados
Infecção persistente na quase totalidade (85-100%) dos indivíduos infectados
Ausência de anticorpos protectores
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Cerca de 10-20% dos indivíduos com infecção crónica desenvolvem cirrose1-5% dos indivíduos infectados desenvolvem carcinoma hepato-celular 20-30 anos após infecçãoNo Reino Unido, cerca de 30% dos carcinomas hepato-celulares estão associados à infecção pelo HCVFactores implicados na cronicidade e severidade da infecção :
genótipo vírico (1b)co-infecção com HIV, HBVconsumo exagerado de álcool, idade > 50 anos, sexo masculino
HCV - Importância clínica (II)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
HCV - Variabilidade
HCV possui elevada heterogeneidade genética (RHV)
Quasi-espécies
Anticorpos dirigidos para a RHV
Mutantes que escapam à neutralização serológica
Infecção persistente/Ausência de protecção
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
HCV-diagnóstico
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Teste Objectivo ComentáriosDetecção de Ac anti-HCV
EIA RIBA
Detecção de Ac específicos. Se + indica infecção pelo HCV (presente/passada)
Não distingue infecção crónica de aguda
RNA viral qualitativoDetecta a presença do vírus; Positivo 1-3 semanas após
infecção
Falsos + e -; detecção intermitente ao longo da
infecção
RNA viral quantitativoDetermina a concentração de vírus no plasma (cópias/
ml de plasma) Em geral é menos sensível do que o teste qualitativo
Genotipagem Determina a qual genótipo o HCV pertence
Genótipo 1 (1A e 1B) é o mais frequente na Europa e
o menos susceptível à terapêutica
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Hepatite C - Dados laboratoriais
Fonte: CDC
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
J.M. Azevedo Pereira URIA-CPM-FFUL
Algoritmo do diagnóstico do HCV
Fonte: CDC
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
HCV - Prevenção
Não existe vacina
Rastreio das dádivas de sangue
Inactivação dos derivados de sangue
Não partilha de seringas, agulhas e outros objectos cortantes
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Fármacos anti-viraisInterferão alfa
15-20% de resultados satisfatórios após 6 meses de tratamento; 25-30% após 12-18 meses de tratamentogenótipos virais 1 e 4 menos susceptíveisTempo de semi-vida superior no caso de interferão alfa pegilado (PEG-Intron®)
RibavirinaInibidores da protease viral (Boceprevir e Telaprevir)Inibidores da polimerase
HCV - Tratamento
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Rotavírus :características virológicas
• Família Reoviridae, género Rotavirus
• Vírus sem invólucro
• Cápside icosaédrica de simetria cúbica com 75 nm
• Genoma RNA dupla cadeia, segmentado (11 segmentos)
• Ao M.E. apresentam uma morfologia semelhante a roda (rota-vírus)
• Existem 7 grupos antigénicos (A-G); os que infectam o Homem são do grupo A (maioria), B (minoria) e C (China e Índia)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Rotavírus: epidemiologia
• Principal causa (50%) de diarreias graves em crianças com menos de 5 anos de idade: 1/3 das hospitalizações nos EUA.
• Cerca de 140 milhões de rotaviroses por ano• Mortalidade associada a infecções em países sub-desenvolvidos• Maior incidência na faixa etária entre os 6-24 meses. Antes dos 3 meses as crianças
estão protegidas pelos anticorpos maternos
• Seroprevalência após os 3 anos: praticamente 100%• Infecções em idades mais avançadas são raras (contacto intra-familiar)• Infecção sazonal: pico de casos ocorre nos meses frios (Novembro -Abril no Hemisfério
Norte).
• Transmissão oral-fecal, por contacto directo ou objectos contaminados e favorecida pela elevada concentração de vírus nas fezes
• Período de incubação: 1-3 dias• Associado a infecções nosocomiais
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Rotavirus-2003; crianças <5 anos
300 000 - 800 000 mortes/anoJ Miguel Azevedo Pereira
FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Características clínicas
• Diarreia líquida e abundante (5-8 dias)
• Vómitos
• Desidratação
• Acidose metabólica
• Febre moderada (38º-39ºC)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Rotavírus: diagnóstico
• Necessário para distinguir doutras gastrenterites (virais ou não) e para estudos epidemiológicos
• Amostra: fezes colhidas nos primeiros 3-5 dias de diarreia (1010 partículas virais/grama de fezes)
• Conservação: 4ºC (1-2 dias); -20ºC (vários meses)
• Métodos de rotina:
pesquisa de antigénios virais (ELISA, aglutinação)
• Outros métodos:
M.E. / I.M.E. (método de referência)
PAGE
RT-PCR
Difícil de cultivar in vitro
O diagnóstico serológico tem pouco interesse prático
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Rotavírus: prevenção e tratamento• Tratamento sintomático
• Hidratação (água, NaCl, Glucose)
• Oral
• IV
• Vacina: Oral, vírus vivos atenuados
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Norovirus
Pertence à família Caliciviridae, género Norovirus
Associados a gastrenterites independentemente da idade do hospedeiro
Genoma RNA de cadeia simples, polaridade +
Sem invólucro
Não se multiplicam em culturas celulares
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Norovirus:características clínicas
In vivo infecta os enterócitos diferenciados
Período de incubação: 24-48 h
Diarreia líquida, náuseas, vómitos, febre baixa (rara), dores abdominais (duração 1-2 dias)
Nas crianças predominam os vómitos enquanto que nos adultos predomina a diarreia
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Norovirus: epidemiologia
Principal causa não bacteriana de GE nos adultos e crianças com mais de 3 anosAssociado predominantemente a GE epidémicas em adultos e crianças em idade escolar principalmente em colectividades (escolas, hospitais, colónias de férias, etc.)Em crianças com menos de 3 anos é a segunda causa mais importante de gastrenteritesInfecção não sazonal
Imunidade adquirida de curta duraçãoTransmissão é predominantemente fecal-oral directamente ou através de objectos contaminados; fonte de contaminação: água ou alimentos contaminados (saneamento e higiene)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Norovirus - diagnóstico
Amostra: fezes
Métodos:
Pesquisa de Ag viral
RT-PCR (limiar de detecção: 10-40 cópias de RNA viral)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da raiva
Pertence à família Rhabdoviridae, género Lyssavirus e existem sete genótipos diferentes
Genoma: RNA monocatenário, não segmentado, de polaridade negativa
Vírus com invólucro derivado da membrana citoplasmática
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da raiva
Epidemiologia:O ser humano contamina-se por contacto directo com animais infectados ou indirectamente por contacto com animais domésticos (bovinos, por exemplo) que tenham sido mordidos
A saliva do animal raivoso é infectante
As mordeduras e arranhões são a principal via de transmissão
As escoriações cutâneas podem servir de porta de entrada
Outras vias de transmissão são possíveis nomeadamente: o contacto da conjuntiva com a saliva infectada; inalação de aerossóis, etc.
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da raiva
Poder patogénico:O vírus multiplica-se localmente ao nível da região da inoculação (mordedura, arranhão); infecta os nervos periféricos dessa região (sem disseminação sistémica); inicia a difusão ascendente (via axonal centrípeta ou retrógrada) ao longo dos neurónios até ao SNCAo nível do SNC o vírus da raiva vai infectar em particular as células do hipocampo e do lobo temporal
As lesões do hipocampo são responsáveis pela agressividade
do animal que o leva a morder os outros elementos num ciclo
vicioso perfeito onde o vector se confunde com o reservatório
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da raiva
Poder patogénico:O cérebro acaba por ser totalmente afectado dando origem a uma encefalopatiaPor uma via axonal centrifuga, o vírus da raiva dissemina-se pelo organismo localizando-se na saliva, na pele, na conjuntiva, nas mucosas nasais e digestivas, na urina, nos músculos, nos folículos pilosos, etc.
O período de incubação é determinado pela proximidade do local de mordedura em relação ao SNC ou da densidade de enervamento dessa região
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da raivaManifestações clínicas:Período de incubação: uma semana a vários meses (em média: 2-3 meses)Indivíduo infectado apresenta
Insónia
Ansiedade
Agitação
Intolerância ao vestuário
Hidrofobia
Paralisias
Morte
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da raiva
Diagnóstico:A manipulação do vírus da raiva impõe normas de segurança BSL 3.Amostras: saliva, LCR, biopsias cutâneas; post-mortem: tecido cerebral do hipocampo ou do bolbo raquidianoTécnicas:
I.F. ou I.P. para detectar os corpos de Negri (CN)
Isolamento do vírus em células de neuroblastoma murino (presença do vírus confirmada por pesquisa dos CN)
Pesquisa de antigénio viral por EIA
Pesquisa de RNA viral por técnica de RT-PCR
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da raiva
Tratamento
Lavar abundantemente a zona da mordedura
Vacinação pós-exposição ou sempre que se suspeite de possível contágio (cinco inoculações: 0, 3, 7, 14 e 28 dias)
Imunoglobulinas específicas
Vigiar animal agressor
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da raiva
Prevenção:
Vacina preventiva (profissões de risco: veterinários, tratadores de animais, pessoal de matadouros, etc)
Vacinação dos animais de companhia
Controlo dos animais vadios
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Origem do HIV
A SIDA é uma zoonose transmitida do macaco ao Homem
HIV-1 terá sido transmitido inicialmente por volta de 1920-30
HIV-2 terá sido transmitido por volta de 1940 ± 16
Podem estar a ocorrer episódios zoonóticos no presente… (Peeters et al. 2002)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Família RetroviridaeSub-família Género Exemplos de espécies
Orthoretrovirinae
Alpharetrovirus Avian leukosis virus; Rous sarcoma virus
Betaretrovirus Mouse mammary tumor virus; Mason-Pfizer monkey virus
Gammaretrovirus Murine leukemia virus; Feline leukemia virus;
Deltaretrovirus Bovine leukemia virus; Human T-lymphotropic virus 1; Human T-lymphotropic virus 2
Epsilonretrovirus Walleye dermal sarcoma virus
Lentivirus
Human immunodeficiency virus 1; Human immunodeficiency virus 2; Simian immunodeficiency virus; Bovine immunodeficiency virus; Feline
immunodeficiency virus; Visna/maedi virus
Spumaretrovirinae Spumavirus Simian foamy virus 1, Simian foamy virus 3
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
• Vírus com invólucro• Dois tipos: HIV-1 e HIV-2• Agente causal da SIDA• Genoma RNA (duas cadeias)• 100 nm de diâmetro• Nucleocápside cónica
Características do HIV
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Fases clínicas - CDC
Baseada na presença de anticorpos anti-HIV e em critérios clínicos e laboratoriais.
Clínicos:
CDC A: ausência de sintomatologia (excepto linfoadenopatia persistente)
CDC B: aparecimento de infecções oportunistas indicando uma diminuição na resposta imunológica (candidíase, zona, etc)
CDC C: aparecimento de infecções oportunistas indicando uma marcada imunodeficiência (infecções por CMV, HSV, etc, sarcoma de Kaposi)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Fases clínicas - CDC
Laboratoriais:
CDC 1: Linfócitos CD4+ > 500 células/µl
CDC 2: Linfócitos CD4+ 200-499 células/µl
CDC 3: Linfócitos CD4+ < 200 células/µl
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
R5 virus Memory CD4+ T-cellsDCsMacrophages
X4 virus Naive CD4+ T-cells
J Miguel Azevedo Pereira - URIA
Patogénese da infecção
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Patogénese da infecção
Quais as razões para essa imunodeficiência
1º
HIV tem tropismo para as células expressando a molécula CD4
Linfócitos T-auxiliadoresMonócitos e macrófagos
Outras
HIV tem a capacidade de destruir as células quer directamente quer indirectamente (apoptose)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
2º
HIV tem uma alta taxa de replicação, mesmo durantea fase de latência clínica (109 partículas virais/dia)
Patogénese da infecção
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
3º
HIV tem uma elevada variabilidade genética, principalmenteno gene env, codificante para as
proteínas do invólucro
Determinantes de várias propriedades víricas:Tropismo
NeutralizaçãoCitopatogenicidade
Patogénese da infecção
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
A infecção pelo HIV-2 tem sido detectada em países da África Ocidental ou em países que com
eles têm ou tiveram relações culturais/sociais/económicas
A infecção pelo HIV-1 tem sido detectada em todo o Mundo
Na epidemiologia da infecção:
O caso particular do HIV-2...
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Na transmissão:As vias são as mesmas, no entanto a taxa de
transmissão do HIV-2 é muito menor do que a do HIV-1 (Kanki et al. 1994; Adjorlolo-Johnson et al.
1994)
O caso particular do HIV-2...
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Na patogénese:
As taxas de mortalidade e de progressão para a imunodeficiência e para SIDA são menores na
infecção pelo HIV-2 (Marlink et al. 1994; Whittle et al. 1994; Jaffar et al. 1997; Poulsen et al. 1997)
O caso particular do HIV-2...
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Família Picornaviridae - Classificação
Género Espécie Serótipos
Rhinovirus
Tipo A 58 serótipos
Tipo B 17 serótipos
Não classificados 25 serótipos
Hepatovirus Vírus da hepatite A 1
Enterovirus
Tipo A Coxsackievirus A 2-8, 10, 12, 14, 16
Tipo BCoxsackievirus B 1-6, A9,
Echovirus 1-7, 9, 11-21, 24-27, 29-33, Enterovirus 69
Tipo C Poliovirus 1-3, Coxsackievirus A1, 11, 13, 15, 17-22, 24
Tipo D Enterovirus 68 e 70
Parechovirus Parechovirus humanos Parechovirus tipo 1 e tipo 2J Miguel Azevedo Pereira
FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Género Enterovírus
Conhecidos à mais de 3500 anosEm 1949, cultura do poliovirus em células não-nervosasSalk, em 1955, criou a primeira vacina (vírus inactivado) contra a poliomieliteSabin, em 1963, cria a vacina para a poliomielite (vírus vivos atenuados)Pela mesma altura, em Coxsackie (NY, EUA), é identificado o Coxsackievirus nas fezes dum indivíduo (vírus coxsackie A e B)
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Género Enterovírus
Características epidemiológicas:
Reservatório dos enterovirus: Homem, principalmente as crianças infectadas
Vírus é excretado em elevada concentração nas fezes, por vezes durante longos períodos de tempo, e persiste no meio ambiente
Transmissão: oral-fecal (água, alimentos contaminados; contactos inter-pessoais); transmissão por via aérea é possível; nosocomial
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Género Enterovírus
Poder patogénico no Homem:Poliovirus: Poliomielite anterior agudaCoxsackievirus A: Herpangina; Doença das mãos-pés-boca; conjuntivites hemorrágicasCoxsackievirus B: Miocardites/pericardites; Doença de Bornholm ou pleurodinia; hepatiteEchovirus: Exantema de BostonEnterovirus 68: BronquiolitesEnterovirus 70: Conjuntivite hemorrágicaEnterovirus 71: paralisia; Doença das mãos-pés-boca
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Género Enterovírus
Poder patogénico no homem
Possíveis casos de infecções crónicas - patologias musculares ou cardíacas
Envolvimento na génese de certos tipos de diabetes, pericardites ou de paralisias recorrentes
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Poliovirus
Causador da poliomielite anterior aguda:
Incubação: 15 dias
Sintomas: febre, infecção rino-faríngea, dores musculares intensas, paralisias dos membros; por vezes afectando os músculos respiratórios (fatal). Após vários anos podem surgir situações de atrofia muscular denominada sindroma pós-poliomielítico cuja patogénese é mal conhecida
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Género Enterovírus
DiagnósticoIsolamento viral; com pouca sensibilidade quando aplicado a certos líquidos biológicos (LCR) e a certos serotipos (coxsackievirus A, enterovirus 68 - 71)
RT-PCR; de interesse primordial em infecções neuro-meníngeasPesquisa de anticorpos específicos (IgG e IgM), por técnicas imunoenzimáticas; por vezes dão reacções cruzadas que dificultam o diagnóstico. Com pouco interesse prático
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
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Género Enterovírus
Interesse do diagnóstico dos enterovírus:
Diagnóstico de:
Infecção neuro-meníngea aguda
Infecção neonatal ou materno-fetal
Miocardite ou pericardite aguda
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Género Enterovírus
Prevenção:
Vacina para a poliomielite (viva ou inactivada) com excelentes resultados
Normas de higiene básicas
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus respiratórios
Vírus que tanto infectam o tracto respiratório superior como o inferior
Apresentam afinidade para as células epiteliais das mucosas respiratórias (receptores celulares)
Podem ocorrer infecções por vários vírus em simultâneo
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus respiratóriosVírus Patologia
Rinovírus Constipações
Adenovírus Faringites, infecções do tracto respiratório sup. e inf.
VRS Bronqueolite, pneumonia, constipações
Parotidite Parotidite epidémica (papeira)
Sarampo Sarampo
Parainfluenza Constipações, “croup”, inf do tracto resp. sup. e inf.
Metapneumovírus Pneumonia
Coronavírus Cosnstipações, pneumonia, SRA
Influenza Gripe, pneumoniaJ Miguel Azevedo Pereira
FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus do Sarampo e da Parotidite Epidémica
Infecções adquiridas durante a infância
Induzem imunidade de longa duração (10 anos)
Ambas evitáveis por vacina
J Miguel Azevedo Pereira FFUL
Lic Ciências da Saúde - ULisboa
Vírus da Parotidite Epidémica
Conhecida por papeira, é uma doença infecciosa aguda relativamente benignaTransmitida através do contacto directo com a saliva ou objectos contaminados com saliva ou urinaPeríodo de incubação: 18-20 diasPode atingir os adultos - orquitesCasos esporádicos ou epidémicos mais frequentes no Inverno e PrimaveraPertence à família Paramyxoviridae género Morbilivirus
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Vírus da Parotidite Epidémica - epidemiologia
A infecção causada por estes vírus é endémica, ou seja:
Com uma distribuição universal
A infecção ocorre durante todo o ano mas com especial incidência no Inverno e na Primavera
Podem observar-se pequenas epidemias.
A vacinação permite o controlo da doença observando-se uma grande diminuição do número de casos e das suas complicações (encefalite).
O controlo da transmissão da infecção é difícil pela:
Forma fácil de transmissão e período de transmissibilidade (aparecimento do vírus na saliva muito antes do aparecimento dos sintomas);
Elevado número de infecções inaparentes
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Vírus da Parotidite Epidémica - patogénese
MULTIPLICAÇÃO inicial (durante o período de incubação) no epitélio respiratório da naso-faringe invadindo, posteriormente, as vias linfáticas e sanguínea, originando uma doença sistémica COM VIRÉMIA. Como consequência o vírus pode localizar-se em órgãos como os testículos (orquite), ovário, rim, pâncreas, sistema nervoso central (meningite asséptica, encefalite, meningoencefalite), etc.
Quadro clínico mais frequente manifesta-se pela tumefacção dolorosa de uma ou das duas parótidas (em simultâneo ou com intervalo de 2 a 3 dias) acompanhada de febre.
O vírus está presente na
SALIVA – 1 semana antes e até uma semana depois do início dos sintomas
URINA – durante 14 dias após o início dos sintomas
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Vírus do Sarampo
Pertence à família Paramyxoviridae género Morbilivirus
Com invólucro
Genoma do tipo RNA cadeia simples polaridade -
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Vírus do SarampoO Sarampo é uma doença altamente contagiosa que
se caracteriza por um rash ou exantema maculopapular, febre, sintomas respiratórios e conjuntivite.
Nos países desenvolvidos o sarampo provoca uma doença que se pode considerar benigna e as complicações são raras.
Podem surgir complicações que assumem maior gravidade nas crianças imunodeprimidas e/ou mal nutridas.
Nas regiões tropicais está associada a uma elevada mortalidade infantil (especialmente em África).
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Vírus do Sarampo - patogénese da infecção
A infecção é adquirida através de aerossóis que entram via tracto respiratório ou olho. Tal como o vírus da parotidite e contrariamente aos parainfluenza, o vírus dissemina-se por via sanguínea. A patogénese é característica de uma infecção aguda generalizada.
Virémia primária – fase de multiplicação do vírus nas células do epitélio respiratório (com destruição celular) e nos órgãos linfóides locais.
Fim do período de incubação (10 dias) – marcado pelo início dos sintomas respiratórios.
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Vírus do Sarampo - patogénese da infecção II
Virémia secundária: após o 10º dia verifica-se uma segunda fase de virémia, generalizando-se a infecção a vários tecidos e órgãos – epitélio respiratório, ocular, urinário e intestinal, tecido linfático e SNC. Aparece o exantema maculopapulares (1º na face, depois difunde-se para o tronco e membros) e as manchas de Koplik (membrana mucosa junto aos molares).
Vírus tem linfotropismo e origina leucopénia (consequência da destruição celular).
Diminuição transitória da imunidade celular por multiplicação do vírus nos macrofagos e linfócitos (tb nos monócitos).
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Vírus do Sarampo - complicações
Local Complicações
Tracto RespiratórioCroup (fase prodromal), bronquite, pneumonia de células gigantes (doentes, em especial crianças,
imunodeficientes)
Olho Conjuntivite, ulceração da córnea
OuvidoOtite média, com possível infecção bacteriana
secundária
Intestino Enterite com diarreia
SNCConvulsões febris (fase aguda); encefalite pós infecciosa, encefalite aguda e panencefalite
esclerosante subaguda
A gravidade do sarampo advêm das complicações que podem surgir.
Encefalite pós infecciosa (1/5000) – 3 a 10 dias após o exantema.
Encefalite aguda – 1 a 6 meses após o exantema (crianças com imunodeficiencias)
PEES (1/500000) – 9 a 15 anos após a doença. Infecção lenta e fatalJ Miguel Azevedo Pereira
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Vírus do Sarampo - prevenção e tratamento
VACINA (viva atenuada)
Permite a prevenção e controlo da doença observando-se uma diminuição do número de casos e das complicações.
VASPR (Vacina contra o sarampo, a papeira e a rubéola)
A 1ª dose - é administrada entre os 15 e os 18 meses de idade
A 2ª dose - entre os 5 e os 6 anos de idade
Para crianças nascidas antes de 1994 uma 2ª dose deve ser administrada entre os 10 e os 13 anos.
Imunização passiva com IgG humanas anti-sarampo indicada nos casos de risco de infecção (imunossupressão, na gravidez ou crianças) conferindo protecção até 30 dias.
TRATAMENTO: Utilização de ribavirina e antibióticos no tratamento das complicações bacterianas.
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Vírus Influenza
Pertencem à família Orthomyxoviridae
Incluem três tipos: Vírus Influenza A, B e C que se distinguem pelas características antigénicas das respectivas nucleoproteínas
O vírus Influenza A subdivide-se em subtipos de acordo com as características antigénicas da neuraminidase e hemaglutinina
Vírus de genoma do tipo RNA de cadeia simples polaridade negativa; é um genoma segmentado composto por oito segmentos
Agentes causais da gripe
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Vírus Influenza - morfologia
Vírus com invólucro, pleiomórfico
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NS1, NS2NS1, NS2NS1, NS28M1,CM2M1, BM2M1, M27
NA, NBNA6NPNPNP5HEHAHA
PAPAPA
P2PB2PB1
432
P1PB1PB21CBASEGMENTOS DE RNA
PROTEÍNAS CODIFICADAS NOS VÍRUSINFLUENZA
Organização do genoma e proteínas virais
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Vírus Influenza - Epidemiologia
Maior incidência nos meses de Outono e Inverno
Transmissão através de inalação de partículas virais (aerossóis), contacto directo com itens contaminados; recintos fechados são especialmente importantes
Período de incubação: 1-4 dias
Caracteristicamente estes vírus apresenta uma elevada variabilidade antigénica devida a fenómenos de “antigenic shift” - Pandemias cíclicas - ou a antigenic drift
Reservatório ao nível das aves aquáticas
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Estirpe humanaH3N2
Estirpe aviáriaH5N1
Nova estirpe humanaH5N1
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