lição bíblica 3º trimestre 2013
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FilipensesA humildade de Cristo
como exemplo para a Igreja
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J o v e n sA d u lto s
DeAmizade
a Zelo,a Bíblia em sua vida
Como funciona a oração? O que a Bíblia realmente diz sobre o dinheiro?
A Bíbiia tem algo a dizer sobre amizade?
Nem sempre é fáci! iigar os pontos entre as diversas passagens bíblicas sobre um tema em particular, pelo qual você possa estar interessado, independentemente do assunto: dinheiro, sucesso ou como vencer a depressão.
Mas agora você encontrará as respostas de modo rápido e prático no Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. Esta obra é o seu guia bíbiico, organizado em 645 tópicos, em ordem alfabética, que orientam a maneira como você vive seu dia a dia.
Um recurso indispensávelpara sua vida
Em destaque, alguns temas:- Amizade - Atitudes - Contentamento- Dinheiro - Dúvida - Depressão - Encorajamento- Oração - Preocupações - Sexo - Zelo
o m
NAS MELHORES LIVRARIAS0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w . i iv ra r iacpad .com.br ; :
L i ç õ e sB í b l i c a s
C om entário : ELIENAI CABRAL Lições do 3° Trimestre de 2013
Lição 1Pauio e a Igreja em Filipos 3Lição 2Esperança em Meio à Adversidade 9
Lição 3O Comportamento dos Salvos em Cristo 1 5
Lição 4Jesus, o Modelo Ideal de Humildade 22
Lição 5As Virtudes dos Salvos em Cristo 30Lição 6A Fidelidade dos Obreiros do Senhor 37Lição 7A Atualidade dos Conselhos Paulinos 43
Lição 8A Suprema Aspiração do Crente 50Lição 9Confrontando os Inimigos da Cruz de Cristo 57Lição 10A Alegria do Salvo em Cristo 65Lição 11Uma Vida Cristã Equilibrada 73Lição 12A Reciprocidade do Amor Cristão 81
Lição 13O Sacrifício que Agrada a Deus 89
Liç õ e s B íb l ic a s i
3ÍBLICASMESTRE
P u b l ic a ç ã o T r im e s t r a l d a C a s a P u b i ic a d o r a d a s A s s e m b le ia s d e D e u s
P re s id e n te d a C o n v e n ç ã o G e ra l d a s A s s e m b le ia s d e D e u s n o B ra s il José Wellington Bezerra da Costa_______P re s id e n te d o C o n s e lh o A d m in is t ra t iv oJosé Wellington Costajúnior D ire to r E x e cu tiv o Ronaldo Rodrigues de Souza G e re n te d e P u b lic a ç õ e sAlexandre Claudino Coelho_____________C o n s u lt o r ia D o u t r in á r ia e T e o ló g ic a Antonio Gilberto e Claudionor de Andrade G e re n te F in a n c e iro Josafá Franklin Santos Bomfim G e re n te d e P ro d u çã o Jarbas Ramlres Silva G e re n te C o m e rc ia l Cícero da Silva G e re n te d a R e d e d e L o ja s João Batista Guilherme da Silva G e r e n t e d e C o m u n ic a ç ã o Rodrigo Sobral Fernandes C h e fe d e A r t e & D e s ig n Wagner de Almeida C h e fe d o S e to r d e E d u c a ç ã o C r is t ãCésar Moisés Carvalho __R e d a t o r e sMarcelo de Oliveira eOliveirae Telma BuenoD e s ig n e r s G rá f ic o sLuiz Felipe Kessfer e Marlon SoaresC a p aFlamir AmbrósioA v. B r a s i l , 3 4 .4 0 1 - B an g uR io d e J a n e iro - RJ - C e p 2 1 8 5 2 / 0 0 2T e l. : ( 21) 2 4 0 6 -7 3 7 3Fax : ( 2 1 ) 2 4 0 6 -7 3 2 6
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CB4D
2 L iç õ e s B íb l ic a s
r Lição 17 de Julho de 2013
P a u l o e a Ig r e j a em F il ipo s
L E IT U R A D l A R I A
Segunda - Fp 1 -3-6 A oração que inspira compromisso
Terça - Fp 1.7 A justiça provém do amor
Q u a r t a - F p 1.12-15 Tribulações por amor ao Evangelho
Q uinta - Jo 1 5 .4 ,5 ,8 ,16 O amor revela-se em obras
Sexta - Rm 12.9 21 O amor valida as boas obras
Sábado - Fp 4.14-19 O amor gera contentamento
L iç õ e s B íb l ic a s 3
IN TERA ÇÃ O 1
P rezado p ro fe s so r , neste tr im e stre estudarem os a carta do apóstolo Paulo aos fiüpenses. Os temas contemplados nesta epístola são diversos. O apóstolo fala sobre o ca rá te r de Deus, a alegria , o serviço , o conflito e o sofrim ento dos santos. Mas o tema que ganha m aior destaque na carta é o senhorio de Jesus Cristo , o kyrios de Deus (2 .9 ,10). O Pai o fez Senhor e Cristo.O com entarista do trim estre é o Pastor Elienai Cabral — conferencista e autor de várias obras publicadas pela CPAD, m em bro da Academ ia Evangélica de Letras do B rasil e tam bém da Casa de Le tra s Em ílio Conde. Que D eus abençoe a sua vida e a de seus alunos. Bons estudos!
■ LEITU RA BÍBLICA I EM CLASSEI F il ip e n se s 1=1-1 1
I 1 - Paulo e T im óteo , se rv o s de I Je su s C risto , a todos os santos em I Cristo Je su s que estão em Filipos,I com os b ispos e d iáconos:I 2 — graça a vós e paz , da parte de
II Deus, nosso Pair e da do Senhor II Je su s Cristo .I 3 - Dou g raças ao meu Deus todas [ as vezes que me lem bro de vós,I 4 - fazendo , sem pre com a legria ,I oração por vós em todas as m inhas I súp licas,
I 5 - pe la vo ssa co o p e ra çã o no evangelho desde o p rim e iro dia até agora .6 - Tendo p o r certo isto m esm o: que aquele que em vós com eçou a boa obra a aperfe içoará até ao Dia de Je su s Cristo .7 - Como tenho por ju s to sen tir isto de vós todos , porque vos retenho em meu coração, po is todos vós fo stes partic ipantes da m inha g ra ça , tanto nas m inhas p risões como na m inha defesa e confirm ação do evangelho.8 - Porque Deus me é testem unha das sa u d a des que de todos vós tenho, em entranhável afeição de Je su s C risto .9 - E peço isto : que o vosso am or aum ente m ais e m ais em ciência e em todo o conhecim ento.T O - Para que aproveis as co isas excelen tes, para que se ja is since-
âf ros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo ,11 - cheios de fru to s de ju s t iç a ,
p a ra
_____ OBJETIVO S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
In tro d u z ir a Epístola aos Filipenses destacando a cidade, a data e o loca! da autoria.
Explicar o propósito, a autoria e os destinatários da epístola,
C o m p r e e n d e r os atos de oração e ação de graças do apóstolo Paulo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, para introduzir a lição desta
semana reproduza o esquema da página seguinte. Faça a exposição panorâmica da Epístola aos Filipenses, explicando o propósito e suas principais divisões. Mostre aos alunos que a carta pode ser dividida em duas partes principais: (1)
Circunstâncias em que Paulo se encontrava e (2) assuntos de interesse da igreja
— alegria, o serviço, o caráter de Deus, o conflito e o sofrimento, etc.
Aprendamos, pois, neste trimestre, com a igreja de Fiíipos. Boa aulai
4 L iç õ e s B íb l ic a s
IN T R O D U Ç Ã O
Neste trimestre, estudaremos a Epístola de Paulo aos Filipenses. Esta carta é uma declaração de amor e gratidão do apóstolo pelo amoroso zelo dos filipenses para com os obreiros do Senhor. A epístola está classificada no grupo das cartas da prisão — Filipenses, Fílemon, Colossenses e Efésios. Além de realçar a verdadeira cristologia, a epístola orienta-nos quanto ao comportamento que
PALAVRA-CHAVE
Ep ísto la : Cada carta ou lições dos apóstolos
às comunidades cristãs primitivas.
devemos ter diante das hostilidades e perseguições enfrentadas pela Igreja de Cristo.
I - IN T R O D U Ç Ã O À E P ÍS T O L A
1. A cidade de Filipos. Localizada no Norte da Grécia, foi fundada por Filipe II. Outras cidades como Anfípo-
k lis, Apolônia, Tessalônica e Bereia também faziam parte daquela região (At 17.1,10). Filipos, porém, era uma colônia romana (At 16.12) e um importante centro mercantil, pois estava situada no cruza-
ESBO ÇO DA EP ÍSTO LA AOS FILIPENSES
A utor: Apóstolo Paulo.Tem a: Alegria de viver por Cristo.D ata: Cerca de 62/63 d.C.P ro p ó sito s: Agradecer aos filipenses por suas ofertas generosas; informar o seu estado pessoal na prisão de Roma; transmitir à congregação a certeza do triunfo do propósito de Deus na sua prisão para levar os membros da igreja de Filipos a se esforçarem em conhecer melhor o Se nhor, conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz.
Introdução (1.1-11)■ Saudações.■ Ação de graças e oração pelos Filipenses.
I. A s c ircu n stâ n c ia s em que Paulo se enco ntrava (1.12-26)■ A prisão de Paulo contribuiu para o avanço do Evangelho.■ A proclamação de Cristo de todas as formas.■ A disposição de Paulo para viver ou morrer.
II. A ssu n to s de In te re sse da Ig re ja (1 .27-4 .9)■ Exortação de Paulo aos filipenses.■ Os mensageiros de Paulo à Igreja.■ Advertência de Paulo a respeito de falsos ensinos,■ Conselhos finais de Paulo.
C o n clu são (4.10-23)■ Reconhecimento e gratidão pelas ofertas recebidas.■ Saudações finais e bênção.
M
ET-
Liç õ e s B íb l ic a s 5
r ,n..........mento das rotas comerciais entre a Europa e a Ásia.
2u O Evangelho chega à Fili- pos. Por volta do ano 52 d.C., o apóstolo Paulo, acompanhado por Silas e Timóteo, empreendeu uma segunda viagem missionária (At 15.40; 16.1-3). Ao entrar numa cidade estrangeira, a estratégia usada por Paulo para anunciar o Evangelho era sempre a mesma: dirigir-se em primeiro lugar a uma sinagoga. Ali, o apóstolo esperava encontrar judeus dispostos a ouvi-lo. Mas, na sinagoga de Fiiipos, havia uma comunidade não muito inclinada a escutá-lo. Por isso, Pauio concentrou- -se num lugar público e informal para faiar a homens e mulheres desejosos por discutir assuntos religiosos.
Lá, o apóstolo encontrou Lídia, de Tiatira, uma comerciante que negociava púrpura (At 16.14). Ela se converteu a Cristo e levou o primeiro grupo de cristãos de Fiiipos a congregar-se em sua casa. No lar da irmã Lídia, a igreja começou a florescer (At 16.15-40).
3. Data e loca l da au to ria . Apesar das dificuldades para se referendar a data e o local da Epístola aos Filipenses, os especialistas em Novo Testamento dizem que a carta foi redigida entre os anos 60 e 63 d.C., provavelmente em Roma. Na ocasião, o apóstolo Paulo estava encarcerado numa prisão, e recebeu a visita de um membro da igreja em Fiiipos, cha-
I mado Epafrodito. Este chegara a ficar gravemente adoentado, “mas Deus se apiedou dele” que, agora recuperado, acabou por levar a mensagem do apóstolo aos filipenses.
S IN O P SE D O T Ó P IC O (1)
Após chegar numa cidade gentílica, o apóstolo Paulo dirígia-se a uma sinagoga judaica para evangelizar.
6 L iç õ es Bíblica s
R E S P O N D A
1, Faça um resum o a respe ito da cidade de Fiiipos.2. Qual a data mais prováve l em que fo i escrita a Epístola aos Filipenses?
II - A U T O R IA E D E S T IN A T Á R IO S
1. Paulo e Tim óteo- O nome de Timóteo aparece juntamente com o de Paulo na introdução da epístola fiíipense (v.l). Apesar de Timóteo ser apresentado como coautor da carta, a autoria principal pertence ao apóstolo Paulo. Este certamente tratou com Timóteo, seu discípulo, os assuntos expostos na carta. O apóstolo Paulo também não desfrutava de boa saúde, e este fato fazia com que dependesse constantemente da ajuda de um auxiliar na composição de seus escritos (Rm 16.22; 1 Co 1.1; Cl 1.1).
2. O s d e stin a tá rio s da carta : “tod os os sa n to s”. Paulo chama os cristãos de Fiiipos de “santos” (v. 1). Isto é, aqueles que foram salvos e separados, por Deus, para viver uma nova vida em Cristo. Este era o tratamento comum dado por Paulo às igrejas (Rm 1.7; 1 Co 1.2). Quando o apóstolo dos gentios usa a expressão “em Cristo Jesus”, ele quer ilustrar a relação íntima dos crentes com o Cristo de Deus — semelhante ao recurso usado porjesus quando da ilustração da “videira e os ramos” (cf. Jo 15.1-7).
3= A lguns d estin atário s d ist in to s : “ b isp o s e d iá c o n o s”. A distinção entre “bispos e diáconos” expressa a preocupação paulina quanto à liderança espiritual da igreja (v.l). O modelo de liderança adotado pelas igrejas do primeiro século funcionava assim: os “bispos” eram responsáveis pelas necessidades espirituais da igreja local e os “diáconos” pelo serviço à igreja sob a supervisão dos bispos.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
Apesar de T im óteo aparecer como o coautor da carta, a autoria da epístola é do apóstolo Paulo.
R E S P O N D A3. Quem é o coautor e autor da carta aos filipenses?4. Quem são os destinatários da carta aos filipenses?
III - A Ç Ã O D E G R A Ç A S E P E T IÇ Ã O P E L A IG R E JA D E
F IL IP O S ( 1 3 - 1 1 )1. A s ra z õ e s p e la ação de
g raças. “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós” (v.3). A razão de o apóstolo Paulo lembrar-se dos filipenses nas suas orações, e alegrar-se por isto, foi a compaixão deles para com o apóstolo quando da sua prisão, defesa e confirmação do Evangelho (v.7). Esta lembrança fortalecia Paulo na sua solidão, pois, apesar de estar longe fisicamente dos filipenses, aproximava-se deies pela oração, onde não há fronteiras.
2. Uma oração de g ratidão (vv.3-8). Paulo lembra a experiência amarga sofridajuntamente com Silas em Filípos (v.7). Eles foram arrastados à presença das autoridades, açoitados em público, condenados sumariamente e jogados no cárcere, tendo os pés atados ao tronco (At16.19,23,24). Essa dura experiência fez o apóstolo recordar o grande livramento de Deus concedido a ele, a Silas e ao carcereiro (At 16.27-33).
Os filipenses participaram das aflições do apóstolo e proveram-no, inclusive, de recursos financeiros (4.15-18), ao passo que os coríntios fecharam-ihe as mãos (1 Co 9.8-12). Por isso, quando lemos a Epístola aos Filipenses percebemos o amor, a amizade e a grande estima que Paulo nutria para com aquela igreja (v.8).
3. Um a o ra çã o de p etição (vv.9-11). Após agradecer a Deus pelos filipenses, o apóstoio passa a rogar a Deus por eles:
a) Que o vosso am or aumente m ais e m ais em ciência e em todo o conhecim ento (v .9). O desejo do apóstolo é que o amor cresça e se desenvolva de modo mais profundo, levando cada crente em Filipos a ter um maior conhecimento de Cristo.
b) Para que aproveis as coisas excelentes para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo (v. 10). Paulo intercedia pelos filipenses, pedindo ao Senhor que lhes concedesse a capacidade de discernir entre o certo e o errado. Esta capacidade fará do crente uma pessoa sincera e sem escândalo até a volta do Senhor.
c) Cheios de frutos de justiça (v. 11). O apóstolo desejava que os crentes filipenses não fossem estéreis, mas cheios do fruto da justiça para a glória de Deus. A justiça que vem de Deus manifesta-se com perfeição no caráter e nas obras do crente.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )A atitude de ação de graças
e petição pela igreja de Filipos é o tema que predomina na introdução da epístola.
R E S P O N D A5. Quais são as três petições de Paulo apresentadas na lição em fa vo r dos filipenses?
C O N C L U S Ã OAs adversidades ministeriais na
vida do apóstolo Paulo eram amenizadas na demonstração de amor das igrejas plantadas por ele. Ao longo deste trimestre, veremos o quanto a j igreja de Filipos foi pastoreada por aquele que não media esforços nem limites para proclamar o Evangelho:o apóstolo Paulo.
L iç õ e s B íb l ic a s 7
V O C A B U L Á R IO
C o lô n ia : Grupo de migrantes que se estabelecem em terra estranha. Ou lugar onde se estabelece quaisquer migrantes.
S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 55, p.36.
A U X ÍL IO B IB L IO G R Á F IC O
Subsídio Bibliográfico “[Filipos]A cidade de Filipos foi fundada em
360 a.C. por Filipe da Macedônia. Foi construída na aldeia de Krenides em Trácia e serviu como um centro militar significativo. Quando Roma conquistou a área duzentos anos mais tarde, Filipos se tornou a principal cidade na Macedônia, um dos quatro distritos romanos do que é hoje conhecido como a Grécia. Lá, aconteceu a famosa batalha entre os exércitos de Brutus e Cassius e aqueles de Otávio e Marco Antônio (42 a.C.). A vitória de Otávio levou ao estabelecimento do Império Romano, e ele é lembrado pelo nome sob o qual governou aquele império - Augustus. Filipos floresceu como uma cidade colonial no império Romano; é a única cidade romana chamada de ‘colônia’ no Novo Testamento {At 16.12). Muitos veteranos de guerras romanas, particularmente do conflito mais antigo entre Antônio e Otávio, povoaram este lugar, tendo recebido porções de terras por seu serviço a Roma. A cidade teve orgulho deste estado como uma colônia romana, desfrutando dos privilégios de isenção de impostos. Promoveu o latim como sua língua oficial e modelou muitas de suas instituições segundo as de Roma (por exemplo, o governo cívico). Os magistrados que Paulo e seus companheiros encontraram primeiro em Atos 16 trouxeram o título honorário de ‘pretores’. O sentimento de orgulho dos fiiipenses é evidente em Atos 16.21, onde vários cidadãos se referem a si mesmos como ‘Romanos’” (ARRINGTON, ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.).
| Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Vol. 2, Rio de
1 Janeiro: CPAD, 2009, p.470).
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1 A cidade de Filipos foi fundada por Felipe II, localizada no Norte da Grécia. Além de ser uma importante colônia romana (At 16.12), era um importante centro mercantil entre a Europa e a Ásia. 2* De acordo com os especialistas do Novo Testamento, a carta foi redigida
entre os anos 60 e 63 d.C. 3. Timóteo e Paulo.
4 . Aos crentes de Filipos, chamados santos, e “bispos e diáconos” da Igreja.5. Que os fiiipenses crescessem em amor e ciência, tivessem sinceridade e
que dessem frutos de justiça.
8 L iç õ e s B íb l ic a s
Lição 214 de Julho de 2013
SPERANÇA EM MEIO À A d v e r s i d a d e
T E X T O Á U REO
“Porque para mim o v iver é Cristo , e o m orrer é ganho” (Fp 1.21)«
L iç õ e s B íb l ic a s 9
L E IT U R A B ÍB LIC A EM C L A S S EF i l ip e n se s 1.12-21
12 - E quero, irmãos, gue saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho.13 - D e maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares;14 - e muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor.1 5 - Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente;16 - uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho;1 7 - mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões.18 - Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda.1 9 - Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo,20 - segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.21 - Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.
IN TERAÇÃO
A prisão do apóstolo Paulo em Roma fo i crucial para a propagação do Evangelho na região de Fiiipos. A partir de uma experiência de sofrimento, Deus usou pessoas para propagar a mensagem das Boas Novas. É verdade que alguns pregadores usavam o sofrimento do apóstolo para proclam ar Cristo de boa consciência. Outros utilizavam-se do sofrim ento alheio para obterem vantagens pessoais. Cristo não era o centro das suas preleções. Infelizmente, na atualidade, algumas pessoas perderam o temor de Deus. A exemplo daqueles pregadores de Fiiipos, elas exploram as tragédias pessoais, pois veem nelas a oportunidade de se locupletarem com as feridas alheias (elas sabem que o sofrimento humano pode se r muito rentável). Cristo não se acha mais no centro de suas vidas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que as adversidades podem contribuir para a expansão do Evangelho.
E x p l ic a r as motivações de Paulo para a pregação do Evangelho.
C o m p r e e n d e r que o significado da vida consiste em vivermos para o Evangelho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, para concluir a
lição sugerimos a seguinte atividade:(1) Pesquise ao menos três países cujo
índice de perseguição religiosa é grande,(2) identifique missionários que atuam nesses locais (a pesquisa pode ser feita peias agências missionárias, secretaria
de missões de sua igreja ou internet). (3) Em seguida, pesquise o crescimento de
cristãos nesses países visando identificar como o trabalho missionário tem sido realizado. Conclua dizendo que, a exemplo do que ocorreu a Paulo, o Evangelho continua a ser propagado no mundo através do sofrimento de muitas pessoas que se
dispõem a propagá-lo com ousadia.
IN T R O D U Ç Ã O
Nesta lição, veremos como a paixão pelas almas consumia o coração de Paulo. Embora preso em Roma, ele não esmorecia na missão de proclamar o Evangelho. E, tendo como ponto de partida o seu sofrimento, o apóstolo ensina aos filipenses que nenhuma adversidade será capaz de arrefecer-lhes a fé em Cristo. Ao contrário, ele demonstra o quanto as suas adversidades foram positivas ao progresso do Reino de Deus.
I - A D V E R S ID A D E : U M AC O N T R IB U IÇ Ã O P A R A A P R O C L A M A Ç Ã O D O
E V A N G E L H O
1- Paulo na prisão. Paulo estava preso em Roma, aguardando julgamento. Ele sabia que tanto poderia ser absolvido como executado.Todavia, não se achava ansioso. O que mais desejava era, com toda ousadia, anunciar a Cristo ate mesmo no tribunal. Paulo não era um preso qualquer; sua segurança estava sob os cuidados da guarda pretoriana (1.13). Constituída de 10 mil soldados, esta guarda encarregava-se de proteger os representantes do Império Romano em qualquer lugar do mundo. Sua principal tarefa era a proteção do imperador.
2. Uma porta se abre através da a d versid a d e . Uma das principais contribuições da prisão de Paulo foi a livre comunicação do Evangelho na capital do mundo antigo. Os cristãos estavam espalhados por toda a cidade de Roma e ad jacências . Definitivamente a prisão de Paulo não reteve a força do Evangelho e
o promoveu universalmente. Deus ;; usou o sofrimento do apóstolo para ; que o Evangelho fosse anunciado de Roma para o mundo (v. 13).
___ _______________________________________
SIN O PSE D O T Ó P IC O (1)
A prisão de Paulo foi uma porta ab er ta para a p ro c lam ação do Evangelho.
R ESP O N D AÉ!
/. De acordo com a lição, qual fo i a prin cipa l contribu ição da p risão de Paulo para o Evangelho?
II - O T E S T E M U N H O D E | P A U LO NA A D V E R S ID A D E
( 1 .1 2,1 3)
1. O poder do Evangelho. Demodo objetivo, Paulo diz aos filipenses que nenhuma cadeia será capaz de impor limites ao Evangelho de Cristo.
Esse sentimento superava todas as expectativas do apóstolo concernentes ao crescimento do Reino de Deus. O seu propósito era ver as Boas Novas prosperando entre os gentios. Portanto, nenhum poder humano conterá a força do
Evangelho, pois este é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1,16).
2. A p reo cu p ação d o s f i l i p e n ses com Paulo. Está implícita a preocupação dos filipenses com o bem-estar de Paulo. Eles o amavam e sabiam do seu ardor em proclamar o Evangelho. Todavia, achavam que a sua prisão prejudicaria a causa cristã.O versículo 12 traz exatamente essa conotação: ,£E quero, irmãos, que saibais as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho”. Para o apóstolo, seu J j
PALAVRA-CHAVE
A d v ersid ad e :Infelicidade, infortúnio, revés. Qualida
de ou caráter de adverso.
L iç õ e s Bíb l ic a s II
encarceram ento contribuiu ainda mais para o progresso da mensagem evangélica (v.13).
3. Paulo re je ita a autopie- d a d e . Paulo era um missionário consciente da sua missão. Para ele, o sofrimento no exercício do santo ministério era circunstancial e estava sob os cuidados de Deus (v.19). Por isso, não manifestava autopiedade; não precisava disso para conquistar a compaixão das pessoas. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento algo passageiro, pois os infortúnios servem para encher- nos de esperança, conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de “que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
SINOPSE DO T Ó P IC O (2)
O testemunho de Paulo na adversidade pode ser observado pela sua rejeição a autopiedade e a sua fé no poder do Evangelho,
R ESP O N D A
2. Como Paulo via o sofrim ento?
III - M O T IV A Ç Õ E S PA RA A P R E G A Ç Ã O D O E V A N G E L H O
( 1 . 1 4 -1 8 )
Duas motivações predominavam nas igrejas da Ásia Menor ondeo apóstolo Paulo atuava. São elas:
12 L iç õ e s B íb l ic a s
1. A m o tiv a ç ã o p o s it iv a .“E muitos dos irmãos no Senhor, tom an do ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem tem or” (v.14). Estava claro para os cristãos romanos, bem como para a guarda preto- riana, que o processo judicial contra Paulo era injusto, porque ele não havia cometido crime aigum. Além de saberem da inocência do apóstolo, os pretorianos recebiam diariamente deste a m ensagem do Evangelho (v.13). O resultado não poderia ser outro. Os cristãos filipenses foram estimulados a anunciar o Evangelho com total destemor e coragem.
2. A m otivação n eg ativa . A prisão de Paulo motivou os cristãos a proclamar o Evangelho de “boa m e n te ” e “por a m o r ”. Mas havia aqueles que usavam a prisão do apóstolo para garantir vantagens pessoais. Dominados pela inveja e pela teimosia, agiam por motivos errados. Mas pelo Espírito, o apóstolo entendeu que o mais importante era anunciar Cristo ao mundo “de toda a maneira”. Isto não significa que Paulo aprovava quem procedia dessa forma, porque um dia todo mau obreiro terá de dar contas de seus atos ao Senhor (Mt 7.21-23).
SINOPSE DO T Ó P IC O (3)
infelizmente eram duas as motivações que predominavam na igreja de Filipos: (1) a positiva (pregação com destemor e coragem) e (2) a negativa (pregação pelo interesse pessoal).
RESPON DA
3. Cite e explique as m otivações que predom inavam nas ig re jas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo atuava.
IV - O D IL E M A D E P A U LO ( 1 .1 9 - 2 2 s s . )
1. V iv e r para C r is to . “Nisto me regozijo e me regozijarei ainda” (v.18). Estas palavras refletem a alegria de Paulo sobre o avanço do Evangelho no m undo. Viver, para o apóstolo, só se justifica se a razão for o ministério cristão: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher" (vv.21,22).
A morte para ele era um evento natural, mas glorioso. Significava estar imediatamente com Cristo. O Mestre era tudo para Paulo, o princípio, a essência e o fim da sua vida. Nele, o apóstolo vivia e se movia para a glória de Deus. Por isso, podia dizer: “E vivo, não mais eu; mas Cristo vive em mim”(GI 2.20).
2. Paulo su p e ra o d ile m a . “Estar com Cristo” e “viver na carne”. Este era o dilema do apóstolo (vv .23 ,24) . Ele d ese ja v a es tar na píenitude com o Senhor. Todavia, o amor dele pelos gentios era igualm en te in ten so . “Ficar na c a r n e ” (v.24), aqui, refere-se à vida física. Isto é: viver para disseminar o Evangelho pelo mundo. Mais do que es colha pessoal, estar vivo justifica-se apenas para proclamar o Evangelho
i e forta lecer a Igreja. Este era o ^ p ensam en to paulino. Nos versículos 25 e 26, ele entende que, se fosse posto em liberdade, poderia I rever os irmãos de Filipos, e viver | o amor fraterno pela providência do Espírito Santo.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (4 ) |
O dilema de Paulo era, imediatamente, “estar com Cristo” ou “viver na carne” para edificar os filipenses.
R E S P O N D A
4. Qual era o m aior dilema de Paulo apontado na lição?5. Você está pronto a tra b a lh a r na * causa do Senhor; m esm o que isso sign ifique en fren ta r oposiçoes de fa lso s cren te s , além das p rivações m ateria is ou fís ica s?
C O N C L U S Ã O |
Pauto resolveu o seu dilema em relação à igreja, declarando que o seu desejo de estar com Cristo foi superado pela amorosa obrigação de servir aos irmãos (vv.24-26).Ele nos ensina que devemos estar prontos a trabalhar na causa do Senhor, mesmo que isso signifique enfrentar oposição dos falsos crentes e até privações materiais. O que deve nos importar é o progresso do Evangelho e o crescimento da Igreja de Cristo (vv.25,26).
R EFLEX Ã O
“Jesus era tudo para Paulo, o princípio, a essência e o fim da sua vida. Nele, o apóstolo
vivia e se movia para a glória de Deus Elienai Cabral
L iç õ e s B íb l ic a s 13
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O
ãfjSubsídio Teológico
‘A lg u n s pregam C risto por in v e ja e p o rfia , m a s o u tro s de boa m ente (1.15). Posteriormente Paulo voltará sua atenção aos judai- zantes, que distorcem o evangelho in s is t in d o nas o b r a s c o m o algo essencial para a salvação (3.2-11). Aqui a tensão é pessoal em vez de doutrinária. Alguns se tornam evangelistas mais ativos por um espírito competitivo, tendo um prazer perverso no pensamento de que Paulo está atado e incapaz de tentar a lcançámos. Outros se tornam evangelistas mais ativos por amor, um esforço de aliviar Paulo da preocupação de que expansão do evangelho retrair-se-á devido à sua inatividade forçada.
É fa sc in a n te ver com o Paulo recusa-se a julgar as motivações, e está encantado com o fato de que, seja pela razão que for, o evangelho está sendo pregado. Poucos de nós têm essa maturidade. Os críticos de Paulo poderão ficar am argamente ressentidos com o seu sucesso, maso apóstolo não ficará ressentido com eles! Em vez disso ele se regozijará por Cristo estar sendo pregado, e deixará a questão dos motivos para o Senhor.
P o rq u e s e i q u e d is t o m e re su lta rá sa lv a ç ã o (1.19). Paulo não se refere aqui à sua libertação da prisão. O maior perigo que qualquer um de nós enfrenta é o desânimo que as dificuldades frequentem ente criam” (RICHARDS, Lawrence O. C o m e n tá r io H istó r ico -C u ltu ra l do Novo Testam ento, l .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p,437).
VOCABULÁRIOL o c u p le ta re m : Enriquecerem ; encherem em demasia; fartarem.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDAPEARLMAN, Myer. E p ís t o la s P a u lin a s : Sem eando a s D outrinas C ristã s . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1 998 ,ZUCK, Roy B (Ed.), T eo lo g ia do Novo Testam en to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 8 .
S A I B A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 55, p.37.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Foi a iivre comunicação do Evangelho na capitai do mundo antigo.
2. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento aígo passageiro, pois os infortúnios servem para encher-nos de esperança, conduzindo- -nos numa bem-aventurada expectativa de “que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que
amam a Deus” (Rm 8.28).3. A primeira motivação era positiva, caracterizada pela disposição dos fiiipenses pregarem o Evangelho com destemor e coragem. A segunda era negativa, pois a sua principal característica era os pregadores que usavam a prisão do apóstolo para garantir
vantagens pessoais. 4= “Estar com Cristo” ou “viver na carne'1.
5. Resposta pessoal.
14 L iç õ e s Bíb l ic a s
Lição 32 / de Julho de 2013
O C o m p o r t a m e n t o d o s S a l v o s em C r i s t o
“Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para
que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais
num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo peia
fé do evangelho” (Fp 1.27).
Segunda - Fp 1.27-30Um chamado ao Evangelho
Terça - Fp 2.1-4 Um chamado à unidade
Q uarta - Jo 10.7-18O chamado do Bom Pastor
Sexta - Hb 4.14-16Um chamado a confiar em Cristo
- 1 Co 12.12Em Jesus somos um
Q uinta - SI 1 5Um chamado à santidade
L içõ e s B íb lica s 15
_______________IN TERA ÇÃ O ___________
O c r e n t e é s a l v o p e l a g r a ç a , m e d i a n t e a f é e m J e s u s . E s t e d o m v e i o d e D e u s e n ã o d o p r ó p r i o c r e n t e ( E f 2 . 8 ) . O a p ó s t o l o P a u l o f a z q u e s t ã o d e l e m b r a r e s s a v e r d a d e e t e r n a a o s e f é s i o s p a r a q u e e l e s n ã o c a í s s e m n a s a n d i c e d e g l o r i a r e m - s e n a s p r ó p r i a s o b r a s . A s o b r a s s ã o o r e s u l t a d o d a s a l v a ç ã o e n ã o a c a u s a d e l a . A s E s c r i t u r a s e n s i n a m q u e é i n i m a g i n á v e l u m s a l v o e m C r i s t o n ã o m a n i f e s t a r o b r a s d e a r r e p e n d i m e n t o e a m o r a o p r ó x i m o C to 1 5 ) , p o i s d o c o n t r á r i o , e l e n ã o s e r i a d i s c í p u l o d e J e s u s . P o r i s s o , e s t u d e a t i ç ã o d e s t a s e m a n a c o m o v i é s d o E v a n g e l h o q u e d i z r e s p e i t o a n o s s a c o n d u t a p a r a c o m a s o c i e d a d e , l e v a n d o e m c o n t a q u e n ã o n o s c o m p o r t a r e m o s d i g n a m e n t e p e r a n t e a o s h o m e n s p a r a s e r m o s s a l v o s , m a s p o r q u e o s o m o s p e l a g r a ç a d e D e u s , o n o s s o S e n h o r
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S EF il ip e n se s 1,27-30; 2.1-4
F i l ip e n s e s 1
2 7 — Som ente deveis po rta r-vos dignam ente conform e o evange■ lho de C risto , para que, quer vá e vos veja , q u e r este ja ausente , ouça acerca de vós que esta is num mesmo esp írito , com batendo ju n tam ente com o mesm o ânimo pela fé do evangelho.28 - E em nada vos espanteis dos que resistem , o que para eles, na ve rd a d e , é ind ício de p e rd içã o , m as , para vós, de sa lvação , e isto de Deus.
2 9 - Porque a vós vos fo i conced ido , em re la çã o a C r is to , não som ente c re r nele, como também padecer p o r ele ,3 0 - tendo o mesmo com bate que já em mim tendes visto e, agora , ouvis e sta r em mim.
F i l ip e n s e s 2
1 - Portanto, se há algum conforto em Cristo , se algum a consolação de am or; se algum a com unhão no Esp írito , se a lguns en tran h áve is afetos e com paixões,
2 - com pletai o meu gozo, para que sin ta is o m esm o, tendo o m esm o am or, o m esm o ânim o, sentindo uma m esm a coisa.
Í3 - Nada faça is p o r contenda ou por vanglória, mas p o r hum ildade; cada um considere os outros superio res a s i mesmo.
s 4 - Não atente cada um para o que é propriam ente seu , m as cada qual tam bém para o que é dos outros.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
C o m p ree n d e r as características corri“ portamentais de um cidadão do céu.
Contextua!izar o comportamento digno do crente ante uma posição oposta.
P rom ov er a unidade da igreja.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, as palavras por
si mesmas falam muito. Talvez haja pessoas em sua ctasse que não estejam familiarizadas com os termos “consolação de amor”, “entranháveis afetos e compaixões”, “mesmo amor", “foco no
outro como em si mesmo”. Note a força semântica apresentada pelo apóstolo
Paulo no uso dessas expressões! A nossa sugestão é que você, munido de bons
comentários bíblicos, enfatize o uso das expressões acima no tópico [II da lição.
Explique que a meíhor maneira de conduzirmo-nos dignamente perante a sociedade é amando, pois “quem ama aos outros
cumpriu a lei” (Rm 1 3.8).
16 L iç o e s B íb l ic a s
INTRODUÇÃON esta l ição , a p r e n d e r e m o s
que muitas são as c ircunstâncias adversas que tentam enfraquecer o com p rom isso do crente com o E v a n g e lh o de C r is to .Veremos que o tes tem u nho do cristão é tes tado tanto pelos de fora (so c iedade) quanto pelos de dentro (igreja). Todavia, a Palavra do Senhor n o s c o n c l a m a a n o s portarm os d ignam ente diante de Deus e dos hom ens.
8 - O COMPORTAMENTO DOS CIDADÃOS DO CÉU (1.27)
1. O crente deve “ portar-se d ig n a m e n te ”. “So m en te deveis portar-vos dignam ente conform e o evangelho de Cristo" (v.27) , A palavra-chave desta porção bíblica é dignam ente. Este termo sugere a figura de uma balança com dois pratos , onde o fiel da p esag em determina a medida exata daquilo que está sendo avaliado. Em síntese, precisamos de firmeza e equilíbrio em nossa vida cotidiana, pois esta deve harmonizar-se à conduta do verdadeiro cidadão dos céus.
2« Para que o s o u tro s v e ja m . O apóstolo Paulo deseja estar seguro de que os filipenses estão preparados para enfrentar os falsos obreiros que, sagazmente, intentam desviá-los de Cristo. Por isso fala do fato de estando ou não entre os filipenses, quer ouvir destes que estão num “mesmo espírito, combatendo ju n tam en te com o m esmo ânimo pela fé do evangelho” (v.27).
3. A auto n o m ia da v id a e s p iritua l, Os filipenses teriam de desenvolver uma vida espiritual autônoma em Jesus, pois o apóstolo nem sempre estaria com eles. Diante da sociedade que os cercava, Paulo esperava dos filipenses uma postura firme, mas equilibrada. Naquele
m o m e n to a s o c ie d a d e c a r a c t e r i z a v a - s e p o r uma filosofia mundana e idólatra, na qual o imperador era o centro de sua adoração . Quantas vezes som os desafiados diante das vãs filosofias e m o d is m o s p r o d u z i dos em nosso meio? O
Senhor nos chama a ser firmes e equilibrados, tes tem unhando aos outros como verdadeiros cidadãos do céu.
SINOPSE DO T Ó P IC O (1)
O comportamento de um cidadão do céu reflete a autonomia espiritual que o crente deve apresentar no relacionamento com o outro.
R E S P O N D A
/. De acordo com a lição, o que su gere o term o dignam ente?
II - O COMPORTAMENTO ANTE A OPOSIÇÃO (1.28-30)
1. O ataque dos fa iso s o b re iro s . A res is tên cia ao Evangelho vinha através de pregadores que negavam a divindade de Cristo e os valores ensinados pelos apóstolos. Paulo, porém, exorta os crentes de Filipos quanto à postura que deveriam adotar em relação a tais falsos obreiros (v.28).
2. O o b je t iv o d o s f a i s o s o b re iro s . Os falsos obreiros que-
PALAVRA-CHAVE
Com portam ento:Conjunto de
atitudes e reações do indivíduo em
face do meio social.
L iç õ e s B íb l ic a s 1/
REFLEXÃ O
“A Teologia da Prosperidade rejeita por completo a ideia do sofrimento. No entanto,
a Palavra de Deus não apenas contradiz essa heresia, mas
desafia o crente a sofrer por Cristo.”
Elienai Cabral
riam intimidar os cristãos sinceros. Eles aproveitavam a ausência de Paulo e de seus auxiliares para influenciar o pensamento dos filipenses e, assim, afastá-los da santíssima fé. Por isso, o apóstolo adverte para que os filipenses não se espantassem. De igual modo, não devemos temer os que torcem a sã doutrina. Guardemos a fé e falemos com verdade e mansidão aos que resistem a Palavra de Deus (1 Pe 3.15).
3. Padecendo por Cristo- A Teologia da Prosperidade rejeita por completo a ideia do sofrimento, No entanto, a Palavra de Deus não apenas contradiz essa heresia, mas desafia o crente a sofrer por Cristo. É um privilégio para o cristão padecer por Jesus (v.29). Paulo com preendia muito bem esse assunto, pois as palavras de Cristo através de Ananias cumpriram-se literalmente em sua vida (At 9.16). Por isso, os crentes filipenses aprenderam com o apóstolo que o sofrimento, por Cristo, deve ser enfrentado com coragem, perseverança e alegria no Espírito. Aprendamos, pois, com os irmãos filipenses.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2)
L O cidadão do céu enfrentará ata- 5s de cristãos não comprometidos
18 L ic õ e s B íb l ic a s
com o Evangelho, por isso, eíe deve estar cônscio que o seu chamado é o de padecer por Cristo.
R E S P O N D A
2. Como a Palavra de Deus contradiz a Teologia da Prosperidade em re lação ao so frim ento?
III - P R O M O V E N D O A U N ID A D E D A IG R E JA (2 .1 -4 )
1. O d e se jo de Paulo peia unidade. Depois de encorajar a igreja em Filipos a perseverar no Evangelho, o apóstolo começa a tratar da unidade dos crentes. Como a Igreja manterá a unidade se os seus membros forem egoístas e contenciosos? Este era o desafio do apóstolo em relação aos filipenses. Para iniciar o argumento em favor da unidade cristã, o apóstolo utiliza vocábulos carregados de sentimentos afetuosos nos dois primeiros versículos (2.1,2). Tais palavras opõem-se radicalmente ao espírito sectário e soberbo que predominava em alguns grupos da congregação de Filipos:
a) Consolação de am or; com unhão no Espírito e entranháveis afetos e com paixões. Cristo é o assunto fundamental dos filipenses. Por isso, a sua experiência deveria consistir na consolação mútua no amor de Deus e na comunhão do Espírito Santo, refletindo a ternura e a compaixão dos crentes entre si (cf. At 2.42ss.).
b) Mesmo amor, mesmo ânimo e sentindo uma mesma coisa. Quando o afeto permeia a comunidade, temos condições de viver a unidade do amor no Espírito Santo. O apóstolo Paulo “estimula os filipenses a se amarem uns aos outros, porque todos têm recebido este mesmo amor de Deus” (Comentário Bíblico Pentecostal, p,1290).
Consolidada a unidade, a comunhão cristã será refletida em todas as coisas.
2. O foco no outro como emsi m esm o. Vivemos numa sociedade tão individualista que é comum ouvirmos jargões como este: “Cada um por si e Deus por todos”. Mas o ensinamento paulino desconstrói tal ideia. O apóstolo convoca os crentes de Filipos a buscar um estilo de vida oposto ao egoísmo e ao sectarismo dos inimigos da cruz de Cristo (2.3). No lugar da prepotência, deve haver humildade; no lugar da autossufici- ência, temos de considerar os outros superiores a nós mesmos.
3. Não ao in d iv id u a lism o . Paulo ainda adverte: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (v.4). Esta atitude remonta a um dos ensinos mais basilares do Evangelho: “ama o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.31; cf. At 2.42-47). Isto “rememora o exemplo de Paulo, de colocar as necessidades dos fil ipenses em primeiro lugar (escolhendo permanecer com eles, 1.25) e de procurar seguir o exemplo de Cristo de não sentir que as prerrogativas da divindade sejam ‘algo que deva ser buscado1 para os seus próprios propósitos” (Com entário Bíblico Pentecostal, p.1291).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
O cidadão do céu deve ter o foco no outro como o tem em si mesmo. Ali, não deve haver (ugar para o individualismo.
R E S P O N D A
3. O que Paulo usa para argum entar a favo r da unidade cristã ?4 . A atitude de se p reocupar com as necessidades do próxim o rem onta a qual ensino ba sila r do Evangelho?5. O que você pode fa zer , ou já tem fe ito , para su p era r tudo aquilo que rouba a humildade e o relacionam ento sadio entre irm ãos de sua ig re ja?
C O N C L U S Ã O
Com a ajuda do Espírito Santo, podemos superar tudo aquilo que rouba a humildade e o relacionamento sadio entre nós. O Espírito ajuda-nos a evitar o partidarismo, o egoísmo e a vanglória (G1 5.26). Ele produz em nosso coração um sentimento de amor e respeito pelos irmãos da fé (Fp 2.4). A unidade cristã apenas será possível quando tivermos o sentimento que produz harmonia, comunhão e companheirismo: o amor mútuo. O nosso comportamento como cidadãos dos céus deve ser conhecido pela identidade do amor (jo 13.35).
REFLEXÃ O
(iPaulo não está trazendo uma exortação dependente da veracidade de certas realidades em suas vidas. Antes,
está desafiando-os sob a suposição de que tais condições, de fato, existam. Esta experiência comum consistia em:
encorajamento para ser um em Cristo, conforto no amor de Deus, comunhão no Espírito, ternura e paixão."
David Demchuk
L iç õ e s B íb l ic a s 19
V O C A B U L Á R IOArrebol: Vermelhidão do pôr do sol.Hedonitas: Pessoas que consideramo prazer individual e imediato o único bem possível.Sectarism o: Partidarismo; tendência a preferir, ou formar, um grupo em detrimento do todo.S ib a rita s : Da antiga cidade grega de Síbaris (Itália). Pessoas dadas a indolência ou à vida de prazeres, por alusão aos antigos habitantes de Síbaris, famosos por suas riquezas e voluptuosidade.
■...... — ...... <BIBLIO G RA FIA SU G ER ID A
HOLMES, Arthur E Ética: As decisões Morais a Luz da Bíblia. 1 .ed. Rio de janeiro: CPAD, 2000.PACKER, J. I. O Plano de Deus Para
S A IB A M A IS
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 55, p.37.
A U X ÍL IO B IB L IO G R Á F IC O I
Subsídio Teológico“O Comportamento à Luz da
Experiência Cristã[...] Paulo desafia seus ouvin
tes a tornarem a sua alegria completa. A ideia que está por trás de fazer algo completo é trazer isto à sua realização ou ao objetivo final. Em Filipenses, Paulo observa que experimentou a alegria no sofrimento, a alegria de ser lembrado pelos filipenses por ocasião de sua necessidade, e a alegria pelo evangelho ser pregado. Para ele, a alegria completa é que a igreja, que é a comunidade redimida, viva a realidade do evangelho.
Depois de rogar aos filipenses que compartilhassem a experiência da salvação, Paulo desafia-os a refletir várias qualidades em suas vidas (vv. 2b-4), todas aquelas que dependam ou aumentem a primeira: ‘sentindo uma mesma coisa' (v.2b). Esta expressão indica muito mais do que compartilhar pensamentos ou opiniões comuns; denota o completo processo de pensamentos e emoções de uma pessoa, que estão intimamente refletidos na maneira de viver, pois ambos estavam ligados como se fossem uma única característica.
Uma caracter ís t ica de boa co n sc iên c ia é que os cr is tãos deveriam ter ‘o mesmo amor’ uns para com os outros. Paulo estimula os filipenses a amarem-se uns aos outros, porque todos têm recebido este mesmo amor de Deus (2.1)” (ARRINCTON, French L.; STRONS- TAD, Roger (Eds). C o m e n t á r i o Bíblico P e n te c o s ta l : Novo Testamento. 4.ed. Vol. 2 Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.486).
R E S P O S T A S D O S E X E R C ÍC IO S
1. Este termo sugere a figura de uma balança com dois pratos, onde o fiel da pesagem determina a medida exata da
quilo que está sendo avaliado.2. Desafiando o crente a sofrer por Cristo, pois de acordo com o ensino de Paulo, é um privilégio o cristão padecer por Jesus (v.29).3. O apóstolo utiliza vocábulos carregados de sentimentos afetuosos nos dois primei
ros versículos (2.1,2).4. “Ama o teu próximo como a ti mesmo”
(Mc 12.31; cf. At 2.42-47).4. “Ama o teu próximo como a ti mesmo”
(Mc 12.31 ; cf. At 2 .42-47).5. Resposta pessoal.
2 0 L iç õ e s B íb l ic a s
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O II
Subsídio Vida C ristã“ PONTO DE VISTA D E UMA BANHEIRA Q U EN TEAntes, eu pensava em banheira quente como algo reservado a he-
donitas em Hollywood, e sibaritas em San Francisco; agora sei que, sob certas circunstâncias, a banheira quente é o símbolo perfeito da rota moderna da religião. A experiência da banheira quente é voluptuosa, relaxante, iânguida, - não de um modo exigente, seja intelectualmente ou de outra forma, mas muito, muito agradável, a ponto de ser excelente diversão. Muita gente hoje quer que o cristianismo seja assim, trabalham para que o seja. O último passo, claro, seria tirar os assentos da igreja e, em seu lugar, instalar banheiras quentes, então não mais haveria qualquer problema com a frequência. Entrementes, muitas igrejas, evangelistas, e pregadores eletrônicos já estão oferecendo ocasiões que, sentimos, são a coisa mais próxima da banheira quente - a saber: reuniões alegres e livres de cuidados, momentos de real diversão para todos, [...] Esta espécie de religião projeta a felicidade na forma de um bem-vindo caloroso a todos quantos sintonizam ou vêm visitar; um coro aquecido com uma música sentimental balançante; o uso de palavras ardentes e massageadoras em orações e pregações; e um arrebol vespertino cálido e animado (outro toque da banheira quente). À indagação, ‘Onde está Deus5, a resposta que estas ocasiões geralmente projetam, não importa o que seja dito, é: ‘No bolso do pregador’. Calmamente, certamente, mas... isto é fé? Adoração? Culto a Deus? É religiosidade o nome verdadeiro deste jogo? [...]
Os sintomas da religião banheira quente, hoje, incluem um índice fra- gorosamente crescente de divórcio entre os cristãos; tolerância largamente difundida das aberrações sexuais; um sobrenaturalismo, que busca sinais, maravilhas, visões, profecias e milagres; xaropes calmantes, de pregadores eletrônicos e de púlpitos liberais; sentimentalismo anti-intelectual e ‘picos’ emocionais deliberadamente cultivados, o equivalente cristão da maconha e da cocaína; e uma fácil e irrefletida aceitação da luxúria no viver diário. Esta não é uma tendência saudável. Ela faz a Igreja parecer-se com o mundo, levada peio mesmo apetite desarrazoado pelo prazer temperado com magia. Desta forma, eles minam a credibilidade do evangelho da nova vida. Se esta tendência for revertida, uma nova organização de referência terá de ser estabelecida. Para esta tarefa, portanto, movemo-nos agora para onde as Escrituras nos guiam” (PACKER, J. I. O P lano de D eu s Para Você. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 4 , pp.54,68,69) .
L iç õ e s B íb l ic a s 21
T EX T O ÁUREO
H IN OS SU G ER ID O S 42, 130, 158
L E IT U R A D IÁ R IA
Segunda - Fp 2.5-8Cristo: o maior exemplo de humildade
Terça » Jo 12.20 28 Glorifique a Deus na tribulação
Q uarta - Jo 13,3-7 Quem ama serve
Q uinta - Lc 6 .2 7 36 Amando como Jesus
Sexta » Rm 12.9-15 A verdadeira fraternidade
Sábado - Fp 2.3 Considerando o outro superior
2 2 L iç õ e s B íb l ic a s
Lição 428 de Julho de 2013
J esus , o M o d e l o Id e a l de H u m il d a d e
VERDADE PRÁTICA
Jesus Cristo é o nosso modelo ideal de submissão, humildade e serviço.
‘De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus” (Fp 2.5).
L E IT U R A B ÍB LIC A EM C L A S S E
F ilip e n se s 2.5-1 1
5 - De sorte que haja em vós o m esm o sen tim en to que houve também em Cristo Je su s ,6 - que, sendo em form a de Deus, não teve po r usurpação se r igual a D eus,7 - Mas aniquilou-se a si m esm o, tom ando a form a de servo , fa zendo-se semelhante aos homens;8 - e, achado na form a de homem, hum ilhou-se a s i m esm o, sendo obediente até à m orte e m orte de cruz.9 - Pelo que também Deus o exaltou soberanam ente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,1 0 - para que ao nome de Je su s se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na te rra , e debaixo da terra ,11 - e toda língua confesse que Je su s Cristo é o Senhor; para g lória de Deus Pai.
_________ IN TERAÇÃO
Você concorda que Jesus Cristo é a plena revelação de Deus? Que em Jesus, o Altíssimo se fez Deus Conosco, o Emanuel7 Que o Nazareno é a encarnação suprema do Deus Pai? Mas por que o Altíssimo não escolheu manifestar-se como um político poderoso judeu? Por que Ele não elegeu um sacerdote da linhagem de Arão para salvar ã humanidade? Por que o nosso Deus escolheu alguém que não tinha onde "reclinar a cabeça”? Alguém que em seu nascimento não tinha onde pousar com a sua mãe? A vida de Jesus de Nazaré demonstra, ainda que soberano e glorioso, um Deus que não se revelou plenamente a humanidade exalando opulência, mas simplicidade e ternura. O Pai se fez carne e humilhou-se. Ele revelou-se para o mundo em humilhação. Isto lhe diz alguma coisa?
O BJETIVO S
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
C o n h ecer o estado eterno da pré- -encarnação de Cristo.
A preender o que a Bíblia ensina sobre o estado temporal de Cristo.
C o m p reen d er a exaltação final de Cristo.
ORIEN TAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, a lição a ser estudada nesta semana é bem teológica. As Escrituras apresentam uma doutrina robusta acerca da humanidade e divindade de Jesus Cristo. A história da Igreja apresenta fundamentos sóíidos à luz dos concílios ecumênicos que, ao longo do tempo, deram conta da evolução de toda a teologia
cristã no Ocidente.Para introduzir o assunto, reproduza o esquema da página seguinte. Faça uma rápida exposição da doutrina da união
hipostátíca de Jesus. Para isso o prezado professor deverá munir-se de uma boa
Teologia Sistemática e Bíblica.
L iç õ e s B íb l ic a s 2 3
I N T R O D U Ç Ã O
Nesta lição, e n fo c a re m o s as atitudes de Cristo que revelam a sua natureza humana, obediência e humilhação, bem como a sua divindade. Humanidade e divindade, aliás, são as duas naturezas inseparáveis de Jesus. Esta doutrina é apresentada por Paulo no segundo capítulo da Epístola aos Fiiipenses.
Verem os ainda que Jesus nunca deixou de ser Deus, e que encarnando-se, salvou-nos de nossos pecados. A presente lição revela também a sua exaltação.
PALAVRA-CHAVE
Humildade:Virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza. Modéstia,
pobreza.
I - O F ILH O D IV IN O :O E S T A D O E T E R N O DA
P R É -E N C A R N A Ç Ã O (2 .5 ,6 )
1. E le deu o m aior exem plo de hum ildade. Na Epístola aos Fi- lipenses, lemos: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que
houve também em Cristo J e s u s ” (v.5). Este te x to ref le te a humildade de Cristo revelada antes da sua encarnação. Certa feita, quando ensinava aos seus discípulos, o Mestre disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde
de coração” (Mt 11.29).Jesus Cristo é o modelo perfei
to de humildade. O apóstolo Paulo insta a que os fiiipenses tenham
U N IÃ O H IP O S T Á T IC A"[Do gr. hypostasis] D outrina que, exposta no Concílio de Calcedônia em 451, realça a per
fe ita e harm oniosa união entre as naturezas humana e d ivina de Cristo. Acentua este ensinamento serjesus, de fato, verdadeiro homem e verdadeiro Deus” (D ic io n á r io T e o ló g ic o , p.352, CPAD).
N a tu re z a H u m a n a N a tu re z a D iv in a
“ Em bora o títu lo ‘F ilho do H om em ’ apresente duas defin ições p rinc ipa is , são três as aplicações con te x tu a is , no Novo Testamento. A prim e ira é o Filho do Homem no seu m in is té r io te rre s tre . A segunda refere-se ao seu so frim e n to fu tu ro (como p o r Mc 13.24). A ss im , a tr ib u íu -s e novo s ig n ifica do a uma te rm in o lo g ia ex is ten te den tro do Judaísm o. A te rce ira ap licação d iz respe ito ao F ilho do Homem na sua g ló ria fu tu ra (ver Mc 13.24, que ap rove ita d ire tam en te toda a corren te p ro fé tica que b ro tou do liv ro de Daniel). [...} Logo, Jesus é o Filho do Homem - passado, presente e fu tu ro . [...] O fa to de o Filho do Homem ser um hom em lite ra l é in c o m p a rá v e l" (T e o lo g ia S is te m á t ic a : Uma Perspectiva Pentecostal, pp.312-13, CPAD),
“Os escritos jo a n in o s dão bastan te ênfase ao títu lo ‘Filho de Deus’. João 20.31 a firm a de form a exp líc ita que o propósito do evangelho é 'para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais v ida em seu nom e’. Além do uso do p róp rio títu lo , Jesus é cham ado inúm eras vezes ‘o Filho’, sem acréscimo de outras qualificações. Há também mais de cem circunstâncias em que Jesus se d irige d iretam ente a Deus ou se refere a Ele com o ‘Pai’ [...].
As afirm ações: £Eu sou’ são exclusivas do evangelho de joão . Elas, como afirmações de Jesus na p rim e ira pessoa, fo rm am uma parte re levante da autorrevelação dEle [‘Eu Sou’ é a declaração da autorrevelação d iv ina (cf. Êx 3.14)]” (T e o lo g ia d o N ovo T e s t a m e n to , pp .203, 205, CPAD).
2 4 L iç õ e s Bíb l ic a s
a mesma disposição demonstrada por Jesus.
2. E le era igual a D eu s. "Que, sendo em forma de Deus” (v.6). A palavra form a sugere o objeto de uma configuração, uma semelhança. Em relação a Deus, o termo refere- se à forma essencial da divindade. Cristo é Deus, igual com o Pai, pois ambos têm a mesma natureza, glória e essência (Jo 17.5). A forma verbal da palavra sendo aparece em outras versões bíblicas como subsistindo ou existindo.
Cristo é, por natureza, Deus, pois antes de fazer-se humano “subsistia em forma de Deus”. Os líderes de Jerusalém procuravam matar Jesus porque Ele dizia ser “igual a Deus”. A Filipe, o Senhor afirmou ser igual ao Pai (Jo 14.9-11). A divindade de Cristo é fartamente corroborada ao longo da Bíblia (jo 1.1; 20 .28; Tt 2.13; Hb 1.8; Ap 21.7). Portanto, Cristo, ao fazer-se homem, esvaziou-se não de sua divindade, mas de sua glória.
3. Mas “não teve por u su rp ação s e r igual a D eu s” (v.6). Isto significa que o Senhor não se apegou aos seus “direitos divinos”. Ele não agiu egoisticamente, mas esvaziou- se da sua glória, para assumir a natureza humana e entregar-se em expiação por toda humanidade. O que podemos destacar nesta atitude de Jesus é o seu amor pelo mundo. Por amor a nós, Cristo ocultou a sua glória sob a natureza terrena. Voluntariamente, humilhou-se e assumiu a nossa fragilidade, com exceção do pecado.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
Cristo é por natureza Deus, pois antes de fazer-se humano ‘‘subsistia em forma de Deus”.
"Jesus não trocou a natureza divina pela hum ana. A n tes , vo luntariam ente , renunciou as p re rro ga tiva s inerentes
à d iv indade, pa ra a ssu m ir a nossa hum anidade
Elienai Cabral
R E S P O N D A
1. Quem é o nosso modelo perfe ito de hum ildade?2. Segundo a lição , o que sugere a palavra fo rm a?
II - O F IL H O D O H O M EM :O E S T A D O T E M P O R A L
D E C R IS T O ( 2 ,7 ,8 )
1. “A niquilou-se a si m esm o”(2.7). Foi na sua encarnação que o Senhor Jesus deu a maior prova da sua humildade: Ele “aniquilou-se a si mesmo”. O termo grego usado pelo apóstolo é o verbo kenoô, que significa também esvaziar, fica r vazio. Portanto, o verbo esvazia r com unica melhor do que aniqu ilar a ideia da encarnação de Jesus; destaca que Ele esvaziou-se a si mesmo, privou-se de sua glória e tomou a natureza humana. Todavia, em momento algum veio a despojar-se da sua divindade.
Jesus não trocou a natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou em parte às prerrogativas inerentes à divindade, para assumir | a nossa humanidade. Tornando-se t . verdadeiro homem, fez-se maldição por nós (Gl 3.13). E levou sobre o seu corpo todos os nossos pecados (IPe 2.24). Em Gálatas 4.4, Paulo escreveu que, na plenitude dos tempos, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher". Isto indica que Jesus é consubstanciai com toda a humanidade nascida em
L iç õ e s B íb l ic a s 2 5
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urn
REFLEXÃ O
“O valor do cristian ism o está naquilo que se c rê . A confissão
de que Je su s C risto é o Senhor é o ponto de convergência
de toda a Ig re ja ."Elienai Cabrai
Adão. A diferença entre Jesus e os demais seres humanos está no fato de Ele ter sido gerado virginalmente pelo Espírito Santo e nunca ter cometido qualquer pecado ou iniquidade (Lc 1.35). Por isso, o amado Mestre é “verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus".
2. E le “ h u m ilh o u - s e a s i m e sm o ” (2 .3 ). Jesu s encarnado rebaixou-se mais ainda ao permitir ser escarnecido e maltratado pelos incrédulos (Is 53.7; Mt 26 .62-64 ; Mc 14 .60 ,61) . A auto-hum ilhação do Mestre foi espontânea, Ele submeteu-se às maiores afrontas, porém jamais perdeu o foco da sua missão: cumprir toda a justiça de Deus para salvar a humanidade.
3. Ele foi “obediente até a morte e morte de cruz” (2.8). O Mestre amado foi obediente à vontade do Pai até mesmo em sua agonia: "Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.42). No Getsêmani, antes de encarar o Calvário, Jesus enfrentou profunda angústia e submeteu-se totalmente a Deus, acatando-lhe a vontade soberana. Quando enfrentou o Calvário,o Mestre desceu ao ponto mais baixo da sua humilhação. Ele se fez maldição por nós (Dt 21.22,23; cf. Gl 3.13), passando pela morte e morte de cruz.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
O Filho do Homem “aniquitou- -se a si mesmo", “humilhou-se a si
2 6 L iç õ e s B íb l ic a s
mesmo”, e “foi obediente até a morte e morte de cruzn.
R E S P O N D A
3. Qual o significado do verbo grego kenoô?
III - A E X A L T A Ç A O D E C R IS T O (2 .9 -1 1 )
1. “ D eus o exaltou so b e ra nam ente” (2.9). Após a sua vitória final sobre o pecado e a m o r te je s u s é finalmente exaltado pelo Pai. O caminho da exaltação passou pela humilhação, mas Ele foi coroado de glória, tornando-se herdeiro de todas as coisas (Hb 1.3; 2.9;12.2),
Usado pelo autor sagrado para d es ignar e sp e c ia lm en te Je s u s , o termo grego Kyrios revela a glorificação de Cristo. O nome “Jesus” é equivalente a “Senhor”, e, por decreto divino, Ele foi elevado acima de todo nome. As Escrituras atestam que ante o seu nome “se dobre todo joe lho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor [o Kyrios]” (v.10).
2. Dobre-se todo joelho. Diante de Jesus, todo joelho se dobrará (v.10). AjoeShar-se implica reconhecer a autoridade de alguém. Logo, quando nos ajoelhamos diante de Jesus, deixamos bem claro que Ele é a autoridade suprema não só da Igreja, mas de todo o Universo. Quando oramos em seu nome e cantamos-lhe louvores, reconhecemos-lhe a soberania. Pois todas as coisas, animadas e inanimadas, estão sob a sua autoridade e não podem esquivar-se do seu senhorio.
3. “To d a flíngua c o n f e s s e ” (v .l l) . Além de ressaltar o reconhecimento do senhorio de Jesus, a expressão implica também a pregação
do Evangelho em todo o mundo. Cada crente deve proclamar o nome de Jesus. O vaíor do Cristianismo está naquilo que se crê, A confissão de quejesus Cristo é o Senhor é o ponto de convergência de toda a Igreja (Rm 10.9; At 10.36; 1 Co 8.6). Nosso credo implica o reconhecimento público de Jesus Cristo como o Senhor da Igreja. A exaltação de Cristo deve ser proclamada universalmente.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
Deus, o Pai, exaltou soberanamente o Filho fazendo-o Senhor e Rei. Haverá, pois, um dia que "todo jo e lh o se dobrará1’ e “toda língua confessará” o senhorio de Cristo.
R E S P O N D A
4. Q ual o te rm o im p o rta n te que aparece como designação p rin cipa l
do au tor sagrado para descreve r a glorificação do Fi/ho pelo Pai em o Novo Testam ento?5. O que você tem feito para p roc lam ar e exa lta r o nome de Je su s em sua igreja e fora dela?
C O N C L U S Ã O
O tema estudado hoje é altamente teológico. Vimos a humilhação e a encarnação de Jesus. Estudamos a dinâmica da sua humanização e a sua consequente exaitação. Aprendemos também que o Senhorjesus é o Deus forte encarnado — verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E que Ele recebeu do Pai toda a autoridade nos céus e na terra. Ele é o Kyrios, o Senhor Todo-Poderoso. O nome sob o qual, um dia, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Proclamemos essa verdade universamente.
R EFLEXÃ O
11 A auto-hum iihação do M estre foi espontânea . Ele subm eteu-se às
m aiores a fron tas, porém ja m a is perdeuo foco da sua m issão : cum prir toda a ju s t iça para sa lva r a hum anidade
Elienai Cabral
■ v
M •*
L iç õ e s B íb l ic a s 2 7
B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A
ZUCK, Roy B. (Ed.). T e o lo g ia do Novo T e stam en to . 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2 0 0 8 .HORTON, Stanley (Ed.). T e o lo g ia S is t e m á t ic a : Um a P e r s p e c t iv a Pentecostal. 1 O.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 20 0 7 .BLOMBERC, Craig L. Q u e stõ e s C ru c ia is do Novo Testam en to . 1. ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 1 0 .
S A I B A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 55, p .38.
Subsídio Teológico“ KENÓSIS[Do gr. kenós , vazio, oco, sem
coisa alguma] Termo usado para explicar o esvaziamento da glória de Cristo quando da sua encarnação. Ao fazer-se homem, renunciou Ele tem porariam ente a glória da divindade (Fp 2.1-6). O capítulo 53 de Isaías é a passagem que melhor retrata a kenósis de Cristo. Segundo vaticina o profeta, em Jesus não havia beleza nem formosura, Nesta humilhação, porém, Deus exaltou o homem às regiões celestes,
Quando se trata de Kenósis de Cristo, há que se tomar muito cuidado. É contra o espírito do Novo Testamento, afirmar que o Senhor Jesus esvaziou-se de sua divindade. Ao encarnar-se , e sv az iou -se Ele apenas da sua glória. Em todo o seu ministério terreno, agiu como verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
K EN Ó TIC A , TEO LO G IA DAMovimento surgido na Ingla
terra no século 19, cujo objetivo era enfatizar a kenósis de Cristo. Em torno do tema, muitas questões foram suscitadas: Cristo, afinal, esvaziou-se de sua glória ou de sua divindade? Caso haja se esvaziado de sua divindade, sua morte teve alguma eficácia redentora?
Ora, como já dissemos no verbete anterior, a kenósis de Cristo não implicou no esvaziamento de sua divindade, mas apenas no au- toesvaziamento de sua glória. Em todo o seu ministério, agiu Ele como verdadeiro homem e verdadeiro Deus" (ANDRADE, Claudionor. D ic io n ário Teo lóg ico . 13.ed. Rio de
Janeiro ; CPAD, 2004 , p.246).
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Jesus Cristo. 2, O objeto de uma configuração, uma semelhança. Em relação a Deus, o termo refere-se à forma essencial da divindade.
3» Esvaziar, ficar vazio.4. Kyrios, Senhor.
5. Resposta pessoal.
L ic õ e s B íb l ic a s
A U X Í L IO B I B L IO G R Á F IC O II
Subsídio Teológico“O termo ‘Senhor’ representa o vocábulo grego kurios, bem como
os vocábulos hebraicos Adernai (que. significa ‘meu Senhor, meu Mestre, aquEle a quem pertenço’) e Yahweh (o nome pessoal de Deus). Para as culturas do Oriente Próximo e do Oriente Médio antigos, ‘Senhor’ atribuía grande reverência quando aplicado aos governantes, As nações ao redor de Israel usavam o termo para indicar seus reis e deuses, pois a maioria dos reis pagãos afirmavam-se deuses. Esse termo, pois, representava adoração e obediência. Kurios podia ser usado no trato com pessoas comuns, como uma forma polida de tratamento. Entretanto, a Bíblia declara que o nome ‘Senhor’ foi dado a Jesus pelo Pai, identificando-o, assim, como divino Senhor (Fp 2.9-11). Os crentes adotaram facilmente esse termo, reconhecendo em Jesus o Senhor divino. Por meio de seu uso, indicavam completa submissão ao Ser Supremo. O título que Paulo preferia usar para referir-se a si mesmo era ‘servo’ (no grego, douios , ‘escravo’, ou seja, um escravo por amor) de Cristo Jesus (Rm 1.1; Fp 1.1). A rendição absoluta é apropriada a um Mestre absoluto. A significação prática desse termo é espantosa quanto às suas implicações na vida diária. A vida inteira deve estar sob a liderança de Cristo. Ele deve ser o Mestre de cada momento da vida de todos quantos nasceram na famífia de Deus.
Isso, contudo, não significa que Cristo seja um tirano, pois Ele mesmo declarou: ‘Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes,o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, com quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu porém, entre vós, sou como aquele que serve’ (Lc 22.25-27; ver também Mt 20.25-28). Jesus viveu e ensinou a liderança de servos” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. D o utrin as B íb licas : Os Fundam entos da Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005 , pp.51-52).
“Porque Deus e o que opera em vós tantoo q u erer como o efetuar, segundo a sua
boa vontade” (Fp 2 , 1 3 ) .
VER D A D E PRATICA
A salvação e obra da graça de Deus garantida à humanidade mediante a morte expiatória de Jesus.
H IN O S 106, 426 , 446
L E I T U R A D l A R I A
S e g u n d a - Hb 1 2 . 2 , 3 A salvação é garantida na cruz
T e r ç a - Ef 2 -8 A salvação é pela graça
Q u a r ta » Ef 2 . 9 , 1 0As boas obras evidenciam a salvação
Q u in ta “ 1 T s 4.1 5 -1 8 A consumação da salvação
S e x ta - Fp 2 .1 5 , 1 6 Não corremos em vão
S á b a d o - Rm 1 ,1 6 ,1 7 A salvação é pela fé
Lição 54 de Agosto de 2013
T E X T O ÁU REO
As V ir t u d e s d o s S a l v o s em C r i s t o
3 0 L iç õ e s B íb l ic a s
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E
F i l ip e n s e s 2 . 1 2 - 1 8
12 - D e sorte que, meus am ados, assim como sem pre obedecestes, não só na minha presença , m as muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com tem or e trem or;
1 3 - porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
14 - Fazei todas as coisas sem m urm urações nem contendas;
1 5 - para que seja is irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrom pida e perversa , entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
IN TERAÇÃO
Há muitos significados que poderíamos tomar emprestado para conceituar o termo "obediência” Como, por exemplo, "sujeitar-se a vontade d e ”, "estar sob autoridade d e ” e "estar sujeito". Estes manifestam o sentido estrito e real da expressão obediência. Há de se destacar; porém, que o apóstolo Paulo quando fala de obediência, refere-se à virtude — uma disposição firme para praticar o bem— de uma pessoa que abraçou a fé mediante o Evangelho de Cristo. Aqui, obedecê-lo é encarnar os valores do Reino de Deus numa perspectiva de se espalhar o bem no mundo. Para Paulo, a melhor forma de fazer isso é semeando o Evangelho, a mais bela das notícias para a humanidade.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a dinâmica da salvação.
A nalisar a operação da salvação.
Saber que a salvação opera alegria e contentamento no crente.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, reproduza o esquema da página seguinte para os
alunos. Faça-o de acordo com as suas possibilidades. Esta atividade vai au-
xiliá-lo na introdução do tópico I, cujo assunto é a “dinâmica da salvação”.
Esclareça ao aluno que o propósito de explicar a dinâmica da salvação é meramente didático, pois nos é impossível catalogar um assunto da natureza do mistério da salvação. Seria muita
pretensão nossa pensar que podemos dar conta de tão importante aspecto
da salvação através de um instrumento didático. Boa aula!
Liç õ e s Bíb l ic a s 31
1 6 - re ten do a p a la v ra da v ida , para que, no Dia de C risto , possa gloriar-m e de não te r corrido nem trabalhado em vão.
I1 7 - E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifíc io e serv iço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.
18 - £ vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto m esm o.
I N T R O D U Ç Ã O
1
Na lição de hoje, aprenderemos que a obediência a Deus é uma virtude que deve ser buscada por todos aqueles que são salvos em Cristo.O apóstolo Paulo não duvidava da obediência dos irmãos fiíí- penses, contudo, ele reafirma aos crentes a verdade de que a s u b m is s ã o ao Evangelho de Cristo é uma das principais virtudes dos salvos. Assim, a intenção do apóstolo é estimular os cristãos de Filipos a continuar perseverando na obediência ao Santo Evangelho.
I - A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.1 2,1 3)
1. O c a r á t e r d i n â m i c o d a s a l v a ç ã o . No texto de Filipenses2,1 2, podemos destacar três aspec
PALAVRA-CHAVE
Virtude: Na lição é a d isposição firm e e constante para prá tica do bem.
tos da salvação operada em nossa vida pelo Senhor Jesus. O primeiro refere-se à obra realizada e consumada de forma suficiente na cruz do Calvário. É a salvação da pena do pecado. Não somos mais escravos, e sim libertos em Cristo (Rm 8.1).O segundo aspecto diz respeito ao caráter progressivo da salvação na vida do crente. Mesmo que o nosso
corpo ainda não tenha sido transformado, resistimos ao pecado e este não mais nos domina (Rm 8.9 ; cf. 1 Jo 2 . 1 f2).
Não obstante o fato de a salvação eterna vir de Deus, Paulo diz que
o Senhor nos chama a zelar e a “desenvolvê-la” em nosso cotidiano. Por último, o texto trata da plenitude da salvação, quando finalmente o nosso corpo receberá uma redenção gloriosa e não mais teremos dor, angústia ou lágrima, pois estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.1 4-1 7).
A D IN Â M ICA DA S A LV A Ç Ã O
1 . O b r a r e a l iz a d a e c o n s u m a d a n a c r u z . O brado de Cristo na cruz - “Estã consumado!”- representa o significado atemporal da salvação. Nele, somos saívos do passado, guardados do presente, mas esperançosos no futuro. O pecado não tem mais poder sobre a vida do discípulo de Cristo: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).
2 . O p r o g r e s s o d a o p e r a ç ã o d a s a lv a ç ã o . É bem verdade que não estamos plenamente redimidos porque habitamos num corpo corrompido. Mas as palavras de Agostinho de Hipona têm muito a nos dizer sobre como devemos lidar com essa tensão: "A permanência da concupiscência em nós3 é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor"
3 . A p le n it u d e d a s a lv a ç ã o . Vivemos a vida cristã numa tensão entre o “jã1 e o “ainda não”. Isto é, o reino de Deus está entre nós, mas não se manifestou plenamente. Temos a esperança de uma transformação gloriosa que permeará toda a terra quando da vinda de Jesus: “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8.1 9).
3 2 L iç õ e s B íb l ic a s
2» D eus é a fonte da v id a .Por si só o crente não pode ser salvo (Fp 2 .13) , pois é o Espírito Santo quem “opera” no homem a salvação (jo 16.8-1 1). Sem o Senhor, a humanidade está cega, morta no pecado e carente da iluminação do Espírito para o arrependimento. Se na vida dos ímpios Satanás opera instigando- -os à prática das obras más (2 Ts 2.9), é o Espírito de Deus quem opera nos crentes a vida eterna Oo 1 6.7-1 2; cf. Rm 8 .9 ,14 ) . Dessa forma, o salvo torna-se um instrumento de justiça num mundo corrompido.
3. A bondade d iv in a . A ideia que a salvação tem um caráter seletivo não é bíblica. Todos têm o direito de recebê-la. O querer e o efetuar de Deus não anulam esse direito, pelo contrário, a operação do Eterno habilita qualquer pessoa à salvação através da iluminação do Evangelho (Jo 1.9), tornando-se posteriormente útil ao Corpo de Cristo (Ef 4,1 1-1 6;I Co 1 2.7),
SIN O P SE DO T Ó P IC O (1)
Por si só o crente não pode ser salvo, pois é o Espírito Santo quem “opera” no homem o desejo de salvação.
R ESP O N D A
7. Quais são os trê s aspectos da sa lvação operada pelo Sen h o r J e s u s ?2. Quem opera a nossa sa lva çã o?
II - O P E R A N D O A S A L V A Ç Ã O C O M T E M O R E T R E M O R
(2 . 12 -16 )
1. “ F a z e i to d a s a s c o is a s serra m urm urações nem contend a s 55. No versículo 1 4, o apóstolo Paulo destaca duas posturas nocivas à predisposição dos filipenses:
R EFLEX Ã O
"A pessoa sincera pauta-se pela lealdade, a lisura e a boa fé.
Nada menos que isso é o que oi>
Eterno espera do seu povo.” Elienai Cabral
a) M urm urações. O Antigo Testamento descreve a murmuração dos judeus como uma atitude de rebelião. Quando os israelitas atravessaram o deserto, sob a liderança de Moisés, passaram a reclamar da pessoa do líder hebreu. Para eles, Moisés jamais deveria ter estimulado a saída do povo judeu do Egito (Nm 11.1; 14.1- 4; 20.2-5). Esse ato constrangeu o homem mais manso da face da terra, e os israelitas receberam dele a alcunha de “geração perversa e rebelde” (Dt 32 .5 ,20) . Tal “titulação” não se aplicava aos filipenses, pois eles não eram rebeldes nem murmuradores, ainda assim o apóstolo Paulo os exortou a fazer todas e quaisquer coisas sem murmurações ou queixas, tal como convém aos mansos.
b) C on tendas . Em o Novo Testamento, a expressão grega para contendas á dia log ism os. Essa e x pressão descreve as disputas e os debates inúteis que geram dúvidas e sep arações na igreja local. É o mesm o que discussões, litígios e d is sen sõ es . Infelizmente, mui tos hoje as promovem levando, inclusive, seus irmãos aos tribunais (1 Co 6 .1 -8) . Esta, definitivamente, não é a vontade de Deus para a sua Igreja.
2* “ S e ja is i r r e p r e e n s ív e is e s in ce ro s”. O apóstolo apefa aos filipenses para que se achem irrepreensíveis e sinceros. Ser irrepreensível significa conduzir-se de forma correta e moralmente pura, não necessitando
1
L iç õ e s B íb l ic a s 3 3
REFLEXÃ O
"O apóstolo está ciente das privações que impôs a si
mesmo para edificar o Corpo de Cristo em Filipos. Ele, porém ,
se regozija e alegra-se pelo privilégio de se rv ir os fi li penses
Elienai Cabra!
&i d e repreensão. E alguém que domi-I nou a carne, pois anda no Espírito j (Cl 5 .16,17) . A sinceridade é outra
virtude que se opõe ao mal, ao dolo, ao engano e à má fé. A pessoa sincera pauta-se pela lealdade, a lisura e a boa fé. Nada menos que isso é o queo Eterno espera do seu povo.
3o ‘‘R eten d o a p a la v ra da
Iv id a”. Para o apóstolo, reter a Palavra de Deus não é apenas assimilá-laT mas, sobretudo praticá-la, pois o
S| poder da Paíavra gera vida (Hb 4.1 2). Por isso, Paulo encoraja os filipenses a guardarem a Palavra, pois aiém de promover a vida no presente, ela ainda nos garante esperança e vida eterna para o futuro próximo.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )&De acordo com o ensino do
apóstolo Paulo, quem guarda a Pala- | vra não murmura, não cria contendasI e vive em sinceridade.
R E S P O N D A
§ 3 .0 que significa se r irrepreensíve l?
III - A SALVAÇÃO OPERAO CONTENTAM ENTO E A
ALEGRIA <2.1 7,18)■
1. O contentam ento da sal-■ vação operada. O apóstolo PauloI reporta-se ao Antigo Testamento r jpara mostrar aos filipenses como,
3 4 L icõ es Bíblica s
a fim de servi-los, ele entregou sua vida: “ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé” (v. 1 7). O apóstolo está ciente das privações que impôs a si mesmo para edificar o Corpo de Cristo em Filipos. Ele, porém, se regozija e alegra-se pelo privilégio de servir aos filipenses. Em outras palavras, a essa altura, o sacrifício e os desgastes do apóstolo são superados pela alegria de contemplar, naquela comunidade, o fruto da sua vocação dada por Cristo Jesus: a sal“ vação operada em sua vida também operou na dos filipenses.
2 . A a le g r ia do p o vo de D eu s. O apóstolo estimula os filipenses a celebrarem juntamente com ele esta tão grande salvação (Hb 2.3). O apelo de Paulo é conta- giante: “regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto m esm o” (v. 18). A alegria de Paulo é proveniente do fato de que uma vez que Jesus nos salvou mediante o seu sacrifício no Calvário, agora o Mestre nos chama para tes tem u n h arm o s a verdade desta mesma salvação operada em nós (v.l 3). Portanto, alegremo-nos e regozijemo-nos nisto.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
A salvação opera no povo de Deus a alegria e o contentamento.
R E S P O N D A
4. T ran screva o texto b íb lico que m ostra com o Paulo en tregou sua vida para s e rv ir aos filipen ses .5. Você tem se regozijado em Cristo pela sua sa lvação?
CONCLUSÃO
O Evangelho nos co n v oca a desenvolvermos a salvação recebida
por Deus através de Cristo Jesus. Devemos ser santos, como santo é o Senhor nosso Deus. Para isso, precisamos nos afastar de todas as m u rm u raçõ es e c o n te n d a s e abrigarmo-nos no Senhor, vivendo
uma vida irrepreensível, sincera e que retenha a palavra da vida (Fp 2 .1 6 ) . S o m en te ass im a a leg r ia do Senhor inundará a nossa alma e testemunharemos do seu poder salvador para toda a humanidade.
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O IV O C A B U LÁ R IO
A lcunha: Cognome depreciativo que se põe a alguém; apelido.
BIBLIO G R A FIA SU G ER ID A
HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões Morais à Luz da Bíblia. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000 .ARRINGTON, French L ; STRONS- TAD, Roger (Eds.). C o m e n tá rio BíbSico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2009 .
S A IB A M A IS
Revista Ensinador Cristão, CPAD, n° 55, p.38.
R E S P O S T A S D O S E X E R C ÍC IO S
O primeiro refere-se a obra realizada e consumada de forma suficiente na cruz do Calvário. O segundo diz respeito ao caráter progressivo da salvação na vida do crente. E por último a redenção gloriosa quando da vinda do Senhor Jesus.
2. O Senhor Jesus Cristo. 3>r Significa conduzir-se de forma correta e moralmente pura, não necessitando de repreensão. É alguém que dominou a carne, pois anda no Espírito (Gl 5.1 6,1 7). 4» "Ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da
vossa fé” (Fp 2 . 17).5. Resposta pessoal.
Subsídio Filosófico Cristão“Q ue é v ir tu d e ?A Bíblia dá maior importância à
virtude moral e ao caráter, do que às regras de conduta. O homem justo e o puro de coração são eternamente bem-aventurados. E o fruto do Espírito Santo descrito em Gálatas 5 são as virtudes [...].
Que é virtude? Há pouco me referi aos motivos, intenções e disposições subjacentes, o que têm em comum, visto que são estados interiores e não comportamentos visíveis; e porque são estados afetivos e não puramente cognitivos. Virtude é uma disposição interior para o bem, e disposição é uma tendência a agir de acordo com certos padrões. A disposição é mais básica, duradoura e penetrante do que o motivo ou intenção existente por trás de uma certa ação. É diferente de um impulso momentâneo, por ser um hábito mental estabelecido, um traço interior e muitas vezes reflexivo. As virtudes são traços gerais do caráter que formulam sanções interiores sobre nossos motivos, intenções e conduta exterior” (HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões M orais à Luz da Bíblia. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 0 , pp.138-39).
L iç õ e s B íb l ic a s 3 5
A U X ÍL IO B IB L IO G R Á F IC O II
I
J
i
Subsídio Bibliológico“O A LCA N CE DA OBRA SALVÍFICA DE CR ISTOHá entre cristãos uma diferença significativa de opiniões quanto à
extensão da obra salvífica de Cristo. Por quem Ele morreu? Os evangélicos, de modo global, rejeitam a doutrina do universalismo absoluto (isto é, o amor divino não permitirá que nenhum ser humano ou mesmoo diabo e os anjos caídos permaneçam eternamente separados dEle). O universalismo postula que a obra salvífica de Cristo abrange todas as pessoas, sem exceção. Além dos textos bíblicos que demonstram ser a natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do universalismo é Atos 3 .21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu ‘até aos tempos da restauração de tudo’. Alguns entendem que a expressão grega apokastaseõs pantõn (‘restauração de todas as coisas’) tem significado absoluto, ao invés de simplesmente ‘todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas’. Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura (Rm8.1 8-1 5; 1 Co 1 5 .24 -26 ; 2 Pe 3.1 3), não podemos, à luz dos ensinos bíblícos sobre o destino eterno dos seres humanos e dos anjos, usar esse versículo para apoiar o universalismo. Fazer assim seria uma violência exegética contra o que a Bíblia tem a dizer deste assunto.
Entre os evangélicos, a diferença acha-se na escolha entre o particularismo, ou expiação limitada (Cristo morreu somente pelas pessoas soberanamente eleitas por Deus), e o universalismo qualificado (Cristo morreu por todos, mas sua obra salvífica é levada a efeito somente naqueles que se arrependem e creem). O fato de existir uma nítida diferença de opinião entre crentes bíblicos igualmente devotos aconselha-nos a evitar a dogmatização extrema que temos visto no passado e ainda hoje. Os dois pontos de vista, cada um pertencente a uma doutrina específica da eleição, têm sua base na Bíblia e na lógica. Nem todos serão salvos. Os dois concordam que, direta ou indiretamente, todas as pessoas receberão benefícios da obra salvífica de Cristo. O ponto de discórdia está na intenção divina: tornar a salvação possível a todos ou somente para os eleitos?” (HORTON, Stanley (Ed.). Teo log ia S istem ática : Uma Perspectiva PentecostaL 10 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 , pp.358-59).
3 6 L iç õ e s B íb l ic a s
TEX TO ÁUREO
"Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar- vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também,
tendo conhecimento da vossa situação" (Fp 2 .1 9 “ ARA).
VERDADE PRATICA
Os obreiros do Senhor devem estar conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério
H IN O S S U G ER ID O S 186, 224, 394
L E I T U R A D I Á R I A
Segunda - Jo 10 .11Jesus, o verdadeiro pastor
Terça - Jo 10 .12 ,1 3O mercenário é o falso pastor
Q uarta - Jo 10 .14,1 5O verdadeiro pastor conhece as suas ovelhas
Q uinta - Mt 2 0 .2 8O verdadeiro pastor serve à igreja
Sexta - 1 Tm 3.3O pastor não deve ser materialista
Sábado - 2 Pe 2 .3Não se deve fazer comércio com o rebanho
V-'
mm
L iç õ es Bíblic a s 3 7
Lição 67 / de Agosto de 2013
A F id e l id a d e d o s O b r e i r o s d o S e n h o r
IN TERA ÇÃ O
“Eu sou o bom Pastor, o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas" É assim que Jesus é apresentado aos seus discípulos pela narrativa do Evangelho de João. O bom Pastor doa a sua vida às ovelhas. Ele não espera receber nada em troca do seu exercício ministerial, a não ser a alegria e a grata satisfação em ver uma vida, outrora em frangalhos, mas agora em perfeito ju ízo com a mente e o coração imersos no Evangelho. O verdadeiro pastor sabe bem a dimensão profunda daquilo que significa "apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariam ente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao
^rebanho" (1 Pe 5.2,3).
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S EF ilip e n se s 2 .19 29
19 - E espero , no Senhor Je su s , que em breve vos m andarei Tim óteo, para que também eu esteja de bom ânim o, sabendo dos vossos negócios.20 - Porque a ninguém tenho de igual sentim ento, que sinceram ente cuide do vosso estado ;2 1 ” porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Je su s .22 - Mas bem sabeis qual a sua experiência , e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai.23 - De sorte que espero enviá-lo a vós logo que tenha provido a m eus negócios.24 - Mas confio no Senhor que também eu m esm o, em breve, irei te r convosco.25 - Ju lguei, contudo, necessário m andar-vos Epa frod ito , meu irmão, e cooperador, e com panheiro nos com ba tes, e vosso enviado para p ro ve r às m inhas n ecess idades.26 - porquanto tinha m uitas sa u dades de vós todos e estava muito
| angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente.2 7 - E, de fa to , esteve doente e quase à m orte, m as Deus se ap iedou dele e não som ente dele, m as
I tam bém de mim, para que eu nãoI tivesse tristeza sobre tristeza .I 28 - Por isso , vo-lo enviei m ais■ d ep ressa , para que, vendo-o ou
tra vez, vos regozije is , e eu tenha m enos tristeza .
I 29 - Recebei-o, pois, no Senhor, . com todo o gozo, e tende-o em1 honra [ ...] .
O BJETIVO S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
Pontuar o modelo paulino de liderança.
In sp irar-se à prática cristã com o exemplo de Epafrodito.
-̂----------------- -
O RIEN TAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir o primeiro tópico da lição sugerimos a seguinte atividade: (1) Pergunte aos alunos o que é o ministério pastoral para eles. (2) Ouça as diversas respostas com atenção. (3) Em seguida, discorra acerca das principais características que a lição apresenta sobre a
liderança de Paulo: (a) O compromisso com o pastorado; (b) mentoria de novos
obreiros; (c) um líder que amava a igreja. Ao concluir o tópico I, o prezado professor deverá deixar bem claro que o
modelo de liderança do apóstolo Paulo estava pautado no de Jesus, isto é, um
ministério de serviço, jamais de domínio.
3 8 L iç õ e s B íb l ic a s
IN T R O D U Ç Ã O
A preocupação de Paulo com a unidade e a comunhão da igreja fili- pense era tão intensa que ele desejava estar presente naquela com unidade. Todavia, o a p ó s to lo e n c o n tr a v a -s e preso. Impedido de rever aqueles pelos quais estava disposto a “sacrificar-se”(Fp 2.1 7), Paulo envia dois obreiros fiéis, Timóteo e Epafrodito, para cuidar daquela igreja até sua chegada (2.1 9-30).
I - A P R E O C U P A Ç Ã O D E P A U LO CO M A IG R E JA
1. Paulo, um líder com prom etido com o pastorado . O versículo do texto áureo revela o coração amoroso de Paulo que, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na fé. O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10 .16; At 20 .29) . Paulo se preocupava com a segurança espiritual do rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para atendê-!o.
2. Paulo, o m entor de novos obreiros* O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para auxiliar a igreja de Filipos. Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja. Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito. Este gozava de total confiança de Paulo, pois preservava a pureza do Evangelho recebido.O apóstolo Paulo ainda destaca a in
tegridade desses dois servos de Deus 1 contra a avareza dos falsos obreiros I (v.21X Estes são líderes que não zelam I pela causa de Cristo, mas se dedicam I apenas aos seus próprios interesses. I
3. Paulo, um líder que am ava I a ig re ja . Ao longo de toda a Carta I
aos Filipenses, percebe- I mos que a re lação do I apóstolo Paulo para com I esta igreja era estabele- I cida em amor. Não era I uma relação comercial, I pois o apóstolo não tra- |
tava a igreja como um negócio. Ele ! não era um gerente e muito menos | um patrão. A melhor figura a que I Paulo pode ser comparado em seu I comportamento em relação à igreja " é a de um pai que ama os seus filhos ̂gerados na fé de Cristo. Todas as palavras do apóstolo — admoes- | tações, exortações e deprecações I— demonstram um profundo amor * para com a igreja de Filipos. Pre- I cisamos de obreiros que amem a I Igreja do Senhor. Esta é constituída i por pessoas necessitadas, carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem am adas pelos rep resen tan tes da igreja (2 Tm 2.1 -26).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
O co m p ro m is s o pastoral do apóstolo Paulo passava pela mento- ria que ele exercia sobre os novos obreiros e por seu amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição, mas pastor de uma igreja.
R E S P O N D A
/. Q ual e ra o tem o r do apósto lo Paulo em relação à igre ja filipense?2. Cite os nomes dos obre iros a p resentados p o r Paulo para auxilia r a ig re ja de Filipos.
PALAVRA-CHAVE
Fid e lid ad e :Qualidade de fie l;
lea ldade.
Liç õ e s B íblic a s 3 9Jr
R EFLEXÃ O
“[ . . . ] O principa l ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o serv ido r da Igre ja . O apóstolo aprendera de Je su s
que o líder cristão deve se rv ir à Igreja e ja m a is servir-se dela *
Elienai Cabral
II - O EN V IO D E T IM O T E O À F IL IP O S (2 .1 9 -2 4 )
1. Pauto dá testem unho por Tim óteo. O envio de Timóteo à Fili- pos tinha a finalidade de fortalecer a liderança locai e, consequentemente, todo o Corpo de Cristo. Aiém de enviar notícias suas à igreja, Paulo também esperava consolar o seu coração com boas informações acerca daquela comunidade de fé. Assim, como Timóteo era uma pessoa de sua inteira confiança, considerado peio apóstolo como um filho (1 Tm 1.2), tratava-se da pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra, leal e no temor de Deus). Paulo estava seguro de que o jovem Timóteo teria a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e abnegadamente, pregaria o evangelho com total comprometimento a Cristo (v.20).
2 . O m o d e lo p a u lin o de Hãderança, Timóteo, Epafrodito e Tito foram obreiros sob a liderança de Paulo. Eles aprenderam que o exercício do santo ministério é de- lineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela obra de Deus. Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e sua igreja precisa levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de Cristo na esperança de ser galardoado por Deus. Nessa perspectiva, o principal ensino de
Paulo aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja. O apóstolo aprendera com Jesus que o líder cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela (Mt 20.28) .
3. A s qualidades de Tim óteo (2.20-22)= Timóteo aprendeu muito com Paulo em relação à finalidade da liderança. Ele se solidarizou como apóstolo e dispôs-se a cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico líder. Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além de “um caráter aprovado”, estava devidamente preparado para exercer a liderança, pois tinha uma disposição de “servir” ao Senhor e à igreja. Todo líder cristão precisa desenvolver uma empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para toda a comunidade de fé (1 Tm 4.6-16).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
O apóstolo desejou enviar Timóteo a igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local e, consequentemente, de todo o Corpo de Cristo.
R E S P O N D A
3. Qual era o p rin c ipa l ensino de Paulo aos seus liderados?
III - EP A FR O D IT O ,UM O B R E IR O D ED IC A D O
(2 .2 5-3 0)
lo E p a fro d ito , um m e n sa geiro de confiança. Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e de caráter ilibado. O apóstolo Paulo o elogia como um grande “cooperador e companheiro nos combates". Sua tarefa iniciai era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, anímando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos crentes filipenses.
4 0 L iç õ es Bíblicas
Epafrodito também fora encarregado de levar a Pauío uma ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear as despesas da prisão domiciliar do apóstolo.
2. Ep afro d ito , um v e rd a d e iro m is s io n á r io , Epafrodito não levou apenas boas notícias para o apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Filipos. Em outras palavras, Epafrodito era um autêntico m issionário. À semelhança de Silvano e Timóteo (1 Ts 1.1-7), bem como Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era pregaro Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de Jesus faziam parte de seu galardão.
3. Paulo e n v ia E p a fro d ito . Filipenses 2 .2 0 relata o desejo de Paulo em mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Fifi- pos. O pensamento inicial era enviar Timóteo, pois Epafrodito adoecera vindo quase a fafecer. Deus, porém, teve misericórdia desse obreiro e o curou (v.27), dando ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos (v.28). Epafrodito p o ssuía condições morais e emocionais para tratar dos problemas daquela igreja. Por isso, o apósto lo pede aos fil ipenses que o recebam em Cristo, honrando-o como obreiro fiel
(vv.29,30). Que os obreiros cuidem da Igreja de Cristo com amor e zelo, e que os m em bros do Corpo do Senhor reconhecam a maturidade, a fidelidade e a responsabilidade dos obreiros que Deus dá à Igreja (Hb 1 3.17) .
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
Epafrodito era um mensageiro de confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário. Foi enviado a Filipos para cuidar de assuntos locais,
R E S P O N D A
4 , Q u a l e ra a ta re fa in ic ia l de Ep a fro d ito ?5. Para você, quais são as ca ra cte rística s ind ispensáveis a um obre iro do Senhor?
C O N C L U S Ã O
A Igreja pertence a Cristo, e nós, os obreiros, som os os servidores desta grande comunidade espalhada por Deus pela face da terra. Que ou çamos o conselho do apóstolo Pedro, e venhamos apascentar “o rebanho de Deus [...], tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5.2,3).
“A Ig re ja pertence a C risto , e nós, os ob re iros, som os os serv ido res desta
grande com unidade espalhada p o r Deus pela face da te rra ”
Elienai Cabral
L iç õ e s B íb l ic a s 41
V O C A B U LA R 1 0
E m p a t ia : Capacidade de sentir os sentimentos de outra pessoa.
B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A
CARLSON, R a y m o n d ; TRASK, Thomas (et ali.). M anual P asto r P en teco sta l: Teologia e Práticas P a sto ra is . 3 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 5 .MACARTHUR JR, John. M inistério Pastoral: Alcançando a excelência no m inistério cristão . 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004 .RICHARDS, Lawrence O. Com entá r io H is t ó r ic o - C u ltu ra l do Novo Testam ento . 1 ,ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 .
S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 55, p.39.
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O
Subsíd io Vida C ristã“Quando a Igreja nasceu, no
Dia de Pentecoste, Deus começou a chamar 'pastores' para apascentar os rebanhos de fiéis que se levantariam ao redor do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado, direção e ensinamentos que uma congregação recebe. Eles são dons para a igreja (Ef 4.1 1), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado ao ministério é de procedência divina (At 2 0 .2 8 ) ; seu exem plo é Jesus Cristo, e o poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.
Julgo que os pastores têm de ser pentecostais para que apascentem igrejas também pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto que v ivem os num dos tem p o s mais complicados e plenos de avanços tecnológicos que este mundo jamais viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são complexas; suas dificuldades e problemas, também. Somente Deus pode capacitar-nos a entendê-las e ajudá-las. À medida que os pastores empenham-se em auxiliar os que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas, do divórcio e de outras incontáveis tragédias, precisam urgentemente de poder e discernimento do Espírito para ministrar. Os métodos para se alcançaras pessoas mudam; entretanto, nossa mensagem não pode mudar" (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas (et a l I_)- M anual P a sto r P e n te co sta l: Teologia e P rá tica s P a s to ra is . 3 .ed. Rio de
\Janeiro: CPAD, 2 0 0 5 , p.7).
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Que ela ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das “ove lh as” a fim de “devorá-las” (Mt
10.1 6; At 20.29).2. Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja. Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro
da própria igreja filipense, Epafrodito. 3* O principal ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o
servidor da Igreja.4 . Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas
notícias dos crentes filipenses.5. Resposta pessoal.
4 2 L iç õ es Bíblic a s
Lição 7
Para quem ama a Deus o mais importante é ter um coração renovado peia ação do Espírito Santo
H IN O S S U G E R ID O S 388, 398 , 502
L E I T U R A D IA R IA
Segunda - 1 T s 5 .16Regoziiai-vos sempre
Terça - SI 32-11 Alegrai-vos no Senhor
Q u arta - Ne 8 .1 0 A alegria do Senhor é a nossa força
Q uin ta - Rm 8.31-39 A alegria de saber que Deus é por nós
Sexta - A to s 1 3.50-52 Alegria em meios às perseguições
Sabado - Fp 3 .3 A verdadeira circuncisão cristã
1 8 de Agosto de 2013
A A t u a l id a d e d o s C o n s e l h o s P a u l in o s
Resta, irmaos meus, que vos regozijeis no Senhor" (Fp 3.1a).
T E X T O Á U REO
V ER D A D E PRÁTICA
L iç õ es Bíblic a s 4 3
L E IT U R A B ÍB L IC A E M C L A S S E F i l i p e n s e s 3 . 1 - 1 0
1 - Resta, irm ãos m eus, que vos regozijeis no Senhor Não me aborreço de escrever-vos as mesm as co isas, e é segurança para vós.2 - Guardai-vos dos cães, guarda i-vos dos m aus o b re iro s , guardai-vos da circuncisão!3 - Porque a circuncisão somos nós, que servim os a Deus no Esp írito , e nos g loriam os em Jesu s C risto , e não confiamos
I na carne.
14 - Ainda que também podia co n fia r na ca rn e ; se a lgum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu:5 - circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjam im , hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu,
C o m p reen d er o significado da verdadeira circuncisão cristã,
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir o tópicoIII da íição, reproduza o esquema da
página seguinte de acordo com as suas possibilidades. O objetivo desta atividade é estabelecer uma diretriz bíblica e
clara a respeito do que o apóstolo Paulo estava falando a respeito da "verdadeira
circuncisão cristã”. À luz do texto de Fílipenses 3.1-4 o apóstolo mostra que a
“circuncisão” que é realizada pelo Espírito nada tem com a circuncisão imposta pela “carne”. Afirme para a classe que o crente em Jesus não se gloria dos seus atributos exteriores, pois sabe que eles não têm o poder de influenciar nada, a não ser para gerar uma falsa piedade, falsa humildade e faísa disciplina com o corpo. Portanto, não são de valor algum para a espiritua
lidade, senão para a “satisfação da carne” {Cl 2.20-23).
6 - segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a ju stiça que há na lei, irrepreensível,7 - Mas o que para mim era ga- nho reputei-o perda po r Cristo.S - E, na verdade, tenho tam-
:l bem por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual so fri a perda de todas e sta s co isa s e as co n sid e ro como esterco, para que possa ganhar a Cristo.9 - e seja achado nele, não tendo a minha ju stiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a ju stiça que vem de Deus, pela fé ;
| 10 - para conhecê-lo, e a virtude■ da sua ressurreição, e a comu
nicação de suas afliçõesf sendo1 feito conforme a sua morte.
IN TERA ÇÃ OA presente lição busca re ssa lta r a atualidade que os conselhos do apóstolo Paulo têm para o tempo que se cham a “ho je”. Além de o apóstolo ve rsa r sobre o cuidado com os fa lsos obreiros, aqueles que d istorcem a liberdade em Cristo Je su s , Paulo conclam a a igreja a se a leg ra r em Deus, a despeito de iodos os transtornos que ela possa ter sofrido no confronto com os falsos obreiros. A vida de Paulo nos m ostra que é possível alegrar-se em meio ao sofrimento. O sofrim ento na vida do crente não significa ausência de alegria em Deus. O apóstolo m ostrou que a fé no Cristo ressu rre to transcende o nosso estado m om entâneo de sofrim ento . Portanto, p re zado pro fesso r ; alegre-se em Deus.
O B JETIV O S
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
D isse rta r a respeito da alegria do Senhor.
E x p l ic a r a tríplice advertência de Paulo contra os inimigos da fé.
4 4 L iç õ es Bíblic a s
I N T R O D U Ç Ã O
No capítulo três de sua carta aos F il ipenses , Paulo c o n t i nua rev e lan d o p r e o c u p a ç ã o a resp e i to dos “maus o b r e i r o s ”. Estes se aproveitavam de sua au sên cia para introduzir falsas d ou trinas na igreja. A fim de precavê-la, por três vezes o apósto lo diz: “guardai-vos’1 (v.2). Nesta lição, verem os que _ _ _ _ _ Paulo também não deixou de exortar os filipenses a que, mesmo diante das adversidades, se a leg rassem no Senhor (v.l),
PALAVRA-CHAVE
C o n se lh o :Parecer , ju íz o , op inião. A dvertên cia
que em ite ; adm oestação, aviso .
pois a alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8.10),
I - A A L E G R IA D O S E N H O R
1. R e g o z ijo e s p ir itu a l. Aexpressão “resta, irmãos m eus” (v.l), aparece no texto grego como to lo ipon , que é traduzido como
“finalmente”. Ela sugere que Pauío estava concluindo sua carta, mas ainda havia algo importante a dizer aos irmãos da igre ja em Filipos.O apóstolo ensina aos irmãos f i l ipenses que a alegria do Senhor é a
força que nos faz superar toda e qualquer adversidade. O contentamento que je s u s nos oferece é
SEGUNDO O ENSINO D O A PÓ STO LO PAULO AOS FILIPEN SES, O V ER D A D EIR O CRISTÃO É DE FATO A V ER D A D EIR A CIRCU N CISÃ O , NÃO O CO STU M E DO JUDAÍSM O.
O A PÓ STO LO USA T R Ê S C O N CEITO S PARA ID EN TIFICA R TA IS CRISTÃO S:
1) Eram aque les “que ad o ravam pelo Espírito de Deus". A palavra traduzida na NÍV como “adoração” {laxreuo) é usada na LXX [septuaginta] e no livro de Hebreus para se referir ao se rv iço dos sacerdotes no templo (Êx 23 .25 ; Dt 6.1 2; Hb 8 .5 ; 10.2). A palavra é também usada em Romanos 12.1, onde Paulo incita seus ouvintes a oferecerem seus corpos a Deus como sacrifício , bem como um “ato de adoração e sp ir itu a l1'. Paulo co ntinua a encorajar os cristãos romanos a permitirem que suas mentes sejam renovadas e suas vidas capacitadas peio poder do Espírito, exercitando seus dons para servirem uns aos outros (1 2.2-8).
2) Os cristãos filipenses não deveriam ter como orgulho quaisquer sinais físicos que dem onstrassem sua co nd ição de com unhão , porém , antes, deveriam orgulhar-se em Cristo e na sua obra. Não d everiam d e p o s ita r a sua confiança em regra e rituais respeitados ou va lo rizad os por aqueles que viviam sob a lei Mosaica. O motivo de orgulho do cristão nunca deveria consistirem ser irrepreensível com respeito aos mandamentos da lei (3 .4 ). A verdadeira c ircu n c isão é form ada por aqueles que colocam sua fé somente em Cristo, e que têm nEle seus motivos de orgulho.
3) “A [verdadeira] circuncisão” são aqueles que não depositam nenhuma confiança na carne, Para Paulo, a ideia de “carne" (sa rx ) s ig n ifico u fre q u e n te mente um “local natu ra l” de existência humana (Rm 9 .3 ; I Co 1 0 J 8 ) , mas usa frequentemente a palavra em um sentido teológico para se referir à condição da humanidade em rebelião contra Deus. A consequência final de ser dominado pela carne é a morte (Rm 8 .6). O cristão é chamado a crucificar a carne e as suas obras e v iver de acordo com o Espírito (Gl 5.1 6ss). Deste modo, sarx traz consigo um significado duplamente nítido em Paulo: (a) É renúncia sincera a toda e qualquer observância da lei cerimonial, como a circuncisão, que alegue poder alcançar a salvação; (b) Pauío, à íuz do uso mais amplo do termo sarx, expõe as ações dos judaizantes ao que realmente são: obras realizadas em rebelião contra Deus.
Paulo mostra que a espiritualidade dos judaizantes está em manter a iei; sua glória está em suas realizações; e sua confiança em cerimônias e costumes religiosos exteriores. Caso alguém pense que Paulo tenha exagerado nesta ênfase, basta olhar para sua vida e veremos que ele sabe o
X^que está dizendo. Antes de se tornar um cristão, ele mesmo aceitava as convicções judaicas.
Texw extraído e adaptado do ''C om en tário B íblico P en te co sta l: Novo Testam ento ’ vo i2 , editado petit CPAD.
L iç o es B í b l i c a s 4 5
um reforço para a nossa fé em tempos de adversidade,
2. Exo rtação ao reg o zijo .A alegria do Senhor é produzida pelo Espírito Santo no co ração do crente. Esta alegria independe das circunstâncias, pois é divina e faz com que o cristão supere as dificuldades. Paulo mostra aos filipenses que esse sentimento de felicidade, concedido pelo Senhor, é uma c a p a c i ta ç ã o divina que fortalece a igreja a suportar as ad- versidades. Para o apóstolo, que se encontrava na prisão, a alegria
!do Senhor era como um precioso consolo, capaz de trazer descanso
I e quietude para a sua alma.3. A le g r ia em m e io à s
p reo cu p a çõ e s e aflição . Paulo p e r c e b e u que, em virtude do sofrimento, os irmãos de Filipos poderiam ser tomados pelo desânimo. Por isso, ele os exortou a se alegrarem em Deus, pois a alegria vinda da parte do Senhor nos fortalece (Ne 8.10). Triunfante por causa de sua confiança no Cristo ressurreto, o apóstolo sabe que somente aquele que conhece e confia no Senhor, e em sua Pala-
I vra, é capaz de regozijar-se diantei das dificuldades, tal como ele e
y Silas o fizeram (At 16.24,25). Deus é o nosso conforto. Nele podemos confiar e regozijar-nos sempre (1 Ts 5.16).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
A alegria do Senhor, a que Paulo se refere, se manifesta em meio às preocupações e as aflições da vida.
/. Quem produz a verdadeira a leg ria em nossos co rações?
II - A T R ÍP L IC E A D V E R T Ê N C IA C O N T R A
O S IN IM IG O S (3 .2 -4 )
1. “G uardai-vos d o s c ã e s”.A hostilidade de Paulo contra os maus obreiros era forte e decisiva, pois eles causavam muitos males à igreja, em especial aos novos c o n v e r t id o s . Paulo ch a m a os judaizantes de “cães”, pois estes acreditavam e ensinavam que os gentios deviam obedecer a todas as leis judaicas, um fardo legalista que nem mesmo os próprios judeus suportavam (Cl 2.14). Os judaizantes eram como “cães” que atacavam os novos convertidos durante a ausência de Paulo. O apóstolo repelia-os com veem ência e orientava os filipenses a que deles se resguardassem.
2. “G u ardai-vo s d o s m aus o b r e ir o s ” . Estes ta m b é m são d en o m in a d o s por Paulo com o “c ã e s ” e os da “circuncisão”. Eles espalhavam falsos ensinos, não se im p o rtan d o com a sã d o u trina ensinada pelos apóstolos. Pregavam um falso evangelho (G1 1.8,9). Afirmavam que para que os gentios se tornassem cristãos deveriam seguir a lei mosaica e, pior, as tradições ju d a icas . T odavia, no concílio da igreja em Jerusalém, conforme Atos 15, os a p ó s to lo s j á haviam discutido sobre o papel da lei judaica em re lação aos g e n t io s . Seg u n d o
RESPONDA
as deliberações do “concílio de J e r u s a lé m ” os gent ios cr is tãos
4 6 L iç o n s B íb l ic a s
não deveriam com er aíimentos oferecidos aos ídolos, carne com sangue e sufocada (Lv 1 7.14). Deveriam tam bém evitar as práticas sexuais imorais. Não obstante, os “maus obre iros” faziam questão de discordar do ensino paulino, a fim de impor aos gent ios as práticas ju daicas .
3. “G uardai-vos da c ircu n c isã o ”. Um dos costumes judaicos que aqueles “maus obreiros” queriam impor era a prática da “c i r c u n c is ã o ”. Eles e n s in a v a m , erroneamente, que a circuncisão tornaria os gentios verdadeiramente cristãos. Paulo então passa a ensinar aos filipenses que a verdadeira circuncisão é aquela operada no coração; logo não é algo da carne, mas do Espírito Santo. De acordo com o Comentário Bíblico Pentecostal, editado pelaCPAD, “os cristãos filipenses não deveriam ter como motivo de orgulho quaisquer j sinais físicos que demonstrassem sua condição de comunhão, porém, antes, deveriam orgulhar-se em Cristo e na sua obra’5.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
“G u a r d a i - v o s d o s c ã e s ”, “guardai-vos dos maus obreiros”, “guardai-vos da circuncisão”; são advertências paulinas a que a igrej a se cuidasse com os judaizantes.
R E S P O N D A
2. Quem são os in im igos m encionados p o r Paulo em Filipenses 3 .2 ?3. O que os ju d a iza n te s a c re d itavam e ensinavam aos cristão sgen tios7
R EFLEX Ã O
“iEles [os judaizantes] ensinavam3 erroneamente, que a cir cuncisão tornaria os gentios verdadeiramente cristãos.”
Eíienai Cabral
III - A V E R D A D E IR A C IR C U N C IS Ã O C R IS T Ã (3 .3 )
1. A c irc u n c isã o no A ntig o T e s ta m e n to - S a b e m o s que a circuncisão era um rito religioso com caráter moral e espiritual, consistindo em um sinal físico de que a pessoa pertencia ao povo com o qual Deus fez um pacto. Era também um sinal de obediência a Deus (Gn 17.11; At 7.8). Porém, os seguidores d e je s u s não precisam da circuncisão para serem identificados como pertencentes a Ele. A circuncisão do cristão é espiritual e interior, operada pelo Espírito Santo, no coração, mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 4.9-11).
2. A v e rd a d e ira c irc u n c isã o não d eixa m a rca s f ís ic a s . Paulo e n s in a aos c o l o s s e n s e s que a verdadeira circuncisão em Cristo não é por intermédio de mãos humanas, mas “no despojo do corpo da carne” (Cl 2.11,12). É um ato espiritual, levado a efeito pelo Senhor Jesus que remove a nossa velha natureza e nos con cede uma nova (2 Co 5.17). É uma circuncisão do coração (Rm 2.29).
3* A verdadeira circuncisão não confia na carne (3.3-7). Os cristãos judaizantes que participavam da igreja em Filipos confiavam
L iç õ e s B íb l ic a s 4 7
muito mais na carne e na circuncisão do que em Cristo. Por isso, Paulo narra a sua história como judeu. Ele declara ter sido circuncidado ao oitavo dia (v.5) e ter seguido todos os ritos da lei (v.6). Mas o apóstolo enfatiza que ao encontrar-se com Cristo, renunciou a tudo da velha religião para servir apenas a Cristo. Paulo declara: “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em jesus Cristo, e não confiamos na carne” (3.3). A salvação é somente pela fé em Jesus. Nenhum rito religioso é capaz de trazer salvação.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
A v e r d a d e i r a c i r c u n c i s ã o não confia na carne nem deixa marcas físicas , pois ela é gerada pelo Espírito.
4. De acordo com a lição o que era a circuncisão no Antigo Testam ento?5. Defina a verdadeira circuncisão para o c r is tã o .
C O N C L U S Ã O
Paulo ensinou aos filipenses que a confiança em Cristo nos garante alegria. Tal felicidade independe das circunstâncias e faz-nos enfrentar todas as dificuldades comuns às demais pessoas com uma diferença: temos esperança! Paulo também mostrou aos filipenses que as leis do Antigo Testamento e seus ritos tinham sua importância, todavia, a obediência a tais leis e ritos não garantiam a salvação de ninguém. O que deve ser considerado pelo crente é o seu relacionamento com o Cristo ressurreto.
RESPONDA
R EFLEX Ã O
7-. J O apóstolo enfatiza que ao encontrar-sé com Cristo , renunciou a tudo da velha religião
para serv ir apenas a Cristo. [ ...] A salvação é somente pela fé em Je su s . Nenhum rito
religioso é capaz de trazer sa lvação.” Elienai Cabral
4 8 L iç õ es B íblic a s
rB IB LIO G R A FIA SU G ER ID A
ARRINGTON, French L.; STRONS- TAD, Roger (Eds.)- C o m entário B íb lic o P e n t e c o s t a l : N ovo Testam ento. 4 .ed. Vol. 2 Rio de
Janeiro: CPAD, 2 0 0 9 . RICHARDS, Lawrence O. C o m en tário H istó rico -C u ltu ra l do N ovo T e sta m e n to . 1 .ed. Rio de janeiro: CPAD, 2 0 0 7 ,
S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 55, p.39.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1 O Espírito Santo.2. Os judaizantes.
3. Eles acreditavam e ensinavam que os gentios deviam obedecer a todas as leis judaicas, um fardo legalista que nem mesmo os próprios
judeus suportavam (Gl 2.14).4. A circuncisão era um rito religioso com caráter moral e espiritual, consistindo em um sinal físico de que a pessoa pertencia ao povo com o qual Deus fez um pacto. Era também um sinal de obediência a
Deus (Gn 1 7.1 I ; At 7.8).5. A circuncisão do cristão é espiritual e interior, operada pelo Espírito Santo, no coração, mediante a fé em
Jesus Cristo (Rm 4.9-1 1).
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O
Subsíd io Sócio-CulturalA A le g ria em F ilip e n se sT o d o s q u e r e m s e r f e l i z e s .
Isto era tão verdadeiro no século I quanto hoje. E, nesta área, várias filosofias ofereciam sistemas éticos que prometiam guiar os estudantes a uma vida completa e feliz. Estes sistemas eram sofisticados demais para confundir £sentir-se feliz’ com fe l ic id ad e . E ass im os f i ló s o fo s co m e ç a ra m a redefinir o term o, porque embora não pudessem ajudar ninguém a se sentir feliz, era certam ente possível convencê-los de que seu estado era feliz, não importa como pudessem se sentir!
Os f i l ó s o f o s c o n s id e r a v a m a alegria {cha ra ) uma subdivisão do p razer (h ed o n e ). C om o uma emoção, chara era vista com d esconfiança pelos estóicos, que sob a pressão da opinião comum posteriormente a classificaram como ‘um bom humor’ da alma. [...]
O que é admirável no uso do NT deste conceito, se ja na forma de substantivo (ch a ra ) ou verbo (cha iro ), é que ela retém uma força secular básica. Contudo, a forma como se experimenta este estado de espírito forte, positivo, confiante e exaltado está diretamente ligada a um outro paradoxo da fé. Mesmo sabendo que o caminho para a exaltação é a humilhação voluntária, ilustrada em Filipenses 2 .6 -1 1 , a alegria do cristão é frequentemente experim entada em circunstâncias que n inguém co n s id e ra r ia feliz! (RICHARDS, Lawrence O. C o m e n tá rio H istó rico -C u ltu ra l do Novo T e stam en to , l .ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 , p.441) .
L iç õ e s B íb l ic a s 4 9
T E X T O A U REO
V ER D A D E PRÁTICA
Lição 825 de Agosto de 2013
A S u p r e m a A s p ir a ç ã o d o C r e n t e
fProssigo para o alvo, pelo prêm io da soberana vocação de Deus
em C risto Je su s ” (Fp 3 . 1 4 ) .
HIN OS SU G ER ID O S 60, 77, 107
L E I T U R A D I A R I A
Segunda - Fp 3.12-14Prosseguindo para o alvo
Terça - Fp 3-1 7Um exemplo a ser seguido
Q u arta - O s 6.1 -6Prossigamos em conhecer ao Senhor
Q uin ta - Mt 5 .48 Sejamos perfeitos
S e x ta - J o 1 7 . 1 7A Palavra de Deus leva à maturidade
Sábado - 1 Co 9 .24-26O prêmio do verdadeiro crente
A maior aspiração do crente deve ser a conquista do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus.
W'A
5 0 L iç õ e s B íb l ic a s
IN TERA ÇÃ O
T e m o s v i s t o , n a s o c i e d a d e a t u a i , m u i t o s c r i s t ã o s l u t a n d o a r d u a m e n t e p e l a c o n q u i s t a d e b e n s m a t e r i a i s , f a m a , p r e s t í g i o e p o d e r . A s p e s s o a s q u e r e m , a t o d o o c u s t o , s e r e m V I P s . L o g o , é u r g e n t e q u e v e n h a m o s r e f l e t i r a r e s p e i t o d a v e r d a d e i r a a m b i ç ã o d o c r i s t ã o . C r e m o s q u e o d e s e j o m a i o r d o c r e n t e d e v e s e r a c o n q u i s t a d o p r ê m i o d a s o b e r a n a v o c a ç ã o e m C r i s t o J e s u s . D e q u e a d i a n t a t e r t o d o s o s b e n s n e s t a t e r r a , s e r VIP, t e r p r e s t í g i o e n o f i m d e t u d o n ã o d e s f r u t a r d a v i d a e t e r n a c o m C r i s t o ? O q u e é m a i s p r e c i o s o p a r ao c r i s t ã o 7 S i g a m o s o e x e m p l o d e v i d a d o a p ó s t o l o P a u t o . S e u a l v o e r a a p e s s o a d e J e s u s C r i s t o . S e u i d e a l e s u a a s p i r a ç ã o c o n s i s t i a m e m c o n h e c e r m a i s d o M e s t r e . Q u e J e s u s C r i s t o s e j a o n o s s o m a i o r a l v o a t é q u e v e n h a m o s o u v i r : "B e m e s t á , s e r v o b o m e f i e l ”
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E F i l i p e n s e s 3 . 1 2 - 1 7
12 - Não que já a tenha a lcançado ou que se ja p erfe ito ; m as prossigo p a ra a lcan ça r aquilo para o que fu i tam bém p reso p o r C risto Je su s .
1 3 - Irm ãos, quanto a m im , não ju lg o que o haja alcançado; m as uma coisa fa ço , e é que, esquecendo-me das co isas que atrá s ficam e avançando para as que estão diante de mim,
1 4 - prossigo pa ra o alvo, pelo prêm io da soberana vocação de Deus em C risto Je su s .
1 5 -P e lo que todos quantos já som os perfe ito s sin tam os isto m esm o ; e, se sen tis a lgum a coisa doutra m aneira , também Deus vo-lo reve la rá .
1 6 - M as, naqu ilo a que já chegam os, andem os segundo
i a m esm a reg ra e sin tam os o m esm o.
1 7 - Sede também meus im itadores, irm ãos , e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.
O B JETIV O S
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
C o m p reen d er qual era a verdadeira aspiração do apóstolo Paulo.
A n a lisa r a maturidade espiritual dos filipenses.
C o n sc ie n tiza r-se a respeito da verdadeira aspiração cristã.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, para introduzir a lição faça
a seguinte indagação: “Qual deve ser a maior aspiração do crente?” Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida leia o texto áureo e explique que como cristãos o nosso aívo maior deve ser a conquista
do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus, a nossa salvação. Precisa
mos nos esforçar para conhecer mais de Cristo e em tudo agradá-lo. Conclua enfatizando que à medida que passamos a ter um relacionamento maior com Jesus,
somos aperfeiçoados e nos tornamos aptos para realizarmos as boas obras.
L iç õ e s B íb l ic a s 51
IN T R O D U Ç Ã O
Na lição de hoje, aprende- I rem os que o alvo da vida do I apóstolo Paulo era somente um:I conquistar a excelência A I d o c o n h e c im e n to de I Jesus Cristo (Fp 3.8,1 0).I Semelhante a um atleta,I o apóstolo se esforçava I para alcançar este obje- I tivo, pois era conscien-
■ te de que o exercício de I aprender cada dia mais I d e je su s exige labor e disposiçãoI para servir. Prosseguindo para “o
I alvo, pelo prêmio da soberana I vocação de Deus em Cristo Jesus”, I Paulo convidou os fil ipenses a
imítá-lo, d esp ertan d o-os à es- I perança de um dia receberem a
i mesma recompensa (Fp 3.1 4-1 7).
■ I - A A S P IR A Ç Ã O P A U LIN A
1 - “ P ro ssig o para o a lv o ” .Para participar de uma maratona, o atleta tem de treinar muito. É preciso esforço, dedicação e trabalho para alcançar o prêmio final. Paulo utiliza neste texto a analogia do atletismo, a fim de mostrar aos filipenses que o
I crente em sua caminhada também precisa se esforçar para conhecer mais a Cristo, deixando de lado os embaraços dessa vida e o pecado, mantendo o foco em Jesus. Quando o crente deixa de olhar firmemente para o “Alvo”, corre o risco de tropeçar e cair, podendo até abandonar a fé. Vigiemos, pois, em todo o tempo, na dependência do Senhor.
2. O sentim ento de incom- pletude de Paulo. Paulo sabia que havia muita coisa ainda a ser conhecida. Por isso, nunca corria sem meta (1 Co 9 .2 6 ) . Mesmo estando no cárcere, o apóstolo declara estar disposto a avançar para
k, as coisas que estavam diante dele (Fp 3.13b). Paulo era um homem que confiava em Deus. E, assim, seguia co n fiante, pois no Senhor ainda teria grandes desafios em seu ministério. Sua força estava em
Deus. Eis porque venceu grandes lutas e foi fiei até o fim. Para vencer, temos que igualmente olhar para frente e “esquecer das coisas que atrás ficam” (v. 1 3).
3. O engano da presunção esp iritu a l. Paulo não se deixou enganar pela falsa ideia de ter alcançado a perfeição. Os mestres do gnost ic ism o afirmavam ter alcançado tal posição e, assim, reivindicavam ser iluminados e não terem mais nada a aprender ou que desenvolver. Paulo, contudo, refutou esse pensamento equivocado, demonstrando que a conquista da perfeição será para aquele que terminar a carreira e ganhar a vida eterna, pois o prêmio está no final da jornada e não em seu início ou meio (1 Co 9 .24 ; Gl 6.9).
SIN O P SE D O T Ó P IC O (1)
O crente em sua caminhada precisa se esforçar para conhecer mais de Cristo, deixando de lado os embaraços dessa vida (o pecado), mantendo o foco em Jesus.
5 2 L iç õ e s B íb l ic a s
PALAVRA-CHAVE
A sp iração :Desejo profundo
de a ting ir uma meta esp iritua l; sonho,
am bição.
1. Que analog ia o apósto lo Paulo usa p a ra i lu s t r a r que o c ren te p re c isa se e s fo rça r p a ra co n h ecer m ais a Je su s C risto ?2. O que re iv ind icavam os m estres do g n ostic ism o?
II - A M A T U R ID A D E E S P IR IT U A L D O S F IL IP E N -
S E S (3 ,1 5 ,1 6 )
1. Som os p e rfe ito s (3.1 5)?O vocábulo “perfeito”, empregado por Paulo neste tex to , tem um sentido especial , pois se refere à “m a tu r id a d e e s p i r i t u a l”. Em term os de recebim ento do b e n e fício da obra perfeita de Cristo no Calvário, todos nós já alcançamos tal “perfe ição”. Neste sentido, a n ossa salvação é perfeita e co m pleta. Segundo o C om entário B íb lico Beacon, quando a expressão paulina refere-se aos f i l ipenses tratando-os de “perfe itos”, neste versículo, apresenta-os servindo a Deus no Espírito, isto é, não confiando na carne (3 .3).
2 , O c r is tã o d e v e a n d a r c o n fo rm e a m a tu r id a d e a l ca n ça d a (3-16)- Quando Paulo diz, “andemos segundo a mesma re g ra ”, não s ig n if ica c a m in h a r segundo os regulamentos da lei mosaica, tão requerida pelos j u deus convertidos a Cristo. Trata-se de andar conforme a doutrina de Cristo, segundo aquilo que já recebem os do Senhor. Assim, esse “andemos segundo a m esm a regra” denota modo de viver, atitudes, ações, obras, e comportamentos em geral, s e m e lh a n t e s aos do Senhor Jesus, que o crente deve
RESPONDA ' seguir. A prendem os com Paulo que não basta “correrm os”, pois se realmente desejamos progredir em nossa vida cristã, devemos conhecer e obedecer aos preceitos da Palavra de Deus até o Dia de Jesus Cristo (Fp 1.6).
3. Exem plo a s e r im itad o (3-17)- Paulo procurou em tudo imitar o Mestre, servindo apenas aos interesses da Igreja de Cristo (Fp 2.1 7). Dessa maneira, exortou os filipenses a que o imitassem assim com o ele imitava ao Senhor (Fp 3.1 7). Como obreiro de Deus, Paulo tinha um caráter ilibado e os filipenses deveriam tê-lo como um exem plo a seguir. Se quisermos servir ao Sen h or com inteireza de coração, precisamos seguir os passos de Jesus — o nosso modelo de homem perfeito (Hb 12.2) .
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
Não basta “correrm os”, pois se realmente desejamos progredir em n o ssa vida cristã, d evem os conhecer e obedecer aos preceitos da Palavra de Deus até o Dia de Jesu s Cristo (Fp 1.6).
R E S P O N D A
3. Q u a l o se n tid o do vo cá b u lo “p e r fe ito " em pregado p o r Pau lo?4. O que sign ifica a exp ressão "andem os segundo a m esm a re g ra '7
III - A A S P IR A Ç Ã O C R IS T Ã H O J E
1. A a tu a lid a d e do d e se jo p a u lin o . O propósito de Pauío em relação a si e aos filipenses d e v e se rv ir -n o s de in s t r u ç ã o , pois as dificuldades, ten tações e
L iç õ e s Bíb l ic a s 5 3
demais obstáculos que serviam de empecilhos à vida de com u nhão naquela época continuam atuais e bem maiores. Mais do que nunca, devemos nos esforçar para vivermos uma vida de íntima comunhão com Deus (Fp 3.1 2).
2. O c r is tã o d eve a lm e ja r a m aturidade esp iritu a l. Seguindo o exemplo de Paulo, reconheçamos que ainda precisamos alcançar a perfeição. Sejamos sóbrios e vigilantes, reconhecendo também o quanto carecemos de maturidade espiritual e de um maior conhecimento acerca da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3» Rejeitando a fa n ta s ia da fa ls a v id a c r is tã . Paulo era um sofredor consciente, um homem que sabia o quanto é difícil ser fiel a Deus. Eief porém, suportava tudo por causa da obra de Deus (Fp 2 .17) . Quem quiser viver a s sim nos dias atuais, precisa reconhecer que padecerá as m esmas angústias (2 Tm 3.1 2). Semelhante ao apóstolo Paulo, podemos ter certeza de que receberemos o
“prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Je s u s ” (Fp 3.1 4).
S IN O P S E D O T Ó P IC O <3)
Ainda não alcançamos a perfeição, por isso, precisamos ser sóbrios e vigilantes, reconhecendo o quanto carecemos de maturidade espiritual e de um maior conhecimento acerca da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
R E S P O N D A
5. Qual o alvo da sua vida?
C O N C L U S Ã O
Toda a vida de Paulo era centrada na pessoa de Jesus Cristo. Ele tudo fazia para agradá-lo. Sua grande aspiração era co n h ecer mais do Mestre da Galileia. Por isso, o apóstolo podia declarar: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus,o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Cl 2.20).
R EFLEX Ã O
“Se qu iserm os se rv ir ao Senhor com in te ireza de co ração , p recisam os
seg u ir os p a sso s de Je su s — o nosso m odelo de hom em perfe ito
Elienai Cabral
54 L i ç õ e s B í b l i c a sj
B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A
RICHARDS, Law rence O. C o m e n tá r io H is tó r ic o -C u ltu ra l do N o vo T e s ta m e n to . 1 ,ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 . PEARLMAN, Myer. E p ís t o la s P a u lin a s : Sem eando a s D ou trinas C r is tã s . 1 *ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1 9 9 8 .
S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 54 , p .40 .
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O I
R ESP O ST A S D O S EX E R C ÍC IO S
1. Paulo utiliza a analogia do atle-tismo.
2 . Os mestres do gnosticismo reivindicavam serem iluminados e não terem mais nada a aprender ou que
desenvolver. 3 O vocábulo “perfeito”, empregado por Paulo tem um sentido especial, pois se refere à “maturidade espiritual”.4 . Trata-se de andar conform e a doutrina de Cristo, segundo aquilo que já recebemos do Senhor. Assim, esse "andemos segundo a mesma regra” denota modo de viver, atitudes, ações, obras, e comportamentos em geral, semelhantes aos do Senhor
Jesus, que o crente deve seguir.5. Resposta pessoal.
S u b síd io Teo ló g ico“[...] P ro ssig o para o a lvo ,
p e lo p r ê m io d a s o b e r a n a v o ca çã o de D eu s em C r is to J e s u s ” ( 3 .1 4 ) . P r o s s i g oé tradução da m esm a palavra grega que ocorre no versículo1 2 (‘p r o s s ig o ’) e no v ers ícu lo6 ( " p e r s e g u i d o r ”). S i g n i f i c a l i tera lm ente ‘perseguir ' , ‘ir ao encalço de’. Pauio está perseguindoo prêmio em Cristo com a mesma d e t e r m i n a ç ã o , l ib e r d a d e de pesos estorvadores e empenho incessante, com que ele perseguira a igreja anteriormente
O significado de a lvo (skopon) é incerto. Pode indicar a linha de ch eg a d a para qual o corredor corre, ou propósito definido como que ele corre. De acordo com a última opção, supunha-se queo corredor seguisse uma linha branca que indicava a trajetória da corrida do ponto de partida à meta. Se pisasse fora da linha, ele não estaria correndo de acordo com as regras, não sendo coroado mesmo que chegasse em primeiro lugar. Prêm io s u g e r e a c o r o a ou troféu (1 Co 9.24). Soberana vocação é, literalmente, 'chamado superior5. O cristão é chamado ‘do alto’ ou de cima (Hb 12.2). Este cham ado é de Deus em Cristo Jesus, que ao término da corrida dirá: ‘Bem está, servo bom e fier” (C o m en tário B íb lico B eacon . Vo!. 9. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 6 , p. 277).
L iç õ e s B íb l ic a s 5 5
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O II
Subsíd io Teológico“A Santa A m biçãoG a n h a r a C r i s t o . Paulo considera os seus privilégios anteriores
como refugo, ou lixo. Todas as coisas juntas são lixo e escórias comparadas com o único desejo de Paulo: ganhar o próprio Cristo.O que significa ganhar a Cristo? Significa estar em comunhão com Ele e ter a sua presença na alma. Significa ser vinculado a Ele como nossa Cabeça, ser enxertado nEle como nossa Videira Qo 15.1), ser casado com Ele como nosso Noivo (2 Co 1 1 .2), ser edificado sobre Ele como nossa Pedra Fundamental. Ser achado ‘em Cristo’ é estar sob o seu controle, cuidado e proteção.
P o s s u i r a r e t i d ã o d e D e u s . Quando Paulo teve uma visão de Cristo no caminho para Damasco, ficou convicto de que era um pecador e que a sua justiça própria não passava de trapos imundos (Is 64 .6) , insuficiente para vestir a aima diante do olhar de Deus, que a tudo perscruta. O Senhor, porém, lhe deu uma justiça que aguentaria o teste da eternidade — a justiça de Deus imputada à pessoa que realmente confia em Cristo para a salvação. Somos considerados justos porque o nosso Representante é justo.
C o n h e c e r a C r i s t o . ‘Para conhecê-lo’. Paulo não fala aqui de conhecimento intelectual, mas sim, em conhecimento baseado na experiência. Há uma grande diferença entre realmente conhecer a Cristo e meramente saber acerca dEle. Assim como se sabe o gosto da comida ao comê-la, assim também conhecemos a Cristo ao recebê- lo” (PEARLMAN, Myer. E p ís to la s P a u lin a s: S e m e a n d o a s D o u t r i n a s
C r i s t ã s , l .ed . Rio de Janeiro: CPAD, 1998 , p. 138).
5 6 L iç o e s B íb l ic a s
Lição 9/ de Setembro de 2013
C o n f r o n t a n d o o s In im ig o s d a C r u z d e C r i s t o
T E X T O Á U REO
Porque muitos há, dos quais m uitas vezes vos d isse e agora também digo, chorando, que são inim igos da cruz
de C risto ” (Fp 3 .1 8 ) .
V ER D A D E PRATICA
A cruz de Cristo é o ponto central da fé cristã: sem ela não pode haver cristianismo.
H IN O S S U G E R ID O S 139 J 4 1} 186
L E I T U R A D I Á R I A
S e g u n d a - J o 1 2 . 3 2 , 3 3A “atração" da cruz
T e r ç a - Mt 2 7 . 3 2 — 2 8 . 1 0 À cruz segue-se a glória
Q u a r t a - At 8 . 1 8 - 2 3 Identificando o falso mestre
Q u in ta - Cl 2 .4 - 8A vigilância quanto aos falsos mestres
S e x ta - G1 6 . 1 4 A glória do crente
S á b a d o - Fp 3 . 2 0 A nossa pátria é o céu
L iç õ e s B íb l ic a s 5 7
IN TERA ÇÃ ONo capítu lo três da Carta aos Filipenses, Paulo fa z um a seve ra advertência contra os ju d a iza n te s , denom inados pelo apóstolo de "in im igos da c ru z de C risto". Estes a p regoavam o legalism o, a lei e os códigos de conduta , porém não conheciam a c ru z de C risto . Todavia , Paulo cham a a atenção não som ente a respe ito dos ju d a iza n te s , m as tam bém quanto os irm ãos que não viviam de acordo com o m odelo de se rv iço e sa crifíc io de C ris to . Paulo pede aos filipenses que lutem con tra estes inim igos a fim de que não venham su cum b ir na fé . Esta advertência de Paulo deve se r levada a sério pela ig re ja na a tualidade, pois a tualm ente tam bém m uitos são os inim igosda c ru z de C risto .L À̂
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E F ilip e n se s 3.1 7-21
1 7 - Sede também meus im itadores, irm ãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.
1 8 - Porque m uitos há, dos qua is m uitas vezes vos d isse e agora tam bém digo , chorando, que são in im igos da c ru z de C risto .
1 9 - O fim deles é a perd ição , o deus deles é o ventre , e a g lória deles é para confusão deles m esm os, que só pensam nas co isas te rren as.
2 0 - Mas a nossa cidade está nos céus, donde tam bém e speram os o Salvador, o Senhor Je su s C risto ,
2 1 - qu e t r a n s fo r m a r á o nosso corpo aba tido , pa ra s e r
í con form e o seu co rpo glorio-I so, segundo o seu eficaz poderI de su je ita r tam bém a si todasI as co isas.
5 8 L iç õ e s B íb l ic a s
O B JE T IV O S ___
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
C on scien tizar-se a respeito da necessidade de se manter firme em Cristo.
S a b e r quais são os inimigos da cruz de Cristo.
Aprender a respeito do futuro glorioso daqueles que amam a cruz de Cristo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, para a apresentação do tópico
II da lição sugerimos que o quadro da página seguinte seja reproduzido de
acordo com as suas possibilidades. DivL da a turma em grupos e distribua cópias e canetas. Em seguida faça as seguintes indagações: “Quem são os inimigos da cruz de Cristo?" “Como combater estes inimigos?" Ouça a todos com atenção e em seguida peça que em grupo preencham o quadro. Reúna novamente os
grupos. Solicite que mostrem o quadro completo e discuta com os alunos as respostas. Conclua enfatizando que
para identificarmos e combatermos os inimigos da cruz de Cristo precisamos
conhecer a Palavra de Deus e perseverar na doutrina dos apóstolos.
IN T R O D U Ç Ã O
Das ad v ertên c ias de Paulo à igreja em Filipos, a exortação p a r a q u e p e r m a n e cessem firmes na fé e mantivessem a alegria que a nova v ida em C r is to p r o p o r c i o n a , é uma das m ais im portantes. O apóstolo assim os estimula, por estar ciente dos falsos cristãos que haviam se —infiltrado no seio da igreja. Tais eram, de fato, inimigos da cruz de Cristo.
I - E X O R T A Ç Ã O À F IR M E Z A EM C R IS T O <3.17)
1. I m i t a n d o o e x e m p l o d e P a u lo (v.T7a). Quando Paulo pediu aos f i l ip en ses para que o imitassem, não estava sendo presunçoso. Precisamos com p reender a atitude do apóstolo não com o falta de modéstia, ou falsa humildade, mas imbuída de uma co ra g em espiritual e morai de colocar-se, em Cristo, com o re-
PALAVRAS-CHAVE
In im ig o s:Na lição são os juda izantes e
aqueles que não tinham comunhão
com a cru z de Cristo.
j
ferência de vida e fé para aquela igreja (1 Co 4.16,17; 11.1; Ef 5.1). Paulo mostrou que a verdadeira humildade acata serenam ente a r e s p o n s a b i l id a d e de v iv e rm o s uma vida digna de ser imitada.
Que sa ib am o s refletir sobre isso num tempo em que e s t a m o s c a rentes de re ferên c ia s ministeriais.
2 . O e x e m p l o d e o u t r o s o b r e i r o s f ié i s (v . l7 b ) . O texto da ARA tem uma tradução m elhor d essa p assagem :
“observai os que andam segundo o m odelo que ten des em nós”. Paulo e s t a v a r e c o n h e c e n d o o ̂valor da influência testem unhal n de outros cristãos, entre os quais | Timóteo e Epafrodito, que eram referências para as suas comunidades. O apóstolo chama a a tenção dos cristãos filipenses para . observarem os fiéis e aprenderem ! uns com os outros objetivando a não se desviarem da fé.
3 . T e n d o o u t r o e s t i l o d e v id a . Muitas vezes somos forçados a acreditar que som en te os obreiros devem ter um estilo de
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IN IM IGOS DA CRUZ DE C R IS T O
C A R A C T E R ÍS T IC A SO Q U E A P A LA V R A D E D E U S I
D IZ A R E S P E IT O
L iç õ e s B íb l ic a s 5
í : . â
REFLEX Ã O
“Todos nós, ob re iro s ou não, tem os o livre acesso ao trono da g raça de Deus p o r C risto
Je su s . Não tentem os co stu ra ro véu que Deus rasgou
Elienai Cabral
vida separado exclusivamente a Deus. Essa dualidade entre “clero’' e “leigos” remonta à velha prática eclesiástica estabelecida pela Igreja Romana, na Idade Média, onde uma elite (o clero) governa a igreja e esta (os leigos) se torna refém daquela. É urgente resgatar o ideal da Reforma Protestante, ou seja, a “doutrina do sacerdócio de todos os crentes’’, ou “Sacerdócio Universal”, reivindicada em 1 Pedro 2.9. Todos nós, obreiros ou não, temos o livre acesso ao trono da Graça de Deus por Cristo Jesus. Não tentemos costurar o véu que Deus rasgou!
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 >
Todo crente, obreiros ou não, tem livre acesso ao trono da Graça de Deus por Cristo Jesus.
R E S P O N D A
1. O que Paulo pretendia ao p ed ir que os fr li penses o im ita ssem ?2. O que a dualidade entre “c le ro ” e "leigos” rem onta?
II - O S IN IM IG O S D A C R U Z D E C R IS T O (3 .1 8 ,1 9 )
1. O s in im ig o s d a c ru z (v.18). Depois de identificar os inimigos da cruz de Cristo, Paulo
mostra que o ministério pastoral é regado com muitas lágrimas. A maior luta do apóstolo era com as heresias dos falsos cristãos j u deus. Paulo chama os judaizantes de “inimigos da cruz de Cristo”. O apóstolo conclamou a igreja a resistir tais inimigos, mesmo que com lágrimas, pois eles tinham como objetivo principal minar a sua autoridade pastoral. O apóstolo já havia enfrentado inimigos sem elh an tes em Corinto (1 Co 6.12). Agora, em Filipos, havia outro grupo que adotava a doutrina gnóst ica . Este grupo de falsos crentes (3.18,19) afirmava erroneamente que a matéria é ruim. Logo, não há nenhum problema em pecar através da “carne”, pois toda e qualquer coisa que fizermos como corpo, e através dele, não afetará a nossa alma. Essa ideia herética e diabólica é energicamente refutada pela Palavra de Deus (1 Ts 5.23).
2. “ O d e u s d e le s é o v e n t r e ” (3 .1 9 ). O term o “v e n tre ” aqui é f igurado e rep resenta os “a p e t i t e s ” ca rn a is e s e n s u a is . Os in im ig o s da c r u z v iv ia m para sat is fazer os prazeres da carne — glutonaria, b eb ed ice , imoralidade sexual, etc . — s a t i s f a z e n d o t o d o s os d e s e j o s lascivos, pois acreditavam que ta is a t i tu d es “m e r a m e n te c a r nais” não afetariam a alma nemo espírito. Porém, o ensino de Paulo aos gálatas derruba por te rra e s s e e q u iv o c a d o p e n s a mento (Cl 5 .16,17).
3. "A g ló ria d e le s” (3.19). Paulo sabia que aqueles falsos c r e n t e s não t inham q u a lq u e r escrúpulo nem vergonha. Entre-
6 0 L iç õ e s B íb l ic a s
gavam-se às degradações morais sem o menor pudor e, mesmo assim, queriam estar na igreja como se nada tivessem feito de errado. O apóstolo os trata como inimigos da cruz de Cristo, porque as atitudes deles invalidavam a obra expiatória do Senhor. A declaração paulina é enfática acerca daqueles que negam a eficácia da cruz de Cristo: a perdição eterna.
O cas t ig o dos ímpios será inevitável e eterno (Ap 21.8; Mt 25.46). Um dia, eles ressuscitarão para se apresentarem diante do Grande Trono Branco, no Juízo Final, e serão julgados e lançados na Geena (o lago de fogo), que é o estado final dos ímpios e dos demônios (Ap 20.11-15).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
Paulo conclamou a igreja a re- sistiros inimigos da cruz de Cristo, mesmo que com lágrimas. Estes inimigos tinham com o objetivo principal minar a fé dos irmãos.
R E S P O N D A
3. O que sign ifica o term o "ventre" em pregado p o r Paulo?
III - O F U T U R O G L O R IO S O D O S Q U E A M A M A C R U Z
D E C R IS T O ( 3 .2 0 ,2 1 )
1. “ M as a n o s s a c id a d e e stá no s c é u s ” (Fp 3 .20). Osinimigos da cruz de Cristo eram os crentes que viviam para as coisas terrenas. Paulo, então, lembra aos irmãos de Filipos que “a nossa cidade está nos céus”. Quando o apóstolo escreveu tais palavras, ele tomou como exemplo a cidade de Filipos. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “Filipos
estava localizada na principal rota de transportes da Macedônia, uma extensão da Via Ápia, que unia a parte oriental do império à Itália”.
O apóstolo faz questão de mostrar que aquilo que Cristo tem preparado para os crentes é algo muito superior a Filipos (v.20). O apóstolo mostra que o cidadão romano honrava a César, porém os crentes de Filipos deveriam honrar muito mais a Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial. Em breve o Senhor virá sobre as nuvens do céu com poder e glória, para arrebatar a sua igreja levando-a para a cidade celeste, a Novajerusalém (Mt 24.31; At 1.9-11).
2= “Q u e t ra n s fo rm a rá o n o sso corpo abatido” (Fp 3.21) .O estado atual do nosso corpo é de fraqueza, pois ainda estamos sujeitos às enfermidades e à morte. Mas um dia receberemos um corpo glorificado e incorruptível. Os gnósticos ensinavam que o mal era inerente ao corpo. Por isso, diziam | que só se deve servir a Deus com ;o espírito. Eles afirmavam ainda I que de nada aproveita cuidar do | corpo, pois este se perderá. Erro- f neamente, acrescentavam que o interesse de Cristo é salvar apenaso espírito.
A Palavra de Deus refuta tal doutrina. Ainda que venhamos a sucumbir à morte, seremos um dia transformados e teremos um corpo glorioso semelhante ao de Cristo glorificado (Fp B.21; 1 Ts 5.23; 1 Co 15.42-54).
3 . V ivend o em e sp e ra n ça . Vivemos tempos trabalhosos e difíceis (2 Tm 3.1-9). Quantas falsas doutrinas querem adentrar nossas igrejas. Infelizmente, não são poucos os que naufragam na fé. Nós,
I
L iç õ e s B íb l ic a s 61
“A a liança deles [filip en se s] com D eus do céu é tão fo rte que e les p e rm a n eceria m firm es na bata lha co n tra os oponen tes , o que e stavam com prom etidos com as p e rsp e c tiv a s ca íd a s e os d ese jo s te rre n o s . A e sp e ra n ça dos san to s é
que o céu co m p le ta rá o p ro ce sso e os lib e rta rá , tra n sfo rm a n d o seu ‘co rpo a b a tid o ”.
REFLEXÃO
contudo, à semelhança de Paulo, nutrimos uma gloriosa esperança (Rm 8.18) . Haja o que houver, aconteça o que acontecer, o nosso coração estará seguro em Deus e em sua promessa (Ap 7.17; 21.4).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
À semelhança de Paulo precisamos ter a confiança de que o futuro daqueles que amam a cruz de Cristo será glorioso.
5. O teu coração está seguro em Deus? Há esperança em você?
C O N C L U S Ã O
P re c is a m o s e s ta r a te n to s , pois muitos são os inimigos da cruz de Cristo. Eles procuram introduzir, sorrateiramente, doutr inas con trár ias e pern ic iosas à fé cristã. Muitos são os ardis do adversário para enganar os crentes e macular a Igreja do Se nhor. Por isso, precisamos vigiar, orar e perseverar no “ensino dos apósto los” até a vinda de Jesus. Eis a promessa que gera a gloriosa esperança em nosso coração.
R E S P O N D A
4. A exem plo dos cidadãos rom anos que honravam a César, quem os filipenses deveriam honrar?
6 2 L i ç õ e s Bíb l ic a s
B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A
ZUCK, Roy B. T e o lo g ia do Novo Testam en to . 1 ed. Riode Janeiro: CPAD, 2 0 0 8 . RICHARDS, Lawrence O. C o m en tário H istó rico -C u ltu ra l do Novo T e stam en to . 1. ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 .
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I
S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n°54, p.40.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Paulo pretendia mostrar que a verdadeira humildade acata serenamente a responsabilidade de vivermos uma vida digna de ser imitada.2. Remonta à velha prática eclesiástica estabelecida pela Igreja Romana, na idade Média, onde uma elite (o clero) governa a igreja e esta (os leigos) se torna refém daquela.3. O termo “ventre” tem um sentido figurado e representa os “apetites"
carnais e sensuais.4. Os crentes de Fiíipos deveriam
honrar muito mais a Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial.5. Resposta pessoal.
S u b síd io T eo ló g ico“C idadania e unidade ce lestia l.A visão cósmica e apocalíptica
de Paulo da realidade é enfatizada pelo conceito de cidadania celestial do crente (3 .20). Em Filipenses 1, esse conceito vem à tona no verbo politeuestlne (Viver como cidadão’). Seu co g n a to , p o liteu m a (‘nação; comunidade’), aparece no capítufo3 de Filipenses. O term o sugere relação com polis (‘Cidade-estado’), isto é, a nova comunidade de Cristo, cuja origem é o céu. Por isso, Paulo escreve: ‘Nossa nação [cidadania] está no céu’ (3.20). Paulo afirma que esta cidadania existe hoje; não é apenas uma esperança futura. O termo, como tal, expressa uma orientação e uma identidade fundamentais dos crentes.
[...] Filipenses 1 .27 -30 apresenta o ponto de que a vida do crente deve ser digna dessa origem; ela deve ser digna de sua relação como evangelho de Cristo. Isso quer dizer que se deve perseguir a união, enquanto a comunidade permanece unida ‘num m esm o espírito’ (v. 27) no evangelho. Na verdade não é mais necessário tem er os o p o n en tes, em bora o chamado para essa nova com unidade se ja para crer e para sofrer. Os filipenses, ao se entregar a esse chamado, com part i lhariam a m e s m a luta (a g õ n a ) que Paulo empreende, e, por essa razão, eles teriam com unhão com ele e d e m o n s tr a r ia m su a união com ele e com Cristo em humilde serviço (1 .2 9 — 2 .1 1 ) ’'. (ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do Novo T e s ta m ento . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 8 . p .362).
L iç õ e s B íb l ic a s 6 3
fifilSu b síd io Teo lóg ico
Um a a d v ertê n c ia so ie n e (Fp 3.1 7-19)Nos versos 1 -4, Paulo adverte seus leitores contra um erro do
lado judaico, a saber, o legaiismo, que é submeter a vida à escravidão das leis de Moisés. Nos versos 17-21, adverte-os contra o perigo do lado pagão, a saber: a frouxidão moral.
‘Sede meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós5 (cf. 1 Co 11 .1 . Rm 1 6.1 7). O que deviam imitar? Nos versos 7-13, lemos que Paulo não tinha confiança no seu eu — próprio, que estava disposto a sacrificar todas as coisas por Cristo, que reconhecia a sua própria imperfeição e que estava grandemente d ese joso para avançar com o Senhor. Sua advertência é necessária, porque há aqueles que tomam uma atitude diferente. São ‘inimigos da cruz de Cristo’, não por causa de qualquer hostilidade da parte deles, mas por causa das vidas que vivem. Interessam-se mais em satisfazer os seus apetites do que servir af Deus (‘o deus deles é o ventre’) e jac tam -se das liberdades que tomam na licenciosidade e vidas impuras (2 Pe 2 .19) . ‘Só pensam nas coisas terrenas’ — alegam estar no caminho do Céu, mas amam as coisas mundanas; ‘o destino deíes é a d estruição’. Contraste com o verso 1 4 ” (PEARLMAN, Myer. E p ís to la s P a u lin a s : Sem eando as D ou trinas C ristã s . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1 9 9 8 , pp. 1 41 -42).
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O II
6 4 L iç õ e s B íb l ic a s
H IN O S S U G E R ID O S 139, 141, 186
L E IT U R A D l A R I A
S e g u n d a - SI 9 2 . 1 - 5 A alegria do Senhor traz gratidão
T E X T O AU REO
V ER D A D E PRATICA
Em tempos trabalhosos e difíceis, somente a alegria do Senhor pode apaziguar a nossa alma.
Lição 1 08 de Setembro de 2013
A A l e g r i a d o S a l v o e m C r i s t o
Regozijai-vos, sem pre, no Senhor; ou tra vez digo: regozijai-vos” (Fp 4 .4 ) .
T e r ç a - Ne 8 . 8 - 1 2 A Palavra de Deus traz alegria
Q u a r ta - Fp 4 . 4 Alegrai-vos no Senhor
Q u in ta - Fp 4 . 4 - 7Alegria apesar das circunstâncias
S e x ta - SI 4 3 . 4 , 5 O Deus que nos alegra
L iç õ e s B íb l ic a s 6 5
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S EF i l i p e n s e s 4 . 1 - 7
1 - Portanto , m eus am ados e m ui qu eridos irm ãos, m inha a leg ria e co roa , e sta i a ssim firm es no Senhor, am ados.
2 - Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sin tam o m esm o no Sen h o r
3 - E peço-te tam bém a ti, meu verdadeiro com panheiro , que a ju d e s e s sa s m u lh e re s que traba lharam com igo no evangelho, e com Clem ente, e com os outros cooperadores, cu jos nom es estão no livro da vida.
4 - R e g o z ija i- v o s , s e m p re , no S e n h o r ; o u tra vez d ig o : regozija i-vos.
5 - Seja a vossa equidade notória a todos os hom ens. Perto está o Senhor.
6 - Não este ja is inquietos po r coisa a lgum a; antes , as vossas p e tiçõ e s se ja m em tudo co nhecidas d iante de Deus, pela oração e sú p lica s , com ação de g ra ça s .
7 - E a p a z de D e u s , que excede todo o entendim ento , g u a rd a rá os vossos corações
1 e os vo sso s sen tim en to s em C risto je su s .
IN TER A ÇA OPaulo enfrentou m uitas dificuldades e hum ilhações no serviço do Mestre. Em 2 Coríntios1 1.23-29 ele fa z uma pequena relação de algum as das do res e perigos que teve que en ca ra r p o r am or a Cristo . Todavia, o apóstolo não se deixou abater pelas dificuldades. Ele não perm itiu que a s a flições roubassem sua a legria . O contentam ento de Paulo não dependia das c ircun stân c ia s , po is advinha da sua com unhão com C risto . Quem tem a Je su s tem a a legria da sa lvação e pode se reg o z ija r em toda e qua lquer situação . Na ob ra do Sen h o r en fren ta m o s m om entos ru in s, m as a a legria concedida pelo Eterno nos dá fo rça s pa ra segu irm os em fren te . Talvez p ro fessor, você este ja enfrentando m om entos d ifíce is em seu m in isté rio de ensino ou em sua fam ília , porém não perca a fo rça nem o ânim o. Confie no Senhor e perm ita que a a legria d Ele inunde sua alma trazendo paz e esperança .
O BJETIV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
E x o r ta r a respeito da alegria e firmeza da fé.
C o m p r e e n d e r que a alegria divina sustenta a vida cristã.
C o n s c i e n t iz a r - s e a respeito da singularidade da paz de Deus.
O R IEN TA ÇÃ O PED A G Ó G ICA
Professor para introduzir a lição reproduza o quadro da página seguinte de maneira que cada aluno tenha uma cópia. Em classe, leia juntamente com
os alunos, o texto bíblico de 2 Coríntios1 1.23-29. Enfatize as muitas provações
enfrentadas por Paulo. Depois faça a seguinte indagação: “Como ter alegria em meio à tribulação?” Ouça os alunos com atenção e explique que a nossa alegria independe das circunstâncias externas. Ela é fruto de Cristo em nós, faz parte da nossa salvação. Em seguida leia o quadro com os alunos expiicando os ensinos bíblicos a respeito da alegria.
6 6 L iç õ e s B íb l ic a s
IN TRO D U ÇÃ OAlegria, regozijo e c o n te n
tamento são exp ressõ es comuns ao longo da Epístola de Paulo aos Filipenses. Paradoxal- á m en te , e las revelam0 coração do apóstolo na p r isão de R om a.Paulo não se d e s e s perou com o seu cativeiro, mas alegrou-seno Senhor. Ele sab ia f _________que estava nas mãosde Deus e contentava-se com as notícias de que a igreja de Filipos, fruto do seu árduo ministério, caminhava muito bem. O ap ó stolo não deixou se abater com as tribulações do seu ministério, pois nelas, ele via a providência amorosa do Altíssimo.
1 - E X O R T A Ç Ã O À A L E G R IA E F IR M E Z A D A F É (4 .1 -3 )
1. A a leg ria de Paulo. O primeiro versículo do capítulo 4 de Filipenses inicia-se com um “portanto”, justamente por ser continuação do
PALAVRAS-CHAVE
A le g ria :Estado de viva
sa tis fa çã o , de vivo contentam ento ; regozijo , jú b ilo .
capítulo 3, quando o apóstolo tratara do perigo dos “inimigos da cruz”. Aqui, Paulo diz que os crentes de Filipos são a sua “alegria e coroa” e aconselha-os a continuarem firmes no Senhor (v.l). A permanência dos filipenses em Cristo bastava
para encher o coração do apóstolo de alegria. Por isso, ele manifestou o seu orgulho e os mais íntimos sentimentos de amor e carinho para com os irmãos de Filipos.
__________ 2 . A a le g r ia n a sre la ç õ e s f r a t e r n a s .
Nem tudo, porém, era maravilhoso e perfeito na igreja de Filipos. Ali, estava ocorrendo um grande problema de relacionamento e n tre duas importantes mulheres que cooperaram na implantação da igreja filipense: Evódia e Sín- tique (v.2). Esse problema estava perturbando a comunhão da igreja e expondo a saúde espiritual do rebanho.
A fim de resolver a questão, Paulo se dirige a um obreiro local (Timóteo ou Tito, não sabemos) que, com Clemente e os demais
OS ENSiNOS BÍBLICOS A RESPEITO DA ALEGRIA INCLUEM:
(1) A a legria está associada à salvação que Deus concede em Cristo (1 Pe 1.3-6; cf. SI 5.1 1; Is 35.10).
(2) A a legria flu i de Deus com o um dos aspectos do fru to do Espírito (SI 1 6.1 1; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem autom aticam ente. Nós a experim entam os som ente à m edida que perm anecemos em Cristo Co 1 5.1 -11). Nossa a legria se to rna m aior quando o Espírito Santo nos transm ite um p ro fundo senso da presença e do con ta to de Deus em nossa vida (cf. Jo 14.1 5-2 1).
■
(3) A alegria, com o deleite na presença de Deus e nas bênçãos da redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo so frim ento , pela fraqueza nem por circunstâncias d ifíceis (Mt 5.12; 2 Co 12.9).
Texto extraído da B ib lia de Estudo Pentecosta l, CPAD, p . 1823.
L iç õ e s B íb l ic a s 6 7
c o o p e ra d o re s , procuraria d e s pertar e restabelecer o relacionam ento harm ônico e fraterno entre Evódia e Síntique. Como verd ad eiro pastor, o a p ó s to lo tratou as duas mulheres com o devido cuidado e respeito, pois as tinha em grande estima pelo fato de ambas terem contribuído muito para o seu apostolado.
3. A a le g ria de ter os nom es e sc r ito s no L iv ro da V id a .O versícu lo 3 d em o n stra algo muito precioso para o cristão: a alegria de ter o nome escrito no livro da vida. Paulo menciona tal certeza, objetivando reafirmar a felicidade e a glória de se pertencer exclusivamente ao Reino de Deus.
Os filipenses tinham cidadania romana porque eram originários de uma colônia do império. Mas quando o apóstolo escreve sobre cidadania refere-se a uma muito mais importante que a de Roma. Nossa verdadeira cidadania vem do céu, e o “mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.1 6). Você tem convicção de que o seu nome está arrolado no Livro da Vida? Você compreende o valor disso?
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
O ap ósto lo não deixou se abater com as tribulações do seu ministério, antes procurou servir ao Senhor com alegria.
R E S P O N D A
1. A quem o apósto lo Paulo se re fere com o sua “a legria e co roa”?2. En tre qua is m u lheres estava
ocorrendo um problem a de re la cionam ento na ig re ja de Filipos?3 . Q u a l e ra a c id a d a n ia d o s filip en ses? Mas a qual devem os va lorizar?
II - A A L E G R IA D IV IN A S U S T E N T A A V ÍD A C R IS T Ã
< 4.4 ,5 )
1. A leg ria perm anente no S en h o r. A v ersão bíblica ARC em p re g a a palavra “r e g o z i ja r” no lugar de “alegria” (v.4). O que é regozijar-se? É alegrar-se plenam ente. A declaração paulina afirma que a fonte da alegria cristã é o Senhor Jesus, que promoveu a nossa reconciliação com Deus (Rm 5.1,1 1). Através dEle somos estimulados a permanecer firmes na fé (Rm 5.2). Que alegria!
É a presença viva do Espírito Santo em nós que produz essa certeza (Jo 1 6 .7 ; Rm 14.1 7; 1 5.13). Nada neste mundo é capaz de superar as vicissitudes da vida como a alegria produzida em nosso coração pelo Senhor (Tg 1.2-4; Rm 5.3). O apóstolo sabia da batalha que os filipenses enfrentavam contra os falsos mestres. Estes fomentavam heresias capazes de criar dúvidas quanto à fé. E, por isso, Paulo imperativamente reitera aos filipenses: “Regozijai-vos sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos”.
2. Um a a leg ria cu ja fonte é C ris to . A alegria cristã tem como fonte a pessoa bendita do Senhor Jesus. É por isso que, mesmo em meio às adversidades sofridas em Filipos, o apóstolo teve grandes experiências de alegrias espirituais (At 1 6; cf. 1 Ts 2.2). Isso só foi
6 8 L iç õ e s B íb l ic a s
possível pelo fato de ele conhecer p esso a lm en te Jesu s de Nazaré. Quando o apóstolo foi confrontado interiormente e pediu a Deus para que fosse tirado o “espinho de sua carne”, o Senhor lhe respondeu: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9a). Após esse episódio, Paulo então pôde afirmar: “De boa vontade, pois, me gíoriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2 Co 1 2.9b).
3. Um a a le g ria que produz m o d eração . O texto bíblico recom enda que a nossa “equidade [deve ser] notória a todos os hom ens”, pois “perto está o Senhor” (v.5). Na v ersã o ARA, o term o “e q u i d a d e ” é t r a d u z id o c o m o “moderação”. Ambas as palavras são sinônimas porque dizem respeito à amabilidade, benignidade e brandura. Levando em conta o contexto de Filipenses, os termos referem-se à p essoa que nunca usa de retaliação quando é provada ou am eaçada por causa de sua fé.
O apóstolo Pauio espera dos filipenses autocontrole e não um com p ortam en to explosivo, próprio de pessoas destemperadas ou sem domínio próprio. Ele assim o faz, por saber que, aquele que tem a alegria do Senhor no coração, possui uma disposição amável e honesta para com outras pessoas, particularmente em re lação à q u e la s in a m is to s a s e más. William Barcklay escreve que “o homem que tem m oderação é aquele que sabe quando não deve aplicar a letra estrita da lei,
quando deve deixar a ju s t iç a e introduzir a misericórdia”.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
Nada neste mundo é capaz de superar as vicissitudes da vida como a alegria produzida em nosso coração pelo Senhor.
R E S P O N D A
4 . Em sua com pletude , o que a Carta aos Filipenses destaca sobre a a le g ria ?
III - A S IN G U L A R ID A D E D APAZ D E D E U S ( 4 .6 ,7 )
1. A a le g r ia d e s fa z a an s ie d a d e e p ro d u z a p az . Além de gerar equidade, a alegria do Senhor desfaz a ansiedade, pois esta contraria a confiança que afirmamos ter em Deus. Nada pode tirar a nossa paz, perturbando-nos a mente e o coração. As nossas petições devem ser feitas humil- | demente, com ação de graças em reconhecimento à misericórdia do Senhor (v,6), ao mesmo tem po em que confiamos na providência do Pai Celeste.
2 . U m a p a z q u e e x ce d e todo o en ten d im en to . No versículo 7, o apóstolo fala acerca da “paz de Deus, que excede todo o entendimento”. Ficando claro que a alegria e a paz são recíprocas entre si. Não há alegria sem paz interior. Esta é decorrência daquela. Essa paz vem do próprio Jesus: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14 .27) .
Em síntese, a paz de Deus transcende qualquer compreensão li
L iç õ e s B íb l ic a s 6 9
W humana, pois não há como discuti- la filosófica ou psicologicamente. Há casos em que somente a paz de Deus acalma os corações perturbados. É a paz divina que excede — ultrapassa ou transcende — a todo o entendimento, pois não depende das circunstâncias.
3. Um a p a z que g u a rd a o co ração e o s se n tim e n to s do cre n te . Ainda no versículo 7, lemos que essa paz, dada por Cristo, “guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”. O texto fala de “coração e sentimento", cidadelas dos pensamentos e das emoções que experimentamos no cotidiano.
A paz de Deus é uma espécie de muro em torno de uma casa, objetivando protegê-la dos perigos externos. Ela torna-se um guarda fiel para o crente. Que saibamos, em Cristo, ouvir o belo conselho do sábio: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4.23).
S IN O P S E D O T Ó P iC O (3 )
A paz divina que o Senhor nos co n ce d e e x c e d e a todo o entendimento, pois não depende das circunstâncias.
R E S P O N D A
5. De acordo com a lição o que a alegria divina é capaz de desfa ze r e p roduzir?
C O N C L U S Ã O
A Carta aos Filipenses, em sua completude, destaca a alegria do Senhor como uma virtude de sustentação da vida cristã. Não se trata de alegria passageira ou meramente emocional. A alegria do Senhor alimenta a nossa alma e produz paz e segurança, porque essa “paz é como uma sentinela celestial” que nos guarda do mal. Ora, a alegria também é “fruto do Espírito” (GI 5.22) , pois a presença dela em nós produz uma vida interior que supera todas as nossas vicissitudes.
R EFLEX Ã O
“Em questões que sejam dispensáveis, os cren tes filipenses não devem ir a extrem os, m as ev ita r o
fanatism o e a hostilidade, ju lgan do uns aos outros com indulgência. [ . . . ] Qual é o propósito das riva lidades?
Sedes tolerantes uns com os ou tros para que Deus seja to lerante convosco quando o Senhor v ier.”
John A. Knight
7 0 L iç õ e s B íb l ic a s
GV O CA BU LA R IO
A rro lad o : Relacionado em listagem.ARC: Almeida Revista e Corrigida.V ic iss itu d e : Instabilidade dos acontecim entos. Eventualidade, revés.Inam istosas: Hostis, adversárias. Cidadela : Local seguro.
B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A
ZUCK, Roy B. T e o lo g ia do Novo Testam ento . I .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 8 . RICHARDS, Lawrence O. Com entário H istórico-Cultural do Novo Testam ento , l .ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 .
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n°54, p.41 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Os crentes de Filipos.2. Evódia e Síntique.
3» Os filipenses tinham cidadania romana. A cidadania que vem
do céu.4 . A a legria d iv ina su sten ta
a vida cristã.5. A alegria desfaz a ansiedade e
produz a paz.
AUXILIO BIBLIO GRÁFICO IS u b síd io Teo ló g ico
“Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto es tá o Senhor. O termo grego ep ie ikes, equidade , d es crev e res tr ição de paixões, sobriedade ou aquilo que é apropriado. Pode significar boa disposição para com as pessoas (cf. Rm 1 4). Em 1 Timóteo 3.3 e Tito 3.2, a palavra é usada com um adjetivo que significa ‘não propenso a brigar’. A ideia é de ser tolerante, não insistindo em direitos próprios, mas agindo com consideração uns com os outros. Em questões que sejam dispensáveis, os crentes filipenses não devem ira extremos, mas evitaro fanatismo e a hostilidade, ju lg a n do uns aos outros com indulgência. Perto está o Senhor pode ser aviso que a igreja primitiva costum ava usar. Neste caso, Paulo está dizen-
| do: ‘Qual é o propósito das rivalidades? Sede tolerantes uns com os outros para que Deus se ja tolerante convosco quando o Senhor vier’. A frase também era entendida como prom essa da proximidade do Se nhor, e interpretada com relação ao versículo seguinte. Não estejais inquietos por coisa alguma [...] Embora possamos planejar o futuro (1 Tm 5.8), não devemos ficar ansiosos quanto a nada (Mt 6 .25) . O segredo desta qualidade de vida é a oração e as súplicas. ‘Cuidado e oração [...] são mais opostos entre si que fogo e água’. Oração é geral e baseia-se nas promessas divinas, envolvendo devoção ou adoração. Súplicas são rogos especiais em tem pos de necessidade pessoal e apelam para a misericórdia de Deus” (Com entá r io B íb lico B eaco n .l.ed . Vol. 9. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 6 , p .277).
-
L iç õ e s B íb l ic a s 71
A U X Í L I O B I B L I O G R Á F I C O II
S u b síd io T eo ló g ico“Pesso a l (4.2,3)A advertência de Paulo nestes dois versos marca uma ocor
rência incomum em suas cartas. É comum o apóstolo enfrentar os problemas, as ob jeções ou as falsas doutrinas dentro de suas Igrejas. Porém, esta é uma das poucas ocasiões onde ele realmente nomeia as pessoas envolvidas (1 Tm 1.20). Na maioria das vezes, Paulo prefere manter os envolvidos em controvérsias no anonimato. O fato de mencionar aqui estes indivíduos reflete a seriedade da situação, seu relacionamento íntimo com os filipenses e sua alta consideração para com as duas irmãs a quem fez este sincero apelo. Obviamente ele considera estas mulheres, bem como o restante da congregação, como suficientemente maduros para lidarem com este assunto publicamente.
Paulo propõe um sério apelo às duas mulheres na congregação em Filipos, Evódia e Síntique (possivelmente diaconisas naquela igreja). As mulheres desempenharam um papel muito importante na fundação daquela igreja na macedônia (veja At 16.1 4).
[...] Paulo fala com cada uma das mulheres separadamente, possivelmente para mostrar sua imparcialidade na situação.
[...] Estas mulheres, juntamente com Clemente e outros coo- peradores, têm combatido com Paulo como se estivessem em um combate de gladiadores (1.27), por amor ao evangelho. Agora, nestas ocasiões em que existem relacionamentos hostis, Paulo pede a este ‘verdadeiro companheiro’ que seja um parceiro para estas duas senhoras, a fim de trazer uma solução. É significativo que os termos ‘cooperadores’, ‘contender’ e ‘ajudar’ contenham a preposição ‘com ’ (syn ), enfatizando o papel vital da comunidade cristã e do trabalho em equipe, no pensamento de Paulo” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testam ento. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 9 , p. 505).
7 2 L iç õ e s B íb l ic a s
T E X T O Á U REO“Quanto ao m ais, irm ãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é ju sto , tudo o que é puro, tudo o que
é amável, tudo o que é de boa fam a, se há algum a virtude, e se há algum louvor,
nisso pensai" (Fp 4 .8 ) .
V ER D A D E PRATICA
A fim de term os uma vida cristã equilibrada e frutífera, precisamos ocupar a nossa m ente com tudo àquilo que é agradável a Deus.
, r . . . . .» V - . - ' "-- ----------
H IN O S S U G E R ID O S 210, 244, 299
L E I T U R A D I Á R I A
S e g u n d a - Lc 8 .1 0 - 1 5 Cultivando a Palavra
T e r ç a - T t 1 . 1 3 - 1 6 A verdade produz fé saudável
Q u a r ta - SI 8 6 . 1 1 - 1 3 Verdade e misericórdia
Q u in ta - 1 J o 3.1 5 -1 8 Quem odeia anda em trevas
S e x ta - Ec 7 . 1 0 1 4O melhor tesouro do homemS á b a d o - SI 5 0 . 1 4 - 2 3Quem anda em retidão será salvo
1Lição 1 17 5 de Setembro de 2013
Um a V id a C r i s t ã E q u il i b r a d a
L içõ es Bíblic a s 7 3
IN TERA ÇÃ O
Professor, na lição de hoje estudarem os a respeito das virtudes que acompanham aqueles que já experim entaram o novo nascimento. A vida do cidadão do Reino dos Céus é regida por alguns princípios e valores que transcendem a vida terrena. A salvação em Jesu s não somente nos garante a vida eterna, ela também nos proporciona um novo caráter, uma nova form a de pensar e agir. O crente deve ter os seus pensam entos e ações pautados segundo os valores do Reino. Na epístola aos FiUpenses, Paulo exorta os crentes de Filipos a respeito do cuidado que eles deveriam ter com aquilo que iria ocupar suas mentes. O apóstolo apresenta no capítulo quatro, versículo oito, uma relação do que deve preenchero pensam ento do cristão : “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é ju sto , tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fam a1’. Tais coisas devem
ío r ie n ta r os nossos pensamentos.
L E IT U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E F ilip e n se s 4.5-9
5 - Se ja a vossa equidade notória a todos os hom ens. Perto está o Senhor.
6 - Não este ja is inquietos p o r co isa a lgum a; an tes, as vossas p e tiçõ e s se ja m em tudo co nhecidas diante de Deus, pela oração e sú p lica s , com ação de g ra ça s .
7 - E a paz de Deus, que excede todo o entendim ento, guardará os vossos corações e os vossos sentim entos em C risto Je su s .I « ̂ .8 - Quanto ao m ais, irm ãos, tudo o que é verdadeiro , tudoo que é honesto , tudo o que é ju s to , tudo o que é puro , tudoo que é am ável, tudo o que é de boa fam a , se há a lgum a virtude, e se há algum louvor, nisso pensa i.
- 9 - O que tam bém ap ren deste tes, e re ceb este s , e o u v iste s ,
I e v istes em m im , isso fa ze i; eo Deus de paz será convosco.
O BJETIVO S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
C o n sc ie n tiza r-se a respeito da e x celência da mente cristã.
C o m p reen d er o que deve ocupar a mente do cristão.
A n a lisa r a conduta de Pauio como modelo.
O RIEN TA ÇÃ O PED AGÓ GICA
Professor para introduzir o tópico I da lição escreva no quadro de giz a seguinte
afirmação de Myer Pearlman: “O pensamento é o pai da ação”. Discuta com seus
alunos o significado desta afirmação. Explique que o cérebro é o quartel general do nosso corpo, por isso temos que ter muito cuidado com a nossa mente, com os nossos pensamentos, pois eles antecedem as nossas ações. Em seguida, peça que os alunos leiam Romanos
1 2.2 e discuta com eles os efeitos que os pensamentos têm sobre o nosso caráter e as nossas ações. Conclua lendo com toda
a classe o texto áureo da lição.
7 4 L iç õ es B íblic a s
I N T R O D U Ç Ã O
Na lição de hoje, veremos algumas virtudes que acompanham aqueles cujas vidas foram transformadas pelo Evangelho de Jesus. O Evangelho não apenas proporciona sa lv ação à h u m a n i d a d e , m as tam bém um con junto de princípios de vida para cada crente, se ja na igreja, na família, na sociedade ou com Deus.Não são meras p rescr ições ou exigências frias de um código de leis, mas valores que transcendem a vida terrena.
Veremos que o Evangelho é poderoso para mudar o caráter de uma p esso a e torná-la apta a tom ar para si o “ju g o su av e” e o “fardo leve” de Cristo Jesu s (Mt 1 1 .30 ) .
I - A E X C E L Ê N C IA D A M E N T E C R IS T Ã
1. N o sso s p ensam entos. Oversículo oito da leitura bíblica em classe na versão ARA diz: “seja issoo que ocupe o vosso pensamento”.O apóstolo quer mostrar que a e x periência de salvação, em Cristo, produz uma mudança contínua em nossa forma de pensar, a fim de evitarmos as futilidades mundanas que ocupam a mente das pessoas sem Deus. Paulo exo rta -n o s a preenchermos a nossa mente com aquilo que gera vida e maturidade espiritual, pois “nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2.16).
Aqui surge uma pergunta inevitável: “O que tem ocupado as
nossas mentes no mundo de hoje?” ■ Infelizmente, deparamo-nos com uma geração atraída pela ideologia do consumismo e do materialismo, onde o te r é mais importante do que o ser. Tal postura anula o
ser humano, e faz com que os re lacionam entos sejam pensados em termos de vantagens, ou seja, se não houver algum benefício imediato, logo são descartados. Esse comportamento nos aproxima do modo de vida mundano, e nos distancia das coisas do Alto. | i
2. P e n sa n d o n a s c o is a s e te rn a s . Além da epístola aos Filipenses, o tem a do processo j de pensar é tratado por Paulo em muitas outras ocasiões (Rm 1 2.2;Cl 3.2). Pensar nas coisas que são de cima, por exemplo, não sugere que devamos viver uma espiritualidade irreal, e sim equilibrada, con jugando mente e coração a partir dos valores espirituais na vida terrena (cf. Jo 1 7 .1 5 ,1 8 ; 1 Y Co 5 .9 ,10) . fm
Os maus pensam entos são % frutos da inclinação humana para o mal. Daí a recomendação de que a 1 nossa mente deve ocupar-se com a *f< Palavra de Deus, com os princípios eternos do reino divino, “levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo" (2 Co 1 0.5).
3 . A g in d o s a b ia m e n t e . Sabemos que a sociedade atual é dominada por ideologias contrárias ao Evangelho. Eé exatamente a esse mundo que o Senhor Jesus nos enviou a fazer a sua obra (Jo 1 7 .1 8 ; cf. Mt 2 8 .1 9 ) . Temos de atender o seu chamado! Não com medo, mas com coragem ; não
PALAVRA-CHAVE
Mente:Parte incorpórea , inteligente ou sen síve l do s e r hum ano; pensam ento,
entendim ento.
L iç õ e s Bíblic a s 7 5
mam
í c o m ignorância, mas sabiamen-I te; não como quem impõe umaI verdade particular, mas com oI quem expõe e testemunha ver-I dades eternas. À luz do exemploI de Jesus Cristo, se jam os sal daI terra e luz do mundo tendo “luzI na mente, mas fogo no coração”.
I S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
A Palavra de Deus exorta-nosI a preenchermos a nossa menteI com aquilo que gera vida e matu
ridade espiritual, pois “nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2.16).
R E S P O N D A
| 1 .Segundo a lição , o que a e xperiência de sa lvação em Cristo produz?2. O que deve ocupar a m ente do
í cr is tã o ?
II - O Q U E D E V E O C U P A R A M E N T E D O C R IS T Ã O (4 .8 )
1. “Tudo o que é verdadei- ,* ro e hon esto ”. O apóstolo Paulo !_• inicia a sua reflexão com a ver- É dade. Percebemos que, com essa P virtude, o apóstolo entende tudo
o que é reto e se opõe ao falso. É tudo aquilo que é autêntico, não baseado em meras suposições, ou em algo que não possa ser comprovado. Lamentavelmente,
Io espírito da mentira entrou até mesmo entre os crentes e vem produzindo grandes males. Difamações e rumores negativos acabam sendo comuns entre nós. E isso desagrada profundamente a Deus.
Quando o apóstolo dos gen- £ tios afirma que devemos pensar
“em tudo o que é honesto”, de fato, está nos exortando a desenvolvermos uma conduta transparente e decorosa, digna de alguém que age bem à luz do dia (Rm 13 .13) . O mundo não pode ver em nós um comportamento que contradiga os conceitos éticos e bíblicos da verdade e da honestidade, pois isso é incoerente aos princípios cristãos. O verdadeiro crente tem um firme compromisso com a verdade. Ele não mente nem calunia seu irmão.
2. “Tudo o que é ju s t o ”. Aqui, de acordo com o Com entário Bíblico Pentecostal (CPAD), as “coisas que são ‘ju s ta s ’ obedecem aos padrões de justiça de Deus” para desenvolvermos uma relação positiva com os que nos rodeiam.
O padrão de ju st iça divina deve nortear o nosso comportamento moral em relação a Deus e às pessoas. O verdadeiro cristão deve pautar a sua conduta pela defesa de tudo o que é justo (Mt 5.6), agindo contra tudo aquilo que promove injustiça e gera opressão.
3. “Tudo o que é puro e am áve l”. Pureza sugere inocência, singeleza ou sinceridade em relação a algo não contaminado ou poluído. Uma mente pura significa uma mente casta. A ideia de “ser puro” é defendia por Paulo na perspectiva de que as palavras, as ações e os pensamentos dos crentes de Filipos fossem francos e sinceros.
A fim de que toda impureza se ja e liminada de sua vida, o crente tem de dar lugar para queo Espírito Santo limpe continuamente o seu coração e consciência
7 6 L iç õ e s B íb l ic a s
(Ef 5.3). Assim, estaremos prontos a d ese ja r tudo o que promoveo am or fraternal. Desse modo, “tudo o que é am ável” é aquilo I que edifica os re lac ionam entos entre irmãos.
4. “Tu d o o que é de boa fa m a ”. O sentido de “boa fam a” é simples e objetivo, pois a e x pressão se refere ao cuidado que devem os ter com as palavras e ações em nosso dia a dia. Então, podemos afirmar que boa fama é tudo o que é digno de louvor, de elogio e graça. Algumas versões bíblicas traduzem a mesma expressão por bom nom e. Tal se refere ao que uma pessoa é, pois possuir um bom nome é o mesmo que ter um bom caráter.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
O crente não deve ter um com p ortam ento que contradiga os conceitos éticos e bíblicos da verdade e da honestidade, pois isso é incoerente com os princípios cristãos. O verdadeiro crente tem um firme compromisso com a verdade.
R E S P O N D A
3. De acordo com a lição , o que sign ifica um a m ente p u ra ?
III - A C O N D U T A D E P A U L O C O M O M O D E L O (4 .9 )
1. Pau lo , um a v id a a s e r im ita d a . No versícu lo nove, o apóstolo dos gentios utiliza cinco verbos que denotam ação: a p ren der, receber, ouvir, ve r e fa ze r . Paulo utilizou tais recursos para
que os irmãos fil ipenses perce-1 bessem que poderiam viver as I virtudes da Palavra de Deus.
Ele, inclusive, a s s u m e um I papel referencial a ser imitado. I Paulo não tem a presunção de I uma pessoa que se acha infalível, I mas exorta aos filipenses a serem I uma carta transparente e exposta I a quem quisesse vê-la. Eles deve- I riam, pois, ser um modelo tanto I aos crentes como aos descrentes. I
2. Paulo, exem plo de m inis- f tro. Os obreiros do Senhor devem ? aprender com Paulo uma verdade pastoral: Todo ministro de Deus deve ser transparente. Assim comoo Deus da graça chamou os fiéis da terra para serem irrepreensíveis, Ele igualmente nos chamou para administrarmos o seu rebanho com lisura, amor e muita boa vontade (1 Pe 5.2,3). Essas qualidades pastorais são indispensáveis na experiência ministerial dos líderes cristãos nos dias de hoje.
3. O D eu s de paz. Se bus- p carmos tudo o que é verdadeiro, honesto, justo , puro, amável e de V boa fama, teremos uma preciosa f promessa: “E o Deus de paz será U co n v osco ”. A presença do “Deus % de paz” descreve uma segurança ? inabalável para aqueles que confiam no seu nome.
Ele nos o r ie n ta , g u a rd a e protege. Por isso, devem os e x perimentar da constante e doce p r e s e n ç a do “Deus de p a z ”, e manter uma vida irrepreensível j diante dEle, pois nas circunstân- ; cias mais adversas lembraremos r estas palavras: “E o Deus de paz j. será co n o sco ”. A
L iç õ e s B íb l ic a s 7 7
R EFLEXÃ O
Paulo nao tem a p resu nção de uma pessoa que se acha in fa lível, m as exorta aos filipenses a serem um a ca rta transparen te e exposta
a quem qu isesse vê-la .” Elienai Cabral
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
Se buscarmos tudo o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama “o Deus de paz será convosco”.
R E S P O N D A
4. Qual é a verdade pa sto ra l que os o b re ir o s do S e n h o r devem ap ren der de Paulo?5. O que você tem feito para m ante r a sua m ente pu ra?
C O N C L U S Ã O
Disse alguém, certa vez, que “o homem é aquilo que pensa”. D evem os, portanto, guardar a
n o s s a m en te de tudo q u a n to é vil, p e rn ic io so , e g o c ê n t r i c o e imoral. Só desfrutarem os de uma vida cristã saudável e equilibrada se alimentarmos a nossa mente com tudo o que é do Alto. Por isso, leia con tinu am ente a Palavra de Deus.
Apesar de a verdade, a honestidade, a pureza, a justiça, o amor e a boa fama parecerem estar fora de moda, e até ignorados por grande parte da sociedade, parao Altíssimo continuam a ser virtudes que autenticam os valores do seu Reino. E nós, os que cremos, somos chamados a vivê-las aqui e agora (Mt 5.13-1 6).
7 8 L iç õ e s B íb l ic a s
B IB L IO G R A FIA S U G ER ID A
RICHARDS, Lawrence O. C o m entário H istórico-Cultural do Novo Testam ento , l .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 . PEARLMAN, Myer. E p ís to la s P a u lin a s: Sem eando as Doutr in a s C ris tã s . 1 .ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1998 .
S A IB A M A IS
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 54, p.4 1 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. A experiência de salvação, em Cristo, produz uma mudança contínua em nossa forma de pensar, a fim de evitarmos as futilidades mundanas que ocupam a mente
das pessoas sem Deus.2. A nossa mente deve ser preenchida com aquilo que gera vida
e maturidade espiritual.3. Uma mente pura significa uma
mente casta.4 . Todo o ministro de Deus deve ser transparente. Assim como o Deus da graça chamou os fiéis da terra para serem irrepreensíveis, Ele igualmente nos chamou para administrarmos o seu rebanho com lisura, amor e muita boa
vontade (1 Pe 5.2,3).5. Resposta pessoal.
(^AU X IL IO B IB L IO G R Á F I C O IS u b síd io T e o ló g ico
a s s u n t o s do p e n s a r
Meus pensamentos produzem maus modos de viver; por outro lado, o pensar correto levará a uma vida correta. Paulo faz uma lista de assuntos que devem alimentar os pensamentos do cristão. ‘Nisso pensai’. (1) ‘Tudo o que é verdadeiro’. As coisas verdadeiras se opõem à falsidade em palavras e conduta. (2) ‘Tudo o que é honesto’. ‘Honesto aqui significa l iteralmente o que é honroso ou reverente. Refere-se às coisas con sis tentes com santa dignidade e respeito e corresponde àquele amor que ‘não se conduz inconvenientemente’. (3) ‘Tudo o que é ju s to ’. O trato justo em todos os nossos relacionamentos. O cristão auferirá todos os seus pensamentos com a Regra Áurea. (4) ‘Tudo que é puro’ refere-se à pureza no seu sentido mais lato — pensamentos, motivos, palavras e ações livres de elementos que rebaixam e maculam. ‘B e m -a v e n tu ra d o s os í im pos de coração’. (5) ‘Tudo que é amável se refere à delicadeza, humildade e caridade que atraem o amor e tornam amáveis as pessoas. (6) ‘Tudo que é de boa fama’ se refere às coisas que todos concordemente recomendam: a cortesia, agradabilidade, justiça, temperança, verdade e respeito pelos pais. É impossível realizar coisas boas com modos tais que lancem opróbrio sobre a causa de Deus. ‘Não seja, pois blasfemado o vosso bem’ (Rm 14.1 6). [...] ‘Se há alguma virtude, [...] nisso pensai”’ (PEARLMAN, Myer. Ep ísto las P a u lin a s: Sem eando as D outrinas Cristãs. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp. 1 51-52).
L iç õ e s B íb l ic a s 7 9
A U X Í L I O B I B L I O G R Á F I C O II
• Í * V
Subsíd io TeológicoAs epístolas escritas na prisão refletem o casamento da profunda
teologia de Paulo com as preocupações pastorais. Deus triunfa na cruz e na ressurreição de Jesus. Assim, o Pai estendeu sua libertação àqueles que vão a Ele pela fé. Isso quer dizer que os crentes fazem parte do que Deus usa para refletir a redenção de toda a criação. Essa esperança suprema quer dizer que a vida neste mundo também é transformada. Vida, quer dizer servir a Deus (não a si mesmo), refletindo a cidadania celestial (não a terrena), valendo-se da capacitação concedida por Deus para conquistar o pecado e para resplandecer como luz em um mundo necessitado. É estar disposto a sofrer e a permanecer unidos diante de um mundo de trevas em necessidade, ao mesmo tempo em que revelamos o evangelho, a bondade e o caráter de Deus na forma como nos relacionamentos uns com os outros e com os que precisam da obra redentora de Deus.
Paulo foi um teólogo profundo que escreveu sobre temas de dimensões cósmicas, mas ele não estava tão voltado para o céu a ponto de não ser um bem terreno. Ele era um pastor que guiava os santos em seu chamado. O desejo de Paulo para os crentes é simples: seja um bom cidadão do céu e tenha a mente tão voltada para o céu de forma a ser bom para a terra. Ele também lembra aos crentes que Deus os capacita para realizar a tarefa e que, à medida que eles mantêm o foco em Jesus, podem ir, unidos em seu serviço a Ele, no encalço desse objetivo. Eles nunca devem esquecer que, nEle, são uma nova comunidade. No contexto da obra soberana de Deus e à luz da vitória e capacitação dEle, os crentes devem refletir a presença, o amor e o caráter dEle até que Ele traga esperança da realização e todas as coisas que sejam sintetizadas na restauração que, por fim, Cristo trará ” (ZUCK, Roy B (Ed.). Teolog ia do Novo Testam ento . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008 . p.367).
8 0 L iç õ e s B íb l ic a s
Lição 1 2
V ER D A D E PRATICA
A igreja de Cristo deve zelar pelo bem-estar dos que a servem, a fim de que não haja necessitados entre os filhos de Deus.
H IN O S S U G E R ID O S 4, 244 , 304
L E I T U R A D IA R 1 A
S e g u n d a - J o 1 0 . 1 0Vida cristã transbordante
T e r ç a - Fp 4 . 1 9Deus supre as necessidades
Q u a r t a - Mt 6 . 1 9 - 2 1 , 3 1 3 4 A confiança nos bens gera ansiedade
Q u in ta - 1 T m 5 . 1 7 , 1 8 A igreja cuidando de seus líderes
S e x ta - Rm 1 5 . 2 5 - 2 7Socorro material com o prova de amor
S á b a d o - Fp 4 . 1 0 - 1 3 A fonte da nossa suficiência
22 de Setembro de 2013
A R e c i p r o c i d a d e d o A m o r C r i s t ã o
T E X T O Á U R EO
L iç õ e s B íb l ic a s 81
IN TERA ÇÃ O
Professor, você tem sido generoso para com aqueles que servem a Deus e a igreja? Então não terá d ificu ldade algum a em en sin a r a respeito do tema p roposto para a aula de hoje: a generosidade da ig re ja para com aqueles que a servem . Os irm ãos de FUipos eram bem g en ero so s. E les env ia ram os recu rsos que Paulo necessitava pa ra sob reviver na p risão (4 .10-20). Vivemos em uma sociedade m arcada pelo egoísm o, todavia o crente tem em seu coração o am or de Cristo e este am or o leva a a ju d a r aqueles que necessitam de so co rro . Nossa o ferta de am or para aqueles que realizam a obra de Deus revelam a g raça do Todo-Poderoso em nossas vidas. O fertam os não para receberm os algo em troca r m as o fazem os de coração porque já tem os experim entado das dádivas divinas. Que não venham os nos esquecer que “m ais bem -aventurada coisa
d a r do que receber" (At 20 .35 ).___________
í L E IT U R A B ÍB L IC AI EM C L A S S E
F if ip e n se s 4 .10-13
1 0 - O ra, m uito me regozije i no S e n h o r po r, f in a lm e n te , re v ive r a vossa lem brança de m im ; pois já vos tínheis lem-
y b ra d o , m as não tínhe is tido jjj oportunidade.
j 11 - Não digo isto como p o r i| necessidade, porque já apren-I di a contentar-m e com o que
tenho.
II 2 - Sei e s ta r abatido e. se i tam bém te r abundância ; em toda a m aneira e em todas as co isas, estou instru ído , tanto
O BJETIV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que as dádivas dos filipenses era resultado da providência divina.
C o m p reen d er que o cristão tem o contentam ento de Cristo em qualquer situação.
Exp licar a respeito da principal fonte de contentamento do cristão.
O RIEN TA ÇÃ O PED AGÓ GICAProfessor, reproduza no quadro de giz os dois tópicos abaixo. Utilize-os para
introduzir a lição. Discuta com os alunos estes princípios. Explique que estas duas regras devem nortear a nossa doação em favor daqueles que trabalham na obra do
Senhor:“Ao entregar uma oferta o valor não é o
mais importante, mas sim a disposição de contribuir para o Reino”.
“A doação deve ser como resposta a Cristo, e não pelas vantagens que podemos ter
por fazê-lo. O modo como doamos reflete a nossa devoção ao Senhor” (Bíblia de
Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1 620).
8 2 L iç õ e s B íb l ic a s
a te r fa rtu ra como a te r fom e, tanto a te r abundância como a p a d ecer necessidade.
1 3 - P osso todas as co isa s naquele que me fo rta lece .
IN TRO D U ÇÃ ONa lição de hoje, aprendere
mos a importância da generosidade da igreja para com aqueles que a servem. Depen- ̂dente das ofertas dos irmãos para sobreviver no c á r c e r e ro m a n o ,Paulo expressava uma profun da g ra t id ã o à igreja de Filipos pelos recursos enviados por intermédio de Epafro- dito (4.1 0-20).
0 apóstolo estava ̂agradecido aos fiIipense s pelo am or que lhe haviam demonstrado. Ele, porém, destaca que sempre confiou à providência divina o seu sustento, e que sua alegria maior estava não nas ofertas recebidas, e sim no fato de os fiiipenses terem se lembrado dele.
1 - A S O F E R T A S D O S F IL IP E N S E S C O M O
P R O V ID Ê N C IA D IV IN A
1. P a u lo a g r a d e c e a o s f i i ip e n s e s . A igreja em Filipos j á v in h a c o n t r ib u in d o com o ministério de Paulo desde o seu início (v.15). Agora, o apóstolo fora surpreendido pela segunda oferta enviada a ele, exatam ente quando estava preso em Roma. Por isso, agradece e regozija-se pela lembrança dos irmãos (v. 1 0).
Ele declara ainda que a oferta dos fiiipenses era o fruto da providência divina em seu ministério, pois c o n f ia v a p le n a m e n te em Deus, em qualquer situação.
2. R ec ip ro c id a d e e n tre o apó sto lo e a ig re ja . Paulo amava
---------'*385a igreja em Filipos. Esta cidade f o i l a primeira da Europa a receber a m ensagem do Evangelho. Ali, Paulo en fren tou p e r s e g u iç õ e s , prisão e muito sofrim ento . Porém, agora a igreja, firmada em Cristo, dem onstra sua gratidão
ao a p ó s t o l o c u i d a n do dele e a judando-o em suas necessidades (w. 10,1 1,1 5-18).
3. A ig re ja deve c u i d a r d o s s e u s o b r e i r o s . N e n h u m obreiro deve fazer de sua m issão um meio de g a n h a r d in h e ir o , f
r Todavia, a igreja precisa prover sustento digno
àqueles que a servem. Paulo muito sofreu com a falta de sensibilidade da igreja em Corinto (v.l 5). § Por outro lado, a igreja em Filipos procurou ajudar o apóstolo.
A Palavra de Deus nos exorta I quanto ao sustento daqueles que labutam na seara do Senhor. “Não amordaces o boi, quando pisa o 1 trigo” (1 Tm 5.1 8 - ARA). No mesmo versículo, o apóstolo completa que § “digno é o obreiro do seu salário”. P Por isso, a igreja deve apoiar devi- É damente àqueles que são verda- I deiramente obreiros, ajudando-os * em suas necessidades (1 Tm 5.1 7). f
________________________________________________
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 ) y
Nenhum obreiro deve fazer I de sua missão um meio de ganhar I dinheiro, todavia a igreja precisa * oferecer sustento digno àqueles que a servem.
R E S P O N D A
1. O que o apósto lo Paulo decla ra acerca da o fe rta dos fiiip en ses?
PALAVRAS-CHAVE
G e n ero sid a d e :V irtu de daquele que se d ispõe a
s a c r i f ic a r o s p ró p r io s in te re sse s em b en e fíc io de o u trem ; m agnan im idade , a to g e n e ro so ; bondade .
L iç õ e s B íb l ic a s 8 3
f 2. Por que a igre ja deve apoiar de-i vidamente àqueles que são verda
deiram ente obreiros, ajudando-os em suas necessidades?
II - O C O N T E N T A M E N T O EM C R IS T O EM Q U A L Q U E R
S IT U A Ç Ã O1. O c o n te n ta m e n to de
P aulo . O apóstolo aprendeu a contentar-se em toda e qualquer situação. Seu contentamento estava alicerçado no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de forma confiante. Aos
í coríntios, Paulo escreveu: “nãoI que sejamos capazes, por nós, de ] pensar alguma coisa, como de nós
I mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus” (2 Co 3.5).
Paulo deu o crédito de sua força e contentam ento a Deus. Muitos se gabam de sua robustez, coragem e até espiritualidade, esquecendo-se de que a nossa capacidade vem do Senhor. Para agirmos de forma adequada em
I meio às provações e privações * é preciso reconhecer que depen
demos integralmente do Senhor.2. “Sei estar abatido” (v.l 2).
Paulo inicia o versículo doze dizendo: “Sei estar abatido e também ter abundância”. Ele estava convicto do cuidado de Deus. Por isso, aceitava as privações sem se envergonhar ou mesmo entristecer-se. Precisamos acreditar na provisão divina e aprender a contentar-nos em toda e qualquer situação.
Talvez você esteja passandoI por dificuldades. Não permita, po
rém, que elas o abatam. Confie no , cuidado e na bondade do Pai Ce
leste. Ele é o nosso provedor. Para
que o Evangelho ch egasse aos confins daterra, muitos homens e mulheres, às vezes sem qualquer sustento oficial, deixaram suas famílias e saíram pregando a Palavra de Deus e fundando igrejas. Esses pioneiros não desistiram, e os resultados ainda podem ser vistos. Hoje, as igrejas, em sua maioria, possuem recursos para enviar obreiros e missionários a outras nações e ali sustentá-los, e devem fazê-lo. Cumpramos, pois, o nosso dever conforme a Bíblia nos recomenda.
3. O co ntentam ento d e s faz o s extrem ism o s. Apesar de o exemplo paulino e de a Bíbíia ensinar-nos acerca do co n te n tamento, é necessár io abordar o perigo da adoção dos ex tre mismos nessa questão. Muitos servos de Deus são obrigados, pela falta de co m p rom isso de suas igrejas, a abandonar a obra de Deus. Para que isso não acon- teceça, se jamos fiéis no sustento daqueles que estão servindo a causa do Mestre (1 Tm 5.1 8).
Os obreiros, por sua parte, não podem deixar-se dominar pela avareza e pela ganância. Paulo nos dá uma importante lição quando afirma: “Aprendi a contentar-me com o que tenho” (v. 1 1). O culto ao Senhor não pode ser transformado em uma fonte de renda. É o próprio apóstolo Paulo quem ensina a nos apartar daqueles que não se conformam “com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade”. Isto porque, os ta is apreciam “contendas de homens corruptos
8 4 L içõ es Bíblicas
de entendim ento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho” (1 Tm 6.5). O ensino paulino demonstra que a piedade, com contentam ento , j á é, por si mesma, um “grande ganho” (1 Tm 6.6).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
O crente pode con tentar-se em t o d a e q u a lq u e r s i tu a ç ã o , pois seu c o n t e n t a m e n t o e s t á no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de form a confiante .
R E S P O N D A
3. Em que o co n ten ta m en to de Paulo e stava a lice rça d o ?
III - A P R IN C IP A L F O N T E D O C O N T E N T A M E N T O
(4 .1 3)
1. C r i s t o é q u e m f o r t a le ce . Paulo nos ensina , com a declaração do versículo 13, que sua suficiência sempre esteve em Cristo. O que fez com que Paulo suportasse tantas adversidades? Havia algum segredo? Não! O que fez do apóstolo um vencedor foi a sua fé em Jesus Cristo, aquele que tudo pode. A força do seu ministério era o Senhor. Você quer forças para vencer os obstáculos em seu ministério? Confie plenamente no Senhor!
2. C risto é a razão do contentam ento. Nossa alegria e força vêm do Senhor Jesus. Segundo Mat- thew Henry, “temos necessidade de obter forças de Cristo, para sermos capacitados a realizar não somente as obrigações puramente cristãs. Precisamos da força dEle para nos ensinar a como ficar contente em
cada condição”. Busque ao Senhor e permita que a alegria divina preencha a sua alma (Ne 8.1 0).
3. O cu m p rim en to d a m is sã o com o fo n te de co n te n ta m ento . Uma vez que o objetivo de Paulo era pregar o Evangelho em toda parte, nada lhe era mais importante que ganhar afmas para o Reino de Deus. Nenhuma dificuldade financeira roubaria a visão missionária do apóstolo.
Ele não se angustiava pela privação material e social. Pelo contrário, a alegria do Senhor era a sua força. Paulo regozijava-se com a suficiência que t inha de Cristo . O d e s c o n t e n t a m e n t o é com o uma planta má que faz brotar a avareza (Hb 1 3 .5 ,6) , o roubo (Lc 3.1 4) e a preocupação com as coisas materiais (Mt 6 .2 5 -3 4 ) . Por isso, con tente-se em Cristo! Ele tomará conta de nós.
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
Cristo é a razão do contenta m e n to , n o ssa a legria e força K vêm dEle.
R E S P O N D A
4. O que Paulo nos ensina na sua decla ração do versícu lo 13?5. Q ual tem sido a fonte do seu contenta m ento?
C O N C L U S Ã O
Aprendemos na lição de hoje, que a igreja de Cristo deve zelar pelo bem -es tar dos seus o bre iros, a fim de que não venham a p a ss a r p r iv açõ es . Todavia, a real motivação para servirmos à igreja de Deus jam ais devem ser as recom pensas materiais. Confiemos na provisão divina, pois
L iç õ e s B íb l ic a s 8 5
assim seremos felizes em toda e quafquer situação.
N osso c o n te n t a m e n to em meio às adversidades é resultado da nossa fé e comunhão com o
Senhor Jesus. Que estejamos na dependência do Senhor, para que Ele nos conceda alegria e força a fim de vencermos as vicissitudes e tribulações da vida.
R EFLEX Ã O
"Se alguém d isse a e le : ‘Irm ão Paulo, você p o r certo tem grande fo rça para se co n se rva r paciente e
vitorioso diante das adversidades e persegu ições Paulo respon deria : ‘Não m antenho essa a titude com m inhas p ró p ria s fo rça s ; consigo todas essa s co isas
a través de C risto que me fo r t a le c e A com unhão que Paulo m antinha com o C risto im utável conservou-o
inabalável em todas as c ircu n stâ n c ia s .’1 Myer Pearlman
8 6 L iç õ es Bíblic a s
B IB L IO G R A F IA SU G ER ID A ^
RICHARDS, Lawrence O. C o m en tário H istó rico -C u ltu ra l do N ovo T e sta m e n to , l .ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 . PEARLMAN, Myer. E p ís t o la s P a u lin a s : Sem eando as D outr in a s C r is tã s , l . e d . Rio de
Janeiro: CPAD, 1 9 9 8 .
msem.
A U X IL IO B IB L IO G R Á F IC O I
S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n°54, p .42 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Ele declara ainda que a oferta dos filipenses era o fruto da providência divina em seu ministério, pois confiava plenamente em Deus,
em qualquer situação.2. Porque é bíblico. A Palavra de Deus nos exorta quanto ao su stento daqueles que labutam na seara do Senhor: “Não amordaces o boi, quando pisa o trigo” <1 Tm 5 .1 8 - ARA). No mesmo versículo, o apóstolo completa que “digno é
o obreiro do seu salário”.3. Seu contentamento estava ali
cerçado no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver
de forma confiante.4. Paulo nos ensina, com a decla
ração do versículo 1 3, que sua suficiência sempre esteve em Cristo.
5. Resposta pessoal.
S u b s íd io T e o ló g ico"G raças pelo dom e com unhão
deles. A principal razão para Paulo escrev er a e ssa igreja e de estar agradecido por e s s e s irmãos é a exp ressão concreta deles de apoio a ele (4.1 -1 8). Essa igreja enviou um presente em dinheiro para auxiliar Paulo en qu an to estava na prisão (4.1 0-1 8). Paulo chama esse presente de ‘comunic [ar] com ele, usando a form a verbal (eko in õsen , v. 1 5) da palavra grega para com u nhão (ko inon ia ). Eles com ungam com ele ao participar de seu ministério por meio d essa exp ressão concreta de amor e de preocupação. Paulo não esperava nem pretendia esse auxílio. Paulo aprendeu a se contentar se ja qual fosse sua situação, quer na pobreza quer na abundância. Na verdade, quando Paulo escreve que pode todas as coisas por intermédio de Cristo que o forta lece (4 .13 ) , ele quer dizer que pode enfrentar todo tipo de c ircunstância ou situ ação f inanceira sem perder de vista o propósito de Deus para ele. Por isso, receb e o presente deles com gratidão, no qual ele diz ser ‘o fe r ta de a ro m a s u a v e ’ a Deus ( 4 .1 8 - NVI). A preocupação deles faz com que lhes a s s e g u r e que Deus ta m b é m cuida deles ( 4 . 1 9 ) ”’ (ZUCK, Roy B (Ed.). T e o lo g ia do N ovo T e sta m e n to , l . e d . Rio de
J a n e i r o : CPAD, 2 0 0 8 , p .3 6 5 ) .
L iç õ e s B íb l ic a s 8 7
A U X ÍL IO B IB L IO G R Á F IC O II
S u b síd io Teo ló g ico“Nos versos 15 e 16, Paulo alegremente relembra o apoio
que os filipenses lhe ofereceram. Relembra os dias anteriores, quando o evangelho foi proclamado pela primeira vez em Filipos (At 16.4). Quando o apóstolo passou pela Macedônia até a Acaia, em sua segunda viagem missionária, a igreja em Filipos foi a única a sustentar seus esforços. Na linguagem emprestada do mundo comercial, o apóstolo considerou sua parceria como uma questão de ‘dar e receber’ (termos aproximadamente equivalente aos conceitos de débito e crédito). Paulo ‘deu’ o evangelho aos filipenses e ‘recebeu’ seu apoio. De fato, o verso 16 indica que por mais de uma vez enviaram sua assistência a Paulo antes que deixasse a Macedônia, enquanto ainda estava na cidade vizinha de Tessalônica (At 1 7.1 -9). Os filipenses, por sua vez, ‘deram’ seu apoio material e moral a Paulo, tendo recebido a mensagem das boas novas e agido de acordo com esta.
No versículo 1 7, Paulo reitera a pureza de seus motivos em sua expressão de gratidão aos cristãos de Filipos. Não está procurando ‘dádivas’ ou agradecendo de alguma maneira que venha a ser a base para favores futuros. Sua motivação visa o benefício deles. Sua descrição da recompensa que terão por associarem-se a ele na obra de Deus é expressa em termos financeiros. Sua participação no Evangelho produzirá juros ou dividendos (literalmente ‘fruto’), o que resultará no ‘aumento da conta’ deles” (ARRINGTON, French L ; STRONSTAD, Roger (Eds.). Co m entário B íb lico Pen teco sta l: Novo Testam ento. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 4 . p.510).
TT—
8 8 L içõ es B íblica s
Lição 1 329 de Setembro de 2013
O S a c r i f í c i o q u e A g r a d a a D eus
Ml i r
^ '7 ir &■
T E X T O A U REO
“Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor,
porque é bom” (SI 54 .6) .
V ER D A D E PRATICASL* |RS V ***’ 1 Ajudando os nossos irmãos, co n
tribuímos para a obra de Deus, e, ao Senhor, oferecemos a mais pura
I ação de graças.
Terça - SI 50.7-23 Os sacrifícios que Deus quer
Q u arta - SI 51.1 7Sacrifícios para Deus
Q u in ta - Hb 1 3 . 1 5Sacrifício de louvor
s? i
S e x ta - Is 5 8 . 1 - 1 2 O sacrifício do jejum
S á b a d o - Fp 4 . 1 4 - 1 8O auxílio como oferta a Deus
L iç õ e s B íb l ic a s 8 9
rL E IT U R A B ÍB L IC A EIVI C L A S S EF ilip e n se s 4 .14-23
1 4 - Todavia, fizestes bem em tom ar parte na m inha aflição .
1 5 - E bem sa b e is tam bém vós, ó filipenses, que, no p r in cíp io do evangelho , quando p a rti da M acedônia, nenhum a ig re ja com unicou com igo com re sp e ito a d a r e a re ceb e r , senão vós som ente.
1 6 - Porque tam bém , uma e o u tra vez, me m a n d a stes o necessá rio a Tessalônica.
1 7 - Não que p rocu re dádivas, m as p rocu ro o fru to que aum ente a vossa conta.
1 8 - Mas bastante tenho re ceb ido e tenho ab u n d â n cia ; cheio estou , depois que receb i de Epafrod ito o que da vossa p a rte me fo i enviado , com o cheiro de suavidade e sa c r ifício agradável e ap raz íve l a Deus.
1 9 - 0 meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, p or Cristo Je su s .
2 0 - Ora, a nosso Deus e Pai seja dada a g lória para todo o sem pre. Am ém .
21 -S a u d a i a todos os santos em C risto Je su s . Os irm ã o s que estão comigo vos saúdam .
2 2 - Todos os santos vos sa ú dam , m as principalm ente os que são da casa de César.
IN TERA ÇÃ O
Professor, com a graça de Deus chegam os ao fina l de m ais um trim estre . Durante os encontros dom inicais você e seus alunos, com certeza foram edificados, exo rtados e consolados p o r interm édio da Epístola aos Filipenses. Paulo fo i um homem que colocou sua vida a d isposição do M estre. Seu m in isté rio esteve sem pre em prim eiro lugar. Muitos foram os sa crifíc io s que este abnegado servo de Deus teve que fa ze r para que o Evangelho chegasse até aos confins da terra . Nem mesmo a p risã o fo i capaz de im pedi-lo de leva r as boas novas aos perd idos. Ele pregou, ensinou e fez m uitos d iscípulos, mesmo estando no cá rcere . Paulo padeceu muito, todavia ele ensinou os crentes de Filipos e a nós tam bém a term os uma vida cristã feliz . Sigam os o seu exemplo!
O BJETIVO S
; 2 3 - A g ra ça de nosso Senhor Je su s C risto se ja com vós todos. Amém!
j K - j f m . ' - ' .„r- . 7 %
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
C o m p r e e n d e r como foi a participação da igreja de Filipos nas tribulações de Paulo.
Explicar o ato de reminiscência entre Paulo e os filipenses.
A n a l i s a r a oblação e a generosidade dos filipenses.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para o encerramento do trimestre reproduza o quadro da página seguinte conforme as suas possibilidades. Utilize-o ao concluir a lição. Apresente aos seus alunos alguns temas importantes que
encontramos na Epístola aos Filipenses. Conclua perguntando à classe o que
eles aprenderam de mais significativo durante o trimestre e o que gostariam
de relatar para toda a classe.
9 0 L iç õ e s B íblic a s
I N T R O D U Ç Ã O
Além de apresentar assuntos de ordem doutrinária, a Epístola aos Filipenses destaca a gratidão e a alegria do apóstolo Pauío. Nela, temos uma das mais belas expressões de amor, confiança e c o n t e n t a m e n t o de toda a Bíblia. Na última lição d este tr im estre , veremos Paulo apresentando a assistência que recebera dos filipenses como oferta de amor e sacrifício agradável a Deus.
O apóstolo descreve o quantoo seu coração se aqueceu com a
demonstração de amor e carinho dos filipenses. No final da epístola, ele revela a sua total confiança na suficiência de Cristo, pois esta lhe concedeu força para d esenvolver o seu ardoroso ministério.
PALAVRAS-CHAVE
O b lação :O ferta sa crifica l
com estível; na lição é a o ferta que os fi- lipenses en tregaram
ao apóstolo Pauto.
I - A P A R T IC IP A Ç Ã O D A IG R E JA
NAS T R IB U L A Ç Õ E S D E P A U LO ( 4 . 1 4 )
1. O s f i l ip e n se s t o m a m p a r t e n a s aflições do apósto lo .Paulo via a partic ipação dos fil ipenses em suas tr ibulações com o I
o agir de Deus para forta lecer o j seu coração. A expressão “tomar parte” (v.14) sugere a ideia de j “partilhar com, ou coparticipar
ti: WE'.
TE M A S IM PO R TAN TES E N C O N TR A D O S NA EPÍSTO LA AO S FILIPENSES
TE M A EXPLICAÇÃO IM PO RTÂNCIA
Autossacrifício
C risto sofreu e m orreu para que pudéssemos ganhar a v ida eterna.
Com coragem e vigor, Paulo se sacrificou po r seu m in is té rio .
C risto nos dá poder para de ixar de lado as nossas necessidades e preocupações pessoais. Não deve
mos nos a trever a ser egoístas.
Unidade
Em cada igreja, em cada geração, aparecem influências decisivas
(questões de lealdade e conflitos). Paulo encorajou os filipenses a se
entenderem, a deixarem de se queixar e a trabalharem em conjunto.
Sendo crentes, não devemos disc u tir com nossos com panheiros,
mas nos un ir contra nosso in im igo com um . Quando estamos unidos
pelo amor, a força de Cristo se to rna mais abundante.
Vida Cristã
Paulo nos m ostra com o v ive r uma vida cris tã fe liz . C risto é, ao
m esmo tem po, nossa fonte de poder e o nosso guia.
O desenvolv im ento do nosso caráte r começa com a obra que Deus
realiza em nós. Mas o crescim ento tam bém exige autod isc ip lina ,
obediência à Palavra de Deus e concentração de nossa parte.
Alegria
V
Não im porta o que venha a acontecer, os crentes podem ter p ro funda alegria, serenidade e paz.
Essa alegria vem do conhecim ento pessoal de C ris to e da dependên
cia de sua força, em vez da nossa.
Podemos sen tir a legria mesmo nos in fo rtún ios . A alegria não se o r i
gina de circunstâncias exteriores, mas da força interior. Sendo cris
tãos, não devemos confia r no que tem os ou experim entam os, mas no Cristo que está dentro de nós^y
Adaptado da B íb/ia d e E studo A p lica çã o Pessoal, CPAD, p. 1659.
L iç õ es Bíblic a s 91
d e ”. A igreja de Filipos estava participando das aflições e tribulações com o apóstolo. Ela sentia
W, as agrura«; de su a prisão. PorI outro lado, o apóstolo sentia-se
a b en ço a d o por Deus pelo fato de ser lembrado com tam anho amor e ternura pela comunidade cristã fil ipense.
2 . O e x e m p lo da ig re ja a p ó s o P e n te co stes . A igreja de Filipos vivia a m esm a dimensão de serviço da comunidade de Je-
| rusalém nos dias de Pentecostes (At 2 .4 5 -4 7 ) . Com o seu exemplo,
I os f i l ipenses nos ensinam que “tom ar parte”, ou “assoc iar -se”,
I nas tribulações de nossos irmãos é mostrar-se am orosam en te recíproco. Ou seja: devem os nos amar uns aos outros, pois assim também Cristo nos amou.
3. O padrão de am o r para a Ig re ja . O amor dos filipenses para com o apóstolo Paulo mostramos que esse deve ser o padrão de nosso cotidiano: a generosidade no repartir constitui-se em “sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13 .16) .
S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )
A igreja de Filipos vivia a m esma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias de Pentecostes.
5 R E S P O N D A
^ 7. Como o apósto lo Paulo via a ^ p a rt ic ip a ç ã o d o s f i l ip e n se s em
su a s tribu la ções?2 . 0 que su gere a exp re ssã o “to-
II - R E M IN IS C Ê N C IA :O A T O D E D A R E R E C E B E R
(4,1 5-1 7)
1. Paulo re lem b ra o apoio d o s f ilip e n se s . O versículo 1 5 destaca a generosidade dos crentes filipenses em relação a Paulo. Mesmo sendo uma igreja iniciante e pobre, assim que tomou c o nhecimento das necessidades do apóstolo, a comunidade de fé de Filipos o apoiou integralm ente (v. 16). Com isso, os f i l ipenses to r n a r a m -s e c o o p e r a d o r e s do apóstolo na expansão do Reino de Deus até aos confins da terra. É por isso que Paulo não podia e s quecer do amor que lhe dem onstraram os crentes daquela igreja.
2. O n e ce ssá rio para viver.O versículo 16 revela-nos outro grande fato. Enquanto o apóstolo estava em Tessalônica, a igreja em Filipos continuava a enviar-lhe “o necessário” à sua subsistência. No ato de “dar e receber”, os filipenses participavam do ministério de Paulo, pois não tinham em mente os seus interesses, mas as urgências do Reino de Deus.
Por outro lado, Paulo não se deixava cair na tentação do dinheiro. As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária. O apóstolo bem sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a religião (1 Tm 6.1 0,1 1). Tal atitude leva-nos a desenvolver uma consciência mais nítida quanto às demandas do Reino. F u ja m o s , pois , das armadilhas das r iquezas deste mundo, pois, como disse o sábio
9 2 Liç õ e s B íb l ic a s
Salomão, “quem ama o dinheiro, jam ais dele se farta” (Ec 5.1 0).
3. “Não p ro cu ro d á d iv a s ” .Para o apóstolo, a oferta que lhe enviara a igreja em Filipos tinha um caráter espiritual, pois ele não andava a procura de “dádivas” (v.17). Quem vive do ministério deve aprender este princípio áureo: o ministro de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize. No final de tudo, o autêntico despenseiro de Cristo deve falar com verdade: “Não procuro dádivas”! Sua real motivação tem de ser o benefício da igreja de Cristo. Assim agia Paulo. Ele dava oportunidade aos fiIipenses , a fim de que exercessem a generosidade, tornando-os seus co o p e r a d o re s na e x p a n s ã o do Reino de Deus (v.l 7 cf. Hb 13.1 6).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
Paulo não caiu na tentação do dinheiro. As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária.
R E S P O N D A
3. Qual o conselho do sáb io Sa lomão em re lação ao d inheiro?
III - A O B L A Ç Ã O D E A M O R E S A U D A Ç Õ E S F I N A I S
( 4 . 1 8 - 2 3 )
1 . A o b la ç ã o no A n t i g o T e stam en to . A palavra “oblação” e s t á re la c io n a d a à l in g u a g em proveniente do sistema sacrifical levítico. O term o rem ete-nos a estas expressões : “cheiro de suavidade” e “sacrifício agradável
L iç õ e s B íb l ic a s 9 3
e aprazível” (v. 18). E estas, por sua vez, e s tão relacionadas às “ofertas de consagração” a Deus identificadas como “holocaustos” (Lv 1.3-1 7), “oferta de manjares” (Lv 2; 6 .1 4 -2 3 ) , oferta de libação e oferta pacífica (Nm 15.1-10).
Portanto, quando falamos de oblação, referimo-nos a uma oferta sacrifical comestível — azeite, flor de farinha etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3).
2. A o b lação e a g e n e ro s id a d e d o s f i l ip e n s e s . Paulo encara como verdadeira oblação a assistência que lhe ofereciam os filipenses. Tais ofertas eram-lhe co m o um “cheiro suave, co m o sacrifício agradável a Deus” (v. 1 8). Assim, tendo em vista a generosidade praticada pelos filipenses, Paulo declara com plena convicção: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Je s u s ” (v.l 9).
A e x p ressã o “o meu Deus” aponta para aquEle que haveria de suprir não som en te as suas necessidades, com o tam bém as dos filipenses e também as nossas. Aleluia!
3. D oxo log ia . Os versículos2 0 a 23 trazem a saudação final do apóstolo à igreja em Filipos. E, como podemos observar, Paulo não poderia concluir a sua carta de forma mais adequada: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!” (v.2 3).
Ele denota, assim, que todo o enfoque da carta é Cristo, e que
gi& W '■ iãW: Wk:
nós, seus seguidores, tem os de nos lembrar e viver por sua graça, pois “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (2 Co 5.19).
S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )
O ministro de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiroo escravize, pois sua real moti-
$ vação tem de ser o benefício da í, igreja de Cristo.
R E S P O N D A
4. O que são o fe rta s de ob lação?
1 5. Como Paulo conclui a Carta aos FiHpenses?
C O N C L U S Ã O
Após es tu d arm o s esta tão rica epístola, o nosso d ese jo é que você ame cada vez mais o Senhor Jesus , e dedique-se a ser uma “oblação de am or” a Ele. O Senhor é o meio providenciado pelo Pai, a fim de reco n ci l ia ro m undo com Deus. Exalte o Eterno, pois você foi reconciliado com Ele em Cristo Jesus . A exemplo da igreja em Filipos, não esqueça: "a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8 .10 ) .
R EFLEX Ã O
“Ele [Paulo] considerou a o ferta dos fU ipenses com o m ais do que apenas um gesto de obrigação ; sign ificou
que a ig re ja rea lm ente o tinha em seu coração (1 .17 ). Foram com panheiros, partic ipando de suas
d ificu ldades. A pa lavra ‘a flição ’ é usada aqui no sentido tip icam ente pautino, indicando a privação ,
a persegu ição , ou o so frim ento . Os fi li penses verdadeiram ente viveram sua fé como m em bros
do co rpo de C risto , pois neste , quando um m em bro so fre , todos so frem (1 Co 1 2 .2 6 ).”
David Demchuk
9 4 L iç õ e s B íb lica s
V O C A B U L Á R I O
D o x o lo g ia : Manifestação de louvor e enaltecimento à divindade através de expressões de e x a l t a m e n to s (Deus se ja louvado!) e hinos.G raça v ic á r ia : O sacrifício de Cristo que nos substituiu.R e m in iscê n c ia : Lembrança.
B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A
RICHARDS, Lawrence O. C o m entário H istó rico -C u ltu ra í do Novo T e stam en to , l .ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 7 . PEARLMAN, Myer. E p ís t o la s P a u lin a s : Sem eando a s D out r in a s C r is tã s , l . e d . Rio de janeiro: CPAD, 1998 .
S A I B A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 54, p.4 2 .
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Paulo via a participação dos fíli- penses em suas tribulações como o agir de Deus para fortalecer o
seu coração.2. A expressão “tomar parte” (v. 14) sugere a ideia de “partilhar com, ou
coparticipar de”.3. “Quem ama o dinheiro, jamais
dele se farta” (Ec 5.10).4 . Oferta sacrifical comestível —
azeite, flor de farinha etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos
sacerdotes (Lv 2.1-3).5 . “A g raça de n o sso S en h o r Jesus Cristo seja com vós todos.
Amém!” (v.23).
Subsíd io Teológico“S a u d a çõ e s F in a is de Pau lo
(4 .21-23)C on sid erand o que as cartas
seculares eram frequentemente concluídas com um desejo de boa sorte ou boa saúde, do autor, para o destinatário, Paulo concluiu tipicamente suas cartas oferecendo palavras de saudação (por exem plo , Rm 6 .3 ;1 Co 1 6 .1 9 ; 1 Ts 5 .26) . A epístola aos fi l ipenses reflete es te estilo, pelo fato de o ap ó sto lo concluir esta carta com algumas saudações finais. Esta parte final da carta pode ter sido uma observação reafmente e sc r i ta pelo próprio Paulo, após seu escriba ter concluído a parte mais formal da carta. Esta parte é destinada a várias pessoas dentro da igreja— possivelmente os líderes mencionados no capítulo 1.1 (daí o uso do plural imperativo: 'Saudai a todos os santos em Cristo Je s u s ’).
No verso 21 , Paulo não está so m en te trazendo uma saudação coletiva à Igreja em Filipos, no m esmo sentido em que uma pessoa hoje pede a alguém que ‘cumprimente a to d os ’ em seu nome. Mantendo seu relacionamento afetuoso e sincero com os filipenses, está pedindo que cada um, e todos os cristãos da congregação, recebam a sua saudação
As palavras finais de bênçãos proferidas por Paulo repercutem suas palavras de saudação. Seus seguidores são lembrados d a ‘graça’ que lhes foi estendida, pela obra vicária realizada em seu favor pelo Senhor exaltado (2.6-1 1)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). C o m en tário B íb lico P en teco sta l: Novo Testam ento. 4.ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 9 . p.51 1).
L iç õ es B íb lic a s 9 5
A U X I L I O B I B L I O G R Á F I C O II
Subsíd io Teológico‘A O rig em d o s S a cr if íc io s
Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou, seu sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus.
É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4 .3 ,4 ) . [Também é possível que a razão do sacrifício de Abel ter sido agradável a Deus, em contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim, tenha sido o fato de Abel ter trazido o que tinha de melhor (‘primogênitos’ e ‘sua gordura’) enquanto Caim simplesmente obedeceu aos procedimentos estabelecidos - Ed.]
Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’.
Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8 .20 ) . Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8 ; 1 3 .18 ; 15 .9 -17 ; 22 .2ss) , Isaque (Gn 26 .2 5), e Jacó (Gn 3 3 .2 0 ; 35 ,3 ) também ofereceram verdadeiros sacrifícios.
Um grande avanço na organização e na diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a entrega da lei no Monte Sinai. Um estudo dos diferentes sacrifícios indicados revela seu desenvolvimento final, visando atender às necessidades do indivíduo e da comunidade” (Dic ionário B íblico W ydiffe. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 20 0 9 , p.l 723).
9 6 L iç õ e s B íb l ic a s
MOVO TE5TAMÉ
ísinMiaisi
E O ESTUDO CONTINUA
COMENTAiW MATEUS & MARCC
A. T. ROBERTSON
COMENTÁRIOLUCAS
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COMENTÁRIO LUCASA . T. Robertson
Segundo volume de uma ferramenta clássica e padrão de consulta para pastores, professores e estudantes do Novo Testamento. Com uma erudição irretocável e uso pictórico da língua, essa obra completa o estudo dos Evangelhos sinóticos. Além disso, identifica conotações e nuanças do grego frequentemente perdidas na tradução das palavras do Novo Testamento.
Continue seus estudos com Vincent - volume II,Volume I Volume IIEvangelhos Sinópticos Evangelho de JoãoAtos dos Apóstolos Epístolas de JoãoEpístolas de Tiago. Pedro e Judas Apocalipse
ESTUDO NO VOCABULÁRIO GREGOd o N ovo T e s t a m e n t o
V O LU M E S 1 £ II
V incentE s tu d o n o V o c a b u l á r io
G r í c o d o N o v o T e st a m e n t oEstu d o n o V oi
G r e g o d o N o vo
V ollme
A obra de Marvin Vincent reúne um comentário exegético e um estudo léxico-gramatical conduzindo o leitor para mais perto do ponto de vista de um estudioso da língua grega. Publicados pela primeira vez nos EU A. no final do século X IX . continuam sendo uma referência obrigatória para todos aqueles que desejam conhecer a ideia original dos vocábulos neotestamentários no sentido léxico, ctim olósico e histórico e no uso dos diferentes escritores do novo testamento.
NAS MELHORBHSBHiw w w .livranatw w w . c p a d . c o m . b r / r e d e s s o c i a i s
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