linha conceptual 7º ano 2012-13
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PREPARAÇÃO
PARA O
DISCIPLINA DE
HISTÓRIA
7º ANO
TEMA C3: Cristãos e muçulmanos na Península Ibérica.
Ocupação muçulmana e Reconquista Cristã.
No século VII surgiu na Arábia uma nova religião, o islamismo. Os seguidores desta religião, os
muçulmanos, desenvolveram uma civilização brilhante em termos culturais, técnicos e
artísticos e formaram um vasto império que se estendeu à Península Ibérica.
Durante séculos cristãos e muçulmanos partilharam o espaço vivendo períodos de guerra pela
reconquista de territórios, mas também de paz e partilha de saberes entre as diferentes
culturas.
As realizações culturais dos Muçulmanos estendem-se às ciências e à arte. Na matemática
deixaram-nos os algarismos que ainda hoje usamos; na língua portuguesa existem mais de
600 palavras de origem árabe; desenvolveram conhecimentos na astronomia, mais tarde
utilizados pelos navegadores portugueses; desenvolveram também a medicina, a química, a
geografia e outras ciências, aprofundando os conhecimentos deixados pelos gregos e pelos
povos do oriente; na agricultura trouxeram novas culturas, como a cana-de-açúcar, o arroz, os
citrinos, as amendoeiras e muitos produtos hortícolas;
Em resumo….
Em 711, a Península Ibérica foi invadida, fácil e rapidamente pelos muçulmanos;
A Reconquista cristã começou nos inícios do século VIII, nas Astúrias e nos Pirenéus;
A Reconquista foi um processo lento, feito de avanços e recuos ao longo de muitos séculos. Só
terminou em 1492, com a reconquista do reino muçulmano de Granada.
Do condado portucalense ao reino de Portugal
Nos finais do século XI, vários cavaleiros franceses – entre eles D. Henrique – vieram apoiar os
reinos cristãos ibéricos nas lutas contra os muçulmanos;
Para promover a Reconquista, D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, concedeu a D. Henrique a
sua filha D. Teresa e o Condado Portucalense;
O conde D. Henrique procurou alargar os seus poderes e dominar novos territórios. Quando
morreu (c. 1112), sucedeu-lhe D. Teresa. A sua política de alianças com a família galega dos
Travas pôs em risco a autonomia do condado;
Esta circunstância levou a que os nobres portucalenses se revoltassem contra a política de D.
Teresa e convenceram o seu filho, D. Afonso Henriques, a lutar para conseguir o governo do
condado;
E, 1128, o exército de D. Afonso Henriques venceu as tropas da sua mãe, na Batalha de S.
Mamede (Guimarães).
D. Afonso Henriques assumiu o governo do condado orientando-se de acordo com três
objectivos:
o Alargar o condado para sul – conquistando territórios que estavam em domínio
muçulmano;
o Obter a independência face a Leão e Castela;
o Conseguir o reconhecimento da independência pela Santa Sé – autoridade máxima
na Europa nesta época.
Em 1143, D. Afonso Henriques foi reconhecido como rei de Portugal, no Tratado de Zamora;
O reconhecimento pela Santa Sé deu-se em 1179, quando o Papa Alexandre IIII reconheceu
Portugal como reino independente na Bula Manifestis Probatum.
Cerca de um século mais tarde, a Reconquista terminou em Portugal com a conquista do
Algarve por D. Afonso III (1249):
A delimitação de fronteiras entre Portugal e Castela só se fixou pelo Tratado de Alcanises
(1279), no reinado de D. Dinis.
Esquema resumo…
Fonte: Páginas da História, 7º ano, Asa Editora
Acontecimentos e protagonistas:
1096 1128 1297124911791143
D. Henrique à frente do Condado
Portucalense
Bula Manisfestis Probatum:
O Papa Alexandre III reconhece o
Reino de Portugal
Batalha de S. Mamede:
D. Afonso Henriques assume o
governo do Condado
Tratado de Zamora:
Independência de
Portugal
Tratado de Alcanises:
Fronteiras definitivas do Algarve
Conquista definitiva do
Algarve
(D. Afonso III)
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