lucia mardini | dvas. vacinação do hpv no sus 2015
Post on 22-Apr-2015
105 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Lucia Mardini | DVAS
Vacinação do HPV no SUS2015
É um vírus DNA, pertence a família Papillomavirus - 100 tipos identificados, sendo que mais de 40 podem infectar o trato genital.
Dois grupos, de acordo com seu potencial de oncogenicidade:
-De alto risco oncogênico relacionados com o desenvolvimento de neoplasias intraepiteliais e de câncer invasivo do colo do útero, vulva, vagina e região anal. Os tipos considerados de alto risco incluem os 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82. Aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo são causados pelos tipos 16 e 18.
- De baixo risco oncogênico, por exemplo, os tipos 6 e 11, associados a infecções benignas do trato genital como condiloma acuminado ou plano e lesões intra epiteliais (LIE) e verrugas genitais ( presentes em 90% dos casos de verrugas).
Vírus do papiloma humano (HPV)
Prevalência da infecção pelo HPV, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, segundo a
idade da mulher1.
1 Schiffman M, Castle PE. The promise of global cervical-cancer prevention. New England Journal of Medicine, 2005, 353(20): 2101–210
Prevalência da infecção pelo HPV, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, Segundo a idade da mulher ¹
Prevalência da infecção pelo HPV, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, Segundo a idade da mulher ¹
Estimativa de incidência do câncer do colo do útero, por 100 mil mulheres, no Brasil, segundo a Unidade da Federação, 2012
Estimativa de incidência do câncer do colo do útero, por 100 mil mulheres, no Brasil, segundo a Unidade da Federação, 2012
Objetivos
● Proporcionar o acesso gratuito à vacina quadrivalente contra o HPV, reduzindo a chance de câncer de colo de útero, vulvar e vagina, as verrugas anogenitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano
● Levar a saúde preventiva às escolas estimulando e oportunizando o diálogo entre jovens, pais e escola sobre o tema sexualidade, com enfoque na qualidade de vida
● Reduzir a longo prazo a mortalidade por câncer do colo de útero
Motivos para vacinarmos nossas filhas
● O HPV é um vírus que afeta homens e mulheres em todo
o mundo e é considerado atualmente a principal causa de
doenças sexualmente transmissíveis (DST).
● Está diretamente relacionado ao câncer de colo de útero
e verrugas genitais.
● O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele
ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também
pode ser transmitido de mãe para filho no momento do
parto.
● 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do
HPV*
● 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos,
presentes em 70% dos casos do câncer do colo do útero*
● No Brasil, é registrado anualmente em média 4800
vítimas fatais por câncer do colo do útero
*Estimativa da OMS
Motivos para vacinarmos nossas filhas
● 8 a cada 10 mulheres serão infectadas com algum tipo de
HPV em algum momento da vida
● No mundo a cada 2 minutos uma mulher perde a luta
contra o câncer do colo de útero
● Os meninos serão protegidos indiretamente com a
vacinação do sexo feminino – IMUNIDADE DE REBANHO
● Estudos de avaliação do impacto, após a implantação da
vacina quadrivalente, demonstram uma redução drástica
na transmissão do HPV entre homens
Motivos para vacinarmos nossas filhas
Austrália Nova Zelândia Dinamarca Suécia Estados Unidos Alemanha Bélgica Canadá
Início do programa
20071 20083 2008–20094 2006–20075 20066 200710 200611 2007–200913
Tipo de estratégia
Escolar e postos de saúde
Escolar e postos de saúde
Postos de saúde
Postos de saúde
Postos de saúde Postos de saúde
Escolar e postos de saúde
Escolar e postos de saúde
Coorte de rotinaa
(Idade, anos)
Meninas e meninos: 12–132
11–12 (apenas escolar)
124 13–175 Meninas e meninos: 11–126
12–1710 10–1311 Meninas: 9–1313
Meninos: 9–2613
Coorte de resgate(catch-up)(Idade, anos)
Meninos : 14–15 até 20142
(meninas: 14–18 terminou em 2008)1
13–20 (escolar e em postos no ano de 2013)
13–17 (2008–2010)4
- Meninos: 13–216
Meninas: 13–267
- - Meninas: 14–2613
Taxas de cobertura vacinalb
(%)
meninas: 64–80 (faixa etária 15, 2009)1
meninas: 66–72 (idade 14–17, 2007–2009)1
73(1ª dose, faixa etária 11–18, 2009)3
76–82 (faixa etária 14–16, 2012)4
78–83 (idade 17–19, 2012)4
18 (faixa etária 13–17, 2006–2010)5 27 (faixa etária 18–19, 2006–2010)5
Meninas: 32(faixa etária 13–17, 2010)8
- 79(faixa etária 12–14, 2011–2012 ano escolar)12
Meninas: 51–59
(faixa etária ~13–14)14
Vacinação em meninos
Universal: 20132
- - - Permissiva: 2009; Universal: 20119
- - Universal: 201213
a100% subsidiada pelos governos com exceção da Bélgica 16 e Estados Unidos.17 b Esquema completo com 3 doses execto na Nova Zelãndia. cVaria por região e província. 1. Tabrizi SN, et al. J Infect Dis. 2012;206(11):1645-51. 2. Ali H, et al. BMJ. 2013;346:f2032. doi: 10.1136/bmj.f2032. 3. Poole T, et al. Vaccine. 2012;31:84–8. 4. Baandrup L, et al. Sex Transm Dis. 2013;40(2):130-5. 5. Leval A et al. J Natl Cancer Inst. 2013;105:469–74. 6. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2011;60:1705‒8. 7. Markowitz LE et al. MMWR Recomm Rep. 2007;56(RR-2):1–24. 8. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2011;60:1117–23. 9. Markowitz LE et al. Vaccine. 2012;30(Suppl 5):F139–48. 10. Deleré Y et al. Euro Surveill. 2007;12:pii=3169. 11. Simoens C et al. Euro Surveill. 2009;14:pii=19407. 12. Top G et al. Vlaams Infectieziektebulletin. Disponível em: 2012;3:1–2. www.infectieziektebulletin.be/defaultSubsite.aspx?id=31717#. Acesso em julho de 2013. 13. National Advisory Committee on Immunization (NACI). Canada Comm Dis Rep. 2012;38:ACS-1. Disponível em: http://www.phac-aspc.gc.ca/publicat/ccdr-rmtc/12vol38/acs-dcc-1/assets/pdf/acs-dcc-1-eng.pdf. Acesso em julho de 2013. 14. Wilson SE et al. Vaccine. 2013;31:757−62.
Austrália1,2 Nova Zelândia3 Dinamarca4 Suécia5 EUA6-9 Alemanha10-12
Tipo de estratégia (ano de início)
Escolar e postos de
saúde(2007)
Escolar e postos de
saúde(2008)
Postos de saúde
(2008-2009)
Postos de saúde
(2006-2007)
Postos de saúde(2006)
Postos de saúde(2007)
Cobertura (mulheres mais jovens)
83% 52% 85% 32% 32% 40%
Declínio de verrugas genitais em mulheres mais jovens
93% 63% 90% 41% 35% 47%
Declínio nas alterações de alto grau
SIM - SIM - Redução lesões por HPV 16/18
-
Declínio na prevalência dos HPVs vacinal
67% - 49% - 56% -
Proteção coletiva em homens
+++ ++ Muito cedo para avaliar
+ + -
DADOS DE IMPACTO PRECOCE NOS PROGRAMAS COM USO DA DADOS DE IMPACTO PRECOCE NOS PROGRAMAS COM USO DA VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPVVACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV
● Existem duas vacinas comercializadas no mundo e que estão aprovadas pelos órgãos reguladores para utilização no Brasil.● Uma vacina é a quadrivalente que previne contra o HPV dos tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo, além dos tipos 6 a 11 presentes em 90% dos casos de verrugas genitais.● A outra vacina é a bivalente que protege contra o HPV dos tipos 16 e 18.
A VACINA- Por que a Quadrivalente?
A vacinação contra o HPV é uma prevenção do câncer do colo do útero. A vacina não substitui a realização do exame preventivo, o Papanicolau ou o uso de preservativos
Eficácia de 98,8% contra o câncer de colo de útero
Objetivo é vacinar 80% da população- alvo
VACINA QUADRIVALENTE DO HPV
Vacina HPV – População alvo
Administração de três doses: 0, 6 meses e cinco anos Esquema é recomendado pela OPAS é adotado por países como Canadá, Suíça, México e Colômbia Intervalo de 6 meses entre a 1ª e a 2ª doses e a realização da
3ª dose após cinco anos gera resposta imunológica mais robusta
CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO PARA ADOLESCENTES DE 9 A 11 ANOS
CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO PARA ADOLESCENTES DE 9 A 11 ANOS
Dose Esquema(meses)
Mês da vacinação (recomendado)
Estratégia
1ª dose (D1) 0 Março de 2015 UBS e escolas públicas e privadas
2ª dose (D2) 6 Setembro de 2015 UBS e escolas públicas e privadas
3ª dose (D3) 60 Março de 2020 UBS
Administração de três doses: 0, 2 meses e 6 meses Independentemente de CD4 e preferencialmente em terapia
antirretroviral. Intervalo recomendado de 2 meses entre a 1ª e a 2ª doses e 6
meses entre a 1ª e a 3ª doses
CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO ADOLESCENTES E MULHERES DE 9 A 26 ANOS VIVENDO COM HIV
CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO ADOLESCENTES E MULHERES DE 9 A 26 ANOS VIVENDO COM HIV
Dose Esquema(meses)
Mês da vacinação (recomendado)
Estratégia
1ª dose (D1) 0 Março de 2015 UBS, escolas públicas e privadas, e Serviço de Atenção Especializada (SAE)
2ª dose (D2) 2 Maio de 2015 UBS e SAE
3ª dose (D3) 6 Setembro de 2015 UBS e SAE
• O esquema estendido seguirá a recente recomendação do TAG, já adotada pelo Canadá, México, Colômbia e Suíça
• Dispondo do mesmo recurso, será possível ampliar a vacinação para mais três faixas etárias, possibilitando vacinar meninas de 9 a 13 anos
• Nos cinco primeiros anos serão administradas duas doses da vacina, aumentando a adesão e, consequentemente, o alcance das coberturas vacinais preconizadas
5 vantagens do esquema estendido no Brasil
1
2
3
Resumindo......
• Quanto maior a distância entre as primeiras duas doses da vacina quadrivalente, maiores são os títulos de AC antes da terceira dose (Neutzil et al, JAMA 2011)
• A realização da vacinação não concomitante com outras campanhas reduzirá a sobrecarga de trabalho das equipes de vacinação, também propiciando alcance das coberturas vacinais, sem interferir nas coberturas vacinais das demais vacinas
5 vantagens do esquema estendido no Brasil
4
5
• A partir do dia 2 de setembro 2015 iniciará a aplicação da 2ª dose da vacina contra o HPV. É fundamental que estas adolescentes recebam esta dose, pois assim, produzirão uma maior resposta imunológica (maiores títulos de anticorpos) contra as verrugas genitais e o câncer do colo do útero.
• A vacinação ocorrerá nas escolas e/ou UBS - diferentes estratégias por município
2ª Etapa da vacinação contra o HPV para Meninas de 9 a 11 anos2ª Etapa da vacinação contra o HPV para Meninas de 9 a 11 anos
Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes da vacina
Com história prévia de Guillain Barré, relacionada ou não a vacinação
Gestantes. Se a menina engravidar após o início do esquema vacinal, as doses subseqüentes deverão ser adiadas até o período pós-parto.*
*Markowitz LE, Dunne EF, Saraiya M, Lawson HW, Chesson H, Unger ER et al. Quadrivalent Human Papillomavirus Vaccine: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2007;56(RR-2):1-24. *Carvalho, J. J. M. et al. Atualização em HPV: Abordagem científica e multidisciplinar. São Paulo: Hunter Boks, 2012.
Contraindicações
Tipo de evento adverso Principais sinais e sintomas
Reações locais ─ Dor no local de aplicação, edema e eritema de
intensidade moderada
Manifestações sistêmicas
─ Cefaléia
─ Febre de 38ºC ou mais
─ Síncope (ou desmaio)
Eventos adversos associados à vacina HPV quadrivalente
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação . Brasília, 2013 (no prelo).
Eventos Adversos
Obrigada
Disque – vigilância 150
top related