mÁ alimentaÇÃo do alagoano preocupa diante … · mÁ alimentaÇÃo do alagoano preocupa diante...
Post on 14-Dec-2018
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José Milson de Melo Lopes, 63 anos, é
professor aposentado. Ele lida com os
números e ensina sobre a sua exatidão, mas
ele também acredita numa matemática da
vida: “eu penso sempre que não temos
escolha, que ninguém vai viver eternamen-
te”. Na verdade, o professor defende uma
única escolha, a por ser útil. Essa valia é
lembrada pelo matemático, principalmente
naquele momento de dor extrema, quando
se perde um ente querido. Em situações
como essa, é possível pensar na felicidade
de outras famílias por meio de um gesto de
solidariedade chamado doação de órgãos.
É devido a esse ato de bondade, que o
professor está aqui agora, contando sua
história. “Eu estou vivo por causa da impor-
tância da doação de órgãos. Se não tivesse
uma mulher, de 42 anos, que sofreu um
AVC e tivesse autorizado a família a doar o
fígado dela para mim, eu estaria em outro
local”, contou Milson, que descobriu a cirro-
se hepática (doença que conduz à destrui-
ção do fígado) em 2012 e passou 11 meses
na fila de espera para o transplante.
ANO 2 | NÚMERO 64 | MAIO / 2016
MÁ ALIMENTAÇÃO DO ALAGOANO PREOCUPA DIANTE DO AVANÇO DE DOENÇAS CRÔNICAS NO PAÍS
ESPECIALISTAS ALERTAM MÉDICOS ALAGOANOS SOBRE AS ARBOVIROSES
O seu prato no almoço é regrado, mas você estraga tudo quando
chega a sobremesa. Evitar doces é uma tarefa quase impossível
para muitos. Além do sabor irresistível, as delícias açucaradas ofe-
recem energia rápida, servindo, muitas vezes, como calmante
emocional, principalmente para mulheres em época de TPM. Mas
não tem como negar: o açúcar chegou de mansinho e avançou de
forma perigosa em nossa dieta. Um estudo conduzido pela Vigitel
2015 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico), lançado pelo Ministério da
Saúde, constatou que 16,9% dos adultos maceioenses mantêm
alimentação rica em açúcar e 14,9% costumam ter na mesa os refri-
gerantes. Os hábitos preocupam diante do avanço de doenças
crônicas no país, em especial o diabetes. A doença atinge atual-
mente 7,4% da população adulta, acima dos 5,5% registrados em
2006. Em Maceió, o número chega a 7,3%. Para Yana Aline, nutri-
cionista da Sesau, o resultado do estudo é preocupante, tanto pelo
alto índice do mau comportamento do maceioense em relação a
sua alimentação, quanto pelo fato de que muitos consumidores
ainda precisam entender sobre os riscos que isso pode trazer à
saúde. “É uma questão de hábito familiar; pois, mesmo com a cor-
reria do dia a dia, se a gente tiver um planejamento, consegue fazer
uma alimentação equilibrada, sem excessos”, disse Aline.
Os médicos alagoanos se reuniram no auditório do CRM/AL, no
Farol, para ouvir as novidades que especialistas apresentam
sobre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e
suas complicações. O encontro teve como foco a informação e
também o alerta em relação à necessidade do diagnóstico e do
tratamento. Dengue, chikungunya e zika são as doenças trans-
mitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que provocam ainda
complicações como a microcefalia e a Síndrome de
Guillain-Barré (SGB). Diante do crescente registro dos casos
dessas enfermidades, a Sesau e o Cremal se mobilizaram para
promover essa atualização sobre o que há de novo no manejo
clínico dos pacientes com patologias relacionadas ao mosquito.
De acordo com o presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, a
meta é ultrapassar as barreiras para que a informação chegue a
todos os médicos dos 102 municípios alagoanos. “A prioridade é
a identificação da doença para logo dar início ao acompanha-
mento necessário”, destacou ele, complementando que o diag-
nóstico e o tratamento são fundamentais.
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