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MANUAL DE EDUCAÇÃO
CONTINUADA EM
ERGONOMIA
Autor : Geraldo Assis Cardoso
Produto Vinculado ao Programa de
Mestrado em Ensino em Ciências da
Saúde e do Meio Ambiente do UniFOA
Manual de treinamento ao Comitê de ergonomia
1- Ergonomia
1.1- Conceito
“Ergonomia é a disciplina científica que estuda as interações entre os
seres humanos e outros elementos do sistema, e a profissão que aplica
teorias, princípios, dados e métodos, a projetos que visem otimizar o
bem estar humano e o desempenho global de sistemas.” (IEA, 2000)
“Ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que procura a
adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e seu trabalho,
basicamente procurando adaptar as condições de trabalho às
características do ser humano.” (COUTO,1995)
“Conjunto de estudos que visa a organização metódica do trabalho,
em função do fim proposto e das relações entre o homem e a
máquina.” (AURÉLIO, Ano)
1.2- Histórico
O termo ERGONOMIA surgiu em 1950, formado pelos termos
gregos ergon que significa trabalho e nomos, que significa regras,
leis naturais, (Murrell, 1965). Contudo, a ergonomia só adquiriu
status de uma disciplina mais formalizada com a fundação da
Ergonomics Reseach Society, na Inglaterra. Diversos pesquisadores
pioneiros, ligados a essa sociedade, começaram a difundir seus
conhecimentos, visando a sua aplicação industrial.
Hoje em dia, a ergonomia é capaz de dar sustentação positiva às
formas modernas de se administrar a produção, mas também é capaz
de ajudar as fábricas a diminuir a incidência de problemas,
principalmente das lesões por esforços repetitivos/traumas
cumulativos.
Fonte: Granjhan, 2003.
1.3- Na Empresa (NR – 17)
A Norma Regulamentadora 17 (NR-17), é uma lei que permite a
adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando um máximo de
bem estar, segurança e desempenho eficiente.
Diz a NR 17, em seu item 17.1.2 que: “para avaliar a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do
trabalho [...]”. Assim, não há para esse tipo de ação, a faculdade ou
arbítrio do empregador, mas sua efetiva realização, vinculada a uma
exigência normativa.
Vale salientar que, quando se fala em ambientes de trabalho, estes
abrangem “não apenas o meio propriamente dito em que o homem
trabalha, mas também os instrumentos, as matérias primas, os
métodos e a organização desse trabalho.”
Fonte: Norma Regulamentadora 17
1.4- Na CSN
A ergonomia na CSN foi implantada devido a:
Necessidade de prevenir os problemas musculoligamentares dos
trabalhadores, que reduzem a produtividade e aumentam o
absenteísmo;
Necessidade de adequação da empresa, do ponto de vista
ERGONÔMICO, para os programas atuais de qualidade e o
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (P.R.
500030);
Necessidade de adequação da empresa às normas trabalhistas
vigentes (NR 17 do Ministério do Trabalho – Portaria 3214 de
1978).
Fonte: Programa de Ergonomia – CSN
2- Ergonomia na qualidade de vida
Quando submetidas a uma excessiva solicitação, as estruturas do
corpo manifestam maior condição de sofrimento e se esta solicitação
forem contínuas, com o passar do tempo poderá resultar numa
deterioração de suas funções.
Os riscos de desenvolver ou de agravar uma disfunção músculo-
ligamentar e provocar acidentes no local de trabalho será cada vez
maior quando não houver um período correspondente de repouso ou
se este não for realizado da maneira correta.
Sendo assim, quando se fala em acidentes ou em distúrbios em geral,
a melhor forma de se resolver é através da PREVENÇÃO. Colocando
então como prioridade a ORGANIZAÇÃO DOS
TRABALHADORES NO LOCAL DE TRABALHO. Os
trabalhadores devem estar organizados, para a eliminação dos fatores
de risco, conhecer bem o local de trabalho, os processos de produção,
as linhas de trabalho, as tarefas que provocam maior número de
acidentes e, principalmente, ter a certeza que todos os colaboradores
estão conscientes sobre a importância do trabalho preventivo. Desta
forma é preciso:
Participar das etapas do P.P.R.A (Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – NR 9);
Fortalecer a CIPA, com uma atuação responsável e consciente,
pois ela se torna a ferramenta principal na defesa da saúde dos
trabalhadores;
Conhecer os riscos a que estão expostos;
Buscar mudanças nos trabalhos e tarefas que ofereçam riscos e
danos a saúde;
Manter, quando necessário, pausas durante as jornadas de
trabalho;
Organizar a prática de exercícios durante as pausa no trabalho;
Promover o rodízio, quando necessário;
Buscar melhorias nos locais de trabalho (calor, barulho,
iluminação, etc.) que tragam conforto a quem ali trabalha;
Evitar posturas e posições incorretas, sugerindo formas de inibir
essa prática;
Propor melhorias nos mobiliários para que sejam confortáveis e
adequadas ao tipo físico (tamanho) de cada trabalhador, devendo,
inclusive, ser ajustáveis;
Evitar a prática de jornadas prolongadas;
Realizar os exames médicos periódicos.
3- A Ergonomia na prevenção
A coluna vertebral apresenta importantes funções como suporte do
tronco e provisão de força à pelve para locomoção. Constituindo o
eixo central do corpo humano, a coluna vertebral representa uma
estrutura rígida e ao mesmo tempo articulada e flexível, por ser
formada por múltiplas peças sobrepostas, unidas umas às outras por
elementos ligamentares e musculares.
3.1- Mecânica corporal
Usar todas as partes do corpo de maneira cuidadosa e eficiente em
relação às forças internas e externas, contribui para evitar possíveis
agressões ao sistema músculo-esquelético, especialmente, à coluna
vertebral. Sendo assim, é importante compreender os mecanismos
corporais que se evidenciam na atividade do trabalho e em períodos
de repouso, pois o uso correto do corpo é um item importante tanto na
prevenção quanto na recuperação da saúde.
4- A ergonomia na prevenção de incômodos
Os incômodos na coluna e nas articulações são muitas vezes
decorrentes de da utilização inadequada da “máquina humana”, na
maioria das vezes por não saber as limitações do corpo humano.
Sendo assim, para a prevenção costuma-se utilizar 3 medidas:
avaliação médica, ensino de técnicas de manuseio de ferramentas e
transporte de cargas e as medidas ergonômicas (adequação do posto).
5- A ergonomia na prevenção de incômodos na coluna
5.1 Situações de riscos para coluna vertebral
Várias são os fatores que podem levar a um incômodo na coluna
vertebral, cabe ao SESMT e o comitê de ergonomia realizar um
estudo do colaborador e seu posto de trabalho, detectando assim
possíveis causas de alterações da estrutura da coluna. Alguns
exemplos são:
Má qualidade do sono;
Fadiga muscular;
Torção da coluna;
Falta de exercícios;
Esforços repetitivos;
Posturas inadequadas;
Obesidade...
5.1.1- Riscos à serem evitados
Manusear, levantar e carregar cargas excessivamente pesadas
Manutenção de posturas incorretas durante boa parte do tempo
Ao se abaixar para pegar algo, sempre dobre os joelhos e se abaixe, não se abaixe com joelhos esticados e coluna curvada, este pequeno gesto
pode fazer diferença.
Utilize cadeira com regulagens de altura, encosto e inclinação do encosto. Apoio em gel para punhos em teclado e mouse. Os pés devem estar sempre apoiados no chão. O topo do monitor deve estar na mesma
altura dos olhos.
Procure andar com a coluna e os ombros eretos, sem
deixá-los cair para frente.
Pode gerar distensão dos músculos da coluna.
Fadiga da musculatura
da coluna vertebral.
Fadiga da musculatura
da coluna vertebral.
Por torção da coluna
Procure dormir de lado, com um travesseiro na cabeça e outro travesseiro fino entre as pernas, estas devem estar levemente flexionadas.
Fadiga da musculatura da coluna vertebral.
Fadiga da musculatura da coluna vertebral.
Fadiga da musculatura da coluna vertebral.
Evitar movimentos de torção do tronco e utilizar sempre que possível, elementos e equipamentos auxiliares.
5.2- A ergonomia na prevenção de sobrecargas em outras
articulações
5.2.1- Situações de risco para as articulações
Muitos acham que os desconfortos ocorrem somente na região
dos punhos, por ser mais divulgada e freqüente, mas outras regiões
também são atingidas, por exemplo os ombros, os cotovelos, os
joelhos, os pés, etc.
5.2.2- Situações a serem evitados
Ficar com o/ou braço(s) acima do nível dos ombros por tempo
prolongado
Fadiga dos músculos da panturrilha
As mãos e dedos devem ser usados para movimentos de precisão
Além da posição ser incômoda, dificulta o aporte sangüíneo as partes do corpo situadas acima da linha do coração.
Colocar os pés alternadamente em um banquinho, ou apoio, ao ter que trabalhar em pé por
tempo prolongado.
Ajustar a altura da bancada de acordo com o trabalho a ser executado.
Aparecimento de varizes e edemas em
membros inferiores.
Movimento repetitivo
6- As 10 principais posturas inadequadas
Postura estática;
Extensão exagerada do pescoço;
Flexão exagerada do pescoço;
Abdução de braço;
Elevar os braços acima do nível do ombro;
Trabalhar agachado, sentado ou de pé, por longos períodos;
Sustentação estática dos antebraços pelo braço;
Flexão excessiva do punho;
Extensão excessiva do punho;
Desvio lateral do punho mantido por muito tempo.
7- Ergonomia na Prevenção
Proporcionar variação de posições e atividades.
Fadiga dos músculos
das mãos.
Dores que se agravam com o tempo; sendo em grande parte com
sensação de fisgada.
A força só deve ser usada no movimento de preensão; Evitar movimentos de pinça e de apertar com o polegar.
Dicas de postura
No lar
No transporte
Principalmente, no trabalho
7.2- Ergonomia no transporte
A inclinação do volante
deve estar de forma que um
motorista mais alto possa
entrar sem prender as pernas
sob o volante
Deve-se ter espaço
para acomodação
das pernas
Deve-se evitar andar em ônibus segurando na alça
superior
Deve-se evitar resolver aquele
“probleminha” do carro sem
o ferramental adequado
Deve-se ficar atento a distância do volante, das alavancas de seta, das alavancas de
marcha, dos controles do rádio, do
acionamento do vidro elétrico, etc. Pois todo
comando de uso freqüente deve estar dentro
da área de alcance normal
O tecido do banco deve permitir boa troca térmica
com o corpo do usuário
Transporte
Evitar segurar panelas pelo cabo (preferir
panelas de alça dupla);
Evitar carregar crianças no colo de modo
inadequado;
Procurar andar o mais reto possível, olhando acima da linha do horizonte;
Evitar torção de tronco e/ou pescoço quando
atender chamadas telefônicas;
Evitar dobrar o tronco para se vestir,
calçar, lavar chão, regar as plantas...
(Busque posições confortáveis);
O colchão semi-rígido ou de espuma é o mais indicado
por distribuir o peso
do corpo.
Evitar fazer tricô e croché, por longo período;
Evitar bater bolo a mão (usar batedeira);
Evitar colocar roupa em varal muito alto;
Evitar lavar paredes com as mãos;
Evitar posturas ao lustrar portas ou
móveis e passar rodo no chão.
Evitar carregar compras (usar carrinhos de
feira ou de supermercado);
Evitar colocar objetos no alto de armários.
Deve-se observar a altura para
os pés do passageiro do banco
traseiro
Menos esforço
físico e mental
ERGONOMIA
7.3 – Ergonomia no trabalho
Orientações em relação às técnicas adequadas de levantamento,
manuseio e transporte de cargas
Avaliar a carga;
Respeitar os limites, segundo sexo, freqüência e idade;
Obter condições seguras do solo e do trajeto a ser percorrido;
Posicionar os pés corretamente;
Segurar a carga usando totalmente as mãos;
Levantar cargas do chão com o dorso retificado e os joelhos
flexionados;
Carregar a carga o mais próximo possível do corpo;
Evitar movimentos de torção em torno do eixo vertical do corpo;
Utilizar, sempre que possível, elementos e equipamentos
auxiliares;
Participar periodicamente de programas de treinamento.
Orientações em relação à postura e movimento
Proporcionar variação de posições e atividades;
Observar a altura da bancada de trabalho de acordo com o
tamanho do trabalhador e o tipo de serviço executado;
Manter a altura da bancada ajustável, quando utilizada por
diferentes pessoas;
Adaptar a altura da bancada ou mesa à altura do assento;
Manter espaço suficiente para membros inferiores;
Colocar os pés alternadamente em um banquinho ou suporte ao
ter que trabalhar em pé por tempo prolongado;
Evitar inclinação de tronco com membros inferiores estendidos;
Evitar alcances excessivos;
Evitar alongamento excessivo da coluna vertebral;
Armazenar objetos pesados, de uso constante, dentro de uma
amplitude de alturas próximas à cintura e os objetos leves em
altura situada entre o joelho e o ombro;
Colocar materiais, de uso constante, em um nível que nunca
ultrapasse a altura da cabeça;
Utilizar uma escada ao retirar objetos de partes altas de estantes
ou local de armazenamento.
Orientações em relação aos equipamentos
Evitar a utilização de mobiliários e equipamentos improvisados;
Atentar para uma manutenção adequada e periódica dos
equipamentos;
Modernizar, quando possível, dando-se mais atenção ao
aprovisionamento de auxílios mecânicos;
Avaliar equipamentos e mobiliários levando em conta fatores
ergonômicos.
Orientações diversas
Importância da prática regular de exercícios físicos;
Esportes e sua interferência no sistema osteomuscular;
Importância do relaxamento;
Posições, colchões e travesseiros mais adequados para dormir;
Interferência da tensão emocional e estilo de vida sobre
incômodos nas costas;
8- Gestão de Ergonomia na empresa
Deverá ser constituído por representantes dos empregados das
áreas a serem avaliadas e pelos gerentes, supervisores e staff’s das
respectivas áreas. Como proposta, o programa preconiza:
Gerente;
Supervisor;
Staff’s.
Do SESMT
Participar da elaboração dos Princípios de Ação Ergonômica das
GG’s;
Assessorar tecnicamente os comitês de Ergonomia;
Participar dos treinamentos dos Comitês;
Identificar casos suspeitos nos exames médicos ocupacionais;
Acompanhar os empregados que foram afastados de suas
funções/áreas de trabalho;
Avaliar as alternativas de solução ergonômica implantadas;
Comparar taxas de incidência de problemas musculoligamentares
antes e depois da implementação das soluções ergonômicas
propostas pelos comitês;
Encaminhar os empregados portadores de dores e/ou
desconfortos, a partir de exames ocupacionais e avaliações
ergonômicas, para o Centro de Fisioterapia Ocupacional da CSN,
onde serão realizados intervenções preventivas/curativas.
9- O Comitê de Ergonomia
Deverá ser constituído por representantes dos colaboradores das áreas
a serem avaliadas e pelos gerentes, supervisores e staff’s das
respectivas áreas. Como proposta, o programa preconiza:
Gerente;
Supervisor;
Staff’s.
9.1- Atribuições
A) Da GRHSI – Serviços Médicos
Participar a elaboração dos Princípios de Ação Ergonômica das
GG’s;
Assessorar tecnicamente os comitês de ergonomia;
Participar dos treinamentos dos Comitês;
Realização dos exames periódicos ocupacionais;
Avaliar os postos de trabalho, juntamente com o Comitê de
Ergonomia;
Acompanhar os colaboradores que foram afastados de suas
funções/áreas de trabalho;
Avaliar as alternativas de solução ergonômica implantadas;
Comparar taxas de incidência de desconfortos musculares antes e
depois da implementação das soluções ergonômicas;
Encaminhar os empregados com desconfortos musculares, a partir
de exames ocupacionais e avaliações ergonômicas para o Centro
de Fisioterapia Ocupacional da CSN.
B) Dos Comitês de Ergonomia
Identificar situações anti-ergonômicas;
Acompanhar as avaliações ergonômicas;
Promover trabalho educativo orientando os colaboradores quanto
a posturas inadequadas, manuseio de ferramentas, manuseio de
pesos e situações anti-ergonômicas diversas;
Avaliar eficácia das alternativas implantadas.
C) Da equipe de Ergonomia
Realização de avaliações ergonômicas;
Promover trabalho educativo através de palestras e orientações
posturais;
Implantar e acompanhar a realização de exercícios laborais.
Fonte: Programa de Ergonomia – CSN
10- Centro de Fisioterapia Ocupacional
O Programa/Processo Ergonomia da CSN tem como objetivo
combater as alterações do sistema osteomuscular, reduzir a níveis
mínimos o absenteísmo e melhorar a qualidade de vida do
trabalhador.
É desenvolvido pela GRHSI/Serviços Médicos em parceria
com as demais gerências, e tem realizado avaliações ergonômicas em
várias áreas da empresa com o objetivo de analisar e avaliar as
atividades desenvolvidas pelos colaboradores, bem como ferramentas
utilizadas e instalações do local trabalho.
O projeto do Centro de Fisioterapia Ocupacional é uma
iniciativa da DIRH/GRHSI – Serviços Médicos e tem como objetivo
aumentar a qualidade de vida no trabalho dos empregados da empresa
a partir da implantação de um novo conceito de intervenção
fisioterapêutica preventiva e corretiva nas questões osteomusculares
provenientes ou que interfiram na atividade laborativa. A afinidade
com os exames médicos ocupacionais e intervenções ergonômicas
realizadas pela equipe da GRHSI – Serviços Médicos, favorecem a
eficiência da intervenção fisioterapêutica, seja no campo preventivo
como no curativo.
O Centro de Fisioterapia Ocupacional funciona na FOX, em
uma sala ao lado do centro de integração, possuindo uma sala de
avaliação, três boxes e um ginásio terapêutico, com aproximadamente
50m². Suas atividades são totalmente direcionadas ao atendimento
dos empregados da CSN, sendo a demanda determinada pela
medicina do trabalho a partir das avaliações ergonômicas das áreas ou
a partir dos exames médicos ocupacionais.
11- Exercício Laboral
O Exercício Laboral são exercícios específicos de alongamento e de
relaxamento, realizados em diferentes setores ou departamentos da
empresa, com sessões de 05, 10 ou 15 minutos tendo como objetivo
principal prevenir e diminuir os casos de desconforto e do estresse.
O Exercício Laboral tem sido classificado com relação aos seus
objetivos de execução em quatro tipos:
Exercício Laboral Preparatório - Atividade física realizada antes
de se iniciar o trabalho, aquecendo e despertando o funcionário;
Exercício Laboral Compensatório - É composto por atividades
físicas realizadas durante o expediente de trabalho, agindo de forma
terapêutica, ou seja, exercitando músculos que foram trabalhados em
excesso durante a jornada de trabalho, proporcionando um bem-estar
físico, mental e social ao funcionário.
Exercício Laboral de Relaxamento - Exercícios praticados após o
expediente de trabalho, que têm como objetivo proporcionar
relaxamento muscular e mental aos trabalhadores (Oliveira, 2006).
Exercício Laboral Corretivo - Aplicada a um grupo reduzido de
pessoas que visa combater e, principalmente, atenuar as
conseqüências decorrentes de aspectos ergonômicos inadequados ao
ambiente de trabalho (Pimentel, 1999). Tem como objetivo trabalhar
grupos específicos dentro da empresa, em conjunto com a área da
medicina do trabalho, da enfermagem e da fisioterapia, com a
finalidade de recuperar casos graves de lesões, de limitações e de
condições ergonômicas.
O Exercício Laboral proporciona benefícios, tanto para o trabalhador,
quanto para a empresa. Além de prevenir as doenças ocupacionais,
ele tem apresentado resultados mais rápidos e diretos com a melhora
do relacionamento interpessoal e o alívio dos incômodos corporais
(Oliveira, 2006; Guerra, 1995; Mendes, 2000).
Fonte: Bob Anderson.
11.1- Dicas de Exercício Laboral
Exercício
Preparatório
Alongamento da
musculatura
posterior de
pescoço
Alongamento da
musculatura lateral
do pescoço
Alongamento dos
músculos estensores
do punho
Alongamento da
musculatura das
costas e interior
de perna.
Alongamento da
musculatura do
braço, ombro e
peitoral.
Alongamento da
musculatura das costas e
interior da perna
Alongamento dos
músculos flexores
do punho Alongamento dos
músculos da
panturrilha e anterior
de coxa
Alongamento da
musculatura posterior de
perna e das costas
Exercício de relaxamento
Girar os punhos 10 vezes
para dentro e 10 vezes para
fora, bem de vagar
Girar os ombros 10 vezes
para frente e 10 vezes para
trás, bem de vagar
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