memórias de um tempo_palmas _ bagé_ obras no interior do município
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Bagé sempre foi considerado no
mapa político do Rio Grande do Sul
como um município em que seus
eleitores votavam predominantemente
nos partidos de direita. Com raras
exceções, como ocorreu com Vargas
em 1985 e 1992, os partidos
colocados à esquerda do espectro
político obtinham vitórias. E, com as
emancipações de Hulha Negra e
Candiota, onde havia um certo
equilíbrio de forças, e depois de
Aceguá, o quadro ficou pior. O que nos
sobrou de zona rural tinha a
hegemonia da antiga Arena/PDS.Tanto que nosso eleitorado no
interior até o início dos anos 2000 não
chegava a 30%, situação que mudou
em nossa reeleição para a Prefeitura,
em 2004, quando obtivemos o
reconhecimento de cerca de 70% dos
moradores da zona rural.Conseguimos, com ações e gestos,
desmistificar conceitos e ganhar o
respeito do homem e da mulher rural.
Memórias de um tempo
Vamo com o Alemão!
Tem um fato simbólico que sinaliza
esta virada. Nas eleições de 2000,
uma figura popular da região de
Palmas, o Dano Franco, aceitou dar um
depoimento para nossa equipe de TV.
De forma espontânea e sincera,
característica do homem da campanha,
deu um belo depoimento sobre o que
representava nosso governo para a
zona rural e concluiu fazendo um
chamamento: “Vamo com o Alemão!”.
Ficou emocionante, verdadeiro, tanto
que passou a ser uma das vinhetas do
nosso programa eleitoral. Conjunto de obras
Além de provar, na prática, que
aquilo que nossos adversários falavam
de nós não correspondia à verdade,
que Bagé não se transformaria, como
não se transformou, num “mar de sem
terras”, por exemplo, levamos ao
campo um conjunto significativo de
obras. A vida do agricultor, do
pecuarista e de suas famílias mudou
consideravelmente. Pela primeira vez,
nos últimos tempos, o interior recebia a
efetiva atenção do Poder Público.A começar pelas estradas.
Investimos R$ 8,4 milhões de reais
para reequipar o parque de máquinas
da Prefeitura. Adquirimos nove
caminhões, seis patrolas, três rolos
compactadores e uma escavadeira
hidráulica, o que permitiu um
tratamento diferenciado para a
manutenção e melhoria das estradas.
Entramos com nossos equipamentos
em alguns lugares que havia anos a
Prefeitura não passava e em outros
que nunca entrara. Construímos pontes
e pontilhões novos.Fomos parceiros do Governo
Federal no Luz para Todos, que levou
energia elétrica a todos os rincões do
interior de Bagé. Construímos casas
num projeto ousado de habitação rural,
que transformou Bagé num dos únicos
Memórias de um tempo
municípios brasileiros a ter uma
política habitacional para os que
moram no campo. Construímos
banheiros para as famílias que não
possuíam esse equipamento,
reformamos e qualificamos escolas.
Construímos um refeitório do Fome
Zero na Escola Simões Pires, na
Coxilha das Flores. Renovamos
completamente a frota do transporte
escolar para que os estudantes
pudessem ir ao colégio com conforto e
segurança.Levamos, além do transporte
coletivo para o interior, o programa
Saúde da Família, com a montagem de
uma equipe que atendia todo o interior.
Organizamos os produtores num
grande trabalho capitaneado pelo
Edegar Franco e fomos parceiros para
que eles, através do associativismo,
obtivessem mais renda. Um exemplo
disso é o que fizemos lá nas Palmas.
Os pecuaristas familiares não
conseguiam, individualmente, formar
lotes para participar das feiras de
terneiros, onde se obtêm melhores
preços. Contribuímos, com trabalho e
recursos, para que eles formassem
lotes coletivos e, assim, conquistassem
preços de 30 a 40% superiores aos
que teriam se vendessem na
propriedade para intermediários.Deixamos recursos para a
construção de quatros centros de
manejo.
Memórias de um tempo
*Esse texto faz parte de Memórias de Um Tempo, uma série publicada no Jornal Minuano de Bagé, em que procurei resgatar fatos de nossa gestão de oito anos na Prefeitura Municipal.
TransformaçõesEste conjunto de coisas nos deu um
chão no interior. Antes do primeiro
governo, em nossas estratégias de
campanha, a zona rural nunca estava
presente. Depois de 2004, atividades
nas comunidades do interior são, para
nós, uma obrigação. Um momento
maior do que a busca de votos: um
momento para reencontros, para matar
saudades dos amigos e amigas que
conquistamos ao longo desta jornada.
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