metodologia cientifica
Post on 26-Nov-2015
40 Views
Preview:
TRANSCRIPT
-
Jos Luiz de Paiva Bello
Metodologia Cientfica: manual para elaborao de monografias
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA UVA Rio de Janeiro 2009
-
1
s minhas filhas Ana Cristina (a Crica) e Luciana (a Luli),
por existirem; Ao meu irmo
Fernando Luiz Bello (in memoriam), pelo exemplo;
Aos estudantes que freqentam e freqentaram
minhas salas de aula, pelo voto de confiana.
-
2
AGRADECIMENTOS
Na realizao desta obra, devo meu voto de gratido: Doutora Maria Montessori, por ter me apresentado a possibilidade de uma educao
para a paz. A Paulo Freire, por me demonstrar a possibilidade do exerccio do amor e do dilogo na
educao. A Lauro de Oliveira Lima, por ter me feito perceber que mais importante do que a
explcita Histria da Educao no Brasil a implcita realidade da educao brasileira. s crianas dos anos de 1972 a 1975 do Colgio Constructor Sui Casa-Escola
Montessoriana, por terem sido o incio de minha jornada na educao. s crianas dos anos de 1976 e 1977, do Colgio Chez LEnfant, Escola Montessoriana,
pela possibilidade de continuidade. s crianas dos anos de 1977 e 1978, da Escola Oga Mit, por revelarem a dimenso do
meu potencial em educao. Aos meninos internos e aos meninos de rua dos anos de 1979 a 1984, que, durante
minha passagem como pedagogo da Funabem, me sensibilizaram e me fizeram descobrir um mundo desconhecido por mim.
Aos estudantes dos anos de 1994, dos cursos de Pedagogia, Biologia, Educao Fsica e Letras do Campus Universitrio do Norte do Esprito Santo, da Universidade Federal do Esprito Santo - CEUNES/UFES, pelo exemplo de esforo para aprender.
Aos estudantes dos anos de 1993 e 1994, dos cursos de Administrao e Economia da Faculdade de Cincias Econmicas de Vitria, da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - FACEV/CNEC, pela intensa relao de amizade.
Aos estudantes dos anos de 1996, dos cursos de Pedagogia e Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, por me revelarem o outro lado da educao.
Aos estudantes do ano de 1998, dos cursos de Pedagogia, Tecnologia em Processamento de Dados, Administrao e Cincias Contbeis, da Federao de Escolas e Faculdades Integradas Simonsen, por terem me permitido aprender tambm com eles, pesquisando, estimulando e oferecendo dados para que este trabalho pudesse ser feito.
Aos estudantes do ano de 2008, dos cursos de Pedagogia, Letras e Biblioteconomia da Universidade Santa rsula USU, por me ensinarem que a f uma virtude fundamental na educao.
Aos estudantes dos anos de 2000 a 2009, dos cursos de Pedagogia, Licenciatura em Histria, Letras, Informtica e Biologia, dos cursos de Administrao, Turismo, Fisioterapia, Nutrio, Engenharia, Psicologia, Odontologia, Direito, Fonoaudiologia, Enfermagem, Cincia da Computao, Cincias Aeronuticas e Moda da Universidade Veiga de Almeida - UVA, pelo voto de confiana dado ao meu trabalho, como professor, e por terem contribudo criticamente na anlise do contedo deste trabalho.
Aos estudantes dos anos de 2001 a 2003, do curso de Pedagogia da Universidade Catlica de Petrpolis - UCP, por terem me ensinado, atravs do carinho, que mais do que contedo programtico na educao precisamos de sensibilidade.
Especialmente s professoras-estudantes do Municpio de Petrpolis, vinculadas ao Centro de Capacitao Frei Memria, da Secretaria Municipal de Educao de Petrpolis, e Universidade Catlica de Petrpolis, por terem me ensinado que para fazer educao tambm preciso energia, vontade, amor e herosmo.
-
3
O gnio inicia belas obras; s o trabalho as termina
Joseph Joubert
O nico prazer verdadeiro o da atividade criadora
Leon Tolstoi
A sabedoria dos sensatos e a experincia dos tempos devem
ser conservadas pelas citaes.
Disraeli
-
4
SUMRIO
Introduo ........................................................................................................................ 07 1 Pesquisa acadmica ....................................................................................................... 09
1.1 Tipos de Pesquisa ........................................................................................... 09 1.2 O Ensino Superior .......................................................................................... 11
2 A Cincia ....................................................................................................................... 13
2.1 Do medo Cincia ......................................................................................... 13 2.2 A evoluo da Cincia .................................................................................... 14 2.3 A neutralidade cientfica ................................................................................ 16 2.4 Tipos de Conhecimentos ................................................................................. 16
3 Passos de uma Pesquisa ................................................................................................ 19
3.1 Escolha do Tema ............................................................................................ 19 3.1.1 Fatores internos ............................................................................... 20 3.1.2 Fatores Externos .............................................................................. 20
3.2 Levantamento de Fontes ................................................................................ 21 3.2.1 Sugestes para o Levantamento de Literatura ................................ 21
3.2.1.1 Locais de coletas ............................................................... 21 3.2.1.2 Registro de documentos ................................................... 22 3.2.1.3 Organizao ...................................................................... 22
3.3 Elaborao do projeto .................................................................................... 22 3.3.1 Problema .......................................................................................... 23 3.3.2 Hiptese .......................................................................................... 23 3.3.3 Objetivos ......................................................................................... 23 3.3.4 Justificativa ..................................................................................... 24 3.3.5 Metodologia .................................................................................... 24 3.3.6 Cronograma ..................................................................................... 25 3.3.7 Recursos .......................................................................................... 25
3.3.7.1 Material permanente ......................................................... 26 3.3.7.2 Material de Consumo ....................................................... 26 3.3.7.3 Pessoal .............................................................................. 26
3.3.8 Estrutura de apresentao de um projeto ........................................ 27 3.4 Esquema do Trabalho ..................................................................................... 27 3.5 Coleta de dados .............................................................................................. 28 3.6 Elaborao do relatrio final .......................................................................... 29
3.6.1 Paginao ......................................................................................... 29 3.6.2 Formato ............................................................................................ 29
3.7 Da orientao apresentao pblica do trabalho de pesquisa ...................... 30 3.7.1 Orientao de Trabalho de Concluso de Curso ............................. 30 3.7.2 A Banca Examinadora ..................................................................... 31 3.7.3 Avaliao do trabalho ..................................................................... 32
3.7.3.1 Sugesto de itens para avaliar ........................................... 32 3.7.4 A apresentao (defesa) do trabalho ............................................... 33 3.7.5 Entrega do trabalho ao Coordenador do curso ............................... 34
3.8 Resumo dos passos de um trabalho de pesquisa ............................................. 35
4 Instrumentos de Coletas de Dados .............................................................................. 36 4.1 Questionrio ................................................................................................... 36
-
5
4.1.1 Contedo de um questionrio: ........................................................ 36 4.1.2 Tipos de questes ............................................................................ 37 4.2 Entrevista ....................................................................................................... 38
4.2.1 Sugestes de planejamento ............................................................. 38 4.3 Observao ..................................................................................................... 39
4.3.1 Sugestes para uma observao satisfatria .................................... 39 4.4 Anlise de Contedo ...................................................................................... 40
4.4.1 Sugestes para anlise de documentos ............................................ 40 4.4.2 A Internet ........................................................................................ 40 4.4.3 Fichamentos ..................................................................................... 41
5 Estrutura de Apresentao do Trabalho ....................................................................... 44
5.1 Capa ............................................................................................................... 45 5.2 Folha de Rosto ............................................................................................... 46 5.3 Folha de Aprovao ....................................................................................... 47 5.4 Dedicatria ..................................................................................................... 48 5.5 Agradecimento ............................................................................................... 48 5.6 Epgrafe .......................................................................................................... 48 5.7 Resumo em Lngua Portuguesa ..................................................................... 48 5.8 Resumo em Lngua Estrangeira ...................................................................... 49 5.9 Lista de Ilustraes ......................................................................................... 49 5.10 Lista de Abreviaes e Siglas ........................................................................ 49 5.11 Sumrio ......................................................................................................... 49 5.12 Texto ............................................................................................................. 50
5.12.1 Introduo ..................................................................................... 51 5.12.2 Desenvolvimento do Texto ........................................................... 51 5.12.3 Concluso ...................................................................................... 51
5.13 Referncias ................................................................................................... 52 5.14 Glossrio ....................................................................................................... 52 5.15 Anexos .......................................................................................................... 52 5.16 Apndices ..................................................................................................... 52
6 Organizao do Corpo do Texto ................................................................................... 53 6.1 Citaes .......................................................................................................... 53
6.1.1 Citao Direta .................................................................................. 53 6.1.2 Citao de Citao ........................................................................... 54 6.1.3 Citao Indireta ............................................................................... 55 6.1.4 Citao de depoimentos .................................................................. 55
6.2 Supresses, interpolaes, comentrios ou destaques nas citaes ................ 56 6.3 Localizao das Citaes ................................................................................ 57
Referncias ....................................................................................................................... 58 Glossrio .......................................................................................................................... 59
1 Palavras utilizadas em pesquisa ........................................................................ 59 2 Palavras ou expresses latinas utilizadas em pesquisa ..................................... 62
Apndice .......................................................................................................................... 63
1 Exemplos de elaborao de referncias de fontes ............................................ 63 1.1 Referncias de livros .......................................................................... 63 1.2 Artigos de revistas ou jornais ............................................................. 65
-
6
1.3 Publicaes peridicas ........................................................................ 66 1.4 Obras de Referncia ........................................................................... 67 1.5 Internet ............................................................................................... 67 1.6 Imagem em movimento ...................................................................... 68
1.7 Mdia eletrnica .................................................................................. 68 1.8 Entrevista ............................................................................................ 68
2 Sugestes de Leituras ........................................................................................ 69
-
7
Introduo
Este trabalho no tem a pretenso de abranger todas as questes envolvidas em
Metodologia Cientfica. Trata-se, to somente, de uma ajuda para consulta dos estudantes dos
cursos de graduao, podendo tambm contribuir aos estudantes de ps-graduao. Qualquer
aprofundamento terico ou prtico dever ser encontrado nas sugestes de leituras sugeridas em
anexo a este trabalho.
A inteno foi apenas facilitar a busca dos estudantes no que diz respeito aos trabalhos de
pesquisa acadmica. A estrutura deste trabalho, por si s, serve de modelo para um trabalho
realizado em sala de aula. Alm disso, procuro apresentar e explicar as regras para a montagem
de cada parte de um trabalho cientfico.
Baseados em observaes prprias, sem conotao cientfica, noto que a disciplina
Metodologia Cientfica uma das mais rejeitadas pelos estudantes de praticamente todos os
cursos de graduao. , mais ou menos, como o velho chavo do odeio matemtica, mesmo
que a matemtica no seja to terrvel assim.
A disciplina Metodologia Cientfica fundamentalmente prtica e deve estimular os
estudantes para que busquem motivaes para encontrar respostas s suas dvidas. Se nos
referimos a um curso superior estamos naturalmente nos referindo a uma Academia de Cincia e,
como tal, as respostas aos problemas de aquisio de conhecimento deveriam ser buscadas
atravs do rigor cientfico e apresentadas atravs das normas acadmicas vigentes.
Dito isto, parece que fica claro que metodologia cientfica no um simples contedo a
ser decorado pelos alunos, para ser verificado num dia de prova. Trata-se de fornecer aos
estudantes um instrumental indispensvel para que sejam capazes de atingir os objetivos da
Academia, que so o estudo e a pesquisa em qualquer rea do conhecimento. Trata-se ento de
se aprender fazendo, como sugerem os conceitos mais modernos da Pedagogia.
Procuramos, na medida do possvel, seguir as regras definidas pela Associao Brasileira
de Normas Tcnicas - ABNT, para elaborao de trabalhos cientficos. No entanto, em funo
dos altos custos gastos pelos estudantes para efetivar os seus cursos, em alguns pontos as regras
foram esquecidas em favor de economia de espao e menores custos em cpias xerogrficas.
A presente obra procura no dificultar as questes que envolvem a elaborao de um
relatrio da pesquisa, portanto pode ser entendida como uma facilitadora da aprendizagem, onde
os estudantes podero consultar, a qualquer hora, para suprimir suas dvidas quanto aos
procedimentos, tcnicas e normas de pesquisa.
-
8
Quando falamos de um curso superior, estamos nos referindo, indiretamente, a uma
Academia de Cincias, j que qualquer Faculdade nada mais do que o local prprio da busca
incessante do saber cientfico. Neste sentido, esta disciplina tem uma importncia fundamental
na formao do profissional. Se os alunos procuram a Academia para buscar saber, precisamos
entender que Metodologia Cientfica nada mais do que a disciplina que estuda os caminhos
do saber, se entendermos que mtodo quer dizer caminho, logia quer dizer estudo e
cincia quer dizer saber.
Pesquisar muito fcil. Vejam s:
-
9
1 Pesquisa acadmica
Pesquisar sinnimo de buscar, procurar. Neste sentido simples de se definir o que seja
uma pesquisa, podemos descobrir que um trabalho de pesquisa no uma tarefa reservada
academia de cincia ou s instituies de ensino de uma forma geral. Todos os seres humanos
pesquisam (buscam ou procuram). Quando queremos encontrar uma velha fotografia, que no
vemos h muito tempo, criamos mentalmente um projeto (veja seo 4.3 Elaborao do projeto)
para encontr-la. Nosso problema localizar a fotografia; nossa hiptese que ela pode estar
numa caixa em cima do armrio; nossos objetivos podem ser mostrar para um amigo que nos
visita e demonstrar que nem sempre fui magro; nossa justificativa pode ser que h muito tempo
no o via, provavelmente levarei um grande espao de tempo para rev-lo, ele est afirmando
que eu sempre fui magro e preciso provar o que estou dizendo e, por fim, nossa metodologia ir
at a rea de servio, pegar uma escada, examinar as caixas que esto em cima do armrio e
separar a que est as fotos.
A nica diferena deste tipo de pesquisa cotidiana (descrita acima) para uma pesquisa
acadmica que, na cotidiana, ns no precisamos seguir normas e registr-las por escrito. As
pesquisas que fazemos no nosso dia-a-dia so realizadas de forma intuitiva, automaticamente.
No caso de uma academia de cincia, como o caso das instituies universitrias,
pesquisar buscar ou procurar uma resposta para qualquer problema criado em relao ao saber.
Pesquisa-se, portanto, nestas instituies, para se obter e divulgar conhecimentos.
No podemos esquecer que cincia quer dizer conhecimento ou saber. A pesquisa, ento,
deveria ser a caracterstica bsica de uma academia de cincias, em todos os nveis.
1.1 Tipos de Pesquisa
Este captulo no era para existir, j que no vejo a menor importncia na necessidade de
um pesquisador ter que definir o tipo de pesquisa que vai executar. O importante que o
pesquisador saiba usar os instrumentos adequados para encontrar respostas ao problema que ele
tenha levantado.
-
10
Em se tratando de Cincia a pesquisa a busca de soluo a um problema que algum
queira saber a resposta. No gosto de dizer que se faz cincia, mas que se produz cincia atravs
de uma pesquisa. Pesquisa , portanto, o caminho para se chegar cincia, ao conhecimento.
na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para se chegar a uma resposta
mais precisa. O instrumento apropriado dever ser definido pelo pesquisador para se atingir os
resultados ideais. Num exemplo grosseiro eu no poderia procurar um tesouro numa praia
cavando um buraco com uma picareta, uma vez que eu precisaria de uma p. Da mesma forma
eu no poderia fazer um buraco no cimento com uma p, uma vez que eu precisaria de uma
picareta. Neste sentido, mais importante do que definir o tipo de pesquisa, que est sendo
realizada, definir que instrumentais de pesquisa sero utilizados para que as fontes possam
oferecer um material de qualidade para ser trabalhado.
A Cincia, atravs da evoluo de seus conceitos, est dividida por reas do
conhecimento. Assim, hoje temos conhecimento das Cincias Humanas, Sociais, Biolgicas,
Exatas, entre outras. Mesmo estas divises tm outras sub-divises cuja definio varia segundo
conceitos de muitos autores. A Cincia Social, por exemplo, pode ser dividida em Direito,
Histria, Sociologia etc.; as Cincias Exatas em Matemtica, Fsica, Geometria etc.. provvel
que os leitores encontrem inmeras divises e classificaes para as cincias.
Tentando descomplicar prefiro definir os tipos de pesquisa desta forma:
a Pesquisa Experimental: toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento.
Exemplo: Pinga-se uma gota de cido numa placa de metal para observar o
resultado.
b Pesquisa Exploratria: toda pesquisa que busca constatar algo num organismo ou
num fenmeno.
Exemplo: Saber como os peixes respiram.
c Pesquisa Social: toda pesquisa que busca respostas de um grupo social.
Exemplo: Saber quais os hbitos alimentares de uma comunidade especfica.
d Pesquisa Histrica: toda pesquisa que estuda o passado.
Exemplo: Saber de que forma se deu a Proclamao da Repblica brasileira.
e Pesquisa Terica: toda pesquisa que analisa uma determinada teoria.
Exemplo: Saber o que a Neutralidade Cientfica.
-
11
1.2 O Ensino Superior
Estrutura do sistema de ensino brasileiro.
Nvel Modalidade Curso Idade
(anos)
Durao
mnima Caracterstica
Educao
Bsica
Educao
Infantil
Creche 0 a 3
5 anos
Primeira etapa da educao bsica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criana at seis anos de idade, em seus aspectos fsico, psicolgico, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade.
Pr-escola 4 e 5
Ensino
Fundamental
Primeiro
segmento 6 a 10
9 anos
Desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios bsicos o pleno domnio da leitura, da escrita e do clculo.
Segundo
segmento 11 a 13
Ensino
Mdio 14 a 16 3 anos
Consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos.
Ensino
Superior
Cursos
sequenciais
Diversas reas A partir
de 17 Varivel
Campo de saber de diferentes nveis de abrangncia, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituies de ensino.
Graduao
Abertos a candidatos que tenham concludo o ensino mdio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo.
Ps-
graduao
Especializao
360
horas
Compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especializao, aperfeioamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduao e que atendam s exigncias das instituies de ensino.
Aperfeioamento
Mestrado
Doutorado
Extenso Varivel Abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituies de ensino.
No que se refere ao Ensino Superior a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional -
Lei nmero 9394/96 (BRASIL, 1996) diz:
Art. 43 A educao superior tem por finalidade: I - estimular a criao cultural e o desenvolvimento do esprito
cientfico e do pensamento reflexivo;
-
12
II - formar diplomados nas diferentes reas do conhecimento, aptos para a insero em setores profissionais e para a participao no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formao contnua;
III- incentivar o trabalho de pesquisa e investigao cientfica, visando o desenvolvimento da cincia e da tecnologia e da criao e difuso da cultura e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive.
IV - promover a divulgao de conhecimentos culturais, cientficos e tcnicos que constituem patrimnio da humanidade e comunicar o saber atravs do ensino, de publicaes ou de outras formas de comunicao;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeioamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretizao, integrando os conhecimentos que vo sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada gerao;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar servios especializados comunidade e estabelecer com esta uma relao de reciprocidade,
VII - promover a extenso, aberta participao da populao, visando difuso das conquistas e benefcios resultantes da criao cultural e da pesquisa cientfica e tecnolgica geradas na instituio.
Mais especificamente o trabalho acadmico para ser apresentado ao final de cada curso
sugerido pelas Diretrizes Curriculares de cada um deles. O termo usado pela legislao para o
trabalho de pesquisa no curso de Graduao Trabalho de Concluso de Curso, conhecido
tambm como TCC. A nomenclatura a seguinte:
Trabalho de Concluso de Curso (TCC) Graduao
Monografia Especializao, Aperfeioamento, Extenso
Dissertao Mestrado
Tese Doutorado
Monografia quer dizer (mono = um; grafia = escrita) escrita de um. Ou seja, monografia
a escrita de um assunto, baseado em um problema especfico.
-
13
2 A Cincia
2.1 Do medo Cincia
A evoluo humana corresponde ao desenvolvimento de sua inteligncia. Sendo assim
podemos definir trs nveis de desenvolvimento da inteligncia dos seres humanos desde o
surgimento dos primeiros homindeos: o medo, o misticismo e a cincia.
a) O medo:
Os seres humanos pr-histricos no conseguiam entender os fenmenos da natureza. Por
este motivo, suas reaes eram sempre de medo: tinham medo das tempestades e do
desconhecido. Como no conseguiam compreender o que se passava diante deles, no lhes
restava alternativa seno o medo e o espanto daquilo que presenciavam.
b) O misticismo:
Num segundo momento, a inteligncia humana evoluiu do medo para a tentativa de
explicao dos fenmenos atravs do pensamento mgico, das crenas e das supersties. Era,
sem dvida, uma evoluo j que tentavam explicar o que viam. Assim, as tempestades podiam
ser fruto de uma ira divina, a boa colheita da benevolncia dos mitos, as desgraas ou as fortunas
do casamento do humano com o mgico.
c) A cincia:
Como as explicaes mgicas no bastavam para compreender os fenmenos os seres
humanos finalmente evoluram para a busca de respostas atravs de caminhos que pudessem ser
comprovados. Desta forma, nasceu a cincia metdica, que procura sempre uma aproximao
com a lgica.
O ser humano o nico animal na natureza com capacidade de pensar. Esta caracterstica
permite que seja capaz de refletir sobre o significado de sua prpria experincia. Assim sendo,
capaz de novas descobertas e de transmiti-las a seus descendentes.
O desenvolvimento do conhecimento humano est intrinsecamente ligado sua
caracterstica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivduo transmitido a outro, que, por
sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a cincia.
-
14
2.2 A evoluo da Cincia
Embora alguns autores considerem o incio da histria da cincia a partir dos gregos,
outros achem que iniciou a partir de Descartes, com a criao de um mtodo cientfico, podemos
dizer que os homens pr-histricos j tinham uma produo cientfica (produo de saber ou
conhecimento). Eles fizeram descobertas de novas tecnologias para se proteger e melhorar sua
condio de vida. Eles inventaram o arco e flecha, melhoraram as condies de suas habitaes,
produziram o fogo, criaram instrumentos de pedra, trabalharam o metal atravs do fogo e
difundiram essas descobertas. Era uma cincia primitiva, baseada no conhecimento emprico,
mas no deixa de ser produo de conhecimento.
Os egpcios j tinham desenvolvido um saber tcnico evoludo, principalmente nas reas
de matemtica, geometria e na medicina, mas os gregos foram provavelmente os primeiros a
buscar o saber que no tivesse, necessariamente, uma relao com a utilizao prtica. A
preocupao dos precursores da filosofia (filo = amigo + sofia [sphos] = saber - e quer dizer
amigo do saber) era buscar conhecer o porque e o para que de tudo o que se pudesse pensar.
O conhecimento histrico dos seres humanos sempre teve uma forte influncia de crenas
e dogmas religiosos. Na Idade Mdia, a Igreja Catlica serviu de marco referencial para
praticamente todas as idias discutidas na poca. A populao no participava do saber, j que os
documentos para consulta estavam presos nos mosteiros das ordens religiosas.
Foi no perodo do Renascimento, aproximadamente entre os sculos XV e XVI (anos
1400 e 1500) que, segundo alguns historiadores, os seres humanos retomaram o prazer de pensar
e produzir o conhecimento atravs das idias. Neste perodo as artes, de uma forma geral,
tomaram um impulso significativo. Michelangelo Buonarrote esculpiu a esttua de David e
pintou o teto da Capela Sistina, na Itlia; Thomas Morus escreveu A Utopia (utopia um termo
que deriva do grego onde u = no + topos = lugar e quer dizer em nenhum lugar); Tomaso
Campanella escreveu A Cidade do Sol; Francis Bacon, A Nova Atlntica; Voltaire,
Micrmegas, caracterizando um pensamento no descritivo da realidade, mas criador de uma
realidade ideal, do dever ser. Foi tambm neste perodo que os europeus partiram para as grandes
navegaes com a descoberta de novas tecnologias para a navegao dos oceanos.
No sculo XVII e XVIII (anos 1600 e 1700) a burguesia assumiu uma caracterstica prpria de
pensamento, tendendo para um processo que tivesse imediata utilizao prtica. Com isso surgiu o
Iluminismo, corrente filosfica que props "a luz da razo sobre as trevas dos dogmas religiosos". O
pensador Ren Descartes mostrou ser a razo a essncia dos seres humanos, surgindo a frase "penso,
-
15
logo existo". No aspecto poltico o movimento Iluminista expressou-se pela necessidade do povo
escolher seus governantes atravs de livre escolha da vontade popular. Lembremo-nos de que foi neste
perodo que ocorreu a Revoluo Francesa em 1789, gerando uma mudana do sistema poltico em
toda a Europa.
O Mtodo Cientfico surgiu como uma tentativa de organizar o pensamento para se
chegar ao meio mais adequado de conhecer e controlar a natureza. J no fim do perodo do
Renascimento, Francis Bacon pregava o mtodo indutivo como meio de se produzir o
conhecimento. Este mtodo entendia o conhecimento como resultado de experimentaes
contnuas e do aprofundamento do conhecimento emprico. Por outro lado, atravs de seu
Discurso sobre o mtodo, Ren Descartes defendeu o mtodo dedutivo como aquele que
possibilitaria a aquisio do conhecimento atravs da elaborao lgica de hipteses e a busca de
sua confirmao ou negao.
A Igreja e o pensamento mgico cederam lugar a um processo denominado, por alguns
historiadores, de "laicizao da sociedade". Se a Igreja trazia at o fim da Idade Mdia a
hegemonia dos estudos e da explicao dos fenmenos relacionados vida, a cincia tomou a
frente deste processo, fazendo da Igreja e do pensamento religioso razo de ser dos estudos
cientficos.
No sculo XIX (anos 1800) a cincia passou a ter uma importncia fundamental. Parecia
que tudo s tinha explicao atravs da cincia. Como se o que no fosse cientfico no
correspondesse a verdade. Se Nicolau Coprnico, Galileu Galilei, Giordano Bruno, entre outros,
foram perseguidos pela Igreja nos sculos anteriores, em funo de suas idias sobre os
fenmenos do mundo, o sculo XIX serviu como referncia de desenvolvimento do
conhecimento cientfico em todas as reas. Na sociologia Augusto Comte desenvolveu sua
explicao de sociedade, criando o Positivismo, vindo logo aps outros pensadores; na
Economia, Karl Marx procurou explicar a relaes sociais atravs das questes econmicas,
resultando no Materialismo-Dialtico; Charles Darwin revolucionou a Antropologia, ferindo os
dogmas sacralizados pela religio, com a Teoria da Hereditariedade das Espcies ou Teoria
da Evoluo. A cincia passou a assumir uma posio quase que religiosa diante das explicaes
dos fenmenos sociais, biolgicos, antropolgicos, fsicos e naturais.
-
16
2.3 A neutralidade cientfica
sabido que, para se fazer uma anlise desapaixonada de qualquer tema, necessrio
que o pesquisador mantenha certa distncia emocional do assunto abordado. Mas ser isso
possvel? Seria possvel um padre, ao analisar a evoluo histrica da Igreja, manter-se afastado
de sua prpria histria de vida? Ou ao contrrio, um pesquisador ateu abordar um tema religioso
sem um conseqente envolvimento ideolgico nos caminhos de sua pesquisa?
Provavelmente a resposta seria no. Mas, ao mesmo tempo, a conscincia desta realidade
pode nos preparar para trabalhar esta varivel de forma que os resultados da pesquisa no sofram
interferncias alm das esperadas. preciso que o pesquisador tenha conscincia da
possibilidade de interferncia de sua formao moral, religiosa, cultural e de sua carga de valores
para que os resultados da pesquisa no sejam influenciados por elas alm do aceitvel.
2.4 Tipos de Conhecimentos
Conhecer incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenmeno
qualquer. O conhecimento no nasce do vazio e sim das experincias que acumulamos em nossa
vida cotidiana, atravs de experincias, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e
artigos diversos.
Entre todos os animais, ns, os seres humanos, somos os nicos capazes de criar e
transformar o conhecimento; somos os nicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos
meios, numa situao de mudana do conhecimento; somos os nicos capazes de criar um
sistema de smbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas prprias experincias e passar
para outros seres humanos. Essa caracterstica o que nos permite dizer que somos diferentes
dos gatos, dos ces, dos macacos ou dos lees.
Ao criarmos este sistema de smbolos, atravs da evoluo da espcie humana,
permitimo-nos tambm ao pensar e, por conseqncia, a ordenao e a previso dos fenmenos
que nos cerca.
Existem diferentes tipos de conhecimentos:
-
17
a Conhecimento Emprico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum)
o conhecimento obtido ao acaso, aps inmeras tentativas, ou seja, o conhecimento
adquirido atravs de aes no planejadas.
Exemplo:
A chave est emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta,
acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.
b Conhecimento Filosfico
fruto do raciocnio e da reflexo humana. o conhecimento especulativo sobre
fenmenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenmenos gerais do universo,
ultrapassando os limites formais da cincia.
Exemplo:
O homem a ponte entre o animal e o alm-homem (Friedrich Nietzsche)
c Conhecimento Teolgico
Conhecimento revelado pela f divina ou crena religiosa. No pode, por sua origem, ser
confirmado ou negado. Depende da formao moral e das crenas de cada indivduo.
Exemplo:
Acreditar que algum foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em
reencarnao; acreditar em esprito etc..
d Conhecimento Cientfico
o conhecimento racional, sistemtico, exato e verificvel da realidade. Sua origem est
nos procedimentos de verificao baseados na metodologia cientfica. Podemos ento dizer que o
Conhecimento Cientfico:
- racional e objetivo.
- Atm-se aos fatos.
- Transcende aos fatos.
- analtico.
- Requer exatido e clareza.
- comunicvel.
- verificvel.
- Depende de investigao metdica.
- Busca e aplica leis.
- explicativo.
- Pode fazer predies.
-
18
- aberto.
- til (GALLIANO, 1979, p. 24-30).
Exemplo:
Descobrir uma vacina que evite uma doena; descobrir como se d a respirao dos
batrquios.
-
19
3 Passos de uma Pesquisa
A pesquisa pode ser considerada como um sistema de conquista de conhecimentos. Como
tal, tem um princpio (entrada), um meio (ao) e um fim (sada).
Destacamos as partes fundamentais de uma pesquisa:
1 Escolha do tema
2 Levantamento de fontes
3 Elaborao do projeto
4 Elaborao do esquema do trabalho
5 Coleta de dados
6 Elaborao do relatrio final
7 Apresentao pblica do trabalho de pesquisa
3.1 Escolha do Tema
Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de
pesquisa. Estes fatores referem-se s condies internas ou particulares do pesquisador e as
condies impostas pelo meio em que a pesquisa direcionada. A seguir esto relacionadas
algumas questes que, em minha opinio, devem ser levadas em considerao nesta escolha.
Limites do saber do pesquisador.
(entrada)
- Escolha do tema; - Levantamento de fontes; - Elaborao do projeto; - Elaborao do esquema do trabalho; - Coleta de dados; - Elaborao do relatrio final e, - Apresentao pblica do trabalho de pesquisa.
(ao)
Novo saber descoberto e divulgado.
(sada)
-
20
3.1.1 Fatores internos
- Afetividade em relao a um tema ou alto grau de interesse pessoal
Para se trabalhar uma pesquisa preciso ter um mnimo de prazer nesta atividade. A
escolha do tema est vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um
assunto que no seja do seu agrado tornar a pesquisa num exerccio de tortura e sofrimento.
- Tempo disponvel para a realizao do trabalho de pesquisa
Na escolha do tema temos que levar em considerao a quantidade de atividades que
teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos
para cumprir no nosso cotidiano, no relacionado pesquisa.
- O limite da capacidade do pesquisador em relao ao tema pretendido
preciso que o pesquisador tenha conscincia de sua limitao de conhecimentos para
no entrar num assunto fora de sua rea. Se minha rea a de cincias humanas, devo procurar
me ater aos temas relacionados a esta rea.
3.1.2 Fatores Externos
- A significao do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus
valores acadmicos e sociais
Na escolha do tema devemos tomar cuidado para no executarmos um trabalho que no
interessar a ningum. Se o trabalho merece ser feito, que ele tenha uma importncia qualquer
para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral.
-
21
- O limite de tempo disponvel para a concluso do trabalho
Quando a instituio determina um prazo para a entrega do relatrio final da pesquisa,
no podemos nos enveredar por assuntos que no nos permitiro cumprir este prazo. O tema
escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possvel para a concluso do trabalho.
- Material de consulta e dados necessrios ao pesquisador
Outro problema na escolha do tema a disponibilidade de material para consulta. Muitas
vezes o tema escolhido pouco trabalhado por outros autores e no existem fontes secundrias
para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primrias que necessita
de um tempo maior para a realizao do trabalho. Este problema no impede a realizao da
pesquisa, mas deve ser levado em considerao para que o tempo institucional no seja
ultrapassado.
3.2 Levantamento de Fontes
O Levantamento de Literatura a localizao e obteno de documentos para avaliar a
disponibilidade de material que subsidiar o tema do trabalho de pesquisa. Este levantamento
realizado junto s bibliotecas ou servios de informaes existentes.
3.2.1 Sugestes para o Levantamento de Literatura
3.2.1.1 Locais de coletas
Determine com antecedncia que bibliotecas, agncias governamentais ou particulares,
instituies, indivduos ou acervos devero ser procurados.
-
22
3.2.1.2 Registro de documentos
Esteja preparado para copiar os documentos, seja atravs de xerox, fotografias ou outro
meio qualquer.
3.2.1.3 Organizao
Separe os documentos recolhidos de acordo com os critrios de sua pesquisa.
O levantamento de literatura pode ser determinado em dois nveis:
a Nvel geral do tema a ser tratado.
Relao de todas as obras ou documentos sobre o assunto.
b - Nvel especfico a ser tratado.
Relao somente das obras ou documentos que contenham dados
referentes especificidade do tema a ser tratado.
3.3 Elaborao do projeto
Projetar quer dizer lanar para frente. Um projeto, portanto, um plano para o futuro.
Realizar um projeto de pesquisa poder imaginar antes o que vai ser realizado no trabalho de
coleta de dados.
O Projeto uma das etapas de um trabalho de pesquisa e deve conter os seguintes
elementos:
1 Problema
2 Hiptese
3 Objetivos
4 Justificativa
5 Metodologia
Observao: O projeto ser inserido na Introduo do relatrio final da pesquisa.
-
23
3.3.1 Problema
O Problema a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o
tema, levanta-se uma questo para ser respondida atravs de uma hiptese, que ser confirmada
ou negada atravs do trabalho de pesquisa. O Problema criado pelo prprio autor e
relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criar um questionamento para definir a
abrangncia de sua pesquisa. No h regras para se criar um Problema, mas alguns autores
sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. Particularmente, prefiro que o Problema
seja descrito como uma afirmao.
Exemplo:
Tema: A educao da mulher: a perpetuao da injustia.
Problema: A mulher tratada com submisso pela sociedade.
3.3.2 Hiptese
Hiptese sinnimo de suposio. Neste sentido, Hiptese uma afirmao categrica
(uma suposio), que tenta responder ao Problema levantado pelo tema escolhido para
pesquisa. uma pr-soluo para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, ento, ir
confirmar ou negar a Hiptese (ou suposio) levantada.
Exemplo:
Problema: A mulher tratada com submisso pela sociedade.
Hiptese: A sociedade patriarcal, representada pela fora masculina, exclui as mulheres
dos processos decisrios.
3.3.3 Objetivos
A definio dos Objetivos determina onde o pesquisador quer chegar com a realizao
do trabalho de pesquisa. Objetivo sinnimo de meta, fim. Alguns autores separam os
-
24
Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos Especficos, mas no h regra a ser cumprida
quanto a isto e outros autores consideram desnecessrio dividir os Objetivos em categorias.
Um macete para se definir os Objetivos coloc-los comeando com o verbo no
infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro,
demonstrar alguma coisa; entender; explicar etc..
3.3.4 Justificativa
A Justificativa num projeto de pesquisa, como o prprio nome indica, o
convencimento de que o trabalho de pesquisa fundamental de ser efetivado. aqui que se
tentar convencer ao leitor de que comprovar ou negar a Hiptese levantada de suma
importncia, para a sociedade ou para alguns indivduos.
Deve-se tomar o cuidado, na elaborao da Justificativa, de no se tentar justificar o
contedo do trabalho, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de
pesquisa. A Justificativa exalta a importncia do estudo do tema, ou justifica a necessidade
imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.
tambm na justificativa que se explica o porqu de ter escolhido esses autores e no
outros para embasar teoricamente o contedo do trabalho. Este procedimento conhecido
tambm como embasamento terico ou reviso de literatura.
3.3.5 Metodologia
A Metodologia a explicao minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ao
desenvolvida no mtodo (caminho) do trabalho de pesquisa.
a explicao do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (veja seo 6: questionrio,
entrevista etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da diviso do trabalho, das
formas de tabulao e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de
pesquisa.
-
25
3.3.6 Cronograma
O Cronograma a previso de tempo que ser gasto na realizao do trabalho de acordo
com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os perodos sero definidos a partir das
caractersticas de cada pesquisa e dos critrios determinados pelo autor do trabalho.
Os perodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres,
trimestres etc.. Estes sero determinados a partir dos critrios de tempo adotados por cada
pesquisador.
Nem sempre se faz necessrio a definio de um cronograma. Quando a prpria
instituio que estipula os prazos de trabalho o cronograma fica redundante e desnecessrio.
Normalmente o cronograma usado para enviar projetos de pesquisa a instituies de
financiamentos.
Exemplo:
ATIVIDADES / PERODOS (ms) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Levantamento de literatura X 2 Montagem do Projeto X 3 Coleta de dados X X X 4 Tratamento dos dados X X X X 5 Elaborao do Relatrio Final X X X 6 Reviso do texto X 7 Entrega do trabalho X
3.3.7 Recursos
Normalmente as monografias, as dissertaes e as teses acadmicas no necessitam que
sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos somente sero includos quando o Projeto
for apresentado para uma instituio financiadora de Projetos de Pesquisa.
Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de
Consumo e Pessoal, sendo que esta diviso vai ser definida a partir dos critrios de organizao
de cada um ou das exigncias da instituio onde est sendo apresentado o Projeto.
-
26
3.3.7.1 Material permanente
So aqueles materiais que tm uma durabilidade prolongada. Normalmente definido
como bens durveis que no so consumidos durante a realizao da pesquisa.
Pode ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc.
Exemplo:
ITEM CUSTO (R$) Computador 1.700,00 Impressora 500,00 Scanner 400,00 Mesa para o computador 300,00 Cadeira para a mesa 200,00
TOTAL: 3.100,00
3.3.7.2 Material de Consumo
So aqueles materiais que no tm uma durabilidade prolongada. Normalmente
definido como bens que so consumidos durante a realizao da pesquisa.
Pode ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc.
Exemplo:
Qtde. ITEM UNITRIO CUSTO (R$) 10 Caixa de disquete para computador 10,00 100,00 10 Resma de papel tipo A4 20,00 200,00 10 Cartucho de tinta para impressora 65,00 650,00
TOTAL: 950,00
3.3.7.3 Pessoal
a relao de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos.
-
27
Exemplo:
ITEM CUSTO MENSAL CUSTO TOTAL(R$) (10 meses)
1 estagirio pesquisador 500,00 5.000,00 1 digitador 200,00 2.000,00 1 revisor 2.000,00 Impostos incidentes (hipottico) 4.000,00
TOTAL: 700,00 13.000,00
3.3.8 Estrutura de apresentao de um projeto
Parte pr-textual Capa Folha de rosto Sumrio
Parte textual
1 Introduo (obrigatrio) 2 Problema (obrigatrio) 3 Hiptese (obrigatrio) 4 Objetivos (obrigatrio) 5 Justificativa (obrigatrio) 6 Metodologia (obrigatrio) 7 Cronograma (caso haja necessidade) 8 Recursos (caso haja necessidade)
8.1 Material permanente 8.2 Material de consumo 8.3 Pessoal
Parte ps-textual
Referncias (obrigatrio) Glossrio (no obrigatrio) Anexo(s) (no obrigatrio) Apndice(s) (no obrigatrio)
3.4 Esquema do Trabalho
Concludo o Projeto, o pesquisador elaborar um Esquema do Trabalho que uma
espcie de esboo daquilo que ele pretende inserir no seu Relatrio Final da pesquisa. O
Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaborao do texto final. Por se tratar de um
esboo este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho.
Quando conseguimos dividir o tema genrico em pequenas partes, ou sees, poderemos redigir
sobre cada uma das partes, facilitando significativamente a redao do texto.
-
28
Depois de concludo todo o trabalho da pesquisa, este Esquema ir se tornar no
Sumrio do trabalho final.
Exemplo:
Ttulo - Educao da mulher: a perpetuao da injustia Introduo 1 Histrico do papel da mulher na sociedade 1.1 Na pr-histria
1.2 Na antiguidade 1.3 Na idade moderna
2 A influncia religiosa 2.1 As religies crists 2.1.1 Catlicas 2.1.2 Evanglicas
2.2 Muulmana 2.3 Esprita 2.4 Judaica 2.5 Outras
3 O processo de educao 3.1 Em casa 3.2 Na escola 4 O papel da mulher na famlia 4.1 A questo da maternidade 4.2 Direitos e deveres 4.3 A moral da famlia 4.4 Casamento 4.5 A violncia 5 A viso masculina Concluso
3.5 Coleta de dados
A coleta de dados efetivada atravs dos instrumentos de coletas de dados (ver seo 4,
pgina 36).
Toda e qualquer informao contida na parte do desenvolvimento deve ter indicao de
sua origem, atravs das citaes. A origem da informao pode ser um texto de um artigo de
revista, jornal, site de Internet ou de um livro; pode ser a informao prestada por algum; pode
-
29
ser o resultado de anlise de algum questionrio, ou pode ser fruto de observaes feitas pelo
autor da pesquisa.
As informaes so inseridas atravs das citaes (ver seo 6, pgina 53).
3.6 Elaborao do relatrio final
O Relatrio Final o documento que registra todo o trabalho de pesquisa do estudante.
Este documento deve seguir as regras emanadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas
ABNT.
Aprender elaborar este Relatrio Final o objetivo principal da realizao deste trabalho
Metodologia Cientfica: manual para elaborao de monografias.
3.6.1 Paginao (NBR 6024 e NBR 14724)
- As pginas so numeradas seqencialmente em algarismos arbicos, colocados no canto
superior direito, a 2 cm. da borda superior e da borda direita da folha.
- A contagem das folhas inicia-se a partir da Folha de Rosto.
- A numerao s colocada a partir da primeira folha da parte textual.
3.6.2 Formato
1 - Papel formato A-4 (210 X 297 mm) - branco
2 - Margens:
Superior: 3,0 cm
Inferior: 2,0 cm
Esquerda: 3,0 cm
Direita: 2,0 cm
3 Tamanho da letra no texto: 12
4 - Espao entrelinhas: 1,5
-
30
5 Espaamento entrelinhas nas citaes longas: simples
6 Espao entre sees secundrias, tercirias etc. (2.1 para 2.2 ou 3.2.1 para 3.2.2, por
exemplo) 2 vezes espao 1,5 ou 3 centmetros
7 Tamanho da letra nas citaes longas: menor do que 12
8 Tamanho de letra nas notas de rodap: 10
9 Tamanho de letra nas legendas: 10
10 Mudando-se de Captulo, ou seo primria, muda-se tambm de pgina.
3.7 Da orientao apresentao pblica do trabalho de pesquisa
Os critrios para orientao e apresentao do trabalho de pesquisa mudam de instituio
para instituio e de coordenao para coordenao. O que apresentado aqui uma proposta
para servir de base para reflexo.
3.7.1 Orientao de Trabalho de Concluso de Curso
Cabe ao estudante escolher seu orientador de pesquisa.
O orientador e o estudante devem ter um bom relacionamento e um bom entendimento.
Caso o estudante e seu orientador no estejam travando uma relao de dilogo
satisfatria pode, qualquer das partes, solicitar o fim do trabalho de orientao e o estudante deve
procurar outro orientador. Esta mudana deve ser comunicada Coordenao.
permitido que o estudante opte tambm por um co-orientador ou outro professor
qualquer para auxili-lo em seu trabalho de pesquisa. No entanto, a responsabilidade primordial
da orientao do professor escolhido pelo estudante para exercer este papel. Alguns
orientadores, por questes de mtodo, no gostam que seu orientando tenha um co-orientador.
Por isso, antes de optar por um co-orientador interessante que o estudante converse com seu
orientador. Na verdade a indicao de um co-orientador tem mais um carter simblico.
O orientador no pode ser considerado co-autor do trabalho de pesquisa do estudante.
Toda e qualquer afirmao contida no texto de responsabilidade do autor do trabalho. Cabe ao
orientador question-lo sobre tais afirmaes.
-
31
O orientador deve estimular o estudante em seu trabalho de pesquisa para que ele
produza no mximo do seu potencial. Alm disso, deve: sugerir leituras sobre o tema; releituras
do que o estudante escreveu; questionar afirmaes feitas; apontar incoerncias ou afirmaes
equivocadas e, provocar o estudante para que ele no desanime.
O orientador deve tomar o cuidado de no aceitar uma quantidade de orientandos que no
possa atend-los. A quantidade, no entanto, fica a critrio do mtodo de trabalho de cada
professor.
3.7.2 A Banca Examinadora
O estudante deve escolher os componentes da banca examinadora do seu trabalho de
pesquisa que deve constar de, no mnimo, dois professores.
Quando o orientador autoriza a entrega do trabalho final para a banca o trabalho
considerado aprovado por ele.
O trabalho deve ser entregue aos componentes da Banca com antecedncia suficiente
para que os examinadores tenham tempo hbil para uma anlise crtica do trabalho.
O papel da Banca o de analisar o trabalho do estudante para que este, numa etapa
posterior, possa evoluir no aprofundamento da questo trabalhada na atual pesquisa. No cabe a
banca analisar o trabalho de orientao, mas o desempenho do estudante.
Cabe ressaltar a posio delicada, tanto do orientador do trabalho de pesquisa, como da
anlise da banca, no que se refere avaliao do estudante. No curso de graduao a
possibilidade maior a de que o trabalho de pesquisa seja o primeiro a ser apresentado pelo
estudante. Sendo assim, os professores envolvidos no processo de avaliao precisam ter a
sensibilidade de no criar traumas nos estudantes, para que eles possam prosseguir estimulados
em posteriores trabalhos de pesquisa. No se pode esperar de um estudante de graduao
apresente um trabalho de pesquisa com uma qualidade de um trabalho de doutorado. provvel
que nos cursos de graduao o estudante esteja realizando seu primeiro trabalho de pesquisa.
Uma exigncia rigorosa, neste nvel, pode estar impedindo o progresso de boas cabeas
pensantes. No podemos esquecer que algum que quer aprender a tocar violo no pode iniciar
tocando uma pea de Vila-Lobos. Para chegar l ele deve iniciar com msicas mais simples e ir
aumentando aos poucos a dificuldade.
-
32
3.7.3 Avaliao do trabalho
A avaliao do trabalho tem seu cerne no orientador da pesquisa. este que determinar
se o trabalho tem qualidade suficiente para ser apresentado Banca Examinadora. Caso algum
componente da Banca considere o trabalho insuficiente deve entrar em contato com o orientador,
antes da apresentao solene, e apresentar as razes de sua recusa do trabalho. O orientador deve
solicitar ao estudante que reformule as questes levantadas pelo componente da Banca.
O estudante s poder apresentar seu trabalho caso nenhum componente da Banca crie
algum obstculo para isso. Ao chegar o momento da apresentao o estudante est aprovado
(caso no seja detectada nenhuma fraude na elaborao) e o que ser determinado ser o grau
recebido pelo estudante no seu trabalho de pesquisa.
3.7.3.1 Sugesto de itens para avaliar
Avaliao do trabalho por parte dos professores
a Em relao ao texto
- Introduo expondo o projeto e apresentao do trabalho; - Coerncia do contedo com o tema do trabalho; - Singularidade do tema trabalhado; - Cumprimento das regras gramaticais; - Fluncia, coerncia e qualidade da redao; - Rigor das citaes; - Concluso criativa e coerente com o trabalho.
b Em relao ao
trabalho de pesquisa
- Coerncia das fontes pesquisadas com os objetivos do trabalho de pesquisa; - Riqueza e atualidade das fontes pesquisadas; - Coerncia no projeto do trabalho; - Riqueza dos procedimentos metodolgicos; - Harmonia no desenvolvimento das sees; - Criatividade da concluso.
c Na apresentao do
trabalho
- Segurana na apresentao do trabalho; - Organizao lgica da apresentao; - Domnio do assunto; - Recursos utilizados; - Tempo de apresentao; - Postura profissional.
c Normas
- Presena de elementos obrigatrios; - Estrutura e paginao correspondendo s regras; - Cumprimento das normas para citaes; - Referncias nas normas brasileiras; - Relao entre as citaes e as referncias.
-
33
3.7.4 A apresentao (defesa) do trabalho
Embora no existam regras de apresentao de um trabalho de pesquisa, o que temos
percebido na prtica acadmica so as normas a seguir:
a O orientador, como presidente da seo, apresenta o estudante, expe para ele
(estudante) as normas de apresentao e, caso seja necessrio, apresenta alguma particularidade
na execuo da orientao;
b O estudante tem, no mximo, vinte minutos para expor o seu trabalho, sem interrupes
por parte de nenhum dos presentes;
- O estudante deve mostrar a razo da escolha deste tema para pesquisa;
- apresentar os objetivos da pesquisa;
- descrever sua metodologia;
- explicar, sucintamente o desenvolvimento de seu trabalho (todos os
componentes da Banca j leram o contedo do trabalho) e,
- apresentar as concluses a que chegou;
Observao: Como comum o nervosismo na hora da apresentao, recomenda-se que o
estudante leve gua para molhar a boca, prepare um roteiro numa folha de papel para consultar,
caso d branco.
c Cada componente da Banca tem, no mximo, dez minutos para expor sua anlise do
trabalho e no deve ser interrompido pelos demais componentes da Banca, pelo estudante ou
pelas demais pessoas presentes na apresentao;
d Enquanto a Banca apresenta sua anlise o estudante deve anotar as observaes feitas e
respond-las aps o trmino da anlise do ltimo componente de Banca. O estudante ter mais
dez minutos, no mximo, para responder os questionamentos feitos pelos componentes da
Banca;
e Aps o trmino das respostas do estudante, este ser convidado a se retirar do recinto,
juntamente com todas as outras pessoas que no fizerem parte da Banca;
f A Banca, em seo secreta, avaliar o contedo do trabalho e sua apresentao;
g Aps a concluso da discusso dos componentes da Banca sobre o grau auferido ao
trabalho do estudante, este ser convidado a retornar ao recinto, juntamente com os demais
presentes, e ser lida, solenemente, a Ata de Apresentao do Trabalho pelo presidente da Banca
e orientador do estudante.
-
34
3.7.5 Entrega do trabalho ao Coordenador do curso
Caso haja alguma exigncia de modificao do trabalho, por parte do estudante, este ter
10 dias para fazer as alteraes e entregar o trabalho final ao seu orientador, juntamente com o
trabalho gravado em CD.
O orientador far a seguir a entrega do trabalho escrito do estudante, do CD e da Ata de
Apresentao do Trabalho ao coordenador do curso.
O lanamento da nota do estudante no sistema est vinculado ao recebimento de todo
material por parte do Coordenador do curso.
-
35
3.8 Resumo dos passos de um trabalho de pesquisa:
P
E
S
Q
U
I
S
A
1 Escolha do tema.
Fatores Internos.
- Afetividade em relao a um tema ou alto grau de interesse pessoal. - Tempo disponvel para a realizao do trabalho de pesquisa. - O limite da capacidade do pesquisador em relao ao tema pretendido.
Fatores Externos.
- A significao do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadmicos e sociais. - O limite de tempo disponvel para a concluso do trabalho. - Material de consulta e dados necessrios ao pesquisador.
2 Levantamento de fontes.
- Determinar locais de coletas. - Registrar documentos. - Organizar material levantado.
3 Elaborao do projeto
Determinar o Problema da pesquisa.
Marco referencial do processo de pesquisa.
Estipular a Hiptese para o Problema.
Resposta hipottica ao problema levantado.
Determinar os Objetivos. Meta do trabalho e delimitao do tema.
Esclarecer a Justificativa. Explicao do porque ter escolhido esse tema e optado por esses autores.
Explicar a Metodologia. Explicao minuciosa da utilizao dos instrumentais de coleta de dados.
4 Elaborao do esquema do trabalho
Estipular sobre quais tpicos ser desenvolvido o Relatrio Final.
5 Coleta de dados Transcrever para o trabalho as informaes colhidas nos instrumentos de coleta de dados.
Instrumentais de coleta de dados: - observao; - entrevista; - questionrio e, - anlise de contedo
6 Elaborao do relatrio final (Os asteriscos indicam que o elemento obrigatrio)
Organizar a Parte Pr-Textual de acordo com as normas da ABNT.
- capa* - folha de rosto* - folha de aprovao* - dedicatria - agradecimentos - epgrafe - resumo em lngua portuguesa* - resumo em lngua estrangeira* - lista de ilustraes - lista de tabelas - lista de abreviaes e siglas - sumrio*
Organizar o texto da Parte Textual de acordo com as normas da ABNT.
- introduo* - desenvolvimento (as sees ou os captulos)* - concluso*
Organizar o texto da Parte Ps-Textual de acordo com as normas da ABNT.
- referncias* - glossrio - anexo(s) - apndice(s)
7 Apresentao pblica do trabalho de pesquisa
-
36
4 Instrumentos de Coletas de Dados
Os instrumentos de coleta de dados podem ser:
- Questionrio
- Entrevista
- Observao
- Anlise de contedo
4.1 Questionrio
O Questionrio, numa pesquisa, um instrumento ou programa de coleta de dados. Se
sua confeco feita pelo pesquisador, seu preenchimento realizado pelo informante.
A linguagem utilizada no questionrio deve ser simples e direta para que o respondente
compreenda com clareza o que est sendo perguntado. No recomendado o uso de grias, a no
ser que se faa necessrio por necessidade de caractersticas de linguagem do grupo (grupo de
surfistas, por exemplo).
Todo questionrio a ser enviado deve passar por uma etapa de pr-teste, num universo
reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de formulao.
4.1.1 Contedo de um questionrio
a Carta Explicao
A Carta Explicao deve conter:
A proposta da pesquisa;
Instrues de preenchimento;
Instrues para devoluo;
Incentivo para o preenchimento;
- Agradecimento.
-
37
b Itens de Identificao do Respondente
Para que as respostas possam ter maior significao interessante no
identificar diretamente o respondente com perguntas do tipo NOME, ENDEREO, TELEFONE
etc., a no ser que haja extrema necessidade, como para selecionar alguns questionrios para uma
posterior entrevista (trataremos das tcnicas de entrevistas posteriormente).
4.1.2 Tipos de questes
a Itens sim-no, certo-errado e verdadeiro-falso
Trabalha? ( ) Sim ( ) No
b Respostas livres, abertas ou curtas
Bairro onde mora: ______________________________
c Itens de mltipla escolha
Renda Familiar:
( ) Menos de 1 salrio mnimo
( ) 1 a 3 salrios mnimos
( ) 4 a 6 salrios mnimos
( ) 7 a 11 salrios mnimos
( ) Mais de 11 salrios mnimos
d Questes mistas.
Quem financia seus estudos?
( ) Pai ou me
( ) Outro parente
( ) Outra pessoa
( ) O prprio estudante
Outro: _____________________________________
-
38
4.2 Entrevista
Observaes iniciais:
necessrio ter um plano para a entrevista para que, no momento em que ela esteja sendo
realizada, as informaes necessrias no deixem de ser colhidas.
As entrevistas podem ter o carter exploratrio ou ser de coleta de informaes. Se a de
carter exploratrio relativamente estruturada, a de coleta de informaes altamente
estruturada.
4.2.1 Sugestes de planejamento
a Quem deve ser entrevistado
Procure selecionar pessoas que realmente tm o conhecimento necessrio para satisfazer
suas necessidades de informao.
b Plano da entrevista
Prepare com antecedncia as perguntas a serem feitas ao entrevistado e a ordem em que
elas devem acontecer.
c Pr-teste
Procure realizar uma entrevista com algum que poder fazer uma crtica de sua postura
antes de se encontrar com o entrevistado de sua escolha.
d Diante do entrevistado
Estabelea uma relao amistosa e no trave um debate de idias.
No demonstre insegurana ou admirao excessiva diante do entrevistado para que isto
no venha prejudicar a relao entre entrevistador e entrevistado.
Deixe que as questes surjam naturalmente, evitando que a entrevista assuma um carter
de uma inquisio ou de um interrogatrio policial, ou ainda que a entrevista se torne um
"questionrio oral".
Seja objetivo, j que entrevistas muito longas podem se tornar cansativas para o
entrevistado.
Procure encorajar o entrevistado para as respostas, evitando que ele se sinta falando
sozinho.
-
39
V anotando as informaes do entrevistado, sem deixar que ele fique esperando sua
prxima indagao, enquanto voc escreve.
Caso use um gravador, no deixe de pedir sua permisso para tal. Lembramos que o uso
do gravador pode inibir o entrevistado.
e Relatrio
Mesmo tendo gravado procure fazer um relatrio o mais cedo possvel.
4.3 Observao
4.3.1 Sugestes para uma observao satisfatria
a Conhecimento prvio do que observar
Antes de iniciar o processo de observao, procure examinar o local.
Determine que tipos de fenmenos merecero registros.
b Planejamento de um mtodo de registro
Crie, com antecedncia, uma espcie de lista ou mapa de registro de fenmenos. Procure
estipular algumas categorias dignas de observao.
c Fenmenos no esperados
Esteja preparado para o registro de fenmenos que surjam durante a observao, que no
eram esperados no seu planejamento.
d Registro fotogrfico ou vdeo
Para realizar registros iconogrficos (fotografias, filmes, vdeos etc.), caso o objeto de sua
observao sejam indivduos ou grupos de pessoas, prepare-os para tal ao. Eles no devem ser
pegos de surpresa.
e Relatrio
Procure fazer um relatrio o mais cedo possvel.
-
40
4.4 Anlise de Contedo
Os documentos, como fonte de pesquisa, podem ser primrios ou secundrios.
As fontes primrias so os documentos que geraro anlises para posterior criao de
informaes. Podem ser decretos oficiais, fotografias, cartas, artigos etc.
As fontes secundrias so as obras nas quais as informaes j foram elaboradas (livros,
apostilas, teses, monografias etc., por exemplo).
4.4.1 Sugestes para anlise de documentos
a Locais de coletas
Determine com antecedncia que bibliotecas, agncias governamentais ou particulares,
instituies, indivduos ou acervos devero ser procurados.
b Registro de documentos
Esteja preparado para copiar os documentos, seja atravs de xerox, fotografias ou outro
meio qualquer.
c Organizao
Separe os documentos recolhidos de acordo com os critrios de sua pesquisa.
4.4.2 A Internet
A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-se de uma rede mundial
de comunicao via computador, onde as informaes so trocadas livremente entre todos.
Sem dvida, a Internet representa uma revoluo no que concerne troca de informao.
A partir dela, todos podem informar a todos. Mas, se ela pode facilitar a busca e a coleta de
dados, ao mesmo tempo oferece alguns perigos; na verdade, as informaes passadas por essa
rede no tm critrios de manuteno de qualidade da informao.
Explicando melhor: qualquer um pode colocar sua "Homepage" (ou sua Pgina) na rede.
Vamos supor que um indivduo coloque sua pgina na "net" (rede) e o objetivo desta pgina seja
-
41
falar sobre a Histria do Brasil: ele pode perfeitamente, sem que ningum o impea, dizer que
o Brasil foi descoberto "por Diogo da Silva, no ano de 1325". Sendo assim, devemos levar em
conta que toda e qualquer informao colhida na Internet dever ser confirmada antes de
utilizada.
4.4.3 Fichamentos
O Fichamento uma parte importante na organizao para a efetivao da pesquisa de
documentos. Ele permite um fcil acesso aos dados fundamentais para a concluso do trabalho.
Os registros e a organizao das fichas dependero da capacidade de organizao de cada
um. Os registros no so feitos necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de cartolina
pautada. Podem ser feitos em folhas de papel comum ou, mais modernamente, em qualquer
programa de banco de dados de um computador. O importante que elas estejam bem
organizadas e de acesso fcil para que os dados no se percam.
Existem trs tipos bsicos de fichamentos: o fichamento bibliogrfico, o fichamento de
resumo ou contedo e o fichamento de citaes.
a Ficha Bibliogrfica
a descrio, com comentrios, dos tpicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.
Educao da Mulher: a Perpetuao da Injustia (1)
Histrico do Papel da Mulher na Sociedade (2) Na Idade moderna (3) 2.3 (4)
TELES, Maria Amlia de Almeida. Breve histria do feminismo no Brasil. So Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo Histria, 145). Insere-se no campo do estudo da Histria e da Antropologia Social. A autora se utiliza de fontes secundrias, colhidas atravs de livros, revistas e depoimentos. A abordagem descritiva e analtica. Aborda os aspectos histricos da condio feminina no Brasil a partir do ano 1500 de nossa era. Alm da evoluo histrica da condio feminina, a autora desenvolve alguns tpicos especficos da luta das mulheres pela condio cidad. Conclui fazendo uma anlise de cada etapa da evoluo histrica feminina, deixando expressa sua contradio ao movimento ps-feminista, principalmente s idias de Camile Paglia. No final da obra faz algumas indicaes de leituras sobre o tema Mulher. (5)
-
42
Observao: Neste e nos outros exemplos de Fichas os nmeros entre parnteses representam
o que est explicado abaixo:
(1) - Ttulo do trabalho (*).
(2) - Seo primria do trabalho (*).
(3) - Seo secundria ou terciria do trabalho, se houver (*).
(4) - Numerao da seo a que se refere o fichamento (*).
(5) - Comentrios ou anotaes do pesquisador sobre a obra registrada.
(*) conforme expresso no exemplo da seo 3.4, pgina 28, deste trabalho.
b Ficha de Resumo ou Contedo
uma sntese das principais idias contidas na obra. O pesquisador
elabora esta sntese com suas prprias palavras, no sendo necessrio seguir a estrutura da obra.
Educao da Mulher: a Perpetuao da Injustia
Histrico do Papel da Mulher na Sociedade Na Idade moderna 2.3
TELES, Maria Amlia de Almeida. Breve histria do feminismo no Brasil. So Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo Histria, 145). O trabalho da autora baseia-se em anlise de textos e na sua prpria vivncia nos movimentos feministas, como um relato de uma prtica. A autora divide seu texto em fases histricas compreendidas entre Brasil Colnia (1500-1822), Imprio (1822-1889), Repblica (1889-1930), Segunda Repblica (1930-1964), Terceira Repblica e o Golpe (1964-1985), o ano de 1968, Ano Internacional da Mulher (1975), alm de analisar a influncia externa nos movimentos feministas no Brasil. Em cada um desses perodos lembrado os nomes das mulheres que mais se sobressaram e suas atuaes nas lutas pela libertao da mulher. A autora trabalha ainda assuntos como as mulheres da periferia de So Paulo, a participao das mulheres na luta armada, a luta por creches, violncia, participao das mulheres na vida sindical e greves, o trabalho rural, sade, sexualidade e encontros feministas. Depois de suas concluses onde, entre outros assuntos tratados, faz uma crtica ao ps-feminismo defendido por Camile Paglia, indica alguns livros para leitura.
Observao: Existem dois tipos de resumos:
a) Informativo: so as informaes especficas contidas no documento. Nesta ficha
pode-se relatar sobre objetivos, mtodos, resultados e concluses. Sua preciso pode substituir a
leitura do documento original.
b) Indicativo: so descries gerais do documento, sem entrar em detalhes da obra
analisada (o exemplo acima refere-se a um resumo indicativo).
-
43
c Ficha de Citaes
a reproduo fiel das frases que se pretende usar como citao na
redao do trabalho.
Educao da Mulher: a Perpetuao da Injustia
Histrico do Papel da Mulher na Sociedade Na Idade moderna 2.3
TELES, Maria Amlia de Almeida. Breve histria do feminismo no Brasil. So Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo Histria, 145). "Uma das primeiras feministas do Brasil, Nsia Floresta Brasileira Augusta, defendeu a abolio da escravatura, ao lado de propostas como a educao e a emancipao da mulher e a instaurao da Repblica." (p. 30). Sou neta, sobrinha e irm de general (...) Aqui nesta casa foi fundada a Camde. Meu irmo, Antnio Mendona Molina, vinha trabalhando h muito tempo no Servio Secreto do Exrcito contra os comunistas. Nesse dia, 12 de junho de 1962, eu tinha reunido aqui alguns vizinhos, 22 famlias ao todo. Era parte de um trabalho meu para a parquia Nossa Senhora da Paz. Nesse dia o vigrio disse assim: Mas a coisa est preta. Isso tudo no adianta nada porque a coisa est muito ruim e eu acho que se as mulheres no se meterem, ns estaremos perdidos. A mulher deve ser obediente. Ela intuitiva, enquanto o homem objetivo. (AMLIA MOLINA BASTOS apud TELES, p. 54). "Na Justia brasileira, comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a alegao de defesa de honra." (p. 132).
-
44
5 Estrutura de Apresentao do Trabalho
Estrutura Elemento
Pr-textuais
- capa - folha de rosto - folha de aprovao - dedicatria (*) - agradecimentos (*) - epgrafe (*) - resumo em lngua portuguesa - resumo em lngua estrangeira - lista de ilustraes (*) - lista de tabelas (*)
- lista de abreviaes e siglas (*) - sumrio
Textuais
- introduo - desenvolvimento - concluso
Ps-textuais
- referncias - glossrio (*) - anexo(s) (*) - apndice(s) (*)
Fonte: (NBR 14724, seo 4, tabela 1)
(*) - Elementos adicionados de acordo com as necessidades (opcionais). Os demais elementos so obrigatrios.
Modelo de estrutura de
um trabalho completo:
-
45
5.1 Capa
Deve conter:
- Nome da Instituio (opcional)
- Nome do autor
- Ttulo (e subttulo) do trabalho
- Se houver mais de um volume, a especificao do respectivo volume.
- Cidade e ano de concluso do trabalho
Observao: A Associao Brasileira de Normas Tcnicas no determina a disposio destes dados na folha. Esta distribuio deve ser definida pelo professor ou pela Instituio, para uniformizao dos trabalhos acadmicos.
Jos Luiz de Paiva Bello
Educao da Mulher: a perpetuao da injustia
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - UVA
Rio de Janeiro 2009
-
46
5.2 Folha de Rosto
Deve conter: as mesmas informaes contidas na Capa e as informaes
essenciais da origem do trabalho
Exemplos de informaes essenciais sobre a origem do trabalho:
Trabalho apresentado para avaliao do rendimento escolar na disciplina Metodologia
Cientfica, do curso de Pedagogia, com habilitao em Administrao Escolar, do Centro
Pedaggico, da Universidade Federal do Esprito Santo, ministrada pelo professor Joo da Silva.
Monografia apresentada como pr-requisito de concluso do curso de Pedagogia, do
Centro Pedaggico, da Universidade Federal do Esprito Santo, tendo como orientadora a
professora Maria da Silva.
Jos Luiz de Paiva Bello
Educao da Mulher: a perpetuao da injustia
Monografia apresentada, como pr-requisito de concluso do curso de Pedagogia, com habilitao em Gesto Escolar, ao Instituto de Cincias Humanas e Sociais, da Faculdade de Educao, da Universidade Veiga de Almeida, orientada pela Professora Maria da Silva.
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - UVA
Rio de Janeiro 2009
-
47
5.3 Folha de aprovao
Deve conter:
- Nome do autor
- Ttulo do trabalho e subttulo (se houver subttulo)
- Natureza
- Objetivo
- Nome da instituio
- rea de concentrao
- Data da aprovao
- Nome, titulao, assinatura dos componentes da banca e as instituies a que
pertencem.
Jos Luiz de Paiva Bello
Educao da Mulher: a perpetuao da injustia
Monografia apresentada, como pr-requisito de concluso do curso de Pedagogia, com habilitao em Gesto Escolar, ao Instituto de Cincias Humanas e Sociais, da Faculdade de Educao, da Universidade Veiga de Almeida, orientada pela Professora Maria da Silva.
Data de aprovao: ___ de ________ de 20__
_____________________ Professor Jos da Silva
Doutor em Educao, UVA
_____________________ Professora. Maria dos Santos Mestre em Educao, UVA
_____________________ Professor Joo Machado
Doutor em Educao, UERJ
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA UVA Rio de Janeiro 2009
-
48
5.4 Dedicatria
- Tem a finalidade de se dedicar o trabalho a algum, como uma homenagem de gratido
especial. Este elemento dispensvel. Localiza-se no quadrante inferior direito da pgina.
(Veja a dedicatria no incio deste trabalho, como exemplo).
5.5 Agradecimento
- a revelao de gratido queles que contriburam na elaborao do trabalho. Tambm
um elemento dispensvel.
(Veja o exemplo no incio deste trabalho).
5.6 Epgrafe
- a citao de uma ou mais frases de um ou mais autores que expressem, de forma
consistente, o contedo do trabalho. A localizao fica a critrio da esttica do autor do trabalho.
Deve vir acompanhada do nome do autor da frase. Podem estar localizadas tambm nas folhas de
abertura das sees primrias. um elemento dispensvel.
(Veja o exemplo no incio deste trabalho).
5.7 Resumo em Lngua Portuguesa (NBR 6028)
- Texto (e no tpicos), em um s pargrafo, que represente um resumo conciso do
trabalho. No deve ultrapassar 500 palavras. um elemento obrigatrio.
-
49
5.8 Resumo em Lngua Estrangeira
- Traduo, para o ingls, espanhol ou francs, do resumo em lngua portuguesa. um
elemento obrigatrio.
5.9 Lista de Ilustraes
- Apresentada na ordem em que aparece no trabalho, com o nome da ilustrao e a pgina
onde se encontra. Caso haja mais de um tipo pode ser apresentado separadamente (fotografias,
grficos, tabelas etc.). um elemento opcional.
5.10 Lista de Abreviaes e Siglas
- Abreviaes e siglas apresentadas no texto, apresentada em ordem alfabtica. um
elemento opcional.
Exemplo:
ABED - Associao Brasileira de Educao a Distncia
ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas
ANDIFES - Associao Nacional dos Dirigentes de Instituies Federais de Ensino Superior.
ANPED - Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educao.
APM - Associao de Pais e Mestres.
5.11 Sumrio (NBR 6027)
"Enumerao das principais divises, sees e outras partes de um documento, na
mesma ordem em que a matria nele se sucede" (NBR 6027).
-
50
O ttulo de cada seo deve ser datilografado com o mesmo tipo de letra em que
aparece no corpo do texto. A indicao das pginas localiza-se direita de cada seo e
inserido apenas o nmero da pgina onde se inicia a indicao.
a Diviso de um Sumrio (NBR 6024)
1 Seo primria
1.1 Seo secundria
1.1.1 Seo Terciria
1.1.1.1. Seo Quaternria
1.1.1.1.1 Seo Quinria
2 Seo primria
a) alnea ou item;
- subalneas;
- subalneas;
- subalneas.
b) alnea ou item;
c) alnea ou item.
3 Seo primria
a) I .... Inciso
II ... Inciso
b) I .... Inciso
II ... Inciso
5.12 Texto
a parte onde todo o trabalho de pesquisa apresentado, desenvolvido e concludo.
O texto deve expor um raciocnio lgico, ser bem estruturado, com o uso de uma
linguagem simples, clara e objetiva.
-
51
5.12.1 Introduo
Na Introduo, o tema apresentado e esclarecido aos leitores como indicaes
de leitura do trabalho. como se fosse uma prvia do que o leitor ir encontrar ao ler o trabalho.
Por esse motivo, por ser uma espcie de orientao de leitura, a ltima tarefa a ser realizada no
trabalho. A Introduo s pode ser efetivada quando o autor concluir seu trabalho e poder guiar
o leitor na estruturao de sua obra.
Alm disso, na Introduo que o tema discutido pelo autor. a que as
hipteses a serem testadas so apresentadas de forma clara e objetiva. E ainda so apresentados
os objetivos do trabalho e a reviso de literatura deve referenciar as obras j trabalhadas sobre o
mesmo assunto. Deve-se tambm mencionar a importncia do trabalho, justificando sua
imperiosa necessidade de se realizar tal empreendimento e explicar minuciosamente toda a
metodologia adotada para se chegar s concluses.
5.12.2 Desenvolvimento do Texto
Desenvolvimento o nome que se d a parte do trabalho em que se encontram as
sees ou captulos.
No que se refere ao contedo do trabalho, esta parte quase uma compilao,
onde o autor ir se valer de citaes, anlises de entrevistas, resultados de observaes,
tabulaes de questionrios ou o tratamento de outro instrumental qualquer, para servir de
referncias na defesa de seu posicionamento.
5.12.3 Concluso
A concluso a parte onde o autor se coloca com liberdade cientfica, avaliando
os resultados obtidos, propondo solues e aplicaes prticas. nesta parte que o autor
confirmar ou negar a Hiptese criada para seu trabalho. Na Concluso o autor definir suas
concluses com suas prprias palavras, assumindo as responsabilidades por elas.
-
52
5.13 Referncias: (NBR 6023)
o conjunto de indicaes que possibilitam a identificao de documentos, publicaes,
no todo ou em parte. Os exemplos para elaborao das referncias esto expressos em Anexo a
este trabalho.
As obras so inseridas em ordem alfabtica de autor, em espao simples, alinhadas
esquerda e com dois espaos simples entre uma obra e outra.
5.14 Glossrio
a explicao dos termos tcnicos, verbetes ou expresses que constem do texto. Sua
insero opcional.
5.15 Anexos
todo material suplementar de sustentao ao texto, no elaborado pelo autor do trabalho
(um artigo, uma lei discutida no corpo do texto, pode-se colocar a grficos, tabelas, fotos,
gravuras etc.). No um elemento obrigatrio e o autor s acrescentar algum documento se
achar que h imperiosa necessidade disso e deve estar relacionada com o texto.
5.16 Apndices
todo material suplementar de sustentao ao texto, elaborado pelo autor do trabalho,
que complemente a obra sem que caiba no corpo do texto (itens do questionrio aplicado, roteiro
de entrevista ou observao, algum texto que complemente o contedo etc.). No um elemento
obrigatrio, no entanto recomenda-se que se insiram aqui os itens do questionrio aplicado, o
roteiro de entrevista ou os critrios de observao.
-
53
6 Organizao do Corpo do Texto
6.1 Citaes
Quando se quer transcrever o que um autor escreveu. (NBR 10520)
6.1.1 Citao Direta
a transcrio literal de parte da obra do autor consultado.
a) - Citao Direta Curta
So as citaes diretas com 3 linhas ou menos. Deve ser feita na continuao do
texto, entre aspas duplas. (NBR 10520, seo 5.2).
Exemplo:
Maria Ortiz, moradora da Ladeira do Pelourinho, em Salvador, que de sua janela jogou
gua fervendo nos invasores holandeses, incentivando os homens a continuarem a luta. Detalhe
pitoresco que na hora do almoo, enquanto os maridos comiam, as mulheres lutavam em seu
lugar. Este fato levou os europeus a acreditarem que o baiano ao meio dia vira mulher (MOTT,
1988, p. 13).
Ou:
Segundo Mott (1988, p. 13) os europeus acreditavam que o baiano ao meio dia vira
mulher em funo de que, na hora do almoo, as mulheres lutavam contra os invasores
holandeses enquanto seus maridos iam almoar.
Observao: MOTT - autora que faz a citao.
1988 - o ano de publicao da obra desta autora nas referncias.
p. 13 - refere-se ao nmero da pgina na obra onde o autor fez a citao.
-
54
b) - Citao Direta Longa
So as citaes diretas com mais de 3 linhas. As margens so recuadas direita
em 4 cm, em espao simples (ou 1) [O texto deve ser digitado em espao 1,5], com a letra menor
que a utilizada no texto e sem aspas.
top related