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MINISTÉRIO PÚBICO DO ESTADO DE MATO GROSSO36ª Promotoria de Justiça Cível da Comarca de Cuiabá
Defesa Do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO
DA VARA ESPECIALIZADA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO
POPULAR DE CUIABÁ-MT
SIMP nº 000077-023/2019
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO , pelos
Promotores de Justiça subscritores, no exercício de suas atribuições legais e
constitucionais, em especial a estampada no 127 e 129 da Constituição da
República, Lei nº 7.347-1985, e com suporte probatório nos autos de notícia de
fato acima apontada e cujos documentos discriminados no bojo da presente
instruem estes autos PJE, dirige-se a esse r. juízo e Vossa Excelência, para propor
a presente
AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE NULIDADE DE ATO JURÍDICO COM
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR E OUTROS
contra o ESTADO DE MATO GROSSO, pessoa jurídica de direito público interno,
representada por seu Procurador-Geral do Estado, com endereço na Avenida República
do Líbano, n.° 2258, Bairro Jardim Monte Líbano, Cuiabá-MT, CEP 78.048-196,
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MATO GROSSO, órgão público do Estado de
Mato Grosso, pela Messa Diretora, sem personalidade jurídica, porém com
personalidade judiciária na defesa de suas prerrogativas, representado por seu
Presidente, com endereço na Avenida André Antônio Maggi, n.º 06, Centro
Político Administrativo, Cuiabá-MT, CEP 78.049-901,
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de Mato Grosso, MAURO
MENDES FERREIRA brasileiro, casado, filho de Abadia Sena Mendes, inscrito no CPF sob
o n.º 304.362.301-00, podendo ser localizado na Rua das Mangabas, Quadra 01, Lote 01 02 16 17
453, Alphaville - Cuiabá 2, em Cuiabá/MT, CEP 78061-320, ou quem estiver no exercício do
cargo,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato
Grosso, GONÇALO DOMINGOS DE CAMPOS NETO, brasileiro, filho de Nilda Godoy
de Campos, inscrito no CPF sob o n.º 536.438.791-72, podendo ser localizado na Rua Marechal
Severiano de Queiroz, n.º 480, apartamento 480, Cuiabá/MT, CEP 78043-372, ou quem estiver
no exercício do cargo, e
GUILHERME ANTÔNIO MALUF, brasileiro, casado, Deputado Estadual em
SEDE DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DA CAPITAL, Av. Des. Milton Figueiredo Ferreira Mendes, s/nº, Setor "D", Centro Político Administrativo, CEP: 78049-928, Cuiabá/MT. Telefone (65) 3611-0600 1
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Mato Grosso, filho de Janette Mutran Maluf e de José Mikail Maluf, portador da cédula
de identidade n. 0008504-3 expedida pela SSP IMT, inseri to no Cadastro de Pessoas
Físicas do Ministério da Fazenda sob o n. 314.450.471-87, residente na Rua Adel Maluf,
nº 109, Bairro Jardim Mariana, Cuiabá/MT, pelos seguintes fatos e fundamentos de
direito:
DOS FATOS
Cinge-se a presente ação a buscar, in limine, a suspensão da nomeação e posse do
deputado estadual GUILHERME ANTÔNIO MALUF, indicado pela Assembleia
Legislativa de Mato Grosso para a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas do
Estado de Mato Grosso, e, no mérito a NULIDADE DE SUA INDICAÇÃO e,
eventualmente, de SUA POSSE no referido cargo vitalício, em razão de não
preencher os requisitos traçados pela Constituição do Estado de Mato Grosso e
dispositivos similares da Constituição da República.
Pois bem.
A vaga supra foi disponibilizada para indicação da AL/MT após julgamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade 1 proposta pela Associação Nacional dos
Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas – Audicon - , em
razão de emenda a Constituição do Estado de Mato Grosso nº 61, de 13/07/2011,
que alterou a redação do inciso IV, do §1º, do art. 49 e aditou o art. 46-A no Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias da Carta Maior Estadual.
Na ação supra, em 23/12/2014, “ad cautelam” o Ministro Ricardo Lewandowski,
suspendeu, com efeito “ex nunc”, a eficácia dos arts. 1º e 2º da Emenda
Constitucional 61; porém em razão da revogação dos dispositivos impugnados,
por meio da Emenda Constitucional Estadual nº 78/2017, o Supremo extinguiu a
ação de controle concentrado, conforme precedentes daquela corte.
1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4812&processo=4812
SEDE DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DA CAPITAL, Av. Des. Milton Figueiredo Ferreira Mendes, s/nº, Setor "D", Centro Político Administrativo, CEP: 78049-928, Cuiabá/MT. Telefone (65) 3611-0600 2
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Com o retorno do status a quo, a Assembleia Legislativa do Estado de Mato
Grosso abriu procedimento para o preenchimento da vaga retro.
Em 20/02/2019, veículos de comunicação noticiaram que, c om 13 votos favoráveis
e 8 contrários, o deputado estadual do PSDB, GUILHERME ANTÔNIO MALUF teve
seu nome avalizado para a vaga de Conselheiro do TCE/MT, dantes ocupada pelo
ex-deputado Humberto Bosaipo, conforme se vê da Resolução 6.253 da Mesa
Diretora, publicada em 21/02/2019 1, tendo sua indicação sido encaminhada para
a nomeação pelo Governador.
Contudo, é de conhecimento amplo e notório que em 17/08/2015 , o Grupo de
Atuação Especial contra o Crime Organizado - GAECO instaurou o Procedimento
Investigatório Criminal - PIC n. ° 07/2015/GAECO, que teve por objeto a apuração de
uma organização criminosa composta por particulares e agentes públicos destinada
à obtenção, em razão de função pública, de vantagens indevidas, que atuou, a
princípio, sobre contratos da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer
de Mato Grosso - SEDUC/MT, bem como a fraudou licitações, a princípio, da
SEDUC/MT.
As investigações da Operação Rêmora culminaram na dedução de denúncia cujo
dispositivo imputa 23 (vinte e três) crimes a GUILHERME ANTÔNIO MALUF e o
dá por incurso nas seguintes penas, conforme transcrição a seguir 2:
“incurso nas penas do art. 2°, caput, c.c. seu §§ 3° e 4°,II, ambos da Lei
n.º 12.850/2013 (fato 1); do art. 317, caput, por quatro vezes na
forma do art. 71, caput, ambos do Código Penal ( fato 3); do art. 317,
caput, por duas vezes na forma do art. 71, caput, ambos do Código
Penal (fato 7); do art. 317, caput, por duas vezes na forma do art. 71,
caput, ambos do Código Penal (fato 11); do art. 317, caput, por doze
vezes na forma do art. 69, caput, do Código Penal (fatos 2, 4, 5, 6, 8,
9, 10, 12, 13, 14, 16, 17); do art. 317, c.c. art. 14, 11, ambos do Código
Penal (fato 15); do art. 317, caput, por duas vezes na forma do art.
1 Diário oficial Eletrônico da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019 •ANO IV | N° 460 2 Vide denúncia juntada no PJE sob denominação “DENÚNCIA REMORA - GUILHERME MALUF E OUTROS - parte 1” a “DENÚNCIA REMORA - GUILHERME MALUF E OUTROS - parte 4”
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70, caput, in fine, ambos do Código Penal (fato 18); do art. 317, caput,
por duas vezes na forma do art. 69, ambos do Código Penal (fatos 18
e 19); do art. 317, caput, por duas vezes na forma do art. 71, caput,
ambos do Código Penal (fato 20); do art. 317, caput, do Código Penal
(fato 21); do art. 2°, :"1°1, da Lei n. ° 12.850/2013, por duas vezes na
forma do art. 69 do Código Penal (fatos 22 e 23); todos combinados na
forma do art. 69 do Estatuto Penal”
O recebimento da denúncia se deu por unanimidade pelo pleno do Tribunal de
Justiça; inclusive com 9 (nove) votos a favor do afastamento do denunciado do
cargo – vide a Ação Penal nº 0128660-39.2017.8.11.0000.
Demais disso, também é de conhecimento púbico que o indicado é médico por
formação e não possui formação acadêmica ou experiência que lhe atribuam
notoriedade de conhecimento jurídico, contábil, econômico e financeiro ou de
administração pública e, ainda, não possui mais de dez anos de exercício de
função ou de efetiva atividade profissional que exija estes conhecimentos;
requisitos constitucionais para a nomeação, posse e exercício do cargo vitalicio de
Conselheiro do Tribunal de Contas.
Fonte: https://www.eleicoes2014.com.br/guilherme-maluf/
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Aliás, durante os trabalhos de indicação e votação da Assembleia Legislativa do
MT, o próprio indicado afirmou o seguinte 1:
“Não sou detentor profundo de conhecimento jurídico e
orçamentário, mas reúno sim os quesitos necessários para ocupar
essa vaga”
Não bastassem as informações até aqui levadas ao conhecimento desse r. Juízo, o
deputado indicado e sabatinado pela AL-MT para o cargo de Conselheiro do TCE-
MT é alvo de processo no próprio Tribunal de Contas no qual almeja assento.
Na Representação de Natureza Interna, com pedido de medida Cautelar -
processo nº: 34.025-1/2018 do TCE-MT- figuram o Deputado Estadual Eduardo
Botelho, presidente da AL/MT e o indicado e nomeado para o cargo de
Conselheiro do TCE, enquanto 1º Secretário, Guilherme Antônio Maluf.
O processo analisa o Pregão Presencial nº 008/2018, Ata de Registro de Preços
nº 007/2018/ALMT e Contrato n 026/2018/SCCC/ALMT, firmado entre a
Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso com o Consórcio BLOCKTRIA,
o TCE.
De antemão, o TCE visualizou sobrepreço na aquisição de solução integrada de
segurança de rede; assinalando que o valor obtido pela Assembleia, no Pregão nº
08/2018 seris 12 (doze) vezes maior do que o obtido pela equipe técnica,
caracterizando um potencial sobrepreço para 05 (anos) no valor de R$
45.747.390,56 (quarenta e cinco milhões, setecentos e quarenta e sete mil,
trezentos e noventa reais e cinquenta e seis centavos), e pagamento de R$
2.140.741,30 (dois milhões, cento e quarenta mil, setecentos e quarenta e um
reais e trinta centavos), que indicou em superfaturamento de R$ 1.978.790,72
(um milhão, novecentos e setenta e oito mil, setecentos e noventa reais e setenta e
dois centavos).
1http://www.unicanews.com.br/politica/com-13-votos-a-favor-e-08-contra-maluf-oficializado-como-indicado-ao-tce/35923
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O TCE decidiu-se pela conversão do processo em Tomada de Contas 1.
Desta forma, comprovado está que pairam mais do que dúvidas razoáveis sobre a
idoneidade do indicado pela AL-MT para a vaga aqui tratada.
E, enfim, Excelência, há de se anotar que a relevância das funções do Tribunal de
Contas sobreleva a importância das regras relativas à escolha de seus futuros
membros, que deve atender aos princípios da legalidade, moralidade, finalidade e
publicidade, razão pela qual este órgão do Ministério Público instaurou o feito
destacado na testilha, e, não resta alternativa senão socorrer-se do Poder
Judiciário para evitar e corrigir esta grave falha da Assembleia Legislativa e,
eventualmente, do Governo do Estado de Mato Grosso e do Tribunal de Contas
Estadual, por, respectivamente, nomear e dar posse ao indicado Guilherme
Antônio Maluf.
DO DIREITO
O artigo 37 “caput”, da Constituição da República e o artigo 129 “caput”, da
Constituição do Estado de Mato Grosso dispõem que Administração Pública
direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios devem pautar-se pelos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Desta forma, a presente ação vem respaldada no exercício de tutela dos princípios
constitucionais da Administração Pública, haja vista que a ausência de melhor
delineamento legal para a indicação da Assembleia Legislativa de membros do
TCE/MT afronta aos princípios constitucionais e, também, desatende os
requisitos para ascensão ao cargo vitalício de Conselheiro do Tribunal de Contas,
segundo a Carta Estadual.
In casu, é importante ressaltar que o Tribunal de Contas desempenha papel
fundamental para o equilíbrio do Estado de Direito e o controle social apoia-se1 Vide processo TCE incluso no PJE.
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em órgãos dotados de legitimidade e autonomia constitucional.
De consequência, somente dotado de membros legitimados, o Tribunal de Contas
oferecerá à sociedade um julgamento objetivo e imparcial, fundamentado em
bases técnicas, sobre aplicação dos recursos públicos; exercendo um controle
externo aliado dos bons gestores, combatendo a ineficiência, a improbidade e as
ilicitudes que, não poucas vezes, permeiam as contas públicas.
Neste contexto, quanto ao procedimento de indicação, nomeação e requisitos dos
membros do Tribunal de Contas, a Constituição do Estado de Mato Grosso, em
seu artigo 49, dispõe o quanto segue:
Art. 49 - O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete
Conselheiros, tem sede na Capital, quadro próprio de pessoal e
jurisdição em todo o território estadual, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no Art. 46, desta Constituição.
§ 1º - Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão nomeados pelo
Governador do Estado, com aprovação prévia da Assembleia Legislativa,
dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
I - mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notório conhecimento jurídico, contábil, econômico e
financeiro ou de administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva
atividade profissional que exija os conhecimentos
mencionados no inciso anterior.
§ 2º - Os Conselheiros do Tribunal de Contas Estado serão escolhidos:
I - três pelo Governador do Estado, com aprovação da Assembleia
Legislativa, sendo um da sua livre escolha e dois, alternadamente,
dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de
antiguidade e merecimento;
II - quatro pela Assembleia Legislativa. (Redação dada aos incisos I e II
pela EC 6/93)
§ 3º - O auditor, quando em substituição a Conselheiro, terá as mesmas
garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais
atribuições da judicatura, as de Juiz de Entrância Especial. (Parágrafo
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acrescido pela EC 6/93) – Destacado.
No caso dos autos, como exposto na narrativa fática, o deputado estadual
GUILHERME ANTÔNIO MALUF é médico por formação acadêmica e, fora esta
atividade, é deputado estadual e não possui mais de dez anos de exercício de
função ou de efetiva atividade profissional que exija estes conhecimentos exigidos
pela Carta Maior do Estado.
Demais disso, o indicado figura como réu em ação penal pública, pela prática, em
tese, de vinte e três crimes graves – além de ser alvo de outras investigações,
conforme certidão inserta no PJE 1.
Sobreleva relembrar que o recebimento de uma denúncia por um colegiado
qualificado de um Tribunal, após direito de defesa concedido ao réu, constitui um
plus em relação a uma aceitação de inicial acusatória por um juízo de piso.
Ora, no caso em evidência, todo o Colegiado do TJMT reconheceu a presença de
indícios ou mesmo provas de que o réu Guilherme Antônio Maluf encabeçava
organização criminosa destinada a desviar dinheiro público, bem como
evidenciada a sua participação em mais de duas dezenas de delitos de corrupção e
embaraçamento de investigações, somente não sendo afastado do cargo de
Deputado Estadual, pelo voto minerva do Presidente do TJ.
O ato aqui tratado – indicação, nomeação e posse referente ao Conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado – é ato vinculado quanto aos requisitos
constitucionais, dentre eles os da idoneidade moral e da reputação ilibada sendo,
sem qualquer margem de discricionariedade, portanto, e passível de controle
judicial; além de não implicar em ofensa à separação dos poderes 2.
No caso, o Parquet insiste, por zelo aos princípios constitucionais que regem a
Administração Pública, que, para o preenchimento do requisito de notório
conhecimento jurídico, contábil, econômico e financeiro ou de administração
1 Certidão inserta no PJE.2 STF - PROCESSO 0001613-75.2015.8.03.0000 - AMAPÁ
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pública, é necessário se aferir um mínimo de pertinência entre as qualidades
intelectuais e as atividades do indicado em correspondência às essenciais funções
que o futuro conselheiro desempenhará no TCE.
Igualmente, quanto ao critério de ordem objetiva do tempo mínimo de 10 anos de
efetiva atividade profissional que exija a comprovação de conhecimentos
jurídicos, econômicos, financeiros ou de administração pública, o indicado não o
preenche.
Neste contexto, frisa que o mero exercício de diversos e sucessivos mandatos
eletivos – como no caso do deputado GUILHERME MALUF, ora indicado e
avalizado - por si só, não comprova as condições exigidas no artigo 49, § 1º,
incisos III e IV, da Constituição Estadual; já que tais conhecimentos não são pré-
requisitos para concorrer a um mandato eletivo, tampouco para as funções de
Conselheiro do TCE de Mato Grosso.
Já a idoneidade moral, no mínimo, deveria ser apurada em prévia “sindicância”
pelo órgão indicador da vaga e, ainda, pelo Órgão que o empossará -TCE/MT -,
apurando a existência ou não de antecedentes desabonadores do futuro membro
do TCE/MT, tais como condenações nas esferas criminal e civil - improbidade
administrativa - ou investigações em trâmite nos órgãos fiscalizadores e
repressivos - Polícias Judiciárias Civis, Polícia Federal, Ministérios Públicos e o
próprio TCE.
Assim, para a efetiva concretização do disposto no artigo 49 da Constituição do
Estado de Mato Grosso, é indispensável que a indicação da vaga a membro do
TCE/MT pela AL/MT implique em procedimento administrativo mínimo que
possibilite que a escolha recaia sobre aquele que realmente preencha todos os
requisitos constitucionais exigidos e, de consequência, é indispensável que a
própria Corte de Contas analise os documentos apresentados pelo nomeado, antes
de conferir-lhe a posse, conforme previsto no artigo 2º, do Regimento interno do
TCE/MT.
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Caso assim não se proceda, o Estado estará fadado ao ciclo vicioso de longa data
instalado pela “velha política” de preenchimento de cargos eminentemente
técnicos de fiscalização por “políticos de carreira”, o que já levou à situação de,
atualmente, cinco dos atuais 06 (seis) Conselheiros do TCE/MT estarem
afastados por suspeitas de corrupção, inclusive com caso concreto de “compra” de
vaga por um ex-deputado.
Ad argumentandum tantum, a mens legis da Constituição do Estado de Mato
Grosso reside na circunstância de que uma melhor e maior qualificação técnica é
a mais apropriada para o desempenho de uma das funções mais relevantes do
Estado republicano, dela derivando a expectativa de eficiência e oportunidade
para o desempenho da função de julgador no Tribunal de Contas; evitando-se as
rasas escolhas político-partidárias em detrimento da competência e formação
técnico-profissional – como ocorreu no caso do deputado GUILHERME
ANTÔNIO MALUF.
Para atendimento da exigência constitucional, portanto, é necessário oportunizar
candidaturas à indicação da Casa Leis, não apenas aos membros do Legislativo
Estadual, com o que será possível ao órgão legislativo demonstrar que procedeu a
melhor escolha para a vaga.
De fato, qualquer pessoa que preencha os requisitos constitucionais está
legitimada a candidatar-se ao processo de indicação, no qual os integrantes dos
parlamentos assumem a condição de eleitores, mantendo-se adequada
observância dos princípios éticos e republicanos.
Ademais, a realização de um célere, porém sério procedimento administrativo
prévio à indicação, permitiria a participação da sociedade civil e até de conselhos
de classe - a exemplo dos que representam os advogados, economistas,
contadores, administradores, engenheiros, entre outros – na escolha e
preenchimento dos cargos de Conselheiros de Contas; sendo de bom alvitre a
ampla divulgação da seleção, com o que obter-se-ia o maior número de inscritos
possível e, especialmente destacando-se que, por submetidos à Lei Orgânica da
SEDE DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DA CAPITAL, Av. Des. Milton Figueiredo Ferreira Mendes, s/nº, Setor "D", Centro Político Administrativo, CEP: 78049-928, Cuiabá/MT. Telefone (65) 3611-0600 10
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Magistratura Nacional, os candidatos a membros desta relevante carreira
preencham, efetivamente, requisitos idênticos .
Quanto a isto, é importante relembrar o disposto no artigo 50, §3º, da
Constituição do Estado de Mato Grosso, que dispõe o seguinte:
§ 3º - Os Conselheiros do Tribunal de Contas terão as mesmas
garantias, prerrogativas, vedações, impedimentos, remuneração e
vantagens dos Desembargadores e somente poderão aposentar-se com
as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetivamente por mais
de cinco anos.
A mesma redação é repetida na Lei Complementar Estadual n.º 269/2007, cujo
artigo 91, caput, prescreve:
“Art. 91 Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, em número
de sete, nomeados e escolhidos nos termos Constitucionais, terão as
mesmas garantias, prerrogativas, vedações, impedimentos, subsídio e
vantagens dos Desembargadores;”
Portanto, tendo o cargo de Conselheiro do TCE-MT as prerrogativas de um
Desembargador, deve, com supedâneo na “paridade de formas”, obedecer, no que
couber, as exigências de eleição de um Desembargador - seja por ordem de
antiguidade, seja por merecimento, ou até mesmo as exigências do “Quinto
Constitucional”.
Assim, os rigores do processo de ingresso no cargo devem ser, por paridade,
assemelhados aos dos Desembargadores, naquilo que for cabível.
Com esta atuação, não busca o Parquet submeter a Assembleia Legislativa a
imposições indevidas, mas reconhecer que, no mínimo, cabe a paridade de formas
para que a votação seja aberta – transparência administrativa - e motivada.
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Por outro lado, seja na seleção por merecimento, no âmbito da Magistratura, seja
quanto ao Quinto Constitucional - oriundos da OAB e MP -, há um processo de
publicidade da vaga, com a possibilidade de candidaturas (e não mera indicação
por terceiros), prazo de impugnação de candidaturas, que é uma forma de
controle social, julgamento das impugnações, e, finalmente, sabatina.
Demais disso, a escolha dos Conselheiros dos Tribunais de Contas se iguala a
escolha dos Desembargadores que, mesmo não se igualando a um concurso
público, não deixa de ser processo seletivo, tal como a escolha de Desembargador
- seja proveniente da Magistratura em si ou do “Quinto Constitucional”, sabença
de Vossa Excelência.
Desta maneira, da forma exposta a esse r. Juízo, na busca da efetivação das
exigências constitucionais do Estado de Mato Grosso e da Carta Maior
Republicana, atendendo os princípios já declinados no introito da exposição do
direito, este Órgão Ministerial de base busca a NULIFICAÇÃO de indicação,
nomeação e posse de Conselheiro do TCE do Mato Grosso que não atenda aos
ditames Constitucionais Estaduais e a CRFB de 1988, como está se dando no caso
exposto; de sorte que este órgão ministerial imparcial e que tem por função
constitucional zelar pelos princípios da Administração Pública não poderia
eximir-se nesta tutela.
Das Tutelas Provisórias de Urgência
e Da tutela provisória de urgência cautelar
Como sabido, o Novo Código de Processo Civil adotou a terminologia clássica e distinguiu
a tutela provisória, fundada em cognição sumária, da definitiva, baseada em cognição
exauriente.
Desta forma, a tutela provisória – de urgência ou de evidência –, quando concedida,
conserva a sua eficácia na pendência do processo, mas pode ser, a qualquer momento,
revogada ou modificada – art. 296 do CPC.
Especificamente, a tutela de urgência, espécie de tutela provisória, subdivide-se em tutela
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de urgência antecipada e tutela de urgência cautelar, que podem ser requeridas e
concedidas em caráter antecedente ou incidental – art. 294, parágrafo único do CPC.
Destarte, o art. 300, caput, do CPC, apresenta os requisitos comuns para a concessão da
tutela provisória de urgência – antecipada ou cautelar – são a probabilidade do direito -
fumus boni iuris – e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo - periculum
in mora.
Quanto à sua natureza, ensina Fredie Didier Jr:
“A tutela provisória satisfativa antecipa os efeitos da tutela definitiva satisfativa,
conferindo eficácia imediata ao direito afirmado. Adiantando-se, assim, a
satisfação do direito, com a atribuição do bem da vida. Esta é uma espécie de
tutela provisória que o legislador resolveu denominar de “tutela antecipada”,
terminologia inadequada, mas que não será desconsiderada.
(…)
A tutela provisória cautelar antecipa os efeitos de tutela definitiva não
satisfativa (cautelar), conferindo eficácia imediata ao direito de cautela.
Adianta-se, assim, a cautela a determinado direito. Ela somente se justifica
diante de uma situação de urgência ao direito a ser acautelado, que exige sua
preservação imediata, garantindo sua futura e eventual satisfação (arts. 294 e
300, CPC)”1
Concluindo, a tutela provisória de urgência cautelar guarda relação com toda e qualquer
outra providência de natureza acautelatória e para o seu cabimento é necessária a
coexistência do fumus bonis juris e o periculum in mora; enquanto a antecipada guarda
relação direta com o pedido de mérito da demanda, ou seja, a tutela antecipada é, em
suma, a antecipação do provimento final, guardando, portanto, limite com esse pleito e
adstrita a existência da probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil
do processo.
Feitas estas considerações, muito embora o Parquet entenda possuir provas
incontroversas dos fatos aqui alegados, o que ensejaria pleitear tutela de evidência, já que,
neste caso, dispensa a demonstração de periculum quando a petição inicial for instruída
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com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu
não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável, nos termos do artigo 311, do CPC, como
não busca a peleja mas sim a efetividade do direito, evitando a todo custo a
procrastinação dos feitos por meio de recursos; limitar-se-á a pleitear tutelas de urgência.
Das provas carreadas aos autos não há dúvidas sobre a necessidade de buscar a tutela de
urgência cautelar no sentido de determinar-se a suspensão do processo de nomeação e
posse de Conselheiro do Tribunal de Contas em trâmite, cuja votação recaiu sobre o
indicado GUILHERME ANTÔNIO MALUF, que não preenche os requisitos legais para a
indicação, nomeação e exercício do cargo.
O fumus boni juris a justificar a medida está substanciado na verossimilhança das
alegações, já que a Constituição Estadual dispõe de requisitos intransponíveis para o
cargo de Conselheiro do TCE-MT, como já exaustivamente exposto.; requisitos esse não
preenchidos pelo indicado.
Já o periculum in mora está demonstrado na celeridade que o procedimento de indicação,
votação, nomeação e posse de Conselheiro do Tribunal de Contas de MT, nos termos do
regimento interno do TCE e da Assembleia Legislativa; sabendo-se que a indicação foi
realizada no dia 20/02/2019 e a Resolução 6.253 da Mesa Diretora, foi expedida em
21/02/2019, restando apenas a nomeação pelo Governador do Estado de Mato
Grosso.
E, sobretudo, o perigo da demora reside em permitir-se o preenchimento do relevante
cargo de fiscalização e controle de gastos públicos, por pessoa desprovida dos requisitos
legais delineados e ainda respondendo ação penal por malversação de dinheiro público,
colocando, assim, em risco os procedimentos sensíveis que tramitam naquela Corte de
Contas, bem como a apuração que ali tramita contra a sua pessoa, na mencionada tomada
de contas especial.
DOS PEDIDOS
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Posto isto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO,
pelos Promotores de Justiça subscritores, requerem digne-se Vossa Excelência de,
in limine, conceder:
1 – Tutela provisória de urgência cautelar determinando a SUSPENSÃO DO
PROCESSO DE NOMEAÇÃO E POSSE do indicado pela Assembleia legislativa do
Estado de Mato Grosso, GUILHERME ANTÔNIO MALUF, para o cargo de
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, por não preencher,
efetivamente, os requisitos da Constituição do Estado do Mato Grosso para o
cargo, até decisão final;
Requer, também, digne-se de:
2 – Determinar a Citação dos demandados, nos endereços declinados no preâmbulo
desta, para apresentarem defesa, no prazo de lei;
3 – Aplicar ao caso a inversão do ônus da prova, com fundamento no artigo 21, da lei da
ação civil pública – Lei 7.347/1985 –, combinada com art. 6º, VIII, do CDC;
E, Finalmente, no Mérito:
4 – Confirmar, ao final, a tutela de urgência concedida in limine;
5 – JULGAR PROCEDENTES OS PEDIDOS, DECLARANDO NULA a indicação,
nomeação e posse para o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato
Grosso, de GUILHERME ANTÔNIO MALUF, pelo não atendimento dos requisitos da
Constituição Estadual e da CFRB-1988, e IMPOR OBRIGAÇÃO DE FAZER AOS
DEMANDADOS no sentido de se absterem de indicar, nomear e empossar, cada um na
medida de suas atribuições, pessoa que não preencha os requisitos aqui tratados;
6- Determinar a intimação pessoal do Ministério Público para os atos do processo, com a
determinação de abertura de vista dos autos, nos termos de sua prerrogativa insculpida
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no artigo 41, IV, da Lei 8.625/1993 – LONMP e com observância ao item 6.4.1.11 da
CNGCJ – TJMT, que visa, justamente, reafirmar a prerrogativa ministerial;
Por fim, protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos.
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Cuiabá-MT, 22 de fevereiro de 2019 – sexta-feira.
AUDREY ILITY CLÓVIS DE ALMEIDA JÚNIOR Promotora de Justiça Promotor de Justiça
1 As intimações do Ministério Público e do Defensor Público serão efetuadas pessoalmente, dispensada a expedição de mandado, mediante certidão eciência nos autos. Quando a intimação for para manifestação, bastará o termo de vista e carga dos autos, contando-se os prazos do efetivo recebimento dacarga. Havendo recusa no recebimento, observar-se-á o disposto no subitem 2.3.5.5.1.
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