moda como conceito multidisciplinar

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Seminário apresentado a disciplina Comunicação e Arte. Docente: profª Drª Marislei Ribeiro. São Borja/2011. Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA

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MODA COMO CONCEITO MULTIDISCIPLINAR

no contexto político, social, econômico, sociológico e estético.

equipe

BRUNAIVANA

PATRÍCIA

INTRODUÇÃO

� No final do século XIV, a moda encontra-se em todas as faixas etárias e

classes sociais que antes não alcançava, a busca pelo novo e individualismo, o

que originou a moda, a partir da diferença social.que originou a moda, a partir da diferença social.

� Durante muito tempo a moda foi considerada futilidade, hoje tomou

dimensões e formas , caracteriza um jeito individual de ser.

� Gilles Lipovetsky confere à moda um caráter libertário, faz dela signo das

transformações que anunciaram o surgimento das sociedades democráticas.

A MODA DEVE SER PENSADA COMO INSTRUMENTO DA IGUALDADE DE CONDIÇÕESINSTRUMENTO DA IGUALDADE DE CONDIÇÕES

A moda foi considerada um

agente da revolução democrática,

porque veio acompanhada por

duas consequências para a

história de nossas sociedades:a elevação econômica da burguesia

o crescimento do estado moderno

A moda com suas variações e seus jogos, sutis de nuanças, deve ser considerada como a continuação dessa

nova poética da sedução.

o crescimento do estado moderno

A MUDANÇA NÃO É MAIS UM FENÔMENO ACIDENTAL ,

TORNA-SE UMA REGRA PARA GARANTIR OS PRAZERES DA ALTA SOCIEDADE

E A APARÊNCIA PASSOU PARA A ORDEM DA TEATRALIDADE, DA SEDUÇÃO,

MAS NÃO DAS SUAS FORMAS EXAGERADAS E EXTRAVAGANTES.

�Entre as décadas de 1950 e 1960

ocorreram uma série de

A MODA ABERTA

transformações sociais, culturais e

até mesmo organizacionais na

sociedade que refletiram no mundo

da moda.

�A alta costura não atendia as

necessidades de maior parte da

PRÊT-À-PORTER

�A alta costura é muito

mais prestígio do que

população

�O luxo não é mais a encarnação

privilegiada da moda, e a moda já não se

identifica com manifestações ostensivas.

lançadora de moda.

� 1949 J. C. Weill

lança a expressão:

prêt-à-porter.

�Moda atual e acessível – o prêt-à-porter quer fundir a indústria

e a moda, quer colocar a novidade, o estilo e a estética na rua.

PRÊT-À-PORTER

�As roupas adquirem um aspecto mais jovem e os estilistas

incorporam a moda das ruas.

�O vestuário produzido em série ganhou em qualidade, em

estética e originalidade.

� Novas inspirações:

estilos de vida,

filmes, esportes, etc.

� Os signos efêmeros e estéticas da

moda passam a ser exigência da

PRÊT-À-PORTER

filmes, esportes, etc.massa.

GRIFES

� Foi a partir do prêt-à-porter que os

estilistas e as lojas passaram a ser

identificados por símbolos, cria-se a

imagem da marca, um nome a ser exibido

em todos os painéis publicitários, revistas

de moda e nas próprias roupas.

“Antigamente, uma filha queria

parecer-se com sua mãe.

� O culto da juventude e o

culto do corpo caminham

juntos, exigem o mesmo olhar

constante sobre si mesmo, a

mesma auto vigilância

Atualmente, é o contrário que

acontece” - Yves Saint-Lauren.

narcísica.

� Nada mais é proibido, todos

os estilos têm direito de

cidadania. Já não há uma

moda, há MODAS.

O MASCULINO E O FEMININO

�Com o estilo despojado tomando conta da moda, o vestuário

masculino fez sua entrada no ciclo da moda.

�Menos austeridade no vestuário masculino, mais signos de origem

masculina na moda feminina.

O homem vê o corpo como um todo, a mulher o vê em detalhes.

“amar a moda já não tem o

sentido de um destino

sofrido, enfeitar-se, fazer-

se bela não tem mais haver

com alienação, mas com

liberdade para agradar a

quem quiser, quando

quiser, como quiser.”

“O jeans como toda moda é um traje escolhido, de maneira

O JEANS

“O jeans como toda moda é um traje escolhido, de maneira

nenhuma imposto por uma tradição qualquer, depende por

isso da livre apreciação das pessoas, que podem adotá-lo,

rejeitá-lo ou combiná-lo com outros elementos”

“O individualismo na moda é

menos glorioso mas mais livre,

menos decorativo mas mais opcional, menos decorativo mas mais opcional,

menos ostentaria mas mais combinatório,

menos espetacular mas mais diverso.”

CONSUMIR É SER FELIZ

O par formado entre felicidade e consumo foi historicamente construído.

Hoje forte e assíduo, esse “sonho” necessitou contar com o desenvolvimento

de uma economia voltada para os cuidados do corpo individual, aliada a uma

política de transformar o prazer físico em norma banalizada e a compra de

produtos para a saúde, higiene, beleza e conforto um maneira de construir

imagens de si avessas à fragilidade dos laços sociais e à instabilidade dos

sentimentos em desenvolvimento na época contemporânea.

MAIS DO QUE NUNCA, AGORA, A BELEZA AGORA, A BELEZA

PODERIA SER COMPRADA

CULTURA À MODA MÍDIA

A cultura de massa é ainda mais representativa

do processo de moda do que a própria fashion.

CULTURA A MODA MÍDIA

� No coração do consumo cultural, a paixonite de massa.

� A moda se traduz exemplarmente pela amplitude da paixonite.

� Paixonite cultural que tem de particular o fato de que não fere

nada, não choca nenhum tabu.

� Se, com efeito, diversas paixonites são inseparáveis de uma certa

carga subversiva, é impossível reconhecer aí um traço essencial.

CULTURA Á MODA MÍDIA

� Todas as indústrias culturais são ordenadas pela

lógica da moda, pelo objetivo do sucesso imediato,O êxtase da

“mudança na

continuidade”

lógica da moda, pelo objetivo do sucesso imediato,

pela corrida às novidades e à diversidade.

� As indústrias culturais são de ponta a ponta

indústrias de moda, a renovação acelerada e a

diversificação são aí vetores estratégicos.

CULTURA CLIP

� A obrigação de renovação própria das industrias culturais não tem,

evidentemente, nada a ver com a “tradição do novo” característica da

arte moderna.

� À diferença da radicalidade vanguardista, o produto cultural se

molda em fórmulas já experimentadas, é inseparável da repetição de

conteúdos, de estruturas, de estilos já existentes.

� A exemplo da fashion, a

cultura de massa está

inteiramente voltada para o

presente.

O IMPÉRIO DO EFÊMERO

� Quando a arte encarregava-se de

louvar o sagrado e a hierarquia, o eixo

presente.

� Desde a Renascença pelo

menos, as obras despertavam

paixonites de moda. Nem por

isso as obras eram menos

estranhas.

temporal das obras era bem mais o futuro

do que o presente efêmero.

� A tendência global caminha para a

obsolescência integrada, para a vertigem

do presente sem olhar para o amanhã.

BIBLIOGRAFIA

O Império do Efêmero – Gilles Lipovetsky

Cultura e Arte do Pós Humano – Lucia Santaella

Corpo e Moda – Ana Claudia de Oliveira e Kathia Castilho

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