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Lauro de Freitas - BA
2017
ADELSON PEREIRA
TREINAMENTO FUNCIONAL E FUTEBOL
A IMPÔRTANCIA DO MÉTODO NA PREVENÇÃO DE
LESÕES
ADELSON PEREIRA
TREINAMENTO FUNCIONAL E FUTEBOL
A IMPÔRTANCIA DO MÉTODO NA PREVENSÃO DE
LESÕES
Trabalho de conclusão de curso apresentado à União Metropolitana Para o Desenvolvimento da Educação e Cultura - UNIME. Com requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Educação Física. Orientadora: Professora Patricia Carlos
Lauro de Freitas - BA
2017
ADELSON PEREIRA
TREINAMENTO FUNCIONAL E FUTEBOL
A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO NA PREVENÇÃO DE
LESÕES
Trabalho de conclusão de curso apresentado à União Metropolitana Para o Desenvolvimento da Educação e Cultura – UNIME. Como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Educação Física. Orientadora: Professora Patricia Carlos
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
________________________________________________________________
Lauro de Freitas – BA
2017
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pelo dom da vida e por guiar os meus passos para
vencer os obstáculos, aos meus pais pela educação, orientação e criação que me
deram, a minha família, ao meu amigo Marcio Gabriel que sempre estava disposto a
me ajudar no que fosse necessário, ao meu orientador e a minha tutora que estiveram
sempre auxiliando para que eu pudesse alcançar o objetivo final. Enfim, a todos que
me ajudaram e contribuíram de forma direta ou indiretamente para realização deste
trabalho.
PEREIRA, Adelson. Treinamento Funcional e Futebol: A importância do Método
na Prevenção de Lesões. 2017 f. 33. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel
em Educação Física) - União Metropolitana Para o Desenvolvimento da Educação e
Cultura – UNIME, Lauro de Freitas, 2017.
RESUMO
Caracterizado pela semelhanças dos movimentos naturais do cotidiano e exigir o
trabalho de diversos grupos musculares do corpo humano, o treinamento funcional é
uma das formas de treino atualmente mais divulgadas e praticadas no mundo, pois
visa melhorar a capacidade funcional através de exercícios de fortalecimento do core,
força muscular e propriocepção, estimulando receptores proprioceptivos presentes no
corpo. O bom desempenho obtido nesses treinamentos é visto principalmente nas
áreas esportivas como por exemplo o futebol, onde o índice de lesões é altíssimo,
exigindo assim dos jogadores uma preparação física diferenciada e com alta
intensidade. Assim este trabalho parte de uma revisão bibliográfica, e tem como
objetivo compreender os efeitos do treinamento funcional na prevenção de lesões em
jogadores de futebol. Os resultados demosntraram que o treinamento funcional traz
grandes benefícios para o futebolista, pois além de fortalecer o core trazendo
equilíbrio para o corpo e uma melhora na propriocepção, ajuda no desempenho no
jogo e diminui os riscos de lesões. Conclui-se que o treinamento funcional deveria ser
mais utilizado na preparação física no futebol.
Palavras-chave: Treinamento funcional; Futebol; Lesão.
PEREIRA, Adelson. Functional Training and Football: The Importance of the
Method in Injury Prevention. 2017 f .33. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Educação Fisica) – União Metropolitana Para o Desenvolvimento
da Educação e Cultura – UNIME, Lauro de Freitas, 2017.
ABSTRACT
Characterized by the similarities of the natural movements of everyday life and
requiring the work of various muscle groups in the human body, functional training is
one of the most widely used and practiced training in the world, as it aims to improve
functional capacity through core strengthening exercises , muscular strength and
proprioception, stimulating proprioceptive receptors present in the body. The good
performance obtained in these trainings is seen mainly in the sports areas such as
football, where the injury rate is very high, thus requiring of the players a differentiated
physical preparation and with high intensity. Thus, this work is part of a bibliographic
review, and aims to understand the effects of functional training in injury prevention in
soccer players. The results showed that the functional training brings great benefits to
the player, because in addition to strengthening the core bringing balance to the body
and an improvement in proprioception, it helps in the performance in the game and
reduces the risk of injury. It is concluded that functional training should be more used
in the physical preparation in soccer.
Key-words: Functional training; Soccer; Lesion.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Métodos e meios de influência prática segundo componentes do
Treinamento Desportivo......................................................................................16
Tabela 2 - Componentes essencial da força explosiva.......................................23
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................9
1. PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL..................................................11
1.1 EXERCÍCIO PROPRIOCEPTIVO........................................................................12
1.1.1 Exercício do Core..............................................................................................13
2. A INFLUÊNCIA DOS MÉTODOS DE TREINAMENTO FISICO NO FUTEBOL...15
3. A IMPORTÂNCIA DA FORÇA NO FUTEBOLISTA............................................. 20
3.3 TIPOS DE FORÇA...............................................................................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................25
REFERÊNCIAS..........................................................................................................26
9
INTRODUÇÃO
O treinamento funcional é caracterizado pelas semelhanças dos movimentos
naturais do cotidiano, como correr, sentar e levantar, empurrar, pular para pegar
determinado objeto e etc. Essas ações motoras exigem o trabalho de diversos grupos
musculares ao mesmo tempo e dependendo da intensidade, haverá também a
necessidade de fortalecimento da musculatura para que não haja lesões no momento
de executar os movimentos. O futebol é uma modalidade esportiva com
características muito especificas e especiais, que transformamos num desporto cujo
o treino deve ser cuidadosamente programado e analisado.
O futebol é um dos esportes coletivo mais populares e praticado no mundo
inteiro, envolvendo diversas classes sociais, e faixas etárias. Embora seja um esporte
que permita a integração social e momento de lazer entre os participantes, há de se
destacar um outro lado que é a competitividade extrema, exigindo dos jogadores uma
preparação física diferenciada, devido ao aumento das exigências corporais e a
necessidade de treinos com alta intensidade. Em contrapartida, o índice de lesão
durante os jogos são cada vez maior, e se tratando de amadores entra um fator
determinante que é a falta de uma estrutura física consolidada, pensando nessa
problemática da incidência de lesão futebolística, propõe-se o treinamento funcional,
com exercícios de fortalecimento do core, propriocepção bem como o trabalho de
força muscular, com isso espera-se poder contribuir para a redução no quadro de
lesionados e consequentemente a melhora da auto-estima, no desempenho da pratica
do futebol, na consciência corporal e na própria qualidade de vida desses sujeitos.
Diante da intensidade que é jogado nas partidas de futebol e ciente das lesões
que são exposta aos jogadores devido o contato físico, surge a seguinte
problematização: De que forma o Treinamento Funcional pode contribuir na
prevenção de lesões em jogadores de futebol?
Este trabalho parte de uma revisão bibliográfica, e tem como finalidade a
obtenção de informações e também a procura de respostas que suprissem todos os
questionamentos levantados. O objetivo geral da pesquisa, visa compreender os
efeitos do treinamento funcional na prevenção de lesões em jogadores de futebol.
Tendo como objetivos específicos: Identificar os exercícios do treinamento funcional
que auxiliam na prevenção de lesões, apontar os melhores métodos de treinamentos
10
e por fim descrever os efeitos do treinamento funcional na aquisição de força nos
jogadores de futebol.
Para realização deste trabalho, utilizou a revisão de literatura e buscou-se
compreender quais os efeitos do treinamento funcional na prevenção de lesões em
jogadores de futebol. Por meio de informações secundárias, foram utilizadas livros,
revistas e principalmente artigos científicos publicados em base de dados como Lilacs,
Scielo, Google Acadêmicos, Library of Medicine e PubMed que embasaram todo o
trabalho.
11
1. PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL
Pensar um programa de atividade física na qual abordemos valência físicas
desenvolvidas no treinamento funcional, torna-se necessário dispor de algumas
contribuições e conceitos científicos, e nesse sentido, Gelatti (2009), nos diz que o
treinamento funcional é aquele que ajuda o corpo a realizar movimentos de forma
integrada e eficiente, fortalecendo músculos, melhorando as funções cerebrais
responsáveis por tudo que nosso corpo faz e cria. Para Grigoletto et al. (2014) o termo
“funcional” de forma mais ampla pode ser compreendido por: a) referente à função ou
ao desempenho desta; b) concernente a funções orgânicas vitais ou à sua realização:
c) diz daquilo que é capaz de cumprir com eficiência seus fins utilitários: d) é utilizada
também como adjetivo particular ou relativo às funções biológicas ou psíquicas.
Em suma o termo deve estar associada ou se relacionar às funções do sistema
psico-biológico humano, com eficácia e respeitando as funções citadas. No mesmo
sentido, Campos e Coraucci Neto (2004) nos diz que o treinamento funcional está
amparado na proposta de melhoria de aspectos neurológicos que conduzem a
capacidade funcional do corpo humano, empregando exercícios que estimulem os
diferentes componentes do sistema nervoso. Na perspectiva de divulgação, Grigoletto
et al. (2016) reforça ao afirmar que o treinamento funcional é uma das formas de
treinamento mais divulgadas e praticadas atualmente no Brasil e no mundo. Essa
afirmação nos leva acrer da importância dessa pratica corporal e sobre isso, Virtuoso
Junior e Tribess (2005) diz que o treinamento funcional visa melhorar a capacidade
funcional, através de exercícios que estimulam os receptores proprioceptivos
presentes no corpo, os quais proporcionam melhora no desenvolvimento da
consciência sinestésica e do controle corporal; o equilíbrio muscular estático e
dinâmico; diminuir a incidência de lesão e aumentar a eficiência dos movimentos.
Segundo Evangelista e Monteiro (2011) os benefícios dessa pratica sendo o
treinamento funcional como uma perspectiva de melhora no desempenho obtido nas
tarefas funcionais e até nas esportivas. Os mesmos autores complementam ao afirmar
que o treinamento do core, assim como o treinamneto funcional, tem sido utilizado em
programas de exercícios voltado para qualidade de vida, a saúde e amelhora das
dores nas costas. Na região do core, localiza-se também o centro de gravidade, e é
nessa região que todos os movimentos tem inicio (EVANGELISTA E MONTEIRO
2011).
12
Reportando ao futebol, Sargentim e Passos (2012) nos lembra que o
treinamento funcional dentro da pratica do futebol, leva-se em consideração essas
três vertentes: (força, core e propriocepção). Os mesmos autores afirmam ainda que
o treinamento funcional tem como foco dentro do futebol dois objetivos claros e
interdependentes: 1 – “Melhora do movimento especifico do futebolista durante as
fases mais intensas e decisivas do jogo; 2 – Um maior equilíbrio das cadeias
musculares, minimizando com isso as chances de dores e lesões inerentes ao
futebolista” (SARGENTIM; PASSOS, 2012, P.72). Nesse mesmo sentido, Neuman
(2002) afirma que, com o core bem equilibrado e fortalecido, o futebolista conseguirá
realizar as ações musculares com maior segurança, gerando mais força com menos
gasto de energia e consequentemente uma menor possibilidade de fadiga.
1.1 EXERCÍCIO PROPRIOCEPTIVO
Para Mandelbaum et al. (2005), a propriocepção é descrita como uma obtenção
dos estímulos pelos receptores periféricos com a conversão de estímulos mecânicos
para um sinal neural transmitido através de caminhos aferentes do sitema sensório-
motor. Termo propriocepção pode ser definido como a pecepção consciente e
inconsciente do movimento, postura e posição articular. Trata-se de um
subcomponente do sistema sensório-motor restrito apenas ao mecanismo e processo
ao longo da via aferente do sistema sensório-motor (CAMPOS; CORAUCCI-NETO,
2004). Para Silva e Rodrigues (2005), a propriocepção é um conjunto de reações que
resulta na entrada neural cumulativa ao sistema nervoso central de receptores
sensoriais nas articulações, ligamentos, músculos, tendões e pele. O dano tecidual
devido as lesões desportivas transformam-se em prejuízo funcional dos
mecanoceptores e consequentemente da atividade proprioceptiva e da função
moscular (DOMINGUES 2008).
Para Sargentim e Passos (2012, p. 54) “a ação desses receptores acontece de
forma inconsciente, por meio de atividades reflexas, e os músculos e articulações
reagem automaticamente, visando a exercultar os movimentos das formas mais
eficientes.” Sendo a resposta motora inconsciente para um estímulo aferente em
relação á estabilidade articular dinâmica (CAMPOS; COURACCI-NETO 2004,
LOUWA; GRIMMERB; VAUGHANC, 2006).
13
Assim, observa-se que a estabilidade articular funcional fica prejudicada, sendo
esta um requisito de extrema importância para a realização de movimentos funcionais
durante atividades esportivas e vida diária. O desporto como futebol requer
estabilidade dinâmica ao nível do trem inferior como resposta ás constantes
desacelerações e saltos (MANDELBAUM et.,al 2005). A limitação funcional do atleta
nas atividades esportivas, muitas vezes reside na instabilidade provocando uma lesão
articula (AQUINO et.,al 2008). Desta forma, a importância de estudos sobre a
incorporação do trabalho de propriocepção em qualquer programa de prevenção ou
reabilitação de lesões esportivas justifica-se, não só pelo fato de restaurar a
sensibilidade proprioceptiva e melhorar o funcionamento da articulação, mas pela
prevenção de lesões ( JUNGE, 2002 ; MANDELBAUM, 2005; MCGUINE e KEENE,
2006).
O treinamento propioceptivo é utilizado na recuperação de lesões esportivas e
está sendo reconhecido como uma importante feramenta na prevenção de lesões (
EMERY et al., 2005). Herman et al. (2012), defendem o treinamento proprioceptivo
como um instrumento preventivo de lesões devido aos efeitos da melhora do senso
de posicionamentoe estabilidade articular e pelo desenvolvimento de reflexos
articulares protetores. Melhoras funcionais e frequenciais menores de lesões com o
resultado de exercícios de equilíbrios, são frequente discutidas em associação com
adaptações nos mecanismos de controle neuro muscular como a propriocepção
(ZECH et al., 2010).
1.1.1 Exercício do Core
Dentro das possibilidades de treinamento funcional é preciso destacar os
exercícios de estabilidade central ou estabilização do “núcleo’’ mais conhecido por
Core. Conceitualmente é definido por a capacidade de controlar a posição e o
movimento de tronco sobre a pelve para permitir a produção, transferência e controle
ótimos de força e movimento para o segmento terminal em atividades atléticas
integradas. (KIBLER et al., 2006). De acordo com Handzel, (2003) o core possui um
papel significativo não somente em movimentos atléticos, mas também nas atividades
da vida diária. Ainda de acordo com Handzel, (2003) o core é responsável pela
geração de força, manutenção do equilíbrio e estabilidade e melhora da coordenação
durante o movimento.
14
Para Santos e Freitas (2010) a estabilidade central tem por objetivo
proporcionar ao indivíduo força, potência, controle neuromuscular eficiente e de forma
antecipatória nos músculos da zona neutra. Esses autores ainda complementam ao
afirmar que, é o local em que se situa o centro de gravidade, e têm início todos os
movimentos corporais, permitindo aceleração, desaceleração, e estabilização
dinâmica durante movimentos funcionais. (SANTOS e FREITAS 2010). De acordo
com estudo de Fredericson, (2005) a musculatura do core é composta por 29 pares
de músculos que suportam o complexo lombo-pelvico-quadril. Estes músculos ajudam
a estabilizar a coluna vertebral, a pelve e a cadeia cinética durante os movimentos
funcionais. (FREDERICSON, 2005).
Numa perspectiva de fortalecimento da musculatura central do corpo
enfaticamente a região abdominal, lombar e pélvica, Alves e Duarte (2014) nos
lembram que alguns estudos recomenda, exercício físicos para consolidação do
tronco e pelve (core training ) pretendendo impedir o valgo ativo, movimento de
rotação interna e adução de quadril e joelho que representa grande risco, sendo
fatores predominantes para a lesão. Nesse sentido, Teixeira (2014) corrobora quando
diz que o treinamento do Core tem por objetivo gerar a estabilidade necessária para
evitar o aparecimento de lesões ou, ainda, auxiliar no desempenho de atividades
relacionadas à performance, principalmente, através do desenvolvimento da força e
potência musculares. É muito comum nesse contexto, assegurar dentro dos
programas de atividade fisica e exercicios cujo objetivo é o fortalecimento da
musculatura, equipamentos considerados instáveis a exemplo da bola suíça cujo
intuito é aumentar a ativação da musculatura local (TEIXEIRA 2014). Portanto, é
importante o fortalecimento dessa musculatura central do corpo visto que as mesmas
são responsáveis pela sustentação e estabilização de praticamente todos os
movimentos corporais.
15
2. A INFLUÊNCIA DOS MÉTODOS DE TREINAMENTO FÍSICO NO FUTEBOL
A preparação física no futebol é uma das áreas que mais evolui por ser um
esporte de caráter não continuo e de alto rendimento, sem um bom condicionamento
físico é difícil para o atleta ter êxito nas competições e atuar durante o ano sem lesões.
De acordo com Fernandes (1994), atualmente o futebol exige mais das capacidades
físicas e mentais dos jogadores. Pode-se dizer, portanto que a preparação física no
futebol é indispensável para o sucesso e desempenho de seus jogadores. O sucesso
do desenvolvimento e manutenção do rendimento em jogos e competições se deve
ao treinamento (FERNANDES, 1994). A preparação física nos últimos tempos teve
uma grande importância no treinamento de alto rendimento, isso revela que os
grandes resultados estão relacionados com o alto condicionamento físico dos
jogadores e sempre com apricação de treinamentos baseados cientificamente. Isso
mostra que a preparação física é um dos fatores que mais evoluiu nas ultimas décadas
e continua evoluindo (TUBINO, 2003).
A preparação de um jogador de futebol é extremamente importante, para que
ele possa desenvolver seu trabalho e apresentar bons resultados. Novas propostas
metodológicas são desenvolvidas, assim como novas tecnologias são incorporadas
ao treinamento esportivo. Para Silva (1998), preparar fisicamente o jogador de futebol
é saber dosar o treinamento no sentido de possibilitar uma melhora em seu
desempenho, nas capacidades básicas para que se tenha um bom rendimento em
uma partida. Nesse sentido é importante destacar os métodos de influência prática o
que têm sido tratados com maior importância no âmbito desportivo, já que constituem
os elementos práticos da preparação desportiva, intervindo diretamente na
organização do treinamento (GOMES; SOUZA, 2008; GOMES, 2009). De forma a
compreender os diferentes métodos e meios de influência prática nos diferentes
componentes do treinamento, do futebol Platonov (2008) dispoe da seguinte tabela:
16
Tabela 1- Métodos e meios de influência prática segundo componentes do
Treinamento Desportivo.
Fonte: Platonov (2008)
A tabela acima demostra claramente os componentes importantes para
preparação física dos jogadores de futebol, no entanto faz-se necessário destacar
outros meios e métodos de treinamento físico no futebol.
Nesse sentido, Tubino, (2003) contribue quando diz que para os métodos do
componente físico, atenção especial deve ser direcionada à capacidade biomotora a
17
ser desenvolvida ou aperfeiçoada, considerando não somente o tipo de ação
muscular, mas também a estrutura do movimento, volume e intensidade da carga e,
sobretudo, da relação com a atividade competitiva do desportista.
Segundo Castelo (2014), todos os métodos de treino configuram uma maior ou
menor leque de possibilidade de resolução por parte dos jogadores e da equipa,
inibindo ou amplificando partes de um todo que se pretende desenvolver e
aperfeiçoar, sendo que somente algumas decisões/ações que emergem dos
diferentes contextos situacionais propostos são possíveis e viáveis de emergir. Para
esse mesmo autor, o método de treino deverá operacionalizar, dentro de
determinados limites, as principais características do modelo de jogo no que concerne
ao sistema tático, tarefas ou missões táticas dos jogadores e princípios de jogo, nas
diferentes fases, etapas ou momentos do jogo (CASTELO, 2014).
Para Garganta, (2004) os métodos de treino que o treinador poderá utilizar no
seu cotidiano são imensos, não havendo portanto uma fórmula única e correta de
abordar o treino desportivo no jogo de futebol. Outra opção seriam os métodos
intervalados ou fracionados, que são norteados por meios que geram trocas
sistemáticas entre o esforço a realizar e a pausa relativa de recuperação, constituindo
métodos de maior exigência funcional (DE LA ROSA, 2006).
Na perspectiva motora, Castelo, (2009) destaca os métodos de treino
organizados em circuito, para esse autor, essa proposta tem na sua matriz o
desenvolvimento de um conjunto de tarefas motoras diferenciadas ou similares, do
ponto de vista técnico, técnico-tático, físico. De foma a compreender a proposta o
autor supracitado detalha dois grandes métodos que poderão ajudar a equipe
futebolística em sua preparação fisica e didática para a situção real de jogo.
Métodos de Treino em Circuito: Tal como o nome indica, os exercícios em
circuito são compostos por um conjunto, mais alargado ou não, de tarefas motoras
organizadas em estações ou percurso, as quais são organizadas de forma
metodológica e organizada. As tarefas podem ser realizadas de forma individual ou
em pequenos grupos, diferenciado-se pelo seu carácter mais geral ou específico.
Castelo, (2009).
Método Competitivo: Método específico de treino de preparação dos jogadores
e da equipa em que a sua essência é o mais semelhante com a natureza de jogo, ou
seja, dentro dos métodos de treino este é o mais semelhante, do ponto vista funcional
18
e estrutural, com as condições reais de jogo. Este método engloba todos os momentos
de treino que se aproximam o mais perto do contexto de jogo. Castelo, (2009).
Outro método a ser levado em consideração é o da da preparação desportiva
compreendem a forma como os treinadores e atletas utilizam as ferramentas no
treinamento, visando alcançar a assimilação dos conhecimentos, habilidades e
hábitos. (MARTIN; CARL; LEHNERTZ, 2008). Nota-se ainda que, além dos métodos
de desenvolvimento das capacidades técnica, física (motora) e tática, existem os
métodos de recuperação, que objetivam, sobretudo, aperfeiçoar o processo de
compensação das cargas de treinamento. Platonov (2008) os classifica como métodos
psicológicos e biomédicos que, de maneira geral, utilizam meios farmacológicos,
físicos, psíquicos, higiênicos e alimentícios na sua forma de aplicação. Tais
abordagens previnem a deterioração do desempenho, e atuam na recuperação do
organismo do desportista (BOMPA, 2005). As capacidades de resistências
apresentam diversas exigências aeróbica e anaeróbica, para a melhora do rendimento
tanto de um quanto do outro BARROS e Guerra (2004) consideram os seguintes
métodos e suas subdvisoes:
Método Contínuo: Tem-se em primeiro plano a melhora da capacidade aeróbica
e, dependendo da abrangência e intensidade da carga de resistência, diferentes
efeitos são objetivados por esse método como por exemplo ganhos no sistema
circulatório – aumento da cavidade cardíaca, aumento da capilarização do músculo
requisitado e melhoras no aproveitamento de oxigênio. Para se operacionalizar este
método leva-se em questão uma série de fatores como o consumo máximo de
oxigênio (VO2 máx – absorção e utilização), as fontes energéticas, o limiar
anaeróbico, tipos de fibras musculares e outros fatores que possam influenciar no
desempenho do indivíduo durante o treinamento. Caracterizado pelo treinamento em
corridas, podemos classificá-lo em método contínuo intensivo (é caracterizado pelo
baixo volume e alta intensidade, não deve ser executado mais que 2 – 3 vezes por
semana, pois o tempo de reabastecimento do depósito de glicogênio se torna muito
curto) e método contínuo extensivo (tem como característica um alto volume e baixa
intensidade, serve para melhorar os parâmetros cardiovasculares ou como
"treinamento do metabolismo", como medida de regeneração).
Método Intervalar: Neste método são introduzidos estímulos de treinamento
acentuados, em relação à dilatação do coração, assim como à melhora do
metabolismo de hidratos de carbono, ou da capacidade anaeróbica e aeróbica, que
19
são mais ou menos acentuadas conforme a intensidade. Podemos classificá-lo como
método intervalar de duração curta, média e longa, onde o método de curta duração
abrange espaços de tempo de carga de 15 – 60", o de média duração de 1 – 8’ e o de
longa duração de 8 – 15’. A principal característica deste método é o princípio da
pausa vantajosa, ou seja, os níveis de recuperação são delimitados até um ponto onde
a frequencia cardiaca atinja cerca de 120 – 140 bpm para um novo estímulo. Não há
a recuperação completa.
Método de Repetição: Representa um método muito eficiente para melhorar a
resistência especial, que contribui de forma excepcionalmente complexa e
diferenciada, para a melhora das capacidades e mecanismos regulatórios dos
sistemas cardiovascular e respiratório, assim como do metabolismo. Contém a
execução repetida de um percurso escolhido com a maior velocidade possível, depois
de uma recuperação completa. Com suas exigências máximas e submáximas há um
esgotamento dos depósitos de energia muscular (principalmente do glicogênio
muscular), que, após a recuperação, acarreta um aumento do mesmo.
Dependendo do calendário de competições da equipe treinadores e
preparadores físicos devem também planejar com bastante atenção o período
transitório, definindo períodos de treinamentos com cargas extremamente reduzidas
e planifica-se também o período de férias. O descanso é peça fundamental na
preparação física e técnica de um atleta. (BARROS e Guerra, 2004).
20
3. A IMPORTÂNCIA DA FORÇA NO FUTEBOLISTA
Dentro das possibilidades das valências físicas no futebol, é preciso destacar a
força. Conceitualmente definido no âmbito do desporto como, a capacidade que a
musculatura tem em produzir tensão, ou seja, contração muscular (BARBANTI, 1997).
De acordo Hernandes Jr. (2002), Platonov (2004), eles definem força como sendo a
eficácia de ultrapassar ou contrapor a uma resistência através de suas alavancas
ósseas e respectivas musculaturas. Onde o sujeito é capaz de por o corpo em
atividade quando parado, pará-lo quando se encontra em atividade, mudar sua
trajetória, desviar de direção, pular e outras coisas mais (BARBANTI, 1997). A força é
apontada como uma valência física importante para o condicionamento físico não só
para desportistas como também para pessoas comuns (BOMPA, 2002). Alguns
autores acreditam que a força é uma variável decisiva para aumentar o rendimento
específico do futebolista (MARQUES, 2004). A força do futebolista tem, como principal
finalidade adaptar e promover ao atleta um crescimento nas ações especificas e
decisivas no jogo (SARGENTIM e PASSOS, 2012). Pesquisa feita com jogadores de
futebol, constataram que os atletas com maiores desempenho da força tendem a ser
mais rapidos nos deslocamentos e mais ágeis (YOUNG, MCDOWELL e SCARLETT,
2001; YOUNG, JAMES e MONTGOMERY, 2002). Sendo assim, o treinamento de
força possibiliza adaptação funcionais e estruturais, que ocorre no sistema
neuromuscular, promovendo mudanças dos fatores condicionantes da produção de
força com aumentos consideráveis no desempenho da agilidade e velocidade
(MILLER et al., 2006).
Segundo Sargentim (2010), para nosso corpo realizar qualquer ação motora,
por mais simples ou complexa que seja, precisa executar movimentos de força, e para
que se possa aperfeiçoar o movimento de força para os desportos de alto rendimento
como é o caso do futebol, muitas vezes é necessário o incremento de técnicas de
sobrecarga extra de peso na execução dos movimentos. O treinamento de força, ou
treinamento com peso transformou-se em um dos exercicicos fisicos mais populares
para melhora da aquisição da aptidão física e condicionamento de atletas (FLECK e
KRAEMER, 2017). O treinamento de força no futebol é orientado por algumas
narrativas de difícil aceitação para as pessoas mais ordeiras que trabalham e vivem
nesse esporte, contudo, ao passar dos anos e o natural crescimento da ciência, para
alguns profissionais que trabalham no futebol, o treino de força já é admitido sem
21
tantas desconfianças por uma parcela no meio do futebol (SARGENTIM e PASSOS,
2012). Segundo Badillo e Ayestarán (2001), a melhoria da força é um fator importante
em todas as atividades desportivas, sendo em alguns casos, determinante. Nesse
mesmo sentido, segundo Sargentim (2010), o treinamento de força além de
determinante para o alto rendimento dos atletas de futebol, pode ser um grande aliado
na prevenção de lesões, especialmente musculares e articulares (SARGENTIM,
2010). A necessidade de se atingir o alto rendimento em atletas é uma busca
permanente e um desafio constante de profissionais que estão envolvidos com o
aprimoramento da aptidão atlética, como é o caso do futebol. Nesse sentido, Silva
(1990) e Nunes (1998), entende que a força explosiva ou força rápida, conhecida
como potência muscular, e a resistência de força ou força lenta, conhecida como
resistência muscular, apresentam-se como formas influentes para a evolução e
conservação de um nível melhor de capacidade muscular para jogar futebol.
3.3 TIPOS DE FORÇA
A força no futebol se expressa de diversas formas, ela é divida em três: força
máxima, força explosiva e força de resistência ( SARGENTIM e PASSOS, 2012). As
divisões das manifestações de força estão em quase todos os momentos do jogo, no
qual, invariavelmente, uma se sobrepõe e predomina sobre as outras. A junção dessas
três divisões é classificada como força específica do futebolista (SARGENTIM, 2010).
Nesse mesmo sentido, Weineck (1999), define força muscular quanto às suas
manifestações em força máxima, força explosiva e força de resistência. A força
muscular se apresenta de diversas maneiras, sendo a força máxima (máxima
contração de força executada em um único movimento), a resistência de força
(sustentação do desempenho de força por tempo prolongado) e a força explosiva
(produção de força associada à velocidade de movimento) suas principais
manifestações (WEINECK, 1999).
Força máxima no ponto de vista do esporte, é entendida como a maior força
que o sistema neuromuscular pode mobilizar através de uma contração máxima
voluntária, acontecendo ou não movimento articular (BOMPA, 2002). De acordo
Forteza (2006), a força máxima é a eficácia de superar a resistência exterior, de
relevante grandeza, com amplos esforços musculares. Entende-se que ela também é
a mais elevada tensão que o sistema neuromuscular é capaz de produzir,
22
independentemente do fator tempo. (BADILLO e AYESTARÁN, 2001). De acordo
com Manno e Giminiani (2003), Bosco (1998 e 2007), A força máxima, deve ser
compreendida como um estado de manifestação que influencia todos outros
componentes de produção de força, e, por sua vez, situar-se em um grau superior,
permitindo seu comprometimento numa estrutura a partir da qual os outros
componentes podem sofrer efeitos estruturantes. Para Sargentim e Passos (2012,
p.144), “a apricação da força máxima é um dos principais obstáculos para a plicação
do treinamento de força bem-elaborada e sistematizada no futebol”.
Durante muitos anos, acreditou-se que o emprego da força máxima prejudicaria
os gestos específicos dos jogadores de futebol, principalmente os de alta intensidade,
que exigem mobilidade e agilidade, pensavam que se colocar-se exercícios com
cargas elevadas, os jogadores ficariam lentos e com poucas possibilidades de mostrar
os gestos de forma rápida e precisa. Porém, novos estudos e a nossa aplicação e
observação plática não evidenciaram essa realidade (SARGENTIM e PASSOS,
2012). “De fato, se analisarmos os gestos específicos dos futebolistas, a ação do
treino em força máxima não repercute nos gestos e na velocidade dos movimentos
realizardo durante uma partida de futebol” (SARGENTIM e PASSOS, 2012, P.145).
A força explosiva é a capacidade de superar o mais rápido possível uma
resistência, representa o caso particular de manifestações das capacidades de
velocidade e de força relacionadas com o esforço único (GOMES, 2002). Por força
explosiva, entende-se aquela força que vem expressa por uma ação de contração, a
mais rápida possível, transferida à sobrecarga a ser vencida, na maior velocidade
possível de contração (VITTORI, 1990; BOSCO, 1998 e 2007). Para Sargentim e
Passos (2012, p.146),”Nas manifestações de força para o futebolista, a força explosiva
tem como função essencial aproveitar o aumento de força proporcionado pela força
máxima e aumentar o potencial de gerar velocidade e potencia do músculo”. Força
explosiva é o produto de força e velocidade, se refere à habilidade do sistema
neuromuscular para produzir o maior impulso possível em um determinado período
de tempo . Apesar de alguns estudos (CABRI, DUFFOUR e CLARYS, 1988) tivessem
comprovado que a aplicação de programas de desenvolvimento da força explosiva
têm uma implicação directa na melhoria de acções próprias do futebol (chutes,
corridas...), parece estar distante o entendimento acerca do grau de associação, já
que existem vários estudos com resultados algo diferenciados, recorrendo aos
mesmos princípios metodológicos, tal como referem Seabra, Maia e Garganta (2001).
23
A demonstração da força explosiva é muito inportante durante as múltiplas
acelerações, variações inesperadas de movimento com e sem bola, é crucial para
uma melhor impulsão vertical para cabecear com maior eficácia. Esta capacidade
motora é igualmente decisiva para o desenvolvimento de um conjunto de execuções
técnicas da modalidade e para uma eficiente inclusão de acções tácticas (REBELO e
OLIVEIRA, 2006). A força explosiva causa aprimoramento na performance das
demais capacidades de mudanças de direção (ARRUDA e HESPANHOL, 2009). Com
uma execução bem estruturada e organizada da força explosiva, o futebolista
consegue desempenhar gestos motores preciso com uma velocidade de contração
rápida e com exatidão do movimento (SARGENTIM e PASSOS, 2012). Para
compreender melhor, a tabela abaixo explana sobre a força explosiva e seus
componentes sendo:
Tabela 2- Componentes essencial da força explosiva
Composição muscular (sobretudo, numero de fibras rápidas);
Frequência de impulso ;
Sincronização;
Coordenação intermuscular e intramuscular;
Capacidade de força máxima, saída e aceleração;
Velocidade de encurtamento do músculo.
Fonte : Badillo e Ayestarán (2001).
Os componentes expostos na tabela trás as reações fisiológicas e
biomecânicas que para Sargentim e Passos (2012, p.147), “para aumentarmos a
velocidade e capacidade de aceleração, a velocidade de encurtamento do músculo,
um componente essencial da força explosiva , deve ser entendida e analisada para,
conseguirmos aplicar um treinamento de forma correta, segura e precisa”. Ela está
relacionada a velocidade de execução de movimento e a força desenvolvida pelo
músculo (ALMEIDA e ROGATTO 2007).
A resistência de força ou força de resistência é entendida por Bompa (2002),
como uma capacidade que o corpo tem de defender-se à fadiga durante o trabalho
de força prolongada. Para Fajaro (2010), é uma a capacidade de manter a repetição
de cargas com eficiência. Para um alto rendimento, sem chegar a fadiga muscular,
24
um planejamento preciso e bem- organizado de treinamento de força deve comportar
um período de alto nível de rendimento, de resistência de força explosiva
(SARGENTIM e PASSOS, 2012). Segundo Komi (2007), a força de resistência é a
capacidade que o sujeito tem de resistir por um período diversas ações musculares,
sem a perda na qualidade do movimento. A força de resistência para os jogadores de
futebol, se apresenta como a habilidade que o atleta tem de suportar, durante o jogo,
a capacidade de gerar força explosiva sem a perda da qualidade do movimento
(SARGENTIM, 2010). Ela por sua vez, é responsável pelo crescimento da massa
muscular nos jogadores por meio de modificação tecidual gerado pelas micro lesões
nos músculos gerando inflamação e liberação de hormônios (HAWKE, 2005).
De acordo com Sargentim e Passos (2012, p.151), “após pleno entendimento
dos conceitos, as manifestações e as particularidades da força em futebolista,
precisamos entender a aplicação e as formas de como podemos manipular a força em
atletas de futebol de campo”. Com a força de resistência, prosseguimos com o terceira
conceitualização da aplicação de força para os jogadores de futebol, que é condicionar
a força sem desfarzer-se da qualidade no movimento (SARGENTIM e PASSOS,
2012).
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das informações adquiridas nesta pesquisa, foi possível concluir que o
treinamento funcional para o futebol seja ele profissional ou amador possui muitos
benefícios, cabendo ao profissional responsável verificar qual o melhor programa de
treinamento e a melhor opção para o atleta.
Observamos também que com o programa de treinamento funcional adjunto aos
métodos de treinamentos convencional no futebol, o atleta adquiri fortalecimento do
core e notável melhora na sua propriocepção, permitindo assim a manutenção do
equilíbrio postural, aumentando o seu desempenho no jogo e diminuindo o risco de
sofrer uma lesão.
Ainda pensando neste contexto dos benefícios que o treinamento funcional
associado aos métodos de treinamento convencional traz para o futebolista, temos
também o treinamento de força muscular, fator importante nos desportos já que esta
para o futebol quando bem trabalhada, proporciona ao atleta não só um melhor
desempenho físico, mas também age como um grande aliado na prevenção de lesões
e reabilitação das mesmas.
Apesar dos estudos disponíveis mostrarem sucesso do treinamento funcional
na prevenção de lesões no futebol, é necessário constantes estudos sobre o tema
proposto, afim de que possa sempre haver evoluções e/ou melhoras nos desportos.
26
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