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PODAS EM LAVOURAS CAFEEIRAS
FRANCISCO CARLOS PEDRO
LAVRAS
MINAS GERAIS BRASIL
2010
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FRANCISCO CARLOS PEDRO
PODAS EM LAVOURAS CAFEEIRAS
Monografia apresentada ao Departamento de
Agricultura da Universidade Federal de Lavras,
como parte das exigncias do curso de Ps-
Graduao Lato Sensu em MBA COFFEE
BUSINESS, para a obteno do ttulo de
especializao.
APROVADA em 22 de fevereiro de 2011.
Pesq.Myriane Stella Scalco
Prof. Virglio Anastcio da Silva
Professor orientador Prof. Dr. Rubens Jos
Guimares
UFLA
LAVRAS
MINAS GERAIS BRASIL
2010
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DEDICO
A todas as pessoas que contriburam de alguma forma para que pudesse
concluir este trabalho.
E em especial para algumas pessoas que j me acompanham h muito
tempo ; So elas: minha me, Maria Aparecida; meu pai, Antonio Pedro;
minha esposa, Cidinha; nossos filhos biolgicos, Masa, Bruna e Breno;
e a nossa filhinha do corao, Rayssa.
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4
AGRADECIMENTOS
A Deus, por permitir mais uma beno.
A Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural de Minas Gerais pela
a oportunidade de realizar mais este curso.
Universidade Federal de Lavras (UFLA), em especial ao Departamento
de Agricultura, pela oportunidade de cursar a ps-graduao.
Ao Prof. Dr. Rubens Jose Guimares, pela pacincia, pela ateno,
ensinamentos e amizade.
A todos os colegas de trabalho da Empresa de Assistncia Tcnica e
Extenso Rural do Estado de Minas Gerais, em especial aos colegas da Unidade
Regional Lavras, pelo apoio em mais uma conquista pessoal e profissional.
Aos funcionrios do Departamento de Agricultura e da FAEPE, pela
ateno, apoio, disponibilidade e presteza.
A Cidinha, meu especial agradecimento pelo companheirismo, apoio e
compreenso nas horas difceis.
A todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para o encerramento
de mais uma etapa importante da minha vida e que, embora no citados aqui,
recebam meus sinceros agradecimentos.
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SUMRIO
1 INTRODUO........................................................................................................ 09
2 OBJETIVO ............................................................................................................... 10
3. METODOLOGIA.................................................................................................... 10
4. REVISO DE LITERATURA................................................................................ 10
4.1 Definio das podas ............................................................................................... 12
4.2 Beneficios da poda................................................................................................ . 12
4.3 Aspectos gerais de manejo..................................................................................... 13
4.4 Epoca de podar....................................................................................................... 15
4.5 Tipos de poda......................................................................................................... 17
4.6 Tipos de podas em lavouras adensadas................................................................ . 23
4.7 Podas em lavouras afetadas por geadas ................................................................ 26
4.8 Podas em lavouras afetadas granizo ..................................................................... 29
4.9 Podas em lavouras depauperadas.......................................................................... 30
5- CONSIDERAES FINAIS .................................................................................. 31
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................... 34
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Valores mdios de peso de caf da roa ( mdia de 6 plantas), em
trs safras e total acumulado, colhidos nos diferentes talhes submetidos a
diferentes tipos de podas laterais e verticais........................................................20
Tabela 2-Valores mdios de volume de caf da roa, ( mdia de 6 plantas),
em trs safras e total acumulado, colhidos nos diferentes talhes submetidos a
diferentes tipos de podas laterais e verticais, em uma lavour,a de caf Acai IAC
474-19, com 9 anos de idade plantados no espaamento de 1,5x1,0 m.UFLA,
2002.....................................................................................................................21
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RESUMO
PEDRO, Francisco Carlos. Podas em lavouras cafeeiras. 2010. 31p.
Monografia (Especializao em MBA Coffe Business) - Universidade
Federal de Lavras, Lavras, MG. *
O agronegcio caf gera, no Brasil, cerca de 3 bilhes de dlares/ano,
correspondendo a, aproximadamente, 6% das exportaes brasileiras. O parque
cafeeiro nacional ocupa rea de 2,3 milhes de hectares com, aproximadamente,
5,53 bilhes de ps, sendo 70% do total produzido de Coffea arabica L. e de
30% de Coffea canephora Pierre. A produo brasileira no ano safra 2010/11 foi
estimada em 47,274 milhes de sacas de 60 kg de caf beneficiado, mantendo o
pas na posio de maior produtor e exportador mundial. O centro-sul a
principal regio cafeeira do pas e os estados de Minas Gerais, Esprito Santo,
So Paulo e Paran somam mais de 90% da produo nacional (COMPANHIA
NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB, 2010).
O custo de produo da lavoura cafeeira alto e as despesas de custeio
ficam cada vez mais onerosas devido s variaes cambiais de produtos como
fertilizantes, herbicidas, fungicidas e outros que so importados e, alem disso, os
cafeicultores esto sujeitos s condies climticas adversas.
Outra questo que afeta a renda do cafeicultor o fato de se tratar de
uma planta com produo bienal, ou seja, aps um ano de safra com alta
produtividade, o prximo ano ser de uma produo razovel ou baixa.
Diante disso torna-se essencial o investimento em tcnicas que garantam a diminuio nos custos de produo aproveitando cada vez mais o potencial produtivo do cafeeiro e que tambm garantam o desenvolvimento sustentvel da atividade.
I
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O objetivo deste trabalho foi reunir informaes sobre podas como
prticas de manejo na busca de recomendaes e solues para uma cafeicultura
produtiva e sustentvel.
Palavras-chave: Podas, manejo, produtividade, Coffea arbica. Comit Orientador: Rubens Jos Guimares UFLA (Orientador)
II
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1 INTRODUO O caf foi introduzido no Brasil em 1727, no estado do Par, com
sementes e mudas oriundas da Guiana Francesa. Foi levado para o Maranho
onde ocorreu a expanso para outros estados at a Serra do Mar, atingindo em
1825 o Vale do Paraba e chegou aos estados de So Paulo e Minas Gerais
(Matiello, 2002). Atualmente a cafeicultura esta presente em 14 estados,
abrangendo cerca de aproximadamente 1900 municpios e gerando direta e
indiretamente 8,4 milhes de empregos.
Um dos momentos mais importantes em se tratando de valor arrecadado
com a commodies exportada, acontece no perodo compreendido de 1925 a
1929, o valor obtido com a exportao de caf chegou a contribuir com 70 % da
pauta. Hoje, a atividade cafeeira continua sendo uma das fontes importantes da
economia do Brasil no quesito exportao. Minas Gerais entra neste cenrio
como maior produtor do pas que corresponde a aproximadamente 50% do caf
produzido no pas. (FUNCAFE - 2009). Apesar do caf se destacar
economicamente, sua produtividade ainda baixa em relao ao potencial
gentico das lavouras cafeeiras brasileiras.
Para agravar ainda mais a situao, os concorrentes brasileiros investem
gradativamente em pesquisas cientficas aumentando a competio internacional
e a guerra de preos. Segundo (Carvalho e Chalfoun, 1985) uma das
preocupaes atuais a padronizao no manejo da poda, de forma a oferecer
maior estabilidade na produo cafeeira e melhor eficincia nos tratos culturais e
fitossanitrios da lavoura, alm de potencializar aumento da produtividade e
diminuir os gastos com mo-de-obra. Assim, torna-se essencial o debate sobre
novos sistemas de produo, principalmente aqueles que garantam o
desenvolvimento econmico e sustentvel.
No final da dcada de 70, houve a introduo da utilizao de lavouras
adensadas e exigiu o surgimento de estudos para melhorar o manejo e garantir a
produtividade. Nos ltimos anos, foram grandes os esforos no sentido de
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10
manter a elevao de produtividade, com ganhos significativos na qualidade do
caf produzido. Aumentaram tambm as preocupaes com prticas de manejo
que garantam a sustentabilidade das propriedades agrcolas reduzindo o impacto
no meio ambiente, buscando a sustentabilidade da atividade sem perder sua
competitividade. (Marques, 2008; Thomaziello & Pereira, 2008).
2. OBJETIVOS E METODOLOGIA
Este trabalho teve como objetivo fazer uma reviso de literatura
analisando os tipos, formas, aplicaes de podas e principalmente a anlise da
importncia do manejo da poda em lavouras de caf depauperadas ou que
sofreram intempries do clima. Foi buscada portanto uma reviso da literatura
por meio da discusso de resultados e da opinio de autores e pesquisadores que
buscaram os melhores tipos de poda e a eficcia da poda atravs do manejo mais
adequado.
4. REVISO DE LITERATURA
O cafeeiro um arbusto de crescimento contnuo, com dimorfismo dos
ramos, caracterizado pela formao de dois tipos de ramos diferenciados nas
suas funes: ortotrpicos e plagiotrpicos.
Os ramos ortotrpicos crescem verticalmente e deles se originamos
plagiotrpicos que crescem horizontalmente, perpendicular tronco principal e
so responsveis pela produo da planta (Thomaziello & Pereira, 2008).
AAppss aa lliibbeerraaoo ddaass ffoollhhaass ccoottiilleeddoonnaarreess aa mmuuddaa eemmiittee uumm ppaarr ddee
ffoollhhaass vveerrddaaddeeiirraass aa ccaaddaa 2233 ddiiaass aapprrooxxiimmaaddaammeennttee.. GGuuiimmaarreess ((11999944)),,
eennccoonnttrroouu iinntteerrvvaallooss ddee tteemmppoo vvaarriiaannddoo ddee 1144 aa 4455 ddiiaass ppaarraa eemmiissssoo ddee uumm
nnoovvoo ppaarr ddee ffoollhhaass,, sseennddoo ooss mmeennoorreess iinntteerrvvaallooss nnooss ppeerrooddooss mmaaiiss qquueenntteess ee ooss
mmaaiioorreess nnooss ppeerrooddooss mmaaiiss ffrriiooss ddoo aannoo.. EEsssseess ppaarreess ddee ffoollhhaass ccrreesscceemm ccoomm uummaa
ttoorroo ddee 6600 nnoo rraammoo oorrttoottrrppiiccoo,, sseennddoo qquuee ss aappaarreecceerr nnoovvoo ppaarr nnoo mmeessmmoo
ppllaannoo aappss aa eemmiissssoo ddee 22 ppaarreess iinntteerrmmeeddiirriiooss..
-
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EEnnttrree oo 88 aaoo 1100 ppaarreess ddee ffoollhhaass vveerrddaaddeeiirraass hh eemmiissssoo ddooss
pprriimmeeiirrooss rraammooss ppllaaggiioottrrppiiccooss.. AA ffiilloottaaxxiiaa ddooss ppllaaggiioottrrppiiccooss iiddnnttiiccaa ddooss
oorrttoottrrppiiccooss,, mmaass eemm vviirrttuuddee ddee uummaa ttoorroo ddoo eennttrreenn ee ddooss ppeeccoollooss,, aass ffoollhhaass
ssoo ccoollooccaaddaass nnuumm mmeessmmoo ppllaannoo hhoorriizzoonnttaall ((RREENNAA ee MMAAEESSTTRRII,, 11998866))..
OOss rraammooss oorrttoottrrppiiccooss ee ppllaaggiioottrrppiiccooss ssoo oorriiggiinnaaddooss ddee ggeemmaass
ddiiffeerreenncciiaallmmeennttee ddeetteerrmmiinnaaddaass.. NNaa aaxxiillaa ddee ccaaddaa ffoollhhaa,, nnooss eeiixxooss vveerrttiiccaaiiss,,
eexxiissttee uummaa ssrriiee lliinneeaarr oorrddeennaaddaa ddee 55 aa 66 ggeemmaass sseerriiaaddaass ee,, iissoollaaddaa aacciimmaa ddaa
ssrriiee,, uummaa oouuttrraa ggeemmaa,, ddiittaa ccaabbeeaa ddee ssrriiee,, qquuee ssee ffoorrmmaa nnaa ppllaannttaa aa ppaarrttiirr ddoo
88 aaoo 1100 nn,, ((CCaarrvvaallhhoo eett aall,, 11995500 cciittaaddooss ppoorr RReennaa ee MMaaeessttrrii,, 11998866)).. IIssttoo
eexxpplliiccaa oo aappaarreecciimmeennttoo ddooss rraammooss ppllaaggiioottrrppiiccooss nnaass mmuuddaass qquuaannddoo aattiinnggeemm
eessssee eessttddiioo ((RREENNAA ee MMAAEESSTTRRII,, 11998866))..
AAss ggeemmaass ""ccaabbeeaa--ddee--ssrriiee"" ddoo oorriiggeemm uunniiccaammeennttee aa rraammooss
ppllaaggiioottrrppiiccooss,, aaoo ppaassssoo qquuee aass ggeemmaass sseerriiaaddaass oorriiggiinnaamm rraammooss oorrttoottrrppiiccooss
((vveerrttiiccaaiiss)) ee qquuaannddoo pprreesseenntteess nnooss ppllaaggiioottrrppiiccooss ppooddeemm oorriiggiinnaarr oouuttrrooss
ppllaaggiioottrrppiiccooss ddee mmaaiioorr oorrddeemm ((RREENNAA ee MMAAEESSTTRRII,, 11998866))..
CCoonnhheecceerr oonnddee ssee llooccaalliizzaamm ee aa qquuee ddoo oorriiggeemm ss ggeemmaass eevviittaa qquuee
ccoommeettaammooss eerrrrooss ggrraavveess ddee mmaanneejjoo,, ccoommoo ppoorr eexxeemmpplloo nnaass ppooddaass.. SSee ppoorr
qquuaallqquueerr mmoottiivvoo ((ggeeaaddaass,, cchhuuvvaass ddee ggrraanniizzoo,, sseeccaa ddee rraammooss ppoorr ddeeffiicciinncciiaa oouu
ddeesseeqquuiillbbrriioo nnuuttrriicciioonnaall)),, ooccoorrrreerr aa mmoorrttee ddee ppllaaggiioottrrppiiccooss,, iissssoo nnooss lleevvaarr aa
ffaazzeerr uummaa ppooddaa ddoo oorrttoottrrppiiccoo aa bbaaiixxoo ddee oonnddee ooccoorrrreeuu aa mmoorrttee ddooss
ppllaaggiioottrrppiiccooss,, ffoorraannddoo aa bbrroottaaoo ddee oouuttrroo oorrttoottrrppiiccoo qquuee oorriiggiinnaarr nnoovvooss
ppllaaggiioottrrppiiccooss.. PPoorrttaannttoo ssee aacciimmaa ddee ccaaddaa ssrriiee ddee ggeemmaass sseerriiaaddaass ss eexxiissttee uummaa
ccaabbeeaa--ddee--ssrriiee"" ee eessssaa jj ddeeuu oorriiggeemm aaoo ppllaaggiioottrrppiiccoo qquuee mmoorrrreeuu,, aallii nnoo
nnaasscceerr oouuttrroo,, ffoorrmmaannddoo oo cchhaammaaddoo cciinnttuurraammeennttoo ddoo ccaaffeeeeiirroo.. PPoorr oouuttrroo llaaddoo,,
ssee ooss ppllaaggiioottrrppiiccooss ffoorreemm ppooddaaddooss ddrraassttiiccaammeennttee ccoommoo ppoorr eexxeemmpplloo nnaa
ooppeerraaoo ddee eessqquueelleettaammeennttoo aa mmeennooss ddee 2200ccmm ddaa iinnsseerroo ddeessttee ccoomm oo
oorrttoottrrppiiccoo,, ttaammbbmm ppooddeerr ooccoorrrreerr ssuuaa mmoorrttee ee ccoonnsseeqquueenntteemmeennttee oo
cciinnttuurraammeennttoo ((RREENNAA ee MMAAEESSTTRRII,, 11998866))..
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AAllttaass tteemmppeerraattuurraass,, ppooddaass,,oouu mmeessmmoo ddaannooss mmeeccnniiccooss ppooddeemm
aattiivvaarr ggeemmaass sseerriiaaddaass nnoo oorrttoottrrppiiccoo ddaannddoo oorriiggeemm aa oouuttrrooss oorrttoottrrppiiccooss qquuee
ppaassssaamm aa sseerr cchhaammaaddooss ddee rraammooss llaaddrreess,, qquuee ddeevveemm sseerr ccoonndduuzziiddooss
((ddeessbbrroottaass sseelleettiivvaass)) oouu mmeessmmoo eelliimmiinnaaddooss.. NNoo ccaassoo ddaa eessppcciiee CCooffffeeaa aarraabbiiccaa
LL..,, aass ppllaannttaass ssoo uunniiccaauullee,, jj nnaa CCooffffeeaa ccaanneepphhoorraa,, aass ppllaannttaass ssoo mmuullttiiccaauullee,, oouu
sseejjaa,, ssoo ccoonndduuzziiddaass ccoomm vvrriiooss oorrttoottrrppiiccooss ((GGUUIIMMAARREESS,, MMEENNDDEESS EE
SSOOUUZZAA,, 22000022))..
4.1 Definio de Podas
Para Thomaziello & Pereira (2008), a poda consiste em uma operao
que tem a finalidade de eliminar partes das plantas que perderam ou diminuram
a capacidade produtiva, cuja possibilidade de recuperao natural seja
praticamente nula. Por meio da poda, a dominncia apical suprimida como
consequncia da alterao do equilbrio hormonal, havendo assim um estmulo
na emisso e no desenvolvimento dos brotos a partir de gemas latente. J para
Androciolli Filho (2005), a poda consiste na eliminao total ou parcial da
planta.
4.2 Benefcios da Poda
A principal finalidade da poda eliminar todo tecido foliar e vegetativo
improdutivo; modificar a arquitetura da planta; estimular a produo pela maior
luminosidade em locais com alto sombreamento (fechamento); eliminar ramos
afetados por pragas e doenas; reduzir as condies favorveis ao ataque de
pragas e doenas mediante a entrada de luz e ar; corrigir danos causados na parte
area por efeito de condies climticas adversas; facilitar trabalhos de manejos
que requerem o uso de equipamentos mecanizados e facilitar a colheita.
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4.3 Aspectos gerais de manejo
Segundo Matiello (1995) existem trs tipos de manejo de cafeeiros, a
poda programadas, a poda corretiva e a ausncia de podas.
As podas programadas so aquelas que possuem efeito preventivo e
impede fechamento das lavouras. indicada principalmente em lavouras
adensadas. Ela consiste no arranquio de linhas alternadas, recepa de linhas
alternadas, arranquio de linhas duplas alternadas, recepa alternada de 1/3 das
linhas, recepa e decote alternado e recepa de 20% a 25% das linhas, conhecido
como Poda Tipo Fukunaga.
As podas corretivas so o decote, desponte, esqueletamento e recepa.
A conduo sem podas ocorre a partir do momento em que se comprova
que a poda no beneficiar a lavoura, pois se sabe que a poda deve ser necessria
para ser utilizada.
Os equipamentos utilizados para efetuar a poda do cafeeiro tambm
influenciam nos resultados. Os equipamentos podem ser manuais ou
mecanizados. Os equipamentos manuais consistem basicamente de foices,
faces, machados, podes, serrotes, moto serras e podadoras costais
motorizadas. Segundo Thomaziello et. al., (2008), eles devem ser utilizados
preferencialmente de acordo com o tamanho da rea a ser podada, tipo de poda,
idade da lavoura e tradio regional, sendo indicado para pequenas reas devido
ao rendimento. Os equipamentos mecanizados so acoplados aos tratores sendo
utilizados normalmente em recepas, decotes e esqueletamento para propriedades
cafeeiras de maior porte.
De acordo com Toledo Filho et. al. (2000) para que a lavoura de caf
possa expressar seu potencial produtivo e conseguir uma maior eficincia de
manejo preciso que seja definido o sistema de conduo das plantas tanto na
fase de formao como na fase de produo. Este sistema de conduo do
cafezal envolve a definio de espaamento desde os mais abertos at os mais
adensados, escolha pela maior ou menor densidade de plantio, realizao de
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controle ou no do crescimento das plantas, determinao da conformao ou
arquitetura da planta e aplicao do manejo, seja manual ou mecanizado.
Segundo Guimares et. al., (2009), a poca mais apropriada para a poda
em cafeeiros parece ser aquela que se segue aps a colheita, nos meses de agosto
a setembro, quando as plantas comeam a aumentar seu ritmo de crescimento.
Porm, observam-se alguns insucessos na brotao de cafezais podados logo
aps a colheita, quando ocorrem fatores, como alta produo, geadas, chuvas de
granizo, secas prolongadas ou ataque intenso de pragas e doenas.
Nesses casos, recomenda-se aguardar at os meses de novembro ou
dezembro, para permitir que as plantas recomponham suas reservas de
fotoassimilados, ento, executando assim as podas. Porm deve-se atentar que
podas executadas a partir de dezembro comprometem a produtividade de
lavouras no ano seguinte realizao das mesmas.
Santinato e Fernandes (2008) comentam sobre a seqncia e tipos de
podas. A primeira poda a ser realizada a denominada decote herbceo ou
capao. Estas so feitas quando os cafeeiros atingem aproximadamente 2,0 m
de altura. O decote herbcio consiste em cortar com a prpria unha, um canivete
ou uma tesoura um dos ltimos ramos plagiotrpicos e o ramo ortotrpico,
deixando o outro ramo plagiotrpico. Procedendo-se desta forma, a brotao
pouca, pois a energia dirigida para o ramo plagiotrpico que sobrou. Outro
efeito benfico o engrossamento geral do caule, evitando o envergamento,
alm da limitao da altura, que facilita a colheita e tratos fitossanitrios. Desta
forma, o cafeeiro continua crescendo e, em mdia dois anos depois, faz-se
novamente a mesma operao, castrando-se a 2,4 m de altura. Pode-se tambm
realizar a castrao qumica, o que facilita bastante esta operao, conforme
estudo foi evidenciado que o uso do antibrotante Primeplus nas doses e modos
de aplicaes aqui estudadas reduz a produtividade do cafeeiro de 5% a 25%. O
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15
uso do glyphosate na dose de 50%, aplicado com esponja e/ou luva no reduz a
produtividade do cafeeiro.
Para que a poda seja satisfatria deve-se realizar uma anlise tcnica
detalhada na lavoura, a fim de conhecer o sistema de poda mais eficiente a ser
utilizado para conduo mais adequada de cada lavoura ou gleba da propriedade.
Deve-se tambm conhecer os tipos de podas, pocas, estado fisiolgico e
nutricional da planta, bem como as pragas e doenas que prejudicam o vigor da
lavoura.
4.4 pocas de podar
A poca da poda, por regular o crescimento vegetativo afeta a safra
futura. Desse modo, quanto mais cedo se poda, a partir de julho, maior ser a
prxima produo. A poca mais apropriada logo aps a colheita (Fagundes et.
al., 2007).
Cunha et. al. (2008), resume as podas das seguintes formas:
a ) lavoura em bom estado: logo aps a colheita;
b) lavoura com geada severa: aps as primeiras brotaes;
c) lavoura com geada leve: no podar.
Segundo Thomaziello e Pereira, (2008), os cafeeiros podados logo aps
a colheita tem seu comprimento e dimetro do broto, dimetro da saia e
nmero de ramos plagiotrpicos maiores em relao queles realizados
tardiamente.
As podas executadas a partir de dezembro comprometem a
produtividade das lavouras no ano seguinte a realizao das mesmas, cafeeiros
que sofreram podas mais drsticas e tardias no prazo de trs anos aps a
execuo das mesmas ainda no conseguem superar a produtividade de cafeeiros
sem poda, considerando as produes acumuladas; e decote herbceo realizado
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nos trs primeiros anos de produo de lavouras cafeeiras adensadas/ super
adensadas no alteram a produtividade. (Guimares et. al. 2008). J para
(Matiello et. al., 2002), a poca indicada para a poda o perodo compreendido
entre o trmino da colheita e o incio das chuvas, normalmente em agosto-
setembro. As podas menos drsticas devem ser realizadas mais cedo para
possibilitar o arejamento da planta e um maior pegamento da florada. J as
podas mais drsticas (recepas) devem ser retardadas, pois quando antecipadas
dentro do perodo seco, podem aumentar a porcentagem de morte de razes. Para
Guimares e Mendes, (1997), a poca mais indicada para a realizao das podas
parece ser aps a colheita, nos meses de agosto e setembro. No entanto,
comum observar alguns insucessos na brotao de cafezais podados nesta poca,
devido a altas produes, ou chuva de granizo, secas prolongadas ou mesmo
ataque severo de pragas ou doenas. Nesses casos, recomenda-se podar nos
meses de novembro ou dezembro, estando s plantas com maiores reservas de
fotoassimilados, tornando-se mais resistentes.
Os estudos realizados por Livramento et. al. (2003), sobre a influncia
da produo nos nveis de carboidratos e recuperao de cafeeiros aps a recepa,
no municpio de So Sebastio do Paraso-MG, em um talho do cultivar caf
Catua Vermelho IAC99, com 10 anos de idade, plantado no espaamento de 3,5
x 0,7m. Os autores concluram que plantas com maiores produes apresentam
maiores teores de amido nos ramos e caules, proporcionaram aps a poda e
tambm aps a colheita, menor o nmero de brotaes, porm mais vigorosas.
As plantas que sofreram desbaste de frutos apresentaram, aps a poda, menor
nmero de brotos, porm com mesmo vigor daqueles observados nas plantas que
estavam com frutos. Assim para cafeeiros em bom estado fitossanitrio e
nutricional, existe uma relao positiva entre os nveis de produtividade e teores
de carboidratos nos ramos e que os efeitos da poda so mais positivos quando
realizados aps a colheita. Os cafeeiros que receberam tratos culturais
adequados apresentaramse bem enfolhados e sintetizaram quantidades de
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17
carboidratos suficientes para assegurar elevada carga de frutos, bem como a
manuteno de um bom aparato vegetativo, inclusive aps a poda. Em lavouras
depauperadas e com produes elevadas, deve ocorrer esgotamento das reservas,
por isso, sugere-se uma poda tardia com tratos culturais normais entre o perodo
de colheita e de poda.
4.5 Tipos de Podas
4.5.1 Decote
Para Androciolli Filho (2005), o decote uma poda realizada na metade
superior da planta, varia desde 1,20 m at 2,0 m. Indicado para lavouras que no
perderam a saia (ramos da parte baixa da planta). Revigora os ramos da base
forando seu crescimento e ramificao e mantm a planta com altura mais
adequada para colheita. Aplicado a cada quatro ou cinco anos, o decote a poda
mais adequada para a maioria das lavouras cafeeiras do Brasil. indicado para
lavouras que ainda no perderam a saia (ramos da parte baixa da planta).
Revigora os ramos da base forando seu crescimento e ramificao e mantm a
planta com altura mais adequada para colheita. J para Toledo Filho et al.,
(2000), o decote uma poda do tronco principal, feita a uma altura varivel de
1,7 a 2,2 metros. Essa poda deve ser feita se possvel aps um ano de grande
produo, eliminando-se a parte superior da planta. Esse tipo de poda tambm
aconselhado para lavouras em vias de fechamento, nas quais no houve perda
significativa de ramos plagiotrpicos inferiores, ou que apresentem
cinturamento, ou ainda que apresentem altura excessiva. A eliminao da parte
superior do tronco estimula o crescimento de ramos laterais, melhorando as
condies vegetativas da copa do cafeeiro.
Segundo Guimares e Mendes (1997), o decote deve ser utilizado em
lavouras em incio de fechamento, mas que no perderam a parte inferior da
copa. Em lavouras em estado de depauperamento, com seca de ponteiros, com
-
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excesso de brotos,cinturamento mas que no perderam a parte inferior da
copa, e tambm lavouras com excesso de brotos ou que passaram por geadas,
fascas eltricas ou granizos, sem prejuzo da saia, ou que necessitem de controle
da altura para facilitar os tratos culturais.
Mas os estudos realizados por Oliveira et. al., (2002), em caf Acai
com 9 anos de idade, espaamento de 1,5x 0,70, no municpio de Santo Antnio
do Amparo, demonstraram que os sistemas de conduo com podas menos
drsticas como o decote no proporcionam altas produtividades.
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Tabela 1- Valores mdios de peso de caf da roa ( mdia de 6 plantas), em
trs safras e total acumulado, colhidos nos diferentes talhes submetidos a
diferentes tipos de podas laterais e verticais, em uma lavoura de caf Acai IAC
474-19, com 9 anos de idade plantados no espaamento de 1,5 X 1,0 m.
Tratamentos Peso(Kg) 2000 Peso(Kg) 2001 Peso(Kg) 2002 Peso(Kg) 2003
Vertical 0,70 m + lateral 0,30 m 0,00 3,22 ab 3,30 a 6,52 a
Vertical 0,70 m + lateral ,0,50 m 0,00 2,55 ab 7,18 a 9,73 a
Vertical 0,70 m + lateral sem
poda
0,00 2,75 ab 4,68 a 7,43 a
Vertical 1,35 m + lateral 0,30 m 2,50 a 7,40 a 4,83 a 12,85 a
Vertical 1,35 m + lateral 0,50 m 0,00 3,67 ab 1,70 a 5,38 a
Vertical 1,35 m + lateral sem
poda
1,16 a 7,57 a 2,90 a 11,35 a
Vertical 2,0 m + lateral 0,50 m 0,71 a 4,65 a 1,75 a 7,11 a
Vertical 2,0 m + lateral 0,30 m 1,01 a 2,57 a 1,30 a 4,89 a
Vertical 2,0 m + lateral sem
poda
0,40 a 1,10 b 3,69 a 8,66 a
Testemunha sem poda 3,57 a 3,02 ab 3,73 a 10,33 a
C.V 127,28 63,94 103,29 71,81
Adaptado de: Oliveira et. al., 2002.
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Tabela 2-Valores mdios de volume de caf da roa, (mdia de 6 plantas), em
trs safras e total acumulado, colhidos nos diferentes talhes submetidos a
diferentes tipos de podas laterais e verticais, em uma lavour,a de caf Acai IAC
474-19, com 9 anos de idade plantados no espaamento de 1,5x1,0 m.
Tratamentos Volume (L)
2000
Volume (L)
2001
Volume (L)
2002
Volume (L)
Total 3 anos
Vertical 0,70 m + lateral 0,30 m 0,00 6,25 ab 4,75 a 11,03 a
Vertical 0,70 m + lateral 0,50 m 0,00 4,75 ab 11,28 a 16,73 a
Vertical 0,70 m + lateral sem
poda
0,00 5,50 ab 6,63 a 12,13 a
Vertical 1,35 m + lateral 0,30 m 4,00 a 13,00 a 7,50 a 21,50 a
Vertical 1,35 m + lateral 0,50 m 0,00 7,50 ab 2,75 a 10,25 a
Vertical 1,35 m + lateral sem
poda
4,00 a 14,25 a 4,75 a 20,00 a
Vertical 2,0 m + lateral 30 m 5,00 a 5,25 ab 2,13 a 8,63 a
Vertical 2,0 m + lateral 0,50 m 2,00 a 9,25 ab 2,65 a 12,90 a
Vertical 2,0 m + lateral sem poda 1,00 a 2,66 b 5,63 a 13,88 a
Testemunha sem poda 6,87a 6,00 ab 6,13 a 19,00 a
C.V. 16,48 57,36 102,86 66,45
Adaptado de: Oliveira et. al., 2002.
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4.5.2 Decote Herbceo
realizado quando o cafeeiro atingir a altura que se deseja limit-lo,
mantendo- o sempre nesse patamar com desbrotas constantes. uma prtica
recomendada para cultivares de porte alto e vigorosas como Mundo Novo e
Icatu.
4.5.3 Recepa:
uma poda baixa e drstica que elimina grande parte area.
Recomenda-se para casos extremos como o fechamento com alto grau de
intensidade e para lavouras atingidas por geadas.
4.5.4 Desbrota das plantas
A retirada de brotaes que surgem no ramo ortotrpico do cafeeiro so
comumente conhecida como desbrotas.. Os ramos ladresso brotos que
aparecem geralmente estimulados pela insolao que incide no tronco ou
qualquer anomalia que interfira na dominncia apical. A pratica de retirada
desses brotos quando novos pode ser fcil e realizada manualmente, mas,
quando esta desenvolve, ganha espessura e tamanho torna-se mais trabalhosa
Cunha 2008.
Esta ultima operao exige maior tempo de recuperao do cafeeiro em
termos de produo e tambm mais onerosa, pela necessidade de vrias
desbrotas conduo de ramos, alm de aumentar as operaes de manejo do
mato. uma poda que permite a recuperao da lavoura, corrigindo os defeitos
da parte area das plantas (Thomaziello & Pereira, 2008). Para Cunha et. al., (
2008), a recepa o corte do tronco da planta em altura inferior a 0,80m, mas
geralmente realizada a uma altura de 40 cm e a quando possvel deixa-se 1 ou
2 ramos laterais no tronco, "ramos pulmes", esses contribuem para um melhor
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desenvolvimento da brotao nova e para melhores produes nos primeiros
anos, deve ser recomendada somente quando no existe a possibilidade de
aplicar outra tipo de poda.
Segundo Thomaziello & Pereira (2008), existe dois tipos de recepa: a
recepa baixa que realizada de 30 a 40 cm do solo, e no se deixa nenhum
ramo, geralmente para lavouras que no tenha mais ramos plagiotrpicos. A
recepa alta, a qual realizada de 50 a 80 cm do solo, deixando-se os ramos
plagiotrpicos que esto abaixo do corte, denominados de ramos pulmes,
teis para acelerar a recuperao dos cafeeiros, por ter maior rea
fotossinteticamente ativa. Foi realizado experimento sobre o efeito de podas em
diferentes pocas em lavouras cafeeiras adensadas, no municpio de Santo
Antnio do Amparo-MG e segundo os estudos de Vallone et. al. (2008), foi
concludo que a tendncia que os sistemas de conduo com podas mais
drsticas superem os demais nas prximas avaliaes em funo do fechamento
natural da lavoura e as recepas, tanto a 30 quanto a 80 cm de altura, possuem
uma tendncia de que quanto mais tarde se realiza esta poda, menor ser a
produo
4.5.5 Esqueletamento:
Segundo Androciolli Filho (2005), o esqueletamento o corte dos
ramos laterais a uma distncia de 20 a 30 cm do tronco do cafeeiro. Nesta poda
aproveita-se tambm para fazer um decote cortando-se o tronco a uma altura
superior a 1,20 m. indicado para lavouras adensadas e superadensadas, pois,
ela diminui o dimetro da copa do cafeeiro e renova os ramos laterais. Os
cafeeiros esqueletados recompem mais rapidamente a copa e so menos
afetados pelas geadas moderadas do que os cafeeiros recepados .
Para Thomaziello & Pereira (2008), a principal caracterstica desta poda
a recuperao total da planta em um ano, com perda de apenas uma safra. A
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exposio inicial do tronco do cafeeiro ao sol poder provocar a emisso de
ramos ladres, que devem ser eliminados pelas desbrotas. A no-execuo das
desbrotas provoca deformaes na estrutura do cafeeiro e comprometer tanto a
produtividade quanto a longevidade da lavoura. Segundo os autores, o
esqueletamento tambm indicado para lavouras em vias de fechamento, para
lavouras desgastadas pela idade com perda de produo; para lavouras atingidas
por geada de capote e para lavouras no sistema adensado mecanizvel, que
necessitam de podas a cada quatro ou cinco anos.
J para Guimares et. al., (2009), o esqueletamento indicado para
lavouras mais velhas, plantadas em livre crescimento, mas que se encontram em
vias de fechamento, com plagiotrpicos longos e pouco produtivos.
4.5.6 Recepa por talho
O plantio realizado de forma parcelada, de modo que a cada ano
plantado uma parte do talho. Fazer a poda no lote que completar um total de
quatro a cinco colheitas, conduzindo um broto por planta dependendo do stand
do talho.
4.6 Podas em lavouras adensadas
Atualmente o sistema de adensamento tem sido utilizado na cafeicultura
mundial e no Brasil para permitir maior produtividade. Mesmo onde a
mecanizao possvel em grande parte das reas cafeeiras do Brasil, nota-se
uma intensa utilizao dos sistemas adensados (Matiello, 1991). Os produtores
tm adotado espaamentos que possibilitam o cultivo de 5.000, 10.000 e at
acima de 20.000 plantas por hectare. Esta tendncia proporcionou uma grande
demanda de informaes relativas conduo destas lavouras, maximizando
suas vantagens e minimizando as desvantagens.
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A prtica do adensamento provoca uma alterao no ambiente da
lavoura ocasionando modificaes nos padres fisiolgicos, morfolgicos e
produtivos dos mesmos. Redues no espaamento de plantio, tanto entre as
linhas quanto entre as plantas na linha, refletem em maior altura do ramo
ortotrpico primrio (Nacif, 1997; Pereira & Cunha, 2004; Rena et. al., 1994),
causam morte mais intensa dos ramos plagiotrpicos no tero inferior dos
cafeeiros (Matiello et. al., 2002; Pereira & Cunha, 2004; Thomaziello et. al.,
1998) e diminuem a rea til produtiva de cada planta, representada pelo
dimetro e o comprimento da copa (Pereira & Cunha, 2004), comprometendo
assim a sua vida til e ainda resultando numa menor produtividade e renda do
cafeicultor. Segundo Oliveira et. al., (1990); Cunha et. al., (1999), uma das
formas para reverter este processo a utilizao de podas adequadas para cada
tipo de lavoura em questo para obter uma maior estabilidade, qualidade na
produo cafeeira, facilitar os tratos culturais e fitossanitrios da lavoura,
maximizao da mecanizao e mo-de-obra principalmente com colheita.
Dessa forma, em plantios adensados, a poda uma prtica indispensvel
que deve ser empregada aps o fechamento da lavoura, com o objetivo de
recuperar as lavouras atravs do desenvolvimento de novos ramos, propiciando
assim aumento da luminosidade e produo.
As lavouras cafeeiras adensadas necessitam de um cuidado especial
quanto ao manejo de podas, que devem ser programadas antes mesmo da
implantao da lavoura. (Oliveira, et. al., 2002)
Segundo Thomaziello & Pereira, (2008), a altura exagerada, perda dos
ramos baixeiros e o tombamento da planta para o meio da rua so fatores que
levam adoo da poda.
Em lavouras adensadas torna-se obrigatria a realizao de podas
sistemticas. Com relao s recepas, tanto a 30 quanto a 80 cm de altura,
observa uma tendncia de quanto mais tarde se realiza esta poda, menor ser a
produo (Vallone, Barbosa et. al., 2002). Segundo este mesmo autor em
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lavouras de 8 anos da cultivar Catua, a tendncia que os sistemas de conduo
com podas mais drsticas, como a recepa e o esqueletamento superem os demais
em funo do fechamento natural da lavoura. Os pesquisadores observam que
h uma tendncia menor produo quanto mais tarde se realiza a poda.
Segundo Androciolli Filho (2005), as lavouras adensadas so planejadas
para ser conduzidas com podas leves, do tipo decote, esqueletamento ou
esqueletamento parcial, a cada quatro a cinco colheitas. A recepa realizada
apenas nos casos de geadas severas. J alguns pesquisadores como Thomaziello
& Pereira (2008), o esqueletamento uma poda drstica.
Os tipos de poda indicados nesses casos so decote, esqueletamento;
esqueletamento em apenas um lado da planta em um ano de grande safra e
esqueletamento do outro lado, quando ocorrer novamente outra grande colheita
e, finalmente, recepa, em casos de danos severos causados por geadas ou
granizo.
Segundo Androciolli Filho (2005), o nmero de brotos a ser conduzidos
por planta deve ser tanto para lavoura com duas plantas por cova, ou para
lavoura com uma planta por cova (manter um broto por planta).
4.6. Podas em lavouras super adensadas
Em lavouras super adensadas, as podas so mais drsticas e aplicadas de
forma sistemtica, independentemente da ocorrncia da geadas. So lavouras
preparadas para receber podas, visto possurem 8.000 a 12.000 plantas por
hectare, dependendo da variedade e da regio, com o que se obtm rpida
recuperao da produtividade aps as podas. Em populaes de 5.000 plantas
por hectare, a recuperao da produtividade lenta aps a recepa, sendo
prefervel, neste caso, optar pelo esqueletamento. Os tipos de podas utilizados
so o esqueletamento e a recepa. O sistemas de podas podem ser, poda por
talho, tanto para recepa como para esqueletamento, poda por planta, no caso do
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esqueletamento e poda por linha alternadas . Nos sistemas superadensados,
deve-se manter sempre um broto por tronco em todos os casos (Androciolli,
2005). Plantios mais adensados, embora com altas produes, acabam por levar
a lavoura a um fechamento precoce, dificultando o manejo, a colheita e ainda
impossibilitam operaes mecanizadas que possam auxiliar na reduo dos
custos de produo. Essa dificuldade de se processar os tratos culturais com
intervenes mediante o uso de podas podem ser menizadas com o uso de podas
programadas, por tanto a poda devera ser considerada como mais um a atividade
de manejo da lavoura, lembrando que a produtividade e o retorno financeiro da
atividade tambm devero ser assegurados (Thomaziello; Pereira, 2008). A
recepa o tipo de poda mais adequado para sistemas de podas por linha na
lavouras superadensadas. Pode ser realizada em linhas alternadas ou no sistema
BF, em ciclos de trs, quatro ou cinco anos.
4.6.1 Podas por linhas
Podem ser aplicadas em lavouras super adensadas. um sistema usado
em pequena escala em alguns pases cafeeiros, nos casos de falta de mo-de-
obra especializada e em grandes lavouras. Tem a desvantagem de poder ocorrer
a poda de plantas boas em uma linha que est sendo trabalhada, ficando sem
podar plantas que no produziro no ano seguinte, por estar em linha no eleita
para ser podada.
4.7 Poda em lavouras afetadas por geadas
Segundo Androciolli Filho (2005), a poda deve ser utilizada para
recompor as plantas afetadas e em seguida devem ser feitas as desbrotas.
A conduo da planta ser influenciada pelo dano causado planta.
(Guimares, Mendes, e Theodoro, 2004), Guimares et. al., (2004) concordam
quando recomendam a poda aps a ocorrncia de geadas ou chuvas de granizo, a
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poda se torna necessria para a recomposio das plantas afetadas, atravs das
podas e em seguida das desbrotas.
Os melhores resultados so obtidos quando a poda realizada 60 a 120
dias aps as geadas. A indicao esperar as primeiras chuvas (agosto a
outubro), quando as plantas iniciam a brotao e do indicao mais real do
dano e do ponto a ser cortado. Segundo Cunha et. al., (2008), o decote deve ser
utilizado em geadas de capote dos ponteiros. J Thomaziello & Pereira (2008),
indicam o esqueletamento para lavouras atingidas por geada de capote.
Thomaziello (2005) indica que as geadas causam danos em frutos em diferentes
estgios de verde, chumbinho; chumbo; verde cana, mas no afeta frutos
maduros e secos.
Danos mais severos
Ocorre a morte dos ramos, das folhas e da maior parte do tronco.
Esqueletamento por Planta
Esta poda realizada anualmente apenas nas plantas que no produziro
satisfatoriamente no ano seguinte, em plantas com excesso de produo e nas
plantas com ramos laterais secos. aplicada desde a primeira produo. O
cafezal fica com altura irregular. um sistema adequado para as condies onde
ocorrem geadas com mais freqncia. muito importante avaliar a intensidade
dos danos, para evitar cortar alm do que a geada danificou. A brotao do
tronco e ramos um bom indicador para identificar a parte sadia.
Independentemente dos danos sofridos pelos cafeeiros, deve-se colher o mais
rpido possvel (lavouras com produo), para no perder qualidade do produto
e fazer a esparramao dos cordes (lavouras que receberam arruao antes da
colheita do cafeeiro. So causados por geadas que afetam todas as regies
cafeeiras do Brasil, e tm freqncia aproximada de uma em cada 30 anos. A
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recepa o tipo de poda predominante, tanto no sistema de poda por talho como
em poda por linha.
Danos severos
Segundo Thomaziello (2006) e Androciolli Filho (2005), os cafeeiros
apresentam danos parciais ou totais nas folhas e ramos em diferentes
intensidades, dependendo da localizao da lavoura na propriedade. Pode
ocorrer a morte de grande parte do tronco, nos caso de lavouras localizadas nas
baixadas ou de lavouras com plantas desfolhadas e com deficincias
nutricionais. A produo do ano seguinte afetada parcialmente ou totalmente.
As geadas que ocasionam este tipo de dano ocorre com freqncia aproximada
de uma em cada seis anos. Para Androciolli (2005), pode haver casos que
dispensam a poda at situaes que necessitam de um tipo de poda mais drstica,
como a recepa e aconselha os seguintes sistemas de podas: poda por planta e
poda por talho. Porm Thomaziello (2006) ressalta que antes de se adotar
qualquer tipo de poda, necessrio analisar alguns aspectos como: o cultivar,
idade da lavoura, localizao, reas com incidncia de nematides e alto ndice
de falhas nas lavouras.
Danos moderados
Para Androciolli Filho (2005), os cafeeiros que apresentam danos
superficiais na copa, com queima de folhas e de pontas de alguns ramos. Estes
podem ocorrer com mais freqncia em lavouras localizadas nas partes mais
baixas da propriedade. Geralmente , causa pouco efeito sobre a produo. No
se deve podar, fazer apenas a desbrota, colhendo o caf o mais rpido possvel.
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Geada de canela
Para Thomaziello (2006) este tipo de geada pode ocorre em cafeeiros
sem saia e novos, devido a falta do escoamento do ar frio e ainda ao acumulo
intenso de ar frio entre a copa e o solo.
Segundo Androciolli Filho, (2005), a geada de canela ocorre em plantas
sem saia, geralmente lavouras com at trs anos de idade. causada pelo
resfriamento e movimentao descendente da camada de ar prxima superfcie
do solo. Quando essa massa de ar apresenta temperatura em torno de -2c
provoca leses e morte da casca do caule do cafeeiro, na parte em contato com a
massa de ar frio. Os danos da geada aparecem dois a trs meses depois. As
folhas amarelecem e caem e os ramos secam. Ocorre um super brotamento em
todas as partes da planta. O tipo de poda indicado a recepa, no sistema de poda
por planta ou da rea afetada.
4.8 Poda nas lavouras afetadas por granizo
Dependendo da durao e intensidade da chuva de granizo e da
velocidade do vento, podem ocorrer danos apenas nas folhas e ramos ou danos
tambm no caule. Geralmente um dos lados da planta mais afetado do que o
outro. Vrios tipos de poda, dependendo da situao (esqueletamento;
esqueletamento no lado mais afetado; decote e recepa). Nos cafeeiros com dano
no tronco a melhor opo a recepa. O sistema de poda o de poda por planta.
Para Androciolli Filho (2005), o granizo provoca desfolha nas plantas, causando
o super brotamento e mesmo os cafeeiros com danos apenas nas folhas podem
apresentar grande quantidade de brotos. Foram realizados tratamentos com
recepas, com e sem eliminao de troncos, com e sem desbrota; palitamento e
decote, com e sem desbrota. As plantas decotadas a 1,50m, sem desbrota, foram
as que mais produziram. Parece haver um efeito estimulante do decote, em
relao aos cafeeiros geados e no podados. A parcela decotada, com eliminao
da brotao do ponteiro tambm deu alta produo. Tipos de podas para
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30
recuperao de cafezal adulto atingido por Geada de queima parcial". (Kaiser,
p.157, 1975).
4.9 Podas em plantas depauperadas
Para Androciolli Filho (2005), so lavouras que apresentam plantas com
deficincias nutricionais acentuadas, tero superior do tronco sem ramos laterais,
"Pescoo de galinha" e s vezes com quantidade de brotos acima do padro para
o espaamento adotado. Esse tipo de lavouras responde muito pouco poda. o
caso, por exemplo, de lavouras afetadas por nematides. Devem ser apenas
desbrotas e adubada adequadamente.
Guimares et. al., (2003) contradiz e ressalta que a poda nesta
circunstncia essencial porque elimina as partes afetadas do cafeeiro e
recompe as estruturas das plantas. J os produtores utilizam a poda na tentativa
de resolver o problema de depauperamento sendo que aps a mesma o cafeeiro
rejuvenesce a sua copa mediante o desenvolvimento de novos ramos. Cunha et.
al., (1999) mostraram que mesmo em cafeeiros depauperados, deve-se optar pela
poda no perodo da chuva. Na falta de resultados mais conclusivos o cafeicultor
normalmente poda seu cafezal logo aps uma grande safra.
Tambm o descuido ou falta de recursos financeiros para as adubaes
e/ou tratos culturais levam as lavouras ao depauperamento, que s reversvel
atravs da adoo de podas que vo recompor a planta. A idade da cultura do
cafeeiro pode conduzir a uma curva descendente de produo, pela dificuldade
de produo de ramos novos. A altura das plantas, dependendo do cultivar
utilizado, pode exigir podas precocemente devido morte descendente de planta
e dificuldade de colheitas (Guimares, Mendes & Theodoro, 2004).
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5. CONSIDERAES FINAIS
Os estudos realizados por meio da reviso de literatura demonstram que
a poda eficiente quando a lavoura se encontra com baixa produo, com
problemas de fechamento com perdas dos ramos plagiotropicos inferiores,
excesso de hastes, esgotamento de plantas por alta produtividade entre outros.
Na discusso constatou-se que a poda em cafeeiros proporciona maiores
produes e menores custos de produo. Em lavouras adensadas a poda
essencial.
Em relao poca da poda, os dados da literatura relatam que a poda
deve ser realizada aps a colheita, mas como a poda requer cuidados especiais,
torna-se essencial a anlise tcnica da lavoura antes de realiz-la.
O esqueletamento indicado para lavouras adensadas e super adensadas.
Os cafeeiros esqueletados recompem mais rapidamente a copa e so
menos afetados pelas geadas moderadas do que os cafeeiros recepados. Este
tipo de poda tambm indicado para lavouras mais velhas, plantadas em livre
crescimento, mas que se encontram em vias de fechamento, com plagiotrpicos
longos e pouco produtivos.
A tendncia que os sistemas de conduo com podas mais drsticas,
como a recepa e o esqueletamento superem os demais em funo do
fechamento natural da lavoura.
Os pesquisadores observaram que existe uma tendncia menor
produo quanto mais tarde se realiza a poda.
Para Androciolli Filho (2005), as lavouras que apresentam plantas com
deficincias nutricionais acentuadas, tero superior do tronco sem ramos laterais,
"Pescoo de galinha" e s vezes com quantidade de brotos acima do padro para
o espaamento adotado respondem muito pouco poda. o caso, por exemplo,
de lavouras afetadas por nematides que devem ser aplicados apenas desbrotas e
adubada adequadamente. J Guimares et. al., (2003) ressalta que a poda nesta
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32
circunstncia essencial porque elimina as partes afetadas do cafeeiro e
recompe as estruturas das plantas.
Na conduo de um cafezal, a poda, utilizada de forma adequada e
racional, uma prtica cultural como a adubao, tratamento fitossanitrio bem
como o manejo do mato. uma ferramenta para a conduo quanto renovao
de lavouras e correo de problemas a partir do momento em que se realiza uma
anlise minuciosa da lavoura cafeeira em questo. Existe uma poda especfica
para cada problema existente no cafezal.
As pesquisas realizadas apresentam dados controversos sobre o manejo,
principalmente quando se trata da poca da poda e de suas variaes. Assim de
acordo com os autores, para conseguir resultados significativos tanto na
facilidade de manejo como na garantia de produtividade, de grande
importncia levar em considerao a poca da formao, a produo das plantas,
como tambm a rea a ser podada, os espaamentos na lavoura, as condies
fisiolgicas da planta no momento da poda e os instrumentos utilizados para
cada tipo de poda., pois esses fatores influenciam diretamente nos resultados.
As podas devero ser recomendadas em lavouras adensadas, para evitar
o fechamento do cafezal, em plantas depauperadas e para atenuar o problema da
bienalidade da safra cafeeira.
Os estudos em cafeeiros so comprovados longo prazo e so
respeitadas as particularidades de cada lavoura cafeeira. As pesquisas relativas
s podas tm demonstrado capacidade de sanar os problemas do cafeeiro, assim
melhorando o manejo e aumentando a produtividade da lavoura cafeeira
brasileira.
A poda uma tcnica bastante empregada na cafeicultura e
imprescindvel que se faa algumas observaes como particularidade de cada
propriedade, talho, gleba, numero de plantas por hectare, total de numero de
covas, chegando at mesmo ser observado em nvel de planta. Tambm
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ferramentas, nvel tecnolgico do produtor e at mesmo a cultura e tradio da
regio devero ser observados no momento da deciso.
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34
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ANDROCIOLLI, FILHO, A. Poda do cafeeiro, 2005, 6p. disponvel em: Acesso em: 14 agosto 2010.
COMPANHIA BRASILEIRA DE ABASTECIMENTO. Divulgao da previso de safra de caf 2010-2011. Braslia, 2010. 15 p. CARVALHO, V.D.; CHALFOUN, S.M. Aspectos qualitativos do caf. Informe Agropecurio, Belo Horizonte, v.11, n.126, p.79-92, 1985. PEREIRA, s. p.; CUNHA, R. L. Caracterizao fenolgica e reprodutiva de cafeeiros em diversos espancamentos, antes e aps a poda. 2004. 105 p. Dissertao (Mestrado em Fitotecnia) Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2004. CUNHA, R. L. da. MENDES, A.N.G. GUIMARES, R.J. & CARVALHO, J. Efeito da poca, altura de poda e adubao foliar na recuperao de cafeeiros (Coffea arabica L.) depauperados. Cincia e Agrotecnologia. 1999, 23:222-6. CUNHA, R. L. Poda do cafeeiro: ndices e coeficientes tcnicos, in Circular tcnica EPAMIG, n.41, 2008, 5p. CUNHA, R. L. Poda do cafeeiro: ndices e coeficientes tcnicos. Informe Agropecurio, Belo Horizonte, v.29, n.247, p.64-73, Nov./Dez. 2008. LIVRAMENTO, D. E. et., al. . Influncia da produo nos nveis de carboidratos e recuperao de cafeeiros aps a recepagem. Revista Ceres, 50(292), 737-732, 2003, p.737739. FAGUNDES, A.V.; GARCIA, A.W.R.; REIS, R.P. Determinao da melhor poca de esqueletamento em lavouras de caf. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 33. 2007, Lavras. Trabalhos apresentados... Rio de Janeiro: MAPA/PROCAF, 2007. p.17-18.
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PODAS EM LAVOURAS CAFEEIRASLAVRASMINAS GERAIS BRASIL2010FRANCISCO CARLOS PEDROPODAS EM LAVOURAS CAFEEIRASMonografia apresentada ao Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras, como parte das exigncias do curso de Ps-Graduao Lato Sensu em MBA COFFEE BUSINESS, para a obteno do ttulo de especializao.Professor orientador Prof. Dr. Rubens Jos GuimaresUFLA
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