monografia tcc luciana paixão edifício assistencial ao idoso
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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO LUCIANA ALESSANDRA DA PAIXÃO
COMPLEXO ASSISTENCIAL AO IDOSO COM UNIDADE RESIDENCIAL
OSASCO 2008
2
LUCIANA ALESSANDRA DA PAIXÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
COMPLEXO ASSISTENCIAL AO IDOSO COM UNIDADE RESIDENCIAL
Trabalho Final de Graduação apresentado à Comissão Julgadora da Universidade Bandeirante de São Paulo, como exigência para obtenção do grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Porfa. Marly Kiatake.
OSASCO 2008
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Paixão, Luciana Alessandra da
Complexo Assistencial ao Idoso com unidade residencial / Paixão, Luciana Alessandra da: [S.N.], 2008. 75 f.: il; 30 cm. Trabalho Final de Graduação (Graduação) – Universidade Bandeirante de São Paulo, Curso de Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Marly Kiatake.
4
LUCIANA ALESSANDRA DA PAIXAO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO APRESENTADO À COMISSÃO JULGADORA DA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO, COMO
EXIGÊNCIA PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO.
1.1.1 Presidente e Orientador Nome: ________________________________________ Titulação: _____________________________________ Instituição: ____________________________________ Assinatura: ____________________________________
1.1.2 Examinador
Nome: ________________________________________ Titulação: _____________________________________ Instituição: ____________________________________ Assinatura: ____________________________________ 1.1.3 Examinador
Nome: ________________________________________ Titulação: _____________________________________ Instituição: ____________________________________ Assinatura: ____________________________________ Nota Final: ____________________________________ Biblioteca Bibliotecário: _____________________________ Assinatura: _______________________________ Data ______/_________/_________ São Paulo. ______ de ________________ de 2008.
5
Agradecimentos:
Agradeço primeiramente a Deus que me deu forças e criatividade para
elaborar esse trabalho com afinco e confiança. Agradeço a minha família que
sempre me prestou auxilio e esteve presente nos momentos mais difíceis nessa
jornada acadêmica, assim como os amigos que direta ou indiretamente me ajudaram
nessa empreitada. Agradeço também a um grande amigo e parceiro que também me
prestou seu auxílio durante os anos que estivemos em parceria me despertando
para o âmbito profissional o Arquiteto Agopig Altebarmakian e meu namorado Daniel
Kroll que me estimulou, me deu apoio participando de umas das etapas finais do
projeto e esteve presente em todos os momentos difíceis e também a minha
orientadora que me conduziu com segurança e dedicação em todas as etapas da
elaboração deste trabalho.
6
Abstract
The present work is about the elaboration from an architectural project as a Institutional and Education Conclusion Requirement Process: “Universidade Bandeirante de São Paulo”.
An Assistencial Complex was developed to the Third Aged People who has especial treatment needs.
Case studies, researchs and surveys had been carried through, until the arquitecture and urban project has been targered.
With the final project realized we use drawings, images and arguments that had been accepted and compose thus the work as a whole.
7
Resumo
O trabalho que se apresenta trata-se da elaboração de um projeto arquitetônico como exigência do processo de conclusão de curso por exigência da Instituição de ensino: Universidade Bandeirante de São Paulo.
Foi desenvolvido um Complexo Assistencial ao Idoso visando atender as necessidades da população dessa faixa etária, carente de equipamentos urbanos desse tipo. Estudos, pesquisas e levantamentos foram realizados e um projeto de inserção urbana foi proposto justamente com o de arquitetura.
O projeto foi elaborado e apresentado através de desenhos gráficos, imagens e argumentos que foram aceitos e que compõe assim o trabalho como um todo.
8
SUMARIO
1.0 INTRODUÇÃO.....................................................................................................01
2.0 HISTÓRICO ........................................................................................................02
2.1 HISTÓRIA DA CIDADE DE OSASCO............................................................02
2.2 HISTÓRIA DO BAIRRO DO KM 18 ...............................................................04
3.0 INSERÇÃO URBANA .........................................................................................06
3.1 ÁREA FOCO- IMAGEM AÉREA ....................................................................06
3.2 LEVANTAMENTOS........................................................................................07
3.2.1 DIAGNÓSTICO............................................................................................07
3.4 DIRETRIZES URBANAS................................................................................11
4.0 PROPOSTA DE INSERÇÃO URBANA..............................................................12
4.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA............................................................................14
4.1.2 REFLEXÃO SOBRE O TEMA ....................................................................16
4.1.3 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DO ENVELHECIMENTO..........................19
4.1.4 POLÍTICA NACIONAL DA SAUDE DO IDOSO...........................................21
5.0 ESTUDOS DE CASO ARQUITETÔNICO...........................................................23
5.1 LAR DOS IDOSOS ........................................................................................23
5.1.2 Dados da Obra.............................................................................................23
5.1.3 Objetivo do Projeto......................................................................................23
5.1.4 Programa.....................................................................................................24
5.1.5 Tipologia dos Apartamentos........................................................................25
5.1.6 Analise.........................................................................................................25
5.1.7 Objetivo da escolha do Edificio para Estudo de Caso.................................26
5.2 CENTRO DE REABILITAÇÃO MOTORA.......................................................27
5.2.1 Dados da Obra.............................................................................................27
5.2.2 Objetivo do Projeto.......................................................................................27
5.2.3 Partido Arquitetônico....................................................................................27
5.2.4 Analise.........................................................................................................28
9
6.0 VISITAS
TECNICAS............................................................................................29
6.1 SESC POMPÉIA............................................................................................29
6.1.2 Dados da Obra.............................................................................................29
6.1.3 Objetivo do Projeto.......................................................................................29
6.1.4 Programa......................................................................................................29
6.1.5 Fotos das Oficinas........................................................................................30
6.1.6 Analise..........................................................................................................31
6.1.7 Elevação do Conjunto..................................................................................32
6.1.8 Interior das Quadras.....................................................................................32
6.1.9 Entrevista......................................................................................................33
6.1.10 Objetivo da escolha do Edificio para Estudo de Caso................................34
6.2 RESIDENCIAL SOLAR VILLE GARAUDE…………………………………… 35
6.2.1Dados da Obra……………………………………………………………………35
6.2.2 Objetivo da Obra…………………………………………………………………35
6.2.3 Programa…………………………………………………………………………35
6.2.4 Fotos do Local………………………………………………………………… 36
6.2.5 Analise……………………………………………………………………………38
6.2.7 Setorização……………………………………………………………………….39
6.2.8 Corte Transversal………………………………………………………...…… 39
7.0 PROJETO ...........................................................................................................39
7.1 CONCEITUAÇÃO...........................................................................................40
7.2 PROGRAMA EDIFICIO RESIDENCIAL PARA IDOSOS ...............................41
7.3 PROGRAMA EDIFICIO COMPLEXO ASSISTENCIAL AO IDOSO...............42
7.4 DESENHOS ...................................................................................................43
7.4.1 INSERÇÃO URBANA..................................................................................43
7.4.2 Implantação.................................................................................................44
7.4.3 Subsolo........................................................................................................45
7.4.4 Edificio de Convivência e Apoio ao Idoso - Pavimento Térreo....................46
7.4.5 Primeiro e Segundo Pavimentos.................................................................47
7.4.6 Terceiro Pavimento......................................................................................48
10
7.4.7
Cobertura.....................................................................................................49
7.4.8 Corte AA......................................................................................................50
7.4.9 Corte BB......................................................................................................51
7.4.10 Corte CC....................................................................................................52
7.4.11 Elevação Norte...........................................................................................53
7.4.12 Elevação Sul..............................................................................................54
7.4.13 Elevação Leste...........................................................................................55
7.4.14 Elevação Oeste..........................................................................................56
7.4.15 Edifício Residencial para Idosos – Pavimento Térreo...............................57
7.4.16 Primeiro Pavimento – Lazer.......................................................................58
7.4.17 Segundo Pavimento – Fitness...................................................................59
7.4.18 Terceiro Pavimento – Praça de Alimentação.............................................60
7.4.19 Quarto Pavimento – Jogos.........................................................................61
7.4.20 Quinto Pavimento – Serviço de Saúde......................................................62
7.4.21 Cobertura...................................................................................................63
7.4.22 Corte CC....................................................................................................64
7.4.23 Corte DD....................................................................................................65
7.4.24 Corte EE....................................................................................................66
7.4.25 Elevação Norte..........................................................................................67
7.4.26 Elevação Sul..............................................................................................68
7.4.27 Elevação Leste..........................................................................................69
7.4.28 Elevação Oeste.........................................................................................70
7.4.29 Skyline Norte, Leste e Corte CC...............................................................71
7.5 PERSPECTIVAS............................................................................................72
11
1.0 INTRODUÇÃO
O trabalho que se apresenta mostrará a atual situação, as antigas e atuais
projeções a respeito de um tema delicado, porém real que há alguns anos saiu do
cenário da expectativa do futuro para vir de encontro à realidade presente: a
situação do idoso no Brasil e no Mundo. Será mostrada a atenção que se despende
ao segmento populacional que se encontra em processo de envelhecimento, seus
direitos definidos por leis, a preocupação pela preservação de sua autonomia na
defesa de sua integridade física e moral, sua realidade e necessidades neste século
que se inicia assim como sua participação no cenário globalizacional.
De acordo com dados de pesquisas realizadas pelo IBGE - Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (2000) atualmente a média de tempo de vida da
população vem aumentando consideravelmente e este aumento avançará em
maiores proporções nos próximos 20 anos.
Com base nesses dados, no Histórico da Região e nos levantamentos
realizados durante o desenvolvimento do trabalho, serão apresentados os resultados
desses estudos e suas diretrizes. Detectou-se uma carência na estrutura urbana de
edificações e programas voltados a atividades para a terceira idade, tendo em vista
as leis que protegem seus direitos e o que acontece na realidade. Com a finalidade
de solucionar parte desse problema e gerar uma integração social a esse segmento
populacional associada a uma leitura das necessidades urbanas propõe-se a
elaboração de um centro de convivência e apoio ao idoso, que terá como objetivo
trabalhar o conceito de autonomia e qualidade de vida dos idosos com a promoção
do envelhecimento saudável, dando continuidade à vida social, para que nele seja
encontrados apoio, entretenimento e assistência.
A proposta trata de um Projeto Arquitetônico localizado na Região Oeste da
cidade de São Paulo, no Município de Osasco-SP, em um bairro predominantemente
residencial - Km 18. Esse edifício proporcionará ao idoso uma melhor qualidade de
vida visando garantir o cumprimento de um dos seus direitos, num período onde a
dependência social isola e constrange.
12
2.0 HISTÓRICO
2.1 História da Cidade de Osasco
Com uma superfície terrestre: 66,9 Km² limita-se territorialmente com:
Município de São Paulo e rodovia Anhangüera (ao norte); Município de Taboão da
Serra e Rodovia Raposo Tavares (ao sul); Município de São Paulo - bairros do
Butantã e Jaguaré (ao leste); Municípios de Carapicuíba, Barueri e Santana do
Parnaíba (ao oeste); Município de Cotia (ao sudoeste). (MAS Pesquisa de Mercado,
2008). No final do século XIX, durante o período da libertação dos escravos, iniciou-
se o movimento de imigração européia devido à necessidade de mão-de-obra para
substituir o trabalho escravo. Como conseqüências da imigração, por volta de 1890,
chegaram os primeiros estrangeiros, entre eles o italiano Antônio Giuseppe Agú.
Consta que ele comprou uma gleba de terras compreendida entre os córregos de
Bussocaba e Agúadinha, no quilômetro 16 da Estrada de Ferro Sorocabana,
freguesia da Capital do Estado de São Paulo. Antônio Agú é considerado o fundador
do Município de Osasco, sendo o responsável pela escolha de seu nome, o mesmo
de sua cidade natal. Fundou uma olaria junto com seu genro Antônio Vianco,
posteriormente arrendada ao francês Barão Sensaud de Lavaud. Os terrenos
fronteiriços à olaria foram divididos em lotes e vendidos a diferentes famílias,
principalmente italianas. Desta maneira, o primeiro núcleo de habitantes do chamado
quilômetro 16 da Estrada de Ferro foi constituindo-se conforme (MAS Pesquisa de
Mercado, 2008).
Em 1920 Antônio Agú implantou, em sociedade com Narciso Sturlini, a
indústria de Cartonagem, a primeira fábrica de papelão da América do Sul.
A localidade atraía as pessoas conhecidas no comércio. Com esforço de
Antônio Agú em trazer capital, investidores e moradores para a região, as indústrias
foram surgindo e o núcleo urbano foi se desenvolvendo. Até a sua morte em 25 de
janeiro de 1909, Agú procurou fazer da Vila Osasco um local progressista e
habitável. O Distrito de Osasco foi criado pela Lei Estadual n.º 1.634, em 31 de
dezembro de 1918.
Na época da Primeira Guerra Mundial e da implantação de indústrias no país,
varias companhias estavam instaladas em Osasco. A cidade cresceu e, em 1922, foi
13
inaugurada a Vila Militar de Quitaúna. Ao redor das indústrias existiam pequenas
olarias e um comércio reduzido. Começaram a surgir pequenas vilas que, hoje, são
bairros tradicionais de Osasco.
A partir de 1940, empresas de maior porte, sobretudo as de metalúrgica
pesada, começaram a instalar-se em Osasco.
O surgimento de indústrias metalúrgicas pesadas contribui para tornar
Osasco um importante núcleo operário. Porém, aliado a outros fatores, o
crescimento industrial trouxe também, o crescimento da população e, em
decorrência disso, os loteamentos irregulares, a carência de energia elétrica, água,
esgoto e transportes. As necessidades de serviços não eram supridas na mesma
proporção em que surgiam, e como Osasco era um Distrito de São Paulo, seus
moradores começaram a pensar que o bairro era relegado a um plano secundário.
Em 1948 liderados pelo dentista Reynaldo de Oliveira, fundou a Sociedade
Amigos de Osasco, que originou o Movimento pela Emancipação da Cidade, em
meados de 1950. O primeiro plebiscito para decidir se Osasco passaria ou não a ser
um Município autônomo foi marcado para 13 de dezembro de 1953. Contrariando as
expectativas, os adeptos da "não-emancipação" conseguiram maioria de 140 votos
na consulta popular. Segundo os autonomistas, teria havido fraude.
Após uma luta redobrada, os autonomistas conseguiram marcar um segundo
plebiscito, realizado em 21 de dezembro de 1958. Desta vez, venceram os
emancipados, por uma diferença de 1.283 votos e também foram acusados pelos
contrários de fraudar as urnas. Em fevereiro 1962, instalou-se oficialmente a primeira
gestão municipal, sendo o primeiro prefeito Hirant Sazanar, e a Câmara Municipal
composta por 23 vereadores.
Atualmente, Osasco se destaca como uma das cidades mais dinâmicas do
Brasil, sendo a 5ª maior cidade do estado de São Paulo e a 24ª maior do Brasil.
Seus limites são a capital a norte, leste e sul, Cotia a sudoeste, Carapicuíba e
Barueri a oeste e Santana de Parnaíba a noroeste.
Osasco é considerado atualmente o 4º município mais populoso da Grande
São Paulo, com 652.593 (181.012 domicílios) em 2000. Perde apenas para a
Capital, Guarulhos e São Bernardo do Campo. Sua vocação Econômica está voltada
para as áreas de Indústria e Serviços.
14
2.2 História do Bairro Km 18.
O Bairro chamado km 18 localiza-se a oeste do Município de São Paulo.
Estende-se ao longo do vale do rio Tietê, iniciando-se próximo à confluência com o
Rio Pinheiros. Situa-se a 18 Km da praça da Sé, em São Paulo. Possui acessos
importantes através das rodovias Castelo Branco, Anhanguera, Raposo Tavares,
estrada de ferro da CPTM, além do rio Tietê.
Está entre os bairros mais antigos da cidade tendo sua formação iniciada por
volta do ano 1955 o que justifica sua formação consolidada infra-estruturalmente nos
dias atuais.
Sua história inicia-se com uma antiga gleba de terras no km 18 da E.F.
Sorocabana com 20 mil metros comprados por Dante.
A primeira indústria do bairro foi uma olaria nas margens do rio Tietê. Nesse
mesmo local na década de 50 foi construída a indústria química Rilsan, atual
Hoescht. Do outro lado do córrego João Alves, atual Avenida Nova Granada onde foi
construída uma fábrica de anilinas. Essa fábrica deu lugar a fábrica de fósforo que
embalava seus produtos com a marca Dominó e Cacique e que se instalou no lugar
em 1925. A fábrica de fósforo deu lugar a uma fábrica de aspirais de nome Hazafer
do Brasil. Foi através das indústrias e da moradia que o bairro se consolidou.
A região compreendida entre os quartéis de Quitaúna e o Fórum de Osasco
(Avenida das Flores), englobando o Alto de Quitaúna, a Vila Isabel, a Cidade das
Flores, o Jardim das e o Quilômetro Dezoito, é hoje uma das mais desenvolvidas da
cidade. Surgida a partir de militares profissionais de baixa patente, cresceu a partir
do surgimento da Cobrasma, na década de 40, como uma vila operária. Hoje, seus
problemas de infra-estrutura (falta de asfalto, água encanada ou esgoto) são
mínimos quando comparados com os de outros bairros de Osasco.
Os primeiros moradores, principalmente do Quilômetro Dezoito, eram
sargentos e oficiais de baixa patente, que ali começaram a se instalar na segunda
década do século XX.
Por ser servido por uma pequena parada da Estrada de Ferro Sorocabana, no
antigo km 18, logo após a instalação de firmas grandes como a Cobrasma, a Soma e
a Cimaf no Centro, outras fábricas vieram se juntar a Granada (fundada nos anos
15
30), como a Osram, a Rilsan (hoje Hoechst), a Hazafer e a Fábrica de Molhos
Jimmy.
Quarenta anos depois, o Dezoito é o único bairro da cidade a possuir mais de
uma agência bancária, as então filiais do Bradesco, Nacional e Banco do Brasil, na
Avenida dos Autonomistas.
A partir da década de 60, com a interrupção do desenvolvimento industrial de
Osasco como um todo, o km 18 passou a vivenciar um processo semelhante ao do
Centro: a expansão do comércio. Em menos de vinte anos, o Dezoito se expandiu
tanto que os comerciantes locais acreditam que será capaz de funcionar como
alternativa à saturação do Centro.
Fator decisivo para o crescimento do Km 18 e sua conversão num quase
segundo Centro de Osasco foi a inauguração, em 1986, do Viaduto Tancredo
Neves, mais conhecido como da Integração, a via mais rápida e com maior
capacidade de razão de veículos, entre as zonas Norte e Sul da cidade.
O viaduto, porém, também transformou a região numa área de passagem, e
sofre os desgastes decorrentes disso. Milhares de automóveis e moradores de
bairros como os jardins Roberto, Santo Antônio, Piratininga e Helena Maria cruzam
diariamente suas ruas. Não projetadas para absorver o contingente de automóveis e
caminhões, diversas pistas - como a da Hildebrando de Lima – apresentam
"crateras". Porém o viaduto trouxe mais benefícios que prejuízos. Basta acompanhar
o salto na valorização dos imóveis que no contexto Osasquense, só perde para o
Centro e para as áreas vizinhas da vila Yara.
O processo de valorização da região "expulsou" ou "expurgou" os antigos
operários. Quem não subiu de classe social, mudou do km 18 e do jardim das
Flores.
Hoje, para comprar ou alugar uma casa na região é preciso ter um salário no
mínimo de classe média ascendente.
Segundo IBGE (2006), a população do bairro KM 18 está próxima ao numero
dos 7000 moradores, sendo que aproximadamente 712 estão na faixa etária dos 0
aos 3 anos de idade, 576 dos 4 os 6 anos, 1804 dos 7 aos 14 anos, 773 dos 15 a 17
anos, 2092 de 18 a 24 anos, 2380 dos 25 aos 34 anos, 4942 dos 35 aos 59 e 1880
com 60 anos ou mais.
16
3.0 INSERÇÃO URBANA
Localização no Mapa da Cidade de Osasco:
Figura 01: Mapa Cidade de Osasco
Fonte: PMO, 2008
3.1 Área foco - Imagem Área
Figura 02: Imagem Aérea.
Fonte: Google,2008
17
3.2 LEVANTAMENTOS
3.2.1 Diagnóstico:
A área de estudo urbano localiza-se em um Bairro predominantemente
residencial - o Km 18. Bairro já consolidado por ser um dos mais antigos da cidade
de Osasco, apresentando uma grande quantidade de população idosa, estando em
5o lugar nessa qualificação segundo IBGE (2006).
Da área estudada, pode-se verificar a incidência de pontos comerciais e de
serviços de atendimento local com maior concentração nos pontos específicos: Rua
Senhora Imaculada Conceição e Rua Hidelbrando de Lima, onde há maior
concentração de movimentação urbana com existência de circulação de ônibus
vindos da área central com destino aos demais bairros do mesmo município. As
demais ruas apresentam circulação de trânsito local.
Todo o bairro usufrui infra-estrutura básica (água, energia elétrica, rede de
esgoto, telefone e asfalto).
Há também pouca circulação de pessoas vindas de outras regiões; a maioria
que usa o espaço urbano mora no local ou nas proximidades.
Na macro-região encontra-se a linha férrea com a estação de trem do Km 18
e a Avenida dos Autonomistas, eixo de Circulação Oeste entre os municípios como
mostra o mapa a baixo.
Figura 03: Mapa Macro Região.
Fonte: Acervo Pessoal
18
A paisagem urbana observada é uniforme com pouca variação de gabarito,
variando do 1o ao 3o pavimento com presença de dois edifícios de maior altura; 10
pavimentos e outro de 8 pavimentos também residenciais conforme figura 04.
Figura 04: Mapa Gabarito.
Fonte: Acervo Pessoal
Figura 05: Mapa Uso do Solo.
Fonte: Acervo Pessoal
19
As quadras também apresentam regularidade em seu traçado com lotes
que variam entre 10 e 5m de testada com 25 a 50 m de profundidade.
A topografia na área estudada é uniforme e há boa concentração de
arborização nas calçadas. ( Figura 06)
Há pouca incidência de áreas vazias e institucionais apresentando em sua
maioria um bom estado de conservação das edificações de propriedade particular.
O centro de apoio ao idoso existente com piscina, quadras de jogos e espaço
para convivência é insuficiente e se encontra em estado de conservação precário
(Figura 07).
Figura 06: Hipsometria
Fonte: Acervo Pessoal
20
Há pouco espaço para lazer ou para outras atividades similares. Os
moradores da terceira idade utilizam a praça existente como ponto de encontro
social e caminhadas durante o dia, por falta de equipamentos no bairro e o
cercamento da praça conforme mostram as figuras 08 e 09:
Figura 08: Vista Externa Praça Figura 09: Vista Interna Praça
Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal
Utilizam também os bares do bairro, apresentando um espaço sem vida
urbana integrado a pontos de comércios locais, não apresentando nenhum
equipamento que configure maior atração para a população.
Em relação à praça existente mencionada nas fotos anteriores pode-se
constatar:
Figura 07: Estado Conservação.
Fonte: Acervo Pessoal
21
* O paisagismo encontra-se abandonado e as pistas de corridas não
possuem drenagem do solo suficiente apresentando acumulo de água em alguns
pontos e seu mobiliário encontra-se em péssimo estado de conservação assim como
os equipamentos de diversão infantil.
* A sinalização horizontal das pistas é confusa dificultando a identificação das
seqüências dos pontos referências das mesmas.
* O acesso de pedestres é insuficiente no local e as rampas existentes não se
encontra em bom estado de conservação apresentando crescimento de vegetação
na ruptura do concreto do piso, principalmente os próximos as calçadas e aos
jardins.
A figura 10 a seguir ilustra o diagnóstico da área foco.
Figura 10: Mapa Diagnóstico da Área.
Fonte: Acervo Pessoal
3.4 Diretrizes Urbanas
A partir do diagnóstico levantado, as seguintes diretrizes foram propostas:
* Estimular o uso do espaço urbano utilizado pela população para trazer maior
movimentação ao local nos diversos períodos principalmente à noite evitando assim
o abandono.
22
* Incentivar a melhoria das edificações que não apresentam bom estado de
conservação.
* Requalificação da praça existente.
* Manutenção da paisagem urbana existente.
* Melhorar o equipamento urbano existente ou implementar um equipamento
novo onde a população tenha um tempo de utilização mais prolongado e seja
aproveitado por todas as faixas etárias principalmente a do idoso residente local que
já utiliza a praça.
4.0 PROPOSTA DE INSERÇÃO URBANA
O projeto consiste na recuperação do Centro de Vivência e Apoio ao Idoso
existente de acordo com a figura 11 a seguir e na construção de um Complexo
Assistencial para a 3º idade.
Figura 11: Centro de Apoio ao Idoso Existente.
Fonte: Acervo Pessoal
Um boulevard será proposto na Rua Sidnei de Góes (Figura 12) com
interdição parcial da mesma, não prejudicando o trânsito de fluxo local como mostra
a figura anterior.
Eliminação de barreiras da praça local para integração da população com isso
haverá maior estimulo para o uso do espaço noturno.
23
Figura 12: Rua Sidnei de Góes
Fonte: Acervo Pessoal
A intenção é gerar um espaço integrado entre as duas quadras separadas
por esta rua e eliminar as barreiras da praça local para integração da população.
A figura 13 a seguir ilustra a proposta para o local.
Figura 13: Mapa Inserção Urbana
Fonte: Acervo Pessoal
24
4.1 Justificativa do Tema.
A justificativa do tema, advém do grande número de idosos, e a pequena
quantidade de espaços e centros de vivência e apoio destinados aos mesmos.
Como mencionado em item anterior, o último censo populacional do IBGE
mostra que os idosos correspondem a 9,1 % da população do país. Do total de
160.336.471 brasileiros identificados em 199, 14512, 803 tinham 60 anos ou mais.
Estimativas apontam que no ano de 2025, serão 34 milhões de idosos no país.
(COREN 2003). A idéia do tema surgiu com o interesse de se realizar um trabalho
voltado para população idosa conhecendo-se os problemas enfrentados por essa
faixa etária.
A proposta é a elaboração de um Complexo Assistencial ao Idoso – Um
equipamento urbano onde a população tenha um tempo de utilização mais
prolongado do espaço urbano e seja mais bem aproveitado por todas as faixas
etárias principalmente a do idoso residente local.
Pesquisas acadêmicas realizadas mostram que parte essencial da Política
Nacional de Saúde, a presente Política fundamenta a ação do setor na atenção
integral à população idosa e aquela em processo de envelhecimento, na
conformidade do que determinam a Lei Orgânica da Saúde – No 8.080/90 – e a Lei
8. 842/94, que assegura os direitos deste segmento populacional (Portaria N. 1395,
1999). No conjunto dos princípios definidos pela Lei Orgânica, destaca-se o relativo
à “preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e
moral”, que constitui uma das questões essenciais enfocadas nesta Política, ao lado
daquelas inerentes à integridade da assistência e ao uso da epidemiologia para a
fixação de prioridades. (Art. 7O, incisos III, II e VII, respectivamente).
Por sua vez, a Lei No 8.842 – regulamentada pelo Decreto No 1.948, de 3 de
julho de 1996 – ao definir a atuação do Governo, indicando as ações específicas das
áreas envolvidas, busca criar condições para que sejam promovidas a autonomia, a
integração e a participação dos idosos na sociedade, assim consideradas as
pessoas com 60 anos de idade ou mais.
Com a intenção de se realizar um projeto situado dentro do município de
Osasco a premissa inicial foi levantar quais os bairros que possuem um grande
25
número da população idosa. Posteriormente, foram levantados dentre esses
bairros, quais os que apresentassem melhor localização para a implantação do
objeto proposto e durante esta a pesquisa foi localizado um equipamento existente
que apresenta o mesmo tema de intervenção a ser proposto que se localiza no
Bairro Km 18.
Todo o bairro usufrui infra-estrutura básica (água, energia elétrica, rede de
esgoto, telefone e asfalto.), fator determinante para a realização da proposta no
local.
Outro fator determinante foi a constatação de que há pouco espaço para lazer
ou para outras atividades similares para os moradores. Os moradores da terceira
idade utilizam a praça existente como ponto de encontro social e caminhadas
durante o dia, por falta de equipamentos no bairro e o cercamento da praça durante
a noite, os mesmo utilizam os bares do bairro, apresentando um espaço sem vida
urbana saudável com os pontos de comércios locais não apresentando nenhum
equipamento que configure maior atração para a população.
No centro de apoio ao idoso existente encontramos um programa pobre com
piscina, quadras de jogos e espaço para convivência, mostrando notoriamente sua
insuficiência e ainda se encontra em estado de conservação precário.
Segundo essa Lei, cabe ao setor saúde, em síntese prover o acesso dos
idosos aos serviços e ás ações voltadas á promoção, proteção e recuperação da
saúde, mediante o estabelecimento da cooperação entre as esferas de governo e
entre centros de referência em geriatria e gerontologia.
Trabalhar com o conceito de autonomia e altos níveis de função, e trabalhar
com qualidade de vida e não coeficiente de mortalidade faz parte de uma postura
nova que está sendo desenvolvida assumindo que a saúde precisa ser
compreendida em sua essência, não só como ausência de doenças, mas também
como um aspecto de ações, que não são especificas do setor de saúde, do
Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual ou da Secretaria Municipal de Saúde.
Pensar saúde enquanto promoção e qualidade de vida pressupõe pensar, não só na
resolução ou no encaminhamento da recuperação da saúde, quando ela já foi
comprometida pela doença, mas, sobretudo pensa em atividades de integração.
26
A promoção do envelhecimento saudável está compreendida como
orientação, aos idosos e as pessoas em processo de envelhecimento, sobre a
importância da melhoria de suas habilidades funcionais mediante atuação de
exercícios físicos; nutrição saudável, convivência social estimulante; busca de uma
ocupação prazerosa, utilização de mecanismos de atenuação do estresse, entre
outros.
4.1.2 Reflexão sobre o Tema.
Pela definição clássica: Asilo é um estabelecimento mantido por instituições
filantrópicas, geralmente religiosas, destinado a amparar pessoas necessitadas,
idosos ou inválidos, que não têm onde morar e que não são amparados por outrem,
dando a elas moradia, alimentação e cuidados higiênicos e de saúde. Também são
conhecidos como casas de repouso. A palavra asilo quer significar, de acordo com o
Aurélio, 2008, "casa de assistência social”, onde se sustentam e educam mendigos,
órfãos, velhos e carentes. Com o correr dos anos, uma instituição deste tipo
freqüentemente deteriora, isola-se do resto da comunidade, tornando-se um gueto
ou um cisto social de excluídos. Daí o surgimento da conotação negativa para a
palavra asilo.
Os anos 80 marcaram o inicio de várias iniciativas acadêmicas no sentido de
formar pessoal para lidar com a saúde dos idosos, dentro de Faculdades de
Medicina, principalmente no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Desde essa época
a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia vêm ocupando posto de destaque
na formação de médicos para trabalhar em Geriatria (NERI, 2005).
Apareceram as primeiras Universidades da Terceira Idade. Essas iniciativas
iriam multiplicar-se pelos anos seguintes, marcando-os como os anos do
estabelecimento dos campos da Geriatria e da Gerontologia e de varias
especialidades profissionais dedicadas ao atendimento da velhice no Brasil (LOPES,
2000). Enfrentando enormes resistências dentro da Universidade, no final dos anos
90 a Gerontologia adentrou o domínio da pós-graduação, surgiram três cursos de
mestrado e doutorado e um crescimento embora instável número de cursos de
especialização (NERI, 2005). Foram exatamente esses desenvolvimentos que
27
presidiram o aparecimento da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso,
uma vez que os profissionais que pressionaram o governo e ofereceram idéias e
princípios para esses documentos saíram das fileiras das instituições mencionadas:
SBGG, ANG, SESC, Universidades e cidadãos idosos que começaram a se
mobilizar em defesa de seus direitos como cidadãos aposentados (Portaria 1395,
1999).
A idéia de se implantar casas de repouso surgiu com a necessidade de se
instalar uma pequena parcela da população que a custo de preconceito e outros
valores não se encaixavam na sociedade de forma ativa e participante. A falta de
condições e cuidados específicos fizeram das casas de repouso um aliado para
famílias que não encontram solução para acomodar os idosos, ou mesmo os que
não possuem famílias, ou ainda os que possuem, mas que hoje em dia preferem
uma vida independente por vários fatores. Atualmente existem muitas casas de
repouso ou centros de apoio ao idoso nas grandes capitais aonde esse conceito de
“repouso” vem se modificando ao longo do tempo, desde a infra-estrutura interna
passando pelo aspecto psicológico do tema até a Arquitetura.
De acordo com IBGE (2000) atualmente a média de tempo de vida da
população vem aumentando consideravelmente, sendo que, em 2000 mais de 973
mil habitantes na capital paulista tinham mais de 60 anos – cerca de 9,3 % da
população. E a publicação Histórico Demográfico do Município, da Secretaria de
Planejamento, mostra que, se em 1991 havia 18 idosos para cada grupo de 100
crianças na cidade, 9 anos depois essa proporção avançará para 25/100. Com o
crescente número de idosos nos grandes centros, mesmo nas áreas mais rurais e o
conflito existente com a cidade moderna e seus novos conceitos, os centros de
apoio ao idoso estão sendo desenvolvidos, projetados e tratados com outros
critérios. A problemática social foi à questão que mais se inovou nesses conceitos.
As casas de repouso hoje além de recebem novos nomes que procuram aliviar o
peso do nome das antigas instituições e de seus antigos conceitos se preocupam
em não isolar e sim integrar o tema a sociedade preocupando-se em não criar
estigmas com o envelhecimento da população. Aliado à procura constante de uma
maior qualidade procuram também uma renovação no quadro arquitetônico que
projeta espaços para o prazer do bem viver, considerando assim o valor da
28
qualidade de vida onde é necessário criar respostas para as pessoas que, sem
condições para poderem ficar sozinhas nas suas casas, tenham um lugar que as
acolha e que lhes proporcione bem-estar, conforto e onde elas não se sintam sós.
O importante é que sejam criados espaços de qualidade para acolher aqueles
que ainda querem desfrutar dos prazeres da vida - de um passeio no campo, de um
jogo de cartas, de uma conversa - algo que é muito mais agradável quando
partilhado, mas não somente neste aspecto comunitário e sim na continuação e
integração da vida em si.
Por isso os equipamentos de apoio ao idoso são uma aposta no hoje e no
amanhã. As dimensões do problema da previdência social brasileira são colossais e
não é provável que se consiga solução adequada em poucos anos. É muito provável
que a situação socioeconômica de diversos idosos persista instável, insegura e ou
plenamente deficitária nos próximos vários anos.
Projetos voltados para este tema estão começando hoje a rever seus
conceitos de instalação, assim como as grandes Escolas, Hospitais, Centros de
Cultura e Arte e outros, estão envolvendo profissionais de renome para projetos
onde a funcionalidade e a Arquitetura se tornem parceiras, esse novo equipamento
urbano também revê seus conceitos. Exemplo disso é o recente Lar dos Idosos do
escritório Vigliecca & Associados que se trata de um residencial exclusivo para a
população com mais de 60 anos. Por isso, o projeto possui características especiais
como: elevadores, maior espaço nos banheiros para circulação de cadeiras de
rodas, e corredores com ampla ventilação para que também sejam usados como
área de convivência dos idosos para que o prazer de viver ainda continue sob o
usufruto de se residir num equipamento 100 % voltado a realidade do idoso não
deixando de lado a questão da formação do espaço arquitetônico.
Não só da questão do equipamento em si com as observações de projeto
específico voltado para a necessidade do idoso que se sobreviverá a Arquitetura,
mas da questão da inserção urbana. O projeto deverá pertencer à cidade e a cidade
ao projeto. Ao examinarmos a estrutura física de nosso entorno urbano podemos
observar que, na maioria das vezes, não é seguido o princípio básico que a cidade
deve ser para todos. O acesso físico aos distintos elementos constitutivos da
estrutura urbana desde a necessária locomoção entre os seus diversos pontos,
29
realizada tanto em meios de transportes quanto a pé. Portanto, antes de pensar e,
muitas vezes, requerer a participação de todos os cidadãos nos serviços e
equipamentos disponibilizados pelas cidades, deve ser examinada se essa
participação é possível, se todos os meios para que isso ocorra estão presentes na
estrutura urbana, se as edificações e os espaços abertos contemplam, além dos já
incorporados conceitos de economia, durabilidade, funcionalidade e estética, a
acessibilidade e a habitabilidade, se as campanhas de sensibilização realizadas
foram efetivas, despertando o respeito às necessidades diferenciadas dos idosos e
das pessoas com mobilidade reduzida e fomentando atitudes solidárias na
população em geral.
4.1.3 Aspectos demográficos do envelhecimento
A partir da década de 50 vem ocorrendo progressiva elevação da esperança
média de vida em todas as populações, fato este que se relaciona diretamente com
a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade infantil, a melhoria das doenças
infecciosas, condições de saneamento básico e o acesso ao serviço público
(PASSARELLI, 1991).
O processo de transição demográfica no Brasil caracteriza-se pela rapidez
com que o aumento absoluto e relativo das populações adulta e idosa modificou a
pirâmide populacional. Até os anos 60, todos os grupos etários registravam um
crescimento quase igual, a partir daí, o grupo de idosos passou a liderar esse
crescimento (Portaria N 1395, 1999).
Nós países desenvolvidos, essa transição ocorreu lentamente, realizando-se
ao longo de mais de cem anos. Alguns desses países hoje apresentam um
crescimento negativo da sua população, com a taxa de nascimento mais baixa que a
de mortalidade (Portaria n. 1395, 1999).
A semelhança de outros países latino-americanos, o envelhecimento no Brasil
é um fenômeno predominantemente urbano, resultando, sobretudo do intenso
movimento migratório iniciado na década de 60, motivado pela industrialização
desencadeada pelas políticas desenvolvimentalistas. Esse processo de urbanização
propiciou um maior acesso da população e serviços de saúde e saneamento, o que
30
colaborou para a queda verificada na mortalidade. Possibilitou, também, um maior
acesso a programas de planejamento familiar e a métodos anticoncepcionais,
levando a uma significativa redução da fecundidade (Portaria n 1395, 1999).
A persistir a tendência de o envelhecimento como fenômeno urbano, as
projeções para o inicio do século XXI indicam que 82% dos idosos brasileiros
estarão morando nas cidades. As regiões mais urbanizadas, como a Sudeste e o
Sul, ainda oferecem melhores possibilidades de emprego, disponibilidade de
serviços públicos e oportunidades de melhor alimentação, moradia e assistência
médica e social. (Portaria n 1395, 1999)
Embora, grande parte das populações ainda viva na pobreza nos países
menos desenvolvidos, certas conquistas tecnológicas da medicina moderna,
verificadas nos últimos 60 anos, vacinas, antibióticos, quimioterápicos e exames
complementares de diagnóstico, entre outros, favoreceram a adoção de meios
capazes de prevenir ou curar muitas doenças que eram fatais até então. O conjunto
dessas medidas provocou uma queda da mortalidade infantil e conseqüentemente,
um aumento na expectativa de vida ao nascer (Portaria n 1395, 1999).
O Último censo populacional do IBGE mostra que os idosos correspondem a
9,1 % da população do país. Do total de 160.336.471 brasileiros identificados em
199, 14512, 803 tinham 60 anos ou mais. Estimativas apontam que no ano de 2025
serão 34 milhões de idosos no país. (COREN 2003).
O envelhecimento da população brasileira teve seu inicio na segunda metade
dos anos 70, quando houve um declínio da taxa de fecundidade de 5,8 filhos por
casal, esse índice baixou para 4,3 em 1980 e 2,3 em 1995 e segundo projeções em
2030 será de 1,6 (CARVALHO E GARCIA, 2003).
No Brasil, em 1900 a expectativa de vida ao nascer era de 33,7 anos; nos anos 40,
de 39 anos; em 50, aumentos para 43,2 anos e, em 60 era de 55,9 anos. De 1960
para 1980, essa expectativa ampliou-se para 63,4 anos, isto é foram acrescidos
vinte anos em três décadas, segundo revela o Anuário Estatístico do Brasil de 1982.
(Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística / Fundação IBGE. De 1980
para 2000, o aumento deverá ser em torno de cinco anos, ocasião em que cada
brasileiro, ao nascer esperará viver 60 anos e meio. As projeções para o período de
2000 a 2025 permitem supor que a expectativa média de vida do brasileiro estará
31
próxima dos 80 anos, para ambos os sexos. De 1980 a 2000, o grupo etário com
60 anos e mais de idade deverá crescer 105%, as projeções apontam para um
crescimento de 120 % no período de 2000 a 2025. (Portaria 1395, 1999)
Os resultados desse envelhecimento para a economia e nas questões sociais
são muitos representando um aumento da população economicamente ativa (entre
15-65 anos). Em 1970 correspondia a 54,8 % da população total em1995 e 2020
deverá ser de 69,7 % (CARVALHO E GARCIA, 2003).
Com este aumento da população idosa cresce o número de problemas
crônicos degenerativos, porém não é verdade que todo velho é necessariamente
doente, mas envelhecer é um processo biológico diferente de qualquer doença.
(PASSARELLI, 1991).
Segundo a Organização Mundial de Saúde a definição de idoso leva em
consideração o grau de desenvolvimento do país, além do critério cronológico e que,
para os países em desenvolvimento, idoso é individuo com mais de 60 anos e para
os países desenvolvidos, com 65 anos ou mais. (MARIN, 1995).
4.1.4 Política Nacional da Saúde do Idoso.
Parte essencial da Política Nacional de Saúde, a presente Política
fundamenta a ação do setor na atenção integral à população idosa e aquela em
processo de envelhecimento, na conformidade do que determinam a Lei Orgânica
da Saúde – No 8.080/90 – e a Lei 8. 842/94, que assegura os direitos deste
segmento populacional (Portaria N. 1395, 1999).
No conjunto dos princípios definidos pela Lei Orgânica, destaca-se o relativo á
“preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e
moral”, que constitui uma das questões essenciais enfocadas nesta Política, ao lado
daquelas inerentes à integridade da assistência e ao uso da epidemiologia para a
fixação de prioridades. (Art. 7O, incisos III, II e VII, respectivamente).
Por sua vez, a Lei No 8.842 – regulamentada pelo Decreto No 1.948, de 3 de
julho de 1996 – ao definir a atuação do Governo, indicando as ações específicas das
áreas envolvidas, busca criar condições para que sejam promovidas a autonomia, a
32
integração e a participação dos idosos na sociedade, assim consideradas as
pessoas com 60 anos de idade ou mais.
Segundo essa Lei, cabe ao setor saúde, em síntese prover o acesso dos
idosos aos serviços e as ações voltadas á promoção, proteção e recuperação da
saúde, mediante o estabelecimento da cooperação entre as esferas de governo e
entre centros de referência em geriatria e gerontologia, e a inclusão da geriatria
como especialidade clínica para efeito de concursos públicos, além da realização de
estudos e pesquisas na área (Inciso III do Art. 10).
O propósito da Política Nacional do Idoso é promover a saúde do idoso,
possibilitando ao máximo sua expectativa de vida na comunidade, junto á sua
família, e com altos níveis de função e autonomia. A Política Nacional da Saúde do
Idoso é o detalhamento da Política Nacional do Idoso, que foi publicada em 94,
regulamentada em 1996.
A Política Nacional de Saúde do Idoso procura instrumentar os artigos que já
foram especificados na Lei maior, também de 94 e regulamentada em 96. Trabalhar
com o conceito de autonomia e altos níveis de função, e trabalhar com qualidade de
vida e não coeficiente de mortalidade faz parte de uma postura nova que está sendo
desenvolvida assumindo que a saúde precisa ser compreendida em sua essência,
não só como ausência de doenças, mas também como um aspecto de ações, que
não são especificas do setor de saúde, do Ministério da Saúde, da Secretaria
Estadual ou da Secretaria Municipal de Saúde. Pensar saúde enquanto promoção e
qualidade de vida pressupõe pensar, não só na resolução ou no encaminhamento
da recuperação da saúde, quando ela já foi comprometida pela doença, mas,
sobretudo pensa em atividades de integração, de inter-setorialidade com outros
Ministérios e com outras Políticas Públicas.
A promoção do envelhecimento saudável está compreendida como
orientação, aos idosos e ás pessoas em processo de envelhecimento, sobre a
importância da melhoria de suas habilidades funcionais mediante atuação de
exercícios físicos; nutrição saudável, convivência social estimulante; busca de uma
ocupação prazerosa, utilização de mecanismos de atenuação do estresse, entre
outros.
33
5.0 ESTUDO DE CASO ARQUITETÔNICO
5.1 Lar dos Idosos
Figura 14: Lar dos Idosos.
Fonte: ArcoWeb,2008
5.1.2 Dados da obra
Localização: Bairro do Pari em São Paulo - Capital.
Arquiteto: Vigliecca & Associados
Projeto: 2003
Conclusão da obra: 2007
Área do terreno: 7.270 m2
Área construída: 8.290 m2
5.1.3 Objetivo do Projeto:
Executado pela Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo
(COHAB), o projeto de locação social é destinado a pessoas com mais de 65 anos
que morem na capital há pelo menos quatro anos e ganhem até três salários
mínimos.
34
5.1.4 Programa:
O edifício possui 145 apartamentos distribuídos em quatro pavimentos: 88
quitinetes de 29m² e 57 apartamentos, com um dormitório, de 43m². Do total das
unidades, 16 quitinetes e 9 apartamentos no térreo foram projetados para pessoas
com dificuldade de locomoção e espaço para circulação de cadeiras de rodas.
Uma área externa composta por: qQuadra de bocha, área verde, praça
externa, espelho d'água e uma horta comunitária. Quatro espaços comunitários
multiuso que abrigarão: Salas para projeções de vídeo, atividades físicas, salas para
TV e jogos.
Um salão comunitário que pode ser utilizado para: festas, sala de
administração e portaria.
O conjunto apresenta ainda 3 pontos com hall de acesso com elevadores.
Figura 15: Planta Implantação Lar dos Idosos
Fonte: ArcoWeb,2008
35
5.1.5 Tipologia dos Apartamentos
Figura 16: Planta-tipo dormitório 43m². Figura 17: Planta tipo 88 Kitinetes 29m²
Fonte: ArcoWeb,2008 Fonte: ArcoWeb,2008
5.1.6 Análise
Tudo foi planejado para oferecer melhor qualidade de vida aos idosos.
Elevadores ajudam aqueles que não conseguem subir as escadas. Em cada andar
há um salão com espaço para assistir à televisão ou jogar cartas. Nos banheiros,
barras nas paredes para dar mais segurança e evitar acidentes. Os acessos das
unidades voltam-se para o corredor de convívio, orientado para o pátio central - no
térreo, ele é uma espécie de galeria.
A Vila dos Idosos é adaptada às necessidades físicas dos residentes, o que
implica em portas mais largas, áreas com fácil acesso, ventilação cruzada,
adequação dos pisos e altura das janelas. Com todos esses itens observados será
possível fomentar a autonomia e independência do idoso.
As unidades terão intervenções que levem em conta a forma dos objetos,
como por exemplo, largura e altura dos degraus, adequação dos pisos, altura das
janelas, assim como as ordenações espaciais, considerando a necessidade de um
espaço físico adequado e confortável para os moradores. Com todos esses cuidados
voltados para o melhor conforto e comodidade dos futuros residentes, será possível
fomentar a autonomia e independência do idoso além do limite comum.
36
Figura 18: Croqui da área comunitária
Fonte: ArcoWeb,2008
Figura 19: Croqui esquemático da ventilação cruzada.
Fonte: ArcoWeb,2008
Para que as pessoas não se deslocarem muito foi prevista uma área
comunitária em cada andar. Ao lado da entrada de cada apartamento encontra-se
banco duplo de concreto.
Colocação das janelas paralelas voltadas para uma face e para o corredor
externo, o que mantém os ambientes permanentemente arejados.
5.1.7 Objetivo da escolha do Edifício para estudo de caso
Como proposta para tema de Final de Curso de Graduação a Vila dos Idosos
servirá de objeto de estudo no que se diz as particularidades do projeto voltadas
para as necessidades dos idosos: Acessos especiais, rampas, lazer, espaço
comunitário e outros.
Foi verificado que o fator mais observado foi a acessibilidade e o senso
comunitário, ou seja, que nenhum morador fique sozinho. A implantação também foi
primordial para a disposição dos edifícios com fachadas voltadas para o interior do
terreno. A volumetria é simples com eixos estruturais regulares.
37
5.2 Centro de Reabilitação Motora
Figura 20: Centro Reabilitação Motora.
Fonte: ArcoWeb,2008
5.2.1 Dados da Obra:
Local: Vicente López, Argentina
Arquiteto: Claudio Vekstein (1965)
Projeto: 2001
Conclusão da obra: 2004
Área do terreno: 1.355 m2
Área construída: 4.000 m2
5.2.2 Objetivo do Projeto:
Qualificar ambientalmente um território municipal caracterizado pelos
contrastes sociais e econômicos e pela desordem urbana, característica comum na
Grande Buenos Aires, onde moram 9 milhões de pessoas.
5.2.3. Partido Arquitetônico
O Edifício foi concebido através da idéia central da elaboração de rampas
externas que deram o formato da edificação juntamente com o grande pátio central
que configura uma arquitetura inovadora e diferenciada. Figura 20.
38
5.2.4 Análise
Observa-se uma forte identidade arquitetônica através da rampas suaves de
desenho irregular. O pátio, delimitado pelas curvas contínuas das rampas de
circulação, tem configuração variável, definida pelas dimensões diferenciadas dos
volumes dos consultórios e das áreas de fisioterapia como mostra a Figura 21.
O pátio central definido por sistema de rampas de inclinação leve, como
elemento expressivo da idéia de movimentação, que é o fundamento essencial do
centro de reabilitação assim como também mostra a Figura 22.
Figura 21: Jogo de Rampas Figura 22: Pátio
Fonte: ArcoWeb,2008 Fonte: ArcoWeb,2008
Um programa simples, porém bem setorizado de forma a facilitar a circulação
e funcionalidade como um todo aos pacientes com dificuldades motora que no
interior do edifício encontra a qualidade adequada aos equipamentos necessários
para seu deslocamento.
39
6.0 Visita Técnica
6.1 SESC Pompéia
Figura: 23: SESC Pompéia – SP.
Fonte: Sesc Pompéia,2008
6.1.2 Dados da Obra:
Localização: Rua Clélia, 93 – São Paulo
Arquiteta: Lina Bo Bardi
Ano do projeto 1977
Área de intervenção 1.598 m2
6.1.3 Objetivo do Projeto:
O projeto do SESC Pompéia propõe a manutenção do espaço livre dos
galpões com um olhar crítico para a antiga estrutura: as funções foram reprojetadas
e o projeto de tecnologia fabril transformado em um novo projeto.
6.1.4 Programa:
Conjunto esportivo com piscina, ginásio e quadras 15 pavimentos duplos.
Lanchonete, vestiários, sala de ginástica, lutas e danças (11 pavimentos)Torre da
caixa d’água Grande Deck/Solarium com espelho d’água e cachoeira. Almoxarifado
e Oficinas de manutenção. Ateliers de cerâmica, pintura, marcenaria, tapeçaria,
gravura e tipografia.
Laboratório fotográfico, estúdio musical, sala de danças e vestiários Teatro
com 1200 lugares. Vestíbulo coberto do teatro para espetáculos. Restaurante self-
service para 2000 refeições e choperia (noite).
40
Cozinha industrial. Vestiários e refeitórios dos funcionários (2 pavimentos). Grande
espaço de estar, jogos de salão, espetáculos e mostras expositivas com grande
lareira e espelho d’água. Biblioteca de lazer, lajes abertas de leitura e videoteca.
Pavilhão das grandes exposições temporárias.
6.1.5 Fotos das oficinas:
Figura 24 Figura 25 Figura 26
Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal
Figura 27 Figura 28 Figura 29
Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal
41
6.1.6 Análise
De acordo com visita realizada o SESC nos mostra forte identidade através
da memória industrial preservada pelas soluções de restauro, reciclagem e novas
intervenções na paisagem urbana.
O programa extenso exige verticalização e a distância dos dois espaços
edificáveis sugere uma solução simples:a ocupação do espaço aéreo do córrego por
robustas passarelas. Pontes unem os dois edifícios principais da Pompéia e servem
para que os jovens regressem aos vestiários da torre pequena. (Figura 30)
3 blocos isolados em concreto configuram a nova construção: (Figura 26)
O 1º em um prisma estrutural regular destinado as piscinas e as quadras
esportivas, sobrepostas em 4 andares de pé direito duplo e piso em grelha de
concreto protendido para liberar áreas de 30 por 40 m.
O 2º um pouco mais esguio é ligado ao 1º por passarelas de concreto
protendido destinadas aos vestiários e sala de exercícios tem uma das faces
marcadas pela escada de emergência e respectivos terraços de circulação.
Um longo cilindro completa o conjunto que abriga a caixa d’água. (Figura 31)
É um grande atrativo para a população com sua extensa programação
cultural, com espetáculos, eventos e exposições de grande ressonância na vida da
cidade.
Figura 30: Passarelas de ligação entre os Blocos
Fonte: ArcoWeb,2008
42
6.1.7 Elevação do Conjunto
Figura: 31 : Elevação do conjunto
Fonte: Acervo Pessoal
6.1.8 Interior das Quadras
Decoradas com cores que representam as 4 estações do ano.
Figura 32: Quadras Temáticas.
Fonte: ArcoWeb,2008
43
6.1.9 Entrevista
1o Pergunta a Mãe:
O que a senhora mais gosta aqui no SESC Pompéia?
Resposta: Primeiro de tudo que ele fica pertinho da minha casa, moro a 5 minutos
daqui e trago meus filhos sempre aos finais de semana e nas férias, eles se divertem
enquanto eu leio um livro em uma das salas de leitura.
2o Pergunta ao usuário da oficina de 3o idade:
Qual o curso oferecido pelo SESC que mais lhe chama a atenção e Por quê?
Resposta: Eu adoro as oficinas de marcenaria, gosto de desse tipo de trabalho me
sinto útil e meus netos sempre se divertem com os brinquedinhos que faço pra eles,
me sinto muito bem recebidos pelos funcionários. Pra mim o SESC faz parte da
minha vida.
3o Pergunta ao funcionário do teatro:
O Sr já assistiu alguma peça teatral do SESC?
Resposta: Sim, claro. São sempre interessantes não só paras as crianças como para
os adultos. As instalações não parecem muito confortáveis mas ninguém parece se
importar muito.
4o Pergunta ao funcionário das quadras:
O que o Sr acha que mais atrai as pessoas para o SESC? Qual a faixa etária que
mais o utiliza?
Resposta: Aqui tudo é atrativo, desde as piscinas que são muito bonitas pelo seu
colorido até o teatro que sempre atrai mais aos jovens. As oficinas são freqüentadas
mais pelos adultos. Mas tem gente de todas as idades que participam de tudo
principalmente quando há shows e mostras de exposição.
44
6.1. 10 Objetivo da escolha do Edifício para estudo de caso:
Como proposta para tema de Final de Curso de Graduação o SESC
POMPEIA servirá de objeto de estudo no que se diz ao programa do projeto
voltadas para as necessidades dos idosos como as oficinas, salão de jogos, espaço
expositivo e etc. A arquitetura em si não foi o foco principal, foram mencionadas
algumas das suas características mas a análise foi baseada no uso e no programa.
Nesse caso o partido que nos interessa é a disposição das oficinas, do teatro, das
áreas livres de convivência. Isso sim foi observado com mais atenção.
Os espaços livres planejados por Lina dão uma sensação de amplidão e
integração. Todos se vêem ao mesmo tempo e ninguém nunca está sozinho.
A entrevista com usuários do local reforçou o pensamento inicial de um
programa diversificado apoiado em espaços abertos com oficinas também
diversificadas.
No momento da visita haviam poucos idosos mas de acordo com o
entrevistado muitos deles freqüentam os SESC durante a semana sendo que a
entrevista foi realizada no Final de Semana.
45
6.2 Residencial Solar Ville Garaude
Figura 33: Residencial Solar Ville Garaude
Fonte: Solar Ville Garaude, 2008
6.2.1 Dados da Obra:
Obra: Residencial Solar Ville Garaude
Local: Av. Copacabana No 229, Alphaville – Barueri – SP.
Arquitetura: LUPO Construções e Participações S/C. LTDA
Ano conclusão : 1997
Área terreno: 1970,00 m2
Área construída: 3650,00 m2
6.2.2 Objetivo da obra:
O Edifício Residencial Solar Ville Garaude tem como objetivo de ser um hotel-
residência voltado para os idosos exclusivamente. Possui este nome Hotel-
Residência por que tem infra-estrutura de hotel juntamente com de um edifício
residencial comum.
6.2.3 Programa:
O edifício se divide em 8 pavimentos; Inferior, Térreo, e 5 pavimentos tipo
possuindo este 12 apartamentos nos 4 primeiros pavimentos e no 6o no ultimo
andar, realizando um total de 54 apartamentos.
46
Dois elevadores realizam a circulação vertical do edifício.
O programa se divide em:
Pavimento Inferior: Recepção, duas salas consultórios, vestiários para
funcionários, lavanderia e almoxarifado.
Pavimento Térreo: Átrio, Bar (Figura 34), Restaurante (Figura 35), Sala
de Laboraterapia (Figura 36), Salão de Beleza ( Figura 37), Biblioteca
Figura 38), Sala de Fisioterapia, Espaço Ecumênico Figura 40) , Home
Theater (Figura 39), Fitness e Jardim ( Figura 41).
1o Pavimento: Sala de artesanato, copa, e apartamentos com dormitórios
suíte. ( Figura 44).
2o ao 5o Pavimento: Copa, e apartamentos com dormitórios suíte.
6.2.4 Fotos do Local
Figura 34: Bar Figura 35: Restaurante
Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008
Figura 36: Sala de Laboraterapia Figura 37: Salão de Beleza
Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008
47
Figura 38: Biblioteca Figura 39: Home Theater
Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008
Figura 40: Espaço Ecumênico Figura 41: Jardim
Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008
Figura 42: Piscina Figura 43: Hidromassagem
Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008
Figura 44: Dormitório Figura 45: Banheiro
Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008
48
6.2.5 Análise
Durante a visita realizada no local percebeu-se que o edifício se caracteriza
pela arquitetura simples porém funcional com áreas de serviços isoladas das áreas
sociais.
A circulação vertical se dá pelo uso de 2 elevadores com dimensões especiais
para que haja espaço para acomodar uma maca para situações emergenciais. E as
escadas de serviço.
A parte social foi projetada de modo que nunca se sinta isolado, com exceção
dos dormitórios. Varandas coletivas foram projetadas com essa finalidade de que o
convívio social fosse preservado com vista para o exterior.
Dos materiais utilizados na decoração foram aplicados os que oferecem maior
conforto como a madeira, e muita vegetação. Cores quentes também foram
utilizadas para obter a sensação de clima quente e aconchegante evitando assim a
frieza e solidão. Sensores de presença tanto no teto quanto nos rodapés dos
dormitórios previnem acidentes noturnos.
Sobre o funcionamento do residencial obteve-se alguns dados:
No que se refere aos idosos, os mesmos possuem idade mínima de 50 anos
sendo que alguns necessitam de acompanhamento para locomoção e outros tipos
de auxilio.
Médicos Geriatras, Psicólogos, Nutricionistas e Enfermeiros acompanham o
estado físico e mental dos idosos.
Tudo no edifício tem como objetivo evitar o isolamento dos habitantes do
Hotel Residencial. Aulas de dança, jogos como bingo e outros. Apresentações
acontecem no átrio. Eventos com familiares também acontecem na agenda no Hotel.
O que mais apresenta resultado é o aspecto da integração social que é
marcante na dinâmica do dia a dia do hotel.
49
6.2.6 Setorização
Figura 46: Setorização
Fonte: Orihashi (2007)
6.2.7 Corte Transversal
Figura 42: Corte Transversal
Fonte: Orihashi (2007)
50
7.0 PROJETO
7.1 Conceituação
O projeto como mencionado anteriormente teve como diretriz principal
estimular o uso do espaço urbano utilizado pela população para trazer maior
movimentação ao local nos diversos períodos principalmente à noite evitando assim
o abandono. Com isso foram criados eixos de circulação horizontal onde o pedestre
transeunte pudesse se locomover pelos espaços livres dos edifícios.
A praça central criada com a interdição parcial da rua foi a solução
encontrada para dar uma unidade ao projeto através de suas formas geométricas
que se complementam, e dos materiais utilizados como o vidro, o elemento principal
assim como um projeto paisagístico que utiliza como base as formas geométricas
que circundam a praça central e a obra como um todo. Este acesso parcialmente
interditado que compõe a fachada Sul também teve como objetivo a entrada para
abastecimento do edifício, como carga e descarga.
A linguagem arquitetônica horizontalizada foi preservada para não interferir
no gabarito do bairro que é predominantemente baixo. ( Ver figura 43)
Na circulação vertical, além das escadas e elevadores tradicionais foram
criadas rampas de acesso que interferiram no partido do projeto principalmente no
Edifício Residencial, onde um volume sobresaliente se destaca na arquitetura.
A preocupação com a insolação resultou na elaboração de brises nas
fachadas norte e leste. Na fachada Sul um recorte na arquitetura foi a solução
encontrada para evitar a criação de uma área sem insolação tornando-a assim
insalubre o que resultou numa fachada recuada no seu centro, porém sem alterar
sua funcionalidade principal.
51
7.2 Programa Edifício Residencial para Idosos
A setorização dos serviços deste edifício se divide em:
Pavimento Térreo: encontra-se um grande hall de entrada com recepção,
banheiros, espaço ecumênico, administração e depósito. Uma área reservada ao
caseiro com dormitório, sala integrada com cozinha e banheiro. Assim como uma
sala de monitoramento de segurança. Circulação vertical com Caixas de escadas,
elevadores sociais e de serviços assim como uma rampa com inclinação máxima
permitida para todos os andares. Duas entradas, uma principal voltada para a praça
e uma secundária voltada para a rua da fachada Norte.
Nos pavimentos tipos encontram-se os flats com 3 tipologias distintas.
A primeira: Com sala de estar integrada a cozinha e a sala de jantar, com
dormitório e banheiro para atender aos cadeirantes voltadas para a fachada Norte.
A Segunda: Com sala de estar integrada a cozinha e sala jantar e banheiro
para atender aos cadeirantes.
A terceira: Com sala de estar integrada a cozinha e sala de jantar, dois
dormitórios para nos casos onde o idoso necessite de acompanhamento 24 h com
cozinha banheiro para atender aos cadeirantes.
Essa tipologia se encontra apenas nas laterais dos edifícios da fachada leste
e oeste para fins de conforto térmico.
A parte de serviços e administração localizam-se no terceiro pavimento com
sala de gerência, arquivo, banheiros femininos e masculinos para os funcionários da
administração e diretoria, copa e banheiros femininos e masculinos para área de
serviço, todos voltados para a fachada Sul. Um pronto atendimento de emergência
localiza-se próximo ao elevador para fins de socorros e atendimento de observação.
Um grande hall com um vazio dá um grande charme ao edifício com espaço
para sala de estar intima para os moradores a fim de gerar integração dos mesmos
se evitar o isolamento. Esta sala aberta com varanda encontra-se voltada para a
praça boulevard com vista para o terraço do edifício de apoio ao idoso.
Total de Area Construída: 2.240,00 m²
52
7.3 Programa Complexo Assistencial ao Idoso
A setorização dos serviços deste edifício se divide em:
Térreo: Hall de entrada Principal, Depósito e Circulação vertical com Caixas
de escadas, elevadores sociais e de serviços assim como uma rampa com
inclinação máxima permitida para todos os andares.
Primeiro Pavimento: Destinado ao Lazer: Salas de Artesanato, Pintura,
Escultura, Musica, Espaço Contemplativo e Espaço para exposições com um pé
direito duplo. Sanitários femininos e masculinos previstos em todos os demais
andares.
Segundo Pavimento: Destinado a Ginástica: Grande espaço para fitness e
Piscina para Natação e Hidroginástica com salas para os professores de ginásticas e
deposito para equipamentos e objetos das aulas além de uma biblioteca com espaço
para pesquisa e leitura.
Terceiro Pavimento: Praça de Alimentação: Sistema Self Service e as
dependências como: cozinha, banhos e vestiários para funcionários, deposito e
despensa. E o mais interessante neste pavimento é o grande terraço voltado para a
praça central com vista para o outro edifício residencial .
Quarto Pavimento: Jogos: 2 Salas que atendem todos os tipos de jogos por
eles apreciados com dois depósitos para armazenamento de objetos.
Quinto Pavimento: Serviços de Saúde: Este pavimento conta com 5
consultórios médicos para atendimento nas especialidades de psicologia, psiquiatria,
clinico geral, nutricionista e geriatria. Salas de espera e farmácia com recepção e
banheiros independentes para os médicos.
Total de Area Construída: 4.180,00 m²
No subsolo estão localizados os estacionamentos individuais para cada
edifício contando com 39 vagas para o Residencial sendo 7 para cadeirantes e 50
para o Assistencial sendo 8 para cadeirantes totalizando o número de 89 vagas
contra 36 números de apartamentos.
53
7.4 Desenhos
7.4.1 Inserção Urbana
Figura 43: Gabarito do Entorno
Fonte: Acervo Pessoal
54
7.4.2 Implantação
Figura 44 : Implantação Fonte: Acervo Pessoal
55
7.4.3 Subsolo
Figura 45 : Subsolo
Fonte: Acervo Pessoal
56
7.4.4 Edifício Residencial para Idosos Pavimento Térreo
Figura 46 :Pavimento Térreo
Fonte: Acervo Pessoal
57
7.4.5 Edifício Residencial para Idosos Primeiro e Segundo Pavimentos
Figura 47 : Primeiro e Segundo Pavimentos
Fonte: Acervo Pessoal
58
7.4.6 Edifício Residencial para Idosos
Terceiro Pavimento
Figura 48 : Terceiro Pavimento
Fonte: Acervo Pessoal
59
7.4.7 Edifício Residencial para Idosos
Cobertura
Figura 49 : Cobertura
Fonte: Acervo Pessoal
60
7.4.8 Edifício Residencial para Idosos
Corte AA
Figura 50 : Corte AA
Fonte: Acervo Pessoal
61
7.4.9 Edifício Residencial para Idosos
Corte BB
Figura 51 : Corte BB
Fonte: Acervo Pessoal
62
7.4.10 Edifício Residencial para Idosos Corte CC
Figura 52 : Corte CC
Fonte: Acervo Pessoal
63
7.4.11 Edifício Residencial para Idosos
Elevação Norte
Figura 53 : Elevação Norte
Fonte: Acervo Pessoal
64
7.4.12 Edifício Residencial para Idosos
Elevação Sul
Figura 54 : Elevação Sul
Fonte: Acervo Pessoal
65
7.4.13 Edifício Residencial para Idosos
Elevação Leste
Figura 55 : Elevação Leste
Fonte: Acervo Pessoal
66
7.4.14 Edifício Residencial para Idosos
Elevação Oeste
Figura 56 : Elevação Oeste
Fonte: Acervo Pessoal
67
7.4.15 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Pavimento Térreo
Figura 57 : Pavimento Térreo
Fonte: Acervo Pessoal
68
7.4.16 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Primeiro Pavimento
Lazer
Figura 58 : Primeiro Pavimento
Fonte: Acervo Pessoal
69
7.4.17 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Segundo Pavimento
Fitness
Figura 59 : Segundo Pavimento
Fonte: Acervo Pessoal
70
7.4.18 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Terceiro Pavimento
Praça de Alimentação
Figura 60 : Terceiro Pavimento
Fonte: Acervo Pessoal
71
7.4.19 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Quarto Pavimento
Jogos
Figura 61 : Quarto Pavimento
Fonte: Acervo Pessoal
72
7.4.20 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Quinto Pavimento
Serviços de Saúde
Figura 62 : Quarto Pavimento
Fonte: Acervo Pessoal
73
7.4.21 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Cobertura
Figura 63 : Cobertura
Fonte: Acervo Pessoal
74
7.4.22 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Corte CC
Figura 64 : Corte CC
Fonte: Acervo Pessoal
75
7.4.23 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Corte DD
Figura 65 : Corte DD
Fonte: Acervo Pessoal
76
7.4.24 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Corte EE
Figura 66 : Corte EE
Fonte: Acervo Pessoal
77
7.4.25 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Elevação Norte
Figura 67 : Elevação Norte
Fonte: Acervo Pessoal
78
7.4.26 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Elevação Sul
Figura 68 : Elevação Sul
Fonte: Acervo Pessoal
79
7.4.27 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Elevação Leste
Figura 69 : Elevação Leste
Fonte: Acervo Pessoal
80
7.4.28 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso
Elevação Oeste
Figura 70 : Elevação Oeste
Fonte: Acervo Pessoal
81
7.4.29 Skyline Norte,Sul, Leste e Corte CC
Figura 71 : Skyline Norte, Sul, Leste e Corte CC
Fonte: Acervo Pessoal
82
7.5 PERSPECTIVAS
Figura 72: Perspectiva Nordeste
Fonte: Acervo Pessoal
Figura 73: Perspectiva Sudeste
Fonte: Acervo Pessoal
83
Figura 74: Perspectiva Noroeste
Fonte: Acervo Pessoal
Figura 75: Vista da Praça interna
Fonte: Arcervo Pessoal
84
REFERENCIAS
PASSARELLI, M.C.G. O processo de envelhecimento e uma perspectiva
geriátrica. O Método da Saúde. São Paulo. v.21, p. 208-212, 1991.
LOPES, A. Os desafios da gerontologia no Brasil. Campinas. Atomo e Alinea,
2000.
NERI, A.L. As políticas de atendimento aos direitos da pessoa idosa expressa
no estatuto do idoso. v.16, n.34, p.7-24, 2005.
VILLARES, Henrique Dumond. A indústria em São Paulo: estudo para sua
localização. São Paulo. Brasiliense, 1939.
CARVALHO, J.A.M , GARCIA, E.A. O envelhecimento da população brasileira: um
enfoque demográfico. Cad. Saúde Pública. v.19 n.3, 2003.
MAS PESQUISA. Disponível em:<http://www.mapesquisa.com.br>. Acesso em: 30
abr. 2008.
PORTAL OSASCO Disponível em: <http://www.osasco.sp.gov.br>. Acesso em: 02
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SOLAR VILLE GARAUDE. Disponível em <http://solarvillegaraude.com.br>. Acesso
em: 08 jun. 2008.
UFRGS. Disponível em <http://www.ufrgs.br/3idade/portaria1395gm.html>. Acesso
em: 30 jun. 2008.
GOOGLE. Disponível em <http://www.google.com.br/search?sourceid=navclient&
+idoso>. Acesso em: 30 jun. 2008.
85
DJI. Disponível em <http://www.dji.com.br/decretos/1996-001948/1996-001948-
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SESC SP. Disponível em <http://www.sescsp.org.br/sesc/?UnidadesDirector=58>.
Acesso em: 20 mai. 2008.
ARCOWEB. Disponível em <http://www.arcoweb.com.br/memoria30.asp>. Acesso
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ARCOWEB. Disponível <http://www.arcoweb.com.br/arquitetura823.asp>. Acesso
em: 16 abr. 2008.
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