nocoes sobre conselhos
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I Seminário de Administração
Municipal
Conselhos MunicipaisConselhos Municipais
Renato Chaves
Wagner Cavalcanti
Sumário
• Noções de Controle Social
• Histórico sobre a implantação de Conselhos
• Base Legal sobre Conselhos de Políticas Públicas
• Conselhos Municipais
Assistência SocialAssistência Social
Alimentação Escolar
FUNDEB(atribuições, fiscalização e emissão de pareceres)
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Noções de Controle Social
� Data de 1901, a primeira obra a tratar do assuntocontrole social, escrita pelo Sociólogo americanoEdward A. Ross (1866 – 1951).
� O ser humano herda quatro instintos:
�Simpatia;
�Sociabilidade;�Sociabilidade;
�Senso de Justiça e
�Ressentimento ao mau trato
Em grupos e comunidades pequenas e homogêneas, esses quatro
instintos permitem o desenvolvimento de relações sociais
harmoniosas entre os seus componentes.
À medida que a sociedade se torna mais complexa, as relações sociais tendem a tornar-se impessoais e contratuais;
Os instintos naturais e sociais do homem fragilizam-se, tendo o grupo de lançar mão de determinados mecanismos sociais a fim de controlar as relações entre seus membros;
Esses mecanismos constituem o controle socialcontrole social, que visa a regular o comportamento dos indivíduos e propiciar à sociedade ordem e segurança;ordem e segurança;
Os controles instintivos do homem são substituídos pelos recursos artificiais: lei, opinião pública, crença, religião, lei, opinião pública, crença, religião,
convenções etcconvenções etc. São meios que a sociedade emprega para obter um comportamento ordenado.
Formas de exercício do Controle Social
Controle Social Políticas Públicas – Execução orçamentária e financeira dos recursos públicos
O controle social pode ser exercido diretamente peloscidadãos (isoladamente) ou pelos Conselhos de PolíticasPúblicas.
Controle Controle Social IndividualSocial IndividualControle Controle Social IndividualSocial Individual
�� VerificarVerificar aa execuçãoexecução dede licitações,licitações, serviços,serviços, obrasobras;;
�� PesquisarPesquisar informaçõesinformações sobresobre aa prestaçãoprestação dede contas,contas,transferênciastransferências dede recursosrecursos ee suasua aplicaçãoaplicação;;
�� Denunciar,Denunciar, manifestar,manifestar, alertar,alertar, orientarorientar..
Controle Social exercido pelos ConselhosControle Social exercido pelos Conselhos
�� FunçãoFunção fiscalizadorafiscalizadora:: acompanhamento e controle dosatos praticados pelos gestores públicos;
�� FunçãoFunção mobilizadoramobilizadora: estímulo à participação popularna gestão pública e disseminação de estratégias deinformação para a sociedade sobre as políticas públicas;
�� FunçãoFunção deliberativadeliberativa: decidir sobre as estratégias�� FunçãoFunção deliberativadeliberativa: decidir sobre as estratégiasutilizadas nas políticas públicas de sua competência;
�� FunçãoFunção consultivaconsultiva: emissão de opiniões e sugestõessobre assuntos que lhes são correlatos.
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Histórico - implantação de Conselhos no
Brasil
Os Conselhos Gestores apresentam-se como uma dasformas de participação efetiva da sociedade civil econsistem em um espaço no qual se concretiza uma novarelação entre Estado e sociedade na gestão do aparelhopúblico.
Representam uma das principais experiências dedemocracia participativa no Brasil contemporâneoabrangendo áreas como: assistência social, saúde,educação, meio ambiente, transporte, cultura, produçãorural, entre outros.
Histórico - implantação de Conselhos no
Brasil
Os Conselhos são órgãos colegiados e paritários entregoverno e sociedade. Disseminaram-se pelo Brasil nadécada de 90, a partir de sua regulamentaçãoconstitucional;
A responsabilidade deliberativa, aliada a situaçõesnormativas e controladoras, possibilita aos ConselhosMunicipais um significativo papel na construção dodesenvolvimento social e econômico local.
Base Legal sobre Conselhos de Políticas
Públicas
A Constituição Federal de 1988 prevê a formação dosConselhos Gestores de Políticas Públicas (Participação popular).
Ex: Art. 204. As ações governamentais na área da
assistência social serão realizadas (...) com base nasassistência social serão realizadas (...) com base nas
seguintes diretrizes:
(...) II – participação da população, por meio de
organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
Legislações infraconstitucionais específicas
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Conselhos Municipais
� Conselho de Assistência Social� São instâncias deliberativas do sistema descentralizado e
participativo de assistência social, de caráter permanente ecomposição paritária entre governo e sociedade civil (Lei nº8.742, de 7/12/1993)
� Os conselhos são instituídos pelo Município mediante leiespecífica que estabelece sua composição, o conjunto desuas atribuições e a forma pela qual suas competênciasserão exercidas.
� Resolução nº 237, de 14/12/2006 – Diretrizes para aestruturação, reformulação e funcionamento dos CAS.
Conselhos Municipais
� Principais Ações na área de Assistência Social
• Serviço Socioeducativo – Programa de Erradicação doTrabalho Infantil (PETI);
• Serviço Socioeducativo para jovens de 15 a 17 anos –Projovem Adolescente;
• Serviços de Proteção Social Básica às Famílias;• Serviços de Proteção Social Básica às Famílias;
• Serviço de Proteção Social Básica para Criança eIdoso;
• Transferência de Renda Diretamente às Famílias emCondição de Pobreza e Extrema Pobreza – ProgramaBolsa Família;
Conselhos Municipais
� Atribuições do CMAS
• Exercer a orientação e o controle do Fundo Municipalde Assistência Social;
• Aprovar a política municipal de assistência social;
• Acompanhar e controlar a execução da políticamunicipal de assistência social;municipal de assistência social;
• Aprovar a proposta orçamentária dos recursosdestinados às ações finalísticas de assistência social,alocados no FMAS;
• Fiscalizar as entidades e organizações de assistênciasocial;
• Aprovar o relatório anual de gestão.
Conselhos Municipais
� Exercício do Controle Social do Programa BolsaFamília (Lei nº 10.836, de 09/01/2004 e Decreto nº 5.209, de17/09/2004)
• Acompanhar, avaliar e subsidiar a fiscalização daexecução do PBF, no Município;
• Acompanhar e estimular a integração e a oferta de• Acompanhar e estimular a integração e a oferta deoutras políticas públicas sociais para as famíliasbeneficiárias do PBF;
• Estimular a participação comunitária no controle daexecução do PBF, no âmbito municipal;
Conselhos Municipais
� Exercício do Controle Social do Programa BolsaFamília (Lei nº 10.836, de 09/01/2004 e Decreto nº 5.209, de17/09/2004)
• Para o pleno exercício do Conselho, será franqueadoacesso aos formulários do Cadastro Único do GovernoFederal e aos dados e informações constantes emsistema informatizado desenvolvido para gestão,sistema informatizado desenvolvido para gestão,controle e acompanhamento do PBF, bem comoinformações relacionadas às condicionalidades dasfamílias.
• A apuração das denúncias relacionadas ao PBF serárealizada pela Secretaria Nacional de Renda eCidadania do MDS (www.mds.gov.br)
Conselhos Municipais
� Auditoria do TCU� Famílias na folha do PBF – indícios
• de terem os seus titulares duplicados ---- 485;
• que estariam recebendo benefícios apesar de possuíremrenda per capita superior a R$ 120,00 ---- 19;
• de falecimento do seu único membro ---- 67;• de falecimento do seu único membro ---- 67;
• de possuir algum veículo considerado incompatível com arenda ---- 3.656;
• de omissão de renda à época de seu cadastramento e comrenda per capita acima de R$ 120,00 ---- 4.224;
• de possuir algum membro político eleito ---- 47
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Conselho de Alimentação Escolar (Resolução/FNDE nº32, de 10/08/2006) www.fnde.gov.br
Composto por 7 (sete) membros:
1 – representante do Poder Executivo;
1 – representante do Poder Legislativo;
2 – representantes dos professores;
2 – representantes dos pais de alunos;2 – representantes dos pais de alunos;
1 – representante de outro segmento da sociedade civil
* O mandato do CAE será de 2 (dois) anos, podendo osmembros ser reconduzidos por uma única vez.
Conselhos Municipais
� Conselho de Alimentação Escolar - atribuições- Acompanhar a aplicação dos recursos federais transferidos à contas
do PNAE;
- Acompanhar e monitorar a aquisição dos produtos adquiridos para oPNAE, zelando pela qualidade dos produtos, em todos os níveis, atéo recebimento da refeição pelos escolares;
- Orientar sobre o armazenamento dos gêneros alimentícios, seja em- Orientar sobre o armazenamento dos gêneros alimentícios, seja emdepósitos da Entidade Executora e/ou das escolas;
- Comunicar à EE a ocorrência de irregularidades em relação aosgêneros alimentícios, tais como: vencimento do prazo de validade,deterioração, desvios e furtos, dentre outros, para que sejamtomadas as devidas providências;
- Divulgar em locais públicos os recursos financeiros do PNAEtransferidos à EE;
Conselho de Alimentação Escolar – atribuições
- Acompanhar a execução físico-financeira do Programa, zelandopela sua melhor aplicabilidade;
- Comunicar ao FNDE e ao Ministério Público Federal qualquerirregularidade identificada na execução do PNAE, em especialaquelas de que tratam os incisos II a IV do artigo 25 daResolução nº 32/2006, sob pena de responsabilidade solidária deseus membros;seus membros;
- Receber e analisar a prestação de contas do PNAE enviada pelaEntidade Executora, remetendo ao FNDE, posteriormente,apenas o Demonstrativo Sintético Anual da Execução Físico-Financeira com parecer conclusivo o qual deverá ser elaborado,observando o “Roteiro para Elaboração do Parecer Conclusivo doCAE”, acompanhado do extrato bancário da conta específica doprograma.
Suspensão do repasse dos recursos do PNAEquando ocorrer: (art. 25)
I – a não constituição do CAE pela Entidade Executora;
II – a utilização dos recursos em desacordo com as normasestabelecidas para a execução do PNAE;
III - o não cumprimento das disposições contidas no artigo 15 daResolução 32/2006 (Controle de qualidade dos produtos);
IV – a não apresentação do Demonstrativo Sintético Anual daExecução Físico-Financeira do PNAE e do extrato bancárioExecução Físico-Financeira do PNAE e do extrato bancárioprevisto no art. 20 da Resolução 32/2006, com parecer do CAE, aser entregue até 28 de fevereiro;
� A Entidade Executora elaborará e remeterá ao CAE a prestação decontas dos recursos financeiros recebidos à conta do PNAE, até o dia 15de janeiro do exercício subseqüente àquele do repasse efetuado peloFNDE, acompanhada da documentação julgada necessária para acomprovação da execução do Programa.
Restabelecimento do repasse dos recursos do PNAEOcorrerá quando:
I – a prestação de contas dos recursos recebidos for apresentada aoFNDE;
II - sanadas as falhas formais ou as irregularidades motivadoras dasuspensão do repasse;
III – aceitas as justificativas, instaurada a correspondente Tomada deContas Especial e efetuado o registro do gestor faltoso na contaContas Especial e efetuado o registro do gestor faltoso na contade ativo “Diversos Responsáveis”;
IV - motivada por decisão judicial, após apreciação pela ProcuradoriaFederal no FNDE.
Falhas detectadas:- O Conselho de Alimentação Escolar – CAE embora esteja
formalmente constituído através de Lei Municipal, não vematuando junto às unidades escolares municipais, no que se referea fiscalização, acompanhamento, avaliação e monitoramento doprograma no município;
- Local inadequado para preparo e armazenamento dos produtosutilizados na merenda escolar, merenda insuficiente, alimentoscom prazo de validade vencido;
- O CAE não vem cumprindo suas atribuições, pois não participa- O CAE não vem cumprindo suas atribuições, pois não participadas licitações para aquisição dos alimentos, da escolha dosalimentos para elaboração do cardápio, não verifica a quantidadee qualidade dos alimentos que chegam às escolas e nem fiscalizaas condições de armazenamento dos alimentos da merendaescolar. A atuação do CAE restringe-se a aprovação dasPrestações de Contas do PNAE encaminhadas ao FNDE.
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Conselho do Fundo de Manutenção eDesenvolvimento da Educação Básica e deValorização dos Profissionais da Educação –Fundeb
o Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007 (Capítulo VI – Doacompanhamento, controle social, comprovação efiscalização dos recursos);fiscalização dos recursos);
o Portaria nº 430, de 10 de dezembro de 2008 (Procedimentos eOrientações);
o Manual de orientação do Fundeb.
www.fnde.gov.br
Conselho do Fundeb
O Conselho de Acompanhamento e Controle Social doFundeb, em âmbito municipal, deve ser composto deno mínimo 9 (nove) membros titulares;
2 representantes do Executivo Municipal, 1 dosprofessores, 1 dos diretores das escolas, 1 dosservidores técnicos, 2 de pais de alunos e 2 deservidores técnicos, 2 de pais de alunos e 2 deestudantes (mandato de 2 anos permitida 1 recondução);
ImpedimentosImpedimentos: cônjuge e parentes consanguíneos ouafins de Prefeitos e Secretários; tesoureiro, contadorou funcionário que prestem serviços ao Fundeb; paisocupando cargos em comissão, etc.
Conselho do Fundeb
Atribuições do Conselho
� * Acompanhar e controlar a distribuição, a transferência e aaplicação dos recursos do Fundeb;
� * Supervisionar a elaboração da proposta orçamentáriaanual;
� * Supervisionar a realização do censo escolar anual;
* Instruir, com Parecer, as prestações de contas a seremapresentadas ao respectivo Tribunal de Contas. O parecerdeve ser apresentado ao Poder Executivo respectivo ematé 30 dias antes do vencimento do prazo paraapresentação da prestação de contas ao Tribunal; e
Conselho do Fundeb
Atribuições do Conselho
� * Acompanhar e controlar a execução dos recursos federaistransferidos à conta do PNATE e do PEJA, verificando osregistros contábeis e os demonstrativos gerenciais relativosaos recursos repassados, responsabilizando-se pelorecebimento e análise da prestação de contas dessesprogramas, encaminhando ao FNDE o demonstrativoprogramas, encaminhando ao FNDE o demonstrativosintético anual da execução físico-financeira, acompanhadode Parecer conclusivo, e notificar o órgão executor dosprogramas e o FNDE quando houver ocorrência deeventuais irregularidades na utilização dos recursos.
Conselho do Fundeb
Atribuições facultativas do Conselho
� * Apresentar manifestação formal acerca dos registroscontábeis e dos demonstrativos gerenciais do Fundo aoPoder Legislativo local e aos órgãos de controle interno eexterno;
� * Convocar o Secretário de Educação para prestaresclarecimentos acerca do fluxo de recursos e execuçãoesclarecimentos acerca do fluxo de recursos e execuçãodas despesas do Fundo;
� * Requisitar cópia de documentos de licitação, empenho,liquidação e pagamento de obras e serviços; folhas depagamento dos profissionais da educação; convênios eoutros documentos e realizar visitas e inspetorias “in loco”.
Inexistência de estrutura física e administrativa
Ausência de acompanhamento da execução dos recursos do Fundeb
Ausência de supervisão do Censo Escolar
Não-acompanhamento da elaboração da proposta orçamentária anual do Fundeb
Falta de capacitação dos membros do Conselho do Fundeb
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Conselhos Municipais - Recomendações
• Atuar de forma efetiva na área específica elaborandorelatórios, atas de reuniões e fiscalizações “in loco”;
• Conhecer as responsabilidades pessoais do exercício deconselheiro;
• Solicitar às instituições oficiais treinamentos na área delicitações, demonstrativos contábeis e prestações decontas;
• Denunciar às instituições oficiais com respaldo emdocumentos e outras provas substanciais que comprovema irregularidade detectada.
Onde encontrar o TCU
Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União no Estado do Piauí
Secex-PI
Av. Pedro Freitas, 1904 – Centro Administrativo
CEP 64018-000 Teresina – PICEP 64018-000 Teresina – PI
(86) 3218-1800
www.tcu.gov.br
e-mail: secex-pi@tcu.gov.br
chavesrs@tcu.gov.br
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