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O CINEMA COMO RECURSO PARA A FORMAÇÃO DE
PROFESSORES: A EDUCAÇÃO DO HOMEM COM E SEM
DEFICIÊNCIA NUMA PERSPECTIVA VIGOTSKIANA
Angela Mari Labatut1
Resumo
Este trabalho tem como objetivo possibilitar ao professor a utilização de análises fílmicas como um instrumento de debate de questões relacionadas à Educação Regular e Especial e ao processo de Inclusão junto à comunidade escolar (alunos, pais, professores). Desse modo, acreditamos na possibilidade de intervenção educacional que abra ao diálogo e a um melhor convívio entre pessoas com e sem deficiências, e à aprendizagem e ao desenvolvimento das mesmas. Utilizamos como referencial norteador a Psicologia Histórico-Cultural, mais especificamente os pressupostos teóricos desenvolvidos por autores com base nas idéias e conceitos do psicólogo russo Lev S. Vigotski (1896-1934). Desenvolvemos um trabalho de capacitação de 20 professores por meio da linguagem fílmica, ancorados por essa teoria, e trabalhamos com conteúdos fundantes à Educação Inclusiva, sendo que os resultados mostraram-se satisfatórios, atendendo aos objetivos propostos.
Palavras-chave: Análise fílmica. Deficiência. Psicologia Histórico-
Cultural
Abstract
This paper aims to enable the teacher to use the film analysis as a tool for discussion of matters relating to the Regular and Special Education and the process of inclusion among the school community (students, parents, teachers). Thus, we believe in the possibility of educational intervention that open to dialogue and a better coexistence between people with and without disabilities, and learning and development of then. We used as a guide the Historic Cultural Psychology, more specifically the theoretical assumptions developed by authors from ideas and concepts of the Russian psychologist Lev S. Vygotsky (1896-1934). We develop a work of training of 20 teachers through the filmic language, anchored by this theory, and work with fundantes content to Inclusive Education, and the results have proved satisfactory, given the proposed objectives.
Key Words: Fílmica analysis. Deficiency. Historic-Cultural Psychology
1 Pedagoga especialista na área da deficiência visual, atua no CAP-Maringá – Centro de apoio pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual. E-mail: angelamari@pop.com.br
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Palavras iniciais
Ao iniciarmos a discussão de qualquer tema relacionado à educação,
temos como desafio inicial um “olhar”, mesmo que superficial, em direção
a nossa sociedade atual. Somos seres reais que vivem em um espaço
social determinado, que desencadeia em nós comportamentos inerentes a
esta forma específica de organização social.
Se por alguns segundos pararmos para pensar em nossa realidade social
atual, mesmo que de forma pouco sistematizada, com certeza surgirão
questões que estão cotidianamente “gritantes”: violência, corrupção,
insatisfação, desigualdade social, o individualismo, desemprego e etc.
Estes “sintomas” de nossa sociedade atual podem ser analisados de
várias formas, e esta sociedade pode ser classificada como pós-moderna,
neoliberal ou ainda de modernidade líquida (BAUMAN, 2003).
Mas se o homem sofre e reproduz tais situações, que se explicitam na
escola, com alunos com e sem deficiências, é preciso retomar como ele
chega a esta condição. Partiremos, assim, do referencial marxista, que
entende o homem como ser que se constitui como tal a partir do contexto
de produção da vida material, no qual as relações sociais são concebidas
justamente no exercício do trabalho, aqui entendido como “[...] atividade
vital humana (em seu sentido marxista filosófico, muito mais que
ocupação, tarefa executada pelo homem) é categoria nuclear de análise
do materialismo histórico e dialético [...]” (MARTINS, 2001, p. 11).
Esta compreensão, no entanto, nem sempre chega às escolas, pois,
professores e alunos nem sempre se concebem como pessoas capazes de
ensinar e de aprender, criadoras, capazes de interferir intencional e
conscientemente na realidade. Antes podem se ver esvaziados de
2
possibilidades de irem para além de uma relação estéril dentro e fora da
sala de aula. Isto, na verdade é conseqüência de um longo processo de
alienação. Na sociedade capitalista, onde o princípio do lucro determina,
necessariamente, o processo de exploração; onde o trabalhador não se
identifica mais com o produto de seu trabalho: não importa se ele
trabalha em uma loja de armas ou de remédios, o significado de seu
trabalho está no salário que recebe pela venda de sua força de trabalho,
pois “[...] a organização social capitalista se caracteriza pela alienação do
trabalho e do trabalhador, culminando no esvaziamento do homem em
suas relações para com a natureza, para com os outros homens e
consequentemente para consigo mesmo [...]” (idem).
Em estudo anterior (PIZZO, 2006), foi possível discutir que por meio da
educação – entendida aqui como um processo histórico que possibilita aos
homens de determinada época assumir as características peculiares a
esta época – as novas gerações se apropriam dos bens culturais
construídos socialmente, como entender a nossa sociedade atual marcada
pela desigualdade material e cultural? Leontiev (1978, p. 293) escreve:
A unidade da espécie humana parece ser praticamente inexistente não em virtude das diferenças de cor da pele, da forma dos olhos ou de quaisquer outros traços exteriores, mas sim das enormes diferenças e condições do modo de vida, da riqueza da atividade material e mental, do nível de desenvolvimento das formas e aptidões intelectuais.
Quando pensamos na educação escolar, vem à nossa mente questões
relacionadas à prática pedagógica, como ensinar, de que forma vencer os
desafios impostos pelo momento social que vivemos. Em relação à
Educação Especial, geralmente nos voltamos para o tipo de deficiência
com o qual iremos trabalhar, ou seja, nos reportamos ao “defeito” (visual,
auditivo, físico, intelectual, etc). Mas poderíamos iniciar este
questionamento/análise pelo conceito de “humanização”, onde o
desenvolvimento do homem é entendido enquanto ser histórico e social.
3
Nesta direção, Mazzeu (1998, p. 60) destaca: “A educação é um processo
fundamental para o homem porque, ao contrário dos outros animais, o
indivíduo humano não recebe na sua herança genética toda a herança
acumulada pelas gerações anteriores no seu processo de ação sobre a
realidade”.
Segundo Martins (2001, p. 13-14), na sociedade capitalista o professor é
compreendido como um trabalhador como os outros, no entanto o
produto do trabalho educativo “[...] se revela pela promoção da
humanização dos homens, na consolidação de condições facilitadoras
para que os indivíduos se apropriem do saber historicamente
sistematizado pelo gênero humano”. Neste sentido, é importante destacar
a questão da alienação no trabalho docente, pois diferente da produção
material, onde a alienação do produtor não afeta a qualidade do produto,
o “[...] trabalho educativo pressupõe o homem frente a outro homem, de
quem não pode estar estranho (alienado), fundando-se numa relação que
é por natureza interpessoal e mediada pelas apropriações e objetivações”.
Este processo de alienação traz consigo conseqüências terríveis no que se
refere aos processos psicológicos, pois, como alerta Duarte (2004), à
medida que o trabalho torna-se externo à personalidade daquele que o
produz, ele não será motivador de novas buscas de conhecimento ou de
valores que o façam crescer enquanto ser humano.
O papel do professor na atualidade, em função das constantes
transformações que a sociedade vive e, conseqüentemente, os indivíduos
que dela fazem parte, o grande avanço tecnológico, o processo acirrado
de globalização encaminham para uma prática social complexa que
desafiam o educador a refletir sobre que tipo de homem esta formando.
Ao escolhermos, ou sermos escolhidos, para a profissão professor (pois a
escolha profissional não nos parece revestida de tanta liberdade),
passamos a enfrentar uma situação real, a qual nem sempre
compreendemos de forma mais profunda. Por isso, inicio este trabalho
4
declarando ou assumindo a necessidade de buscarmos uma visão menos
ingênua de nosso papel de educadores.
O fazer pedagógico, muitas vezes, torna-se um tanto pragmático e
distante de uma análise teórica mais aprofundada de questões que,
mesmo que não tenhamos consciência delas, direcionam a nossa prática.
A discussão que pretendemos estabelecer, neste momento, diz respeito às
concepções que temos de homem, sociedade, educação,
deficiência/inclusão. Estas concepções estão vinculadas ao tipo de
formação que recebemos e certamente se cristalizarão nas leituras de
mundo e práticas docentes, isto é, na mediação que efetivamos junto aos
nossos educandos.
Embora esta não seja a nossa questão principal, é preciso destacar o
referencial teórico que tem norteado a formação de professores de
modo geral. Para tal discussão, lembramos que ele tem se pautado nos
conceitos de competências e habilidades defendidos nas legislações
nacionais: Diretrizes Curriculares Nacionais – DCNs (BRASIL, 2004) e
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (BRASIL, 1997) e na grande
maioria dos teóricos que a disseminam. Eles têm ganhado bastante
destaque através das idéias dos que seguem a linha escolanovista, ou
seja, os construtivistas, tal como Philippe Perrenoud.
Para compreender um pouco destas idéias e relacioná-las com as
propostas pedagógicas presentes, vamos observar que para Perrenoud
(apud MENEZES, 2001) o professor tem um papel de organizador, de
facilitador no processo de construção de conhecimento pelo próprio
aluno. A idéia difundida por essa linha teórica a de “construção de
saberes por parte do aluno”, vem permeando nosso cotidiano escolar,
sem que nós façamos uma reflexão sobre o que isto significa. Quando não
compreendemos as implicações de uma proposta pedagógica desta
natureza, cuja função do professor é a de “engenheiro de situações de
5
aprendizagem”, somos facilmente confundidos em nosso trabalho
profissional.
Embora não pretendamos fazer uma análise da obra de Perrenoud,
preocupam-nos os resultados da práxis pedagógica, mediante esta adoção
no universo escolar. Indiscutivelmente isto refletirá de forma a retirar do
professor aquilo que é considerado como aspecto imprescindível: o
caráter social da mediação. Segundo este pesquisador, a escola deve
auxiliar na manutenção da ordem social, ou seja, deve saber administrar
as diferenças sociais e auxiliar o aluno a criar as competências
necessárias para viver na sociedade. Mas, perguntamos: não seria
importante justamente formar pessoas que compreendam as contradições
da sociedade atual e que sejam instrumentalizadas para nela intervirem
de forma a vencer o círculo vicioso da pobreza e da ignorância?
A sociedade atual apresenta-se de forma bastante contraditória. Os
grandes avanços tecnológicos e as crises resultantes da automação já
trazem um impasse para a função da escola neste momento histórico.
Quando analisamos os resultados das avaliações educacionais (BRASIL,
2007) ficamos perplexos diante da ineficácia da instituição escolar, e é
inevitável a reflexão a respeito de nossa atuação como profissionais da
educação. Acreditamos ser necessário ir além da busca de culpados ou
responsáveis, é preciso conhecer a sociedade, o seu ideário e a dinâmica
do seu movimento de forma menos ingênua, ter radicalidade e visão de
conjunto para realizar uma reflexão mais significativa que a explique.
Aproximando esta discussão da prática pedagógica do professor da
Educação Especial, há uma forte demanda de uma formação profissional
de competências múltiplas e de estudos que enfatizam as questões
relacionadas aos déficits e um distanciamento da função primordial da
escola, seja ela em qualquer modalidade, que é a transmissão pelo
professor e conseqüente apropriação do conhecimento científico pelo
aprendiz. De que forma podemos preparar nossos alunos para agir na
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sociedade de maneira crítica e participativa? Como podemos auxiliar na
construção de uma sociedade mais inclusiva, se jogamos toda a
responsabilidade apenas e tão somente ao aluno, sendo ele o construtor
do conhecimento, quando sabemos a contrário sensu, que a humanidade
construiu e continua construindo esses saberes? Essa contradição não é
respondida por aquele que defendem essa concepção.
Julgamos que o caminho para responder a estas questões será trilhado a
partir do entendimento da Educação Especial como parte da Educação
Geral e que concebe a educação como um instrumento de transformação
e não de simples adaptação a uma realidade posta. Acreditamos que o
professor da Educação Especial precisa desvincular-se de uma prática
técnica e pragmática e, em particular, de ranços como o de “ser paciente,
amoroso em sua missão”, ou seja, de supor que características individuais
como estas possam substituir aquilo que é essencial: a necessidade de
continuamente buscar o conhecimento teórico que fundamente sua
prática; deve dominar os princípios psicológicos e pedagógicos que
encaminham sua ação para poder atuar de forma consciente e eficiente.
Utilizando como referencial teórico a Psicologia Histórico-Cultural,
encontramos o posicionamento de L. S. Vigotski (1896-1934), seu
fundador, a respeito da necessidade do homem apropriar-se dos
instrumentos materiais e psicológicos para humanizar-se. Instrumentos
são entendidos como todos os mediadores construídos pelo homem para
facilitar sua interação com o meio físico e social. No sentido filogenético
podemos ir desde a utilização de recursos da natureza como pedras,
galhos de árvore, pelo homem primitivo até ao recurso de informática de
última geração, que são instrumentos físicos, mediadores ou extensão da
capacidade intelectual.
Além destes, o homem se utiliza dos instrumentos não-materiais, sendo a
linguagem o de maior relevância. Ela é criada pela necessidade de
comunicação entre os homens. Todos estes instrumentos são construídos,
transmitidos e apropriados pelos homens, ao longo da história. É a
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experiência histórico-social construída filogeneticamente que assume
existência objetiva no mundo que vivemos. Esta apropriação acontece à
medida que o homem vive em coletividade e desenvolve as Funções
Psicológicas Superiores (FPS). As FPS são próprias aos humanos,
diferentemente das funções psicológicas básicas, que são presentes nos
animais (estes têm memória, atenção, percepção, etc., que resultam
apenas da herança genética, própria do instinto, e tem seus limites
marcados, já que não transmitem às novas gerações e nem as aprimoram
ou as elevam). Segundo Facci (2004, p. 5), através da vida do homem em
grupo e sua ação na natureza em busca as satisfação de suas
necessidades, o homem desenvolve as funções psicológicas superiores e
caminha no sentido do pensamento abstrato.
Quando pensamos em humanização é importante destacar que, primeiro
o professor precisa ter consciência de que se humanizar implica em
apropriar-se dos bens culturais (linguagem verbal, conhecimentos tácitos
e científicos, usos e costumes), que em outras palavras significa também
desenvolver e aprimorar as Funções Psicológicas Superiores, como:
atenção voluntária, memória lógica, formação de conceitos, etc. Assim, ao
ensinar os conteúdos de sua disciplina estará não somente transmitindo
os saberes para serem apropriados, mas participará do processo de
humanização, de desenvolvimento intelectual do seu aluno. Mas, este
processo deve ser percorrido por ele mesmo, o que implica em dizer que
sempre estará num contínuo processo de aprendizagem e de formação.
Por este entendimento, estamos falando do professor como aquele que
necessitaria compreender que a sua prática pedagógica está sempre
fundamentada em uma concepção de homem, de desenvolvimento e de
aprendizagem, apesar de, em muitos casos, não ter clareza da linha
filosófica à qual se filia.
O professor que aqui defendemos trata-se de alguém que precisa associar
seu fazer em sala de aula com as relações sociais que os indivíduos,
inevitavelmente, mantém com o mundo; que compreende a deficiência
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enquanto um fator essencialmente social, muito além de um problema
orgânico, que busca uma prática que leve o indivíduo a emancipação.
A partir da Teoria Histórico-Cultural compreendemos que a Escola tem a
função de levar até aos alunos, especiais ou não, o conhecimento
científico, que serão assimilados pela relação de cooperação organizada e
sistemática entre professor e aluno. É o professor o principal responsável
em levar o aluno a desenvolver as FPS, juntamente com outros adultos e
crianças mais experientes que interagem com ela. Segundo Facci (2004),
Vigotski aponta dois processos de desenvolvimento, um que diz respeito
ao desenvolvimento já efetivado e o outro que estaria em um campo
próximo, que necessitaria de ajuda e mediações para efetivar-se. É na
zona de desenvolvimento próximo que as mediações de aprendizagem,
que são responsabilidade da escola, devem ocorrer.
Não caberia aqui um aprofundamento a respeito do conceito de zona de
desenvolvimento próximo, pois o que pretendemos destacar é a
função do trabalho educativo. Duarte (2003) ao fazer a crítica às
Pedagogias do Aprender a Aprender, como a pedagogia postulada por
Perrenoud, nos chama a atenção para a característica essencial das
atividades desenvolvidas por nós educadores: uma atividade intencional,
com objetivos claros. Esta característica seria o grande diferencial de
outras formas de educação. As pessoas aprendem, em seu dia-a-dia, uma
série de conhecimentos na inter-relação com o mundo que as cerca,
desde receitas de culinária, utilização de novas tecnologias, palavras que
são incorporadas ao vocabulário. Só que estas aprendizagens são
resultados indiretos e não intencionais. Vigotski (2000) aponta que os
conceitos cotidianos são apreendidos em situações cuja consciência está
voltada para o contexto e não exatamente para o conceito presente nele,
quando uma criança faz um bolo com a mãe ela está apropriando-se de
conhecimentos sobre culinária, unidades de medida (xícara, colher), mas
estes conceitos são aprendidos de forma secundária, pois ela está
envolvida no prazer de fazer uma atividade junto com a mãe. Na
apropriação dos conceitos científicos e cotidianos, a principal diferença é
9
a conexão existente entre os tipos de conceito e a forma como o indivíduo
se conscientiza deles.
A arte como instrumento de humanização
Como apontamos no início deste artigo, para realizar uma intervenção
pedagógica com vistas ao desenvolvimento do indivíduo é necessário que
o professor tenha, em sua formação, a possibilidade de apropriar-se de
um fundamento teórico que direcione sua prática. Quando falamos em
teoria, muitas vezes, pensamos em uma série de informações que não tem
nada haver com a nossa realidade educacional. Este é um grande erro,
pois toda ação pedagógica que executamos se apóia em um referencial
teórico, mesmo que não tenhamos consciente isso em nós. Portanto,
quando trazemos a questão da arte é importante salientarmos que este
recurso, para tornar-se um instrumento pedagógico, necessita uma
reflexão por parte do educador.
Apresentamos, aqui, a arte como uma forma essencialmente cultural da
manifestação humana. Como aponta Barroco (2003a, p. 29), a arte é um
instrumento rico para o desenvolvimento do indivíduo assim como os
conhecimentos científicos “[...] auxiliam no desenvolvimento não apenas
do aspecto sensível, mas também do intelectivo de quem as produz e de
quem delas usufrui ou frui.”
O homem, no sentido filogenético, constrói sua história à medida que
domina a natureza à sua volta e através do uso de instrumentos – a
princípio suas próprias mãos – consegue produzir sua subsistência.
Assim, inicia-se sua humanização, que vai deixando um legado de
instrumentos materiais e culturais para as gerações que se seguem. A
arte, dentro da perspectiva histórico-cultural, é uma forma de
manifestação da história da humanidade.
Barroco (2003b) destaca que em cada momento histórico podemos
perceber a arte manifestando os sentimentos e pensamentos do homem,
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isto das mais variadas formas (música, artes plásticas, poesia). Vamos
perceber na arte a expressão do que o homem vive socialmente em
determinada época. À medida que a sociedade vai se modificando,
incorporando novas tecnologias, a arte também acompanha este
processo. Um aspecto importante destacado pela autora é que a falta de
criatividade na sociedade atual não se deve ao uso das tecnologias, mas
sim a precarização das relações entre os homens e com os fatos que os
rodeiam.
A pauperização do conhecimento da história dos homens e
das suas produções, conteúdo tomado como pouco prático e
aplicável aos dias atuais no ensino comum ou regular e,
principalmente, no ensino especial, tem em muito
contribuído para que os homens de hoje pouco tenham a
contar e a pintar (BARROCO, 2003b, p.30)
Poderíamos destacar aqui que grande parte de nós, professores,
necessitamos avançar em relação a um conhecimento mais abrangente da
história da humanidade expressa nas mais variadas formas de arte.
Barroco (2007) nos traz um estudo a respeito da obra de Vigotski
Psicologia da arte, que seria tema para estudos aprofundados sobre a
questão da arte, no entanto, poderíamos tentar trazer algumas idéias
altercadas pela autora. Um aspecto importante trazido por ela diz
respeito ao entendimento do momento histórico em que Vigotski escreve
sua obra: a construção de uma sociedade socialista, e a que seus escritos
nos encaminham a uma leitura das obras de arte no sentido de
compreender o homem em seu contexto histórico, como pensava, como
existia. Segundo Barroco (2007, p. 198), a Arte humaniza
[...] ela abre as portas para novas aquisições, par o
enriquecimento das experiências do artista e do fruidor.
Este, ao se deparar com o desafio de desvendar o que nem
sempre lhe parece claro, lógico e completo, precisa atribuir
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sentido ao que o outro realizou. Precisa levantar, assim
como o artista, elementos que foram postos entre os homens
e, apropriar-se deles. Isso permite a realização de novas
conquistas, atividades, descobertas, o que direciona para o
estabelecimento de outras representações. Por esse
aspecto, a Arte leva ao domínio de um conteúdo posto, a
uma compreensão mais ampla do já visto, ouvido,
enriquecendo o acervo pessoal da humanidade.
No trecho citado acima é possível abarcar a dimensão da arte e a riqueza
de sua utilização no meio educacional.
Cinema: muito mais que entretenimento
Ao pensarmos em um trabalho pedagógico no qual o cinema é o principal
recurso, precisamos compreender esta forma de arte, pois ela ainda é um
tanto recente (final do século XIX), se comparada a outras formas de
expressão artística, como o teatro e a literatura. Outro aspecto que dever
ser analisado é que esta forma de arte está transformando-se em função
dos avanços tecnológicos constantes. Souza (2004) esclarece que o
cinema é um veículo de entretenimento de grande alcance e que tem que
ser visto em suas várias formas de apresentação. Inicialmente não
podemos esquecer o caráter comercial do cinema; segundo, seu grande
poder de impetrar valores, ou seja, seu caráter formativo e informativo.
Duarte (2002) analisa que cada grupo social irá interessar-se por
determinado tipo de filme e que esta escolha está intimamente
relacionada à prática social, e que o cinema é uma fonte rica de cultura,
assim como a literatura. É possível afirmarmos, com base em nossa
experiência como professora, que nos meios educacionais ainda
predomina o entendimento que a utilização de filmes assume apenas um
papel de complementação ou ilustração de conteúdos retirados dos livros,
que seriam as verdadeiras fontes de conhecimento. Acreditamos, no
entanto, ser hora de ampliarmos nossa visão a respeito da utilização
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pedagógica do cinema e dos produtos audiovisuais, e para isso
precisamos conhecer mais a respeito do assunto.
Diferente da escrita, cuja compreensão pressupõe domínio
pleno de códigos e estruturas gramaticais convencionados,
a linguagem do cinema está ao alcance de todos e não
precisa ser ensinada, sobretudo em sociedades audiovisuais,
em que a habilidade par interpretar os códigos e signos
próprios dessa forma de narrar é desenvolvida desde muito
cedo (DUARTE, 2002, p. 38).
A autora, falando sobre o cinema, destaca que esta forma de arte
possibilita uma aproximação da realidade que vem de encontro com o
espectador que busca no filme uma ficção, que funciona como um
elemento importante para trabalhar com a realidade, pois enquanto
assistimos ao filme, passamos a vê-lo como uma verdade temporária, não
separando realidade e fantasia. Outro aspecto que a autora coloca diz
respeito à identificação que fazemos ao assistir a um filme, nos
reconhecemos nos personagens e projetamos nele nossos próprios
sentimentos.
Trazendo estas questões para o âmbito da escola Duarte (2002, p. 8, grifo
da autora) aponta:
Saber como o cinema atua nos leva a admitir que a
transmissão/produção de saberes e conhecimentos não é
prerrogativa exclusiva da escola (embora ela tenha um
importante papel a desempenhar nesse processo), mas que
acontece também em outras instâncias de socialização.
Pensar o cinema como uma importante instância
“pedagógica” nos leva a querer entender melhor o papel
que ele desempenha junto àqueles com os quais nós
também lidamos, só que em ambientes escolares e
acadêmicos.
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Acreditamos ser este o desafio proposto por este trabalho, utilizar a
linguagem fílmica como uma forma valiosa de intervenção junto a pais,
professores, alunos, entendendo-a como um bem cultural que deve ser
consumido, não passivamente, mas de forma de crítica e responsável.
Construindo o Roteiro
Após uma breve contextualização sobre o cinema como recurso
pedagógico, passamos à etapa da metodologia do trabalho. Quando
optamos por um trabalho desta natureza é preciso termos bem
esclarecidos aspectos como: com que clientela iremos trabalhar, em
quantos encontros, e quais são os nossos objetivos para, então,
encaminharmos a escolha dos filmes. Esses cuidados servem para não
cairmos naquilo que criticamos: o uso do filme pelo filme, o filme para
substituir o professor que faltou ou o trabalho com o filme sem uma base
teórica marcada.
Nosso objetivo, com esta proposta de utilização de filmes, propende sobre
a possibilidade de discussão de questões relacionadas à aprendizagem a
partir da Teoria Histórico-Cultural, o papel das mediações para o
desenvolvimento das funções psicológicas superiores; identificando e
discutindo a questão da deficiência/diferença apresentada pela indústria
cinematográfica buscando relação com experiências vivenciada por
professores, pais e alunos na prática social, buscando formas
alternativas de abordagem dos fundamentos e pressupostos da Educação
Especial e Inclusiva.
Um trabalho nesta direção foi desenvolvido por Barroco, intitulado Arte e
Deficiência: o cinema mostrando a vida (UEM – Projeto de Ensino, 1996),
cujo propósito era identificar a distância entre aquilo que Hollywood
vende e aquilo que as pessoas enfrentam cotidianamente. A arte, como o
cinema, não tem a função de reproduzir a vida tal como ela é, sob o
perigo de perder a sua negatividade ante a prática social. Porém, quando
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a indústria cinematográfica veicula seus filmes passa idéias, valores e
símbolos que precisam ser alvo de reflexões, já que serão elementos para
compor as subjetividades.
A seguir apresentaremos passos importantes para se montar uma
proposta de trabalho com cinema:
1) Levantamento de acervo
Com relação ao levantamento do acervo de filmes a serem trabalhados
com professores, alunos e/ou pais, ela pode ser realizada de várias
maneiras.
- sites da Internet com o uso de palavras-chave:
cinema/deficiência/educação;
- material disponível em Núcleos Regionais de Ensino e entidades
envolvidas com a questão da deficiência;
-Instituições de Ensino Superior;
- Locadoras.
2) Seleção dos filmes
Para um trabalho com cinema, a etapa seguinte é a de seleção. Esta exige
uma delimitação de categorias ou critérios para a escolha de alguns dos
filmes dentre todos os relacionados. Neste momento é possível seguir por
vários caminhos, dependendo dos objetivos que se quer alcançar.
Podemos selecionar os filmes conforme vários critérios como:
- a área de deficiência;
- o período ou local de produção;
- o tempo de duração;
- o sucesso ou não de bilheteria;
- a existência das sinopses;
- a qualidade de imagem e som;
- a existência de legendas e dublagens;
- tempo de duração;
- a objetividade da abordagem (se queremos algum aspecto específico em
relação à deficiência: educação, relacionamento, sexualidade etc.)
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- outros.
Para a seleção dos filmes e necessário realizar a leitura das sinopses dos
temas encontrados em sites da internet, assistindo aos filmes disponíveis
e que provocaram interesse ante os critérios estabelecidos.
Feita a seleção dos filmes, deve ser organizado sequencialmente o
trabalho com os mesmos, conforme as temáticas abordadas.
Apresentaremos a seguir uma listagem de filmes, alguns com fotos
ilustrativas, e suas sinopses retirados do site do Núcleo de Apoio
Acadêmico, NAAC da Universidade de Santa Cruz do Sul, UNISC, e
outros trabalhados em nossa prática pedagógica, que poderão servir
como referencial para a escolha dos filmes a ser trabalhados. Os filmes
foram separados por deficiência e o Autismo encontra-se juntamente com
a Deficiência Intelectual.
3) Filmes Trabalhados
Deficiência Mental/Intelectual O menino Selvagem
Meu nome é Rádio
Deficiência visual A pessoa é para o que Nasce
A cor do Paraíso
Vermelho como o céuSurdez E seu nome é JonasSurdocegueira O Milagre de Anne Sullivan
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CONSIDERAÇÕES FINAIS OU EPÍILOGO
Ante o exposto, no início, estamos vivendo em uma sociedade de grande
produção técnica e tecnológica, em todas as áreas da vida.
A nossa luta, como partícipes desta sociedade do século XXI, é a de todos
possam ser inclusos na produção e no usufruto das riquezas que a
humanidade vem criando, sejam pessoas com ou sem deficiências.
Partimos do entendimento vigotskiano de que todos podem aprender,
quando ensinados e inseridos em um dado ambiente de riqueza espiritual.
Também consideramos que quanto mais ensino e aprendizagem, maior é
o movimento em direção ao desenvolvimento.
Se não podemos vivenciar diretamente todas as possibilidades que a vida
apresenta aos homens, podemos, sim, nos apropriarmos das experiências
de Outros e somá-las àquilo que experienciamos diretamente, compondo,
assim, um acervo sobre o qual edificarmos nossos processos criadores.
Esse entendimento vai à contramão do instituído: o homem alienado,
expropriado, esvaziado do coletivo.
O filme, sob essa compreensão, se apresenta como recurso rico e
fecundo. Pela linguagem fílmica os envolvidos com o processo educativo
podem conhecer outras sociedades, outras demandas que a vida impõe,
enfim, outros modos de se compor a subjetividade. Com isso, levar a
comunidade escolar às telas projetadas de experiências histórico-
culturais, e sob a mediação da teoria, revela-se como experiência de
grande valia no tocante à Educação Inclusiva.
Foram selecionados e trabalhados com 7 filmes. Cada um deles
emocionou os expectadores por algum motivo, todavia, todos eles os
educaram por revelar como as pessoas com e sem deficiências se
relacionam, se complementam, se estranham, se educam, se fazem
humanizadas. Somados às explicações teóricas a respeito das incidências,
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causas e desenvolvimento e aspectos escolares os filmes mostraram o
universo de constituição do preconceito, do estigma, das lutas sociais em
prol do reconhecimento da educabilidade de cegos, surdos, surdocegos,
dentre outros, além de estimular os espectadores a lidar com as
temáticas para além dos espaços escolares.
Expandir o debate para além dos muros escolares (ou das salas de
cinema) é uma conquista arduamente trabalhada. Esse alcance é fruto de
longo processo de sensibilização a respeito da própria capacidade de
exercer a autoria do pensamento, de instrumentalização teórica, de
provocação em favor de uma sociedade com propostas a respeito da
coletividade.
A Educação Inclusiva só pode se realizar quando convoca a todos para
identificar as origens das nossas aflições, e, depois, para enfrentá-las.
Esse enfrentamento conta com as armas certas, dentre elas, a
apropriação do saber sistematizado. Não consideramos que a ciência, em
si, supere a alienação, mas postulamos que ela, juntamente dom a
história, a filosofia, a arte, dentre outros campos do conhecimento,
podem levar à formação da consciência sobre outras bases. Entendemos
que a escolarização deva, por diferentes recursos – como o cinema -
propiciar que alunos e professores desvendem o mundo, as suas histórias
de vida, a história das classes sociais às quais pertençam, enfim, que se
apropriem das possibilidades de outros modos de existência. Esses
saberes devem permitir que edifiquemos nossos processos criadores e
criativos, afinal, como afirma Vigotski, o limite da plena realização do
humano é antes social que biológico.
Esperamos, pois, que este trabalho possa encorajar o professor a utilizar
a linguagem fílmica como um mecanismo de percepção crítica da
realidade, possibilitando, através de elementos visuais e sonoros o
desenvolvimento de experiências diferenciadas sobre a questão da
deficiência/diferença. E, também, propiciar a alteração, de forma clara e
prazerosa, sobre este tema tão amplo e tão carente de debates. Outro
aspecto importante diz respeito à necessidade de uma postura crítica
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frente à linguagem fílmica, muitas vezes repleta de visões distorcidas ou
exageradas sobre a deficiência/diferença. Podemos, através do filme,
pensar e refletir sobre as várias visões, sobre as verdades e inverdades,
enfim trazer à tona concordâncias e discordâncias a respeito da
deficiência e das necessidades educacionais e a plena certeza: o homem
deve ser necessariamente rico, e a escola deve enriquecer esse homem
que por ela passa e nela atua!
REFERÊNCIAS
BARROCO, Sonia Mari Shima. Considerações sobre uma Proposta Educacional Inclusiva em Tempos de Prática Social Excludente. In Proposta Curricular Preliminar do Município de Sarandi – Educação Especial. Sarandi, Pr, 2003a
BARROCO, Sonia Mari Shima. Psicologia e a Arte como Recurso: Proposições de uma trabalho Especial. In MARQUEZINE, M.C.; ALMEIDA, M.A.; TANAKA, E.D.D. (Orgs) Prodecimentos de Ensino em Educação Especial. Londrina: Eduel. 2003b
BARROCO, Sonia Mari Shima. Psicologia Educacional e Arte: uma leitura histórico-cultural da figura humana. Maringá: Eduem, 2007.
BARROCO, Sonia Mari Shima. Cinema e deficiência: a arte mostrando a vida. Maringá: Universidade Estadual de Maringá - UEM, Departamento de Psicologia, Projeto de Ensino - PEN, 1998.
BAUMAN, Zygmunt. A modernidade líquida de Zygmunt Bauman, Entrevista a Maria Lúcia Garcia Palhare-Burke. São Paulo. Folha de São Paulo, caderno Mais!, 19 de outubro de 2003.
BRASIL. Saeb - 2005 Primeiros Resultados : Média de desempenho do Saeb/2005 em perspectiva comparada. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Brasília-DF, 2007.
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BRASIL, Diretrizes curriculares nacionais: educação básica. Ministério da Educação - Brasília: Conselho Nacional de Educação. Brasília-DF, 2004.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: educação básica. Ministério da Educação - Brasília: Conselho Nacional de Educação. Brasília-DF, 1997.
FACCI, Marilda Gonçalves Dias. Formação De Professores “Especiais” E A Escola de Vigotski. Anais do II Simpósio Educação Que Se Faz Especial: Debates e Proposições. Maringá, 2004.
DUARTE, Rosália. Cinema & Educação. Velo Horizonte: Autêntica, 2002
DUARTE, Newton. Sociedade do Conhecimento ou Sociedade das Ilusões? Campinas: Autores Associados, 2003
DUARTE, Newton. Formação do indivíduo, consciência e alienação; o ser humano na psicologia de A. N. Leontiev. Cad. CEDES. Campinas, abr. 2004, vol. 24, no62, p. 44-63
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MAZZEU, Francisco José Carvalho. “Uma proposta metodológica para a formação continuada de professores na perspectiva histórico-social”. Caderno Cedes. Campinas, ano XXI, nº 44, abril/98, pp. 59-72
MENEZES, Ebenezer de, O professor do futuro e suas competências [entrevista em 20 de agosto de 2001]. 2001. Disponível em: <http:///www.educabrasil.com.br.htm. Acesso em 04 dez. 2007.
SOUZA, Milena Luckesi. Cinema: Recurso Mediador para a Educação que se faz Especial. Monografia apresentada ao curso de especialização Educação Especial em Contexto de Inclusão, UEM, Maringá: 2004.
VYGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
http://www.unisc.br/universidade/estrutura_administrativa/nucleos/naac/index.html
SUGESTÃO DE FILMES PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO
a) Deficiência Intelectual
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A Casa Um grupo de mulheres com deficiência mental falam de suas vidas e memórias através de desenhos que serão transformados em animações criadas pela diretora Vivienne Jones. Um grupo de artistas. Um filme de Eija-Liisa Ahtil.
Do Luto à Luta De Evaldo Mocarzel, documentário sobre como os pais recebem a notícia de que os filhos nasceram com a síndrome de Down. Mostra diversos adultos com síndrome de Down e suas impressões sobre a vida. As soluções para a inclusão destas pessoas na sociedade são mais simples do que se imagina.
Meu Nome é RadioHarold Jones é um técnico de futebol americano que desenvolve uma amizade com Radio, um estudante do colegial que é deficiente mental. A amizade dos dois cresce com o passar dos anos, com Jones acompanhando a transformação de Radio de um jovem tímido para a inspiração da comunidade em que vive.
León e Olvido Olvido é uma mulher de 21 anos. León, seu irmão, tem síndrome de Down. Faz 4 ou 5 anos que ficaram órfãos e, como única herança, eles têm a casa onde moram e um carro velho. Entre eles começa desenvolver-se, de modo cada vez mais desesperado, um conflito: Olvido quer que León aceite morar em um internato ou que vá e volte sozinho da escola e se ocupe, pelo menos, de suas coisas e de algumas tarefas domésticas, enquanto León faz todo o possível para que suas atividades, responsabilidades e tarefas sejam mínimas e sua irmã cuide dele de corpo e alma.
Nicky e Gino
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Nick tem deficiência mental e é lixeiro por ocupação. Gino, seu irmão, inicia sua carreira de médico. Nick é ingênuo e depende de Gino para se livrar da hostilidade do mundo.
O Oitavo DiaEmpresário estressado vaga sem rumo pelas estradas francesas. Quase atropela um rapaz com Síndrome de Down e acaba levando-o no carro. Uma forte amizade desenvolve-se entre os dois. Prêmio de melhores atores em Cannes.
Os Dois Mundos de CharlyDeficiente mental interpretado por Cliff Roberson que levou o Oscar.
Sem Medo da Vida História de uma avó e seu neto com síndrome de Down, que aborda a questão da aceitação da família de uma forma interessante.
Simples como amar Após passar alguns anos em uma escola especial, Carla Tate foi "graduada" e poderá voltar para casa de seus pais em São Francisco. Mas, apesar de ser intelectualmente limitada, planeja morar sozinha, ter uma vida independente e também se libertar da presença da mãe, que a vigia de forma sufocante. Este desejo de ter seu próprio apartamento é aumentado quando conhece Danny McMann, um jovem que como ela é mentalmente "lento", mas mora sozinho.
Por fora, Por dentro Documentário onde um homem autista e mudo divide sua profundidade interna. Uma maneira original de apresentar as frustrações da mudez aos espectadores.
Prisioneiros do SilêncioMãe leva filho autista para uma instituição especializada e descobre maneiras de comunicar-se com ele.
Rain Man
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Rapaz vai buscar irmão autista em asilo a fim de herdar a fortuna do pai sozinho. Os dois desenvolvem amizade no caminho de casa, redescobrem os antigossentimentos e passam a viver juntos e sem ressentimentos. Oscar de melhor filme, ator, direção e roteiro.
Refrigerator MothersHistória de sete mães que foram responsabilizadas pelo autismo de seus filhos. Uma terapia comum nos anos 60 era retirar a criança autista do convívio de seus pais. Uma criança diferente Jan Maka era uma criança feliz e cheia de energia até que sua família descobre que ele é "diferente": Jan é autista. Como é viver com uma criança afetada por essa desordem neurológica?
b) Deficiência Visual
A Cor do Paraíso Filho espera o pai vir buscá-lo para as férias, numa escola especial para crianças cegas. O pai fica relutante em levá-lo para casa, por pensar que isso poderá atrapalhar suas pretensões de se casar de novo.
Além dos Meus OlhosApós alguns anos de casados, James e Ethel, que são cegos, descobrem que não podem ter filhos. Quando decidem adotar uma criança, têm que enfrentar uma série de barreiras legais e provar que são capazes de cuidar de alguém.
A Maçã
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Trata do isolamento social de duas meninas gêmeas filhas de uma mãe cega e de um pai muito velho que para ganhar a vida vive pela aldeia rezando.
A Pessoa é para o que Nasce Três irmãs, cegas de nascença e cantoras, encontram o seu estar no mundo na música, cantam pelas ruas da cidade a fim de complementar a renda familiar, sustentada pela mísera aposentadoria.
À Primeira Vista Uma arquiteta está de férias em um hotel e apaixona-se pelo massagista cego. Convence-o a submeter-se a uma operação para que ele volte a enxergar. O filme é baseado em fatos reais e mostra as dificuldades do voltar a enxergar.
Castelos de GeloPatinadora adolescente é descoberta por famosa treinadora, que transforma a garota em campeã mundial. No auge da fama, ela sofre acidente, que a deixa cega, tendo de recomeçar do zero, com a ajuda do namorado.
Dançando no EscuroUma imigrante tcheca leva uma vida dura trabalhando em uma usina nos EUA. Descobre que está perdendo a visão dia após dia e tenta esconder isso de todos, principalmente de seu filho, geneticamente condenado a também desenvolver a doença. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes como melhor filme e melhor atriz.
LIBERDADE PARA AS BORBOLETAS
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Jovem músico cego decide morar sozinho, longe da mãe superprotetora. Aluga apartamento em São Francisco e envolve-se com uma vizinha, atriz. A mãe do rapaz e as exigências da profissão da moça são dois grandes obstáculos para o relacionamento deles.
Janela da Alma Dezenove pessoas com deficiência visual contam como se vêem, como vêem os outros e como se relacionam com o mundo.
Luzes da Cidade Carlitos apaixona-se por uma florista cega e se envolve nas maiores trapalhadas buscando dinheiro para recuperar a visão da moça.
Perfume de Mulher O filme relata a história de um ex-capitão do exército, cego e amargo, e sua relação de amizade com um jovem contratado para acompanhá-lo em um tour. Ele descobre mulheres atraentes usando seu apurado olfato. O filme mostra variados cenários da Itália para ilustrar a condição de um homem que está destinado à cegueira, mas pouco disposto a aceitar suas limitações.
Ray Conta a vida do músico Ray Charles, que ficou cego aos 7 anos de idade, como superou sua deficiência e conquistou o sucesso. Quem já viu Ray Charles num palco poderá até jurar que é o próprio quem interpreta a si mesmo no filme.
Vermelho como o céu
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Saga de um garoto cego durante os anos 70. Ele luta contra tudo e todos para alcançar seus sonhos e sua liberdade. Mirco (Luca Capriotti) é um jovem toscano de dez anos apaixonado por cinema, que perde a visão após um acidente. Uma vez que a escola pública não o aceitou como uma criança normal, é enviado para um instituto de deficientes visuais em Gênova. Lá, descobre um velho gravador e passa a criar histórias sonoras. Baseado na história real de Mirco Mencacci
Um toque de cor O pintor Terry Jackson reestrutura sua vida e sua técnica de pintura ao adquirir uma deficiência visual. Sua arte reflete a mudança e mostra sua constante luta para manter a pintura como forma de expressão.
Uma vida para viver Crianças com deficiência visual, preparadas por seus professores para uma vida independente, falam sobre o que querem ser quando crescerem, e mostram acreditar que não existem barreiras ou limites para elas.
c) Surdez
E seu Nome é JonasCriança nasce surda e é diagnosticada como deficiente mental, internada em um hospital. Ao descobrirem a surdez iniciam uma longa caminha em
busca de uma educação ideal.
BelindaHistória de uma mulher surda, estrelada por Jane Wyman, que ganhou o Oscar.
Filhos do Silêncio
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Professor leciona linguagem dos sinais para deficientes auditivos. Apaixona-se por uma garota surda que tem dificuldades para relacionar-se com os outros. Oscar e Globo de Ouro de melhor atriz e Urso de Prata no Festival de Berlim para direção.
Lágrimas do Silêncio Atriz surda deixa a filha com seus pais enquanto recupera-se da morte do marido. Sua mãe apega-se à neta e pede sua guarda na justiça.
Mr. Holland - Adorável ProfessorDireção de Stephen Herek - professor que deseja escrever uma sinfonia tem um filho surdo. Então decide organizar um concerto para deficientes auditivos.
O Piano Uma garota com deficiência auditiva se casa com um proprietário de terras. Ela apenas se comunica através de um piano.
d) Deficiência Física
Casamento Proibido Hedir, paraplégico desde os 15 anos, foi impedido pelo bispo de casar-se na Igreja Católica em função de uma lei do Vaticano de 1084, segundo a qual um homem precisa ser capaz de copular para poder casar.
Como uma borboleta Przemek teve paralisia cerebral ao nascer. Sua capacidade de comunicação ficou totalmente comprometida até que teve acesso à linguagem BLISS e revelou sua capacidade de expressão.
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A História de Brooke Ellison Um grave acidente deixa a jovem Brooke Ellison tetraplégica. Mas sua incansável vontade de viver e se superar não só a leva de volta à escola como também à universidade, onde se forma com louvor. Drama biográfico baseado na vida de Brooke Ellison, que ao lado de sua mãe Jeane escreveu um livro em que conta sua história.
Epidemia
Nos anos 50, na Dinamarca, milhares de pessoas foram infectadas pela poliomielite. Niels Frandsen procura as palavras e as imagens para um registro histórico e pessoal.
Feliz Aniversário Talidomida
Mat Fraser adquiriu deficiência devido ao uso de talidomida por sua mãe durante a gestação. No Brasil, Mat investiga o uso da droga e conhece mulheres que ainda a usam.
FridaHistória de Frida Kahlo, pintora mexicana que sofreu um acidente aos 17 anos. Trata de sua deficiência física e traz uma mensagem de coragem e força.
Gaby - Uma História Verdadeira A história de Gaby Brimmer que, sem andar, falar nem mexer as mãos, escreveu um livro com o pé e uma maquina de escrever elétrica.
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King Gimp Vencedor do Oscar, esse documentário retrata a vida de uma pessoa com paralisia cerebral.
Murderball - Paixão e Glória Um documentário sobre a superação através do esporte de pessoas paraplégicas que encontram um novo sentido para a vida. Em cadeiras especiais a lá "Mad Max", jovens com restrições de movimento nas pernas e braços se enfrentam em quadras de basquete em duelos poderosos. Paralelamente vemos as lutas individuais dos protagonistas: um jovem que busca redenção com o acidente que o feriu, um jogador aposentado que passa a treinar o time do Canadá e é visto como traidor pelos americanos, e um jovem recém incapacitado que busca esperança no esporte. Temas como sexualidade e convivência com a sociedade também são abordados, à medida que entendemos que sobre as rodas vivem seres humanos dignos e capacitados.
Meu Pé Esquerdo Christy Brown (Daniel Day-Lewis), o filho de uma humilde família irlandesa, nasce com uma paralisia cerebral que lhe tira todos os movimentos do corpo, com a exceção do pé esquerdo. Com apenas este movimento Christy consegue, no decorrer de sua vida, se tornar escritor e pintor.
Mulheres Ferreiras Em 1997, em Uganda e no Quênia, três mulheres com deficiência decidem que seus destinos dependem de suas mãos. e aprendem a construir cadeiras de rodas, assegurando assim sua própria mobilidade.
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Nascido em 4 de julho Ron Kovic (Tom Cruise) é um rapaz idealista e cheio de sonhos, que deixa a namorada (Kyra Sedgwick) e a família para ir lutar no Vietnã. Já na guerra, ele é ferido e fica paraplégico. Ao voltar aos Estados Unidos é recebido como herói, mas logo se vê confrontando com a realidade do preconceito aos deficientes físicos, mesmo aqueles considerados heróis de guerra. Ron decide então se juntar a outros para lutar pelos seus direitos, agora negados pelo país que os enviara para a guerra.
O Despertar para Vida Depois de sofrer um grave acidente, um jovem escritor tem que freqüentar um centro de reabilitação, em uma cadeira de rodas. Um motociclista racista e rebelde e um negro alcoólatra e paquerador são alguns de seus companheiros. Eles descobrem no companheirismo novos horizontes para suas vidas.
O Franco AtiradorConta a história de três amigos, dois deles paraplégicos, e as conseqüências da guerra do Vietnam em suas vidas.
Rei Coragem História, lutas e vitórias de um jovem com paralisia cerebral, Dan Keplinger, e sua trajetória até ser consagrado como um artista plástico.
Uma Janela para o Céu História de uma esquiadora que fica paraplégica em um acidente numa competição, tornando-se professora e lutando pelo seu amor.
Uma Razão para Viver Por um diagnóstico equivocado, uma pessoa com paralisia cerebral é enviada a uma instituição para doentes mentais. Uma professora descobre o erro e tenta repará-lo.
e) Surdocegueira
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O Milagre de Anne Sullivan Professora tenta fazer Helen Keller, uma garota cega, surda e muda, entender melhor as coisas que a cercam. Para isto entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a superprotegeram.
f) Outras Categorias
Bicho de Sete Cabeças Conta a história de Wilson e seu filho Neto, que possuem um relacionamento difícil. A situação entre os dois atinge seu limite e Neto é enviado para um manicômio, onde terá que suportar as agruras de um sistema que o submete.
De Porta em PortaRapaz que sofreu mal uso do fórceps no nascimento topa trabalhar numa área em que vendedor algum teve resultado. Além do êxito, conquista destaque entre os colegas vendedores. História verídica.
Desejos inconfessos As pessoas com deficiência lutam para serem reconhecidas como pessoas aptas a explorar sua sexualidade e levar uma vida sexual ativa.
Enigma de Kaspar Hauser Filme baseado na história verídica e obscura de Kaspar Hauser, cuja maneira de pensar difere totalmente da dos outros seres humanos. Cresceu num calabouço, acorrentado até o dia em que foi levado por um guarda a uma praça e ali abandonado. Um cidadão o encontra e o leva para a casa do capitão de cavalaria que o entrega às autoridades, ele é então exposto em uma feira de curiosidades, onde ganha o seu sustento. Um dia ele foge com
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alguns companheiros e é acolhido pelo Sr. Daumer. Dois anos depois, Kaspar sabe falar e escrever.
Escola para todos Documentário sobre o problema do acesso à educação para crianças com deficiência na Rússia, e a interação com os demais alunos em uma escola inclusiva.
Forrest Gump - O Contador de HistóriasQuarenta anos da História dos EUA vistos pelos olhos de um rapaz com QI abaixo da média. Há também um amputado das pernas. Oscar de melhor filme, ator, diretor, roteiro, montagem e efeitos especiais.
Ìris A história de amor entre a novelista e filósofa Iris Murdoch e seu marido, o professor John Bayley, contada em duas épocas distintas: na juventude, quando se conheceram, e na velhice, quando Iris sofre do mal de Alzheimer.
Mentes que brilham Conta a história de uma jovem operária, mãe solteira de uma criança que se revela superdotada, enfrentando muitos desafios em sua vida.
Meu filho meu mundo A luta de um casal que tem um filho autista com três anos de idade. A história mostra todo o empenho e dedicação da família para inseri-lo na sociedade.
Missão Especial - MIRACLE RUN (2004)
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Corrine descobriu o amor com os seus filhos, mas fica transtornada ao descobrir que não existe cura ou tratamento efetivo para a doença dos gêmeos. Para não se tornar prisioneira desta deficiência, ela está determinada a propor uma vida normal aos garotos, e começa uma jornada em busca desta nova vida. Terá que enfrentar muitos obstáculos para superar os preconceitos da sociedade, e mostrar a capacidade deles.
NellNell foi criada sem nenhum contato com o mundo. É descoberta por um médico e uma psicóloga que tentam descobrir como foi sua vida até então.
O AviadorTrata do TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo, e conta a história de um pioneiro da aviação.
O Garoto Selvagem Conta a historia das experiências pedagógicas de Itard. na tentativa de educação de uma "criança selvagem".
O Homem Elefante A história de John Merrick, um desafortunado cidadão da Inglaterra vitoriana que era portador do caso mais grave de neurofibromatose múltipla registrado, tendo 90% do seu corpo deformado. Esta situação o leva ser atração em circos de aberrações. Vítima desta doença que o deforma, este homem tenta a todo custo recuperar a sua dignidade. Baseado em história real.
O Óleo de Lorenzo
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Um garoto levava uma vida normal até que, aos seis anos, estranhas coisas aconteceram, pois ele passou a ter diversos problemas de ordem mental que foram diagnosticados como ALD, uma doença extremamente rara que provoca uma incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no máximo dois anos. Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de medicamento para uma doença desta natureza. Assim, começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença.
Os Camelos Também Choram Da Mongólia, uma camela da a luz a um camelinho albino e rejeita o bebê. Só a música é capaz de fazê-la chorar, para então começar a amamentar a cria.
Sempre AmigosA história da amizade de dois meninos, um super dotado, porém com distrofia muscular e o outro grande e forte, mas pouco inteligente e sem amigos.
Por uma noite apenas As dificuldades de pessoas com deficiência em comunidades gays. Nesta comunidade em que a beleza física é ultra valorizada, qual é o lugar das pessoas que não se enquadram no padrão?
Querida Perla Perla é atriz e a última remanescente de uma família judia de anões que formava uma trupe musical e que sobreviveu às experiências do Dr. Mengele em Auschwitz.
Sobre o amor Em uma escola para pessoas com deficiência na Rússia, crianças divertidas falam sobre suas vidas, especialmente sobre namoro e amor.
Sonata de OutonoA história de um pianista e a relação com suas filhas, uma delas com uma doença neurológica degenerativa.
Uma Mente Brilhante
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Um gênio da matemática aos 21 anos formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante John Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o prêmio Nobel.
ThalassaA história de Thalassa, uma menina de nove anos de idade, que nasceu com uma lesão cerebral e que, graças ao esforço de seus pais, consegue levar uma vida ativa e feliz.
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