o computador e a contracultura
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O computador
e a contraculturaCOS471 - Computador e Sociedade
Professor: Henrique Cukierman Estágio de docência: Alberto de Lima
Luiz HenriquePinho de Sá
Apresentando...
Pedro de Vasconcellos
Capítulo do livro “O Culto da Informação – O Folclore dos
Computadores e a Verdadeira Arte de Pensar”
1986
Theodore Roszak (1933-2011)
O que é contracultura?
Conjunto de ideias e comportamentos que se opõem ou se diferenciam das instituições e dos valores dominantes
de uma sociedade
Até meados dos anos 70, a
TI era vista como austera
e exótica
Máquinas eram elitistas e
intimidadoras, operada apenas por
técnicos
Os negócios de TI tinhamenorme domínio da
Tinham...
Nos anos 60, a “Big Blue” optou
por não investir em computadores pequenos, de
baixo custo
Foi aberta a brecha para o surgimento
dos microcomputadores...
E quem tirou proveito disso?
Jovens entusiastas dos computadores apaixonados
por resolver problemas,os hackers
Dentre os hackers, havia os hackers
radicais ou guerrilheiros
“Quase sempre os computadores são usados contra as pessoas, e
não a favor delas para controlá-las,
ao invés de libertá-las...
... É hora de mudar tudo isto – nós precisamos de uma empresa
de computadores para as pessoas.”
Guardem essa frase!
Mas o que foi feito para mudaresse panorama?
Recurso Um e Memória Comunitária
Recurso Um?
“Uma empresa comunitária de computadores”
Criado por cientistas da computação
que abandonaram a Universidade da Califórnia
Recebia pequenas verbas de corporações e instituições
Reformou um computador obsoleto
para servir de utilidade pública a ativistas políticos
Não conseguiu ir “para frente”
Memória Comunitária?
Planejada para ser uma rede de pequenos terminais de computadores distribuídos pela Baía de São Francisco
Estaria ligada ao Recurso Um
Alguns previam que iria unir cidades e campi universitários
de toda a América (!)
Tinha como objetivo criar uma “democracia direta da informação”
Transmitia boatos, desabafos terapêuticos, fofocas...
Teve seu fim logo depois do Recurso Um falir
Em resumo...
Recurso Um
MC
MC
Em meados dos
anos 70, o microcomputad
or cada vez mais parecia
ter mercado e ser um
instrumento acessível
Olha eu de novo!
Grupos de hackers começaram a se
reunir em sessões informais onde a
ciência da computação era discutida...
Grupos de hackers começaram a se
reunir em sessões informais onde a
ciência da computação era discutida...
No Homebrew Computer Club ocorriam
as reuniões mais produtivas e foi
onde Steve Wozniak, cofundador da Apple, revelou seu novo
microcomputador
Tom orgânico
Suavizar as pontas duras da
tecnologia
Tecnologia familiar e amistosa
Tom orgânico
Suavizar as pontas duras da
tecnologia
Tecnologia familiar e amistosa
Em 1975, o Altair foi o primeiro
computador a circular no submundo
hacker
Em algum momento dos anos 80, os hackers guerrilheiros pareciam estar
a ponto de refazer a Era da
Informação...
Saindo de suas garagens, eles conseguiram desbancar as gigantescas corporações da
indústria
Hackers desenvolveram uma conexão interativa
entre teclado e a tela de vídeo
Teclado
Tela de vídeo Disk drive (Steve
Wozniak) +
Apple II
Daí, o mundo dos softwares se tornou uma
indústria própria
A IBM já estava bem atrás e
precisou rever seus conceitos
para tentar recuperar sua
posição na corrida...
Surgiam novas empresas e
produtos: jorrava dinheiro no Vale
do Silício...
US$ 20.000.000Foi o que Wozniak, já desligado da
Apple, tirou do próprio bolso para produzir um
festival de rock ao ar livre
Havia dois campos filosóficos para enxergar o futuro: saudosista e tecnófilo
Saudosista
Queria o final do mundo industrial
Sociedade de aldeias
Organizações tribais
Ideal econômico baseado nos
trabalhos manuais
Tecnófilo
Apoio ao sistema urbano-industrial
Acreditam no domínio da ciência e tecnologia sobre
as forças da natureza
Tecnófilo + Saudosista = ?
S = {Hackers guerrilheiros}
Baseiam-se não na distribuição igualitária da terra, mas no igual acesso à informação
O destino do microcomputador era
criar uma cultura global de aldeias eletrônicas
localizadas num ambiente natural
“Eu gosto de pensar(agora por favor!)numa floresta cibernéticacheia de pinheiros e acessórios eletrônicosonde servos vagueiam pacificamenteperto de computadorescomo se fossem florescom botões suaves”
No final dos anos 70, os remanescentes
da contracultura acreditavam que a informação digital conduziria o mundo para a terra prometida pós-Industrial
Alguns tinham uma visão apocalíptica do mundo
industrial havendo necessidade do
reaproveitamento de material
“Devo projetar de tal maneira que você possa montar tudo com peças tiradas da lata de lixo”
A síntese saudosista-tecnófila na qual se baseavam essas
esperanças dos hackers é ingênua e
idealista...
Como é possível acreditar em alguma coisa tão improvável?
Final dos anos 50 e início dos 60
A música conecta os dois valores através do
folk, rock and roll e depois rock e variações
Amplificada eletronicamente, o poder
da música vinha do equipamento
Garantir a pureza e a singularida
de
1965
Complexa
engenharia de som
1967
Realces Digitais
1973
Experiência visual
A droga salva sua alma
Caminho mais curto para a iluminação
Sensação de magnificência
e euforia
“Doing LSD was one of the two or three most important things I
have done in my life“
“Esta geração engole
computadores inteiros, da
mesma forma que a droga”
• M
Meteórica história da “revolução” do microcomputador pode ser
resumida em dois grandes esforços da propaganda...
• MComercial do Apple Macintosh
(1984)
Investimento da Apple (de novo!) numa campanha de fim de ano
Comercial do Apple Macintosh
(1984)
Exibido no terceiro quarto do Super Bowl
Inspirado no livro “1984”, George Orwell
Dirigido por Ridley Scott (“Alien”, “Blade Runner”, “Gladiador”)
Lembram da frase?
Imagens de desafio e libertação
Espírito dos hackers guerrilheiros
Esperança de um populismo eletrônico
Mas no fim do mesmo ano, o panorama
da indústria de microcomputadores havia mudado significativamente:
vendas paralisadas e mercado saturado
Investimento da Apple numa
campanha de fim de ano
Compra do espaço
publicitário da edição
especial de eleições de
novembro da revista
Newsweek
Tema audacioso da edição
“O princípio da
democracia aplicada à tecnologia:
uma pessoa, um
computador”
Foi publicada a história fictícia de um jovem empresário
inteligente...
... Presumivelment
e um “ex-escravo da
IBM”...
... Agora capaz de exercitar a
liberdade que a Apple lhe concedeu
O jovem tem uma ideia
“quente” e quer entrar nos negócios
Sendo magnata bem informado e esperto, ele
escolhe os computadores
da Apple...
... Para planejar seu produto e manter sua
contabilidade. O produto...
Comida para
bebês.
Uma queda com relação ao
ataque idealista contra o
“Grande Irmão” no começo do
ano
Mas uma assertiva mais realista quanto ao mercado de microcomputad
ores
Em 1985, Steve Jobs admite que o mercado de computadores
domésticos foi superestimado
O computador não tinha um uso específico claramente definido
Máquina confusa e aplicações dispensáveis
Instruções (documentação) incompreensíveis
Preço dos equipamentos e programas nunca tão baixos quanto os anunciados
O ideal populismo eletrônicose tornou mais débil...
A Apple, defensora da causa, ganhou
seu espaço comercial atacado pela IBM e AT&T
A tecnologia retornava ao
seu gigantismo
original
“Existe uma tal mudança no mundo atual que fica difícil para o sujeito de garagem tornar-se o próximo Apple”
A dominação renovada da IBM foi vista
por alguns como a única chance da América poder competir com o Japão
IBM foi vista como uma corporação
Rambo: “símbolo vivo
de que o sistema
industrial americano
ainda conserva um pouco de
vida”
?
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