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O Guia Alimentar para a População Brasileira e a Produção de Alimentos - agenda para ampliação de escolhas alimentares
mais saudáveis
Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição Departamento de Atenção Básica
Secretaria de Atenção à Saúde/ Ministério da Saúde (CGAN/DAB/SAS/MS)
26 de março de 2015
CENÁRIO NUTRICIONAL NO BRASIL
Análises a partir de inquéritos nacionais das décadas de 1970, 1980, 1990 e
nos anos mais recentes, assim como dados do SISVAN Web, apontam:
EXCESSO DE PESO
DESNUTRIÇÃO
ENDEF 1974-75; PNSN 1989; PNDS 1996 e 2006; POF 2008-2009; VIGITEL 2006 a 2012.
Consumo alimentar no Brasil
Tendências de consumo alimentar no Brasil
Fonte: POF 2002 – 2003 e POF 2008-2009.
Cenário alimentar e nutricional – Brasil
42,5 37,5
20
40,5
31,8 27,7
Alimentos in natura ou minimante processados
Alimentos processados e ingredientes culinárois
Alimentos ultraprocessados
Aquisição de Alimentos no Brasil. POF.
2002/3 2008/9
Monteiro, C.A., et al. 2010
Cenário alimentar - Brasil
9,8 12,3
14,1 13,1
34,1
39,6
43,8 43,9
1 2 3 4
Prevalência de Excesso de Peso e Obesidade de acordo com o perfil de consumo de processados e ultraprocessados (quartis % de
energia)
Obesidade Excesso de Peso
Quartis
Canella D., et al. 2014
Prioridades da Atenção Nutricional
Insegurança Alimentar e Nutricional no Brasil
Obesidade Doenças Crônicas
Não-Transmissíveis
Desnutrição
Carências nutricionais específicas
Deve dar respostas às demandas e necessidades de saúde do território, considerando
as de maior freqüência e relevância e observando critérios de risco e vulnerabilidade.
1.Organização da Atenção
Nutricional
2.Promoção da Alimentação Adequada e
Saudável
3.Vigilância Alimentar e Nutricional
4.Gestão das Ações de
Alimentação e Nutrição
5.Participação e Controle Social
6.Qualificação da Força de Trabalho
7.Pesquisa, Inovação e Conhecimento em
Alimentação e Nutrição
8.Controle e Regulação
dos Alimentos
Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)
9. Articulação e Cooperação para a SAN
• Deve estar em acordo com as necessidades de cada fase do curso da vida e com as necessidades alimentares especiais;
• Referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia;
• Acessível do ponto de vista físico e financeiro;
• Harmônica em quantidade e qualidade;
• Baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis;
• Quantidades mínimas de contaminantes físicos, químicos e biológicos
Alimentação Adequada e Saudável é a prática alimentar apropriada aos aspectos biológicos e socioculturais dos indivíduos, bem como ao uso sustentável do meio
ambiente.
Diretriz: Promoção da Alimentação Adequada e Saudável
Políticas Públicas Saudáveis
Reforço da ação comunitária
Educação Alimentar e Nutricional
Regulação e controle de alimentos
Reorientação dos serviços de saúde
Oferta de alimentos saudáveis em ambientes
institucionais
Conjunto de estratégias que proporcionem aos indivíduos e coletividades a realização de práticas alimentares adequadas e saudáveis.
Ações de: • Incentivo • Apoio • Proteção
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável
Efeito das refeições sobre sistemas biológicos humanos
Feijoada, arroz, vinagrete de cebola e tomate, couve refogada e laranja.
Refeições como combinações complexas
de alimentos, não aleatórias, desenvolvidas
sob um controle evolucionário biocultural
Fonte: Jacobs Jr, DR & Tapsell LC 2013. Food synergy: the key to a healthy diet. Proceeding of the Nutrition Society 72, 2, 200-206.
Fontes: Cohen DA, Farley TA. Eating as an automatic behavior. Preventing Chronic Disease 5: 1-7, 2008
Wansink B. Mindless Eating: Why We Eat More Than We Think. New York: Bantam, 2006 Pollan M. Cooked. A Natural History of Transformation. New York: Penguin, 2013. Fischler C. Commensality, society and culture. Social Science Information 50: 528-48, 2011.
Efeitos dos alimentos, das refeições e dos modos de comer sobre o bem-estar físico mental e social
X
Princípio: Guias Alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares
• Fortalecimento das pessoas, famílias e
comunidades para se tornarem agentes produtores de sua saúde, ampliando autocuidado e agindo sobre fatores determinantes.
• Autonomia associada também ao ambiente forma de organização da sociedade, valores culturais, educação, saúde etc.
• Linguagem clara e de fácil entendimento. • Instrumento de EAN para profissionais que
trabalham com promoção da saúde.
2ª Edição
2014
Guia Alimentar para a População Brasileira 2014
1ª Edição -2006
Revisão do Guia Alimentar:
Oficinas técnicas em 2011 e 2013
Parceria CGAN – NUPENS/USP com apoio
da OPAS-Brasil
Consulta Pública:
Fevereiro a Maio de 2014
Registros na Plataforma:
3.125 contribuições
(436 indivíduos/instituições)
Consolidação da consulta pública:
Maio a Agosto de 2014
Parceria CGAN – NUPENS/USP com apoio
da OPAS-Brasil
Lançamento:
Novembro de 2014
Revisão do Guia Alimentar para a População Brasileira
Princípios
Alimentação é mais que ingestão de nutrientes Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo Alimentação saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares
ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS
In natura: obtidos diretamente de plantas ou de animais sem que tenham sofrido qualquer alteração. Minimamente processados: são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas.
ÓLEOS, GORDURAS, SAL E AÇÚCAR Produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usados para criar preparações culinárias.
ALIMENTOS PROCESSADOS Produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado.
ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS Produtos cuja fabricação envolve diversas etapas, técnicas de processamento e ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial.
RECOMENDAÇÕES:
Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimentação.
....................
Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
....................
Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias
ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.
....................
Evite alimentos ultraprocessados.
REGRA DE OURO:
Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados
1/5 da população : 85% da alimentação baseada em alimentos in natura,
minimamente processados e suas preparações culinárias
Sobre a escolha das opções de refeições saudáveis
POF 2008-2009: >30 mil brasileiros Todas as regiões. Urbano e rural. Todos estratos socioeconômicos.
Lançamento!
• Promoção da Alimentação Adequada e Saudável a partir do resgate, valorização e fortalecimento da cultura alimentar brasileira.
• Valorização da agricultura sustentável que respeita o conhecimento local e defende a biodiversidade, o reconhecimento da herança cultural e valor histórico do alimento.
Guia Alimentar para Crianças Menores de dois anos
-Redução do risco de cárie dental em 44% na idade de 12 – 16 meses; Feldens CA, Vitolo MR, Drachler ML. Community Dent Oral Epidemiol 2006; 34: 1-9.
-Redução do risco morbidade respiratória em 41% na idade de 12 -16 meses; Vitolo MR, Bortolini GA, Campagnolo PDB, Feldens CA,Preventive Medicine 2008; 47:384-388.
-Redução de uso de medicamentos de 44% na idade de 12 -16 meses; - Redução do risco de diarréia de 32% na idade de 12 - 16 meses;
Vitolo MR, Bortolini GA, Feldens CA, Drachler; Cadernos de Saúde Pública
-Redução do risco de cárie dental em 22% na idade de 4 anos; Feldens CA, Giugliani ERJ, Duncan BB, Drachler ML, Vı´tolo MR. Community Dent Oral Epidemiol 2010; 38: 324–332.
- Melhor qualidade da dieta (medida por IQD) na idade de 4 anos; Vitolo MR, Rauber F, Campagnolo PDB, Feldens CA, Hoffman DJ. J. Nutr. 140: 2002–2007, 2010.
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável – Impactos comprovados na
Saúde da Criança
Núcleo de Apoio à Saúde da Família
1.888 NASF
2.957 NASF
3.644 NASF
2.427 nutricionistas
Potencializa as ações de promoção da alimentação adequada e
saudável nos territórios
2012 2013
1.550 nutricionistas
2.925 Nutricionistas
2014 (jul14)
Saúde da Família Alcança 61,6% da população, por meio de 38.595 equipes implantadas, o que representa atendimento a mais de 119 milhões de cidadãos (set/2014).
Fortalecimento das ações voltadas ao desenvolvimento integral dos educandos e da relação entre escolas e UBS para o enfrentamento de vulnerabilidades que
comprometem o desenvolvimento e a saúde integral.
PSE em números:
Educandos
Pactuados
Escolas
pactuadas
Equipes de Saúde
vinculadas
Municípios
aderidos
2011/2012 11.946.778 55.942 14.439 2.495
2013 18.713.940 79.715 30.045 4.864
2014 18.313.214 78.934 32.317 4.787
O programa foi instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial nº 6.286, com objetivo de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica,
por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde.
• Adesão ao PSE: A partir de 2013, com a universalização do PSE, todos os municípios do País estão aptos a participar de suas atividades.
• Escolas Prioritárias: Para que o município avance no processo de adesão é necessário que pelo menos 50% do total de estabelecimentos selecionados pertençam ao grupo de escolas prioritárias e uma creche seja escolhida. Priorização: creches públicas e conveniadas, escolas do campo, escolas participantes do PSE/2013, escolas do Programa Mais Educação/2013, escolas que tiveram matriculadas em 2013 adolescentes em medidas socioeducativas, escolas que tenham dentre os educandos matriculados pelo menos 50% pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.
Programa Saúde na Escola - PSE
Reunir esforços e trabalhar conjuntamente para implementar ações voltadas à promoção da alimentação saudável nas escolas da rede
privada de ensino, em âmbito nacional;
- Distribuição de mais de 7.000 exemplares entre 2012-2013;
- Lançamento do curso de auto aprendizado, disponível na REDENUTRI, com o objetivo de apoiar os gestores das cantinas na implementação; - Realizado apoio ao SINEPE para disseminação da iniciativa; - Desenvolvimento de site para acompanhar as ações realizadas pelas escolas que aderiram à ação e promover a troca de experiências entre elas.
20
13
FENEP: 28 mil escolas particulares associadas
Lançamento do Site das Cantinas Escolares Saudáveis (www.cantinasaudavel.com.br) 2
01
4
Divulgar e fortalecer a ação junto as escolas.
20
15
Acordo de Cooperação entre Ministério da Saúde e Federação Nacional Das Escolas Particulares (Fenep)
Contribuir para a promoção da saúde e produção do cuidado e de modos de vida saudáveis da população a partir da implantação de polos com
infraestrutura e profissionais qualificados.
Portaria nº 2.681, de 7/11/2013 Redefine o Programa Academia da Saúde no âmbito do SUS Portaria nº 2.684, de 8/11/2013
Redefine as regras e os critérios referentes aos incentivos financeiros de investimento para construção de polos e de custeio e no âmbito do Programa Academia da Saúde e os critérios de similaridade entre Programas em Desenvolvimento no Distrito Federal ou no Município e o Programa Academia da Saúde
Meta para 2014: * 4.000 polos habilitados
Meta para 2015: * 4000 polos custeados
Situação até agosto de 2014:
3772 polos habilitados para construção
451 iniciativas reconhecidas como similares ao
Programa
740 polos concluídos
224 polos custeados
Vigilância Alimentar e Nutricional
Programa Academia da Saúde
2008 – 2011 4000 mil tutores
34 mil profissionais de UBS
Promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável
Qualificação do processo de trabalho dos profissionais da atenção básica para o fortalecimento das ações de promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar para crianças
menores de dois anos.
• Portaria nº 1.929, de 5 de setembro de 2013 • Institui a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil 2
01
3
Integração da Rede Amamenta Brasil e da Estratégia Nacional para
Alimentação Complementar Saudável (ENPACS)
• 139 oficinas de formação de tutores realizadas. • 2.674 tutores formados. • 927 oficinas de trabalho realizadas em unidades básicas de saúde. • 11.101 profissionais qualificados. 2
01
3-2
01
5
Efeitos da sustentabilidade do sistema alimentar no
bem-estar físico, mental e social
• Escala, utilização, proteção do solo, da terra;
• O uso de água e de energia não-renovável;
• O uso de sementes convencionais ou transgênicas;
• O controle biológico ou químico de pragas;
• Criação intensiva ou extensiva de animais;
• Redução das áreas de florestas e da vida selvagem;
• Manutenção de comunidades locais seguras e estabelecidas;
• Natureza e intensidade do processamento de alimentos;
• Distância e intermediários entre produtores e consumidores;
• Geração de emprego e distribuição de renda;
• Equidade na negociação com compradores;
• Segurança da terra e do trabalho de agricultores e trabalhadores.
Diretrizes do Plano Nacional de Segurança Alimentar
e Nutricional
I - promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional; II - promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados, de base agroecológica, de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos; III - instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação adequada; IV - promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar e nutricional voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais, povos indígenas e assentados da reforma agrária; V - fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e nutricional; VI - promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficientes, com prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção de alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura; VII - apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação adequada em âmbito internacional e a negociações internacionais; e VIII- monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada
Disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis
• Papel do Estado de apoiar e favorecer para que a população possa escolher e ter acesso a alimentos adequados e saudáveis, estimular a autonomia do sujeito para a decisão sobre o consumo, favorecendo a oferta de alimentos, respeitando as identidades culturais específicas de cada povo, inclusive povos e comunidades
tradicionais.
CONSTRUÇÃO DE MODELO DE SISTEMA
ALIMENTAR
PRODUÇÃO
ABASTECIMENTO
DISTRIBUIÇÃO
COMERCIALIZAÇÃO
Desenvolvimento territorial sustentável e melhoria do
acesso a alimentação adequada
• PNAE
– Estímulo à oferta e ao consumo de alimentos adequados e saudáveis;
– Apoio ao desenvolvimento sustentável: • Lei nº 11.947/2009. Mín. de 30% dos recursos para
compra da Agricultura Familiar.
– Ampliação da universalidade do PNAE para toda a atenção básica.
Disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis
• Melhoria da disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis: ― Criação de feiras de alimentos orgânicos; ― Hortas urbanas; ― Apoio ao comércio e produção local/regional.
• Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCR):
– Investigar e adotar ações corretivas acerca de todas as não conformidades identificadas.
• Programa de Análise de resíduos de
Agrotóxicos em Alimentos – PARA.
• Plano com a Política Nacional de Agroecologia
e Produção Orgânica (PNAPO):
– Ampliar a oferta de alimentos livres de agrotóxicos.
Regulação e controle da qualidade e inocuidade dos alimentos
Monitorar e assegurar à população a oferta de alimentos seguros e adequados nutricionalmente,
respeitando o direito individual na escolha e decisão sobre os riscos
aos quais irá se expor.
Ações de proteção à saúde que fazem parte do
conjunto de ações para promoção da alimentação
adequada e saudável.
Monitoramento da qualidade dos alimentos
(aspectos sanitários e
perfil nutricional);
Rotulagem nutricional
Monitoramento da publicidade e propaganda dos
alimentos
Controle e Regulação de Alimentos
Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição Departamento de Atenção Básica
Secretaria de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde cgan@saude.gov.br
Tel. 0 55 61 3315-9004
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