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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.927
BELO HORIZONTE, 8 DE NOVEMBRO DE 2018.
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"O impossível não é um fato: é uma opinião.”
Mario Sergio Cortella
NATURA PERDE DISPUTA NA CÂMARA SUPERIOR DO CARF .......................................................................................... 2
STF JULGA ICMS DE OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL ................................................................................................ 3
CONSELHO MANTÉM AUTUAÇÃO DO ITAÚ ................................................................................................................... 5
CONFAZ AUTORIZA QUATRO ESTADOS A OFERECEREM PARCELAMENTOS ................................................................... 6
ISS OU ICMS SOBRE SERVIÇOS DE VEICULAÇÃO E INSERÇÃO DE PUBLICIDADE? ............................................................ 6
IPCA DE 0,45%, ABAIXO DO ESPERADO, JÁ SINALIZA DEFLAÇÃO EM NOVEMBRO ......................................................... 8
PLENÁRIO APROVA URGÊNCIA PARA PROJETO QUE ALTERA SUPERSIMPLES; SESSÃO DE HOJE É ENCERRADA ........... 10
APROVADO BENEFÍCIO FISCAL PARA IMPORTAÇÃO DE PEÇAS POR ENCOMENDA OU POR ORDEM DE MONTADORA 10
PLENÁRIO COMEÇA A ANALISAR REFERENDO DE LIMINAR QUE SUSPENDEU CLÁUSULA DE CONVÊNIO SOBRE ICMS EM
COMÉRCIO ELETRÔNICO .............................................................................................................................................. 11
PESQUISA PRONTA ABORDA IR SOBRE RESGATES DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA ................................ 12
ADE 12 ESTABELECE PRAZOS E PROCEDIMENTOS NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES NO MÓDULO DE CONTROLE DE
CARGA E TRÂNSITO DO PORTAL SISCOMEX ................................................................................................................. 13
PARECER NORMATIVO – EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS – CONCEITO PARA FINS DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO
TRIBUTÁRIA ................................................................................................................................................................. 13
ADE 76 DISPÕE SOBRE O MANUAL DE PREENCHIMENTO DA E-FINANCEIRA. ............................................................... 15
Sumário
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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.927
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NATURA PERDE DISPUTA NA CÂMARA SUPERIOR DO CARF
Fonte: Valor Econômico. A Natura Cosméticos perdeu ontem na Câmara Superior do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) uma disputa com a Receita Federal sobre ágio
interno no valor de R$ 954,34 milhões. Além da cobrança de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL,
a 1ª Turma manteve multa de 75%.
A empresa foi autuada por amortizar ágio supostamente gerado em processo de
reestruturação, iniciado no ano 2000, que transformou a Natura Empreendimentos em
subsidiária integral da Natura Participações. O valor da cobrança é indicado pela empresa em
seu Formulário de Referência de 2018 e já inclui a multa.
A autuação é referente aos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007 (processo nº
16561.000059/2009-29). De acordo com o processo, em março de 2004, a Natura
Cosméticos incorporou sucessivamente a Natura Empreendimentos e a Natura Participações e
passou a amortizar tributariamente o ágio gerado internamente.
Para a Receita Federal, porém, não haveria ágio pelo fato de as duas empresas pertencerem
ao mesmo grupo econômico e estarem sob o controle dos mesmos sócios. Além disso,
segundo a fiscalização, não teria ocorrido pagamento na operação. O valor decorreu da
incorporação de ações avaliadas economicamente.
A decisão da 1ª Turma foi dada em recursos da Natura e da Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN). A companhia recorreu do mérito da decisão desfavorável da 2ª Turma da 4ª
Câmara da 1ª Seção, proferida em 2012. A PGFN, para restabelecer multa afastada naquele
julgamento.
Em sustentação oral, o advogado da Natura, Durval Portela, alegou que o pedido da PGFN foi
apresentado fora do prazo. De acordo com ele, o prazo venceu no dia 14 de março de 2013.
Mas só apareceria no andamento do processo, que era físico, movimentação no dia 25.
Sobre o mérito, Portela alegou que na época da realização da operação havia convicção por
parte dos contribuintes de que nada impediria a amortização de ágio envolvendo empresas do
mesmo grupo, com suficiente propósito negocial.
Já o procurador da Fazenda Nacional, Marco Aurélio Zortea Marques, citou precedente sobre
o assunto, com manutenção da cobrança e da multa qualificada. Ele afirmou que o mérito trata
de ágio interno e que a tese vem sendo decidida de forma contrária aos contribuintes na 1ª
Turma.
Sobre a tempestividade do recurso, o procurador disse que o contribuinte estaria insinuando
falsidade ideológica por parte da PGFN. Segundo ele, foi apresentado documento com a data
correta de chegada do recurso, 12 de março. O dia 25 seria a data de entrada do recurso na
secretaria da 4ª Câmara do Carf - que seria um trâmite interno.
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No julgamento, a maioria seguiu o voto do relator, conselheiro Flávio Franco Correa,
representante da Fazenda. De acordo com ele, a legislação tributária não admite a
dedutibilidade de ágio em casos como esse. "É ágio intragrupo, sem fundamentação
econômica", afirmou. Para ele, "ágio interno não pode gerar qualquer efeito tributário".
Nesse ponto ficaram vencidos os conselheiros Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Luís
Fabiano Penteado e Cristiane Silva Costa (somente quanto à CSLL), representantes dos
contribuintes.
Sobre a multa, por unanimidade, os conselheiros consideraram que o recurso da PGFN para
restabelecer a multa de 75% foi apresentado dentro do prazo. O pedido, em si, foi aceito por
voto de qualidade, o desempate do presidente da Turma. Os conselheiros representantes dos
contribuintes ficaram vencidos nesse ponto.
Para o relator, a empresa tentou obter uma vantagem tributária usando ágio artificial e, por
isso, deveria-se manter a multa. Já o conselheiro Demetrius Nichele Macei afirmou na sessão
que não havia ilicitude nem fraude, apesar de existir abuso. "Fraude pra mim é matar e
esconder o corpo, não é o caso aqui", disse.
Por nota, a Natura afirmou que a decisão desfavorável reflete o posicionamento reiterado do
órgão sobre operações societárias que geraram ágio. A empresa aguarda a publicação da
decisão para apresentação de eventual recurso no Carf ou no Judiciário, pois "continua
convicta" que a exigência fiscal é indevida. No texto, informou ainda que o risco de perda é
avaliado por seus assessores externos "como possível a remoto", razão pela qual não é
esperado impacto financeiro em consequência da decisão.
STF JULGA ICMS DE OPTANTES do SIMPLES NACIONAL
Fonte: Valor Econômico. O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar ontem processos
que discutem o pagamento de diferença de ICMS por micro ou pequenas empresas optantes
do Simples Nacional que adquirem produtos de outros Estados. Um deles questiona legislação
do Rio Grande do Sul. O outro, uma cláusula do Convênio ICMS nº 93, de 2015, do Conselho
Nacional de Política Fazendária (Confaz).
O recurso referente à legislação gaúcha (RE 970821), em repercussão geral, foi o que mais
avançou. Por enquanto, há quatro votos a favor e um contra o contribuinte.
No outro caso, em ação direta de inconstitucionalidade (ADI 5464), só foi proferido o voto do
relator, ministro Dias Toffoli, favorável ao autor. Ambos os julgamentos foram suspensos por
pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. No caso do Rio Grande do Sul, a exigência do
pagamento antecipado de diferença entre as alíquotas interna e interestadual está prevista no
artigo 24, parágrafo 8º, da Lei nº 8.820/89 e na Lei nº 10.045/93, ambas editadas pelo
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Estado. O recurso foi apresentado por microempresa contra decisão do Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul (TJ-RS), que considerou constitucional o recolhimento.
No julgamento, o advogado do contribuinte, Paulo Antonio Caliendo, defendeu que esse
mecanismo de cobrança de ICMS é prejudicial às micro e pequenas empresas. "Esse sistema é
um dos mais tóxicos do modelo empresarial brasileiro. Já que essas pequenas empresas
precisam antecipar um recurso mesmo com grande dificuldade de caixa", disse.
O advogado da Federação do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomercio) do Estado do Rio
Grande do Sul (que atua no caso como amicus curiae), Rafael Pandolfo, ressaltou que as
empresas optantes pelo Simples estão sujeitas ao recolhimento único de tributos, que inclui o
ICMS. Por isso, estaria-se exigindo pagamento em duplicidade.
Para o procurador-geral do Estado, Euzébio Fernando Ruschel, porém, a exigência não tem o
condão de desarticular o tratamento favorecido previsto na Constituição para as micro e
pequenas empresas, mas apenas prevenir desequilíbrios. Segundo ele, uma empresa gaúcha
que adquire uma mercadoria de outro Estado está sujeita a alíquotas de ICMS de 4%, 7% ou
12%. Porém, no interior do Rio Grande do Sul a alíquota é de 18%.
"Se não houver a cobrança dessa diferença não há menor dúvida de que a empresa vai
comprar de outras unidades da federação", disse. Segundo ele, há um objetivo muito claro,
que é o de preservar o mercado interno.
Ele destacou ainda que a sistemática que prevê o diferencial de alíquotas já teve sua
legalidade confirmada reiteradas vezes pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo (ADI
3426). "A novidade nesse caso específico é o fato de a empresa ser optante do Simples,
afirmou.
Ao analisar o caso, o relator, ministro Edson Fachin, considerou constitucional a cobrança.
Para ele, o artigo 13, inciso XIII, alínea g, da Lei Complementar nº 123, autoriza o
recolhimento.
O ministro Alexandre de Moraes, porém, abriu divergência. Entendeu que essa modalidade
seria prejudicial e afrontaria o tratamento diferenciado previsto na Constituição. O voto foi
acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
Dias Toffoli só votou na ADI, declarando a inconstitucionalidade do artigo 9º do convênio do
Confaz. A decisão confirma liminar de 2016. Na ocasião, o relator alegou que o dispositivo cria
novas obrigações que ameaçam o funcionamento das empresas e invade área reservada a
disciplina por lei complementar.
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CONSELHO MANTÉM AUTUAÇÃO DO ITAÚ
Fonte: Valor Econômico. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) manteve uma
autuação no valor de R$ 1,2 bilhão recebida pelo Itaú Unibanco. A cobrança foi analisada
ontem pelos conselheiros da 2ª Turma da 2ª Câmara da 2ª Seção. O banco ainda pode
apresentar embargos de declaração ou recorrer à Câmara Superior.
Na autuação fiscal, a Receita Federal cobra contribuição previdenciária (cota patronal e de
terceiros) sobre pagamentos de participação nos lucros e resultados (PLR) e de bônus de
contratação, realizados nos anos 2009 e 2010.
De acordo com a autuação, o banco distribuiu lucros nos dois anos por meio de três
programas de participação nos resultados. Durante a fiscalização, a Receita Federal verificou
que parte dos empregados recebeu pagamentos em mais de duas parcelas no mesmo ano - o
que afrontaria a legislação. Já o bônus de contratação (hiring bônus) foi considerado como
salário de contribuição.
Em sua defesa (processo nº (16327.720550/2014-18), o banco alegou que a parcela a mais
era necessária para a quitação dos valores. Para o Itaú, esse procedimento não altera a
natureza dos pagamentos. No caso do bônus de contratação, entende que não incidiria a
contribuição previdenciária por ser anterior ao contrato de trabalho e não ter natureza
remuneratória.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) entende, porém, que a PLR deve seguir
determinação da Lei nº 10.101, de 2000, para não sofrer incidência de contribuição
previdenciária. Sobre o bônus de contratação, por ser vinculado ao trabalho a ser realizado,
alegou o órgão, deve integrar a base de cálculo das contribuições previdenciárias. A PGFN
considera que a quantia paga é um adiantamento por compromisso assumido pelo futuro
empregado para trabalhar e cumprir metas.
No julgamento (processo nº 16327.720550/2014-18), por maioria de votos, prevaleceu o
voto do relator, conselheiro Ronnie Soares Anderson, representante da Fazenda, que negou o
pedido do banco. Ele não aceitou o argumento sobre a aplicação da jurisprudência da época
da operação, conforme estabelece alteração recente na Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro (Lindb). A Câmara Superior já decidiu que a alteração não se aplica aos casos
no Carf.
Sobre o mérito, considerou que a PLR estava em desconformidade com a periodicidade de
pagamento - de, no máximo, duas vezes por ano. O relator também manteve a tributação
sobre o bônus de contratação.
Em nota, o Itaú Unibanco afirmou que respeita a decisão do Carf. Porém, entende que os
pagamentos de participação nos resultados aos seus colaboradores foram efetuados seguindo
rigorosamente a legislação aplicável e, portanto, vai analisar o acórdão e recorrer da decisão.
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CONFAZ AUTORIZA QUATRO ESTADOS A OFERECEREM PARCELAMENTOS
Fonte: Valor Econômico. Os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e
Paraíba poderão oferecer aos contribuintes programas especiais de parcelamento de débitos
relacionados ao ICMS. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) autorizou a
possibilidade por meio de convênios publicados hoje no Diário Oficial da União (DOU).
No caso do Rio Grande do Sul, o Convênio ICMS nº 116 permite que o Estado conceda
desconto de até 40% sobre os juros incidentes em créditos vencidos até 30 de abril. O
programa, ainda a ser criado, poderá oferecer parcelamento de 120 meses e descontos de até
85% sobre multas punitivas e moratórias. Não poderão fazer parte da medida, porém, débitos
com pedidos de compensação, homologado ou não pela Fazenda.
Já o Convênio ICMS nº 123, autoriza o Estado do Paraná a dispensar ou reduzir multas, juros
e demais acréscimos legais relacionados ao ICMS, cujos fatos geradores tenham ocorrido até
31 de dezembro do ano passado.
Pela norma, o débito pago à vista obterá redução de 80% do valor de multa e de 30% dos
juros. Caso a opção seja o pagamento em até 30 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a
redução da multa será de 60% e de 25% do valor dos juros. Se o parcelamento for em 60
vezes mensais, o desconto será de 40% do valor da multa e de 20% dos juros. Há ainda a
possibilidade de o parcelamento ser em 72 vezes, com redução de 32% do valor da multa e de
18% do valor dos juros.
Mato Grosso do Sul e Paraíba foram contemplados pelo convênio ICMS nº 125 que autoriza
os Estados a instituírem programas de parcelamento de débitos relativos a ICMS vencidos até
31 de agosto deste ano. A medida prevê desconto de até 90% das multas punitivas e
moratórias para os pagamentos à vista. E ainda 70% de desconto para multas acessórias e
80% de redução dos juros de mora, desde que o saldo remanescente seja pago até 21 de
dezembro deste ano.
Há previsão de parcelamento em até 30 vezes mensais e sucessivas, com redução de 80% das
multas punitivas e moratórias, 60% das acessórias e também de 60% dos juros de mora. Se a
opção for quitar o débito em 60 parcelas, o convênio autoriza redução de 60% das multas
punitivas e moratórias e o mesmo percentual para multas acessórias e juros de mora.
ISS OU ICMS SOBRE SERVIÇOS DE VEICULAÇÃO E INSERÇÃO DE PUBLICIDADE?
Fonte: Valor Econômico. O debate sobre a correta tributação dos serviços de veiculação e
divulgação de publicidade não é novo. Em 2003, com o advento de uma nova lista de serviços
do ISS, aprovada pela Lei Complementar nº 116, o item que repetia parcialmente a fórmula
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adotada pelo Decreto-lei nº 408, de 1968, foi vetado. Duas razões centrais foram apontadas
para tanto.
Em primeiro lugar, a suposta ofensa à imunidade de livros, jornais e periódicos – como não
havia ressalva no item constante da LC, em tese, o ISS poderia incidir na hipótese de
veiculação e divulgação de publicidade em tais meios de comunicação, com ofensa à
imunidade.
Ao lado desse ponto, o veto foi fundamentado em julgado antigo do Supremo Tribunal
Federal, proferido na vigência da Constituição de 1967, que reconheceu que os serviços de
propaganda e publicidade em canais de televisão ultrapassam as fronteiras municipais e seriam
tributados pela União. O acórdão é citado para fundamentar a potencial não incidência do ISS
em tais casos.
A reação dos Estados ao veto então realizado à LC 116/2003 foi imediata: uma vez que os
serviços não mais seriam tributados pelo ISS, diversas autuações foram realizadas, sob o
argumento de que veiculação e divulgação de publicidade estariam submetidas ao ICMS
Comunicação.
No fim de 2016, o debate volta à pauta, pela inclusão, na lista do ISS, do item 17.25, que
prevê a incidência do imposto na “Inserdão de textos, desenhos e outros materiais de
propaganda e publicidade, em qualquer meio”, com excedão de livros, jornais e periódicos e
dos serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
Desde então, a situação em que os prestadores de tais serviços se encontram é a pior
possível: os Estados estão convencidos da incidência do ICMS e os municípios, por sua vez,
retomaram a tributação pelo ISS, em vista da reinserção do item na lista de serviço.
O município de São Paulo, inclusive, publicou há poucos meses o Parecer Normativo nº 2, de
2018, determinando a incidência retroativa do ISS. A consequência, especificamente em São
Paulo, é a possibilidade de autos de infração simultâneos de ICMS e ISS.
Não bastasse toda a irracionalidade aqui descrita, recentemente o Estado do Rio de Janeiro
ajuizou a ação direta de inconstitucionalidade nº 3064, com o objetivo de declarar a
inconstitucionalidade do item 17.25 e fazer prevalecer a interpretação de que a veiculação de
publicidade, objetivo último da “inserdão”, é servido de comunicadão e, assim, sujeito ao ICMS.
A despeito dessa enorme indefinição normativa, a pretensão dos Estados de tributar os
serviços de divulgação, inserção e veiculação de publicidade é descabida.
Desde o Decreto-lei nº 406, de 1968, não há dúvidas quanto a ser dos municípios a
competência tributária sobre tais serviços. Tanto assim que os Estados apenas avançaram
sobre essa realidade por ocasião do veto ao item 17.07 da LC 116/2003. Antes disso, sequer
cogitavam da tributação.
Ademais, o argumento central do veto corrobora o não cabimento do ICMS, pois reconhece
na tributação, pelo ISS, uma possível ofensa à imunidade tributária. Ora, se a incidência do ISS
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resultaria em não observância do texto constitucional, porque oneraria uma atividade imune,
naturalmente que de serviço potencialmente sujeito ao ISS se trata. Caso contrário, a própria
alegação da imunidade seria descabida.
Portanto, parece evidente a improcedência das autuações estaduais, que exigem ICMS
Comunicação sobre tais serviços. Considerando-se o cenário atual, de reinserção do item na
lista de serviços, esse argumento fica ainda mais forte: a competência para tributar é dos
municípios, respeitadas as imunidades contidas na Constituição de 1988.
Por fim, mencione-se que essa tributação apenas pode se dar após a alteração à LC 116/2003
e, assim, no exercício de 2017. Qualquer pretensão de retroagir o novo item da lista de
serviços, tal qual o fez o município de São Paulo, é flagrantemente inconstitucional.
IPCA DE 0,45%, ABAIXO DO ESPERADO, JÁ SINALIZA DEFLAÇÃO EM NOVEMBRO
Fonte: Valor Econômico. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro
surpreendeu e mostrou um quadro inflacionário favorável para o último trimestre do ano,
levando economistas a calcular deflação em novembro e revisar para baixo as suas projeções
para 2018. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem que o
indicador do mês passado ficou em 0,45%, abaixo do registrado em setembro (0,48%). O
resultado também foi menor do que a média das projeções de 35 instituições financeiras e
consultorias ouvidas pelo Valor Data, que esperavam alta de 0,56%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA foi de 4,56% em outubro, ligeiramente acima dos 4,53%
registrados até o mês anterior. Os analistas consultados pelo Valor esperavam, na média das
projeções, uma aceleração para 4,66% nesse tipo de comparação. Dessa forma, o índice segue
próximo da meta de inflação do Banco Central para este ano, de 4,5%.
Outra boa notícia foi a queda do índice de difusão, que mede a proporção de bens e
atividades com aumento de preços. O recuo foi de 63% em setembro para 60,4% em outubro,
segundo cálculos do Valor Data. No mês passado, o indicador havia subido, dos 52,3% de
agosto e dos 50,4% em julho.
Excluindo alimentos, grupo com preços considerados voláteis, o índice de difusão também
recuou, de 59,9% para 55,9%, voltando ao menor percentual desde os 51,9% de julho.
Os números divulgados ontem fizeram o Banco Safra revisar, de 4% para 3,9%, a sua projeção
para o IPCA deste ano - mesmo número de 2019. Em relatório, a instituição financeira afirma
que tanto as estimativas para o indicador cheio quanto para os núcleos, que excluem itens
com preços mais voláteis, "sugerem que não teremos pressões inflacionárias relevantes no
futuro próximo". A MCM Consultores também cortou a sua projeção, de 4,2% para 4%. O
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Santander e o UBS, por sua vez, têm viés de baixa para as suas estimativas, de 4,3% e 4,6%,
respectivamente.
A inflação de serviços, mais sensível à política monetária, também segue em queda. No
acumulado de 12 meses, ela atingiu 3,03%, o menor resultado desde abril de 2001, de acordo
com Alberto Ramos, diretor do departamento de pesquisas econômicas para a América Latina
do Goldman Sachs.
"O amplo hiato do produto, a folga no mercado de trabalho, as expectativas de inflação bem
ancoradas e as perspectivas baixas do crescimento do Produto Interno Bruto" devem manter a
inflação controlada, de acordo com o economista.
Com base no boletim Focus, do Banco Central (BC), Marcio Milan, da Tendências Consultoria,
também destaca as expectativas ancoradas do mercado. A projeção mediana dos economistas
consultados pelo BC para o IPCA de 2019 está em 4,22%.
No curto prazo, o indicador também pode trazer boas notícias. O Santander, por exemplo,
calcula que o IPCA deve ficar negativo em 0,11% neste mês. Se o número for confirmado será
a primeira queda em novembro desde 1998 quando houve recuo de 0,12%, segundo Lucas
Nobrega, economista da instituição financeira. Já a Tendências calcula uma pequena deflação
de 0,01%. Alguns dos principais motivos apontados para a queda são a mudança da bandeira
tarifária de energia elétrica (de vermelha patamar 2 para amarela, mais barata) e os impactos
do real mais desvalorizado sobre os combustíveis. O Itaú, por sua vez, tem projeção preliminar
de 0,05% de variação positiva, "com a taxa em 12 meses recuando para 4,3%".
No mês passado, os combustíveis já haviam ajudado a inflação a ficar mais baixa. Dos nove
grupos de despesas das famílias acompanhados pelo IBGE, cinco apresentaram taxas menores
na passagem de setembro para outubro. Transporte teve a desaceleração mais relevante,
passando de 1,69% em setembro para 0,92%, reflexo justamente de menores aumentos dos
preços de combustíveis. Ainda assim, a gasolina e o diesel subiram na média 2,44% em
outubro, impactando o IPCA em 0,14 ponto percentual (p.p.). Os outros grupos com
desaceleração foram Habitação (de 0,37% para 0,14%), Despesas pessoais (de 0,38% para
0,25%), Educação (de 0,24% para 0,04%) e Saúde e cuidados pessoais (de 0,28% para 0,27%).
Em sentido contrário, Alimentação e bebidas foi o destaque, ao acelerar de 0,10% em
setembro para 0,59% em outubro. O grupo foi responsável por 0,15 p.p. do IPCA do mês
passado. Artigos de residência (de 0,11% para 0,76%) e Vestuário (de -0,02% para 0,33%)
também aceleraram.
Já o câmbio mais desvalorizado de outubro não foi um fator de peso para o índice, segundo
Fernando Gonçalves, gerente de Índices de Preços do IBGE. Poucos produtos, como
eletrodomésticos, gasolina e alguns tipos de alimentos (frango, trigo, pão francês), foram
afetados. Ele lembra que o nível de desemprego limita o consumo das famílias, dificultando o
repasse do custo cambial pelas empresas. (Colaborou Arícia Martins, de São Paulo).
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PLENÁRIO APROVA URGÊNCIA PARA PROJETO QUE ALTERA SUPERSIMPLES; SESSÃO DE HOJE É ENCERRADA
Fonte: Agência Câmara Notícias. O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o regime
de urgência para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 420/14, que muda várias regras do
Simples Nacional (Supersimples), regime de tributação específico para micro e pequenas
empresas.
De acordo com o substitutivo do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), as empresas e o
microempreendedor individual (MEI) terão direito à devolução ou ao crédito de valores
correspondentes à substituição tributária do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS).
A substituição tributária obriga as empresas a pagar antecipadamente a alíquota cheia do
ICMS, em vez de recolhê-lo ao longo da cadeia. Isso faz com que pequenas empresas
comprem produtos com o ICMS embutido no preço e paguem o imposto antes mesmo de
vender ou usar a mercadoria, diminuindo sua competitividade em relação a outras empresas
não optantes do Simples.
APROVADO BENEFÍCIO FISCAL PARA IMPORTAÇÃO DE PEÇAS POR ENCOMENDA OU POR ORDEM DE MONTADORA
Fonte: Agência Câmara Notícias. O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou emenda do
deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) à Medida Provisória 843/18 para permitir às empresas
contarem com suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na importação de
peças mesmo se for por encomenda ou por ordem da montadora. Atualmente, isso é possível
apenas na importação direta.
Os deputados já aprovaram o projeto de lei de conversão da MP, que cria o Rota 2030, um
novo regime tributário para as montadoras de veículos no Brasil com a contrapartida de
investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e tecnologias.
De autoria do deputado Alfredo Kaefer (PP-PR), o texto aprovado inclui vários temas
estranhos à MP, como desoneração da folha de pagamentos para indústria moveleira,
diminuição de tributos para quadriciclos, renovação de programa de restituição de tributos e
aumento de descontos para pagamento de dívidas junto à União.
Sobre o tema da indústria automobilística, ele prorrogou incentivos tributários para as
montadoras instaladas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esse é um dos pontos divergentes
nas discussões sobre a MP.
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PLENÁRIO COMEÇA A ANALISAR REFERENDO DE LIMINAR QUE SUSPENDEU CLÁUSULA DE CONVÊNIO SOBRE ICMS EM COMÉRCIO ELETRÔNICO
Fonte: Supremo Tribunal Federal – STF. Pedido de vista do ministro Gilmar Mendes interrompeu
o julgamento do referendo de liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli (relator) na Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5464 para suspender cláusula do Convênio ICMS
93/2015 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que trata da incidência do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações de comércio
eletrônico. Na sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira (7), o
ministro Dias Toffoli, presidente da Corte, votou no sentido de referendar a cautelar e de
converter o referendo em julgamento definitivo, manifestando-se pela procedência da ação. O
relator foi o único a votar.
A liminar foi concedida em fevereiro de 2016 a fim de suspender a cláusula nona do convênio,
que inclui as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples no novo regime do comércio
eletrônico. A cláusula questionada na ADI determina às empresas do Simples, assim como às
empresas incluídas nos demais regimes de tributação, o recolhimento de alíquotas do ICMS
sobre operações que destinem bens e serviços ao consumidor final localizado em outro
estado.
Conselho Federal da OAB
Da tribuna da Corte, o advogado Marcos Vinícius falou em nome do Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autor da ADI. Segundo ele, a obrigação tributária foi
estendida às pequenas e microempresas por meio de convênio do Confaz, e não por lei
complementar, como estabelece a Constituição Federal. O advogado também sustentou
violação ao princípio da capacidade contributiva, porque o ato contestado criou um ônus
excessivo e prejudicial quando a Constituição fala que deve ser feito um tratamento
preferencial, diferenciado e favorecido em relação às pequenas empresas. Por fim, Marcos
Vinícius defendeu o artigo 146, inciso III, da Constituição no sentido de que o recolhimento do
Simples deve ser unificado e centralizado.
Voto do relator
O ministro Dias Toffoli explicou que, segundo a Constituição Federal, cabe à lei complementar
– e não a convênio interestadual – estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre definição de tratamento diferenciado e favorecido para as
microempresas e para as empresas de pequeno porte, o que inclui regimes especiais ou
simplificados de certos tributos como o ICMS, como dispõe o artigo 146, inciso III, alínea “d”,
incluído pela Emenda Constitucional (EC) 42/2003. De acordo com o relator, a Constituição
também possibilita à lei complementar instituir um regime único de arrecadação dos impostos
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e das contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, “observando-
se certas determinadões do artigo 146, parágrafo único, incluído pela EC 42/2003”.
O presidente do STF salientou que o microempreendedor nem sempre se submeterá a todas
as regras gerais do ICMS previstas no texto constitucional. Observou que, no caso, a Lei
Complementar (LC) Federal 123/2006 trata de maneira distinta as empresas optantes do
Simples Nacional em relação ao tratamento constitucional geral dado ao diferencial de
alíquotas de ICMS referente às operações de saída interestadual de bens ou de serviços a
consumidor final não contribuinte. Para o ministro Dias Toffoli, a cláusula nona do Convênio
ICMS 93/2015 invadiu campo reservado à lei complementar.
PESQUISA PRONTA ABORDA IR SOBRE RESGATES DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA
Fonte: Superior Tribunal de Justiça – STJ. A Secretaria de Jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) publicou cinco novos temas na Pesquisa Pronta, ferramenta que oferece o
resultado de pesquisas sobre determinados temas jurídicos relevantes julgados no tribunal.
Direito tributário
Nos resgates e benefícios de complementação de aposentadoria, sujeitam-se ao Imposto de
Renda (IR) as parcelas que corresponderem às contribuições realizadas pelo empregador, bem
como os ganhos oriundos de investimentos e lucros da entidade de previdência privada.
Direito penal
A jurisprudência do STJ entende que os crimes previstos nos artigos 12, 14 e 16 da Lei
10.826/2003 são de perigo abstrato, de modo que é desnecessário averiguar sobre a
lesividade concreta da conduta, visto que o objeto jurídico tutelado não é a integridade física,
mas a segurança pública e a paz social, colocadas em risco com a posse de munição, ainda que
desacompanhada de arma de fogo. Assim, não há necessidade de comprovação do potencial
ofensivo do artefato por meio de laudo pericial.
A Terceira Seção pronunciou-se no sentido de que as disposições da Convenção Americana
de Direitos Humanos não revogaram o crime de desacato. Tal figura típica serve para inibir os
excessos, a ofensa indevida e a ofensa extremada que se pode perpetrar contra qualquer
servidor público no uso de suas atribuições rotineiras, e não para inibir o pensamento, a
liberdade de expressão ou aquilo que se quer dizer.
Direito civil
O STJ já decidiu que, estabelecida a transação entre locador e locatário sobre a dívida em
anterior ação de despejo, sem a participação do fiador, é legítima a extinção da fiança nos
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termos do artigo 1.503, inciso I, do Código Civil de 1916 ou do artigo 838, inciso I, do Código
Civil de 2002.
O tribunal entende que o adquirente de imóvel em condomínio responde pelas cotas
condominiais em atraso, ainda que anteriores à aquisição, ressalvado o seu direito de regresso
contra o antigo proprietário. A obrigação de pagamento dos débitos condominiais também
alcança os novos titulares do imóvel que não participaram da fase de conhecimento da ação
de cobrança, em razão da natureza propter rem (por causa da coisa) da dívida.
Sempre disponível
A Pesquisa Pronta está permanentemente disponível no portal do STJ. Basta acessar
Jurisprudência > Pesquisa Pronta a partir do menu na barra superior do site.
ADE 12 ESTABELECE PRAZOS E PROCEDIMENTOS NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES NO MÓDULO DE CONTROLE DE CARGA E TRÂNSITO DO PORTAL SISCOMEX
Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB. Ato Declaratório Executivo 12 Coana
08/11/2018
Estabelece prazos, condições e procedimentos a serem observados pelos intervenientes na
prestação de informações no módulo de Controle de Carga e Trânsito (CCT) do Portal
Siscomex sobre as operações que executarem com cargas de exportação.
PARECER NORMATIVO – EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS – CONCEITO PARA FINS DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB. Parecer Normativo 1 Cosit
DOU de 08/11/2018
Assunto: Normas de Interpretação – Conceitos EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS – CONCEITO
PARA FINS DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Considera-se exportação de serviços a operação realizada entre aquele que, enquanto
prestador, atua a partir do mercado doméstico, com seus meios disponíveis em território
nacional, para atender a uma demanda a ser satisfeitaem um outro mercado, no exterior, em
favor de um tomador que atua, enquanto tal, naquele outro mercado, ressalvada a existência
de definição legal distinta aplicável ao caso concreto e os casos em que a legislação dispuser
em contrário.
LOCALIZAÇÃO DO PRESTADOR – ATUAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS NO
MERCADO DOMÉSTICO
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O prestador de serviços, enquanto tal, atua a partir do mercado doméstico quando inicia a
prestação em território nacional por meio de atos preparatóriosanteriores à realização material
do serviço, relacionados com o planejamento, a identificação da expertise indispensável ou a
mobilização de recursos materiais e intelectuais necessários ao fornecimento.
LOCALIZAÇÃO DO TOMADOR – ATUAÇÃO DO TOMADOR NO MERCADO EXTERNO –
DEMANDA POR SERVIÇOS NO EXTERIOR
O tomador de serviços, enquanto tal, atua no mercado externo quando sua demanda pela
prestação ocorre no exterior, devendo ser satisfeita fora do território nacional.
LOCALIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO – ATUAÇÃO DO TOMADOR NO MERCADO EXTERNO –
SERVIÇOS EXECUTADOS EM BENS IMÓVEIS OU EM BENS MÓVEIS INCORPORADOS A
BENS IMÓVEIS
Se o tomador de serviços, enquanto tal, atua no mercado externo e os serviços são
executados em um imóvel ou em um bem incorporado a um imóvel, a demanda se considera
atendida no território onde se situa o imóvel.
LOCALIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO – ATUAÇÃO DO TOMADOR NO MERCADO EXTERNO –
SERVIÇOS EXECUTADOS EM BENS MÓVEIS NÃO INCORPORADOS A BENS IMÓVEIS
CUJA UTILIZAÇÃO SE DARÁ APENAS NO EXTERIOR
Se o tomador de serviços, enquanto tal, atua no mercado externo e os serviços são
executados em um bem móvel não incorporado a um imóvel, uma vez demonstrado que
aquele bem será utilizado apenas no exterior, a demanda se considera atendida no território
ou nos territórios onde esse bem deverá ser utilizado.
LOCALIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO – ATUAÇÃO DO TOMADOR NO MERCADO EXTERNO –
SERVIÇOS EXECUTADOS EM BENS MÓVEIS SEM CONEXÃO COM DETERMINADO
TERRITÓRIO OU EXECUTADOS SEM REFERIMENTO A UM BEM FÍSICO
Se o tomador de serviços, enquanto tal, atua no mercado externo e os serviços são
executados em um bem móvel sem conexão necessária com determinado território ou são
executados sem referimento a qualquer bem físico, a demanda:a) quando uma parte relevante
da prestação deva se realizar necessariamente em determinado local com a presença física do
prestador, se considera atendida naquele local;b) quando, embora dispensada a presença física
do prestador, for necessária sua presença indireta (por subcontratação) ou virtual (pelo acesso
compulsório a serviços eletrônicos locais sem os quais se tornaria obrigatória sua presença
física direta ou indireta), se considera atendida onde sua presença indireta ou virtual for
indispensável; ec) não havendo qualquer elemento de conexão territorial relacionado com o
resultado da prestação, se considera atendida no local onde o tomador tem sua residência ou
domicílio.
DISPOSITIVOS LEGAIS
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CF/88, art. 149, § 2º, I, art. 153, V, art. 155, § 2º, X, alínea a e XII, alíneas e e f e art. 156, § 3º,
III; Lei nº 9.841, de 13 de agosto de 1997, art. 1º, inciso XI; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002, art. 79; Lei nº 10.637/02, art. 5º, II; Lei nº 10.833/03, art. 6º, II; MP 2.158-35/01, art.
14, III; Dec. nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, art. 15-B.nº do e-processo
10030.000022/1207-02
ADE 76 DISPÕE SOBRE O MANUAL DE PREENCHIMENTO DA E-FINANCEIRA.
Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB. Ato Declaratório Executivo 76 Cofis
DOU de 07/11/2018
Dispõe sobre o Manual de Preenchimento da e-Financeira.
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