o obreiro · um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. não...
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O OBREIRO
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APRESENTAÇÃO
Sabemos pelas Escrituras que os últimos tempos serão trabalhosos e haverá o ápice
da apostasia antes da volta do Senhor.1Tm 4.1-3 Paradoxalmente, será sob essas
circunstâncias que Ele virá buscar a noiva.
O Senhor dos Exércitos está preparando o Seu povo para infligir a satanás a sua
maior derrota. Todos estarão envolvidos nesta labuta, ninguém ficará de fora. A
questão é: de que lado você vai estar?
Este discipulado visa a motivá-lo a se aproximar mais de Deus, aprofundando o
relacionamento com Ele, repensando as crenças e tradições, e arrependendo-se de
qualquer atitude que possa ter atrapalhado a obra Dele em sua vida.
Deus não nos criou desmedidamente dotados de desejos e sentimentos. Ele nos fez a
Sua imagem e semelhança, como seres morais e responsáveis pelas nossas atitudes
e comportamentos. Nossas escolhas, fatalmente, vão determinar o nosso caráter e
destino.
Cada um está tão perto de Deus quanto deseja estar. Quando desfrutamos uma
verdadeira intimidade com o Senhor, Ele fala conosco de diferentes formas em
diferentes lugares e momentos. A via preferencial é pelas escrituras e a revelação do
Espírito. É preciso tempo para estudar a Palavra e ouvir o Espírito Santo.
Não nos será possível desfrutar da intimidade do Senhor sem adoração e dedicação
de tempo a Ele. Talvez o sinal que mais revele a quem ou a que estamos
verdadeiramente adorando seja o que fazemos com o nosso tempo livre.
Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Tg 4.8
Ap. Doriel Bezerra Dias
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ÍNDICE
Incinerando o lixo .................................... 03
Perdas ....................... ............. 07
A crucificação do ego ..................................... 12
A lei da graça ..................................... 18
Mágoa .................................... 23
Libertação & Santificação ............................... 30
Crescimento espiritual .................................... 34
Impaciência ................................................... 39
Relacionamento com o Pai ............................... 45
Escolhas ...................................... 51
Fé & Fidelidade ............................................. 56
Fundamentos ........................................ 61
Intimidade com Deus .................................. 63
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Incinerando o lixo
Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo.
. Sl 19.1-4
Do mesmo modo que a dimensão da natureza física necessita de troca, (de
interação e de renovação) para manter o equilíbrio do sistema e a qualidade de
vida, assim também a nossa vida psicológica precisa dessa dinâmica para viver
bem (para alcançar a maturidade e para realizar-se na expressão do seu potencial).
Assim como a dinâmica de troca é necessária para manter o equilíbrio da
natureza, o perdão é necessário para manter o equilíbrio psicológico.
Imagine que ninguém recolha o lixo na sua casa, qual seja, no banheiro, na
cozinha; as sobras, as embalagens.
Se todo esse lixo ficasse acumulado durante meses (ou anos), a sua casa se
transformaria na morada de ratos, baratas, moscas e outros insetos.
Seria um horror, [uma situação complicada]. Uma habitação inadequada para o
ser humano.
Isto não acontece, porque você sabe o mal que causaria e aprendeu a se
defender deste tipo de lixo, colocando-o em sacos plásticos padronizados para
esse fim ou em tonéis para incinerar, enterrar, transportar para o lixão ou
reciclar.
Com estes cuidados, você evita muitos problemas de higiene [de saúde e de
bem estar].
Mas como seria se fizéssemos uma investigação de como você lida com outro
tipo de lixo?
O lixo das emoções, o lixo da relação, da conveniência e das trocas.
Você tem canais para lidar com este tipo de lixo? Você aprendeu (ou
desenvolveu) métodos para jogar fora o lixo da relação?
Ou o subproduto do relacionamento está se acumulando na sua vida? Você
tem consciência das conseqüências negativas provocadas por este tipo de
lixo?
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Às vezes em nome da boa convivência procuramos esquecer algo que
aconteceu de ruim (literalmente, jogamos para baixo do tapete) e, assim, vamos
acumulando a sujeira e a convivência vai ficando insuportável.
Ficamos a ponto de explodir (como se fôssemos uma bomba) porque não falamos
aquilo que deveríamos ou que queríamos ter dito.
Não admitimos aquilo que deveria ser admitido e nem confessamos aquilo que deveria
ser confessado, chegando a ponto de adoecer.
Precisamos aprender a nos livrar desse tipo de lixo: competições, inveja,
mágoas, e ofensas.
O lixo das alianças distorcidas, das maldades, da implicância e da greve
branca dentro de casa.
Para trabalhar tudo isso (para incinerar ou reciclar esse tipo de lixo) é preciso aprender
a perdoar e a pedir perdão ao próximo e a Deus.
O perdão é um princípio fundamental na vida cristã.
O perdão é a energia que põe em funcionamento a usina de reciclagem que vai
beneficiar esse tipo de lixo ou o forno que vai incinerá-lo.
O caminho para o perdão não é um caminho de escravidão, como muitos
pensam, nem de fragilidade ou de pobreza psicológica, mas de aprendizado do
Caminho Jo 14.6 para a vida plena e abundante.
Nota: Uma boa definição da palavra discípulo é aquele que aprende.
Fomos chamados para ser e para fazer discípulos.Mt 28.19,20
O perdão é um ato do livre arbítrio (é uma escolha, uma opção). Você pode
escolher cultivar o perdão ou cultivar a amargura. A escolha é sua.
Se você (lá no fundo) escolhe não perdoar, ninguém poderá demovê-lo dessa
decisão. A vida cristã é um caminho de perdão.
O perdão é o miolo do processo de cura interior. O crescimento e
desenvolvimento espiritual e o amadurecimento psicológico passam
necessariamente pelo perdão.
Se você ler as palavras de Jesus a respeito do perdão, verá que elas nunca
foram num tom de pedido, mas sempre num tom imperativo.
Perdoar é, para o cristão, um mandamento divino.
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Quando alguém decide não perdoar, conseqüências negativas vão acontecer
na vida dessa pessoa. A vida espiritual dela vai ficar parada, emperrada e suas
orações vão ficar bloqueadas. 1Pe 3.7
Se os seus pecados não forem cobertos pelo Sangue de Jesus, as suas
dívidas não serão perdoadas e a sua “caminhada” fica comprometida.
Você perde o rumo.
Nota: O perdão é uma ponte que nos dá acesso ao Senhor. Todos precisam dela.
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Rm 3.23
Quando perdoamos, construímos parte desta ponte; quando negamos perdão,
destruímos parte do que já fora construído.
Uma coisa é diretamente proporcional a outra: na mesma medida em que você
não perdoou (ou não pediu perdão), a sua vida espiritual está prejudicada na
mesma proporção.
Além disso, dá brecha (abre uma porta) para a ação demoníaca. Paulo disse:
E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás;
Porque não ignoramos os seus ardis. 2Co 2.10,11
Paulo correlaciona ser vencido por Satanás com o assunto do perdão.
Ou seja, se você não aprender a lidar com este assunto (de perdão), vai ficar
debaixo de certa acusação diabólica.
Nota: Essa é a especialidade do inimigo: acusar-nos de dia e de noite.
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.
. Ap 12.10
O diabo pode acusar porque sabe que quem não pede perdão fica devendo e
quem não perdoa, também é devedor
Ele sabe muito bem como agir na sua vida psicológica e amedrontar-lhe para
que continue devendo, ou seja, sem reconhecer pecados (sem pedir perdão e
nem perdoar).
Ele sabe muito bem como torturar usando os instrumentos da insegurança e da
mágoa.
Bloqueando sua vida e seus relacionamentos com o próximo e com Deus, uma
parte dela fica comprometida, porque está sob a influência do diabo.
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Não estou dizendo que o crente que não perdoou (ou que não pediu perdão), esteja
endemoniado, ou que tenha perdido a salvação. O que estou dizendo é: quem
não aprendeu a lidar com o perdão fica amargurado e é privado da graça de
Deus, [como diz em Hebreus]:
Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz
de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. Hb 12.15
Com o novo nascimento, o Senhor Jesus vem habitar em nosso coração, e o
nosso espírito se faz um só com o Espírito do Senhor.
Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. 1Co 6.17
O espírito do homem que estava morto por causa do pecado revive.
Este é o milagre da salvação e da regeneração. Este milagre acontece de
modo instantâneo e repentino.
A alma, porém, vai experimentar uma transformação gradual.
Recebemos um espírito novo, mas a alma precisa ser restaurada, assim como
o corpo precisa ser disciplinado (subjugado).
A alma é a pessoa com suas vivências, com suas peculiaridades e com sua
história.
É em nossa alma que estão os nossos problemas, traumas, complexos, calos e
cicatrizes.
O perdão nos ajuda a remover essas marcas do passado; é um tipo de cirurgia
plástica que o Espírito Santo faz em nós.
Precisamos da revelação e honestidade para orar, dizendo: Senhor, perdoa as
minhas dívidas, assim como eu perdoei aos meus devedores. Mt 6.12
É preciso coragem para fazer esta proposta ao Senhor Deus (... assim como eu
perdoei aos meus devedores).
Se você não se sente preparado para isto ou não tem coragem suficiente,
precisa, imediatamente, vasculhar os seus sentimentos procurando o que e
quem o está impedindo de ter este relacionamento aberto e sincero com o
Senhor.
É necessário pedir perdão a Deus pela sua hesitação, covardia ou timidez,
comprometendo-se a fazer o concerto necessário quando surgir a primeira
oportunidade.
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PERDAS
Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. Mt 18.21,22
Pedro pensava que seria o máximo da tolerância, da compreensão e da
paciência perdoar até sete vezes. Provavelmente porque pensasse (como os
outros judeus da época), que o sete era o numero da perfeição.
E deve ter ficado maravilhado, surpreso e confuso, quando o Senhor Jesus
ampliou este conceito multiplicando por setenta.
Quantos agem desta forma e sentem-se o máximo, dizendo ou pensando:
“Eu nunca matei e não roubei; eu não bebo, não fumo, nem faço mal a
ninguém; vou à igreja aos domingos e sou dizimista e ofertante. Eu sou bom!”
Sem saber que ainda têm um longo caminho a percorrer. Provavelmente,
setenta vezes mais longo do que a visão possa alcançar.
E ainda precisam do Espírito Santo para ajudá-los a dimensionar esta jornada,
apoiando e orientando para que não percam o rumo durante a caminhada.
Assim como Pedro, precisamos ter cuidado com o significado da palavra
perdão que, mesmo parecendo ser um aumentativo de perda, não é.
O perdão não significa uma perda grandona, embora quando alguém sofre
qualquer tipo de perda, precise lidar com ações e reações ligadas aos
princípios do perdão.
Podemos dizer que quem não sabe perdoar, também não sabe lidar com
perdas e vice-versa.
Nota: Normalmente, quando somos abordados com o tema do perdão, ficamos com a
impressão que ele nos enfraquece e nos deixa vulneráveis aos aproveitadores.
O que não é verdade.
O perdão nos fortalece e nos ensina a lidar com as perdas e a nos adaptarmos a
novas situações.
A vida é um contínuo movimento de ganhos e perdas, e dependendo da forma
como lidamos com as mudanças. Este movimento tanto pode nos fazer crescer
em maturidade e sabedoria, como causar mágoas e outros danos emocionais.
E é nesta labuta (diária) que desenvolvemos mecanismos de defesa.
Nota: No dia-a-dia, agredimos e somos agredidos, desenvolvendo uma série de
reações e adaptações que nem sempre são saudáveis.
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Algumas defesas estão mais para mecanismo de ataque e, quando elas se
misturam com as que são saudáveis, [há uma confusão] e ficamos sem saber o
que fazer de fato para nos proteger.
O conceito de perda é amplo indo desde a perda de um simples objeto (de um
cargo ou de uma posição) a de uma pessoa amada (como familiares e amigos).
Diante da perda, reagimos de modo espontâneo e podemos evoluir de
diferentes maneiras.
Essas reações podem ser flexíveis, ou rígidas e pesadas.
Nota: Algumas perdas nos levam [invariavelmente] para o caminho do ressentimento, e
o ressentimento é o mesmo que vingança.
Quando você persiste no caminho da cobrança, [da amargura e do ressentimento],
você precisa dar-se conta de que este é o princípio da vingança.
Esta vingança fica disfarçada (embutida no amor próprio ferido). É um tipo de
agressividade e de ira contida que certamente vai fazer muito mal.
Lá no fundo, é uma escolha e você fica prisioneiro da expectativa de executar o
juízo ou esperar que ele venha naturalmente.
Enquanto aquela pessoa não pagar até a última gota (enquanto ela não sofrer
tudo aquilo que lhe fez sofrer), você não descansa, não entrega (realmente) o caso
a Deus.
Infelizmente, para muitos esta é a primeira e única perspectiva diante da perda:
a vingança disfarçada, mas vingança.
Outra reação natural é a negação.
Quando a pessoa tem conhecimento do ocorrido, diz: “Não é possível; isto não
pode ter acontecido, não acredito ou não deve ter sido assim”.
A negação até certo ponto é saudável, pois nos dá tempo para ir,
gradativamente, entrando em contato com aquela realidade difícil.
O problema é quando a negação torna-se um escudo para evitar o sofrimento
e nos leva a uma prisão. E não avançamos para o enfrentamento da realidade
e nem para uma nova adaptação.
Outra reação (muito comum) à perda é o confronto.
A pessoa começa a “bater de frente” com aquela perda (com aquele trauma, com
aquele prejuízo ou com aquela dívida). E se deixa invadir pelos sentimentos
compatíveis com os acontecimentos.
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Assim, a pessoa sente (dimensiona o que está acontecendo), e sofre por passar
por aquilo; este é o momento do confronto.
A quarta etapa é a reação, que é uma atitude espontânea diante do confronto.
Todas as vezes que você sofre alguma perda (agressão ou ofensa), é impossível
que você não se incomode (que não sinta raiva e fique indignado) ou que não tenha
uma reação de defesa.
Diante do confronto, fingir-se de bonzinho é hipocrisia ou ironia.
Se o outro o ofendeu, humilhou-o, agrediu-o, pisou em você ou invadiu o que é
seu, é humano sentir raiva (é natural reagir com indignação ou ira).
Não estou mandando você se transformar numa pessoa irritada por qualquer coisa e em tudo querer dar o troco.
O que estou dizendo é: dentro do processo de cura, você precisa reconhecer que, se o outro o humilhou, ofendeu-o e pisou em você, você pode sentir raiva, indignação, tristeza e o amor próprio ferido. E se você não deixar estes sentimentos saírem, eles podem envenenar a sua
alma e adoecer o seu corpo.
Não estou dizendo que deve pôr a raiva para fora de qualquer maneira (que
“solte os bichos” em cima dos outros, nem que atropele todo mundo) e que se rebele.
Estou dizendo que no processo da cura interior (no processo do perdão), aqueles
sentimentos mais profundos precisam aparecer.
O desejo de vingança (a ira, as mágoas, a amargura e o amor próprio ferido)
precisa ser colocado para fora.
Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao
diabo. Ef 4.26,27
Somente quando reconhecemos e revelamos (com honestidade) os nossos
sentimentos, podemos nos render e esta é a sexta etapa.
A rendição acontece quando nos cansamos de perguntar o porquê de tudo e
passamos a esperar a misericórdia e a graça de Deus.
O que geralmente acontece com o crente é que ele mistura a cultura
evangélica com a cultura do imediatismo dos nossos dias.
Gosta de soluções rápidas e fáceis como os analgésicos, microondas e a
comunicação on line.
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E quando sofre uma perda ou coisa parecida passa a dizer: “Eu já resolvi isto
em nome de Jesus. Está tudo bem”. Sem realmente estar.
Assim, ele passa do primeiro momento de contato com o ocorrido para a
rendição, eliminando as outras etapas, sem que o perdão esteja maduro.
Nota: Na verdade, é um atalho por onde se tenta evitar a dor da realidade e tudo fica
parecendo resolvido de forma espiritual.
O problema é que alguns (mais afoitos do que espirituais) ensinam a envolver tudo
numa embalagem espiritual e a passar um verniz de perdão queimando a
etapa do confronto.
E fica parecendo que a coisa está resolvida; porém, é uma forma sutil de
negação (com a maquiagem de rendição) que impede a cura interior.
Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais
duro juízo.Tg 3.1
A verdadeira rendição se dá sem suprimir os verdadeiros sentimentos e
reações; ao contrário, as reações acontecem, os sentimentos são vividos e
expressos até se esgotarem.
Para que possamos perdoar de fato, é preciso primeiro encarar o que os outros
fizeram e [depois] decidir o que fazer com o lixo e com os subprodutos da raiva
e da dor.
Este é um processo muitas vezes dolorido, mas necessário e sarador.
A cicatrização é a última etapa do processo.
A cicatrização é praticamente uma conseqüência da rendição; se após a
rendição não houver outros complicadores, a cicatrização vai ocorrer
naturalmente.
Quando há ofensa, uma ferida pode ser aberta (e ferida é algo dolorido
principalmente quando infecciona). A mágoa é a infecção da ferida de alma.
Enquanto a mágoa estiver presente, a ferida permanece purulenta e não
cicatriza.
Quando você perdoa coloca remédio na ferida (e mesmo que doa), ela começa a
melhorar, a infecção cede e a cicatrização vai se processando.
Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados
perdoados!
Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia!
Sl 32.1,2 NVI
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Não pense que porque você perdoou uma vez (precipitadamente e da boca para
fora), a ferida estará cicatrizada.
Assim como a ferida na carne, a cura da ferida na alma é um processo.
Quando você começa a perdoar (começa a tratar da ferida colocando pomada
cicatrizante), e perseverar no tratamento, ela vai cicatrizar.
A cicatrização precisa de tempo e este tempo, às vezes, depende da ofensa ou
de quem ofendeu, ou seja, do tipo e da extensão da ferida.
Outras vezes, depende da pessoa ofendida. Algumas precisam de mais tempo,
outras de menos, mas todos precisam perseverar.
Este mesmo processo da cicatrização (referente ao perdão) também se dá com
relação às perdas.
Sendo que neste caso a infecção (geralmente) é representada pela não
aceitação daquela perda.
Porém, à medida que paramos de nos debater (revoltados por causa da perda) e
nos curvamos diante da realidade (sem o verniz do conformismo), mas com a
verdadeira rendição o processo de cura se inicia.
E a ferida vai cicatrizar naturalmente.
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A CRUCIFICAÇÃO DO EGO
Enquanto o conduziam, constrangeram um cirineu, chamado Simão, que vinha do campo, e puseram a cruz sobre os seus ombros, para que a levasse atrás de Jesus.
. Lc 23.26
Este versículo mostra um detalhe muito importante (embora seja apenas uma faceta) do tormento e do Calvário de Cristo: alguém foi retirado da multidão para carregar a cruz de Jesus. (Precisamos da revelação neste acontecimento).
A informação sem a revelação e o discernimento da sua aplicação pessoal perde muito a sua força.
A informação diz que Simão era judeu, nascido no norte da África, na cidade de Cirene – Líbia.
Segundo alguns, era peregrino, estava em Jerusalém de visita por causa da Páscoa. Outros acreditam que morava em Jerusalém, porque vinha do campo e o Evangelho de Marcos cita o nome dos seus filhos.
E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali
passava, vindo do campo, a que levasse a cruz. Mc 15.21
Naquela época, exigia-se que a vítima carregasse a própria cruz ao local da execução, mas Jesus, em seu estado debilitado por causa do espancamento brutal, sofrido dos romanos, não conseguia suportar o seu peso e caía constantemente.
A lei romana permitia que os soldados forçassem qualquer súdito a prestar serviços imediatamente. Simão foi escolhido ao acaso dentre a multidão. Um historiador poderia dizer que ele estava no lugar errado na hora errada e por
isso foi constrangido a levar a cruz.
A revelação mostra no ato de Simão, o cirineu, ao carregar a cruz, uma figura da obra da Igreja ao longo de todas as gerações.
A Igreja é a portadora da cruz após Jesus. A cruz que era uma forma de maldição; no Calvário, foi transformada em lugar de redenção.
Esta é uma revelação que faz diferença. A Igreja tem sido alertada e encorajada a tomar posse da vitória na cruz. Isto é bom e precisamos de todas estas bênçãos, embora exista certa confusão no momento de se apoderar delas.
Alguns pensam que o cristão não pode aceitar o sofrimento, pois entendem que Jesus já sofreu, portanto, a nós estaria reservada uma vida abundante. Esta é mais uma verdade que precisa ser corretamente discernida à luz do evangelho.
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Jesus levou uma cruz, mas não foi para nos livrar dela, e sim, para que pudéssemos suportá-la. Ele já nos havia advertido, dizendo: Aquele que não pegar a sua cruz e negar a si mesmo não pode ser meu discípulo. Mt 10.38
Alguns entusiasmados, sem nenhum discernimento estimulam a auto flagelação. Preferem o sacrifício à graça, querem vencer a carne na própria força. Outros, em postura de muita humildade, procuram justificar as conseqüências de seus erros, dizendo: É a minha cruz!
Tanto um comportamento como o outro é uma má interpretação da Palavra de Deus, que é eterna e não erra.
Por melhor que seja a sua intenção, a Palavra não vai se moldar ao seu querer.
Ela é o que é. A Palavra de Deus é imutável, embora alguns discernimentos
sejam diferentes. Nota: Tudo o que está escrito na Bíblia é verdade, embora nem tudo seja a verdade.
Um bom exemplo é a blasfêmia dos fariseus, quando diziam que Jesus
expulsava demônios pelo poder de Belzebu, o principe dos demônios. Lc 11.5
É verdade que eles disseram, mas não é verdade o que disseram.
Em meados de 1996, fizemos uma cruzada pelo Reino Unido, com passagem por Portugal. Em Lisboa, ficamos hospedados na mesma casa que ficou outro grupo de Pernambuco. Estes irmãos faziam parte de outra igreja e tinham um “ar de superioridade religiosa”, talvez por pertencerem a uma igreja histórica. Certa manhã, estávamos conversando e eles sempre argumentavam a história [informação] e nós puxávamos para a revelação [o discernimento e a aplicação pessoal]. Em certo momento, eu disse: “Tudo o que está escrito na Bíblia é verdade, embora nem tudo seja a verdade”. Foi um choque, e foi tratado como blasfêmia ou heresia, quando pude dar o exemplo
da blasfêmia dos fariseus e nem precisei falar em Saul e o vidente 1Sm 28
. Eles entenderam, mas, mesmo assim, me advertiram para esquecer este argumento e disseram: “Você não deve repetir isso”. Sentiam-se os guardiões da Palavra. Fiquei pensando quantos erros são cometidos, porque as pessoa vão ao extremo?! O mais difícil para combater o espírito de religiosidade é que ele está fundamentado no zelo às coisas de Deus. Deus não precisa da ajuda de ninguém. A Bíblia não esconde o erro nem a fraqueza de nenhum dos seus personagens. A Palavra é fiel e verdadeira!
É verdade que Jesus levou uma cruz, mas não é verdade que Ele nos livrou dela. A verdade é que Ele nos capacita a suportá-la.
Cristo nos isenta dos pecados, mas não da aflição. Ele disse: Nesse mundo
vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo Jo 16.33 NVI
Mas, além de tudo, é necessário entender, quando em nosso caso, como no de Simeão, não é a nossa cruz, mas a cruz de Jesus, que estamos carregando.
Quando somos importunados em razão da nossa devoção e ouvimos gracinhas por sermos crentes.
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Quando a nossa fidelidade aos princípios bíblicos traz sobre nós a provação do desdém: este não pode, ele não bebe, não fuma, não joga e não namora... É crente!
Nota: Nos dízimos e ofertas, encontramos um bom exemplo, quando dizem: você também dá dinheiro para o pastor?
Isto é importante e não podemos esquecer que não é a nossa cruz, mas a cruz de Cristo, que estamos carregando, e Ele prometeu nos recompensar por causa disto.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram
antes de vós. Mt 5.11,12
Para o crente, carregar a cruz de nosso Senhor Jesus deve ser um prazer e não um motivo de murmuração.
Quantos de nós já fomos confrontados, ridicularizados e até mesmo insultados, porque não escondemos quem somos? Você já recebeu este galardão ou preferiu a sua reputação?
Quando nos reuníamos na Sede dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, o Pr. Sales, após uma viagem a Brasília, contou-nos algo interessante: “Foi visitar outro militar que estava na ativa e enquanto aguardava ser atendido, falava de Jesus. De repente a secretária perguntou: “E o comandante é evangélico?” Quando ele entrou na sala foi perguntando: “Comandante, a sua secretária não sabe que você é evangélico?” O comandante respondeu: “É sabedoria, irmão!”
Se você tem exercitado essa “sabedoria”? Misericórdia! Nota: Geralmente, as pessoas que nos confrontam nos são queridas. São familiares,
amigos e, pessoas a quem estimamos e de quem gostamos. É por isso que dói um pouco mais.
Entretanto, se você fizer a comparação, verá que isto é apenas uma gota, quando comparado à aflição Dele, ao carregar a nossa cruz.
Mas, ainda existe outra cruz. A cruz que Jesus disse ser necessária a cada um dos Seus discípulos, a qual nada mais é do que a crucificação do próprio ego.
O eu posso, eu sou! Eu tenho, eu quero, eu mereço e eu fiz.
Deus é sábio e nos ama. Ele é fiel e nunca erra. Ele sabe o que é melhor para cada um de nós e também sabe que a nossa mente sempre vai arrumar um “jeitinho” para atender a vontade da carne e fugir da cruz.
Então o próprio Deus cria as condições ideais para que o ego seja crucificado e sepultado. E, normalmente, o verdugo do ego é escolhido entre aqueles que mais amamos, nossos familiares e os nossos irmãos em Cristo.
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Qual o crente que ainda não foi ofendido ou ainda não se decepcionou com um irmão?
Se ainda não passou por isso prepare-se que vai passar. Quem ainda não foi afrontado por familiares? Quem ainda não sentiu o eu dizer: com este eu não faço. Eu não vou, ou até mesmo eu não fico aqui.
Isto é o ego fugindo da cruz!
As pessoas mais maduras, com mais discernimento – aquelas que já conseguiram crucificar o ego dizem: Deus levantou um irmãozinho em minha vida como lixa, que é uma benção.
O pai quando castiga o filho, não é por prazer, mas por saber que o castigo dentro de casa é infinitamente melhor do que o castigo do mundo. É melhor apanhar do pai do que da policia.
Sim, meu irmão, Deus levanta “estas bênçãos” para nos ajudar a fazer aquilo que não conseguimos fazer, e isto é aflição.
Cristo nos isenta do pecado, mas não da aflição. E a aflição da crucificação do ego é o caminho mais curto para a prosperidade em todos os aspectos.
Nota: Você gosta daqueles que ensinam a comprar a prosperidade? Aí está o preço: a crucificação do ego.
É a solução para todos os conflitos de relacionamentos.
Foi neste processo de crucificar o ego que Paulo disse: “Aprendi o segredo de passar por todo tipo de luta e ser vitorioso”, ou seja, tudo posso naquele que me fortalece. Fp 4.11-13
Por que Paulo diz aprendi? Porque é um processo!
Aprendi que Deus está me preparando, então não me preocupo com nada. Venço a ansiedade. E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Rm
8.28
Aprendi a dizer não aos argumentos de Satanás. Quando, neste processo] ele vier dizer: você não vai reagi? Você tem razão, isto não pode ficar assim! Você é um homem ou é um inseto, parece que tem sangue de barata.
Responda: Arreda de mim, Satanás! Tu me és pedra de tropeço. Mt 16.23
Eu
aprendi o valor de renunciar ao direito de revidar. Não caio mais nesta conversa de serpente.
Aprendi a necessidade de orar, de conversar com Deus. Aprendi a adorar em espírito e em verdade. Esta é uma experiência impagável.
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Porque a paz que excede a todo o entendimento toma o coração e a mente
em Cristo. Fp 4.6,7
Sabe por que esta paz toma todo o seu ser?
Porque tudo o que é verdadeiro; tudo o que é respeitável; tudo o que é justo; tudo o que é puro; tudo o que é amável e; tudo o que é de boa fama, nisto você
vai pensar. Fp 4.8
Nota: Você vai ser transformado numa nova criatura, não como a transformação do “feio casulo na bela borboleta”; porque não é uma mudança física. É uma mudança moral, mudança de valores.
Se você é gordo vai continuar gordo, se você tem a orelha grande ou a perna
torta... Vai continuar assim.
O importante é que você não vai se preocupar com o que os outros dizem sobre este assunto.
A sua mudança interior vai refletir no mundo em sua volta, porque a sua preocupação não é mais com a aparência física, com reputação ou com cargos.
O que você aprendeu, agora você vai ensinar. O que você recebeu, agora você vai dar e o que você ouviu agora vai falar.
Ou seja: você vai viver o que diz ser! O que prega!. Você vai assumir o que é. Não vai viver mais de aparência.
Talvez você pense: “Eu gostaria de ser assim, mas esta ou aquela pessoa é
uma mala, ela é um calo insuportável”.
“Não posso amar uma pessoa como esta, é uma decepção atrás da outra. Tudo o que faço, ele responde com ingratidão e desprezo”.
Tanto melhor! Quanto maior o desafio, melhor a vitória. Ou você é um guerreiro de batalhas fáceis?
Aquele que ousa o máximo, obterá o máximo! Se àquela pessoa você não consegue agradar, procure agradar ao Senhor Jesus.
Ame a esta pessoa, pois ao fazer isto, você está seguindo as pegadas de Cristo.
Quando você aceita o propósito e o trabalhar de Deus, todas as coisas acontecerão para o seu bem.
Você poderá dizer: aprendi a ter a mente de Cristo e posso todas as coisas
naquele que me fortalece. Fp 4.13
Ore comigo:
Senhor, neste momento em que reconheço que tenho reagido de forma negativa e injusta ao Seu trabalhar em minha vida, fico envergonhado.
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Eu reconheço que tenho rejeitado aqueles que têm sido o Seu instrumento, e como Balaão, tenho ferido a mula, com o chicote da cegueira e da ignorância. Peço-lhe perdão, meu Pai, e peço perdão àquele contra quem murmurei e, até mesmo orei de forma inadequada. Senhor, ajuda-me a amar os meus irmãos, a encontrar o caminho da paz e da comunhão. E tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, e tudo o mais em que haja alguma virtude e algum louvor possam ocupar a minha mente, e o meu coração. Eu decido que quero amar os meus irmãos e viver em paz e comunhão, como diz o salmista: Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! Senhor, eu faço este pedido e tomo esta decisão em nome de Jesus. Amém!
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A LEI DA GRAÇA
E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na recebedoria um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao
arrependimento. Mt 9.9-13
Este acontecimento, que também é narrado nos evangelhos de Marcos e de
Lucas, demonstra com eficácia o objetivo da vinda de Jesus: Ele veio para os
pecadores! Ou seja, veio para todos nós.
Indo do extremo sustentado pelos marginalizados ao sustentado pelos
religiosos, passando por executivos, fazendeiros, comerciantes, políticos,
artistas, prostitutas, viciados, homossexuais, e até mesmo aquele considerado
intocável, segundo os padrões da religião ou da sociedade.
Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. Rm 3.23
É interessante como certos seguimentos do cristianismo esquecem que Jesus
veio para todos e anunciam a opção por determinado grupo.
No nosso dia a dia, repetimos frases como: “Cada um acaba ganhando o que
merece”. “Nesta vida nada é de graça”. Embora as Escrituras insistam que pela
graça somos salvos.
A nossa espiritualidade começa no eu e não em Deus. Esquecemos que Deus
ama a todos quando dizemos: “Deus ama os bons meninos”. E assim
inculcamos nos nossos filhos a negação do evangelho da graça.
A ênfase está no que eu estou em vez de no que Deus está fazendo. A palavra
graça não faz sentido neste toma lá, dá cá.
Quer dinheiro? Vá trabalhar. Quer amor? Faça por merecer. Quer misericórdia?
Mostre que é digno dela.
Jesus não apenas conversou com pecadores, mas jantou com eles plenamente
consciente de que Sua comunhão à mesa com pecadores fazia erguer as
sobrancelhas dos burocratas religiosos que ostentavam seus parâmetros de
santidade.
Essa passagem deveria ser lida, relida e memorizada, sem minimizar a graça
com a desconfiança de que é bom demais para ser verdade.
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Ou pensando que a salvação pertence somente aos religiosos, àqueles que
permanecem a uma distancia segura, cacarejando seus julgamentos sobre
aqueles que a vida maculou.
Nota: Em certa ocasião, fui confrontado com a afirmação de que os evangélicos
discriminam os homossexuais, e rebati a acusação como uma discriminação aos
evangélicos, afirmando que não temos uma mensagem especial para qualquer
tipo de pecador. A mensagem é única:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo 3.16
A cruz é única e eficaz para todos. E é de graça.
Alguém escreveu: “A Igreja não é um museu para santos, mas um hospital para
pecadores”.
Eu penso que, embora muito bem elaborada, esta frase é incompleta, porque a
Igreja é um complexo militar, que tem na sua estrutura um excelente hospital e
nenhum museu. Fomos chamados para saquear o inferno, ou seja, transformar
pecadores em santos.
Deus me ama como eu sou, embora saiba como sou. Portanto não preciso
aplicar maquiagem espiritual para ser aceito. É tolice parecer ser o que não é.
Quando sou honesto, admito ser um amontoado de paradoxos.
Creio e duvido, tenho esperança e sinto-me desencorajado. Sou confiante e
desconfiado. Sou honesto e mesmo assim, às vezes, não sou sincero.
Viver pela graça significa reconhecer toda a história da vida, o lado bom e o
ruim.
Ao admitir o meu lado escuro, aprendo quem sou, e o que a graça de Deus
significa. Como colocou Tomas Merton: “Um santo não é alguém bom, mas
alguém que experimentou a bondade de Deus”.
A graça proclama a verdade de que tudo é de presente, não é preciso pagar
nada. Tudo de bom é nosso, não por direito, mas meramente pela liberalidade
de Deus.
Embora tenha muito que podemos e devemos fazer por merecer, como nosso
diploma e nosso salário, nossa casa e nossas amizades.
Tudo é possível, porque nos foi dada a condição: olhos para ver e mãos para
tocar, mente para formar idéias e coração para bater com amor.
Temos o poder de crer, quando outros negam; de ter esperança, quando outros
desesperam; de amar, quando outros odeiam.
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Isso, e muito mais, é simplesmente um presente; não é recompensa a nossa
fidelidade, a nossa disposição generosa, e nem a nossa vida de oração. Até
mesmo nossa fidelidade é um presente.
Nota: Gosto deste exemplo: o governo anuncia que vai vacinar. É de graça, mas você
precisa ouvir e acreditar na campanha de vacinação e na eficácia que ela
anuncia contra determinado mal.
Você precisa conhecer e se submeter ao cronograma de vacinação, data e
horário. Precisa se deslocar até o posto de vacinação e submeter-se as filas e a
burocracia.
Mesmo depois de fazer tudo isso, a vacina continua sendo de graça.
A Boa Nova do evangelho da graça afirma que, embora como pecadores
sejamos mendigos espirituais, somos altamente privilegiados, quando batemos
às portas da misericórdia de Deus!
Encontramos na Bíblia algo interessante a este respeito.
Uma vez, quando algumas mães estavam trazendo suas crianças para que Jesus as
abençoasse, os discípulos as afugentavam, dizendo-lhes que não O incomodassem.
Mas Jesus viu o que estava acontecendo, ficou muito aborrecido com os discípulos e
lhes disse: “Deixem as criancinhas virem a Mim, porque o Reino de Deus pertence
àqueles que são como criança. Não as mandem embora! Eu lhes digo que
verdadeiramente todo aquele que se recusar a vir a Deus como uma criancinha,
nunca lhe será permitido entrar no seu Reino”. Então Ele tomou as crianças nos
braços, pôs as mãos na cabeça delas, e as abençoou. Mc 10.13-16 BV
Logo em seguida, veio um jovem rico, querendo ser colocado no centro das
atenções, ajoelhou-se, perguntando o que deveria fazer para herdar a vida
eterna.
O evangelista coloca estes acontecimentos em paralelo para destacar o
contraste. O jovem tinha expectativas pelo que tinha feito, enquanto as
crianças nada tinham feito.
O ponto central é o seguinte: ninguém pense em herdar o Reino por
merecimento.
A Bíblia não tem uma visão sentimental a respeito de crianças e não nutre
qualquer ilusão sobre alguma bondade inata nelas. Jesus não está sugerindo
que o céu é um jardim de infância.
Nota: Por natureza as crianças são egoístas, vaidosas, ciumentas, invejosas e muitas
vezes, vingativas, é evidente que Jesus não estava falando em virtudes, mas em
dependência.
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As crianças nos servem de modelo, porque não têm nenhuma pretensão de
conquistarem ou de merecerem os cuidados paternos. Elas os recebem porque
são dependentes.
Tudo o que recebem é creditado ao amor ou à responsabilidade paterna.
Uma criança, após ser castigada, mesmo estando irritada, ou revoltada se
sentindo injustiçada, se acontecer algo que a ameace de alguma forma, pode
ser uma queda ou algo parecido, ela esquece tudo e grita pelo pai.
Precisamos desta dependência e desta confiança.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de
Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Ef 2.8,9
Se fizéssemos uma pesquisa na grande Recife constataríamos que a maioria
pensa na fé como a crença em Deus. Embora a fé, mais corretamente diga
respeito ao relacionamento da pessoa com Deus. Ou seja, se a pessoa confia
em Deus.
A diferença entre fé como existência em algo que pode ou não existir e a fé
como confiança em Deus é tremenda.
A primeira é questão da mente; a segunda, do coração. A primeira pode nos
deixar inalterado; a segunda, intrinsecamente, traz mudança.
Normalmente a fé nos atinge quando estamos em dificuldades e
desassossego. Costumo dizer, que neste sentido, o leito tem sido uma benção
para muitos.
Nota: Em algum lugar li o seguinte: “Alguém, após ter passado por um perigo de vida,
quando o cavalo de sua charrete se assustou e quase caiu num abismo,
procurou o seu companheiro de trabalho para orar, agradecendo aquele
livramento. Então o seu companheiro começou a orar da seguinte forma:
Senhor, eu lhe agradeço, porque à mais de 15 anos passo por esta estrada em
minha charrete e nunca o cavalo se assustou e nem a minha vida ficou em
perigo neste precipício”.
Muitos só se lembram de orar quando tomam um susto!
Você pode ser inseguro, inadequado, e confuso. Pode temer a morte ou ter
desilusão da vida, mas não pode esquecer que é aceito.
Nunca confunda a percepção que você tem de você mesmo com o mistério de
que você é aceito pelo Senhor, o Criador.
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Algo está muito errado quando a Igreja local rejeita a pessoa que Jesus aceita;
quando se negam os sacramentos a um pecador redimido, seja um
homossexual, uma prostituta ou um divorciado.
É uma tristeza a discriminação em momentos como os da Ceia e do batismo.
Qualquer igreja que não aceite que é formada por homens e mulheres
pecaminosos, e que existe para eles, rejeita implicitamente o evangelho da
graça.
Ela carece da misericórdia de Deus e não merece a confiança dos homens.
Embora seja verdade que a igreja deva sempre se dissociar do pecado, ela não
pode jamais ostentar nenhuma desculpa para manter qualquer pecador à
distancia.
Nota: Odiamos o pecado, e ao mesmo tempo, amamos o pecador.
Se a igreja permanecer de modo farisaico distante dos fracassados, das
pessoas incrédulas e imorais, não pode justificar a sua missão na Terra.
Jesus sentava-se à mesa com qualquer um que queria estar presente, inclusive
os que eram banidos das casas decentes.
Compartilhando da refeição, eles recebiam consideração em lugar da esperada
condenação.
Um perdão misericordioso, em vez de um apressado veredicto de culpa. Graça
admirável em vez de desgraça universal. Uma nova chance na vida. Esta é
uma demonstração pratica da Lei da Graça.
A promessa dada á Igreja é que qualquer um que se humilhar será exaltado. Mt
23.12
Conta-se que um pecador notório foi excluído e proibido de entrar em certa
igreja. Ele levou as suas queixas a Deus, dizendo: Senhor, eles não me deixam
entrar porque sou pecador. Deus perguntou: “Do que você está reclamando?”
“Eles também não me deixam entrar”.
Embora pareça para alguns, isto não tem nada de engraçado, mas muito de
trágico.
Creio que no “grande dia” seremos aceitos! Também creio que não faltará
quem pergunte: “Mas como?”
Então uma voz com autoridade responderá: “Eles lavaram suas vestimentas e
as alvejaram com o sangue do Cordeiro”.
Isto é Graça.
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MÁGOA
Assim serviu Jacó sete anos por Raquel; e estes lhe pareceram como poucos dias,
pelo muito que a amava. Gê 29.20
Este versículo sintetiza de forma admirável o amor de Jacó por Raquel: Pois
estes [sete anos] lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava.
Parece uma frase “trabalhada” para um final feliz, mas quando conhecemos o
enredo descobrimos que estamos apenas no meio de uma história que começa
com Abraão e termina com José.
Ou apenas no começo se considerarmos que ela se prolonga até os dias de
hoje com o conflito dos judeus com os seus vizinhos [descendentes de Abraão].
A nossa motivação não está centrada no romance de Jacó e Raquel, mas
visando algumas lições úteis, a nossa edificação espiritual [e formação cristã],
porque ela trata de um assunto muito importante, que é a ferida de alma, [e as
suas conseqüências negativas], na dimensão terrena e na espiritual.
E [também] como ela pode influenciar gerações. Tudo começou com uma
conversa sobrenatural:
Abraão [que ainda era Abrão] foi chamado por Deus, para sair de sua terra e
de sua parentela e, ir para uma terra estranha, aonde Deus o abençoaria e, o
usaria para abençoar outros, transformando-o em pai de muitas nações,
embora sua esposa Sara [que ainda era Sarai] fosse estéril.
Abraão levou [consigo] o seu sobrinho Ló. Ele o tratava como filho e, é fácil de
observar que Ló sentia-se como herdeiro, [e provavelmente] não gostava de
ouvir sobre as promessas de Deus dar filhos a Abrão.
Se isto for verdade, ele sentia-se rejeitado [magoado com aquele sonho que
tanto motivava Abraão e Sara] e [isto justifica], porque mesmo tendo todos os
privilégios de filho, agiu de forma egoísta, seguindo o caminho mais fácil [o
caminho da campina], ou seja, afastando-se.
Nota: Alguns pensam que a magoa e outras feridas de alma são curadas com a
separação. Isto não é verdade [elas acompanham as pessoas magoadas. Ou
melhor, estão alojadas dentro destas pessoas].
Ló, cada vez mais, se aproximava da cidade e, se afastava de Abraão [das
bênçãos]. Nem mesmo a ação de resgate, em que Abraão, arriscou a própria
vida para libertá-lo do cativeiro, o curou desta magoa [Ló continuou entrincheirado
em Sodoma].
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E mesmo, quando foi retirado, [às pressas da cidade], devido à intercessão de
Abraão, ele preferiu isolar-se, com suas filhas, na solidão de sua dor. [Além de
afundar, puxou outros para o abismo].
Realmente, a mágoa é uma ladra de bênçãos; é um complicador nos
relacionamentos.
Podemos imaginar a dor de Ló, [o sangramento das feridas de alma], quando
Sara, propõe a Abraão ter um filho, com sua escrava egípcia, [o que resultou] na
benção de um filho homem, [um varão chamado Ismael.
Nota: Naquela época um filho homem era considerado uma benção e, Ló só tinha
conseguido ter filhas [nenhum varão, só mulheres].
Feridas sobre feridas. [Ló também se sentia rejeitado por Deus]. A Bíblia não registra
em nenhum lugar Ló adorando [oferecendo sacrifícios ou construindo um altar].
Nota: É preciso lembrar que considerando a cultura da época e a situação de Sara
[como estéril] não existia nada de imoral [na proposta de Sara oferecer a escrava a Abraão].
O que estamos abordando, é como este fato deve ter alimentado a magoa de
Ló, e chamar a sua atenção, as conseqüências negativas da magoa, [e das
doenças de alma], não tratadas.
A mágoa é uma ladra de bênçãos ela rouba a alegria de viver da pessoa
magoada e a condena a uma vida amargurada e solitária.
Não é difícil de imaginar, porque foi fácil, às duas filhas de Ló, embriagarem ele
e, o induzirem ao encesto.
Ele devia passar horas remoendo a rejeição, literalmente “lambendo as feridas
como um cachorro sarnento”.
Esta é a condição espiritual, de quem é vitima da magoa.
Quantas pessoas vivem maquinando maldades, prisioneiras de um sentimento
de rejeição.
E é impressionante, como alguns, gostam disto e sentem prazer em
imaginarem situações de revide.
Nota: Belzebu é apresentado como o senhor das moscas, [provavelmente] porque, os
demônios ficam [se alimentado] nas feridas de alma, como as moscas nas
feridas da carne.
O lixo que você guarda aí dentro, também atrai este tipo de mosca [demônios
que servem a Belzebu].
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Toda esta carga emocional e espiritual [provocada pela rejeição] foi direcionada
para Ismael e, vocês já sabem o rolo que deu, culminando com a expulsão, de
Hagar e seu filho, [Ismael] aumentando, a esfera de atuação da rejeição.
É por isso que Jacó já nasceu lutando com Esaú.
Jacó era o preferido de Rebeca, [sua mãe], porque em uma visão, lhe foi
revelado que o maior serviria ao menor.
Entretanto, Esaú era o preferido de Isaque, que via nele o perfil de um
guerreiro, o líder que ele esperava para comandar nações.
E neste ambiente, de preferências e rejeições, Esaú perdeu a benção do
primogênito, [após ter sido enganado, através de uma trama], planejada pela própria
mãe.
Esaú reagiu com violência e, Jacó foi obrigado a fugir, para uma terra
distante.
A preferência e a manipulação de Rebeca foi castigada desta forma, e ela
morreu, [anos mais tarde], sem ter reencontrado o filho preferido, Jacó.
Quantas vezes agimos como Rebeca e queremos [na própria força e entendimento]
executar o plano de Deus, ou seja, não confiamos Nele [e tiramos a execução das
Suas mãos].
Colocamos os remos [num barco a vela], porque não temos paciência, de
esperar o sopro do vento [a direção do Espírito Santo].
Seguimos [cheios de direitos] atropelando sentimentos, da mesma forma que Abraão ao cair no “H” de Sara [e Jacó na influencia de Rebeca], sem perceber que a rejeição e a magoa estão reinando.
Prosseguimos fazendo o que fazemos [e argumentando as nossas razões] não percebemos que estamos alimentando demônios.
Na longínqua terra [aonde foi se refugiar] Jacó, conheceu a bela Raquel [sua prima],
e quis se casar com ela, mas o seu tio Labão [irmão de Rebeca] impôs uma
condição: que trabalhasse sete anos para ele [uma espécie de dote] e assim
serviu Jacó sete anos [a Labão] por amor a Raquel.
E no dia das núpcias que ocorria mais ou menos assim:
Durante uma grande festa [com muitos convidados, comidas e danças] o pai
entregava a noiva [com o rosto coberto] ao noivo [diante de todos] e quando
entravam na tenda e o noivo descobria a noiva o casamento estava
realizado.
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Mas, acontece que Labão havia preparado Lia [a filha mais velha e não a
prometida Raquel] e diante do protesto de Jacó argumentou: “É costume da
terra que não se dê à filha mais nova, [para casamento], antes de casar a filha
mais velha”.
E propôs a Jacó: “Se você quiser casar com Raquel vai ter que trabalhar
mais sete anos”.
Vocês perceberam que Jacó pagou da mesma forma? Ele havia enganado seu
pai [Isaque] e, o seu irmão [Esaú]. Agora ele é enganado por Labão [e ainda fica a
dúvida] se houve a concordância de [sua amada] Raquel.
Nota: E como todas as historias do gênero têm uma vítima inocente, nesta é Lia e
nela vamos concentrar as nossas atenções, [embora todos lembrem apenas de
Raquel].
É como se Lia não existisse. Por quê? [Talvez porque ela não fosse tão bonita como
Raquel].
Quais os sentimentos de Lia no dia do seu casamento? Eram os mesmos
sentimentos de uma noiva comum? Creio que não.
Nota: A mulher é mais romântica do que o homem e idealiza momentos especiais para
o seu casamento, mas não para esta situação: A de ser colocada como noiva
substituta sem o conhecimento do noivo.
Lia colhia os frutos do engano, [da trapaça de seu pai]. As conseqüências das
atitudes dos pais atingem os filhos. Eles são isentos da culpa, mas não das
conseqüências.
Os sentimentos de Lia, no dia do seu casamento, eram: Dúvida [Esta decisão de
meu pai vai dar certo?], ansiedade [Como Jacó vai reagir?], medo [Como vai ser?], e
nervosismo [a trama vai ser descoberta diante de todos].
E após as núpcias: Vergonha, humilhação, [e também] inveja de sua irmã
[aquela com quem Jacó pretendia se casar].
O que imaginarmos é pouco. [Experimente se colocar no lugar dela?].
Após a ansiedade do casamento, ela teve [que enfrentar] uma lua de mel
sabendo que o marido [Jacó] estava desejando a sua irmã [Raquel].
Embora as circunstancias fossem adversas Lia continuava tendo comunhão com Jacó e dando-lhe filhos. Mas o Senhor tinha fechado a madre de Raquel.
Quando o Senhor viu que Lia era desprezada, abriu a sua madre, mas Raquel era
estéril. Êx 29. 31
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Nota: Vou lhe contar um segredo: Você pode se afastar de Deus e, deixar Ele fora dos
seus planos e ações, mas Ele continuará presente.
Ele não perde o controle de nada.
É interessante, lembrar a importância, do nome da pessoa, na ligação do
natural com o sobrenatural.
Alguns nomes foram mudados, [para servirem de indicador, nesta ligação]: Abrão
para Abraão [de pai exaltado para pai de uma multidão];
Sarai para Sara [de princesa para a princesa ou rainha]; Jacó para Israel [de
Suplantador (Usurpador) para Que luta com Deus (Que luta por Deus)].
E agora, vamos avaliar os sentimentos de Lia através do nome, dos seus filhos:
E concebeu Lia, e deu à luz um filho, e chamou-o Rúben; pois disse: Porque o
Senhor atendeu à minha aflição, por isso agora me amará o meu marido.
E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Porquanto o Senhor ouviu
que eu era desprezada, e deu-me também este. E chamou-o Simeão.
E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Agora desta vez se unirá meu
marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Por isso chamou-o Levi .
E concebeu outra vez e deu à luz um filho, dizendo: Desta vez louvarei ao Senhor.
Por isso chamou-o Judá; e cessou de dar à luz. Gê 29.32-35
Só aí Lia se curvou ao Senhor. A atitude de se humilhar diante de Deus,
confiando e sabendo que Ele é o provedor, vence a magoa, e cura as feridas
de alma.
O perdão é um excelente balsamo para estas feridas.
O perdão não só curou Lia, mas também a Raquel [que se tornou fértil e concebeu a
José – filho do perdão de Lia].
O perdão libertou Raquel das amarras daquela magoa.
Mas as bênçãos de Lia foram maiores do que as de Raquel: Ela conquistou o
amor de Jacó, [quando] ele pediu para ser sepultado, junto ao túmulo dela [e não
de Raquel].
Depois ordenou-lhes, e disse-lhes: Eu me congrego ao meu povo; sepultai-me com
meus pais, na cova que está no campo de Efrom, o heteu,
Na cova que está no campo de Macpela, que está em frente de Manre, na terra de
Canaã, a qual Abraão comprou com aquele campo de Efrom, o heteu, por herança
de sepultura.
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Ali sepultaram a Abraão e a Sara sua mulher; ali sepultaram a Isaque e a Rebeca
sua mulher; e ali eu sepultei a Lia. Gê 49.29-31
Jacó foi sepultado ao lado de Lia. [Este pedido foi atendido pelo filho de Raquel, José].
O perdão de Lia liberou o nascimento de José, assim como o perdão de
Estevão liberou [o novo nascimento] de Paulo.
E você que benção esta retendo? O que é que o Espírito está lhe pedindo para
fazer que você não esteja fazendo?
Não perca tempo, faça agora, amanhã pode ser muito tarde!
Gosto de fazer uma comparação entre Zacarias [sacerdote e profeta no VT] e
Estevão [diácono no NT].
O rei Joás matou Zacarias o qual, morrendo disse: O Senhor o verá, e o
requererá. 2Cr 24.22
O sinédrio matou Estevão o qual, morrendo disse: Senhor, não lhes impute
este pecado. At 7.59
Que diferença!
Zacarias cheio da religiosidade judaica é injustamente executado no templo.
O que ele tem é o que ele vê: A lei e, conforme a lei clama por justiça,
condenando a morte o rei Joás, e com ele muitos dos filhos de Judá.
Estevão cheio do Espírito Santo, também é injustamente executado, e neste momento o que ele vê é exatamente o que ele tem: Jesus.
Estevão com a atitude de amor e perdão retirou de sobre Saulo a maldição da concordância daquele ato: O apedrejamento de um homem de Deus.
Devemos refletir sobre a importância do perdão de Estevão na conversão de Paulo e de como fomos e estamos sendo abençoados por esta atitude.
Estevão se tornou tão importante com sua atitude de perdão que Jesus levantou-se para recebê-lo. At 7.56
Nota: A Bíblia diz que Ele está assentado à destra de Deus. Hb 10.12
O que você prefere a lei ou a graça?
Você prefere alimentar a magoa [e ficar maquinando maldades, solicitando justiça
com o intuito de vingança] ou renunciar ao direito de revidar? Quando você diz que não pode, você está dizendo que não quer [no fundo você
gosta de ficar lambendo as próprias feridas].
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Rebeca e Jacó enganaram Isaque e Esaú. Labão enganou Jacó. Os filhos de Jacó o enganaram e, José enganou os irmãos.
E você além de estar se enganando, está enganando a quem mais?
Tiago é um livro de sabedoria e, nos traz uma informação preciosa quando diz:
Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a
misericórdia triunfa do juízo. Tg 2.12,13
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LIBERTAÇÃO & SANTIFICAÇÃO
Então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Jo 8.32
Todos precisam conhecer a verdade e todos precisam de libertação. Porque
todos pecaram e carecem da glória de Deus. Rm 3.23
Existe uma doutrina conhecida como pecado original, que é aceita [pela maioria]
dos teólogos. Ela ensina sobre as conseqüências do pecado de Adão e Eva, e
como [essas conseqüências] passaram de pais para filhos [de geração para geração]
sem exceção.
Até mesmo aqueles que não aceitam os argumentos sobre maldição
hereditária aceitam a doutrina do pecado original.
Nota: Não sei como eles explicam esta transferência de pais para filhos, negando a
hereditariedade em assuntos espirituais.
Os judeus ao ouvirem o ensino de Jesus tiveram uma reação negativa
argumentando que eram livres.
Então Jesus complementou dizendo: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente
sereis livres”. Jo 8.36
Quem liberta é Jesus!
Não cai em cilada ao pensar que esta ou aquela igreja liberta. Que o ministério
de fulano, sicrano ou beltrano tem o poder de libertar, e nem que determinado
método seja de voto, jejum ou atos proféticos podem libertar pessoas.
Tudo isso [só vai funcionar] se levar a Jesus. Não adianta inventar novidades
nem procurar atalhos.
Nos dias atuais as pessoas [normalmente] também reagem de forma negativa
[quando se fala em libertação], pois confundem libertação com exorcismo.
Pensam em endemoniamento, gritaria, violência ou coisa do gênero.
Amados, libertação é o confronto da verdade com a mentira. Quando você
decide ficar com a verdade há libertação de alguma forma.
Quanto ao problema de violência, você só vai ver isto se forem abertos os seus
olhos espirituais. Vai ver demônio envergonhado, apanhando, correndo e
gritando.
Nota: Os casos de exorcismo existem, mas representam menos de 1%, portanto, mais
de 99% é o confronto da verdade com a mentira. Quando neste confronto, há
uma decisão favorável a verdade há libertação.
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Quando há cura na alma, há libertação. Quando há purificação na mente [nos
pensamentos], há libertação. Quando há posicionamento e abandono de
práticas pecaminosas, há libertação.
E posso lhe afirmar [porque estou convicto] que tudo isto é um processo de
santificação. Libertação [em última estância] é santificação!
Nota: Em oração, o Senhor Jesus, intercedeu por nós pedindo ao Pai: “Santifica-os na
verdade, a tua palavra é a verdade”. Jo 17.17
Sabemos que nós [como pessoa] não libertamos ninguém, assim como não
reconciliamos ninguém com Deus e nem derrotamos o inimigo.
A obra já foi concluída no Calvário. A reconciliação é uma realidade e a
Salvação está à disposição de todos.
Esta é a verdade que liberta!
O que falta é aceitação [desta verdade] para que inicie o processo de libertação,
[de restauração, de reconciliação, de cura, de santificação] ou de qualquer outro nome
que você queira usar.
Desde que seja coerente com a obra do Calvário e permaneça ao pé da cruz.
O nosso chamado ministerial, [assim como a função da Igreja], não é para substituir
Deus, mas para compartilhar, [com os outros], a obra Dele.
A nossa chamada é para proclamar as boas novas do evangelho. É para ser
testemunha do Senhor Jesus. At 1.8
Ele é o balsamo de Gileade. Nós, [como Igreja Dele], aplicamos este
balsamo curativo.
Ele é a fonte da vida. Nós somos os despenseiros desta água, [os vasos que
transportam a água viva].
A vara [que castiga] e o cajado [que conforta] é Dele, mas Ele nos concede o
privilegio de usá-los.
Pense nisto: O Médico dos médicos cura através de nós. O grande Sumo
Sacerdote “ministra” através de nós.
O amor de Deus é exercido através da Igreja Dele, que somos nós.
Não temos [e nem podemos] produzir nada. Embora, sejamos mensageiros do
Criador de todas as coisas [somos portadores das boas novas].
A reconciliação [com o Pai], a libertação [do pecado], a cura [física e emocional], ou
a vitória [sobre o inimigo], não é mérito nosso, mas de Cristo.
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Cabe a nós, como Igreja [ou seja, como Corpo de Cristo], distribuir todas as
coisas conquistadas por Ele.
Assim como os discípulos distribuíram pães e peixes no milagre da
multiplicação. Mt 14.17-19
Milagre que não representava apenas o poder de Jesus, mas [principalmente] o
cuidado e o amor Dele.
Nota: Ninguém tinha pedido [e nem mesmo sugerido] que Jesus deveria alimentar
aquela multidão. Entretanto, Ele chamou para Si a responsabilidade e efetuou
a multiplicação alimentando a todos.
Os discípulos não fizeram nada, [no sentido de produzir os alimentos], mas coube a
eles distribuir, juntar e guardar as sobras.
Amados, está tudo pronto [Ele já providenciou tudo], e espera que sejamos fieis
despenseiros. 1Co 4.2
Nota: Ninguém pode fazer nada para Deus; porém, bem-aventurado é aquele que tudo
o que faz é com Deus.
É certo, que através da oração podemos construir uma cerca de proteção em
torno de nós mesmos e de outros.
Embora muitos pensem não ser necessária a oração intercessora e
argumentem que Deus é onisciente e sabe antes que qualquer coisa aconteça
e se quiser evita [automaticamente] acidentes, ciladas e ataques satânicos.
Também creio que Deus tudo pode e tudo faz.
A teoria é bonita e nos faz sentir seguros, mas a Bíblia nos ensina algo
diferente [desta dedução teológica de que não precisamos de intercessão] e tanto no
velho como no novo testamento somos aconselhados a vigiar.
O próprio, Senhor Jesus, ensinou que deveríamos vigiar [para não sermos
surpreendidos], e orar [para não cair em tentação].
Nota: Eu não consigo entender é a teoria do sentai e descansai.
Amados, o: Aquietai-vos e sabei que sou Deus Sl 46.10 é: vigiai para que não
queira agir na própria força. [Para não botar a mão onde não deve].
É bom lembrar que os princípios básicos da semeadura e da colheita,
continuam na Bíblia. E que a responsabilidade do livre arbítrio não foi
cancelada com a vinda de Cristo.
Muitas vezes comemos mal, não fazemos exercícios e abusamos de nosso
corpo de varias maneiras.
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Depois dizemos que estamos doentes porque é a vontade de Deus.
Não disciplinamos [corretamente] os nossos filhos, porem ficamos ofendidos
com a idéia de que somos os responsáveis pela rebeldia deles. Dt 6.6 e Pv 22.6
Não estudamos a Palavra e conseqüentemente não permanecemos em
Cristo, pedimos o que queremos e depois dizemos que Deus não atente as
orações. Jo 15.17
Ficamos ofendidos quando alguém insinua que a causa da benção não
vir pode ser pela falta de fidelidade nos dízimos e nas ofertas. Ml 3
Estou dizendo que muitos dos nossos fracassos e dificuldades acontecem por
nossa própria responsabilidade, e não porque é a vontade de Deus.
Temos um papel a desempenhar para assegurar proteção e outras
providencias celestiais.
As Escrituras estão repletas de princípios que colocam a responsabilidade
sobre nós, que devem ser aprendidos, obedecidos e praticados, para que
possamos receber as promessas de Deus.
Entretanto, é preciso compreender que isto não cancela a graça de Deus nem
promove a Salvação pelas obras.
A graça não significa a irresponsabilidade de nossa parte. Precisamos
compreender que o amor de Deus é incondicional, mas o Seu favor e benção
não são.
Deus não se agrada do assassinato, do roubo, da destruição da familiar e da
moral, e de tantas outras coisas.
Deus nunca desejou que uma pessoa fosse estuprada ou violentada, nem que
o inocente sofresse.
Se isto acontece é porque alguém está semeando algo errado. Tanto você,
[quanto eu], pode estar incluído entre esses péssimos semeadores.
Precisamos rever as nossas atitudes, a atitude da nossa igreja e da nossa
sociedade.
Aí começa a batalha, seja um guerreiro de oração e mude a situação em sua
volta.
Erga uma muralha de proteção em torno de si mesmo, de sua família, da sua
igreja, [cidade e nação] e faça do esconderijo do Altíssimo a sua habitação. Sl 91.1
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CRESCIMENTO ESPIRITUAL
Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento;
pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado 1Pe 4.1
Este é o tipo de versículo que não é muito popular. Não o encontramos em
adesivo nos carros, [afixados na porta de geladeiras, no espelho] ou em lugares
visíveis onde você constantemente esteja se lembrando e pedindo que se
cumpra em sua vida.
Também sei que dificilmente vamos encontrá-lo na caixinha de promessas,
embora ele contenha uma das mais fortes promessas do NT.
Se o que estou dizendo é verdade, fica a nítida impressão que a Igreja não
está interessada na promessa de ter a estatura de varão perfeito, [chegando a
maturidade espiritual completa].
Assim como uma pessoa pode alcançar a maturidade física e mental, ela
também [pode] alcançar a maturidade espiritual.
Começa a jornada de fé como crianças em Cristo 1Pe 2.2
e depois das fases de
adolescência e juventude se torna adulto. Ef 4.14
.
O crescimento físico acontece com o decorrer do tempo. Você nunca
encontrará uma criança de seis meses com um metro e sessenta de altura
[embora um dia possa chegar lá].
O crescimento físico não pode ser acelerado, pois é um processo. Ele cresce a
uma velocidade normal que está ligada ao tempo.
O crescimento intelectual não é uma questão só de tempo, mas também de
aprendizado.
Se uma pessoa tem trinta anos e não terminou o 1º ano do 1º grau, por certo
não compreenderá o que se ensina no 2º ano do 2º grau. Por outro lado, há
crianças de 13 anos que conseguiram terminar o 2º grau!
O crescimento espiritual, também, tem seus próprios critérios, e não é devido
ao tempo de aprendizado. [É lamentável, mas algumas pessoas continuam crianças
espirituais a vida inteira].
Algumas conhecem a Bíblia [de Genesis a Apocalipses] e sabem de cor, muitos
versículos, mas ainda são meninos na fé! O conhecimento que têm da Palavra
não significa que são adultos na pratica da fé.
Se o fato de conhecer as Escrituras fosse sinal de maturidade os fariseus
formariam o grupo mais maduro nos dias de Jesus. Eles podiam citar livros
inteiros [na ponta da língua], todavia não reconheceram que, aquele que
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expulsava demônios e curava os enfermos e ressuscitava os mortos era o Filho
de Deus.
Então, [resta esta pergunta]: Se não é o tempo e nem o aprendizado o que é que
determina o crescimento espiritual? A resposta está neste versículo [que estou
dizendo não ser popular]: Aquele que sofreu como Cristo sofreu alcançou a
maturidade espiritual.
Você pode estar pensando: “Ele está dizendo que é pelo sofrimento? Sei de
pessoas que sofreram muito na vida cristã, e se tornaram amarguradas. Isto
não é maturidade espiritual. [Ele está equivocado! Ou que doutrina é esta?]”.
E vou lhe responder que o sofrimento [em si mesmo] não provoca o crescimento
espiritual. A maturidade vem da obediência a Cristo em meio ao sofrimento. É
isto o que significa sofrer como Cristo sofreu.
Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu Hb 5.8
O sofrimento de Jesus era o resultado direto da obediência à vontade de Deus.
O fluxo do sistema do mundo está em oposição direta ao reino de Deus, por
isso quando obedecermos a Deus parece que remamos contra a maré. E
surgem as perseguições [aflição e tribulação].
É a obediência, em meio a este conflito, que resulta no crescimento espiritual.
[Vamos voltar ao texto e ler os versículos 1 e 2 juntos].
Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo
pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no
tempo que vos resta na carne, já não vivas de acordo com as paixões dos
homens, mas segundo a vontade de Deus. 1Pe 4.1,2
Este sofrimento [medido pelo padrão de Cristo] é a conseqüência da resistência à
vontade dos homens, em submissão à vontade de Deus.
Não se trata daquele tipo de sofrimento religioso que leva a pessoa a fazer
“promessa” de se ajoelhar em grãos de areia, ou procurar qualquer outro tipo
de autoflagelação [seja física ou moral].
Também não é fazer jejuns desequilibrados comprometendo a saúde e nem
fazer votos financeiros irresponsáveis que prejudicam os familiares. Jesus não
sofreu desta forma.
O sofrimento que Ele experimentou foi por ser tentado de todas as maneiras
possíveis e permanecer fiel [obediente ao Pai].
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O mais difícil nesse processo de crescimento espiritual É quando o nosso
desejo [ou o desejo daqueles que nos influenciam] vai numa direção diferente da que
Deus quer.
Quando Jesus [e os discípulos] chegaram em Cesaréia de Filipe, Ele perguntou
se sabiam quem Ele era.
Pedro, ousadamente, respondeu dizendo que Ele era o Cristo, o Filho do Deus
vivo. Jesus concordou Mt 16. 13-28
Imediatamente, depois desta declaração, Jesus lhes disse que estava indo
para Jerusalém, onde seria preso e morto, mas que ressuscitaria no 3º dia.
Pedro ficou perturbado com esta conversa e chamando Jesus à parte,
repreende-o, dizendo:
Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mt 16.22
Jesus falava da vontade de Deus, mas Pedro argumentava a vontade do
homem.
Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de
tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus e sim das dos homens. Mt 16.23
À vontade de Deus era o Calvário e a redenção do homem.
À vontade de Pedro [e dos outros discípulos] era restabelecer o reino de Israel, At
1.6 era por causa deste desejo oculto que eles seguiam o Messias, e
suportavam tantos sofrimentos.
Qual é a vontade da igreja de hoje? [Qual o seu desejo oculto?] E qual a vontade de
Deus para este momento em que estamos vivendo? [Esta resposta faz diferença].
Sabemos que os mandamentos se resumem em: Amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo.
Entretanto nos conformamos com o fato de não adorar ídolos [não servir a outros
deuses] e não fazer o mal a ninguém.
Entendemos com isso que cumprimos estes mandamentos.
Talvez esta seja a razão de o Pai continuar procurando adoradores que o
adorem em espírito e em verdade. Jo 4.23
Pedro ficou confuso quando os interesses dele foram confrontados e
contrariados; [ele não entendia o Calvário].
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Pensava: “se Jesus for morto o que será de nós, e dos nossos sonhos? Que
beneficio teremos com a morte Dele?
O medo levava Pedro a pensar nos próprios interesses, e não em fazer a
vontade de Deus. A ponto de tentar corrigir a Verdade. [Jesus é a verdade].
Pedro cedeu aos mesmos desejos egoístas que entraram em Adão e Eva no
Jardim do Éden. É a nossa vontade que se opõe a vontade de Deus.
Jesus viu neste acontecimento a oportunidade de corrigir [os discípulos]
ensinando uma poderosa verdade. E disse:
Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-
me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por
minha causa, a encontrará. Mt 16.24,25 NVI
A única maneira de seguir a Jesus é carregando a cruz, [que quer dizer], negar a
vontade e os desejos [carnais].
É esta atitude que nos habilita a seguir os passos [obedientes] de Cristo mesmo
diante do sofrimento.
Se você ainda não morreu para os desejos da carne, saiba que chegará o
momento que terá de escolher entre o conforto, [as vantagens, os prazeres] e a
vontade de Deus.
Deus [propositalmente] nos conduz a situações em que somos obrigados a
decidir entre fazer a nossa vontade ou a Dele. É a provação!
Nota: É neste momento que fica evidente quem é obreiro aprovado ou acomodado.
Finalizando, quero confessar que durante muito tempo fiquei intrigado do por
que de Deus fazer Abraão passar por um teste tão duro como pedir a vida de
seu filho [Isaque]. Gê 22
Hoje entendo [perfeitamente] e posso afirmar que não era a vida de Isaque que
Deus queria, mas a de Abraão.
Oração:
Pai, em nome de Jesus, quero agradecer-Te pelas verdades reveladas nas
Escrituras.
Quero que a Tua verdade inunde o meu coração.
Não quero apenas entender Tua verdade, quero que ela me capacite a viver a
vida que me chamaste a viver.
O OBREIRO
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Sob a Tua graça me humilho e reconheço que Jesus é mais do que meu
Salvador; Ele é também o meu Mestre e Senhor.
Concede-me a graça de viver em obediência. Quero Te servir de todo o meu
coração, corpo, alma e entendimento.
Guarda-me e fortalece-me para que eu seja encontrado puro e sem mácula
diante do trono de Cristo.
Que o Teu nome seja glorificado em minha vida, família, e igreja.
Obrigado, Senhor, por Tua fidelidade. Amém.
O OBREIRO
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IMPACIÊNCIA
Vendo o povo que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão
e lhe disse: “Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o
homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu”.
Respondeu-lhes Arão: “Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e
de suas filhas e tragam-nos a mim”. Todos tiraram os seus brincos de ouro e os
levaram a Arão. Ele os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que
modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro. Então
disseram: “Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!” Êx 32.1-4
Sendo pressionado pelo povo para fazer um deus, Arão fez um bezerro de
ouro. O porquê disto?
A Bíblia não traz nenhum indicio de que Arão fosse idolatra. Ele era o irmão
mais velho de Moisés. [Era a boca de Moisés quando voltou ao Egito após a visão de
Deus na sarça. Êx 4.17
].
A melhor resposta que encontrei foi: Quando alguém ou alguma coisa é
pressionado [apertado, aprovado] sai o que tem dentro.
Quando Moisés perguntou a Arão o que era aquilo ele disse: “O povo me pediu
para fazer um deus, e saiu esse bezerro”. Êx 32.24
Arão não conhecia Deus como Moisés conhecia. Ele só conhecia os deuses do
Egito e quando foi apertado o que saiu foi um deus egípcio.
Um dos desafios mais difíceis da vida é saber quando agir e quando esperar,
ou seja, ter autocontrole. [É agir e não apenas reagir].
A isto a Bíblia chama de domínio próprio.
Quando os fariseus e os herodianos tentavam colocar pedra de tropeço, no
ministério de Jesus, o perguntaram publicamente se era licito dar o tributo a
Cesar.
Embora Ele soubesse que a intenção deles era prejudicá-lo [usando as suas
palavras]. Porque se dissesse que era, eles o acusariam perante o povo [que
não concordava com aquele tributo]. Se Ele disse que não, eles o acusariam aos
romanos [como agitador].
Nota: Aparentemente não tinha saída. E como diz o dito popular: “Se ficar o bicho
come, se correr o bicho pega” [se orar o bicho corre].
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Jesus não se deixou dominar pela indignação daquela provocação, Ele
simplesmente assumiu a liderança da situação pedindo uma moeda e
perguntando: “De quem é esta inscrição?” E eles disseram: “De Cesar”.
Jesus, respondendo, disse-lhes: Daí a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que
é de Deus. Mc 12. 12-17
Existe uma diferença significativa entre o autocontrole e o domínio próprio. O
primeiro é o resultado de um treinamento [de uma educação disciplinadora. São boas
maneiras]. O segundo é o resultado da ação transformadora do Espírito Santo.
Quando alguém se contém para ter algum beneficio pratico não é fruto do
Espírito é conveniência. Mas, quando é por amor ao próximo é domínio próprio
[é ma característica do Espírito Santo].
Nota: Como já aprendemos. “Quem não tem domínio próprio tem um demônio
próprio”.
O povo [de Israel] tinha saído do Egito, fugindo da escravidão, em busca de
promessas feitas aos patriarcas – A terra prometida.
É importante salientar que eles só procuraram a promessa e reivindicaram a
aliança por causa da escravidão. Quando tinham privilégios o Egito era uma
maravilha. [Uma benção de Deus. Um livramento da seca e da fome]. Ninguém
pensava em ir para Canaã.
A espera na escravidão era dura, [debaixo de muitos sofrimentos], então eles
clamaram a Deus, e Deus ouviu o clamor
Então disse o Senhor: De fato tenho visto a aflição do meu povo, que está no Egito, e
tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus opressores, e conheço os seus
sofrimentos. Êx 3.7
Quando tudo está correndo bem temos a tendência de esquecer-se de Deus.
Alguns se relacionam com Deus como se relacionam com o pneu de socorro.
Só lembram quando precisam. [aí o pneu tem que estar pronto para ser usado].
Quando não vemos alternativas e reconhecemos que com as nossas forças não
conseguiremos resolver a situação então nos voltamos para Deus reivindicando as
suas promessas [alguns fazem promessa outros fazem votos ou jejum].
Lembram que só o Senhor é Deus. Parece esquisito, mas quem age assim
reencontram o Caminho.
Para o mundo parece cinismo, mas é o arrependimento genuíno [a mudança na maneira
de pensar e conseqüentemente a mudança de valores, atitudes e comportamento]. É
conseqüência de uma alma quebrantada que libera o espírito para uma comunhão
mais profunda com o Senhor.
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O pior acontece é aqueles que endurecem o coração por orgulho ou medo do
ridículo, e com o coração endurecido blasfemam, murmuram, ou procuram
motivos para se justificarem.
Estes motivos normalmente estão em intenções nunca em ações.
Nota: Engano é fazer o errado pensando que é o certo. Fazer o errado sabendo que é
errado não é engano é opção.
Deus sempre ouve o nosso clamor. Deus sempre tem um plano alternativo
para os que falham. Deus sempre está no comando. Deus sempre decide pelo
melhor para nós.
Quando o nosso pedido não está alinhado com os Seus planos, Ele exige
concerto.
Quando o nosso pedido está fora do Seu tempo, Ele diz: espere.
Quando não estamos preparados para receber, Ele diz: cresça [amadureça].
Quando estamos alinhados, é o Seu tempo, e estamos preparados, Ele diz:
siga que Eu estou contigo.
Nota: O povo estava alinhado, tinha cumprido todas as orientações da páscoa e
seguido em frente confiante que Deus estava com ele. Simplesmente mediante a
ordem: “Diga ao povo que marche”.
Todos [nós] desprezamos a falta de coragem e a precipitação. Assim como
condenamos aqueles que, tomam as coisas em suas próprias mãos e agem
sem a direção do Senhor.
Sabemos que o segredo é descobrir como agir no horário do Senhor, com o
poder Dele e sob a direção dele.
E, para isso, é preciso esperar por Ele, o que o imprudente acha muito difícil.
No terceiro mês da saída do Egito Deus falou com o povo através de Moisés e
revelou os Seus planos:
Vistes o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a
mim.
Agora, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, sereis
a minha propriedade peculiar dentre todos os povos. Embora toda a terra seja minha.
Vós me sereis reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos
filhos de Israel. Êx 19.4-6
Então o povo disse:
Tudo o que o Senhor falou faremos. vv 8b
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O Senhor [prudentemente] mandou que todo o povo se consagrasse porque no
terceiro dia Ele desceria a vista dele. vv 10.
Nota: Consagração é purificação. É limpeza espiritual. É priorizar o espírito. É
santificar-se.
Quando chegou o momento, do confronto, a Bíblia diz que eles duvidaram e
desconfiados disseram a Moisés:
Fala tu conosco, e ouviremos. Mas não fale Deus conosco, para que não morramos.
Respondeu Moisés ao povo: Não temais. Deus veio para vos provar... Êx 20.19-21
Nota: Deus prova o Seu povo. Tiago disse: “Tende por motivo de grande alegria o
passar por prova”. Tg 1.2
Todos precisam, naquele Dia, apresentar-se como obreiro provado e aprovado.
Como você pode apresentar-se aprovado se nunca passou por prova?
O povo recusou o plano de Deus, e Arão, [com toda descendência de Levi], formou o
corpo sacerdotal, que ficaria entre Deus e o homem.
Que tristeza! O povo recusava ter uma comunhão pessoal com Deus, preferia
falar com Ele através de um intermediário. O véu [do santíssimo lugar representava
esta separação].
Nunca permita ninguém [ou alguma coisa] entre você e Deus. Lembre: Só há um
mediador entre Deus e o homem, Jesus Cristo homem. 1Tm 2.5
O véu foi rasgado e podemos entrar na sala do trono. Jesus é o Caminho, a
adoração é o veículo [e a obediência é a melhor forma de adoração], a fé é o
combustível que põe em movimento o veículo.
Você pode perguntar: E o pastor? [Os missionários e as lideranças espirituais?]. A
melhor resposta a essa pergunta é:
Eles foram constituídos para lhe servirem, ajudando a fazer o concerto
necessário para se alinhar com os Planos de Deus.
Apoiando enquanto [você] espera o tempo de Deus e edificando com
ensinamento e testemunho, [e também corrigindo].
Nota: Qualquer pessoa ou coisa [até mesmo doutrina ou filosofia] que fique entre você e
Deus é um bezerro de ouro. É idolatria.
Moisés voltou ao monte Sinai e depois de quarenta dias o povo ficou cansado
de esperar e murmurou: “O que estamos esperando. Moisés passa o tempo
todo orando onde ninguém pode ver. Estamos cansados de esperar”.
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Argumentaram: As outras nações têm deuses aos quais podem ver e tocar, o
nosso Deus é um poder invisível.
Queremos um deus que viva em nosso meio, vá adiante de nós e nos conduza
ao nosso destino quando o desejarmos [em outras palavras, queremos estar no
comando].
Nota: Isto lembra a história do gênio da lâmpada. Eles queriam um deus que os
obedecesse realizando os seus desejos [num estalar de dedos].
Se você está entre os que procuram um deus assim, [como o gênio da lâmpada ou a
fada madrinha com a vara de condão], saiba que isto só existe em ficção. [Isto é
simplesmente uma mentira apresentada com outro nome].
Você pode argumentar: É ficção infantil. [Então é mentira infantil]. Que é colocada
dentro da criança e quando envelhecer continuará com ela.
Nota: Toda mentira procede do maligno, pois ele é o pai da mentira. Jo 8.44
É com está mentalidade [de deuses de facilidades] que muitos se tornam
“sacerdotes do vil metal” elegendo o dinheiro como o seu deus.
Nota: A impaciência é a filha ilegítima da falta de fé e da teimosia.
Nós [como expectadores] achamos absurdo o comportamento deste povo, não é
verdade?
Talvez alguém diga: “Se Deus falasse comigo eu agiria diferente!”
Entretanto, Deus tem falado e continua falando. O que tem faltado é
discernimento e obediência [de nossa parte].
Tudo o que fazemos, sem esperar pela direção divina transforma-se em
bezerro de ouro.
Quando a nossa confiança está no negócio e agimos como se dele
dependesse tudo, estamos construindo o nosso ídolo.
O povo de Israel em sua impaciência esqueceu-se de tudo o que Deus tinha
feito.
O mesmo é verdadeiro ao nosso respeito.
Passamos por alto o fato de que Deus tem, prontamente, satisfeito nossas
necessidades e, graciosamente, negado aqueles desejos que só nos
prejudicariam.
Deus não muda. Ml 3.6 E conseqüentemente os Seus planos e propósitos continuam os
mesmos.
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A figura do sacerdote [e dos ritos religiosos], é muito forte, no VT, e praticamente
desapareceram no NT, porque [o NT] revela Jesus como o único e legitimo Sacerdote,
e nós [como Corpo de Cristo] somos nEle corpo sacerdotal.
Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as
murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite
racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; se é que já provastes
que o SENHOR é benigno; e, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na
verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como
pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer
sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. 1Pe 2.1-
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido,
para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora é povo de
Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia. 1Pe 2.9,10
Todo aquele que participa da Ceia do Senhor crendo que Jesus é o Filho de
Deus. Recordando e aceitando que Ele morreu [morte de cruz] por causa dos
nossos pecados, [mas, ressuscitou] faz parte do Corpo de Cristo, porque o Pai o
adotou.
Viva com esta convicção: Não sou órfão! O Senhor me adotou, por isso estou
cheio de alegria.
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RELACIONAMENTO COM O PAI
Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para obedecer como
escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que
leva a morte, ou da obediência que leva a justiça? Rm 6.16 NVI
As Escrituras nos ensinam que o homem é formado por dois elementos um
natural [terra – estrutura física] e outro celestial [sopro de Deus – vida].Gê 2.7
E que cada pessoa é trina [espírito, alma e corpo]. 1Ts 5.23
Deus fez o homem para ser governado pelo espírito, mas após a queda ele
passou a ser governado pela carne, embora o poder de decisão resida na
alma. [É o que chamamos de vontade].
É disto que nos fala o texto: “Aquele a quem você obedecer, [aquele que dominar
a sua vontade], este será senhor da sua vida”.
Quando o homem adquiriu o conhecimento do bem e do mal pensou que tinha
conquistando a independência. Não sabia que estava se tornando escravo da
carne, e que está seria uma porta aberta para Satanás manipular, e ser
entronizado.
Nota: Sempre que alteramos o Plano de Deus, Satanás se aproveita. [É o que acontece
com muitas famílias, quando a mulher assume a cabeça do lar], abre portas para
Satanás manipular e se entronizar.
A vontade é fortemente influenciada pelos pensamentos, raciocínios e
emoções.
E estes, [pensamentos, raciocínios e emoções] são o resultado das informações
que recebemos. É por isso que o nosso desejo [e conseqüentemente as nossas
decisões] são influenciados pelo meio ambiente.
Aí vem aquela velha questão: O homem faz o ambiente ou ele é produto do
ambiente.
As duas colocações são verdadeiras: Tanto o homem pode, [e está
constantemente], mudando o ambiente, como ele é produto do ambiente.
A minha motivação, não é a polemica, mas a diferença [básica] entre o ambiente
carnal e o espiritual, e a nossa responsabilidade na formação do ambiente, [seja
no lar, no trabalho, na igreja – Ou onde estivermos].
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Embora algumas pessoas estejam acomodadas [indiferentes], ou totalmente
absorvidas pelo ambiente.
Nota: O despertar [para elas] é um problema, porque representa uma mudança de
comportamento e de atitude, e elas não querem mudar.
É cômodo permanecerem onde estão procurando se esconder na sombra de
outras “verdades”. Não percebem, mas estão dominadas [pelo ambiente].
Um bom exemplo é a pessoa que repete constantemente que “a nossa luta não
é contra carne e sangue, mas contra os principados, as potestades e as forças
espirituais do mal” Ef 6.12
Ela ora e guerreia contra os conflitos, e dificuldades dos relacionamentos, mas
não muda a postura perante esses relacionamentos.
Nota: Procura fazer o ambiente correto no mundo espiritual, mas aqui, [no dia a dia],
continua manipuladora, mesquinha, murmuradora, fofoqueira, intransigente,
egoísta, ciumenta e dona da verdade.
Embora insista [e persevere], na luta espiritual ignora o posicionamento [pessoal]
no mundo natural.
Quer que o anjo venha fazer o que ela deve fazer. Ele não vem!
Esta é a parte dela, e para que o anjo faça a parte dele, é preciso ela fazer a
dela.
Nota: Ele pode até vir, mas será para tratar com ela.
Não esqueça [meu irmão] o crente é você, e é de você que se espera mudança!
Algumas vezes não temos que enfrentar Satanás, mas, precisamos enfrentar
os ressentimentos, e o sentimento de justiça própria.
Quantas vezes somos vencidos por esses inimigos e agimos como se nada
estivesse acontecendo.
Nota: Engano é fazer o errado pensando que é o certo. Fazer o errado sabendo que é
errado não é engano é opção.
Realmente tudo fica difícil, quando a razão nos impede de fazer o que é certo,
e nos tornamos escravos da carne, que gera esses sentimentos.
É preciso negar [as forças espirituais da maldade] o acesso a nossa vida. É
preciso fechar a porta [na cara] do diabo.
Nos relacionamentos existe um processo onde influenciamos e somos
influenciados.
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A questão é: em que estamos influenciando e no que estamos sendo
influenciado [existe uma exceção. É a TV; você não influencia desliga].
No cinema, [teatro e nas rodas de escarnecedores], você levanta e sai. Esta
atitude [quando pacifica] pode influenciar bastante.
A palavra é espírito Jo 6.63 e que ela é um importante veículo para a formação do
ambiente, mas também podemos influenciar com atitudes.
Tanto a carne pode predominar sobre o espírito, como o espírito pode
predominar sobre a carne.
E você terá um ambiente conforme aquele que esteja predominando. [Se a
carne: carnal. Se o espírito: espiritual].
Deus deseja que sejamos espirituais, Satanás deseja que sejamos carnais.
Quem está predominando em sua vida? O espírito ou a carne? [Deus ou
Satanás?]. Para quem você está se inclinando?
A resposta a esta pergunta nos dará o indicador, de quem nos está
influenciando, ou ainda, a quem estamos servindo.
Outro indicador importante é o linguajar; porque a “boca fala do que há em
abundancia no coração” Mt 12.34
Cada reino tem uma linguagem própria que reflete o caráter do seu rei.
A linguagem do reino da luz é a intercessão e a linguagem do reino das travas é a
acusação.
Interceder é se colocar no lugar de alguém para pedir por ele, [para defendê-lo].
Foi isso que Jesus fez e ainda faz por nós. (Hb 7.25
Jesus sendo como Deus se fez como homem. Fp 2.5-8 Ele se colocou no nosso
lugar.
Jesus se fez o nosso próximo e por isso é o nosso irmão.
Satanás é aquele que nos acusa de dia e de noite. Ap 12.10
É importante lembrar que a murmuração é a forma mais sutil de acusação,
[portanto é a preferida pelo acusador].
A boca do tolo é a sua própria destruição e os seus lábios um laço para sua alma. Pv
18.7
Nota: Creio que [hoje] o que causaria maior impacto [nas igrejas] seria a transformação
da critica em intercessão.
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Já falamos do ambiente espiritual no nosso circulo de influencia [casa, trabalho e Igreja],
agora vamos abordar este procedimento num dos momentos mais importantes do
crente: Na oração.
Alguém pode estar pensando que o momento de oração jamais será carnal –
triste engano é neste momento que o inimigo joga suas mais importantes
cartas [uma comunicação defeituosa tem muito do que ele quer].
Se não criarmos um ambiente espiritual para as nossas orações, vamos levar para
Deus propostas carnais, que refletem o governo da carne em nossa vontade. [A carne
governando os propósitos e motivações].
Alguns só conseguem ver Deus como um juiz. E por isso fazem [da oração] uma
petição, [respeitosa, cheia de formalidade e legalidade], atendendo a todos os
conformes, mas que se limita ao interesse da carne.
Essas pessoas só conseguem ter um relacionamento com Deus formal.
Entendem que a formalidade é respeito e se escandalizam se ouvirem uma
oração sendo feita de outra forma.
Elas se recusam a participarem de um ambiente de intimidade com Deus.
Quantas vezes ouvimos as pessoas dizerem: Eu só queria a justiça de Deus.
Estão cegas, elas terão a justiça de Deus, mas em tudo e não somente naquele
assunto especifico [que provavelmente ela se sente com razão].
Amados, eu clamo, [vou continuar clamando] e aconselho a vocês a clamarem é
pela misericórdia de Deus.
Dessa eu preciso! [Da misericórdia todos precisam]. Ninguém deseja justiça em
relação aos seus pecados, o que deseja é perdão, [misericórdia e graça].
Isso é pacifico, para nós e para o nosso próximo. Pv 16.18
Somos salvos é pela graça e precisamos de toda a graça para vencermos
nessa vida.
Se você quiser receber graça é melhor começar a semear misericórdia. Cada
um colhe aquilo que planta.
Outros conseguem ver Deus como Pai [e merece ouvir glórias por isso].
O filho quando procura o pai ele não está confiante na petição [na forma como foi
fundamentada], mas no relacionamento paternal.
A segurança dele não está no argumento, está no relacionamento.
Ele não espera um julgamento ou uma deliberação [um deferimento] ele está
envolvido em algo mais profundo como: compreensão, aceitação e amor.
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Na [nossa] sociedade, quando alguém tem misericórdia do semelhante
dizemos: “Ele foi um pai!”
Estamos querendo dizer: Neste relacionamento não prevaleceu o direito [ou a
lei do mercado], o que prevaleceu foi o sentimento fraternal de compreensão, [de
aceitação e de amor].
Todos conhecem o relacionamento de pai e filho.
Como é que o filho consegue fazer o pai mudar de idéia sobre determinado
assunto? É com argumento? Eu diria que poucas vezes [sobretudo a criança].
A verdade é que o argumento é choro, lamentação e insistência. Porque a
recompensa para o pai é o sorriso de satisfação do filho.
Um pai não pode ver um filho chorar por causa de uma necessidade [Sobretudo
se esse filho for um adulto], ele chora mais que o filho e está disposto a mover
montanhas para transformar aquele choro em sorriso.
Deus transforma o nosso pranto em alegria.
Talvez seja por isso que Jesus nos ensina a iniciar a oração lembrando de
nosso relacionamento paternal.
Vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus. Mt 6.9
O pai fica relutante, [apreensivo e decepcionado], é quando o filho se apresenta
todo auto-suficiente, [independente, rebelde, teimoso e desobediente].
O Senhor Jesus, nos deixou um modelo eficaz de oração, para praticarmos a
linguagem do reino de Deus, [formando um ambiente adequado ao momento].
Creio que todos devem se beneficiar do uso da oração que o Senhor Jesus nos
ensinou como partida e elo, [e nunca como algo que decoramos e recitamos]. Mt 6.9-15
Jesus disse: Ore assim, Ele não disse repita essa oração.
Portanto devemos considerar o Pai nosso [como é conhecida] como um meio de
organizar e enfocar nossas orações.
Começamos com a palavra Pai nosso, [que alguns desconheceriam se fosse dito:
nosso Pai].
É uma boa forma de intercessão quando oramos assim: “Senhor, assim como
és meu Pai também és de fulano de cicrano ou beltrano”.
Mostra-me como posso ser útil para ele diante de [e vamos citando o que está
acontecendo].
Ou, então, me mostra como despertar a Igreja adormecida.
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Ou como conquistar a comunidade alvo, afim de que todos nós possamos
obedecer ao Teu mandamento para cuidar de nossos irmãos e irmãs tão
isolados, e assim por diante.
Desta forma teremos um ambiente espiritual para as nossas orações, e
estaremos intercedendo de uma forma que agrada a Deus, [porque Ele gosta de
ser o nosso Pai].
Que Deus os abençoe com bênçãos de sabedoria, conhecimento e
entendimento, para que saibam o que são e o que têm em Cristo Jesus.
Amem.
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ESCOLHAS
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm: todas as coisas
me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.1Co 6.12
O apóstolo Paulo demonstra (com muita sabedoria) que pecado não é
(simplesmente) uma lista ou uma relação [legalista] de “não podes” (“não deves,” “não
faças” e “não tenhas”).
Mas, que o pecado pode ser definido a partir do nosso relacionamento com os
nossos sentimentos e desejos, juntamente com o efeito colateral disto, ou seja,
quem governa quem.
Ele aborda esta questão de forma muito clara, dizendo: Todas as coisas me
são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.
Partindo deste principio, pecado é o resultado de falharmos diante deste
conflito: dominamos os nossos desejos e sentimentos ou somos dominados por
eles?
Deus não nos criou desmedidamente dotados de desejos e sentimentos. Ele
nos fez à sua imagem e semelhança como seres morais e responsáveis por
nossas atitudes e comportamentos.
Nossas escolhas, fatalmente, vão determinar o nosso caráter e destino.
Conclui-se (facilmente), a importância de algo que possa controlar e manter esta
potencialidade de desejos, apetites e sentimentos fora de uma zona de risco,
ou seja, para todos os desejos são necessários limites.
O livre arbítrio existe e cada um é responsável pelas escolhas que faz. Por isso
é importante conhecer, estabelecer e respeitar limites.
O amor é expresso pelo equilíbrio da afeição e limites.
Afeição sem limites é sensualidade e limites sem afeição é legalismo.
Estes limites são definidos através de normas de procedimento que chamamos
de leis, as quais, na motivação divina, não possuem um caráter negativo e
punitivo, mas defensivo e protetor.
A lei, quando obedecida, tem a capacidade de salvaguardar nossas vidas,
direitos e relacionamentos em todos os níveis.
Obediência à lei significa amor à vida.
Quando não há limites para os desejos, não há dimensão para o mal e a
justiça.
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Deus colocou no homem três desejos básicos: o desejo de ter prazer nas
coisas, obter coisas e realizar coisas.
Todos os homens e mulheres são tentados de alguma forma pelo menos em
um desses desejos. Eva foi tentada nos três.
Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer. agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento, tomou do fruto, e comeu, e deu também ao seu
marido, e ele comeu com ela. Gê 3.6
Se fizermos um paralelo deste acontecimento no Éden, com as advertências da
primeira Epístola de João, entenderemos melhor este assunto.
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos
olhos e a soberba da vida, não são do Pai, mas do mundo. 1Jo 2.16
1º - Concupiscência da carne. É expresso nas palavras: vendo a mulher que a
árvore era boa para se comer. Gê 3.6
Diz respeito ao desejo de obter satisfação.
E ter satisfação é um desejo legítimo dado por Deus, pois tem a ver com as
nossas necessidades como ser humano. Ex.: apetite alimentar, sono, prazer
sexual, aceitação (que é conforto emocional), etc.
A tentação reside numa instigação (numa provocação) feita ao homem, para que
ultrapasse os limites estabelecidos pela palavra de Deus.
O resultado seria glutonaria, bebedeira, preguiça, fornicação, lascívia,
manipulação, etc. Aqui se aplica o conceito de carnalidade.
Quando Satanás tentou Jesus, incitou-o (desafiou-o) a colocar o desejo acima da
Palavra de Deus.
Se és o filho de Deus, dize a estas pedras que se transformem em pão.Lc 4.3
Jesus resistiu à tentação deixando bem claro que Ele não era governado por
este desejo (ou apetite), antes sim, pela Palavra que procede da boca de Deus.
Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.Lc 4.4
2º Concupiscência dos olhos. É apresentado nas palavras: agradável aos
olhos.
Este é outro desejo legítimo concedido por Deus de se adquirir coisas.
O desejo de aquisição relacionado com necessidades do nosso corpo é
legítimo.
Existe um toque muito forte de realização neste desejo.
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Podemos querer ter coisas, mas não devemos querer nada além dos limites
estabelecidos por Deus.
Só na vontade de Deus, vamos experimentar o que verdadeiramente é bom,
perfeito e agradável. Rm 12.2
Quando queremos muito determinada coisa, despertamos uma ambição
desenfreada, que pode ser destrutiva.
E este desejo pode crescer tanto a ponto de nos dominar através da inveja,
ciúme, roubo, homicídio, etc.
Jesus foi tentado neste desejo. Satanás mostrou-lhe todos os reinos do mundo,
e disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Mt 4.8-10
O diabo estava oferecendo a Jesus uma maneira fácil de atingir seus objetivos.
Na verdade, ele estava tentando tirar Jesus do caminho da cruz.
Esta proposta mostra como o desejo de obter coisas está ligado a nossa vida
de adoração.
Nota: Satanás tem uma capacidade impressionante de se camuflar. Ele até conseguiu
entrar na igreja com o nome de “uma benção”.
Os irmãos dizem: eu vou à igreja buscar uma benção financeira. O ouro, a
prata, o dinheiro passam a ser chamados de uma “benção financeira”.
Mas esta “uma benção” se apresenta de diferentes formas (saúde,
relacionamentos, etc.) e as pessoas terminam indo a igreja buscar “uma benção” e
não a comunhão e a adoração ao doador da benção.
Nota: Deus colocou em cada um de nós o desejo de adquirir coisas, portanto, este
desejo é legítimo quando relacionado a atender às nossas necessidades.
É um desejo de realização, mas não haverá realização verdadeira (genuína)
afastada de Deus.
Jesus não negociou com a prioridade de ser um verdadeiro adorador. Ele
repeliu o diabo juntamente com sua “generosa” oferta, dizendo:
Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele servirás.Mt 4.10
3º - Soberba da vida: Expresso nas seguintes palavras: É árvore desejável
para dar entendimento.
O desejo de saber e fazer é mais um desejo legítimo, concedido por Deus ao
homem.
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É importante querermos realizar alguma coisa (ser alguém, ter criatividade). Mas,
para isso, também precisamos nos afirmar com a palavra de Deus.
A tentação reside no fato de abandonarmos os planos de Deus e agirmos por
conta própria.
Alguns pecados nesta área seriam: auto-afirmação, orgulho, superioridade,
inferioridade, competição, justiça própria, etc.
Por mais estranho que pareça, é muito comum, vermos pessoas fazendo a
obra de Deus sem Deus.
Pessoas que colocam a identidade nos seus conhecimentos e se fecham para
aprender e crescer no Corpo.
Jesus também foi tentado nesse desejo.
Satanás levou-O ao mais alto pináculo do templo e O provocou a impressionar
as autoridades religiosas e convencê-las de Seus poderes sobrenaturais,
(atuando como super-herói), em busca da aceitação.
A fama não deve ser uma causa, mas uma conseqüência nas nossas vidas.
Se você se apresentar aprovado diante de Deus, o próprio Deus é quem vai lhe
apresentar aprovado diante das pessoas.
Temos que tomar muito cuidado com relação à motivação de usar os dons e
ministérios que Deus nos tem dado.
Podemos ser tentados a agradar aos homens, usando os dons e manipulando
para isso.
Alguns tentam a Deus com orações, sutilmente, dirigidas por esse propósito.
A motivação que prevalecia em Jesus era de agradar ao Pai, por isto Ele
novamente resistiu à tentação, estabelecendo como prioridade o mandamento:
Não tentarás o Senhor teu Deus. Lc 4.12.
É importante observarmos que quando Satanás citou as Escrituras dizendo:
Porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem. E que te
sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
Lc 4.10,11.
Deixou de mencionar uma frase muito significativa : para que te guardem em
todos os teus caminhos. Sl 91.11 Ou seja, manipulou a Palavra visando seus
propósitos.
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Amados, se quisermos uma vida espiritual vitoriosa, precisamos nos disciplinar
em relação às insistentes pressões que nossos desejos fazem sobre nós no
sentido de nos levar ao desequilíbrio.
Onde não há equilíbrio, existem extremos e estes nos colocam à beira de
abismos.
Porém, onde existe domínio próprio, existe equilíbrio, respeito e santidade.
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FÉ & FIDELIDADE
Então lhes disse claramente: “Lazaro morreu, e para o bem de vocês estou contente
por não ter estado lá, para que vocês creiam. Mas, vamos até lá.
Então Tomé, chamado Dídimo, disse aos outros discípulos: Vamos nós também para
morrer com ele. Jo 11.14-16
Escolhi este texto porque pretendo falar sobre as diferenças entre a fidelidade
e a fé (o entusiasmo e o discernimento. A confiança e o temor).
Eles estavam em Cesaréa de Filipe, quando souberam que Lázaro adoecera,
em Betânia, na Judéia, e era uma longa distância para ser percorrida andando.
Lázaro é citado várias vezes como amigo de Jesus. Sua irmã Maria ungiu os
pés de Jesus com bálsamo e os enxugou com os cabelos.
Jesus reagiu a notícia da doença de Lazaro dizendo: “Alegro-me que lá não
estivesse”.
Fico pensando como deve ter soado esta confissão nos ouvidos dos discípulos.
Provavelmente, alguém deve ter pensado: “Mui amigo!” “Com que facilidade
são quebrados os laços de amizade diante de uma dificuldade.”
Nota: Neste caso, a dificuldade era a intenção dos líderes religiosos de Jerusalém de
prendê-los e como Betânia fica a poucos quilômetros de Jerusalém, o risco seria
grande.
Uma dedução precipitada encontrará justificativas para a atitude de Jesus na
segurança, na prudência ou até mesmo na covardia.
A maioria dos discípulos] deve ter pensado: “Se estivéssemos lá seríamos
constrangidos a visitar Lázaro e os judeus nos pegariam.”
Ninguém protestou pelos dois dias que ficaram naquele lugar. Provavelmente,
estavam pensando: “O Mestre é prudente, Ele está nos protegendo.”
Perceber o que realmente está acontecendo em nossa volta, não é fácil.
Temos a tendência de acreditar naquilo que nos é conveniente e de desconfiar
das intenções dos outros.
Certos pensamentos trazem descanso por um tempo e conforto temporário,
embora estejam distantes da realidade.
Mesmo quando você pensa que sabe o que está pensando pode ser
surpreendido por uma realidade diferente.
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Muitos dentro da Igreja têm lutado contra o Plano de Deus. Querem ser fieis a
Ele, mas só conseguem ser fieis aos próprios conceitos.
Precisamos do Ajudador.
Quando Jesus disse: Vamos a Betânia, Lázaro precisa de mim. Eles devem ter
ficado confusos.
Será que esta decisão é certa? O que acontecerá? Betânia fica a apenas três
quilômetros de Jerusalém, eles vão nos apedrejar Jo 10.31
Então Tomé num ímpeto de coragem e de fidelidade disse: Vamos nós também
para morrer com Ele.
Esta atitude de Tomé demonstra duas coisas importantes:
1) Os discípulos não estavam dispostos a irem a Jerusalém (provavelmente
pensavam em perigo de prisão ou de morte), embora não dissessem abertamente.
O texto diz: Tomé disse aos outros discípulos. Quais discípulos?
João era muito discreto, mas dá a entender que a dúvida era generalizada e que a proposta (feita por Tomé, mesmo sendo dramática) foi decisiva.
2) Embora a fidelidade de Tomé fosse indiscutível, a fé não existia, ou seja, fé é uma coisa e a fidelidade é outra bem diferente.
Nota: Vamos nós também para morrer com ele. Estas palavras tanto demonstram a
fidelidade como a falta de fé.
Tomé era fiel, mas tinha uma fé duvidosa.
A falta de fé de Tomé ficou evidente, quando ele soube que Jesus tinha
ressuscitado e disse:
Se eu não vir as marcas dos pregos nas mãos, não colocar o meu dedo onde
estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei. Jo 20.25
Quantos “Tomés” existem na Igreja?
Quantos são fiéis, mas põem restrições e estabelecem condições.
Gostamos de falar da fé de Tomé como “fé de vê para crer”, mas os outros
discípulos agiram diferente?
Onde eles estavam na aparição de Jesus? Trancados numa sala com medo.
O medo não permitia que eles entendessem o que o Mestre tinha dito.
Pensavam que tudo estava acabado e que provavelmente eles também seriam
perseguidos.
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Medo não combina com fé. [lembrar o conto da travessia a barco, quando surge uma tempestade e enquanto o barco jogava, perigosamente, a água agitada assustando a
todos, uma criança brincava tranquilamente. E quando alguém perguntou se ele não tinha medo, respondeu: “Meu pai está no leme”].
Isto é confiar! (Meu pai é o comandante). Ele sabe o que faz.
Deus não apenas criou todas as coisas. Ele tem o controle de cada uma delas.
Ele está no comando do barco.
A verdade é que o medo prevalecia em todos os discípulos e eles trancaram-se
dentro de casa. Confiavam mais na segurança de uma porta de madeira do
que nas promessas do Senhor.
Jesus surpreendeu os discípulos trancados (reféns do medo e do desanimo).
Mesmo a afirmação de Maria Madalena de que Jesus ressuscitara (assim como
Ele dissera), parece que não ter feito diferença para eles.
Afinal, por que o Mestre apareceria primeiro a uma mulher? O machismo
judaico era um forte paradigma.
Eles não entendiam que a fidelidade daquela mulher estava sustentada no
amor e na fé.
Deus procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade e não em
conversa de lealdade.
A Deus ninguém engana. Ele não tira conclusões precipitadas e nunca erra!
Por que eles ficaram surpresos? O mestre havia dito que viria. Ele havia
prometido que voltaria.
A surpresa era a incredulidade. Não apenas de Tomé, mas de todos.
Tomé, mesmo com sua indiscutível fidelidade, estabeleceu regras. Deus não
tem forma e ninguém pode dar forma a Deus. Foram dias de angustia e
dúvidas, mas quando Jesus se revelou ele se quebrantou arrependido.
Nem mesmo as dúvidas podem fazer com que Cristo deixe de nos amar.
Não sei o que falta para lhe convencer, mas a Tomé, Jesus disse:
Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque do meu
lado. Pare de duvidar e creia. Jo 20.27
Jesus continua dizendo a Sua Igreja: “Não seja incrédulo, mas crente”.
Aquilo que O Senhor lhe prometeu fará, mas antes vai lhe preparar para
receber.
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Para Tomé foram oito dias. E para você, quantos serão?
Voltando ao texto. Quando eles chegaram a Betânia, Lázaro já estava morto há
quatro dias e já tinha sido sepultado.
Marta (uma das irmãs de Lázaro) disse à Jesus:
Senhor se estivesse aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora,
Deus te dará tudo o que pedires. Jo 11.21,22
Indiscutivelmente estas são palavras de fé. Se estivesse aqui meu irmão não
teria morrido.
Mesmo não estando aqui quando precisamos, sei que Deus Te dará tudo o que
pedires. Minha fé é inabalável e ponto final.
E Jesus respondeu a altura daquela fé dizendo:
O seu irmão vai ressuscitar. Jo 11.23
Então, marta consultou o seu caderninho de teologia e disse:
Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia. Jo 11.24
Disse-lhe Jesus:
Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e
quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso? Jo 11.25 e 26
Ela lhe respondeu:
Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao
mundo. Jo 11.27
Não somos diferentes de Marta. Cremos no Jesus histórico que foi crucificado
e morreu por nós.
Cremos no Jesus escatológico que virá, mas nos recusamos a crer no Jesus
vivo e de hoje, que nos ouve e que nos atende.
Para Marta, assim como para os outros, Lázaro não podia ressuscitar porque
ele já tinha morrido há quatro dias e para os judeus depois do terceiro dia o
espírito saía do corpo e não tinha mais jeito.
Nota: Nenhum homem de Deus (no VT ou no NT) ressuscitou alguém que já tivesse mais de três
dias de morto.
Precisamos crer no Jesus vivo que está aqui e agora e que pode trazer à
existência o que não existe.
Não existe saúde? Ele é o médico dos médicos;
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Não existe paz? Ele é o Príncipe da paz;
Você está perdido, não sabe o que fazer nem para onde ir? Ele é o caminho, a verdade e a vida.
O texto diz que Jesus foi até o túmulo de Lázaro e chorou.
Creio que Ele chorou porque pensava: “Por causa desses incrédulos vou tirar o
meu amigo Lázaro do seu descanso e trazê-lo de volta para esta vidinha”.
E chamou: Lázaro venha para fora!
Termino lembrando o que Jesus disse: “Se você crer, verá a glória de Deus”
Jo 11.40
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FUNDAMENTOS
O mesmo Deus de paz vos santifique completamente, e todo o vosso espírito, alma e
corpo, sejam conservados irrepreensíveis para a inda de nosso Senhor Jesus Cristo.
.
1Ts 5.23
Deus está interessado no homem total. espírito, alma e corpo. Não somente no
espírito e na alma como alguns ensinam.
O pecado, operando na carne, é um inimigo sutil, porém, mortal, que reside
ilegalmente dentro de nós.
O Senhor nos deu, através do profeta Amós, um quadro muito claro da
operação do pecado na carne.
Como se um homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o urso; ou
como se, entrando em casa, encostando a mão à parede, fosse mordido de uma
cobra. Am 5.19
O pecado é como uma serpente venenosa que reside secretamente na alma e
a contamina.
Não é muito difícil imaginar o estado emocional de um homem ameaçado por
um leão. Ele quase não raciocina, apenas reage com todas as forças. O
instinto de sobrevivência conduz as suas ações.
Ele corre, pula obstáculos, grita por socorro, e finalmente, quando escapa do
leão e tenta recuperar o fôlego, pensando que vai ter um pouco de descanso,
surge um urso e começa uma nova perseguição.
Imagine o desespero desse homem? Ele não tem tempo de pensar,
simplesmente foge.
Finalmente, ele consegue despistar o urso e escapar. Decide voltar para casa e
descansar. Quando o homem se senta para relaxar, uma cobra sai de uma
fenda da parede, e morde a mão dele.
Muitas vezes, nos sentimos como este homem; em todas as direções há
alguém ou alguma coisa que se prepara para nos atacar.
Os leões podem ser representados por cobranças de dívidas como: IR, cartões
de crédito, cheque especial, prestações (casa própria, consorcio, crediário, etc.),
colégio.
Podem ser o chefe (sócio, companheiro de trabalho ou subordinado), pode ser o
desemprego, o cônjuge, a família ou um filho. E também pode ser um
compromisso em que você empenhou a palavra.
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Nota: Somos oprimidos pela tirania da urgência, do prazo e do resultado.
Os ursos podem ser representados pela saúde, por acidentes, por
relacionamentos (decepções e frustrações). São pessoas ou circunstancias que
colocam uma pressão destrutiva sobre nós.
Os leões e ursos são os problemas externos que roubam a alegria e paz.
Algumas vezes, parece que assim que você escapa de um problema, outro
imediatamente se levanta para atormentá-lo.
São problemas visíveis que ocupam o seu tempo e gastam a sua energia.
Porém, a serpente está escondida nas paredes do seu coração. Ela não é
externa nem visível, sem a revelação de Deus.
Normalmente, achamos que esses problemas foram ocasionados por outras
pessoas. Pensamos que eles vêm sobre nós devido às circunstâncias que
estão além do nosso controle [e que são devido ao erro dos outros].
Nota: Para alguns o único conforto é encontrar culpados.
É a carne agindo em detrimento do Espírito. Entretanto, com freqüência, as
circunstâncias e os relacionamentos negativos ocorrem devido ao pecado que
se alojou na nossa alma.
O pecado é a serpente escondida nas paredes do nosso coração. A serpente
envenena a nossa mente, vontade e emoções.
Ela está do lado de dentro, mas cria a maioria dos problemas externos.
O desejo desenfreado de ter, simplesmente porque o outro tem, é um bom
exemplo. A alegria incontida diante de uma fofoca é outro forte sintoma.
Freqüentes julgamentos da conduta alheia indicam problemas interiores
Exemplo: A história do menino e as bolas de gude (1).
Quando uma mãe diz a filha: “Eu também já fui jovem e sei o que você está
pensando (planejando ou fazendo), ela está julgando a filha a partir deste
princípio.
Mesmo que você não perceba (sem nenhuma dúvida), uma serpente está
operando, sutilmente, em você.
As feridas de alma são responsáveis pela grande maioria dos nossos
problemas externos e é por isso que a cura interior é necessária.
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Você pode começar liberando perdão (e este é um bom começo), mas se você
não curar as feridas emocionais, quando elas sangrarem, você terá o
sentimento de que não perdoou e aí os conflitos surgem novamente.
A Bíblia ensina: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas
antigas já passaram; eis que se fizeram novas. 2Co 5.17
Além disso, Jesus afirmou: Eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância. Jo 10.10b
E o Senhor Deus disse: Eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir. Jr 1.12
Por que esta Palavra não tem se cumprido na vida de muitos filhos de Deus?
Não é preciso muita especulação para responder a essa pergunta. Basta
lembrar que o pecado faz separação entre os homens e Deus, e a condição de
filhos não nos torna imune aos ataques de Satanás.
Nota: Um filho pode estar separado do pai e não perder a filiação.
Jesus afirmou que veio para nos dar vida abundante, mas antes Ele nos
preveniu de que o ladrão vem somente para roubar, matar e destruir. Jo 10.10
Muitas vezes, (consciente ou inconscientemente), os filhos de Deus abrem
brechas para as investidas de Satanás, que passa a oprimi-los.
Nota: Jesus fez nova todas as coisas, entretanto cabe ao homem a responsabilidade
de preservá-las.
A serpente não precisa de uma porta muito ampla, basta uma pequena fresta
onde ela possa se esconder à espera da oportunidade de injetar o veneno.
Nota: É por isso que precisamos de uma construção sólida e sem brechas. O apóstolo
Paulo revelou:
Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio construtor, o
fundamento, e outro edifica sobre ele. Mas veja cada um como edifica sobre ele.
. 1Co 3.10
Paulo esta dizendo que trouxe até os coríntios o fundamento (e o fundamento é
Cristo), mas está preocupado com a construção que vai ser edificada sobre este
fundamento.
Aqui temos pelo menos dois aspectos que precisam ser abordados.
O primeiro é o tipo (a qualidade) do material e o outro é a forma como vai ser
construído. A maneira como o material vai ser usado.
Nota: O bom material nos foi fornecido e está na Bíblia.
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Vamos pegar como exemplo um pai que conhece a Palavra e põe em pratica
este provérbio:
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se
desviará dele. Pv 22.6
Então, esse pai ensina ao filho o que é autoridade e a importância da
autoridade, bem como as conseqüências negativas da rebeldia. Este pai está
entregando ao filho jóias preciosas [de ouro e de prata].
Ele está pensando: essa construção resistirá ao fogo.
Acontece que este pai não se preocupa com o testemunho do dia a dia e
esquece que o filho está capacitado a absorver tudo o que está em sua volta
(ele tem olhos, ouvidos e todos os sentidos perfeito), mas não está amadurecido
(preparado, capacitado) para lidar com o que percebe em sua volta.
Quando ele está fazendo algo errado, o pai [que para ele representa a figura da
autoridade] diz: “se você fizer isso novamente, eu vou lhe castigar!”
O menino percebeu e entendeu tudo. Mais tarde, como toda criança, ele volta a
fazer a mesma coisa. E o pai parece não dar importância e não castiga.
Aquelas pedras preciosas de conceitos (princípios) sobre autoridade foram
colocadas sobre o fundamento, mas não foram rebocadas devidamente (com um
bom testemunho – no caso disciplinador), ficaram fendas entre elas, onde a serpente
vai tentar se esconder, aguardando a oportunidade de injetar o veneno.
Aquela criança passa a acreditar que nem tudo o que as autoridades dizem é
verdade ou que as verdades podem ser mudadas ou adaptadas com um
jeitinho.
Ou, ainda, que da mesma forma que ele manipula o pai ele vai manipular as
autoridades.
Nota: Citar outros exemplos: O pai quando não quer ser interrompido... diz não estou
fazendo nada (age de acordo com a conveniência – mentir: diga que não estou).
Esclarece com detalhes o que é o carnaval e a sua ação maligna para a
sociedade, mas liga a TV e assiste as programações carnavalescas (de desfile a
noticiários).
Ensina conceitos cristãos, mas vibra com as artimanhas (bem boladas) das
novelas. Permite que os valores do “Big Brother” entrem em sua casa
regularmente.
A figura da autoridade fica manchada e os relacionamentos que envolvem
autoridade são prejudicados.
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Não podemos esquecer que Deus é a figura máxima de autoridade e que
Jesus O apresentou como Pai.
Dá para perceber o que é que a serpente vai fazer com esta criança em
relação a Deus e a sociedade?
Mesmo quando crescer esse será o caminho em que ela vai andar.
Nota: Estes são bons exemplos que podem ser aplicados nas diferentes áreas que se
apresentam como leões e ursos.
Mas, o próprio Amós, nos faz uma revelação importante, para esse assunto de
edificação sobre o fundamento:
Mostrou-me também isto: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a
prumo; e tinha um prumo na mão. O Senhor me disse: Que vês tu, Amós? Respondi:
Um prumo. Então, me disse o Senhor: Eis que eu porei um prumo no meio do meu
povo de Israel; e jamais passarei por ele. Am 7.7,8
Neste trecho, o Senhor falou a Amós sobre um prumo.
Nota: O prumo é usado na construção de estruturas verticais, como uma parede, para
assegurar que ela não vai ficar torta (que não vai pender para nenhum ângulo).
Se um homem tentar construir uma parede apenas a olho nu, (sem ajuda de um
prumo), ela certamente ficará torta e perderá a integridade estrutural desejada.
É por isso que o prumo é algo essencial.
A Palavra de Deus nos foi dada como prumo.
Sem a Palavra de Deus, informações recebidas pelos sentidos estabelecem
imagens, por meio da interpretação e da lógica, que influenciarão os
pensamentos emoções, atitudes e comportamentos, criando um padrão para
Deus, para os outros e para si mesmo.
A minha oração é para que você decida ir buscar o prumo na Bíblia, quebrando
todos os padrões pré-estabelecidos e destruindo as fortalezas que o
aprisionam, para que possa vê, sentir e agir como Cristo vê, sente e age.
Amém!?
(1) A história do menino que trapaceou ao negociar com a irmã uma caixa de bolas de gude com uma caixa de chocolates, e
como ele tinha tirado a melhor bola ficou com o sentimento que a irmã tinha feito o mesmo.
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INTIMIDADE COM DEUS
A intimidade do Senhor é para os que o temem aos quais ele dará a conhecer a sua
aliança. Sl 25.14
Está diagnosticado, e concordamos em tese, que vivemos a geração do
analgésico, da Internet, do chip, e do micro ondas, ou seja, encontramos quase
tudo pronto para ser usado.
Gostamos disto e procuramos dar forma a tudo e por mais estranho que pareça
incluímos neste pacote os relacionamentos, inclusive com Deus, com a religião
e com a família.
Queremos encontrar nas Escrituras os “pacotes prontos” para alcançarmos
“isso ou aquilo”.
Ninguém estranha quando alguns casais querem consolidar o relacionamento
matrimonial seguindo um manual para recém casados, ignorando o que Deus
planejou para o casamento.
Os planos de Deus são perfeitos e Ele planejou que o casamento fosse
construído e consolidado pela intimidade (o convívio diário – a presença constante).
A confiança, o respeito, a amizade e o amor formam a base que consolida os
relacionamentos, portanto é preciso gastar tempo com cada um deles.
Uma das características básicas de um relacionamento forte, estável e
consolidado é a comunicação.
Compartilhar tudo faz parte da natureza dos que amam.
Quanto mais amarmos o Senhor, mais seremos levados a orar (a se comunicar
com Ele), compartilhando as nossas vitórias e derrotas, alegrias e tristezas,
necessidades e compensações.
O buscamos para pedir e também para ofertar o nosso louvor e adoração.
O primeiro passo para consolidar um relacionamento sadio é procurar conhecer
o outro, é se aproximar, buscar até encontrar. Como a Bíblia diz: Peça. Busque.
Insista...Mt 7.7
Mas esta busca não é feita de qualquer maneira. Existem intimidades que não
são santas. Evite esta direção!
Cada um de nós está tão perto do Senhor quanto quer estar e como diz Tiago:
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Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Tg 4.8a
Se depender de fórmula mágica ou estratégias miraculosas, você está perdido
e não vai chegar a nenhum lugar bom.
Intimidade é algo que tem “tudo a ver” com comunicação, embora ela não
aconteça num instante, nem dependa de uma linguagem refinada (erudita ou
litúrgica).
O Senhor não é um religioso como temos a tendência de pensar que Ele é.
Estar teologicamente correto não é tão importante para Deus quanto parece
ser para alguns. Ele olha muito mais para o coração do que para a mente.
Nota: É claro que se amarmos a verdade, nosso desejo é de estarmos corretos
(também) teologicamente.
Entretanto, temos que pensar, antes de tudo, no ponto mais importante, que é
como estar próximo Dele [como abrir um canal de comunicação com Ele].
Quando a procura da força e do poder se torna a razão básica para nos
aproximar do Senhor Jesus, corremos o perigo de ficar com as obras, e não
com a intimidade. Estaremos perdendo a melhor parte. É o caso do paralelo
entre as irmãs de Lazaro, Marta e Maria.
Podemos não entender, contudo é verdade que fomos criados para sermos o
lugar onde Ele habita (o templo) 1Co 3.16,17.
Entretanto, gastamos tempo fazendo “outras moradas” para Ele.
A expectativa é que o lugar mais profundo e íntimo do nosso ser seja o
“esconderijo do Altíssimo”.
Todavia, constantemente, rejeitamos esta idéia e promovemos uma tenda, uma
catedral ou simplesmente uma casa como morada Dele. Isto é rejeição e
entristece o Espírito Santo.
No âmbito familiar não é muito diferente. Quantos chefes de família agem
assim: gastam o tempo da intimidade e do convívio familiar construindo
patrimônio e acumulando riquezas materiais.
Um diálogo franco seria muito proveitoso e mudaria muitas situações.
Não nos será possível desfrutar da intimidade do Senhor sem adoração e
dedicação de tempo a Ele.
Talvez, o sinal que mais revele a quem ou a que estamos verdadeiramente
adorando, seja o que fazemos com o nosso tempo livre.
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Quando foi a última vez, que você se dispôs a usar um dia de folga (um feriado)
para oração e jejum?
A resposta a essa pergunta pode ser a explicação por que têm tanta
dificuldade, para conhecer a voz do Senhor, e para discerni o certo do errado.
Da mesma forma, quando você dedicou um dia inteiro ao seu cônjuge ou aos
seus filhos?
Precisamos discernir corretamente isso.
Quando desfrutamos uma verdadeira intimidade com o Senhor, Ele fala
conosco de diferentes formas e em diferentes lugares e momentos.
O caminho é pelas Escrituras e a revelação do Espírito (é preciso tempo para
estudar a Palavra e ouvir o Espírito Santo).
Neste assunto, é preciso aceitar que Ele também fala através dos irmãos,
porque se não tivermos este entendimento (recheado de humildade) poderá
haver interferências e distorção de mensagem.
Qualquer pessoa pode discernir a verdade bíblica da mesma forma que o
teólogo, Embora alguns afirmem que é preciso adquiri certo grau de
conhecimento e de aprender a ciência da interpretação bíblica para poder
entender adequadamente as Escrituras.
O Senhor Jesus afirmou o contrario quando disse:
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes estas coisas aos
sábios e instruídos e as revelastes aos pequeninos. Mt 11.25
Nota: Testemunho da pregação na rua: “Falando errado, mas dizendo o certo” (1)
.
Gosto desta colocação. Aquele advogado sabia estabelecer prioridades [sabia o
que fazia diferença].
Tim Lahye conta em um de seus livros que, quando era seminarista, ele jogava
basquete, enquanto o zelador aguardava, lendo a Bíblia, para fazer a limpeza
da quadra.
Curioso percebeu que ele estava lendo Apocalipse e, pensando que aquele
iletrado não podia entender um livro tão complexo, perguntou: “O que você
entende deste livro? O homem respondeu: “Que nós vencemos”.
Ele ficou surpreso com a capacidade de síntese daquele homem simples. Um
zelador com apenas uma frase tinha sintetizado um trimestre de estudo dele.
Quantas pessoas simples são vencedoras porque têm intimidade com Deus.
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Neste assunto, precisamos de muito cuidado para não irmos de um extremo
para outro.
A mesma Bíblia que diz: O saber ensoberbece, 1Co 8.1 também diz: O meu povo
está sendo destruído porque lhe falta conhecimento. Os 4.6
O crente caminha por uma vereda muito estreita.
Esta vereda precisa ser percorrida com muito cuidado, sabendo que
dependemos da graça de Deus e que, sem ela, não somos nada nem temos
recursos para coisa alguma.
É esta postura de humildade que nos ensina como o próprio conhecimento (que
deveria libertar) pode apressar a queda, (em virtude do orgulho).
É por essa razão que precisamos aprender a permanecer no Espírito e nas
Escrituras.
Para viver na graça de Deus, a presença do Espírito é tão importante quanto à
verdade bíblica.
Nota: A Bíblia é o mapa do reino de Deus, mas não é o reino. Pode-se valer de um
mapa para ir até determinado lugar, mas o fato de se possuir um mapa nunca
substituirá a realidade de se estar naquele lugar.
Precisamos nos dedicar a conhecer totalmente as Escrituras (Novo e Velho
Testamento), mas conhecê-las não é algo que poderá substituir a intimidade com
o Senhor.
A Bíblia não foi escrita com a intenção de tomar o lugar do Espírito Santo em
nossa vida, nem o Espírito Santo foi enviado para substituir a Bíblia.
Ambos têm diferentes funções em nos guiar à verdade e em nos manter sob a
vontade de Deus.
Conhecer o Senhor é muito mais do que conhecer Suas obras.
A Bíblia não discerne algumas das decisões importantes da nossa vida, como:
Com quem devemos casar.
Que profissão devemos escolher.
Onde iremos morar. E assim por diante.
Essa direção é dada pelo Espírito Santo àqueles que O procuram. Àqueles que
têm intimidade com Deus. A quem conhece a Sua voz.
Alguns querem resolver este problema consultando “profetas”, videntes e até
mesmo cartas de baralho, horóscopos ou búzios.
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Um crente nunca deve aceitar uma doutrina que esteja em conflito com a
Palavra escrita de Deus. O Senhor Jesus disse:
Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o
Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Jo 16.7
O Senhor Jesus não disse que nos conviria a Sua ida para que dessa maneira
Ele pudesse nos dar um livro. Também não afirmou que nos enviaria um livro
que nos conduziria a toda a verdade – Ele nos enviaria o Espírito Santo, isto
sim! Jo 16.13
A Bíblia é uma das maiores dádivas que o Senhor deu ao Seu povo e somente
ela deve ser usada para estabelecer ou julgar uma doutrina.
Mas, ser cristão é muito mais do que simplesmente, conhecer doutrinas
corretas.
Ser cristão é ter um relacionamento restaurado e vivo com o Senhor Jesus.
Concluindo, todos precisam buscar essas duas coisas (a Palavra e o Poder) sem
se contaminar com o orgulho.
O orgulho entristece o Espírito Santo e afasta a graça.
Temos que ter o equilíbrio adequado e de estar firmado na sólida verdade
bíblica e também conhecer o poder e a direção do Espírito Santo.
Caso contrário será como uma pessoa que quer pilotar um avião que tem uma
única asa (além de não poder levantar vôo, fica fazendo círculos).
Precisamos de equilíbrio, ou seja, além de conhecer a Bíblia, conhecer o poder
e a direção do Espírito Santo.
Ouvimos a voz de Deus mediante Sua Palavra (a Bíblia), mediante o Esp. Stº e,
também, através de um irmão abençoado.
Jesus é a Palavra de Deus personificada. Amém!
(1) Um evangelista semi analfabeto pregava em uma praça no interior da Bahia. Um advogado parou e ficou escutando. Alguém
se aproximou e perguntou: “Dr está observando os erros de concordância?”. Ele respondeu: “Ele está falando errado, mas
está dizendo o certo”.
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