“oncentre se naquilo em que você é bom. delegue todo o...
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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.525
BELO HORIZONTE, 17 DE MARÇO DE 2017.
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“Concentre-se naquilo em que você é bom. Delegue todo o resto. ”
Steve Jobs
IGP-M ACELERA NA SEGUNDA PRÉVIA DE MARÇO, APONTA FGV .................................................................................. 2
COM APROVAÇÃO DE REFORMA INTEGRAL, PREVIDÊNCIA TERIA SUPERÁVIT EM 2032 ................................................ 2
DECISÃO DO STF PODE TER REAÇÃO EM CADEIA ........................................................................................................... 4
GOVERNO DEVE ELEVAR PIS/COFINS PARA COMPENSAR DECISÃO ............................................................................... 4
TRIBUTARISTAS PREVEEM ONDA DE CONTESTAÇÕES .................................................................................................... 6
DÓLAR E JUROS SOBEM APÓS EUFORIA ........................................................................................................................ 7
NOVAS TESES GANHAM FORÇA COM JULGAMENTO DO STF SOBRE COFINS ................................................................. 8
RECEITA FEDERAL ALERTA SOBRE OS ERROS MAIS COMUNS COMETIDOS NA DIRPF ................................................... 11
RECEITA FEDERAL ESTABELECE A OBRIGATORIEDADE À ESCRITURAÇÃO DIGITAL DE RETENÇÕES E OUTRAS
INFORMAÇÕES FISCAIS (EFD-REINF) ............................................................................................................................ 11
RECEITA FEDERAL CONSOLIDA LEGISLAÇÃO DE IRPJ E CSLL .......................................................................................... 12
RESOLUÇÃO DO TST GARANTE LEVANTAMENTO DE ALVARÁS POR ADVOGADOS ....................................................... 13
PLENÁRIO CONCLUI JULGAMENTO SOBRE PRAZO PRESCRICIONAL PARA COBRANÇA DE VALORES DE FGTS ............... 13
FGTS É APENAS PARA CELETISTA ................................................................................................................................. 14
SERVIDOR CONTRATADO POR TEMPO DETERMINADO NÃO TEM DIREITO AO FGTS ................................................... 15
PUBLICADOS OS LEIAUTES E ESQUEMAS XSD DA EFD-REINF VERSÃO 1.0 .................................................................... 15
Sumário
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IGP-M ACELERA NA SEGUNDA PRÉVIA DE MARÇO, APONTA FGV
Fonte: Valor Econômico. SÃO PAULO - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços -
Mercado (IGP-M) acelerou de 0,02% para 0,08% da segunda prévia de fevereiro para o mesmo
período em março, informa a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa alta foi provocada por uma
deflação menos intensa nos itens agropecuários e pela valorização do minério de ferro. O
indicador serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve queda de 0,08% no período, ante recuo de
0,15% na segunda prévia de fevereiro. O IPA de preços agropecuários saiu de queda de 1,04%
para recuo de 0,66%, enquanto o de preços industriais saiu de alta de 0,17% para 0,14%.
IPC
No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) cedeu de 0,36% para 0,32%, com três de
suas oito classes de despesa registrando taxas menores. A principal contribuição partiu do grupo
Educação, Leitura e Recreação (2,27% para -0,40%), em que os cursos formais saíram de alta
de 3,24% para 0,06%.
Também cederam Comunicação (0,27% para -0,55%) e Transportes (0,51% para 0,45%),
influenciados por tarifa de telefone residencial (-0,11% para -2,17%) e tarifa de transporte de
van e similares (11,86% para 0,00%), respectivamente.
Subiram Alimentação (-0,27% para 0,16%), Habitação (0,31% para 0,64%), Vestuário (0,22%
para 0,41%), Despesas Diversas (0,25% para 0,67%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,47% para
0,53%). Nestas classes de despesa, a FGV destaca os itens: hortaliças e legumes (-2,03% para
0,75%), tarifa de eletricidade residencial (-0,03% para 2,88%), roupas (-0,09% para 0,29%),
cigarros (0,00% para 1,03%) e medicamentos em geral (-0,08% para 0,24%), respectivamente.
INCC
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,52%, de 0,35% no mês
anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços avançou 0,21%, abaixo do
resultado de fevereiro, de 0,58%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou
alta de 0,79%, maior que a de fevereiro, de 0,16%.
COM APROVAÇÃO DE REFORMA INTEGRAL, PREVIDÊNCIA TERIA SUPERÁVIT EM 2032
Fonte: Valor Econômico. Há algum espaço para negociação da reforma da Previdência, mas ele
é limitado, caso o objetivo seja estancar o déficit do sistema previdenciário, estimado em 2,7%
do Produto Interno Bruto em 2017, avalia um estudo do banco Brasil Plural, divulgado com
exclusividade para o Valor.
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O levantamento mostra que, se a reforma da Previdência for aprovada integralmente pelo
Congresso e o salário mínimo reajustado apenas pela inflação do ano anterior a partir de 2019,
quando vence a regra de correção atual, a Previdência passaria de um déficit de 2,7% do PIB
em 2017 para um superávit de 0,01% em 2032 e de 1,5% em 2060.
Caso a negociação no Congresso "dilua" propostas centrais da reforma, como a idade mínima, o
déficit cairia para 1,5% do PIB ao longo dos próximos 30 anos, quando voltaria a subir
gradualmente, até 2,1% em 2060.
Caso três itens sejam abrandados, o déficit cairia bem menos, para 2,43% em 2025, quando
voltaria a subir e alcançaria 4% do PIB até 2060 (ver gráfico). Para o economista Angelo
Polydoro, autor do estudo, isso mostra que não dá para abrandar todo o conteúdo da proposta
enviada pelo governo ao Congresso. "Acho que essa análise é importante, porque permite que
a sociedade consiga fazer escolhas melhores", diz ele.
Com a aprovação da reforma, diz, a cada ano o país economizaria 0,2% do PIB, que poderiam
ser destinados a investimentos em áreas como saúde, educação e saneamento. Mesmo a
diluição de dois pontos permitiria cumprimento do teto de gastos e garantiria a solvência fiscal,
afirma o economista.
Se a reforma não for aprovada, porém, haveria um aumento da despesa de 0,3% do PIB ao ano.
"O cenário sem nenhuma reforma é tão ruim, do ponto de vista fiscal, social e até político, que
acreditamos na aprovação", diz ele, apesar do aumento da resistência nas últimas semanas.
Segundo Polydoro, os cenários traçados pelo banco partem de uma média das combinações de
diferentes mudanças que podem ser propostas pelo Congresso: redução da idade mínima de 65
anos para 55 anos para mulheres e 60 para homens, manutenção da pensão integral por morte,
benefício mínimo de 86% da média dos salários de contribuição, manutenção de ganhos reais
para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da idade mínima para acesso a esse benefício
em 65 anos.
Os cenários traçados pelo banco consideraram a flexibilização das propostas, e não sua retirada
total da reforma. Além disso, consideram que, em 2019, o governo vai mudar a regra de cálculo
do salário mínimo, que passará a ser ajustado apenas pela inflação passada. No cenário em que
o piso continua a ser corrigido pelo INPC do ano anterior e o PIB de dois anos antes, só haveria
espaço para diluir um dos pontos acima.
As trajetórias estimadas para o déficit do RGPS partiram de outro estudo do banco, que avaliou
o impacto fiscal das principais propostas do governo. A medida com maior efeito de curto e
médio prazo é a mudança na fórmula de cálculo do benefício. A proposta do governo é que o
benefício seja proporcional ao tempo de trabalho, numa conta que soma 51% da média dos
salários de contribuição, mais 1% dessa média por ano trabalhado. Assim, para se aposentar com
o benefício integral, o trabalhador teria que ficar na ativa por 49 anos.
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Essa mudança traria economia de 1,5% do PIB em dez anos e de 2,5% do PIB em 20 anos, nas
contas do Brasil Plural. A idade mínima é a segunda proposta com maior efeito fiscal, de 1,2%
do PIB em 10 anos e de 1,9% do PIB em 20 anos.
Para Polydoro, essas mudanças têm efeitos mais fortes porque mexem nas duas questões que
estão contribuindo para aumentar o déficit da previdência. O efeito "quantidade", com a
imposição de uma idade mínima para aposentadoria, que dificulta o acesso ao benefício, e o
efeito "preço", com redução do valor médio do benefício pelo cálculo proporcional.
Dentre as propostas, aquela que teria menor efeito fiscal é o aumento da idade, de 65 anos para
70 anos, para acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que paga o piso para idosos
com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo.
DECISÃO DO STF PODE TER REAÇÃO EM CADEIA
Fonte: Valor Econômico. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de excluir o ICMS da
base de cálculo do PIS e da Cofins deve abrir uma enorme controvérsia jurídica. "O mesmo
entendimento [de que um imposto não pode fazer parte do faturamento], será usado para
questionar os demais tributos", previu o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel.
Já estão sendo pedidas, em milhares de processos, exclusões do ISS da base do PIS e da Cofins;
a retirada dos valores de crédito presumido de ICMS do cálculo do PIS, Cofins, Imposto de
Renda e CSLL; e a exclusão ICMS, PIS e Cofins da contribuição previdenciária patronal sobre a
receita bruta. A decisão do Supremo reforça a tese favorável ao contribuinte.
Outra consequência da decisão será a elevação das alíquotas do PIS e da Cofins para compensar
a perda de receita, estimada em R$ 20 bilhões por ano. "Qual será a alíquota neutra, que manterá
a mesma arrecadação?", pergunta o economista Bernard Appy. "O risco é que o governo
aproveite a situação para elevar a carga tributária", observou. Appy considera indevida a
restituição das cobranças dos últimos cinco anos, estimadas em R$ 100 bilhões, sob o
argumento de que esse custo já foi repassado ao consumidor.
GOVERNO DEVE ELEVAR PIS/COFINS PARA COMPENSAR DECISÃO
Fonte: Valor Econômico. O governo acredita que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
de retirar o ICMS da base de cálculo de cobrança do PIS/Cofins não deve provocar impacto
imediato significativo nas contas públicas. Se houver algum neste ano, avaliam os técnicos, será
pequeno.
De qualquer forma, a equipe econômica já analisa nova legislação para compensar a perda de
arrecadação gerada pela medida, estimada em R$ 20 bilhões por ano. O momento do envio de
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um projeto de lei ou MP elevando a alíquota do PIS/Cofins para repor as perdas ainda será
decidido.
O mercado já espera uma nova legislação, aponta o economista-chefe da 4E Consultoria, Juan
Jensen. Para ele, é difícil estimar o impacto da medida, mas é fato que a decisão, que não estava
no radar, torna o quadro fiscal mais desafiador, já que deve exigir mudanças tributárias para
compensar a redução da arrecadação. "O aumento da alíquota, no entanto, não seria elevação
de carga tributária, já que teríamos um percentual maior incidindo sobre um preço menor",
afirma.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, minimizou o impacto e disse acreditar que a perda
de arrecadação por causa de derrota no STF será menor do que as cifras publicadas, embora o
governo tenha divulgado o cálculo de R$ 20 bilhões. "Podemos afirmar que a perda de
arrecadação será sensivelmente menor do que tem sido publicado".
A União vai recorrer da decisão, com pedidos de embargo. Dessa forma, explica uma fonte da
área econômica, sem o trânsito em julgado, o entendimento é que a decisão do Supremo não
poderá ser aplicada imediatamente. O tempo de análise não está no controle do governo, e sim
do STF, mas pode demorar de meses a anos.
Os embargos apresentados deverão pedir a chamada "modulação" dos efeitos, que visa atenuar
os impactos da decisão da Corte. Um desses recursos busca evitar o pagamento do passivo nos
últimos cinco anos para quem não entrou na Justiça. Outro, com pouca chance de vingar, tenta
impedir a aplicação da decisão para quem tem ações em curso. Além disso, outra iniciativa visa
garantir um tempo para a União apresentar a nova legislação, que valesse a partir de 2018. O
pedido considera a necessidade da noventena (prazo de 90 dias) para que o PIS/Cofins com
alíquotas mais altas vigore.
Ainda que não tenha efeitos imediatos, a decisão do Supremo complica o cenário fiscal do
governo e tumultua a gestão da economia em um momento no qual já se avaliava a necessidade
de aumentar impostos ou rever desonerações para cumprir a meta fiscal.
Um risco é que contribuintes se movimentem mesmo sem o julgamento e já parem de recolher
na forma antiga, antecipando o impacto fiscal. Segundo a sócia do escritório De Vivo, Whitaker
e Castro Advogados, Vanessa Cardoso, essa percepção está crescendo e, baseada no novo
Código de Processo Civil, permitiria que contribuintes já agissem com base no novo
entendimento assim que o acórdão fosse publicado.
Ela, contudo, não recomenda esse caminho, pois pode gerar dificuldades com a Receita, e diz
que o ideal é esperar realmente o trânsito em julgado, após os embargos. Vanessa admite que
o processo pode demorar. Outro problema para o governo, explica a advogada, é que o
entendimento pode acabar afetando questões semelhantes em disputa, como a inclusão do ISS
na base de cálculo do PIS/Cofins e do ISS e ICMS na base da contribuição previdenciária.
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Julio de Oliveira, sócio do Machado Associados, diz que a decisão do STF deve beneficiar mais
segmentos com alíquotas maiores do imposto estadual, como combustíveis, telecomunicações
e energia. Produtos básicos, como alimentos, geralmente possuem alíquotas mais baixas e terão
uma redução proporcionalmente menor na base de cálculo.
Para Maurício Oreng, do Rabobank, o governo não tem espaço fiscal para absorver essa decisão.
"A tendência é recompor a arrecadação com elevação da alíquota de PIS/Cofins". Ele avalia que
ainda há muita incerteza sobre o período a partir do qual valeria a decisão do STF, mas seu
cenário contempla que a decisão seja válida apenas para 2018. "Não contei com esse esqueleto
no meu cenário", diz.
TRIBUTARISTAS PREVEEM ONDA DE CONTESTAÇÕES
Fonte: Valor Econômico. Embora ainda estejam aguardando a publicação do acórdão do
Supremo Tribunal Federal (STF), contrária à inclusão do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo do PIS e da Cofins, os especialistas em
tributação consultados pelo Valor não têm dúvida: a decisão de quarta-feira abriu uma
enorme controvérsia jurídica. "A mesma tese será usada para questionar outros tributos", prevê
o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. "Ela atinge todo o sistema tributário
brasileiro", acrescentou.
Há uma consequência imediata da decisão do STF, avaliam os especialistas. Todos eles
consideram que o governo federal deverá elevar as alíquotas do PIS e da Cofins para compensar
a perda de receita que terá com a mudança da base de cálculo dos dois tributos. "Qual será a
alíquota neutra, que manterá a mesma arrecadação?", questiona o economista Bernard Appy,
diretor do Centro de Cidadania Fiscal. "O risco que se corre é que o governo aproveite a situação
para elevar a carga tributária."
Qualquer que sejam as novas alíquotas, Appy adverte que haverá uma mudança nos preços
relativos da economia, pois o ICMS, que será retirado da base de cálculo do PIS e da Cofins,
incide maneiras diferentes sobre os produtos. Mudança de preços relativos na economia tem
repercussão direta na inflação.
Appy acha que o primeiro alvo dos questionamentos na Justiça poderá ser o Imposto sobre
Serviços (ISS), que também integra a base de cálculo do PIS e da Cofins. "É a mesma situação
do ICMS", observou. Ele considera que em um bom sistema tributário um imposto não deveria
estar mesmo na base de cálculo de outro. Ele pondera, no entanto, que a questão não deveria
ter sido decidida na Justiça.
Para Everardo Maciel, a decisão do STF "é um grande equívoco, com consequências". Segundo
ele, desde 1965, quando houve a reforma do ICMS, o tributo passou a ser cobrado por dentro,
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ou seja, ele passou a integrar a sua própria base de cálculo. "Todo o sistema tributário é fundado
nisso, é da tradição brasileira", afirmou. "Quer dizer agora (depois da decisão do STF) que todo
o sistema tributário brasileiro é inconstitucional?", questionou.
Para o economista José Roberto Afonso, pesquisador do Ibre-FGV, se prevalecer a tese de que
não se cobra tributo sobre tributo, "o STF mais uma vez assumiu o protagonismo da cena
brasileira e, no fundo, decretou a obrigatoriedade de uma reforma tributária". Ele ressaltou, no
entanto, que ainda aguarda a publicação do acórdão.
Afonso lembrou que o sistema tributário brasileiro só tem a atual arrecadação porque cobra
mais de um imposto e contribuição sobre a mesma base, cobra um sobre o outro e, no caso do
ICMS, chega ao limite de cobrar o imposto sobre ele próprio - a chamada alíquota por dentro.
"A alíquota de 17% (do ICMS), na prática, é superior a de 20%, porque tem ICMS sobre ICMS”,
observou.
O pesquisador do Ibre-FGV lembrou que o Imposto de Importação (II) está na base do Imposto
sobre Produto Industrializado (IPI) e do ICMS; que o IPI está na base do ICMS; o ICMS incide
sobre ele mesmo; a Cofins incide sobre o II, o IPI, o ICMS, o PIS; e o PIS incide sobre o II, o IPI,
o ICMS e a Cofins. Há outros casos também. "Entre um terço e 40% (dos tributos) está nessa
situação", explicou. "A decisão do STF reforça a necessidade da reforma tributária", afirmou.
Outra questão levantada pelos especialistas é que não faz sentido as empresas ingressarem na
Justiça pedindo o ressarcimento do PIS e da Cofins que teriam pago a mais, a partir da decisão
do STF. "O tributo cobrado foi repassado ao consumidor", lembrou Bernard Appy. "Seria um
absurdo permitir essa restituição", afirmou. A questão depende da modulação da decisão que
será feita pelo STF.
DÓLAR E JUROS SOBEM APÓS EUFORIA
Fonte: Valor Econômico. Após a euforia com o tom ameno do banco central americano, os
mercados brasileiros de câmbio e juros acabaram se concentrando em fatores locais, o que
impôs uma quinta-feira de alta para o dólar e para as taxas da renda fixa.
O dólar subiu 0,17% e terminou os negócios a R$ 3,1151. Um grupo de moedas emergentes,
excluindo a brasileira, foi na contramão e subiu 0,68%. A "vantagem" do real sobre seus pares -
medida pela diferença entre a alta no ano da moeda brasileira e a de uma cesta de divisas
emergentes - foi praticamente zerada, depois de chegar a mais de 5 pontos percentuais no
começo do ano.
A performance mais fraca da moeda brasileira também é evidenciada pelo aumento da
volatilidade implícita, que mensura a expectativa de variação do preço de um ativo ao longo de
um determinado período. Desde 14 de fevereiro, a volatilidade implícita do real para
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um intervalo de um mês aumentou 48 pontos-base, enquanto, em média, a de outras divisas de
países emergentes caiu 6 pontos.
Na avaliação de analistas, os mercados acabaram tendo de lidar ontem com a escalada da cautela
no plano doméstico, já perceptível nos últimos dias. No câmbio, pesou a sinalização do Banco
Central de que pode deixar vencer o equivalente a US$ 4,2 bilhões em swaps cambiais. Liquidar
o vencimento desses contratos significa tirar liquidez do mercado, o que tende a exercer pressão
de alta sobre o dólar.
Nos juros, a combinação entre firme alta das taxas de retorno dos Treasuries (títulos do Tesouro
americano), contínuas incertezas do lado do ajuste fiscal e notícias sugerindo perda de
arrecadação pelo governo deram impulso às taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro
(DI). A taxa do DI com vencimento em janeiro de 2021 subiu a 9,99% ao ano, ante 9,95% do
ajuste ocorrido na quarta-feira.
"Pode ainda haver algum mal-estar com a história da Previdência", diz o estrategista da Brasif
Gestão, Henrique de la Rocque, referindo-se à informação do Valor de que o governo trabalha
com demora adicional na votação do projeto na Câmara dos Deputados. O estrategista diz que,
aos preços atuais, tanto câmbio quanto juros parecem "justos" e apenas novas notícias
"bastante" positivas teriam potencial para conduzir os mercados a uma nova rodada de ganhos
significativos.
Citando os receios do lado fiscal, o chefe de pesquisa econômica para as Américas do Standard
Chartered Bank em Nova York, Mike Moran, mantém recomendação "neutra" para o real, a
despeito da expectativa de valorização de outras divisas emergentes, como o peso mexicano e
o rand sul-africano. Moran diz esperar aprovação da reforma da Previdência até a metade do
ano, mas já questiona se outras reformas poderão vir em seguida e se esse conjunto de medidas
conseguirá interromper a trajetória de alta da dívida pública em relação ao PIB. "Certamente
o cenário político vai ficar menos favorável ao ajuste fiscal - e ao câmbio - conforme ficamos
mais próximos das eleições", disse.
David Kohl, chefe de pesquisa de moedas do banco suíço Julius Baer, recomenda manutenção
de posicionamento de curto prazo na moeda brasileira, mas não indica reforço de alocação. "O
real ainda continua circundado por riscos fiscais no Brasil. A trajetória da dívida brasileira segue
como o principal problema ao mercado doméstico", diz.
NOVAS TESES GANHAM FORÇA COM JULGAMENTO DO STF SOBRE COFINS
Fonte: Valor Econômico. Após a vitória dos contribuintes no Supremo Tribunal Federal (STF),
em repercussão geral, para excluir o ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins, novas teses
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com base nos mesmos fundamentos ganham força nos tribunais. Todas tratam da retirada
de tributos ou até mesmo de benefícios fiscais embutidos em outros impostos ou contribuições.
Entre elas estão a exclusão do ISS da base do PIS e da Cofins, a retirada dos valores de crédito
presumido de ICMS do cálculo do PIS, Cofins, Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL e a tentativa de
excluir ICMS, PIS e Cofins da contribuição previdenciária patronal incidente sobre a receita bruta
(CPRB).
Em todas as teses o argumento apresentado pelos advogados é o mesmo analisado pelo
Supremo: os tributos pagos pelas companhias não compõem o faturamento e, por isso, não
poderiam entrar na base de cálculo de outro imposto ou contribuição.
Recentemente, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região entendeu que é possível excluir
o crédito presumido de ICMS da base de cálculo dos valores recolhidos de PIS, Cofins, IRPJ e
CSLL. Da decisão, não cabe mais recurso. Os desembargadores levaram em consideração
decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) neste sentido, tomadas no ano passado.
A tese ainda será julgada pelo STF, por meio de recurso em repercussão geral. O caso trata da
inclusão de créditos presumidos do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins. Os ministros
reconheceram a repercussão geral em novembro de 2015.
O caso julgado pelo TRF envolve a indústria de calçados Raphaella Booz, de Santa Catarina, que
obteve créditos de ICMS em razão de incentivo fiscal do Estado. Com a decisão, a empresa deve
recuperar cerca de R$ 5 milhões pagos nos últimos cinco anos, além de ficar desobrigada de
incluir o benefício no cálculo dos tributos.
A controvérsia se dá porque a Receita Federal entende que o crédito presumido do ICMS, ao
configurar redução de custos e despesas, aumenta indiretamente o lucro tributável e, portanto,
deve compor a base de cálculo dos tributos. O Fisco argumenta que não existe amparo legal
que autorize as empresas sujeitas ao recolhimento na forma não cumulativa a excluir os créditos
presumidos.
No TRF, os advogados da empresa, Rafael Bello Zimath e André Farias, do escritório Silva,
Santana & Teston Advogados, argumentaram que crédito de ICMS não constitui faturamento
ou receita da empresa, mas um benefício fiscal para incentivar a atividade econômica. Além
disso, alegaram que haveria uma intromissão de competência da União ao cobrar tributos sobre
incentivos dados pelos Estados. "Essa cobrança esvaziaria os incentivos", diz Zimath.
A nova tese, que ainda será analisada pelo STF, tem grandes chances de vitória para o
contribuinte, segundo Zimath, já que é baseada na exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS
e da Cofins.
De acordo com a decisão do relator, desembargador Otávio Roberto Pamplona, de fato, o
crédito presumido de ICMS não constitui receita tributável, mas renúncia fiscal efetuada pelo
Estado para incentivar o desenvolvimento de determinados setores da economia.
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Segundo a decisão "admitir-se que tal subsídio ou subvenção sirva de base de cálculo para as
contribuições PIS e Cofins seria o mesmo que admitir a interferência da União na competência
tributária privativa dos Estados, limitando a eficácia de benefícios fiscais por eles concedidos,
importando em ofensa ao princípio federativo". No acórdão, o relator cita decisões do TRF da
4ª Região e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no mesmo sentido.
Ao analisar a regulamentação do IRPJ, o relator acrescenta que o fato gerador é todo acréscimo
patrimonial angariado pelo contribuinte e que as mesmas disposições encontram-se para a CSLL.
"Nesse contexto, entendo que os valores provenientes do crédito presumido de ICMS não
podem ser alcançados pelo IRPJ e pela CSLL, pois não constituem renda, lucro ou acréscimo
patrimonial, independentemente de o regime de tributação ser o do lucro real, presumido ou
arbitrado." Nesse mesmo sentido, cita precedentes do TRF e da 1ª Turma do STJ.
Os advogados Rafael Augusto Pinto e Fernando Rezende Andrade, do Negreiro, Medeiros &
Kiralyhegy Advogados, afirmam que a nova tese está cada vez mais se consolidando nos
tribunais. "Há um caminho bem pavimentado para o sucesso dessa nova ação no Supremo", diz
Pinto.
Especialista em direito tributário, o advogado Maurício Faro, sócio do BMA Advogados, afirma
que já tem decisão definitiva nesse mesmo sentido no STJ sobre o crédito presumido de ICMS
e que a tese é forte para os contribuintes levarem a discussão ao Supremo.
"Até porque quando esses subsídios tratam de subvenção para investimento, não integram a
base de cálculo", afirma. Para ele, esses processos que tem como base fundamentos
semelhantes da exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS e Cofins ganharam força com o
julgamento de quarta-feira no Supremo.
Os processos que tratam da exclusão do ICMS, o PIS e a Cofins sobre a base de cálculo da
contribuição previdenciária patronal incidente sobre a receita bruta, porém, tem dividido os
tribunais. Há julgamentos de ministros do STJ que negam a exclusão do ICMS da base de cálculo.
Os Tribunais Regionais Federais (TRFs) por sua vez, tem divergido sobre a questão em relação
à exclusão do imposto estadual, PIS e Cofins.
Procurada pelo Valor, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou por nota que
ainda não há estudos sobre o impacto dessas novas teses. "Em verdade, sequer se pode precisar
os efeitos do próprio julgamento referido, na medida em que o STF ainda analisará pedido de
modulação dos efeitos da decisão, a ser oportunamente reiterado", diz.
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RECEITA FEDERAL ALERTA SOBRE OS ERROS MAIS COMUNS COMETIDOS NA DIRPF
Fonte: Receita Federal do Brasil. A Receita Federal destaca alguns erros frequentes cometidos
por contribuintes no preenchimento da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda
da Pessoa Física (DIRPF) e os modos de regularizar a situação.
1 – Omissão de rendimentos do titular, em especial de uma segunda fonte, tais como honorários,
alugueis e palestras.
2 – Omissão de rendimentos de dependente.
3 – Informação de valor de imposto de renda retido na fonte maior do que o que consta na
declaração do empregador.
4 – Dependentes que não preenchem as condições, em especial por contarem de outra
declaração ou terem apresentado declaração em seu nome.
5 – Despesas médicas não realizadas, de titular e de dependentes e ainda de não dependentes
relativas a consultas, Planos de Saúde e Clínicas.
6 – Contribuições de empregadas domésticas não realizadas.
Ressalte-se que tais erros nem sempre significam má fé e que o contribuinte pode verificar a
pendência no extrato do IRPF no sítio da Receita Federal na Internet, antes mesmo de ser
intimado pelo órgão, e corrigir eventual engano na declaração para cumprir corretamente sua
obrigação.
Balanço da entrega das declarações do IRPF
Até hoje (16/3) às 17 horas, 3.457.439 declarações foram recebidas pelos sistemas da Receita.
De acordo com o supervisor nacional do IR, auditor-fiscal Joaquim Adir, a expectativa é de que
28,3 milhões de contribuintes entreguem a declaração. O prazo de entrega da declaração vai
até 28 de abril.
Neste ano o programa Receitanet foi incorporado ao PGD IRPF 2017, não sendo mais
necessária a sua instalação em separado.
Todas as informações sobre a declaração do IRPF 2017 estão disponíveis aqui.
RECEITA FEDERAL ESTABELECE A OBRIGATORIEDADE À ESCRITURAÇÃO DIGITAL DE RETENÇÕES E OUTRAS INFORMAÇÕES FISCAIS (EFD-REINF)
Fonte: Receita Federal do Brasil. Foi publicada hoje no Diário Ofical da União a IN RFB nº
1701 que estabelece a obrigatoriedade à Escrituração Digital de Retenções e Outras
Informações Fiscais (EFD-Reinf).
Com a instituição da EFD-Reinf, cuja obrigação de entrega deverá ser cumprida a partir de
janeiro de 2018, serão disponibilizadas, para o contribuinte, soluções modernas com
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possibilidade de integração de seus sistemas de informática diretamente com os servidores da
Receita Federal sem a necessidade de intermediação de Programas Geradores de Declaração.
A EFD-Reinf tem informações que hoje são exigidas na DIRF e na GFIP. As informações da
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), que hoje são prestadas pelos
contribuintes na EFD-Contribuições, também passaram a ser prestadas na EFD-Reinf.
Dentre as informações que serão prestadas por meio dessa nova escrituração, destacam-se
aquelas associadas:
• a pagamentos a beneficiários pessoas físicas e jurídicas;
• às retenções de contribuição previdenciária sobre serviços prestados com cessão de mão de
obra;
• à renda de espetáculos desportivos;
• aos recursos repassados a entidades desportivas a título de patrocínios;
• à comercialização de produção rural por produtores rurais Pessoas Jurídicas e Agroindústrias;
• às empresas que se sujeitam à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB);
Em paralelo com o eSocial, a EFD-Reinf terá como objetivo a substituição de diversas obrigações
acessórias hoje impostas aos contribuintes e empregadores, como por exemplo a DIRF, a GFIP,
a RAIS e o CAGED, essas duas últimas instituídas pelo Ministério do Trabalho.
RECEITA FEDERAL CONSOLIDA LEGISLAÇÃO DE IRPJ E CSLL
Fonte: Receita Federal do Brasil. Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Instrução
Normativa (IN) RFB nº 1.700 que dispõe sobre a determinação e o pagamento do Imposto sobre
a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das pessoas jurídicas.
A IN inova ao tratar conjuntamente os dois principais tributos incidentes sobre a renda da
pessoa jurídica: o IRPJ e a CSLL. A similaridade da legislação tributária aplicável a esses dois
tributos propicia que eles sejam disciplinados simultaneamente, entretanto, com destaque para
eventuais diferenças de base de cálculo e alíquotas.
A IN RFB nº 1.700 é produto da consolidação de nove Instruções Normativas. Esta nova IN
reproduz os dispositivos da Instrução Normativa RFB nº 1.515, de 24 de novembro de 2014, e
incorpora os dispositivos relacionadas à CSLL, devidamente atualizadas, que atualmente
estavam na Instrução Normativa SRF nº 390, de 30 de janeiro de 2004.
A norma foi elaborada com o objetivo de concentrar ao máximo a regulamentação da matéria
e, por consequência, tornar menos esparsas as normas infralegais relacionadas à tributação
sobre a renda das pessoas jurídicas emitidas pela Receita Federal.
A edição de um único ato normativo dispondo sobre os dois tributos traz as seguintes vantagens:
facilidade na pesquisa e aplicação da legislação tributária; transparência do entendimento da
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Administração Tributária; segurança jurídica na aplicação das regras do IRPJ e da CSLL; redução
de litígios; e melhora da relação fisco-contribuinte.
RESOLUÇÃO DO TST GARANTE LEVANTAMENTO DE ALVARÁS POR ADVOGADOS
Fonte: Ordem dos Advogados do Brasil. Brasília – Em atenção ao pedido formulado pelo
Conselho Federal da OAB (OAB), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) baixou Resolução (de
nº 213/2016) que assegura ao advogado realizar o levantamento de alvarás, evitando desse
modo uma prática que estava sendo observada em muitos tribunais de o juiz autorizar o
pagamento somente à parte beneficiária.
Com a nova resolução, mesmo que em casos especiais o juiz deseje pagar diretamente ao
reclamante, ainda assim deverá, antes, intimar o advogado para juntar o contrato, nos termos
do artigo 22 da lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB), que dispõe sobre a prestação
de serviço profissional e garante ao advogado o direito aos honorários convencionados, aos
fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
A Resolução aprovada pelo Órgão Especial do TST e assinado pelo seu presidente, ministro Ives
Gandra da Silva Martins Filho, acresce um segundo parágrafo ao artigo 16 da Resolução 188,
de 14 de novembro de 2012, que passa a vigorar nos seguintes termos: “§ 2º – No caso de o
juízo fazer uso da faculdade prevista no ‘caput’, deverá intimar previamente o patrono da causa,
para que, no prazo de 5 (cinco) dias, junte o contrato de honorários, para que seja reservado o
valor nele previsto no montante depositado em favor do exequente beneficiário.”
Da forma como era anteriormente, dava-se a entender que somente a parte era beneficiária do
alvará e excluía os advogados. Ou seja, o que era para ser exceção virou regra, e alguns juízes
somente estavam liberando em nome da parte. Em audiência com o presidente nacional da
OAB, Claudio Lamachia, em 23 de fevereiro, o presidente da Corte havia se comprometido a
tornar o texto mais claro. Além de Lamachia, participaram da audiência o secretário-geral
adjunto, Ibaneis Rocha, e o presidente da OAB-RO, Andrey Cavalcante de Carvalho.
PLENÁRIO CONCLUI JULGAMENTO SOBRE PRAZO PRESCRICIONAL PARA COBRANÇA DE VALORES DE FGTS
Fonte: Supremo Tribunal Federal. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, nesta
quinta-feira (16), o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 522897, no qual o Estado do Rio
Grande do Norte questionava acórdão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que aplicou a
prescrição trintenária em reclamação trabalhista relativa ao não recolhimento da contribuição
para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
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O julgamento do RE começou em agosto de 2011 com o voto do relator, ministro Gilmar
Mendes, no sentido de que, apesar de haver disposição constitucional expressa de que o prazo
aplicável à cobrança do FGTS é quinquenal, tanto o STF quanto o TST tinham jurisprudência à
época que mantinha o prazo trintenário. Assim, para o relator, esse entendimento deveria ser
mantido no caso sob análise. Em novembro de 2014, ao julgar o Recurso Extraordinário com
Agravo (ARE) 709212, com repercussão geral (Tema 608), o Plenário do STF atualizou sua
jurisprudência para modificar de 30 anos para 5 anos o prazo de prescrição aplicável à cobrança
de valores não depositados.
O julgamento foi retomado nesta quinta-feira (16) com o voto do ministro Luís Roberto Barroso,
sucessor do ministro Ayres Britto (aposentado) no Tribunal e que havia pedido vista do
processo. Barroso acompanhou o relator pelo desprovimento do recurso, mantendo assim no
caso concreto o prazo prescricional vigente antes da Constituição de 1988.
Ficou vencido o ministro Marco Aurélio, que dava provimento ao recurso do estado ao
fundamento de que, mesmo no processo em questão, deveria ser observado o prazo
prescricional de 5 anos previsto na Constituição.
FGTS É APENAS PARA CELETISTA
Fonte: Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais. STJ decide que FGTS é apenas para celetista
O Estado de Minas Gerais obteve êxito no RESP nº 1.651.704. A decisão reforça que o FGTS
é devido apenas aos empregados submetidos ao regime celetista (CLT).Em caso de nulidade do
contrato de trabalho entre o prestador de serviço e a Administração Pública em razão da
necessidade temporária e excepcional do interesse público previsto na Constituição Federal, faz
jus apenas aos salários inadimplidos, sem concessões ao FGTS, devendo ser aplicado o mesmo
raciocínio quanto aos vínculos mantidos em razão da Lei Complementar Estadual nº100/2007,
cuja nulidade foi reconhecida pelo STF nos autos da ADI nº 4.876/DF.
Destacamos a passagem da decisão do Ministro Mauro Campbell Marques:
“O FGTS é sistema garantido e exclusivo do regime celetista, incompatível a aplicação das suas
regras a quem compõe o regime estatutário (cf. REsp 934.770/RJ, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, PRIMEIRA TURMA, DJe 30/06/2008). A Lei nº 8.036/90, em seu art. 15, §2º,
expressamente define que o direito ao FGTS é do trabalhador pessoa física, que presta serviços
a empregador, a locador ou tomador de mão-de-obra, excluídos os eventuais, os autônomos e
os servidores públicos civis e militares sujeitos a regime jurídico próprio (cf. REsp 1199506/RJ,
Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe 09/08/2011)”.
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SERVIDOR CONTRATADO POR TEMPO DETERMINADO NÃO TEM DIREITO AO FGTS
Fonte: Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais. A Advocacia Regional do Estado em
Divinópolis, obteve sentença favorável, reconhecendo que o servidor contratado por prazo
determinado não tem direito ao pagamento de FGTS. Acolhendo a tese do Procurador do
Estado, Dr. Rodolfo Figueiredo de Faria, o Juiz da Vara da Fazenda Pública da comarca de
Divinópolis reconheceu que o vínculo existente entre o contratado e a Administração Pública é
regido por norma especial, que não estabelece o direito ao depósito de FGTS.
Ressaltou, ainda, que o Servidor adota comportamento contraditório quando aceita a
contratação e posteriormente questiona as próprias regras do contrato. Nesse sentido, seu
questionamento esbarraria no princípio da boa-fé, que veda comportamentos contraditórios.
A sentença favorável ao Estado foi proferida nos autos 0081865-96.2015.8.13.0223.
PUBLICADOS OS LEIAUTES E ESQUEMAS XSD DA EFD-REINF VERSÃO 1.0
Fonte: Receita Federal do Brasil
Publicado em 16/03/2017
Publicados em Downloads da EFD-Reinf os Leiautes e Esquemas XSD da EFD-Reinf versão 1.0.
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