os desafios da escola pÚblica paranaense na … · farroupilha no rio grande do sul e sabinada e...
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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Ficha para identificação da Produção Didático- Pedagógica Professor PDE/2014
Título: O Grêmio Estudantil: Instância Colegiada em Articulação
com a Gestão Democrática da Escola Pública
Autor: Antonio César de Souza
Disciplina/ Área: Gestão escolar
Escola de Implementação do
Projeto:
Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite - EFM
Localização: Rua Fernando Botarelli nº100
Município da Escola: Jacarezinho
Núcleo Regional de Educação: Jacarezinho
Professor Orientador: Prof.ª Sônia Regina Leite Merege
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) - Campus de Jacarezinho
Formato do Material Didático: Unidade Temática
Relação Interdisciplinar:
Público Alvo: Alunos do Ensino Médio
Resumo:
A gestão escolar democrática representa a influência mútua entre os diversos segmentos da comunidade escolar visando melhor aprendizado e formação de sujeitos conscientes de seus deveres e direitos. Partindo desse pressuposto a presente produção vem refletir sobre o papel das instâncias colegiadas na gestão escolar democrática, com foco no Grêmio Estudantil, um dos espaços de referência no processo de formação dos indivíduos. Nesse sentido efetivou-se uma revisão bibliográfica que têm como foco a gestão democrática e os Grêmios Estudantis no sentido de subsidiar estratégias e ações para a implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica intitulado “Grêmio Estudantil: A voz do aluno na escola pública”, a ser desenvolvido no primeiro semestre de 2015 no Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite, visando ampliar as condições de exercício da prática participativa e fortalecer a democratização da escola e da sociedade. Isso porque a participação do aluno nesta instituição é aqui apreendida como ambiente de tarefas coletivas, visto que a participação do Grêmio Estudantil na unidade escolar agrega-se ao exercício da cidadania, aspecto indispensável para incitar características ligadas aos ideais democráticos e coletivos.
Palavras-chave: Autonomia; Grêmio Estudantil; Gestão democrática; Participação.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PROFESSOR ORIENTADOR: PROF. DRA. SONIA REGINA MEREGE
PROFESSOR PDE: ANTONIO CÉSAR DE SOUZA
UNIDADE TEMÁTICA
O GRÊMIO ESTUDANTIL: INSTÂNCIA COLEGIADA EM ARTICULAÇÃO COM A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA
JACAREZINHO 2014
ANTONIO CÉSAR DE SOUZA
O GRÊMIO ESTUDANTIL: INSTÂNCIA COLEGIADA EM
ARTICULAÇÃO COM GESTÃO DEMOICRÁTICA DA
ESCOLA PÚBLICA
Material Didático apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED sob orientação da Prof. Dra. Sonia Regina Merege em cumprimento às atividades pertinentes ao professor PDE.
JACAREZINHO – PARANÁ 2014
1. INTRODUÇÃO
A elaboração dessa produção didático pedagógica, atendendo um dos
requisitos do PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional, busca construir um
conjunto de conhecimentos básicos sobre o Grêmio Estudantil, sua implementação,
atuação e fortalecimento nas Escolas da rede pública de ensino. O objetivo deste
material é subsidiar teórica e metodologicamente o Projeto de Intervenção
Pedagógica intitulado “Grêmio Estudantil: A voz do aluno na Escola Pública” a ser
implementado no primeiro semestre do ano de 2015 com alunos do Colégio
Estadual Anésio de Almeida Leite, situado no município de Jacarezinho, PR.
A escolha do tema surgiu de interesses na importância da participação dos
alunos na vida da escola e da comunidade escolar como fruto de uma participação
mais de acordo com a história da instituição , tendo em vista superar o preconceito
contra a política, orientar quanto à importância de um Grêmio Estudantil, e,
paralelamente, contribuir para o desenvolvimento pessoal e formação de cidadãos
críticos, responsáveis, conscientes e atuantes na construção de uma sociedade
melhor.
Esta produção insere o Grêmio Estudantil na proposta pedagógica da escola,
como instrumento para fortalecer a gestão democrática.
Nesse sentido reflete-se sobre participação discente na gestão escolar
democrática, tendo em vista traçar táticas e ações para vencer os desafios da
participação ativa desta instância no contexto escolar, contribuindo para a vivência
efetiva da participação numa gestão escolar que se quer democrática e consequente
melhoria educacional através do envolvimento e compromisso de alunos e
comunidade escolar como um todo (DALBÉRIO, 2008).
Dessa forma enfoca-se a participação discente na gestão escolar de uma
escola pública do Norte do Paraná, buscando contribuir para as reflexões sobre a
essa participação por meio do grêmio estudantil.
Para tanto, a presente produção enfoca temáticas da área de Gestão escolar
democrática e instâncias colegiadas com foco no papel do Grêmio Estudantil nesse
processo que envolve os diversos segmentos da instituição escolar (gestores,
docentes, funcionários, pais e alunos) no contexto da participação e autonomia da
escola capaz de conduzir à compreensão da necessidade de inovar ações no
sentido da participação coletiva no ambiente escolar.
Espera-se, através da implementação do projeto contribuir com o
fortalecimento desse órgão colegiado, cuja existência tem amparo legal garantido,
no entanto, não se pode desconsiderar que sua fundação não deve se dar somente
para cumprir uma obrigação legal.
Ao contrário, deve priorizar uma experiência política, teórica de exercício de
cidadania, formação e cultura cívica. Nesse sentido, o estímulo para a formação e
consolidação desse segmento como um processo pedagógico é adotar a formação
política dos alunos no que se refere à participação, e à vivência democrática, além
de assumir os alunos como membros da comunidade escolar, ampliando o
significado do “estar na escola” (BATTISTELA, 2010).
2. GRÊMIO ESTUDANTIL: BREVE RESGATE HISTÓRICO
É na Europa do Século XIII que se encontram os primeiros registros de
organização estudantil na história, paralelamente ao surgimento das grandes
Universidades do ocidente, no entanto, só no século XX os estudantes apareceram
efetivamente como categoria organizada (CHAGAS, 2006).
No que se refere ao contexto brasileiro o primeiro movimento estudantil que
se tem registrado na história brasileira data de 1710, quando estudantes de
conventos e colégios religiosos se revoltaram contra os franceses que haviam
invadido o Rio de Janeiro. Estudantes também participaram na Inconfidência
Mineira, no movimento abolicionista, Proclamação da República, Revolução
Farroupilha no Rio Grande do Sul e Sabinada e Guerra de Canudos na Bahia
(POERNER, 1979).
A Liga Nacionalista, organização cujo objetivo era unir os jovens em prol de
campanhas de caráter cívico e social surge em 1901, e em 1917 tem-se a
Federação de Estudantes Brasileiros (MOURA 2005).
A Revolução Constitucionalista fez com que os jovens, mais organizados e
politizados se integrassem à Juventude Comunista e à Juventude Integralista
(POERNER, 1979, apud SCORSOLINI ET AL, 2006).
Com a fundação da USP – Universidade de São Paulo em 1934, e a criação
da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1937 o movimento estudantil brasileiro
se amplia e se aprofunda.
A partir de 1948, com a criação da entidade nacional secundarista a UBES –
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas os estudantes do ensino fundamental
e médio passam a ter sua representação própria, mas continuavam a participar dos
fóruns da UNE, principalmente nas atividades desenvolvidas pelo CPC – Centro
Popular de Cultura, órgão criado pela UNE, cuja proposta era favorecer por meio da
cultura, a conscientização, politização e organização do povo (GONÇALVES &
ROMAGNOLI,1976, apud SCORSOLINI ET AL, 2006).
No entanto, seguindo o contexto histórico mundial:
A década de 60 do século passado foi, com certeza, o momento histórico onde o Movimento Estudantil teve maior repercussão mundial, a maioria dos eventos políticos e culturais teve a presença dos estudantes enquanto seus protagonistas (CHAGAS, 2006, p. 4).
Em 1964, com o golpe militar, tem início uma perseguição aos movimentos
sociais buscando desorganizá-los. No que se refere ao movimento estudantil, a
exemplo de outros movimentos sociais, tiveram suas lideranças presas ou exiladas,
o que contribui para sua desorganização, pelo menos momentaneamente
(GONÇALVES & ROMAGNOLI, 1976 apud SCORSOLINI ET AL, 2006).
Com a edição do AI-5 – Ato Institucional n.º 5 em 1968 o Congresso Nacional
foi fechado, e se ampliou a repressão e a censura. Assim como a UNE, a UBES, os
Grêmios Estudantis foram fechados e nas escolas são fundados os CCE - Centro
Cívico Escolar, limitando-se a uma representação puramente burocrática dos
estudantes tanto no interior, como no exterior da unidade escolar. (GONÇALVES &
ROMAGNOLI,1976, apud SCORSOLINI ET AL, 2006).
A década de 1980 é marcada pela redemocratização das relações sociais e
políticas no país. Com a anistia política e a promulgação da Constituição de 1988
estabelece-se uma nova visão de direitos e deveres tanto do cidadão, quanto do
estado nacional. (ABRANCHES, 2003).
O retorno dos Grêmios Estudantis ocorre oficialmente em Outubro de 1985,
com a promulgação da Lei Federal n.º 7398/85, denominada Lei do Grêmio Livre
que conferiu autonomia aos estudantes secundaristas, passando a ser a entidade de
representação de seus interesses, com finalidades culturais, cívicas e sociais, sem a
presença do professor orientador, obrigatório no CCE (MOURA, 2005).
Apesar da legalização da organização dos grêmios ter ocorrido em meados
da década de 1980 o movimento estudantil só conseguiu se organizar de forma
efetiva na década 1990, contexto em que uma das principais reivindicações dos
estudantes era o efetivo funcionamento dos Grêmios Estudantis e um ensino público
de qualidade (MOURA, 2005).
Na década de 1990, o Movimento Estudantil também teve grande participação
no movimento que culminou com o impeachment do presidente Fernando Collor de
Mello.Após o impeachment , sob o comando do presidente Fernando Henrique
Cardoso se instaurou a reforma do Estado segundo princípios neoliberais incita as
iniciativas individuais e a competitividade, o que dificulta as lutas coletivas.
Nesse cenário foi elaborada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, norteada por princípios neoliberais. Nesta lógica, “[...] o Estado tem uma
dimensão de maior neutralidade na organização da vida social, servindo como
elemento aglutinador dos diferentes interesses que circulam na sociedade” (VIEIRA;
ALBUQUERQUE, 2002, p.21).
Nesta linha a lógica da concorrência de mercado estimula a competição e nas
ações cotidianas predomina o individualismo consequentemente, cresce o
desinteresse por organizações coletivas, visto que as pessoas se orientam pelo
espírito competitivo (OLIVEIRA, 2005).
Esse incentivo ao espírito competitivo e ao aumento do consumo se fez
presente nas orientações emanadas nas Conferências Internacionais de Educação,
realizadas na década de 1990 cujos acordos realizados fundamentaram a
organização da LDB 9394/96, contexto em que, aparentemente, tem-se assegurado
o espaço de participação dos discentes na gestão democrática da escola, conforme
garantido pelo Inciso II, do Artigo 14 desse instrumento legal que postula a
participação da comunidade em conselhos escolares (OLIVEIRA, 2005).
Todavia, no cotidiano escolar o que se constata de fato é a reduzida
participação das instâncias colegiadas, o que se configura na grande dificuldade de
se organizar a escola segundo os preceitos democráticos (GADOTTI, 2014).
3. GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão escolar atravessa, na atualidade, uma fase de amplas
transformações que se traduzem em diferentes medidas e têm por objetivos redefinir
o conceito de escola; reconhecer e reforçar sua autonomia e sua integração em
territórios educativos mais amplos vastos e adotar modalidades de gestão
específicas e adaptadas à diversidade das situações existentes (FERREIRA, 2008).
Esse modelo de gestão tem sua inserção no Art.14 do texto da LDB nos
seguintes termos: Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
I) participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola;
II) participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
Mendonça (2000) destaca que além dessas referências explícitas à gestão
democrática, tanto a LDB como a Constituição trazem em seu texto diretrizes e
procedimentos relacionados direta ou indiretamente a ela.
.No entanto, entendendo que a gestão democrática não se decreta, mas se
constrói coletivamente (MENDONÇA, 2000), ou ainda que “a democracia só se
efetiva por atos e relações que se dão no nível da realidade concreta, […], pois
democracia não se concede, se realiza” (PARO, 2000, p. 18), evidenciam alguns
desafios se colocam para sua efetivação nos sistemas de ensino e nos processos
formativos escolares que ocorrem nos espaços da escola, especialmente no que se
refere à participação e à autonomia.
Pode-se dizer que a participação e a autonomia compõem a própria natureza do ato pedagógico. A participação é um pressuposto da própria aprendizagem. Mas, formar para a participação é, também, formar para a cidadania, isto é, formar o cidadão para participar, com responsabilidade, do destino de seu pais (GADOTTI, 2014, p. 1).
Esses desafios, assim pensados consistem em priorizar a construção de um
novo modelo de gestão regulada pela efetivação de canais de participação,
descentralização do poder e de exercício de cidadania, o que implica garantir a
efetivação de seus princípios fundamentais: a participação política; a gratuidade do
ensino; a universalização da educação básica; a coordenação, planejamento e a
descentralização dos processos de decisão e de execução e o fortalecimento das
unidades escolares (GRACINDO, 2007).
Nesse sentido, ao percorrer o trajeto em busca da democratização, é
necessário superar a democracia dependente de concessões e criar mecanismos
capazes de construir um processo democrático ligado à escola, pautados na busca
de um conhecimento crítico da realidade, identificando os determinantes da
situação.
Considerando a escola o lócus central da qualidade de ensino, pela relevante
função social que lhe cabe essas questões ganham espaço e se concretizam numa
escola onde todos os segmentos envolvidos sintam-se atores do processo.
Nesse sentido o empenho pela gestão democrática contrapõe-se ao
centralismo da escola, que é a ponta do sistema educacional – em função da
ampliação da dimensão das estruturas centrais e intermediárias, da superação entre
o que se planeja e se executa no que se refere às ações educativas e a participação
da comunidade educacional das decisões referentes ao sistema de ensino
(MENDONÇA, 2000).
Conforme aqui salientado, a luta dos educadores para efetivar a educação
como exercício da cidadania, fundamentada num projeto de sociedade democrática,
defende a gestão democrática como essencial para se alcançar a qualidade social
da educação. Essa prática precisa estar fundamentada numa educação
emancipadora, que pressupõe a autonomia das pessoas e das instituições. Para
Bordignon (2005) isso implica numa empreitada coletiva pela autonomia,
emancipação e construção dos sujeitos, o que se exige a prática da participação,
que representa o ato de decidir e agir sobre o que lhes pertence.
De acordo com Paro (2007, p.107) para formar cidadãos participativos por
meio da escola[...] nossa preocupação precisa ser no sentido de “dispor as relações
e as atividades que nela se dão de modo a “marcar” os sujeitos que por ela passam
com sinais da convivência democrática”.
Na mesma linha Peroni (2010) afirma que é na prática que se aprende a
conviver numa sociedade democrática, no dia a dia da participação no exercício do
poder de decisão, contexto que deixa claro a necessidade de que o exercício da
participação esteja presente no cotidiano das práticas escolares, através de uma
política transformadora e emancipadora, no diálogo entre as áreas do conhecimento
e no processo de autoconhecimento, isso porque o exercício da democracia só se
estabelece com a prática, e clama cada vez mais pela participação da sociedade na
gestão das instituições (BORDIGNON, 2005; CURY, 2002).
Nesse sentido, uma escola que pretende atingir crescentes índices de
democratização de suas relações institucionais não pode deixar de considerar, como
parte integrante de seu projeto, o compromisso de participação (LUCK, 2006).
Conforme colocado por esses autores, a Gestão Democrática é um processo
que envolve toda a comunidade escolar, pais, alunos, professores e funcionários e
suas entidades representativas, cuja efetivação abrange as dimensões jurídica,
financeira pedagógica e administrativa.
A gestão democrática, conforme o exposto, não pode ser confundida somente
com a execução participativa das atividades educacionais, ela deve intervir na
formulação das políticas educacionais e no seu planejamento, sendo um método
que envolve as fases de pensar, planejar e fazer as políticas públicas no campo
educacional garantindo a participação da comunidade.
Sendo assim:
[...] a gestão democrática deve ser abordada no seu sentido amplo, como um conjunto de procedimentos que inclui todas as fases do processo de administração, desde a concepção de diretrizes de política educacional,passando pelo planejamento e definição de programas, projetos e metas educacionais, até as suas respectivas implementações e procedimentos avaliativos (MENDONÇA, (2000, p.96).
Do exposto destaca-se que a gestão na perspectiva democrática deve buscar
garantir a participação da comunidade escolar nas discussões sobre os rumos da
instituição. Ela se pauta em princípios de descentralização, autonomia, participação,
de forma a garantir a instituição vivenciar, no seu dia a dia, uma relação igualitária
na busca da defesa de seus interesses educacionais (LUCK, 2006).
O conceito de autonomia está relacionado às tendências mundiais de globalização e mudanças de paradigmas que têm repercussões significativas nas concepções de gestão educacional e nas ações delas decorrentes. Descentralização do poder, democratização de ensino e de sua gestão, busca crescentes de qualidade, instituição de parcerias, flexibilização de experiências, mobilização social pela educação, sistema de cooperativas e interdisciplinaridade na solução
e problemas são alguns dos conceitos relacionados a essa mudanças. Portanto, a autonomia da gestão faz parte de um conjunto de demandas e orientações, sem as quais a mesma não se realiza (LUCK, 2006, p.127).
Outro apoio conceitual do princípio da autonomia na gestão democrática:
[…] autonomia corresponde a uma forma de agir que caracteriza a capacidade de quem exercita, de assumir responsabilidade pelos seus atos, de comprometer-se com a melhoria, tendo como pano de fundo a visão de futuro do bem comum, os interesses amplos da sociedade e, no caso da educação, os fundamentos, princípios e objetivos educacionais que visam à formação competente dos seus alunos. Para tanto, não se pode transferir a outrem a responsabilidade que lhe cabe (LUCK, 2006, p.126).
Nesse contexto a participação é vista como um dos principais meios para
promover a gestão democrática.
[...] a participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura organizacional e de sua dinâmica, de suas relações com a comunidade, e propicia um clima de trabalho favorável a maior aproximação entre professores, alunos e pais (LIBÂNEO, OLIVEIRA, e TOCHI, (2007, p.329).
Do exposto depreende-se que a efetivação da gestão democrática passa pela
participação dos colegiados, associações e agremiações, constituídos por docentes,
discentes, funcionários, pais, alunos e comunidade.
Os órgãos colegiados têm possibilitado a implementação de novas formas de gestão por meio de um modelo de administração coletiva, em que todos participam dos processos decisórios e do acompanhamento, execução e avaliação das ações nas unidades escolares, envolvendo as questões administrativas,financeiras e pedagógicas (ABRANCHES (2003, p.54).
A implementação da gestão democrática, assim colocada, necessita do suporte
efetivo dos órgãos de gestão colegiada:
Um órgão colegiado escolar constitui-se um mecanismo de gestão da escola que tem por objetivo auxiliar na tomada de decisão em todas as suas áreas de atuação, procurando diferentes meios para se alcançar o objetivo de ajudar o estabelecimento de ensino, em todos seus aspectos, pela participação de modo interativo de pais, professores e funcionários. Em sua atuação, cabe-lhe resgatar valores e cultura, considerando aspectos socioeconômicos, de modo a contribuir para que os alunos sejam atendidos em suas necessidades educacionais, de forma global (LUCK, 2006. p.66).
Embora esse processo de gestão tenha avançado muito, ainda está longe de
ser considerado ideal, pois a simples existência do colegiado não assegura o
processo participativo. Os entraves desta participação configuram-se na falta de
incentivo, formação e conscientização da comunidade. “[...] Os indivíduos se
inserem nos colegiados, participam de suas atividades, mas não sabem definir o que
seria esta prática” (ABRANCHES 2003, p.67).
Conforme o autor, a comunidade demonstra dificuldade em participar da
gestão da escola, e, sendo assim, abre mão de seus direitos ao transferi-los à
direção da escola. Sendo assim, mostra-se necessário a realização de estudos e
orientações que subsidiem para a participação de todos de forma comprometida.
Portanto tornam-se necessários que as práticas de gestão sejam reavaliadas
com maior envolvimento de todos, para que as ações implementadas possam tornar
a gestão mais democrática, com instâncias colegiadas que, apesar de
independentes, estejam em permanente diálogo entre seus membros para que
ocorra uma gestão democrática e participativa.
Nesse processo, Conselho escolar, o grêmio Estudanti l e a APMF,
desempenham papel relevante na concretização do processo democrático nas
escolas públicas.
Nesse sentido faz-se necessário o incentivo à criação e ao fortalecimento dos
mecanismos de gestão democrática da educação. Nesse sentido o Grêmio
Estudantil adquire papel central, se pensado como instituição educativa que tem
como objetivo formar indivíduos participativos, críticos e criativos,como mecanismo
de participação dos estudantes nas discussões do cotidiano escolar em seus
processos decisórios. Essa participação contribui para a aprendizagem do jogo
democrático. Isso porque esses processos de participação constituem passo
importante para a democratização, possibilitando a implementação de uma nova
cultura nessas instituições, por meio do aprendizado coletivo.
Conforme se entende do exposto a democratização da escola não é tarefa
fácil, envolve as múltiplas relações com diferentes sujeitos sociais, bem como passa
pela afirmação e pela criação de espaços de participação dos alunos nas discussões
políticas e pedagógicas da escola.
Neste sentido, os alunos devem ser vistos como atores centrais desse
processo, o alvo a ser atingido pela gestão democrática, pois a formação de alunos
críticos, criativos e autônomos não vai ocorrer de forma espontânea, e deve ser
estimulada e facilitada numa gestão democrática.
3. O GRÊMIO ESTUDANTIL E A GESTÃO DEMOCRÁTICA
A instituição do Grêmio Estudantil, regida pela Lei 7.398 (Lei do grêmio livre),
que veio atender à reivindicação da UBES - União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas, com objetivos de contribuir para ampliar a participação dos alunos
nas atividades de sua escola, no sentido de proporcionar ao discente ter voz ativa e
participar das decisões da instituição.
Reivindicações, resistência, luta são elementos que fazem parte do contexto
histórico de diversos países, entre eles o Brasil. Dessa forma, a construção de uma
sociedade se dá por meio de mudanças dos ideais do povo e das políticas de um
período.
Nesse processo atualmente a questão da gestão escolar democrática e
Instâncias Colegiadas vem ganhando cada vez mais espaço nas análises,
discussões e reflexões nas Semanas Pedagógicas, nos Grupos de Estudos da
Secretaria Estadual de Educação (SEED) assim como nos espaços acadêmicos
(MARTINS, 2012).
Foi, portanto, no contexto das lutas pela democratização da gestão da
educação no Brasil, que os grêmios estudantis foram legalmente instituídos.
Paralelamente à eleição de diretor de escola e dos conselhos escolares, os grêmios
se firmaram como importantes instrumentos de luta, de afirmação e de valorização
dos alunos no cotidiano escolar. Nesse sentido, sua instituição visou romper com a
lógica da cooptação e da submissão impostas aos estudantes no âmbito de um
modelo de gestão escolar autoritário, tecnocrático e burocrático, então
predominante, que os afastava de participar da definição dos destinos da escola.
Portanto, no contexto de lutas e mudanças é que se insere o Grêmio
Estudantil, visto como parte integrante do processo de gestão democrática escolar .
Nesse sentido se pode afirmar ser o grêmio estudanti l um instrumento de
autonomia dos estudantes e um elemento vital para uma real democratização da
escola, pois sua existência ativa e representativa pressupõe intervenção concreta
dos alunos nos direcionamentos da escola.
Considerando-se que a Gestão Democrática de uma escola representa a
interação entre os diversos segmentos da comunidade escolar visando o melhor
aprendizado e a formação de sujeitos conscientes de seus deveres e direitos, esse
modelo de gestão deve ser pensada de forma a contemplar os interesses e as
necessidades coletivas, o que implica vincular-se a um processo social mais amplo
de organização de uma nova sociabilidade.
Moura (2005) afirma que a gestão democrática é a participação efetiva de
toda a comunidade escolar no projeto educacional, o grêmio estudantil, órgão
representativo dos estudantes deve participar das decisões que envolvem as
questões educacionais.
Não se pode desconsiderar que na contemporaneidade convive-se com uma
profunda acentuação do individualismo, que se manifesta através da
supervalorização do protagonismo, do próprio projeto individual das profissões
autônomas e independentes, numa sociedade cada vez mais desigual com,
consideráveis índices de desemprego, de violência, entre outras peculiaridades do
capitalismo.
Essa realidade os jovens desse contexto social convivem com uma situação
social diferente das décadas anteriores, que acaba por gerar anseios, necessidades
e características diversas, que caracterizam os jovens com maior grau de
competitividade, consumistas e preocupados com a concorrência do mercado. E são
essas algumas das dificuldades apontadas por alguns estudos para a organização
de seus alunos.
De acordo com Paro (2007, p.107) para formar cidadãos participativos por
meio da escola, formar, nossa preocupação precisa ser no sentido de “dispor as
relações e as atividades que nela se dão de modo a “marcar” os sujeitos que por ela
passam com sinais da convivência democrática”.
Peroni (2010) afirma que é na prática que se aprende a conviver numa
sociedade democrática, no dia a dia da participação no exercício do poder de
decisão, e Gutierrez e Catani (2008) complementam destacando que o exercício da
participação precisa estar presente no dia a dia da instituição.
Para isso é preciso desenvolver um trabalho sério e constante com todos os
no processo educacional, dando-lhes, espaço, voz e vez, visto que “[...] o indivíduo
se forma apropriando-se dos resultados da história social e objetivando-se no interior
dessa história, ou seja, sua formação se realiza através da relação entre objetivação
apropriação.” (DUARTE, 1993, p. 47).
A criação de tal espaço de participação possibilita aos alunos transformar a
sua realidade, propor alternativas lutar por direitos e, principalmente, exercer a
cidadania, o que configura o Grêmio Estudantil como parceiro fundamental na
construção de uma gestão democrática na escola (CARLOS, 2006).
O grêmio estudantil, no contexto delineado é a instância colegiada de máxima
representação dos estudantes da escola. Nessa instância os alunos podem defender
os seus interesses e direitos.
Galina e Carbello (2008, p. 32) afirmam que esta Instância “[...] deve
representar a vontade coletiva dos estudantes e promover a ampliação da
democracia, desenvolvendo consciência crítica”. Essa forma de organização
estudanti l é importante para a escola e para a sociedade, pois se pode configurar
em “[...] estratégia de atuação e intervenção nos processos decisórios da escola,
constituindo-se em ambiente de promoção e formação de lideranças”
4. METODOLOGIA
Serão convidados para participar do projeto, além dos alunos que formam o
Grêmio Estudantil da escola Estadual Anésio de Almeida Leite, também todos os
alunos do Ensino Médio da referida escola.
No intuito de atingir os objetivos propostos neste projeto se definiu pela
estratégia de oficinas como possibilidade de atingir os alunos participantes, visto que
estão em seu período de formação e internalização de conceitos.
Inicialmente será aplicado aos alunos participantes um questionário visando
levantar seus conhecimentos e percepções acerca dos grêmios estudantis.
Para facilitar o entendimento sobre o encaminhamento da oficina, adaptou-se
de Regina Maria de Sousa Fernandes , “Grêmio estudantil: Módulos e Oficinas:
atualizações em serviço da equipe escolar”que se compõe de parte teórica e prática.
4.1. Sensibilização ao tema
Nesse primeiro momento apresentar aos alunos o projeto e seus objetivos.
Mostrar slides que mostrem ser o grêmio estudantil o principal órgão de
representação dos estudantes dentro da instituição escolar.
Isso feito sensibilizar os alunos através de uma música, que pode ser
“coração de estudante” de Milton Nascimento, cuja letra deverá ser acompanhada
por cópias distribuídas aos alunos.
Refletir sobre a música, em especial sobre temas como liberdade,
participação, renovação, esperança, entre outros.
4.2. Apropriação do Tema
Pontuar os aspectos da movimentação estudantil na história do Brasil.
Fornecer subsídios teóricos sobre a importância da participação do jovem na
construção de uma sociedade democrática, plural e multicultural.
Refletir sobre a importância dos movimentos estudantis para a democracia
brasileira.
Analisar a atual legislação, concernente à proteção e participação do jovem
na sociedade brasileira.
Pontuar a legislação no que se refere ao fortalecimento dos grêmios nas
instituições escolares.
Subsidiar teoricamente os participantes de forma a reconhecer o que é um
Grêmio e uma gestão participativa
Aplicar um questionário (anexo 1) para verificar o conhecimento e percepção
dos alunos sobre o tema de forma a comparar essa reflexão prévia com as reflexões
produzidas no final do projeto.
4.3. Problematizando
Após leituras e reflexões sobre a participação dos jovens durante a ditadura
militar brasileira, exibição de recortes de filmes como Olga, Anos rebeldes, O que é
isso companheiro, entre outros, solicitar aos alunos, divididos em grupo que
elaborem questões sobre as dúvidas que têm e o que gostariam de saber sobre o
tema.
Exposição e reflexão sobre as questões elaboradas.
4.4.Finalizando
Temas para discussão e reflexão:
- O que é gestão escolar democrática
- Conceituando o Grêmio estudantil
- Grêmio e Gestão Participativa
- Problemas nas organizações estudantis depois das garantias legais
- O que a criação de um Grêmio deve favorecer na escola
- Situações que favorecem ou dificultam a formação e/ou atuação dos Grêmios
5. Praticando
- O passo a passo para a formação de um grêmio estudantil
- Oferecer conhecimentos e materiais práticos para formar e implantar um Grêmio
Estudantil numa unidade escolar.
- Simular a constituição de um Grêmio Estudantil, oportunizando aos alunos um
conhecimento
teórico-prático sobre formação e implementação de um grêmio estudantil.
4.5. Encerrando
Reaplicar o questionário inicial, com a finalidade de avaliar o trabalho efetuado e
identificar mudanças na postura dos alunos no que se refere aos conhecimentos
adquiridos no transcorrer do projeto, de forma a se construir novos comportamentos
sócio-culturais com relação ao tema em questão.
Solicitar aos alunos uma sistematização, através de textos, músicas, painéis para
socializar com a comunidade escolar as possibilidades de atuação dos grêmios
estudantis tendo em vista a melhoria da escola pública e contribuir para uma
transformação social.
5. REFERÊNCIAS
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ANEXO 1
QUESTIONÁRIO
1. Na sua escola tem grêmio estudantil?
2. Como foi a eleição do Grêmio em sua escola? 3. Como funciona o Grêmio Estudantil em sua escola?
4. Quais, na sua opinião são as funções do Grêmio estudantil? 5. O que você entende por gestão escolar democrática? 6. - Como voce vê a participação dos estudantes na escola e na sociedade,
hoje? 7. Quais são efetivamente os interesses dos jovens nos dias atuais?
8. Qual a importância de se incentivar os alunos a formarem os Grêmios Estudantis?
9. De que forma o Grêmio Estudantil deve atuar junto à direção da escola, da
APMF e do Conselho Escolar? 10. De que modo o Grêmio Estudanti l pode contribuir para a melhoria da escola
pública? 7- É importante motivar os alunos para a formação de um Grêmio Estudantil comprometido, atuante e crítico? Como se pode fazer isso?
8- Como o os grêmios estudantis podem atuar no processo de transformação social, política e cultural da sociedade?
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