os desafios da escola pÚblica paranaense na … · fontes históricas, os quais estão...
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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE EQUIPE PEDAGÓGICA DO PDE
IVANIR LOURDES MARQUES NALIN NOVOS CAMINHOS PARA AS FONTES HISTÓRICAS: ICONOGRAFIA, FOTOS E
OBJETOS
JACAREZINHO – PR 2014
UNIDADE DIDÁTICA DE HISTÓRIA
NOVOS CAMINHOS PARA AS FONTES HISTÓRICAS: ICONOGRAFIA, FOTOS E
OBJETOS
Série indicada: 9° ano do Ensino Fundamental
Professora PDE: Ivanir Lourdes Marques Nalin
Área PDE: História
Professor Orientador IES: Dr. Luis de Castro Campos Junior
NRE: Jacarezinho
IES vinculada: Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP Campus
Jacarezinho/Paraná
Escola de implementação: Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – E.F.M
Tema de Estudo: Fundamentos Teóricos Metodológicos para o Ensino de História.
Título: Novos Caminhos para as Fontes Históricas: Iconografia, Fotos e Objetos
RESUMO
O trabalho consiste na elaboração de uma Unidade Didática ou conjunto de
aulas destinadas ao 9° ano do ensino fundamental explorando o tema em estudo
“Fundamentos teóricos metodológicos para o ensino de História” e a Produção do
Material Didático”, dando ênfase ao título “Novos Caminhos para as Fontes
Históricas: Iconografia, Fotos e Objetos”. Serão utilizados textos de apoio, afim de
que possa sensibilizar os educandos sobre as diversas formas de encaminhamento
metodológicos existentes no ato de ensinar história por meio do uso de fontes,
linguagens ou recursos didáticos voltados a imagens: foto, iconografia e objetos.
Serão desenvolvidas atividades e procedimentos individuais e coletivos.
CARO (A) PROFESSOR (A)
Ensinar Historia para os educandos no atual contexto em que vivemos é um
desafio, tendo em vista que a escola tem que disputar a atenção com outros
mecanismos que, apesar de não substituírem em hipótese alguma as condições de
ensino e aprendizagem que ocorrem em sala de aula, contribuem nesse processo.
O ensino de História é dinâmico, os fatos históricos não se esgotam e assim
mesmo, em cada momento histórico há algo a ser explorado, presente em quaisquer
e meros elementos do nosso dia a dia, os quais ultrapassam os livros didáticos.
Diante desta perspectiva, é possível compreender que a História e a
historiografia são ricas, embora, no processo de ensino e aprendizagem ela se limite
ao costume, à explanação da narração de fatos históricos, empobrecendo-a; bem
como limitando o saber histórico de quem recebe a informação.
Desse modo, a presente Unidade Didática que ora apresento, destina-se a
colaborar para a formação da consciência histórica de crianças e adolescentes, por
meio da apresentação e sugestões de encaminhamentos metodológicos relativos ao
use de fontes, linguagens ou recursos didáticos voltados a imagens: foto, iconografia
e objetos.
Esta proposta tem como meta implementar no Colégio Estadual Anésio de
Almeida Leite – E.F.M, para os alunos do 9° ano do ensino fundamental, uma
proposta de atividades que visam apresentar informações sobre a utilização de
recursos didáticos voltados a imagens no contexto do ensino de História em sala de
aula.
Justifica-se esta proposta no sentido de realçar a importância da utilização
das mais diversas fontes históricas no processo ensino e aprendizagem da
disciplina, permitindo ao docente, não somente dinamizar sua prática em sala se
aula, mas, principalmente levar a essência da História aos alunos, indo além do
contexto político-econômico presente nas narrações dos fatos históricos, mas,
principalmente, desvelar os eventos nas entrelinhas da Historia e que também
constituem os Fatos Históricos, ampliando o horizonte histórico dos alunos a partir
das perspectivas socioculturais inerentes nos eventos que fazem parte da História.
Esta Unidade Didática foi elaborada por Ivanir Lourdes Marques Nalin e
representa o resultado parcial do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional),
na área de História, desenvolvido numa parceria entre a SEED – Secretária de
Estado da Educação – UENP – Universidade Estadual do Norte Pioneiro, sob a
orientação do Professor Dr. Luis de Castro Campos Junior.
O presente material deverá ser utilizado para o desenvolvimento da fase do
PDE intitulada Implementação Pedagógica, no Colégio Estadual Anésio de
Almeida Leite – E.F.M, localizado na cidade de Jacarezinho, no Estado do Paraná.
CARO (A) PROFESSOR (A)
Apresentar a proposta do projeto à equipe pedagógica da Escola, investigada com o
objetivo de que os mesmos compreendam o problema e os objetivos propostos.
Posterior à apresentação do projeto, fazer uma descrição minuciosa das atividades a
serem desenvolvidas com fontes históricas diversas.
BASE TEÓRICA
CARO (A) PROFESSOR (A) Este é o momento que é passado às bases teóricas para os alunos. Conceituação e contextualização sobre os temas propostos.
Nesse momento, para descontração, se possível mostrar a para os alunos os vídeos sobre Fontes Históricas, os quais estão disponíveis no site https://www.youtube.com/watch?v=6pPcwwCLORU https://www.youtube.com/watch?v=-fb5pzjT0ew https://www.youtube.com/watch?v=AYbfNha6mZ4 https://www.youtube.com/watch?v=oOrE2cPgTgI
FONTES HISTÓRICAS NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM
O ensino de História é algo amplo que deve ir além do livro didático, da
narração e valorização de personagens históricos, deve levar em deferência outras
possibilidades que contribuam para a elaboração do saber histórico, de modo que o
aluno consiga relacionar os fatos históricos com a sua condição de ser e estar no
mundo, aprimorando sua prática social. De acordo com Monteiro (2004), a
concepção de mundo, textos diversos e outras expressões históricas são insistas ao
cotidiano do indivíduo, elementos como filmes, fotografias, relatos orais, turismo de
ter outras perspectivas são elementos repletos de essência histórica que tem um
potencial significativo na prática pedagógica em sala de aula.
Nesse sentido Gasman (2007, p. 13) comenta:
Ensinar História não é ensinar repetições; é conduzir o aluno a aprender a adotar uma forma de pensamento crítico, a investigar fontes que informam os fatos, a avaliar fatos na base de critérios previamente estabelecidos, a discriminar fatos estudados sob ângulos generalizadores daqueles históricos, que procuram a individualização; é em suma levar o aluno a adquirir ou desenvolver categorias que o habilitem a situar-se a pensar historicamente.
Desta forma, é fundamental criar instrumentos históricos que proporcionam o
diálogo com o saber acadêmico. Destarte proporcionar um novo paradigma na
elaboração da história escolar é crucial para o processo de ensino/aprendizagem de
História em sala de aula, dentre estas perspectivas está o uso de fontes diversas.
Cerri e Ferreira (2007, p. 72) comentam:
[...] os questionamentos sobre o uso restrito e exclusivo de fontes escritas conduziu a investigação histórica a levar em consideração o uso de outras fontes documentais, aperfeiçoamento as várias formas de registros produzidos. A comunicação entre os homens, além de escrita, é oral, gestual, figurada, música e rítmica.
De acordo com Xavier (2010) o docente atua como mediador na sala de aula,
atuando entre o aluno e o conhecimento, assim, ao atender a função cognitiva
presente na aprendizagem, tem o potencial de transformar as fontes em
instrumentos para expor didaticamente ao aluno como a História é feita a partir dos
vestígios deixados por estas fontes, possibilitando compreender como o contexto
inserido nestas fontes contribuiu para a constituição social no tempo e no espaço.
Dentre as possibilidades de fontes históricas suscetíveis a ser utilizada em
sala de aula menciona-se a imagem e fotografia. O trabalho com fotografia e
imagem como fonte histórica, segundo Flamarion Cardoso e Mauad (apud PINSKY,
2010) é algo surpreendente, pois exige a tarefa de desvendar uma variedade de
significações, em que homens e signos dialogam na composição da realidade,
revelando aspectos da vida material de um determinado tempo do passado que a
mais detalhada descrição verbal não daria conta, exige uma avaliação que vai além
do contexto descritivo.
Seguindo Lissovsky (2003), ao permitir a sistematização da reflexão sobre
objeto e espaço ocorre o desenvolvimento metodológico do uso da imagem como
fonte histórica, de modo que quando o indivíduo fotografa determina uma ligação
entre o momento e o espaço que se identifica na imagem e o momento vivenciado
por ele. O contexto dos corpos presente na imagem também evidenciam
determinadas orientações como cultural, política, subordinação, hierarquia dentre
outras.
Holanda (apud ALBUQUERQUE, 1987, p. 21) comenta:
Toda coleção de fotografias é um exercício interessante de montagem da História. Uma fotografia, no caso, é um objeto que possui status pelas coisas identificadas e achadas — como fragmentos de um mundo que já não existe. A reabilitação de velhas fotografias — quando se torna abstrato e aberto a qualquer tipo de interpretação.
Segundo Kossoy (2002), é a materialidade e a representação presente na
imagem que faz da fotografia um documento real de fonte histórica, contudo,
ressalta o autor que é necessário se considerar que o processo de construção da
imagem, uma vez que a realidade fotográfica pode não corresponder à verdade
histórica, mas sim somente um registro de uma aparência, condição esta que faz
com que a fotografia permita interpretações múltiplas de um momento específico,
uma vez que uma expressão singular pode representar significações diversas.
Nesse sentido explicita Sônego (2010) ao colocar que a interpretação de uma
imagem sempre será subjetiva e diversa, de modo que ela não ser lida da mesma
forma por todos que a analisam.
Kossoy (2002, p. 231) reforça mencionando que: “[...] depende do quanto o
receptor projeta de si, em função de seu repertório cultural, da sua situação
socioeconômica, de seus preconceitos, de sua ideologia, razão por que as imagens
sempre permitirão uma leitura plural”.
Leite (apud MONTEIRO 2008) informa que a imagem não é evidente em seu
processo de comunicação, assim, a fotografia tem o potencial de forjar a realidade
que somente com a persistência do observar aliada à disposição de sentidos é que
se pode propiciar uma condição que permita o indivíduo reconhecer outros contextos
que vão além da percepção inicial que se tenta determinar.
A fotografia e qualquer outra representação de imagem tem o poder de forjar
uma realidade, de acordo com Monteiro (2008), a fotografia é uma convenção da
observação e uma fala de um olhar sobre o mundo, assim, as imagens podem ter
sentidos diversos e suscetíveis a interpretações múltiplas. Assim, em muitas
fotografias de outrora que implica na representação do progresso, pode trazer
subjacente à imagem outros contextos dissimulados.
As imagens que refletem o progresso, muitas vezes representadas pelo
domínio do homem sobre a natureza, são muito comuns em fotografias antigas que
integram a História de uma dada região, integrando a historiografia local, no entanto,
a questão envolvida nestas imagens esta na intenção presente nelas.
[...] remetem a uma produção de representações bastante significativa, de modo que os agentes envolvidos direta ou indiretamente no processo de ocupação (ou reocupação) de um espaço apropriam-se de imagens, com frequência, bastante antigas, as quais sobrevivem de diferentes formas na memória coletiva, e reconstroem-nas para determinados fins, amiúde, extremamente pragmáticos. (IVANO, apud ANDRÉ, 2005, p. 76).
Assim, as imagens presentes nas fotografias podem ser produtos de
determinadas condicionantes como socioeconômico, político, culturais dentre outros
variáveis, das quais são produzidas estribadas em representações sugeridas.
(ANDRÉ, 2005)
Cardoso e Vainfas (2012) mencionam que e o uso privado da fotografia pela
História se relaciona com as formas como as sociedades históricas recolhem,
preserva e processam os fragmentos de experiências cotidianas, assim, fotografar
situações implica na realização de escolhas que são orientadas por um conjunto de
valores sociais das experiências dos sujeitos históricos, compreendidos no âmbito
de sua classe, seus gêneros, a geração e etnia, portanto, são repletos de
historicidade.
Não obstante esta riqueza histórica presente nas fotografias, fundamental é o
cuidado em se considerar os contextos históricos nelas presente, principalmente ao
que se alude à questão do progresso, uma vez que muitas leituras podem ser
inerentes, interpretá-la somente em um sentido seria esvaziá-la como fonte histórica.
Já o trabalho com História Oral não é recente de acordo com Pinsky et al
(2010), historiadores gregos da Antiguidade já utilizam desta técnica para construir a
historiografia.
Thompson (apud KARNAL, 2007, p. 44) expõe que:
A História Oral é uma História construída em torno de pessoas. Ela lança a vida para dentro da própria História e isso alarga seu campo de ação. Admite heróis vindos não só dentre os líderes, mas dentre a maioria desconhecida do povo. Estimula professores e alunos a se tornarem companheiros de trabalho. Traz a História para dentro da comunidade e extrai a História de dentro da comunidade. Ajuda os menos privilegiados, e especialmente os idosos, a conquistar dignidade e autoconfiança. Propicia o contato – e, pois, a compreensão – entre classes sociais e entre gerações. E para cada um dos historiadores e outros que partilhem das mesmas intenções, ela pode dar um sentimento de pertencer a determinado lugar e a determinada época. Em suma, contribui para formar seres humanos mais completos. Paralelamente, a história oral propõe um desafio aos mitos consagrados da história, ao juízo autoritário inerente a sua tradição. E oferece os meios para uma transformação radical no sentido social da história.
Segundo Pinsky et al (2010) as possibilidades presentes na História oral se
relacionam com fato de ele permitir o conhecimento de experiências e modos de
vidas de diferentes grupos sociais. Nesse sentido, tem-se o acesso a uma variedade
de histórias no interior da História, que, conforme seu alcance e dimensão, permitem
alterar a hierarquia de significações historiográficas.
Outra possibilidade de Fonte Histórica que se relaciona diretamente com a
exploração das imagens e a História Oral e a História Local e Regional.
História Regional ou Local passa a ser a narração de uma memória, pois de
acordo com Selonk (s/d), o historiador criar “lugares de memória”, e que segundo
Pesavento (apud. SELONK, s/d p.4), tal ação resulta em perdas para a História
quanto para a memória, pois:
[...] deixa de sera mneme (involuntária e espontânea) decorrente de uma experiência vivida e passa a enquadrar-se nos ditames da anamnese (subordinada ao exercício externo de fazer lembrar e fazer esquecer).
É essa dinâmica que obstrui a evidenciação de uma História crítica,
justamente pelo fato de que a História Regional ou Local privilegiar a mneumonia,
que são representações narrativas que se propõem uma reconstrução do passado e
que se poderia chamar de registro de uma ausência de tempo, portanto, trata-se de
um subjetivismo romântico.
Segundo Cardoso e Vainfas (2012, p. 176):
Esta perspectiva que explora as relações entre memória e História possibilitou uma abertura para a aceitação do valor dos testemunhos diretos ao neutralizar as tradicionais críticas e reconhecer que a subjetividade, as distorções dos depoimentos e a falta de veracidade a elas imputadas podem ser encaradas de uma nova maneira, não como uma desqualificação, mas como uma fonte adicional para a pesquisa.
Quando ao patrimônio histórico, a sua preservação não se trata somente de
se manter viva a estrutura arquitetônica de um edifício, vai muito além dessa
perspectiva, trata-se da preservação da memória de um processo produtivo, que
envolve aspectos sociais, culturais e trabalhistas de um momento histórico, nesse
sentido, Evangelista (2011, p. 2):
[...] o gradativo entendimento dos remanescentes das atividades produtivas como documento histórico de interesse, surge atrelado à valorização da história industrial como parte integrante da herança cultural. A atribuição de valor histórico, por sua vez, alavancou análises mais precisas desses artefatos, possibilitando a evidenciação de atributos estéticos e simbólicos até então negligenciados.
Dessa forma, compreende-se que a preservação desse patrimônio, contribui
substancialmente para se entender a condição social de uma época, bem como
desvelar o sentimento individual de uma sociedade em relação a esse patrimônio.
De acordo com Evangelista (2011) esse sentimento é muito mais incisivo quando o
patrimônio histórico industrial envolve uma coletividade interiorana, justamente pelo
fato de que, em tese, toda a cidade, ao longo da existência da indústria, teve sua
vida relacionada de alguma forma com ela.
Dessa forma, compreende-se que a sociedade passa a guardar sentimentos
de afeição em relação ao patrimônio, mesmo que esmaecendo com o tempo, a
existência física da estrutura industrial alimenta esse sentimento e quando passa a
observar o descaso e o desinteresse por parte do Estado em relação a esse
patrimônio, passa a buscar, de alguma forma, meios para sua preservação, mesmo
que se incline a outra atividade. De acordo com Evangelista (2011), essa ação
buscada pela coletividade tem o objetivo de sustentar a História Local, muitas vezes
preteridas da própria História, consequentemente, contribuindo como uma fonte
significativa e incisiva para a prática pedagógica.
Conforme se observa, as possibilidades de fontes históricas a serem
trabalhadas como instrumento didático é amplo, permitindo ao docente dinamizar o
fazer histórico, bem como o processo ensino e aprendizagem.
ORIENTAÇÃO PARA O PROFESSOR
Antes de passar para os alunos as atividades propostas apresentar para os mesmos
o vídeo que explica através de uma entrevista o que vem a ser a iconografia. O
vídeo está disponível no site https://www.youtube.com/watch?v=eJy5QxUE75c e
tem a duração de 6 minutos.
ORIENTAÇÃO PARA O (A) PROFESSOR (A) Conversar com os alunos sobre a seguinte questão: Vocês já ouviram falar sobre a utilização de fotos, imagens e objetos na resolução de atividades de História e outras matérias. Após essa conversa informal, o professor mediador deve apresentar as atividades propostas.
ORIENTAÇÃO PARA O (A) PROFESSOR (A)
A primeira atividade deve ser realizada em dupla.
ATIVIDADES PROPOSTA
ATIVIDADE 1
Trabalhar a historicidade a partir da análise de imagem e fotografia
Figura 1 – Assentamento da Água da Pedra Fonte: SILVA, s.d.
CARO (A) PROFESSOR (A)
ANTES DE APRESENTAR AOS ALUNOS A ATIVIDADE, PASSAR AS
INFORMAÇÕES DA FOTOGRAFIA ACIMA
A fotografia acima se refere ao assentamento da Água da Prata, atualmente um dos
bairros do município de Jacarezinho- PR, o ano é 1888, de autoria desconhecida,
fotografia extraída da obra “O gato e Velho”, de autoria de Geraldo Silva. A fotografia
representa a origem do município de Jacarezinho em que desbravadores iniciavam a
colonização da região, no sentido de atender os interesses da cafeicultura, principal
atividade econômica do período.
ATIVIDADE A SER REALIZADA EM DUPLA
Para essa atividade o professor deve abordar para os alunos a História do local a
partir da imagem, nesse contexto, espera-se que os alunos tenham a competência
de compreender o contexto histórico sociocultural e econômico-político, relacionando
estes contextos com a História do Brasil como um todo.
1. Compreenda a imagem mediante ao contexto histórico sociocultural e econômico-
político relacionando o contexto da imagem com a História do Brasil como um todo.
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ATIVIDADE 2
Mediante o documento fotográfico responda o seguinte questionário
Figura 2 Fonte: da autora (2011)
Figura 3 Fonte: da autora (2011)
1. O documento fotográfico foi tirado em uma paisagem, preservada da
Roma Antiga.
Observe a imagem e com base nas explicações da professora ,escreva
para que servia o coliseu?, e como era a sociedade romana na época ?
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CARO (A) PROFESSOR (A)
Nesse momento explicar para os alunos, que se trata de um dos mais grandiosos
monumentos da Roma Antiga. Para um melhor entendimento, passar para os alunos
o documentário que traz o Coliseu como pauta. O documentário esta disponivel no
site https://www.youtube.com/what?v=PHYxlBFaUCQ e tem duração de 4 minutos.
2. Após assistir o documentário, faça uma pequena dissertação (dois parágrafos
apenas) sobre a foto, fazendo uma descrição não apenas da imagem, mas da
idéia passada por ela.
ATIVIDADE 3
CARO (A) PROFESSOR (A)
A terceira atividade tem possibilidades de exploração da
Historia Local e Oral. A atividade com exploração oral volta-se
a oralidade, ou seja, é possível a transmissão de
conhecimentos da memória humana. No caso da atividade em
questão, o professor deve pedir antecipadamente que os
alunos busquem saber com seus parentes e/ou conhecidos o
que sabem da história dos Galpões do Instituto Brasileiro do
Café na cidade de Jacarezinho – PR.
Apresentar para os alunos as fotos dos Galpões do Instituto Brasileiro
do Café na cidade de Jacarezinho – PR.
Figura 4 - Galpão do Instituto Brasileiro do Café em Jacarezinho-PR Fonte: Silva; s.d
Figura 5 - Galpão do Instituto Brasileiro do Café em Jacarezinho-PR Fonte: Silva; s.d
APRESENTAR PARA OS ALUNOS A HISTÓRIA DESSE INSTITUTO, BEM
COMO SUAS BENFEITORIAS PARA A CIDADE
O Instituto Brasileiro de Café contribui para o desenvolvimento de diversas
regiões, principalmente, em cidades interioranas, pois junto aos grandes barracões
da instituição havia longas ferrovias que transportavam as inúmeras sacas de café.
Junto a essas rodovias desenvolvia pequenas cidades contribuindo para o
aprimoramento econômico e social dessas localidades. Na cidade de Jacarezinho, a
mencionada instituição proporcionou o desenvolvimento de diversos bairros, em que
os funcionários dela passaram a residir neles. Atualmente, nestes bairros, como Vila
Setti e Jardim São Luiz ainda residem muito trabalhadores aposentados do IBC,
bem como da RFFSA – Rede Ferroviária Federal – S/A, importante para o transporte
de café para todo o Brasil.
No momento atual, os galpões do Instituto Brasileiro do Café, patrimônio
histórico do município está sendo consumido pelas ações de vândalos e do tempo.
CARO (A) PROFESSOR (A)
Nesse momento o professor mediador deve fazer
um sorteio entre os alunos, para que os mesmos
possam estar formando grupos para realizar a
próxima atividade.
DINÂMICA
Essa atividade tem como propósito que os alunos busquem esses identificar
antigos funcionários do IBC, os quais moram nos bairros Vila Setti e Jardim São Luiz
na cidade de Jacarezinho – Pr ,e faça uma entrevista com os mesmos. Essa
entrevista deve ser feita para que o aluno possa saber do desenvolvimento da
cidade ocorrido nessa época. Essa proposta ainda deve ser feita junto a
documentos públicos e arquivos de fotografias, possibilitando, com isso, relacionar a
influência desta realidade com um contexto mais amplo da história: como o
desenvolvimento da cafeicultura no Brasil, como ela contribui para o
desenvolvimento do Brasil, qual a influência política da cafeicultura no Brasil, a
importância do patrimônio histórico para a preservação da memória e outras
possibilidades.
Caro (a) Professor (a)
Nesse momento o professor mediador pode fazer um vista com os alunos nos
galpões do Instituto Brasileiro do Café, o qual fica nas proximidades da Vila Setti,
bem como ao Jardim Panorama. Antes da visita, os alunos precisam trazer de casa
uma autorização assinada pelos pais ou responsáveis. A autorização será fornecida
pela escola.
ATIVIDADE 4
CARO (A) PROFESSOR (A)
A atividade sobre a Catedral Diocesana de Jacarezinho, em seu contexto histórico social possibilita que o aluno tenha uma reflexão acerca da história da humanidade através de várias décadas, mostrando não ser a História Local e sim uma verdadeira configuração do mundo da época. Antes de apresentar o vídeo que fala sobre a Catedral, pedir que os alunos relatem o que sabem sobre a sua história. Esse relato deve ser feito e entregue para o professor mediador do projeto.
Apresentar para os alunos as duas imagens (fotos) da Catedral de
Jacarezinho, em seguida passar o vídeo sobre o referido patrimônio histórico
cultural, o qual se encontra disponível https://www.youtube.com/watch?v=ITq--
KqqL5Q com uma duração de 4 minutos e meio.
Figura 5 – Parte externa da Catedral Imaculada Conceição – Jacarezinho/Pr Fonte: da autora (2014)
PROFESSOR (A) Após apresentar o vídeo fazer um breve debate com fontes orais sobre a Catedral e sua história.
ATIVIDADE EM DUPLA
Dinâmica 1: a partir da foto apresentada, bem como do debate oral e do vídeo
de apoio, fazer uma dissertação relatando quais as características sociais que o
referido patrimônio traz em seu contexto histórico.
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Dinâmica 2: Pedir que os alunos façam uma pesquisa sobre a história da
construção da Catedral Imaculada Conceição, os quais devem ainda pesquisar
imagens interna e externa do patrimônio. Essa pesquisa deve ser feita no laboratório
de informática do Colégio. Após conclusão, a dupla irá confeccionar um cartaz sobre
a Catedral Imaculada Conceição.
Caro (a) Professor (a)
Conforme os alunos terminam, os
cartazes devem ser expostos para toda a
comunidade escolar.
SUGESTÃO
O professor mediador pode levar os alunos para fazer uma visita a Catedral. Essa
visita só deve ser realizada após autorização dos pais e responsáveis.
ATIVIDADE 5
CARO (A) PROFESSOR (A)
A próxima dinâmica será dinâmica será realizada a partir da foto
(imagem) da Torre Eiffel, a qual pode ser voltada a resolução de
problemas de física, bem como de matemática. Na dinâmica 1, o
exercício proposto esta disponível no site:
http://www.colegionomelini.com.br/midia/arquivos/2014/10/c67c8dce
ecfe0ad4c2b4b2d330d21741.pdf e o exercício 2
http://pt.wikibooks.org/wiki/Matem%C3%A1tica_elementar/Trigonom
etria/Trigonometria_do_Tri%C3%A2ngulo_Ret%C3%A2ngulo/Exerc
%C3%ADcios acessado em 11 de outubro de 2014.
Figura 7 – Torre Eiffel Fonte da autora (2011)
Figura 8 – Torre Eiffel vista de baixo e ao centro Fonte: da autora (2011)
Fazer um breve relato da história da Torre
Eiffel e suas principais características1.
Ela foi construída em 1889, em Paris, como parte das comemorações do
centenário da Revolução Francesa. Durante os preparativos para os festejos, o
governo francês decidiu construir um monumento para marcar a data. Promoveu-se,
então, um concurso para escolher o melhor projeto. Após analisar mais de 100
propostas, o comitê responsável optou pela idéia de uma torre, apresentada pelo
renomado engenheiro francês Gustave Eiffel.
Ele já havia trabalhado em inovadores projetos arquitetônicos, como a
construção da estrutura da Estátua da Liberdade, em Nova York. A ousadia da torre
de Eiffel, desenhada para ter 300 metros de altura, gerou na época muitas
discussões e desconfianças. Questionava-se não só sua utilidade, como também o
resultado estético da gigantesca estrutura metálica. Quando ela começou a ser
construída, um grupo de renomados escritores da época, como Guy de Maupassant
e Alexandre Dumas Junior, publicou no jornal Le Temps um "Protesto Contra a Torre
do Senhor Eiffel".
1 História disponível no site: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-construida-a-torre-
eiffel acessada em 10 de outubro de 2014.
CARO (A) PROFESSOR (A)
Após apresentar a história da Torre Eiffel, passar
para os alunos o documentário “Maravilhas
criadas pelo homem: Torre Eiffel”. Disponível no
site https://www.youtube.com/watch?v=-
cT5zImG2a8 com duração de 6 minutos e meio.
DINÂMICA 1
Resolva o que se pede:
1. A Torre Eiffel é uma torre treliça de ferro do século XIX localizada no Champ
de Mars, em Paris, que se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas
mais reconhecidas no mundo. Nomeada em homenagem ao seu projetista, o
engenheiro Gustave Eiffel, foi construída como o arco de entrada da Exposição
Universal de 1889.
1-Esboce a Torre Eiffel usando ,a Matemática o cálculo ,a Geometria e a
Artes_______________________________________________________________
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ATIVIDADE 6
Caro (a) Professor (a)
A próxima atividade é embasada na foto do Jardim do Castelo de Vesalhes. Para
maiores informações, passar para os alunos o vídeo “Maravilhas criadas pelo
homem: Versalhes” que fala sobre tal ponto turístico, disponível no site
https://www.youtube.com/watch?v=qxz8SUTbUzg acessado em novembro de 2014.
Figura 9 – Jardim de Versalhes Fonte: da autora (2014)
Caro (a) Professor (a)
A atividade sobre o Jardim do Castelo de
Versalhes será feita em grupo. Essa
atividade é relacionada à educação
ambiental, bem como com artes.
Dinâmica 1
Cada aluno deve confeccionar um desenho copiando o Jardim do Castelo de
Versalhes explicando como foi construído, aplicando a arte ,formas geométricas e a
preservação do meio ambiente Os cartazes deverão ser .expostos no ambiente
escolar
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta Unidade Didática teve como objetivo proporcionar material de apoio para
as aulas de História, bem como orientar e sensibilizar os educandos sobre as
diversas formas de encaminhamentos metodológicos existentes no ato de ensinar
História. O que viabiliza o uso de fontes, linguagens ou recursos didáticos voltados a
imagens como: foto, iconografia e objetos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, M. B. M. Pensando a fotografia como fonte histórica. Cad. Saúde Publica vol. 3 nº 3. Rio de Janeiro Julho/setembro 1987. Disponível em www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0102-311X1987000300008> Acesso em 20 de novembro de 2014. ANDRÉ, R. G. Um contexto, dois olhares: fotografias de natureza segundo José Juliani e Haruo Ohara. 2005. Disponível em www.ifch.unicamp.br acesso em 19 de novembro de 2014. BITTENCOURT, C. M. F. Ensino: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. CARDOSO, C. F.; VAINFAS, R. Novos domínios da história. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
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