outorga de direito de uso dos recursos hídricos · naturais,etc.) r$ 862,15 r$ 29,40 02 captação...
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Universidade de São Paulo
Escola Politécnica
Programa de Formação de Representantes da Indústria
Outorga de Direito de Uso dos RecursosHídricos
FIEP – Curitiba
18 de Novembro de 2014
Prof. Dr. Arisvaldo V. Méllo Jr.
Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental
Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisão
Sistema de Aproveitamento de RH - Cenário Atual
Problema Típico
U1 = 3 m3/s
U2 = 4 m3/s
U3 = 2 m3/s
U4 = 2 m3/s QAmbiental = 1 m3/s
Sistema de Aproveitamento de RH - Cenário Futuro
Problemas Típicos
U1 = 3 m3/s
U2 = 4 m3/s
U3 = 2 m3/s
U4 = 2 m3/s
QAmbiental = 1 m3/s
Conflitos de uso da água
� Disponibilidade quantitativa� Disponibilidade qualitativa� Disponibilidade quantitativa e qualitativa
� Alto Tietê (RMSP) � Piracicaba (PCJ) � Paraíba do Sul (PBS)
Como resolver o conflito?
Direito de uso da água
� Brasil� Constituição Federal de 1988� As águas constituem um bem de uso comum sob
domínio do Poder Público federal ou estadual� Domínio da União: rios e lagos que banham mais de um
Estado; servem de limites com outros países; se estendem ao estrangeiro ou dele provêm (Rios Paraíba do Sul, Paraná, Piracicaba)
� Domínio dos Estados: todos os corpos d’água subterrâneos; corpos hídricos superficiais que banham um só Estado (Rios Tietê, Sorocaba, Aricanduva, Billings)
Distribuição das outorgas emitidas pela ANA e pelos órgãos gestores estaduais de recursos hídricos para abastecimento
industrial até dezembro de 2012
Constituição Federal de 1988
� As águas são um bem de domínio do Poder Público mas não constituem seu patrimônio privado
� Cabe à União e aos Estados definir os critérios para permitir o uso desse bem
� Todo uso da água no Brasil deve ser autorizado pelo Poder Público
OUTORGA
Outorga de direito de uso da água
� Instrumento de gestão para alocação de águas previsto na PNRH – Lei Federal 9.433/97
� É uma autorização concedida pelo Poder Público ao usuário
� Quem concede a outorga?� Depende da dominialidade das águas
• Águas federais: Agência Nacional de Águas – ANA (Lei 9.984/2000)
• Águas estaduais: DAEE-SP, IGAM-MG (Lei 13.199/99), INEMA-BA, SEMARH-SE
Quem deve solicitar outorga?
� A outorga é exigida para todo uso que altere o regime, a quantidade ou a qualidade das águas� Captações superficiais
� Extrações subterrâneas
� Lançamentos de efluentes (tratados ou não)
� Aproveitamento hidrelétrico
� Canalizações, barramentos, travessias, proteção de leito, etc...
COMO O USUÁRIO SOLICITA COMO O USUÁRIO SOLICITA COMO O USUÁRIO SOLICITA COMO O USUÁRIO SOLICITA OUTORGAOUTORGAOUTORGAOUTORGA????
Quem deve solicitar outorga?
� São dispensados de outorga os pequenos núcleos populacionais de áreas rurais e os usos insignificantes
� A definição de usos insignificantes varia de uma bacia para outra e também de um Estado para outro� Rio Paraíba do Sul: até 1 L/s
� Rio São Francisco: até 4 L/s
UFCAPTAÇÃO
SUPERFICIALACUMULAÇÃO SUPERFICIAL
CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA
PE 0,5 L/s 200.000 m3 5 m3/dia (0,06 L/s)
BA 0,5 L/s 200.000 m3 0,5 L/s
MG
1 L/s em geral 5.000 m3 em geral
10 m3/dia (0,12 L/s)0,5 L/s em regiãode escassez
3.000 m3 em região
de escassez
RJ 0,4 L/s - 5 m3/dia (0,06 L/s)
SP 5 m3/dia (0,06 L/s) 1.000 m3 5 m3/dia (0,06 L/s)
RSCada bacia hidrográfica define os
valores considerados insignificantes2 m3/dia (0,024 L/s)
Usos insignificantes nos Estados
Fontes: Bahia – Decreto 6.296/97Minas Gerais – Deliberação CERH-MG 09/04Pernambuco – Decreto 20.423/98Rio de Janeiro – Lei 4.247/03 e Resolução CERHI 09/03Rio G. do Sul – Lei 10.350/94, Decreto 37.033/96, Decreto 42.047/02São Paulo – Decreto 32.955/91 e Portaria DAEE 2.292/06
0,5 L/s e
Acumulação Volume max de 3000 m3
1,0 L/s e
Acumulação Volume max de 5000 m3
Usos Insignificantes
Modalidades de outorga e Prazos em MG
MODALIDADES DE OUTORGA PRAZO MÁXIMO
CONCESSÃO(em casos de utilidade pública)
Obras, Serviços e Pessoa Física ou Jurídica35 anos
AUTORIZAÇÃO(se não configura utilidade pública)
Obras, Serviços e Pessoa Física ou Jurídica5 anos
PROCEDIMENTOS DE PROCEDIMENTOS DE PROCEDIMENTOS DE PROCEDIMENTOS DE SOLICITAÇÃOSOLICITAÇÃOSOLICITAÇÃOSOLICITAÇÃO
Questões importantes
� Base de dados hidrológicos suficiente� Séries históricas� Regionalização de vazões
� Processo de obtenção� Bem orientado (manual, formulários, planilhas, etc.)� Sistema automatizado (internet)� ART do responsável técnico pela elaboração do
processo de outorga e comprovante de recolhimento do valor da taxa
� Indicação da prioridade de uso� Custo do processo
• MG - captação em corpos d’água R$ 862,15 e R$ 29,40 para uso insignificante
Outorga de lançamento de efluente
� Parâmetros base na seção de lançamento e a montante (DBO, ...)
� Disponibilidade hídrica para diluição é Qp%
� As metas progressivas de melhoria da qualidade (enquadramento)
� A vazão máxima outorgável para diluição de efluentes por empreendimento � Critério: não deverá ser superior a 50% Qp%?
� Qual o critério de uso insignificante para lançamento de efluente?
� Lançamento de efluentes em corpos de água intermitentes pode-se estabelecer condições especiais
OUTORGA E LICENCIAMENTO OUTORGA E LICENCIAMENTO OUTORGA E LICENCIAMENTO OUTORGA E LICENCIAMENTO AMBIENTALAMBIENTALAMBIENTALAMBIENTAL
Outorga e licenciamento ambiental
� A outorga é pré-requisito do licenciamento ambiental?
� Empreendimentos com LA existente. Como proceder?� A outorga deverá observar as condições
estabelecidas no processo de LA?� Os empreendimentos poderão ser dispensados da
outorga?� Qual o critério de uso insignificante
Gestão de efluentes por bacia hidrográfica
Gestão de efluente por bacia
� A primeira convocação de empreendimentos para a regularização: sub-bacia do Ribeirão da Mata na Bacia do Rio das Velhas
� Classificação de empreendimentos (Deliberação Normativa n.º 1/1990)
Variável Potencial Poluidor/Degradador
Ar P P P P P P M M M M G
Água P P P M M G P M M G G
Solo P M G M G G P M G G G
Geral P P M M M G P M M G G
Lista de atividades – Anexo único DN 74/2004
Caracterização do emprendimento
Codificação: N-XX-YY-Z
N - Onde o empreendimento e atividade foi enquadradoXX - Número do item da tipologiaYY - Número do subitem da tipologiaZ - Dígito verificador da codificação do empreendimento/atividade
Exemplo: Indústria de produtos químicos - Formulação de fertilizantes (80.000 t/ano)
Código: C-04-19-7 Classificação: 2
C; XX – 04; YY – 19; Z - 7 Pot. Poluidor/Degradador : Ar = M; Água = P Solo = P; Geral = P
Porte: Capacidade instalada < 70.000 t/ano (pequeno); > 200.000 t/ano (grande); Demais (médio)
PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO DE PROCESSOS DEFERIDOS DE PROCESSOS DEFERIDOS DE PROCESSOS DEFERIDOS DE PROCESSOS DEFERIDOS E E E E RETIFICAÇÕESRETIFICAÇÕESRETIFICAÇÕESRETIFICAÇÕES
� Portaria nº 01624/2014Portaria nº 01624/2014Portaria nº 01624/2014Portaria nº 01624/2014 de 28/10/2014.de 28/10/2014.de 28/10/2014.de 28/10/2014. Autorização de direito de uso de águas públicas estaduais. Prc. 19553/2011 – Outorgante/Autorizante: Superintendente Regional de Regularização Ambiental do Norte de Superintendente Regional de Regularização Ambiental do Norte de Superintendente Regional de Regularização Ambiental do Norte de Superintendente Regional de Regularização Ambiental do Norte de MinasMinasMinasMinas. Outorgada/Autorizatária: L.R. Comércio de Petróleo LTDA - CNPJ: 02.266.623/0001-36. Poço Tubular. Bacia Hidrográfica: Rio Pacuí. UPGRH: SF06. Ponto captação: Lat. 16º49'53,4"S e Long. 43º55'21,8"W. Vazão Autorizada (m3/h): 4,15. Finalidade: consumo humano, com tempo de captação de 02:00 horas/dia e 12 meses/ano. Prazo: Até 14/05/2019, a contar do dia 29/10/2014, com possibilidade de renovação, na forma regulamentar. Município: Montes Claros. Obrigação da Outorgada/Autorizatária: Respeitar as normas do Código de Águas e Legislação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, bem como cumprir integralmente a condicionante descrita na portaria. Superintendente Superintendente Superintendente Superintendente Regional de Regularização Ambiental do Norte de Minas Regional de Regularização Ambiental do Norte de Minas Regional de Regularização Ambiental do Norte de Minas Regional de Regularização Ambiental do Norte de Minas –––– GislandoGislandoGislandoGislandoVinicius Rocha de Souza, por delegação de competência do Secretário Vinicius Rocha de Souza, por delegação de competência do Secretário Vinicius Rocha de Souza, por delegação de competência do Secretário Vinicius Rocha de Souza, por delegação de competência do Secretário de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentável na resolução de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentável na resolução de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentável na resolução de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentável na resolução SEMAD nº 1280, de 04/03/2011.SEMAD nº 1280, de 04/03/2011.SEMAD nº 1280, de 04/03/2011.SEMAD nº 1280, de 04/03/2011.
29/10/2014
PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO DE PROCESSOS INDEFERIDOSDE PROCESSOS INDEFERIDOSDE PROCESSOS INDEFERIDOSDE PROCESSOS INDEFERIDOS
� Portaria de nº 01535 de 14/10/2014. Portaria de nº 01535 de 14/10/2014. Portaria de nº 01535 de 14/10/2014. Portaria de nº 01535 de 14/10/2014. Indeferimento de direito de uso de recursos hídricos. Proc. nº: 26431 de 05/11/2013. Requerente: Egberto Batista Souto. CNPJ/CPF: 779.306.737-15. Curso d’água: Rio Caatinga. Bacia Hidrográfica Estadual: Rio Paracatu. Município: João Pinheiro. Fundamento: Indisponibilidade hídrica. Pedidos de Reconsideração e Recurso deverão observar a Portaria IGAM nº 49 de 01 de julho de 2010. Esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 14/10/2014. Diretora Geral – Marília Carvalho de Melo.
15/10/2014
Código ModalidadeAnálise
PublicaçãoInsignificante
01 Captação em corpos de água (rios, lagoasnaturais, etc.) R$ 862,15 R$ 29,40
02 Captação em barramento em curso de água,sem regularização de vazão R$ 1.138,95 R$ 29,40
03Captação em barramento em curso de água,com regularização de vazão (Área máximainundada menor ou igual 5,00 HA)
R$ 1.970,28 R$ 29,40
09 Captação de água subterrânea por meio depoço manual (cisterna) R$ 862,15 R$ 29,40
18 Lançamento de efluente em corpo de água R$ 2.645,31 -
30 Retificação R$ 742,72 R$ 124,30
Valores de custos de análise e publicações por modo de uso de recurso hídrico
Código Qtde. Inicial Qtde. Final Valor Análise
25 3 5 R$ 4.322,22
25 6 10 R$ 4.959,00
25 11 15 R$ 8.644,50
25 16 20 R$ 9.281,27
25 21 25 R$ 12.966,73
25 26 30 R$ 13.603,51
: : : :
25 95 100 R$ 43.911,76
Uso Coletivo – Processo único de outorga
Prazo da outorga de direito de uso da água em SP
MODALIDADES DE OUTORGAPRAZO
MÁXIMO
CONCESSÃO (em casos de utilidade pública) 10 anos
AUTORIZAÇÃO (se não configura utilidade pública) 5 anos
LICENÇA (execução de obras hidráulicas) Fim das obras
• As outorgas podem ser renovadas
• O requerimento de renovação deve ser solicitado ao DAEE até 6 meses antes do vencimento da outorga
Situações em que a outorga é cancelada (SP)
• Se o titular não fizer uso do recurso hídrico durante 3 anos consecutivos
• Se houver descumprimento das condições da outorga: vazões de captação, de lançamento, requisitos de qualidade.
• Suspensão temporária: pode ocorrer em caso de aumento das demandas ou insuficiência hídrica para atendimento a todas as demandas
Vazão máxima outorgável
� Cada bacia define um volume (ou vazão) máximo que se pode outorgar para captações
� Em geral, esse limite máximo de retiradas é definido com base em cenários de escassez hídrica ⇒ Vazão de referência
Vazão máxima outorgável
� Como se define o cenário de escassez hídrica?
� Qual vazão de referência é adotada?
� Em geral se adotam:� Vazões de permanência: Q95%, Q90%, etc...
� Vazão mínima: Q7,10
Vazões de permanência (QP%)
• Vazão associada a determinada frequência de ocorrência.
• No estudo de mínimas: é a vazão relacionada com a porcentagem do tempo em que ela é igualada ou superada.
– Q90% : vazão que é igualada ou superada em 90% do tempo
• São obtidas a partir da Curva de Permanência (ou Curva de Duração)
Vazões de permanência
Curva de duração - posto 5B-010
1
10
100
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Freqüência de excedência P(%)
Q (
m3/
s)
Q90% = 2 m3/s
Vazões de permanência (QP%)
• Como construir uma curva de permanência?
– Ordenar as N vazões da série histórica em ordem decrescente
– Atribuir a cada vazão sua respectiva ordem m de classificação
– Associe a cada vazão sua frequência empírica de ser igualada ou superada (P = m/N+1)
Critérios de outorga pelas QP%
UF VAZÃO MÁXIMA OUTORGÁVEL
BAHIA80% da Q90% em rios perenes
95% da Q90% em rios intermitentes
GOIÁS 70% da Q95%
PARANÁ 50% da Q95%
Fontes: Bahia – Decreto 6.296/97Goiás – Resolução SEMARH 09/04Paraná – Decreto 4.646/01
Vazão máxima outorgável = K . QP%
UF VAZÃO MÁXIMA OUTORGÁVEL
MG 30 a 50% da Q7,10
RJ 50% da Q7,10
SP 50% da Q7,10
Fontes: Minas Gerais – Resolução Semad-IGAM n. 1548/2011Rio de Janeiro – Portaria SERLA 307/02São Paulo – Lei 9.034/94
Vazão máxima outorgável = K . Q7,10
Critérios de outorga pela Q7,10
Vazão Q7,10
� Média histórica das vazões mínimas de 7 dias consecutivos, com período de retorno de 10 anos
� Variável utilizada na avaliação de mananciais para abastecimento público
� Usada como Vazão de Referência para outorga, mas não leva em conta critérios ambientais, nem econômicos
Més diajan/30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 ...
0,2 0,3 0,3 0,3 0,2 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 0,3 0,3 0,4 0,5 ...fev/30 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,8 0,7 0,6 0,6 ...
mar/30...
dez/30
Mês Q1-7 Q2-8 Q3-9 Q359-365 Q7 mínima
Jan 0,21 0,21 0,2 ... 0,2
Vazão diária (m3/s)
Cálculo da Q7,10
Ano Q7 Ord P T (anos)
1930 0,2 1 0,08 13,0
1931 0,7 2 0,15 6,5
1932 1,1 3 0,23 4,3
1933 1,3 4 0,31 3,3
1934 1,8 5 0,38 2,6
1935 2,2 6 0,46 2,2
1936 2,7 7 0,54 1,9
1937 2,9 8 0,62 1,6
1938 3,5 9 0,69 1,4
1939 4,6 10 0,77 1,3
1940 4,9 11 0,85 1,2
1941 5,2 12 0,92 1,1
1942 5,6 13 1,00 1,0
Q7,10 = 0,43
� �1
�
Critérios
Vazão máxima outorgável
K Q7,10 (m3/s)
100% 0,430
50% 0,215
30% 0,129
Vazão máxima outorgável = K . Q7,10
SigRH
Métodos de Regionalização de Vazões
COMO DETERMINAR A VAZÃO COMO DETERMINAR A VAZÃO COMO DETERMINAR A VAZÃO COMO DETERMINAR A VAZÃO OUTORGÁVEL EM UMA OUTORGÁVEL EM UMA OUTORGÁVEL EM UMA OUTORGÁVEL EM UMA SEÇÃO SEM DADOS SEÇÃO SEM DADOS SEÇÃO SEM DADOS SEÇÃO SEM DADOS HIDROLÓGICOS?HIDROLÓGICOS?HIDROLÓGICOS?HIDROLÓGICOS?
� Existência e confiabilidade dos dados hidrológicos
� Limitações dos métodos de regionalização de vazões
� Imposição dos limites máximos outorgáveis
� Ausência de diretrizes a se adotar em bacias críticas
Dificuldades na aplicação da outorga
Adoção de um critério fixo em todo o território
Incompatibilidade com a realidade das bacias
Critérios de outorga pela QR
� Inconveniências
Bacia A
ALTAS VAZÕES
BAIXA OCUPAÇÃO
ECONOMIA INCIPIENTE
Critério pode ser mais permissivo
Bacia Z
ESTRESSE HÍDRICO
ALTA OCUPAÇÃO
MUITOS CONFLITOS
Como conceder novas outorgas?
Território
� Inconveniências
Adoção de um critério fixo em todo o território
Desconsideração dos diferentes perfis de demanda
Critérios de outorga pela Qp%
Sazonalidade
Garantia de atendimento
Capacidade de reservação
Atributos de cada usuárioBacia
USO RURAL
irrigação arroz
criação de gado
INDÚSTRIA
bebidas
metalurgia
ABASTEC. URBANO
Critérios de outorga pelas QR
� Inconveniências do critério� Intervalo de vazões utilizado� Incertezas na precipitação
• Distribuição temporal e espacial irregular• Imprevisibilidade de afluências
� Critério fixo aplicado a bacias distintas� Em um cenário de indisponibilidade hídrica
� As outorgas pode ser suspensas em caso de escassez hídrica
� Abastecimento humano e dessedentação animal devem ser priorizados sobre os demais usos
A lei, entretanto, não define os critérios a serem considerados na alocação em situações de escassez.
Modelo OutorgaLS
ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃOALTERNATIVAS DE SOLUÇÃOALTERNATIVAS DE SOLUÇÃOALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO
O que é gestão de Recursos Hídricos?
� Alocar água na quantidade necessária� Onde e quando necessário� Com padrões de qualidade compatíveis
com os usos� Com garantias ditadas por parâmetros
sociais e econômicos� De forma sustentável e equitativa� A custos razoáveis para a sociedade
Gerir recursos hídricos essencialmente um problema de alocação de água
O problema de alocação de água é caracterizado por:
� Incertezas de diversas naturezas� Interações complexas no ciclo hidrológico e no sistema
construído pelo Homem� Conflitos entre usos, usuários, setores de atividades, etc.� Investimentos de grande porte� Necessidade de planejamento a longo prazo� Sistemas de Recursos Hídricos dinâmicos� Impactos ambientais, sociais e econômicos� Participação de grupos heterogêneos no processo
decisório� Mudanças climáticas aumentam as incertezas sobre
escassez hídrica e pode diminuir a segurança hídrica
53
Base Institucional Base Técnica
� Direitos de uso (prioridades)
� Agências
� Capacitação
� Processos decisórios
� Sistema de financiamento
� Participação pública
� Base legal
� Sistemas de informação
� Sistemas de suporte a decisões
� Treinamento
� Pesquisas
� Estudos técnicos
� Redes de monitoramento
Arcabouço Conceitual
Instrumentos analíticos(modelos matemáticos e SSD)
� Em bacias críticas adotar a alocação negociada de água� Analisar a outorga com base numa avaliação de risco
considerando as possibilidades de alteração do regime hidrológico e as preferências dos grupos de usuários da água
� Sistema eficaz de monitoramento, cadastro e fiscalização para embasar critério melhores elaborados de suspensão ou redefinição da outorga
� Situações críticas� Regras de fila para cortar usos menos prioritários� Outorgas conjuntas para grupos de usuários� Utilização de instrumentos econômicos com vistas à redução
do consumo� Ampliação e aprimoramento dos sistemas de informação� Envolvimento dos Comitês de Bacia e da Comunidade em
programas de gestão de demanda
Alternativas
Modelos de Rede de Fluxo
58
� Demandas consuntivas e de "passagem"
� Produção de energia elétrica � Operação de reservatórios � Perdas por evaporação em
reservatórios� Perdas por infiltração em
canais e reservatórios
� Relações entre águas subterrâneas e superficiais
� Vazões de retorno de irrigação e outros usos
� Importação e exportação de água
Podem ser generalizados para simular a maioria dos elementos presentes em um sistema
Dados de entrada Resultados
� Topologia do sistema
� Vazões de referência
� Demandas
� Vazões regularizadas
� Prioridades das demandas e dos níveis dos reservatórios
� Distribuição da água por toda a rede
� Déficits
� Confiabilidade do suprimento de água
� Subsídios para o estabelecimento do sistema de outorga
OutorgaLS
Formulação da Rede de Fluxo
61
Função objetivo, onde e ci,j é o custo de transitar a vazão qi,j
pelo elo que liga o nó i ao nó j (é a variável de decisão)
A rede é “capacitada”, ou seja, os elos obrigatoriamente devem ter uma capacidade inferior e outra superior (pode ser I= 0 e U= 999999)
A rede é “conservativa”, ou seja, tudo que chega ao nó jdeve sair dele
jNós de origem i
Nós de destino k
∑∑= =
N
i
N
jijijqc
1 1
min
N1,..., j i,
todopara
,
=
≤≤ ijijij uql
0=− ∑∑∈∈ jj Ok
ikIi
ij qq
li,j e ui,j: capacidades inferior e superior do elo
Custos e Prioridades
� Custos e Prioridades (são uma coisa só)
� C = 10.P – 1000
� Escala de 1 a 99
� O modelo atende as demandas na ordem das prioridades de 1 a 99
62
P = 1 → C = 10 . 1 – 1000 = - 990
P = 99 → C = 10 . 99 -1000 = -10
P = 0 → C = 10 . 0 – 1000 = -1000
P = 100 → C = 10 . 100 – 1000 = 0
Limites adotados no OutorgaLS
Atendimento às Demandas
64
D1 = 40
P1 = 10Indústria
Cidade
Irrigação
Vini = 90
P = 90
Influxo = 5L0
L3
L2
L1
D2 = 10
P2 = 2
D3 = 50
P3 = 50
∑∑= =
N
i
N
jijijqc
1 1
min
N1,..., j i,
todopara
,
=
≤≤ ijijij uql
0=−∑∑∈∈ jj Ok
ikIi
ij qq
ktijtktktktktk qwEIVV ,,,,1,, −−−+= −
Min C = -100.qR – 900.qD1 – 980.qD2 – 500.qD3
0 ≤ qR, qD1, qD2, qD3 ≤ 1000
Vk ≥ 0
C1 = 10.10 – 1000 = -900
C2 = 10.2 – 1000 = -980
C3 = 10.50 – 1000 = -500C0 = 10.90 – 1000 = -100
Solução possível:
Retirar 90 hm3 do reservatório
Atender 40 hm3 a Irrigação com déficit (menor prioridade)
Min C = -100.90 – 900.40 – 980.10 – 500. 40 = -46700
Vk = 90 + 5 – 90 = 5
D = 50
P = 50
D = 10
P = 2
D = 40
P = 10
Atendimento às Demandas
66
Capacidade
1010
4040
5050
O que fazer com o excesso de água?É necessário estabeleceruma escala de prioridadespara os reservatórios.
Vinicial = 120
D=50
P= 50
D= 10
P= 2
D= 40
P=10
Volume meta definido pelos usuários
67
Vinicial= 120
Capacidade
1010
4040
5050
Vmeta= 150
P= 90
Neste exemplo o
excesso de 20 ficará
armazenado no reservatório
D = 50
P = 50
D = 50
P = 50
D = 10
P = 2
D = 10
P = 2
D = 40
P = 10
D = 40
P = 10
Atendimento às Demandas e Volumes meta
68
Vinicial = 120
Capacidade
1010
4040
00
Vmeta= 150
P= 40
O reservatório
armazenará 70
AplicaçãoAnálise de outorga
Alocação de água em um sistema de recursos hídricos que se desenvolve
ao longo do tempo
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Problema – Primeira Parte
� Um sistema de recursos hídricos atende a quatro demandas sendo que o abastecimento de água da cidade deve ser plenamente realizado
� O Res1 foi construído para regularizar uma vazão de 4,5 m3/s
� O distrito de irrigação existente na região deseja obter confiabilidade do seu suprimento atual
� Um importante grupo industrial pretende construir uma planta na bacia e existe grande interesse na região de que isto efetivamente aconteça
1) Construa a rede de fluxo em sua configuração final conforme esquema acima
2) Para analisar a situação atual a capacidade de regularização de Res 1 = 4,5 m3/s
3) Vazões de retorno, perdas por infiltração e evaporação podem ser consideradas insignificantes
Demanda Vazão (m3/s) Prioridade
Ambiental 1,0 Primeira
Cidade 1,0 Segunda
Irrigação 2,0 Terceira
Indústria 1,5 Quarta
A B C
AmbientalRes 1
Irrigação Cidade Indústria
Tip
o
No
me
De
man
da
(m3/s
)
Reservatório Res1 -
Demanda Irrigação 2,0
Demanda Cidade 1,0
Demanda Indústria 1,5
Demanda Ambiental 1,0
Demanda Dreno 10
Passagem 1, 2, 3, 4 -V
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(m3
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Situação atual
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Solução da primeira parte
� Quais as demandas atendidas?
� Quais os déficits?
Rode o OutorgaLS e analise os resultados
Uso Demanda (m3/s) Vazão fornecida (m3/s)
Irrigação 2,0 2,0
Cidade 1,0 1,0
Indústria 1,5 0,5
Ambiental 1,0 1,0
Problema – Segunda Parte
� Na primeira parte deste problema constatou-se que
não é possível abastecer a indústria com 100% de
garantia com o Res1, mas o abastecimento da
irrigação e da cidade foram atendidas plenamente
� Para melhorar esta situação pode-se bombear água
de uma bacia vizinha onde poderá também ser
construído um reservatório Res2 cuja capacidade
máxima é 30 hm3. A entidade ambientalista local
limitou a capacidade de bombeamento a 1,5 m3/s.
� Analise as melhorias devidas a este bombeamento
75
A B C
AmbientalRes 1
Irrigação Cidade Indústria
Res2Qmax = 1,5 m3/s
Questões relevantes• Qual a capacidade do Res2?• Quais as garantias de atendimento das demandas caso haja redução das vazões regularizada?
Rode o OutorgaLS e analise os resultados
77
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(m3/s
)
Reservatório Res1 -
Reservatório Res2 -
Demanda Irrigação 2,0
Demanda Cidade 1,0
Demanda Indústria 1,5
Demanda Ambiental 1,0
Demanda Dreno 10
Vaz
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- 20
- 40
- 10
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(m3
/s)
Pri
ori
dad
e
4,5 90
1,5 90
- 30
- 20
- 40
- 10
- -
Situação atual Situação 2
Resultados – Segunda Parte
Uso Demanda (m3/s) Vazão fornecida (m3/s)
Irrigação 2,0 2,0
Cidade 1,0 1,0
Indústria 1,5 1,5
Ambiental 1,0 1,0
Problema – Terceira parte
�Uma nova indústria deseja se instalar na bacia e precisa de uma demanda 1 m3/s e pretende obter outorga para iniciar sua operação
�Analise esta situação considerando que a indústria 2 tem uma demanda de 1 m3/s
79
80
A B C
AmbientalRes 1
Irrigação Cidade Indústria
Res2 Qmax = 1,5 m3/s
Questão relevante• Quais as garantias de atendimento das demandas caso haja redução das vazões regularizada?
Rode o OutorgaLS e analise os resultados
Indústria 2
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(m3/s
)
Reservatório Res1 -
Reservatório Res2 -
Demanda Irrigação 2,0
Demanda Cidade 1,0
Demanda Indústria 1,5
Demanda Ambiental 1,0
Demanda Indústria 2 1,0
Demanda Dreno 10
Vaz
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gula
riza
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(m3
/s)
Pri
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dad
e
4,5 90
1,5 90
- 30
- 20
- 40
- 10
- -
- 99
Situação atual
Vaz
ãore
gula
riza
da
m3
/s)
Pri
ori
dad
e
4,5 90
1,5 90
- 30
- 20
- 40
- 10
- 40
- 99
Situação 3
Resultado – Terceira Parte
Uso Demanda (m3/s) Vazão fornecida (m3/s)
Irrigação 2,0 2,0
Cidade 1,0 1,0
Indústria 1,5 1,5
Indústria 2 1,0 0,5
Ambiental 1,0 1,0
A Indústria 2 não pode se instalar na bacia?
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