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Universidade Federal de Viosa
Centro de Cincias Exatas e Tecnolgicas
Departamento de Arquitetura e Urbanismo
INOVAES TECNOLGICAS E MULTIPLICIDADE FUNCIONAL
NA ARQUITETURA DOS ESTDIOS CONTEMPORNEOS
Plano de pesquisa apresentado ao curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Federal de Viosa, como parte
dos requisitos exigidos pela disciplina ARQ 398 - Trabalho
de curso Fundamentao.
Aluno: Felipe Bruno Lima da Silva
Orientador: Prof. Tlio Mrcio de Salles Tibrcio
Viosa, Agosto de 2010
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[...] A arquitetura depende de seu tempo. a cristalizao de sua
estrutura interna, o lento desenrolar da sua forma. Esta a razo
pela qual a tecnologia e a arquitetura esto to intimamente
relacionadas. Nossa esperana que cresam juntas, para que um
dia, uma seja o reflexo da outra. S ento teremos uma arquitetura
digna de seu nome: Arquitetura como um verdadeiro smbolo de
nossos tempos.
Mies van der Rohe (1886 1969)
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Temtica: Arquitetura esportiva
Tema: Arquitetura de estdios
Ttulo: Inovaes tecnolgicas e multiplicidade funcional na arquitetura dos estdios
contemporneos.
APRESENTAO
Em cumprimento s exigncias da disciplina ARQ 398 Trabalho de curso /
Fundamentao, fez-se necessrio a elaborao e apresentao desse plano de
pesquisa. O presente trabalho busca delimitar o tema a ser desenvolvido na monografia,
que tem como objetivos dar o embasamento terico e identificar as informaes
necessrias para a elaborao de um projeto arquitetnico, a ser desenvolvido na
disciplina ARQ 399 Trabalho de curso/ Proposio.
As disciplinas so oferecidas pelo Departamento de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal de Viosa (UFV) como requisitos necessrios obteno do ttulo
de Arquiteto e Urbanista.
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SUMRIO
1. INTRODUO.......................................................................................05
2. FORMULAO DO PROBLEMA..........................................................06
3. DELIMITAO DO OBJETO DE ESTUDO...........................................07
4. JUSTIFICATIVA E RELEVNCIA DO TEMA........................................08
5. OBJETIVOS...........................................................................................08
6. METODOLOGIA....................................................................................09
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES........................................................10
8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................10
9. BIBLIOGRAFIA INDICADA....................................................................11
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1. INTRODUO
O Rugby tem origem semelhante do Futebol, na Inglaterra do sculo XIX. Deacordo com Brown et al(2007) o esporte ganhou esse nome devido cidade de Rugby,
no condado de Warwickshire,Inglaterra local onde teria sido jogado pela primeira vez.
Segundo a lenda, em 1823, Willian Webb Ellis estudante do Rugby College, teria
pegado a bola com as mos no meio de campo e infligindo as regras do jogo de futebol,
correndo at a linha de fundo do adversrio. Seria o incio das regras de um novo jogo.
A verdade que o esporte se popularizou na Inglaterra, e em 1863 o rugby foi
finalmente reconhecido como esporte. Atualmente o segundo em equipe mais popular
no mundo, sendo superado apenas pelo futebol. Disputado em mais de cem pases,
extremamente popular no Reino Unido, Austrlia, Nova Zelndia e frica do Sul, sendo
essas as grandes foras do esporte. tambm bastante popular na Frana, Itlia e
Argentina.
Segundo Mazzoni (1950) o rugby foi introduzido no Brasil no sculo XIX, mas
precisamente em 1875, quando da fundao do Paissand Cricket Clube. Porm, o
esporte s comeou a ser praticado de fato quando Charles Miller, tambm conhecido
por introduzir o Futebol no Brasil, organizou o primeiro time de rugby (Clube Brasileiro de
Futebol Rugby) em So Paulo SP.
Em 6 de outubro de 1963, foi fundada, com sede em So Paulo, a Unio de
Rugby do Brasil, com a finalidade de organizar e dirigir o Rugby brasileiro. No ano
seguinte a entidade patrocinava o III Campeonato Sul-Americano de Rugby, quando o
Brasil sagrou-se Vice-Campeo.
Em 20 de Dezembro de 1972, foi fundada a Associao Brasileira de Rugby, em
substituio Unio de Rugby do Brasil, sendo reconhecida pelo Conselho Nacional de
Desportos (CND).
Atualmente o esporte ganha novos adeptos no pas com a formao de novos
clubes e times universitrios, em diferentes categorias. De acordo com o IRB (2010) o
Brasil est em 28 colocado no ranking mundial, at 09 de Agosto de 2010, de um total
de 95 selees.
Recentemente o Rugby brasileiro obteve o ttulo de pentacampeo sul-americano
pela seleo adulta feminina. Porm, a seleo masculina tem um pouco mais de
dificuldades a nvel nacional com a quarta colocao na Amrica do Sul.
Dentre os principais campeonatos no Brasil, podem-se citar os torneios estaduais,o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil de Rugby. Essas competies so
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importantes para a formao de atletas para disputar jogos internacionais, como: A Copa
do Mundo de Rugby e o Campeonato Mundial Jnior.
De acordo com CBRu (2010) o Censo 2009 identificou, at 31 de Novembro de
2009, 104 clubes de Rugby registrados junto Confederao. Desse total, 81% no
possuem sede prpria e apenas 49% tem campo fixo para treinamento.
O mesmo Censo 2009 revelou que nos ltimos 5 anos o rugby tem crescido
tambm fora do eixo Rio-So Paulo. Em 1997, So Paulo representava 72% dos clubes
contra apenas 39% hoje. O esporte tem adquirido novos adeptos em outros estados,
mesmo com a escassez de equipamentos e insuficincia em instalaes esportivas.
Em Minas Gerais, o rugby tem como uma de suas origens, a prtica do esporte na
cidade de Viosa MG, em meados da dcada de 1970. O fato da Universidade Federal
de Viosa receber grande nmero de estudantes estrangeiros fez com que o esporte
passasse a ser conhecido tambm entre os estudantes brasileiros.
De acordo com as informaes do BH Rugby (2010), os jogadores do time de
Viosa se reencontraram em 1998 em um campeonato em So Paulo, mas foi somente
em 2003, em Belo Horizonte, que o time ganhou impulso culminando no surgimento do
clube.
Atualmente o BH Rugby conta com mais de 100 atletas, que se dividem entre os
times masculino, feminino, juvenil e infantil. Apesar de ter apenas 7 anos, o BH Rugby
um dos times mais conhecidos e ativos do Brasil; conquistando boas classificaes nos
campeonatos regionais e revelando atletas para a seleo brasileira de rugby.
2. FORMULAO DO PROBLEMA
Daqui a 6 anos o Rio de Janeiro sediar os Jogos Olmpicos de 2016, sendo o
Rugby novamente includo na categoria dos esportes olmpicos. Essa ser,
provavelmente, uma grande oportunidade para o esporte estreitar suas relaes com o
Ministrio dos Esportes, o Comit Olmpico Brasileiro e com o pblico em geral.
A falta de instalaes esportivas adequadas prtica do Rugby no Brasil
evidente. Porm, isso no impediu que o esporte conquistasse novos praticantes e boas
colocaes nos campeonatos internacionais.
Assim, seria importante nesse momento da histria do pas repensar suas
decises quanto aos investimentos e apoio aos outros esportes alm do futebol, muitas
vezes relegados ao abandono e sem a menor infra-estrutura necessria ao seu
desenvolvimento.
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Especificamente para o Rugby, faz-se necessrio a implantao de equipamentos
esportivos adequados ao desenvolvimento da modalidade esportiva ao verificarmos o
grande nmero de clubes e a ausncia de um estdio para competies e treinamentos.
Em Belo Horizonte, o clube BH Rugby realiza seus treinamentos em campos
improvisados de futebol, dentre eles o campo da Universidade Federal de Minas Gerais
aos sbados, e no campo de futebol do bairro Sagrada Famlia s teras e quintas-feiras.
De acordo com BHR (2010) a partida da primeira final do Campeonato Mineiro de
Rugby realizou-se no Estdio FrigoArnaldo, em Contagem - MG. Sendo que a utilizao
do Estdio Magalhes Pinto (Mineiro), como local para a final do Campeonato Mineiro
de Rugby foi vetada.
Nesse contexto, essa pesquisa busca responder as seguintes perguntas:
De que forma pode-se conceber uma instalao esportiva para o rugby e torn-la
vivel no panorama atual da arquitetura esportiva brasileira?
Quais so as tendncias e novas tecnologias na arquitetura dos estdios
contemporneos?
Como as inovaes tecnolgicas contribuem para o funcionamento, a
manuteno e o conforto dos usurios de um estdio?
Quais so as contribuies da aplicao dos conceitos de arena multiuso na
arquitetura dos estdios?
3. DELIMITAO DO OBJETO DE ESTUDO
O foco principal dessa pesquisa o estudo para a implantao de umestdio de rugby na cidade de Belo Horizonte MG; que atenda a demanda
regional e nacional pelo equipamento, e que esteja de acordo com as diretrizes e
recomendaes da FIFA (Fdration Internationale de Football Association) e do
IRB (International Rugby Board).
Pretende-se tambm explorar os conceitos de arena multiuso e as
vantagens funcionais e estticas das inovaes tecnolgicas, de modo a criar
uma edificao condizente com nosso tempo.
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4. JUSTIFICATIVA E RELEVNCIA DO TEMA
Diante dos poucos estudos significativos sobre a arquitetura de estdios de Rugbyno Brasil, e devido demanda por um equipamento que atenda s necessidades das
ligas nacionais para o treinamento e a realizao de campeonatos, que se buscou
realizar essa pesquisa.
Apesar do esporte ainda no ser muito conhecido no Brasil, o incentivo prtica
do esporte pode acontecer tambm com a viabilizao da construo de um estdio que
atenda as necessidades especficas do esporte.
A escolha por uma arena multiuso, assim como no futebol, agregaria valores ao
projeto quanto sua viabilidade econmica, social e cultural. Isso seria possvel atravsde decises tomadas desde o projeto, na tentativa de atender as necessidades da prtica
do rugby, da realizao de showse do funcionamento de espaos destinados prtica
de musculao e outros esportes como, artes marciais por exemplo.
O estudo sobre as inovaes tecnolgicas dos estdios contemporneos justifica-
se pela adequao do edifcio aos padres e diretrizes da FIFA e do IRB para o
funcionamento de uma arena multiuso, e a insero da proposta no contexto das
inovaes tecnolgicas dos edifcios desportivos projetados para a Copa do Mundo de
2014 e os Jogos Olmpicos de 2016, ambos no Brasil.
5. OBJETIVOS
GERAL:
O objetivo essencial desse trabalho aprofundar conhecimentos na rea de
arquitetura esportiva, com foco nos estdios contemporneos, abordando as inovaes
tecnolgicas e o conceito de arena multiuso.
ESPECFICOS:
Investigar quais so as tendncias na produo de arquitetura de estdios
contemporneos;
Identificar quais so as inovaes tecnolgicas utilizadas nos novos estdios;
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Compreender os conceitos de multifuncionalidade e flexibilidade para concepo
de uma arena multiuso.
Reunir as informaes tcnicas necessrias para o projeto de um estdio de
rugby, em conformidade com as diretrizes e normas para equipamentos
esportivos de mdio porte.
6. METODOLOGIA
Essa pesquisa de carter exploratrio e abrange uma investigao por mtodos
qualitativos, iniciando-se por uma reviso bibliogrfica sobre arquitetura esportiva,
inovaes tecnolgicas e o conceito de arena multiuso. Em seguida, seriam
desenvolvidas as seguintes etapas:
1. Entrevistas - Entrevista com o presidente e os diretores do Clube BH
Rugby. Visita ao escritrio Castro Mello Arquitetura Esportiva e GCP
Arquitetos para realizao de entrevista com os arquitetos, responsveis
por projetos para Copa de 2014 no Brasil.
2. Estudos de casos - Investigao das novas tecnologias em estdios
quanto a solues estruturais, de cobertura, de vedao e de novos
equipamentos. E anlises dos projetos de estdios contemporneos de
rugby.
3. Observao in loco Visita ao Estdio do Morumbi para anlise dos
espaos, dos fluxos e dos usos em dias de eventos esportivos e musicais.
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7. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
O quadro abaixo relaciona as etapas da pesquisa e a previso de tempo dedicadoa cada etapa.
Atividades Agosto/2010 Setembro/2010 Outubro/2010 Novembro/2010semana 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4Plano depesquisaReviso
bibliogrfica
Estudos de casos
Entrevista com osarquitetos
Visita tcnica aosestdios
Anlise das
informaesobtidasConclusesRedao eformatao
Reviso do textoe impresso das
cpiasEntrega,
montagem eapresentao oral
8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BHR Belo Horizonte Rugby Clube. Disponvel em: .Acessado em 09 de agosto, 2010.
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. Acessado em 14 de agosto, 2010.IRB - International Rugby Board. Disponvel em: . Acessado em09 de agosto, 2010.
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9. BIBLIOGRAFIA INDICADA
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