plano de rigging
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PLANO DE RIGGING
O plano de rigging é o planejamento formalizado de uma
movimentação de cargas com guindaste móvel, visando a
otimização dos recursos aplicados na operação
(equipamentos, acessórios e outros) para se evitar
acidentes e perdas de tempo. Ele indica, por meio do estudo
da carga a ser içada, das máquinas disponíveis, dos
acessórios, condições do solo e ação do vento, quais as
melhores soluções para fazer um içamento seguro e
eficiente. O plano é geralmente elaborado por um
profissional com conhecimento na área de movimentação de
cargas e é de grande valia para as empresas do ramo.
PLANO DE RIGGING
Embora algumas empresas o adotem como procedimento obrigatório,
devido a programas internos de segurança no trabalho, o Brasil não
dispõe de uma legislação clara sobre o assunto, que regulamente tanto
a execução do plano de rigging quanto a profissão responsável pela sua
elaboração.
Uma norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (NR
18) possui um item específico preconizando a obrigatoriedade da
elaboração de plano de carga para movimentações com guindastes de
torre (gruas), guindastes móveis e até mesmo guinchos. O problema é
que essa normatização se resume a um único item relacionado a
guindastes de torre. Quando se analisa o glossário (NR 18.38) e as
diretrizes do plano de carga desses equipamentos, no anexo III da
referida norma, observa-se que eles possuem muitas diferenças em
relação aos guindastes móveis sobre rodas
PLANO DE RIGGING
No que se refere à legislação sobre os responsáveis pela
elaboração dos planos de carga, a Norma Regulamentadora
NR 18 preconiza, no anexo III, que a obra tenha um
profissional legalmente habilitado como responsável técnico
pela manutenção e montagem da grua e pelos testes de
resistência estrutural e eletromecânica desse equipamento.
Nos planos de carga específicos para movimentações com
guindastes móveis, os elaboradores geralmente são
engenheiros ou técnicos capacitados por centros de
treinamentos especializados no assunto. Os planos, nesse
caso, se enquadram como estudo, planejamento ou
especificação.
As empresas contratantes de serviços envolvendo içamento de cargas
com guindastes encontram, em geral, certas dificuldades em
estabelecer parâmetros e critérios técnicos que possam justificar a
necessidade de um plano de rigging para esta tarefa. Tais dificuldades
independem da natureza do serviço, que pode ser um simples
descarregamento de caminhão ou até mesmo uma operação complexa,
envolvendo a mobilização de mais de um guindaste e com elevado grau
de risco.
O planejamento do serviço tem a sua importância, pois, além de
possibilitar a seleção do equipamento mais adequado e da melhor
estratégia de içamento, também fornece dados que servem para a
compra de suprimentos como materiais necessários à mobilização e
preparação da máquina e acessórios, de forma a se evitar imprevistos,
retrabalho e estabelecendo parâmetros de segurança operacional.
PLANO DE RIGGING
PLANO DE RIGGING
O plano de rigging deve ser elaborado por um profissional capacitado, incluindo
a memória de cálculo, os projetos de dispositivos, os desenhos demonstrativos
de todas as fases de içamento, as posições mais críticas e as folgas previstas em
relação as interferências. Nele deve constar, de forma imprescindível, as
seguintes informações técnicas.
Configuração do guindaste: lança, raio de operação, tipo de moitão, passadas
de cabo, contrapesos, posicionamento das sapatas jib e etc.Capacidade bruta
do guindaste:conforme valores das tabelas de cargas e digrama de içamento
do guindaste
Velocidade do vento: máxima permitida para operação do guindaste com
carga. este cálculo é feito através de uma tabela padrão no qual se classifica
determinados tipos de designação do vento como: vento parado, aragem, brisa e
etc; e normalmente demarcado no plano como beaufort; nome dado ao tipo de
vento da tabela de velocidade através de classificação por números, ex.:
Beaufort 6 é designado como Vento leve e atua entre 10,8 e 13,8 m/s ou 39 e 49
km/h
PLANO DE RIGGING
Força na sapata: força máxima atuando na sapata do guindaste com
mais esforço,onde, o guindaste em operação transmite forças
consideráveis ao solo, através das sapatas, originadas pelo peso do
guindaste, do contrapeso adicional e pela carga bruta, uma vez
determinada a força aplicada na sapata e a resistência do solo, o rigger
pode então calcular a área de suporte que deve ser construída para a
operação. É fundamental que sempre se considere as medida das da
sapata mais próxima ao centro de giro do guindaste, caso o peso do
guindaste não seja conhecido através do catálogo do fabricante adotar o
seguinte cálculo: P= NE X 12,00 t (onde P (Peso do guindaste), NE
(número de eixos) e 12,00 é o valor brasileiro atribuído à tonelagem de
carga exercida por eixo em veículos rodoviários pesados.
PLANO DE RIGGING
Porcentagem de utilização do guindaste: classificação em porcentagem da
utilização do guindaste na operação em questão; para se fazer este cálculo
basta utilizar a seguinte fórmula: CGB / CPB x 100 = Carga bruta, dividido pela
Capacidade bruta x 100. assim se obtém um valor numérico em porcentagem
de utilização do guindaste, que deve ser respeitado principalmente contra a
limitação do fabricante, do LMI ((indicador de momento de carga) do guindaste
e normas ISO e DIN.
Layout completo da operação: desenho técnico feito à mão ou através de
softwares como o Autocad da Autodesk, impresso em folhas tipo A1,
implementando no desenho o equipamento bem como seus acessórios,
interferências e sua carga, normalmente se faz o plano de rigging com o
desenho em perfil e topo, podendo variar em alguns casos, hoje em dia já se
aplica e desenvolve-se planos de rigging em 3D digitalmente.
PLANO DE RIGGING
Relação de eslingas e acessórios com detalhes da montagem
das amarrações, tipos de cintas e cabos, dimensionando-as e
estabelecendo os tipos de terminais adaptáveis a acessórios
complementares como manilhas.
Identificação do guindaste: Marca, modelo, capacidade nominal
e série; é fundamental a escolha correta do equipamento pois este
é o mentor da operação e é fundamental que seja estabelecido com
conhecimento técnico.
Recomenda-se ainda a visitar o local da operação, para que se
possa verificar as condições previstas durante a operação, tendo
em vista a dinâmica da obra. O plano de rigging deve ser inserido
na proposta técnica da empresa prestadora de serviços, a qual
servirá para analise quanto à segurança e relação custo / benefício,
possibilitando uma contratação comercial adequada.
PLANO DE RIGGING
Algumas empresas exigem a elaboração do plano somente para a
movimentação de cargas acima de certo peso, ou então conforme o
bom senso ou avaliação subjetiva do profissional contratante no
histórico de acidentes com operação de guindastes, entretanto
encontramos muitas ocorrências envolvendo máquinas de grande
porte para o içamento de cargas relativamente pequenas, Nesse
sentido, os profissionais envolvidos devem formalizar uma avaliação
técnica da operação levando em conta vários fatores que implicam
certo grau de risco, tais como:
Peso da carga, Volume da carga, Geometria da carga, Altura do
içamento, valor da carga, Interferências na operação (Linhas de
energia elétrica, edificações e etc.), complexidade da operação
(numero de fases envolvidas, de guindastes e etc.)
PLANO DE RIGGING
Esta relação de itens pode ser adaptada e ampliada, conforme
o perfil e a política de segurança da empresa, adotando-se
uma nota para cada um deles conforme sua grandeza. A
somatória final das notas servirá para determinar a
necessidade ou não de elaborar um plano operacional. Tais
procedimentos representam uma tentativa de formalizar uma
avaliação técnica baseada e parâmetros controláveis,
substituindo os impasses gerados por decisões pessoais, ta
comuns atualmente nestes tipos de serviços.
Normas ABNT NBR (Nacionais)
• NBR7500:2007 – IDENTIFICAÇÃO PARA O TRANSPORTE TERRESTRE, MANUSEIO, MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTOS DE PRODUTOS.• NBR-ISO2408:2008 – CABOS DE AÇO PARA USO GERAL – REQUISITOS.• NBR-ISO3108:1998 – CABOS DE AÇO PARA USO GERAL – DETERMINAÇÃO DA CARGA DE RUPTURA REAL.• NBR EB2200:1991 – EXTREMIDADES DE LAÇOS DE CABO DE AÇO.• NBR-5940:1996 – CONSTRUÇÃO NAVAL – AMARRAS – REQUISITOS.• NBR-10015:1987 – MOITÃO E CARDENAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA EM EMBARCAÇÕES – ENSAIOS DE CARGA.• NBR-10852:1989 – GUINDASTE DE RODAS COM PNEUS.• NBR-13541:1995 – MOVIMENTAÇÃO DE CARGA – LAÇO DE CABO DE AÇO – ESPECIFICAÇÃO.• NBR-4768:2001 – GUINDASTE ARTICULADO HIDRÁULICO – REQUISITOS.• NBR-1084:1987 – CÁLCULO DE ESTRUTURAS DE SUPORTE PARA EQUIPAMENTOS DE LEVANTAMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS.• NBR-7557:1982 – GUINDASTES DE PNEUS.• NBR-8400:1984 – CÁLCULO DE EQUIPAMENTOS PARA LEVANTAMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS.• NBR-10014:1987 – MOITÃO E CARDENAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA EM EMBARCAÇÕES.• NBR-10070:1987 – GANCHOS – HASTES FORJADOS PARA EQUIPAMENTOS DE LEVANTAMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS – DIMENSÕES E PROPRIEDADES MECÂNICAS.• NBR-11436-1988 – SINALIZAÇÃO MANUAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR MEIO DE EQUIPAMENTOS MECÂNICOS.• NBR-13129:1994 – CÁLCULO DA CARGA DE VENTO EM GUINDASTE.• NBR-13545: 1999 – MOVIMENTAÇÃO DE CARGA – MANILHAS.• NBR-15466:2007 – QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO.• NBR ISO 04309:1998 – GUINDASTE – CABOS DE AÇO – CRITÉRIO DE INSPEÇÃO E DESCARTE.• NBT-13595:1996 – CÁLCULO PARA VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE DE GUINDASTES AUTOMOTORES.• P-NB-153:1967 – CÓDIGO DE SEGURANÇA PARA VEÍCULOS INDUSTRIAIS AUTOMOTORES – CLASSIFICAÇÃO, CAPACIDADE DE CARGA E ESTABILIDADE.• NBR 15637-2:2010 – CINTAS TÊXTEIS PARA ELEVAÇÃO DE CARGAS
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