plano municipal de educaÇÃo -...
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Castelo – ES - 2014
PLANO MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO
2014/2024
JAIR FERRAÇO JUNIOR
Prefeito
DEVANI SOSSAI NICOLI Secretária Municipal de Educação
Prefeitura Municipal de Castelo
Avenida Nossa Senhora da Penha, 103 – Caixa Postal 061 – Castelo/ES – CEP: 29.360 - 000 Tel: (28) 3542-8526 – Fax: (28) 3542-8512 – CNPJ: 27.165.638/0001-39
Site: www.castelo.es.gov.br
Secretaria Municipal de Educação
Rua Aguilar Freitas, 183 – Baixa Itália – Castelo – ES CEP: 29.360-000 FoneFax: (28) 3542-8535 – E-mail: educacao@castelo.es.gov.br
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 9
PRINCÍPIOS LEGAIS E NORMATIVOS ........................................................................................ 10
1. ASPECTOS DO MUNICÍPIO ....................................................................................................... 13
1.1. Aspectos Históricos ............................................................................................................ 13
1.2. Aspectos Geográficos ........................................................................................................ 15
1.2.1. Vegetação ......................................................................................................................... 15
1.2.2. Hidrografia ................................................................................................................... 15
1.3. Aspectos Demográficos ..................................................................................................... 16
1.4. Aspectos Econômicos........................................................................................................ 17
1.5. Aspectos Educacionais...................................................................................................... 18
1.6. Secretaria de Educação .................................................................................................... 18
2. ETAPAS DE ENSINO.................................................................................................................... 20
2.1. Educação Infantil .................................................................................................................... 20
2.1.1. A Educação Infantil e a Legislação............................................................................... 22
2.1.2. A Educação Infantil no município de Castelo ............................................................. 23
2.2. Ensino Fundamental .............................................................................................................. 26
2.2.1. Rendimento Escolar das Escolas de Ensino Fundamental da Rede Municipal de
Ensino ........................................................................................................................................... 30
2.3. Ensino Médio ........................................................................................................................... 32
2.3.1. Histórico ............................................................................................................................ 32
2.3.2. Ensino Médio no Município de Castelo ........................................................................ 36
2.4. Ensino Superior ....................................................................................................................... 38
2.4.1. Histórico ............................................................................................................................ 38
2.4.2. O Ensino Superior no Brasil na atualidade ................................................................. 39
2.4.3. Ensino Superior em Castelo .......................................................................................... 41
3 MODALIDADES DE ENSINO ....................................................................................................... 43
3.1. Educação Especial ................................................................................................................. 43
3.1.2 Educação Inclusiva na Rede Municipal de Ensino .................................................... 45
3.2. Educação em Tempo Integral .............................................................................................. 49
3.2.1. Histórico ............................................................................................................................ 49
3.2.2. Histórico das Escolas de Tempo Integral em Castelo ............................................... 51
3.3. Educação de Jovens e Adultos ............................................................................................ 53
3.3.1 Histórico ............................................................................................................................. 53
3.3.2. Matrículas – Educação de Jovens e Adultos .............................................................. 55
3.3.3. A Educação de Jovens e Adultos no Município de Castelo ..................................... 57
4. METAS E ESTRATÉGIAS ............................................................................................................ 59
4.1. Meta 1 ........................................................................................................................................ 59
4.2. Meta 2 ........................................................................................................................................ 62
4.3. Meta 3 ........................................................................................................................................ 65
4.4. Meta 4 ........................................................................................................................................ 67
4.5. Meta 5 ........................................................................................................................................ 69
4.6. Meta 6 ........................................................................................................................................ 70
4.7. Meta 7 ........................................................................................................................................ 72
4.8. Meta 8 ........................................................................................................................................ 74
4.9. Meta 9 ........................................................................................................................................ 75
4.10. Meta 10 .................................................................................................................................... 76
4.11. Meta 11 .................................................................................................................................... 77
4.12. Meta 12 .................................................................................................................................... 78
4.13. Meta 13 .................................................................................................................................... 79
4.14. Meta 14 .................................................................................................................................... 80
4.15. Meta 15 .................................................................................................................................... 81
4.16. Meta 16 .................................................................................................................................... 81
4.17. Meta 17 .................................................................................................................................... 82
4.18. Meta 18 .................................................................................................................................... 83
4.19. Meta 19 .................................................................................................................................... 83
4.20. Meta 20 .................................................................................................................................... 84
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ................ 87
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 88
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 91
GLOSSÁRIO DE SIGLAS ................................................................................................................. 93
CAPÍTULO VIII .................................................................................................................................. 104
DISPOSIÇÕES FINAIS ................................................................................................................... 104
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR SEXO - IBGE 2010 ............................................................ 17
FIGURA 2 - ANOS INICIAIS (1° AO 5 ANO) ......................................................................................................... 30
FIGURA 3 - ANOS FINAIS (6° AO 9° ANO) ......................................................................................................... 30
FIGURA 4 - EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA DO ENSINO MÉDIO NO BRASIL ...................................................... 34
FIGURA 5 - MATRÍCULAS POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NO BRASIL.............................................. 35
FIGURA 6 - EVOLUÇÃO DE MATRÍCULAS - ENSINO SUPERIOR ..................................................................... 40
FIGURA 7 - EVOLUÇÃO DE MATRÍCULAS NO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA ......................................... 40
FIGURA 8 - DISTRIBUIÇÃO DE MATRÍCULAS - ENSINO SUPERIOR - PRESENCIAL ..................................... 41
FIGURA 9 - DISTRIBUIÇÃO DE MATRÍCULAS - ENSINO SUPERIOR - A DISTÂNCIA ...................................... 41
FIGURA 10 - NÚMERO DE MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL – EDUCAÇÃO ESPECIAL – BRASIL –
2007-2011 ..................................................................................................................................................... 43
FIGURA 11 - NÚMERO DE MATRÍCULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL – EDUCAÇÃO ESPECIAL – BRASIL –
2007-2011 ..................................................................................................................................................... 44
FIGURA 12 - NÚMERO DE MATRÍCULAS NO ENSINO MÉDIO – EDUCAÇÃO ESPECIAL – BRASIL – 2007-
2011 .............................................................................................................................................................. 44
FIGURA 13 - MATRÍCULAS EM CLASSES ESPECIAIS E ESCOLAS EXCLUSIVAS – EDUCAÇÃO ESPECIAL –
BRASIL - 2011 .............................................................................................................................................. 45
FIGURA 14 - MATRÍCULAS EM CLASSES COMUNS (ALUNOS INCLUSOS) – EDUCAÇÃO ESPECIAL -
BRASIL -2011 ............................................................................................................................................... 45
FIGURA 15 - GRÁFICO DA DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA MATRÍCULA EM TEMPO INTEGRAL POR
REDE – BRASIL – 2010-2011 ...................................................................................................................... 51
FIGURA 16 - GRÁFICO DE MEDIDAS DE POSIÇÃO DA IDADE DOS ALUNOS MATRICULADOS NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA EJA – BRASIL – 2007- 2011 ................................................... 56
FIGURA 17 - GRÁFICO DAS MEDIDAS DE POSIÇÃO DA IDADE DOS ALUNOS MATRICULADOS NOS ANOS
FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA EJA – BRASIL – 2007-2011 ...................................................... 57
FIGURA 18 - GRÁFICO DAS MEDIDAS DE POSIÇÃO DA IDADE DOS ALUNOS MATRICULADOS NO
ENSINO MÉDIO DA EJA – BRASIL – 2007-2011 ........................................................................................ 57
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1 - DADOS DEMOGRÁFICOS – IBGE 2010 .......................................................................................... 16
TABELA 2 - DADOS ECONÔMICOS – IBGE 2010 ............................................................................................... 17
TABELA 3 - INDICADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA LOCALIDADE ........................................................... 18
TABELA 4 - DADOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL – CRECHES - FONTE: CENSO 2013 ..................................... 23
TABELA 5 - DADOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL – PRÉ-ESCOLA - FONTE: CENSO 2013 ................................ 23
TABELA 6- PROCENTAGEM DE 0 A 3 ANOS...................................................................................................... 25
TABELA 7 - PROCENTAGEM DE 4 E 5 ANOS ..................................................................................................... 25
TABELA 8 - DADOS DO ENSINO FUNDAMENTAL – ESCOLAS......................................................................... 26
TABELA 9 - QUANTIDADE DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................. 27
TABELA 10 - DADOS DO RENDIMENTO ESCOLAR DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – 2012 .............. 31
TABELA 11 - DADOS DO RENDIMENTO ESCOLAR POR SEGMENTO – FUNDAMENTAL 1 – 2012 ............... 31
TABELA 12 - DADOS DO RENDIMENTO ESCOLAR POR SEGMENTO – FUNDAMENTAL 2 – 2012 ............... 31
TABELA 13 - TAXAS DE RENDIMENTO DE ENSINO POR ANO/SÉRIE – 2012................................................. 31
TABELA 14 – TAXAS DE RENDIMENTO DE ENSINO POR SEGMENTO – PORCENTAGEM DE
REPROVADOS - FUNDAMENTAL 1 E 2 - 2012 .......................................................................................... 31
TABELA 15 - EVOLUÇÃO DO IDEB DO ENSINO MÉDIO .................................................................................... 35
TABELA 16 - PROJEÇÃO DO IDEB NO ENSINO MÉDIO .................................................................................... 36
TABELA 17 - DADOS DO ENSINO MÉDIO NO MUNICÍPIO ................................................................................ 36
TABELA 18 - NÚMERO DE MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL POR ETAPA DE ENSINO – BRASIL
2007-2011 ..................................................................................................................................................... 43
TABELA 19 - NÚMERO DE MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL POR REDE – BRASIL 2007-2011 ....... 44
TABELA 20 - ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FONTE: CENSO ESCOLAR 2013................................................... 48
TABELA 21 - ALUNOS COM TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO FONTE: CENSO ESCOLAR
2013 .............................................................................................................................................................. 49
TABELA 22 - MATRÍCULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL POR REDE, SEGUNDO A DURAÇÃO DO TEMPO
DE ESCOLARIZAÇÃO .................................................................................................................................. 51
TABELA 23 - ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO ........................................ 51
TABELA 24 - MACROCAMPOS - TEMPO INTEGRAL ......................................................................................... 52
TABELA 25 - NÚMERO DE MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS POR ETAPA DE ENSINO
- BRASIL - 2007-2011 ................................................................................................................................... 56
TABELA 26 - NÚMERO DE ALUNOS DA EJA NA EEEFM "JOÃO BLEY" ........................................................... 58
TABELA 27 - DADOS DA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE CASTELO ...................................... 58
9
APRESENTAÇÃO
A Secretaria Municipal de Educação de Castelo – ES, em parceria com o poder
executivo, legislativo e a sociedade civil organizada, apresenta o Plano Municipal de
Educação 2014-2024.
Este Plano, que tem como cerne a gestão democrática (que se concretiza no
planejamento conjunto), mais que o cumprimento de disposições legais, é um marco
na história da educação do município de Castelo – ES, pois propicia, através de
reflexões, debates, discussões coletivas, mecanismos de atuação competente frente
aos desafios que encontramos hoje para caminharmos na construção de uma
educação de qualidade e para todos.
As metas e estratégias aqui destacadas como plano de estado, que, sendo
assim, ultrapassam governos, são frutos do trabalho e do compromisso de muitos.
Todos que lutam e sonham com uma educação emancipatória e que veem na
organização da sociedade a forma de romper paradigmas são convocados, a partir
de sua elaboração, a monitorar e a avaliar sua aplicabilidade.
10
PRINCÍPIOS LEGAIS E NORMATIVOS
A necessidade de se elaborar um plano para o desenvolvimento da educação
nasceu durante o primeiro governo de Vargas, na década de 1930, quando é
lançado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que teve a assinatura de
vinte e seis intelectuais, entre eles: educadores, filósofos e sociólogos. O manifesto
teve como diretriz os seguintes aspectos: universalização, laicidade, gratuidade,
obrigatoriedade, descentralização, formação de professores em nível superior,
educação não pragmática e utilitária (habilidades para o trabalho e fundamento da
sociedade humana), com ênfase no conhecimento científico.
No ano de 1934, no artigo 150 da Constituição Federal se estabelecia que a
União deveria fixar o Plano Nacional de Educação, coordenar e fiscalizar sua
execução em todo território nacional.
Art. 150. - Compete à União:
a) fixar o Plano Nacional de Educação, compreensivo do ensino de todos os
graus e ramos, comuns e especializados; e coordenar e fiscalizar a sua
execução, em todo o território do País.
Entretanto, os documentos constitucionais de 1937 e de 1946 omitiram esse
tema. Em 1969, foi criada a Emenda Constitucional nº 1 que, no capítulo II, artigo 8º,
inciso XIV, trazia a seguinte redação:
Art. 8º Compete à União:
XIV - estabelecer e executar planos nacionais de educação e de saúde,
bem como planos regionais de desenvolvimento.
Todavia, foi a partir da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961, que foi elaborado o primeiro
Plano Nacional de Educação (1962), não como projeto de lei, mas como iniciativa do
MEC, aprovado pelo Conselho Federal de Educação, que estabelecia que, a partir
da vigência da lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deveriam,
baseados no Plano Nacional de Educação, elaborar planos decenais
correspondentes, que deveriam ser avaliados periodicamente.
11
Em 1965, esse plano sofreu revisão contendo normas descentralizadoras e
estimulando a elaboração de planos estaduais. Em 1966, foi realizada uma nova
revisão denominada: “Plano Complementar de Educação”, beneficiando a
implantação de ginásio orientador para o trabalho e o atendimento de analfabetos
com mais de dez anos.
Em 1967, surgiu a ideia de uma lei, porém esta não se concretizou.
Com a promulgação da Constituição de 1988, ressurgiu a ideia de um Plano
Nacional de longa duração, em forma de lei.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9394/96) traz a seguinte
redação nos artigos 9º, inciso I:
Art. 9º A União incumbir-se-á de:
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Já o artigo 87, estabelece a década da educação, como podemos destacar:
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da
publicação desta Lei.
§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei,
encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com
diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a
Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9394/96) e após
tramitar quase três anos no congresso Nacional, é instituído o Plano Nacional de
Educação Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001, com duração de dez anos. Este, a
partir do diagnóstico da realidade educacional brasileira, traçou diretrizes, objetivos e
metas baseadas nas etapas da educação básica (Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior), modalidades de ensino (Educação
de Jovens e Adultos, Educação a Distância e Tecnologias Educacionais, Educação
Tecnológica e Formação Profissional, Educação Especial e Educação Indígena),
Formação dos Professores, Valorização do Magistério, Financiamento e Gestão.
12
A avaliação do Plano Nacional de Educação 2001-2008 foi realizada em 2009,
tendo a pesquisa recebido o nome de “Avaliação do Plano Nacional de Educação –
Desafios e Perspectivas”.
Após a referida avaliação, foi criado o Projeto de Lei nº 8.035/2010, que
implementou o Plano Nacional de Educação para vigorar de 2011 a 2020.
Este foi enviado ao Congresso Nacional em 15/12/2010, sendo aprovado
através da lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014. O Plano Nacional de Educação
2014/2024, no seu artigo 2º, estabelece as seguintes diretrizes: erradicação do
analfabetismo; universalização do atendimento escolar; superação das
desigualdades educacionais com ênfase na promoção da cidadania e na
erradicação de todas as formas de discriminação; melhoria da qualidade do ensino;
formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e
éticos em que se fundamenta a sociedade; promoção do princípio da gestão
democrática da educação pública, promoção humanística, científica, cultural e
tecnológica do País; estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do produto interno bruto – PIB, que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
valorização dos profissionais da educação e promoção dos princípios do respeito
aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
O município de Castelo – ES, através da lei nº 3.435, de 19 de dezembro de
2013 aprovou seu primeiro Plano Municipal de Educação que contou com ampla
participação dos entes envolvidos com a educação no município entre eles:
professores, pais de alunos, gestores de escolas municipais, estaduais e
particulares, integrantes da sociedade civil organizada, poder legislativo e executivo
municipal, conselho tutelar, sindicato dos servidores públicos municipal, entre outros.
Após a aprovação do Plano Nacional de Educação, lei nº 13.005 de 25, de
junho de 2014, o município de Castelo – ES vem realizar através deste documento o
alinhamento do Plano Municipal de Educação aprovado, para que este esteja em
conformidade com a lei nacional. O período de vigência deste plano será em
conformidade com sua base nacional de dez anos, assim sendo de 2014 a 2024
13
1. ASPECTOS DO MUNICÍPIO
1.1. Aspectos Históricos
A colonização do Município de Castelo – Espírito Santo, não é bem clara
devido à falta de suporte documental histórico. Destacaremos as explicações
existentes baseados nos livros: Castelo da Pré-História ao Início do Século XX, dos
autores castelenses André Dell’Orto Casagrande e Maria Helena Mion Barbiero e
‘Castello’ – Origem, Emancipação e Desenvolvimento – 1702-2004, do autor José
Eugênio Vieira.
Segundo o livro: Castelo da Pré-História ao Início do Século XX, há duas
versões sobre a colonização do município de Castelo.
Uma defesa é de Alberto Lamego, endossada por Tristão de Alencar Araripe.
De acordo com Tristão de Alencar Araripe, Pedro Bueno Cacunda, um bandeirante
paulista, partiu de Taubaté em 1705 em busca de ouro no interior de Minas Gerais,
daí se dirigiu para os sertões de Cataguases de onde recebe informações sobre a
existência de ouro mais próximo à costa. A partir dessa informação, ele chega ao
interior do Espírito Santo.
Pedro Cacunda se dirige para a região das serras de “Castello” onde encontra
ouro nos ribeirões, iniciando assim o povoamento no lugar.
A outra defesa sobre a colonização do município de Castelo é de Gomes Neto,
que afirma que os trabalhos de mineração e povoamento da região das “Minas de
Castello” são bem anteriores à chegada de Pedro Bueno Cacunda. Segundo ele, os
trabalhos foram iniciados pelos jesuítas ainda no século XVI. Nessa defesa, destaca
a construção de uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Amparo construída em
1625, na localidade denominada: “Montes Castello”.
O livro: ‘Castelo’ – Origem, Emancipação e Desenvolvimento, de José Eugênio
Vieira, destaca que o FIBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística. “Sinopse Estatística do Município de Castello”. Rio de Janeiro.1948.15p.)
foi o que melhor sintetizou as origens da história do município. Segundo esse
instituto, a mais antiga referência que se tem sobre a origem da colonização do
município de Castelo é de 1702. O livro destaca que no dia 25 de fevereiro de 1702
14
foram nomeados os capitães de entrada José Cardoso Coutinho e o sargento-mor
Tomás Francisco Mendes, para explorarem as minas de ouro de “Castello”.
Vieira relata ainda que o instituto afirma que, certamente, antes dessa época a
região já havia sido explorada, pois se não o fosse as referidas minas seriam
desconhecidas. Vieira destaca também que há uma carta depositada na Cx-3 – ES,
do arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa – Portugal em que Pedro Bueno Cacunda
relata a procura de ouro na região das “Serras do Castello”, entre os anos de 1705 a
1734. Cacunda narra também na carta a sua “luta com os indígenas Puris, que
assenhoravam-se da região”.
A existência de ouro na região atraiu aventureiros que aqui se estabeleceram.
O crescimento da região foi tão grande que se chegou a construir uma capela
católica, que no ano de 1754 foi elevada a categoria de Matriz Nossa Senhora da
Conceição das Minas de Castello. Para garantir a tranquilidade do local, foi instituído
a 25 de agosto de 1751, como capitão das minas de Santana do Castello, Domingos
Correia da Silveira. Em 1759, os jesuítas, que exerciam grande poder junto aos
índios da região, foram expulsos de nosso território. Diante disso, os índios agiram
de forma mais agressiva, chegando a destruir em 1771 toda a povoação,
ocasionando a fuga dos demais habitantes da região para Itapemirim. Assim sendo,
a povoação ficou abandonada por muitos anos.
Em 1845, fundou-se, na região explorada pelos antigos mineradores, o
aldeamento de índios “Imperial Afonsino”, que foi elevado à freguesia em 15 de
novembro de 1871 pela Lei Providencial nº 9, e foi transformado em Conceição de
Castello. Por volta de 1888, o aldeamento apresentava sinais de desenvolvimento,
entretanto os índios o abandonaram devido ao rigor excessivo de Frei Bento de
Genoveva, o qual comandava o local naquele momento.
A colônia do Castello teve origem em 18 de janeiro de 1880, e foi emancipada
como colônia em 28 de maio de 1881, sendo ponto final da estrada de ferro
Caravelas. Após a emancipação, recebeu 335 imigrantes espontâneos. Em 31 de
julho de 1891, elevou-se a categoria de distrito sendo subordinado ao município de
Cachoeiro de Itapemirim.
Em 1920, houve um movimento para a criação do município de Castello que,
em 25 de dezembro de 1928, foi emancipado. A posse do primeiro prefeito Américo
Viveiros Costa e Silva aconteceu no dia 12 de outubro de 1929. O Ato de Criação do
município encontra-se no Anexo I.
15
1.2. Aspectos Geográficos
A cidade de Castelo, com 664,23 Km2 , está localizada ao Sul do Estado do
Espírito Santo, a 146 quilômetros da capital Vitória. Localiza-se a uma latitude
20º36'13" sul e a uma longitude 41º11'05" oeste, estando a uma altitude de 100
metros. Apresenta como limites: ao norte, os municípios de Conceição do Castelo e
Venda Nova do Imigrante; ao sul, o município de Cachoeiro de Itapemirim; a leste,
os municípios de Domingos Martins e Vargem Alta; e a oeste, os municípios de
Muniz Freire e Alegre.
1.2.1. Vegetação
O município de Castelo possui duas importantes áreas de reserva florestal: o
Parque Estadual do Forno Grande e o Parque Florestal Estadual Mata das Flores.
A reserva florestal do Forno Grande, criada em 31/10/60, passou a Parque
Estadual em 1998, pela Lei n° 7.528, objetivando a conservação da fauna e
flora locais. Compreendendo uma área de 730 hectares, o parque abriga o segundo
ponto culminante do estado, o Pico do Forno Grande (2.039m.) O Parque é
administrado pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(IEMA) desde setembro de 2007.
O Parque Florestal Estadual Mata das Flores foi criado pela Lei nº 4.617, de 02
de janeiro de 1992. Possui uma área com 800 hectares e é administrado pelo IEMA.
Além disso, há fauna e flora ricas, com uma grande diversidade de pássaros e
animais da Mata Atlântica, além de bromélias e orquídeas que deixam a reserva
ainda mais bela.
1.2.2. Hidrografia
O Município é abençoado pelas águas, pois existem muitas nascentes que vão
formando pequenos córregos. Esses mananciais nascem no alto das várias
montanhas do município e descem para a sede de Castelo, formando os dois
principais rios: o Caxixe e o Castelo. Devido ao desmatamento desenfreado na
16
região, o volume de água dos rios diminuiu consideravelmente nos últimos anos,
tornando-os não navegáveis.
A precipitação pluviométrica registra índices anuais em torno de 1.200mm.
O clima é de classificação do tipo tropical megatérmico, isto é, os verões são muito
quentes com chuvas e os períodos de inverno são muito secos.
1.3. Aspectos Demográficos
Segundo o IBGE, a população em 2010 era de 34.747 habitantes. Castelo
possui um bom padrão de vida, sendo sua população predominantemente
descendente de italianos.
MUNICÍPIO DE CASTELO - ES
População residente: 34.747 Pessoas
População residente alfabetizada: 29.927 Pessoas
Eleitorado: 26.868 Eleitores
Nascidos vivos e registrados nesta cidade: 405 Pessoas
População residente por sexo:
População residente de Homens: 17.401 Pessoas
População residente de Mulheres: 17.346 Pessoas
População residente por cor ou raça:
População residente - Branca: 21.903 Pessoas
População residente - Preta: 2.339 Pessoas
População residente - Parda: 10.366 Pessoas
População residente por rendimento:
Rendimento nominal mensal até 1/4 do salário mínimo: 543 Pessoas
Rendimento nominal mensal de mais de 30 salários mínimos: 19 Pessoas
Domicílios particulares permanentes:
Domicílios com abastecimento de água: 7.924 Domicílios
Domicílios com energia elétrica: 11.026 Domicílios
Informações sobre endereços:
Total de endereços urbanos: 10.795 Endereços
Total de endereços rurais: 5.505 Endereços Tabela 1 - Dados Demográficos – IBGE 2010
17
Figura 1 - Distribuição da População por Sexo - IBGE 2010
1.4. Aspectos Econômicos
O índice de desenvolvimento humano de Castelo é de 0, 726 (médio alto). O
município encontra-se na 16ª posição entre os setenta e oito municípios do estado.
INFORMAÇÕES SOBRE A ECONOMIA DE CASTELO - ES
PIB per capita a preços correntes: 9.301,74 Reais
Receitas orçamentárias realizadas - Correntes: 5.353.405.645 Reais
Despesas orçamentárias empenhadas - Correntes: 4.260.255.865 Reais
Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM: 1.157.077.919 Reais
Número de empresas locais: 1.091 Empresas
Pessoal ocupado total: 6.941 Pessoas
Estabelecimentos na cidade:
Total de estabelecimentos de ensino: 55 Estabelecimentos
Total de estabelecimentos de saúde 53 Estabelecimentos
Estabelecimentos de Saúde SUS: 11 Estabelecimentos Tabela 2 - Dados Econômicos – IBGE 2010
18
1.5. Aspectos Educacionais
Diagnóstico da Situação Educacional do Município
Tabela 3 - Indicadores da Educação Básica da Localidade
Fonte: Mec/Inep/DEED/Censo Escolar/Preparação: Todos pela educação
I CÍPIO DE
1.6. Secretaria de Educação
A Secretaria Municipal de Educação, ao longo de sua existência, vem passando por
transformações à luz das Legislações Específicas. Inicialmente, a maioria das
escolas do município pertencia à Rede Estadual de Ensino, e a Secretaria Municipal
de Educação, Esporte e Cultura era responsável por uma parcela menor de
Unidades Escolares. Funcionava paralelamente o Subnúcleo Regional de Educação
– setor que gerenciava as escolas estaduais e a Secretaria como gestora das
escolas municipais.
No ano de 1998, com o início do processo de Municipalização, houve, por parte
da Rede Estadual, a criação da Superintendência Regional de Educação – Polo
Cachoeiro de Itapemirim ficando, o município, responsável pelas escolas. A partir
daí, houve o aumento do número de alunos, passando a maioria das Escolas
Unidocentes e Pluridocentes para a jurisdição da Prefeitura Municipal de Castelo.
No ano de 2005, foram municipalizadas mais escolas, agregando à rede
maiores demandas nas áreas estruturais, tanto no que se refere ao espaço físico,
quanto a recursos materiais e humanos.
INDICADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA LOCALIDADE Ano Estabelecimentos Matriculas Docentes Turmas
2007 52 8.149 424 473
2008 51 8.063 414 435
2009 49 7.851 416 432
2010 35 7.871 457 430
2011 34 8.160 513 449
2012 32 8.265 503 429
2013 31 7.725 446 407
19
Em 2007, optou-se pela Municipalização de praticamente todo o Ensino
Fundamental do município, absorvendo assim um público estudantil muito
expressivo em relação à década de 90.
Em 2009, houve a nucleação das escolas com um quantitativo reduzido de
aluno. As escolas funcionavam com turmas multisseriadas, ofertando melhorias na
qualidade da educação e reorganizando o fluxo de alunos para escolas com uma
estrutura que pudesse oferecer maiores possibilidades de aprendizagem, essenciais
à formação do cidadão.
Com a crescente demanda de vaga em creches, para melhor atender à
população, o município ampliou a oferta de vagas, inaugurando novas unidades de
Educação Infantil.
Em 2010, houve a implantação de duas Escolas de Tempo Integral, colocando
Castelo em posição de destaque no Estado e no País.
Hoje, a Secretaria Municipal de Educação possui uma política de atendimento
a todos os cidadãos Castelenses que se encontram na etapa obrigatória de
escolaridade, aplicando as legislações com vistas a uma melhor qualidade de
ensino, e cada vez mais investindo em práticas que garantam a matrícula, a
permanência e o sucesso do aluno, bem como o acesso aos padrões mais elevados
de conhecimento.
20
2. ETAPAS DE ENSINO
2.1. Educação Infantil
O histórico da Educação Infantil mundial inicia-se com o advento da Revolução
Industrial, com a entrada da mulher no mercado de trabalho.
Criou-se uma nova oferta de emprego para as mulheres, mas aumentaram os riscos de maus tratos às crianças, pois no início era utilizado o trabalho das mães mercenárias, estas abrigavam e cuidavam dos filhos das outras mulheres. As crianças eram reunidas em maior número, aos cuidados de uma única, pobre e despreparada mulher. Tudo isso, aliado a pouca comida e higiene, gerou um quadro caótico de confusão, que terminou no aumento de castigos e muita pancadaria, a fim de tornar as crianças mais sossegadas e passivas. Mais violência e mortalidade infantil (RIZZO, 2003, p. 31).
Devido à situação alarmante em que se encontravam as crianças, por
filantropia, algumas pessoas resolveram tomar para si a tarefa de acolher as que se
encontravam nas ruas.
As primeiras instituições na Europa e nos Estados Unidos objetivavam cuidar e
proteger as crianças no período em que as mães se ausentavam para o trabalho.
Kuhlmann (2001) destaca que, apesar de surgirem voltadas para questões de
assistência e de custódia, não se preocupavam só em cuidar, mas também com a
educação, pois eram pedagógicas desde o início.
A partir da segunda metade do século XIX, as instituições destinadas à
primeira infância eram formadas basicamente de creche e jardim de infância
(instituições exclusivamente pedagógicas).
No Brasil, a creche foi criada exclusivamente com caráter assistencialista,
diferenciando-se das criadas nos países europeus e norte-americanos, que também
tinham nos seus objetivos o caráter pedagógico.
Vale salientar que por mais de um século uma das instituições mais duradouras
de atendimento à infância, antes da criação das creches, foi a roda dos expostos ou
excluídos. Esse nome se deu devido ao dispositivo que tinha forma cilíndrica dividida
ao meio e fixada nas instituições e/ou casas de misericórdia, onde se colocavam os
bebês abandonados. A criança era colocada no tabuleiro e, ao girar da roda,
21
puxava-se a corda para avisar a rodeira que um bebê acabava de ser abandonado,
preservando a identidade da pessoa que levou a criança.
Somente em 1950, o Brasil extinguiu a roda dos rejeitados, sendo o último país
acabar com esse sistema.
A implantação de creches e jardins de infância, no final do século XIX e nas
primeiras décadas do século XX, no Brasil, foi acompanhada através da defesa da
infância moralmente abandonada pelas tendências jurídico-policial, médico-
higienista e a religiosa com a intenção de combater o alto índice de mortalidade
infantil.
Com a ascensão da industrialização no país, a inserção da mão de obra
feminina e a chegada de imigrantes europeus, os movimentos operários ganharam
força. Esses movimentos começaram a se organizar e reivindicar melhores
condições de trabalho. Dentre as reivindicações estava a criação de instituições de
educação e cuidados para seus filhos. O resultado da luta árdua e contínua dos
trabalhadores foi o aumento do número de instituições mantidas e geridas pelo
poder público.
O poder público defendia o atendimento das crianças de classes populares,
partindo do pressuposto que as crianças oriundas das classes sociais dominadas
eram carentes, deficientes e inferiores, pois não correspondiam ao padrão
estabelecido, faltariam a essas crianças, privadas culturalmente, determinados
atributos e conteúdos que deveriam ser nelas incutidos. Por esse motivo, a fim de
superar as deficiências de saúde, nutrição e escolares são oferecidas diferentes
propostas no sentido de compensar tais carências, sendo a pré-escola a mola
propulsora da mudança social, democratizando as oportunidades educacionais.
As crianças das classes populares eram atendidas com propostas de trabalho que partiam da ideia de carência e deficiência, já as das classes abastadas recebiam uma educação que privilegiava a criatividade e a sociabilidade infantil. (KRAMER, 1995).
Devido à preocupação de atendimento a todas as crianças, independente da
classe social, iniciou-se um processo de regulamentação desse trabalho no âmbito
da legislação.
22
2.1.1. A Educação Infantil e a Legislação
Foi somente com a Constituição de 1988 que se reconheceu o direito da
criança a uma educação de qualidade desde o nascimento. “[...] O dever do estado
para com a educação será efetivado mediante a garantia de oferta de creches e pré-
escolas às crianças de zero a seis anos de idade”.
Após a Constituição de 1988, foi aprovado o Estatuto da Criança e do
Adolescente, Lei nº 8.069/90, que regulamentou o artigo 227 da Constituição
Federal, estabelecendo, no seu artigo 3º, que a criança e o adolescente devem ter
assegurado os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana.
A LDB, Lei nº 9394/96, que inseriu a Educação Infantil como primeira etapa da
Educação Básica, destaca que a finalidade dessa modalidade de ensino é promover
o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, complementando a
ação da família e da comunidade.
Em 1998, o Ministério da Educação, através do documento “Subsídios para o
credenciamento e o funcionamento das instituições de Educação Infantil”, contribuiu
para a formulação de diretrizes e normas da educação da criança pequena no país.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) foi escrito
para servir como guia de reflexão de cunho educacional sobre os objetivos,
conteúdos e orientações didáticas.
Em 2009 foi criada a Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009 que fixa as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
O Plano Nacional de Educação, Lei nº 10.172/2001, teve, entre outros
objetivos, ampliar a oferta de atendimento às crianças de zero a seis anos e a
adoção progressiva do atendimento em tempo integral. Em abril do ano em curso,
através da Lei nº 12.796/2013, tornou-se obrigatório o ensino a partir dos quatro
anos de idade, tendo os municípios o compromisso de até 2016 garantir a inclusão
dessas crianças na escola pública.
No dia 25 de junho de 2014 foi aprovada a lei 13.005 que institui o Plano
Nacional de Educação, decênio 2014/2024 que tem como meta, entre outras, a
universalização e ampliação do acesso e atendimento em todos os níveis
educacionais.
23
Apesar de avanços na legislação, a busca pela qualidade deve ser
intensificada e envolver questões referentes ao projeto educativo das instituições, a
formação e valorização dos professores e os recursos financeiros.
2.1.2. A Educação Infantil no município de Castelo
A primeira escola de Educação Infantil do município de Castelo foi o “Jardim de
Infância Frei José Osés”, inaugurada no dia 09 de maio de 1966. Na época, contava
com cem alunos, divididos em seis turmas, funcionando nos turnos matutino e
vespertino.
Já a primeira creche do município foi a Creche Casulo Angelita Lomba,
fundada em 01/01/1978, pelo Centro Espírita “Luz e Trabalho”. De cunho
filantrópico, tinha como objetivo ajudar as famílias de baixa renda cujas mães
trabalhavam fora. No dia 03 de agosto do mesmo ano, esta regulamentou a situação
dos alunos da Pré-Escola, organizando o atendimento.
Hoje, o público da Educação Infantil no município de Castelo conta com cinco
Centros de Educação Infantil, quatro escolas de tempo integral e onze escolas que
atendem tanto a Educação Infantil como o Ensino Fundamental, conforme
especificado abaixo:
DADOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL - CRECHE
Creches – Atendimento em Tempo Integral
Municipal 3
Filantrópica 1
Creches – Atendimento em Tempo Parcial e Integral
Municipal 1
Total de Creches 5
Tabela 4 - Dados da Educação Infantil – Creches - Fonte: CENSO 2013
DADOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL – PRÉ-ESCOLA
Escola com Educação Infantil – Tempo Integral
Rural 3
Urbana 1
Escola com Educação Infantil e Ensino Fundamental 11
Centro de Educação Infantil com Pré-Escola 2
Total de Entidades que atuam com Pré-Escola 17
Tabela 5 - Dados da Educação Infantil – Pré-Escola - Fonte: CENSO 2013
24
As entidades acima mencionadas possuem projeto pedagógico próprio,
contando, no ano de 2013, com um quadro de cento e vinte e cinco professores e
oitenta e três assistentes de educação infantil. Todos os segmentos atendidos
contam com professores que, em sua totalidade, possuem formação em nível
superior completo.
O município também oferece, por adesão espontânea, aos professores e
Assistentes de Serviço de Educação, Formação Continuada em Serviço de caráter
permanente, no período de março a outubro de cada ano.
Quanto aos aspectos ligados à infraestrutura para inclusão de alunos com
necessidades educacionais especiais, dos cinco Centros de Educação Infantil
existentes, três necessitam de adaptações de pequeno porte e dois de adaptações
de grande porte.
As Escolas de Tempo Integral situadas na zona rural possuem recurso de
acessibilidade arquitetônica, porém faltam pequenas adaptações como barras e
outros equipamentos de pequeno porte.
As demais escolas que oferecem Educação Infantil necessitam de
levantamento uma a uma das prioridades arquitetônicas e de equipamentos de
acessibilidade, a fim de realizar adequações, pois alguns espaços e/ou
equipamentos não funcionam de maneira satisfatória.
É oferecido o Atendimento Educacional Especializado a todos os alunos em
sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em escolas polo. As crianças
que demandam atendimento de locomoção e cuidados específicos contam com o
acompanhamento de um Assistente de Serviço de Educação.
São necessários a adequação, o monitoramento e a avaliação da proposta
curricular, a fim de que estas estejam de fato adequadas às faixas etárias atendidas
pela Educação Infantil. Outro desafio é a oferta de formação continuada na área de
inclusão aos professores regentes de classe, para que estes possam atuar de
maneira cada vez mais dinâmica, com a diversidade, elevando os níveis de
conhecimento dos alunos e construindo uma escola que seja de fato de qualidade e
para todos.
Muito já se caminhou desde o início da oferta de Educação Infantil no município
de Castelo, entretanto é necessária uma política pública municipal que vise a
universalização do atendimento em pré-escola para o público de 4 (quatro) e 5
25
(cinco) anos de idades até o ano de 2016 como destaca a Lei nº 12.796/2013 , bem
como o aumento progressivo no atendimento em creches.
Os gráficos abaixo baseados no Censo Demográfico de 2010 mostram o
percentual de atendimento de crianças de 0 a 3 anos e 4 e 5 anos.
Tabela 6- Procentagem de 0 a 3 anos
Fonte: IBGE/Censo Demográfico / Preparação: Todos pela educação
Tabela 7 - Procentagem de 4 e 5 anos
Fonte: IBGE/Censo Demográfico / Preparação: Todos pela educação
Não basta, entretanto o acesso a Educação Infantil em creches e pré-escolas é
fundamental que este atendimento seja de qualidade. Necessitamos aprofundar um
trabalho baseado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil,
resolução, nº 5 de 17 de dezembro de 2009 e demais legislações vigentes. Há assim
de se construir democraticamente com a participação de toda a comunidade escolar,
Diretrizes Curriculares Municipais, a fim de definir as bases da educação infantil
municipal, qualificando o atendimento ofertado e reduzindo distância entre o ensino
ofertado no interior do município.
Nesse contexto, a proposta pedagógica de cada instituição, deve refletir a
situação local e ser a mola propulsora para ações que viabilizem a construção do
conhecimento de maneira dinâmica e significativa.
A partir de uma proposta clara e de ações que viabilizem a aplicação de tais
propostas, há de se atentar para a metodologia de ensino de maneira que sejam
utilizadas diferentes linguagens, reconhecendo o direito de brincar, estabelecendo
vínculos afetivos e trocas, trabalhando assim com o ser integral em suas dimensões:
motora, cognitiva, social, linguística, intensificando uma aprendizagem por meio da
fantasia, literatura, música e artes, das ciências naturais e sociais e da matemática.
Porcentagem de crianças de 0 a 3 anos que frequentam a escola – Taxa de atendimento (Censo Demográfico)
Ano Crianças de 0 a 3 anos que frequentam a escola
2010 27,9% 432
Porcentagem de crianças de 4 a 5 anos que frequentam a escola – Taxa de atendimento (Censo Demográfico)
Ano Crianças de 4 a 5 anos que frequentam a escola
2010 79,4% 703
26
Nesse sentido, os professores e a equipe pedagógica da Educação Infantil
devem, além da formação inicial em nível superior, contar com a Formação
Continuada e em Serviço a fim de ampliar a cada dia a competência para a atuação
dinâmica frente à diversidade, pois não basta receber os alunos com necessidades
educacionais especiais, é preciso oferecer um ensino de qualidade para estes e
todos os demais alunos, em um ambiente motivador, alegre e envolvente. Só assim
teremos uma escola de qualidade para todos.
Para que seja garantida a qualidade almejada há de se aplicar os recursos de
forma planejada, com melhorias de infraestrutura e no âmbito pedagógico. Os
objetivos e metas a serem implantados na vigência deste plano têm como função
concretizar as ações que vão de encontro a esta proposta.
2.2. Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental da rede municipal de Castelo conta, segundo os dados
do Censo Escolar 2012, com quatro mil, cento e noventa e quatro alunos,
localizados em nove escolas na zona urbana e onze escolas na zona rural, sendo
que destas há uma de atendimento em tempo integral na zona urbana, e três na
zona rural.
O município conta ainda com uma escola estadual que atende esse nível de
ensino e uma particular. Abaixo pode-se observar a divisão dos alunos matriculados
no ensino fundamental de Castelo, segundo a rede mantenedora, a partir de dados
coletados pela Secretaria Municipal de Educação, referentes ao ano de 2013.
DADOS DAS ESCOLAS – ENSINO FUNDAMENTAL
Escola Municipal – Tempo Integral
Rural 3
Urbana 1
Escola Municipal – Regular
Rural 8
Urbana 8
Escola Estadual
Urbana 1
Escola Particular
Urbana 1
Total de Entidades que atuam com Ensino Fundamental 22
Tabela 8 - Dados do Ensino Fundamental – Escolas
27
DADOS DOS ALUNOS – ENSINO FUNDAMENTAL
N° de Alunos - Municipal 4.182
N° de Alunos - Estadual 414
Regular 291
EJA 242
N° de Alunos – Particular 177
Total de Alunos do Ensino Fundamental 5.306
Tabela 9 - Quantidade de Alunos do Ensino Fundamental
O município, como se pode observar, detém a maioria das matrículas nesse
nível de ensino, e tem à frente uma série de desafios a serem enfrentados em busca
da melhoria contínua da qualidade do ensino ofertado. Embora em comparação com
as esferas nacional e estadual tenha um IDEB mais elevado, necessita continuar em
linha de progresso para que possa continuar atingindo as metas para os anos
iniciais do Ensino Fundamental e voltar a crescer no Ensino Fundamental final.
Abaixo em destaque os dados do IDEB 2011 E 2013:
IDEB - 2011
Anos Iniciais – Pública – 2011
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2011
=
Fluxo
X
Aprendizado
5.7 ↑
Meta para município 5,6
0.94 6.12
De cada 100 alunos, 6
não foram aprovados
Nota padronizada de
Português e Matemática
Fonte: IDEB 2011 – INEP
Anos Iniciais – Municipal – 2011
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2011
=
Fluxo
X
Aprendizado
5.7 ↑ Meta para município 5,6
0.94 6.12
De cada 100 alunos, 6
não foram aprovados
Nota padronizada de
Português e Matemática
Fonte: IDEB 2011 – INEP
28
Anos Finais – Pública – 2011
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2011
=
Fluxo
X
Aprendizado
4.7 ↑ Meta para município 4.9
0.85 5.59
De cada 100 alunos, 15
não foram aprovados
Nota padronizada de
Português e Matemática
Fonte: IDEB 2011 – INEP
Anos Finais – Municipal – 2011
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2011
=
Fluxo
X
Aprendizado
5.1↑ Meta para município 4.8
0.87 5.85
De cada 100 alunos, 13
não foram aprovados
Nota padronizada de
Português e Matemática
Fonte: IDEB 2011 – INEP
Anos Finais – Estadual – 2011
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2011
=
Fluxo
X
Aprendizado
3.5 ↓ Meta para município 5.2
0.70 4.98
De cada 100 alunos, 30
não foram aprovados
Nota padronizada de
Português e Matemática
Fonte: IDEB 2011 – INEP
IDEB – 2013
Anos Iniciais – Pública 2013
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2013
=
Fluxo
X
Aprendizado
5.9 ↑ Meta para município 5,8
0.93 6.34
Quanto maior o valor,
maior a aprovação
Quanto maior a nota, maior
o aprendizado
Fonte: IDEB 2013 – INEP
29
Anos Finais – Pública 2013
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2013
=
Fluxo
X
Aprendizado
4,4 ↓ Meta para município 5,3
0.83 5.37
Quanto maior o valor,
maior a aprovação
Quanto maior a nota, maior
o aprendizado
Fonte: IDEB 2013 – INEP
Anos Finais – Municipal
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2013
=
Fluxo
X
Aprendizado
4,7 ↓ Meta para município 5,2
0.85 5.51
Quanto maior o valor,
maior a aprovação
Quanto maior a nota, maior
o aprendizado
Fonte: IDEB 2013 – INEP
Anos Finais – Estadual
IDEB e seus componentes: Fluxo e aprendizado
IDEB 2013
=
Fluxo
X
Aprendizado
3,3 ↓ Meta para município 5,6
0.67 4.97
Quanto maior o valor,
maior a aprovação
Quanto maior a nota, maior
o aprendizado
Fonte: IDEB 2013 – INEP
Reduzir a distorção idade/série é outro ponto fundamental para a elevação dos
níveis educacionais, já que esta é resultado da reprovação e mostra um quadro
expressivo de fracasso escolar. Os anos finais do Ensino Fundamental necessitam
ainda mais de um trabalho intenso nessa área, já que esse índice eleva-se à medida
que se avança nos níveis de ensino.
30
Figura 2 - Anos iniciais (1° ao 5 ano)
Figura 3 - Anos Finais (6° ao 9° ano)
2.2.1. Rendimento Escolar das Escolas de Ensino Fundamental da Rede
Municipal de Ensino
Segundo dados de reprovação baseados no Censo Escolar de 2012, das
escolas de ensino fundamental da rede municipal de educação de Castelo, que
atendem ao público sujeito à reprovação, pode-se ter um panorama bem atual da
situação na rede.
23%
22%
14%
3%
1%
5° ano
4° ano
3° ano
2° ano
1° ano
ANOS INICIAIS (1° AO 5° ANO)Total: 13% - De cada 100 alunos, aproximadamente 13 estavam com atraso escolar
de 2 anos ou mais.
24%
25%
31%
29%
27%
9° ano
8° ano
7° ano
6° ano
Total
ANOS FINAIS (6° AO 9° ANO)
31
DADOS DO RENDIMENTO ESCOLAR DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Número de Alunos 4.009
Alunos Aprovados 3.545
Alunos Reprovados 464
Taxa de Aprovação 88,4
Taxa de Reprovação 11,57 Tabela 10 - Dados do Rendimento Escolar da Rede Municipal de Educação – 2012
DADOS DO RENDIMENTO DE ENSINO POR SEGMENTO – FUNDAMENTAL 1
Número de Alunos 2.301
Alunos Aprovados 2.090
Alunos Reprovados 211
Taxa de Aprovação 90,83
Taxa de Reprovação 9,16 Tabela 11 - Dados do Rendimento Escolar por Segmento – Fundamental 1 – 2012
DADOS DO RENDIMENTO DE ENSINO POR SEGMENTO – FUNDAMENTAL 2
Número de Alunos 1.708
Alunos Aprovados 1.455
Alunos Reprovados 253
Taxa de Aprovação 85,18
Taxa de Reprovação 14,81 Tabela 12 - Dados do Rendimento Escolar por Segmento – Fundamental 2 – 2012
TAXA DE RENDIMENTO DE ENSINO POR ANO/ SÉRIE
Aprovação (%)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
98,01 99,72 79,92 90,62 92,6 84,41 83,17 83,9 90,35
Reprovação (%)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
1,98 0,27 20,07 9,37 7,4 15,58 18,22 16 9,64
Tabela 13 - Taxas de Rendimento de Ensino por Ano/Série – 2012
TAXA DE RENDIMENTO DE ENSINO POR SEGMENTO
Fundamental 1
1º Ano 2º Ano 3º Ano 3ª Série 4ª Série
2,84 0,94 55,92 22,27 18
Fundamental 2
5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
31,25 28,45 27,27 13,04
Tabela 14 – Taxas de Rendimento de Ensino por Segmento – Porcentagem de reprovados - Fundamental 1 e 2 - 2012
32
Obs.: Os cálculos foram realizados considerando o número de alunos
aprovados e reprovados em cada unidade de ensino. Não foram computados os
abandonos e os sem informações de rendimento, nem os alunos da EMEIEF Frei
José Osés, já que esta não contava com nível de ensino passível de reprovação.
Dados Censo 2012.
A partir dessa realidade pode-se constatar que são necessárias ações para
reverter o quadro de reprovações, em especial no final do ciclo de alfabetização (3º
ano) e em todas as séries do ensino fundamental final.
Nesse sentido, vale salientar a necessidade de intensificar o processo de
valorização profissional no que tange a questões salariais, de formação e
monitoramento, fornecendo meios para atuação cada vez mais competente, frente
aos desafios aqui apresentados.
2.3. Ensino Médio
2.3.1. Histórico
O ensino secundário no Brasil, a princípio ofertado pelos jesuítas com a
denominação de Cursos de Letras e Filosofia e Ciências, era muito ligado a
preceitos religiosos e tinha um caráter elitista, pois visava atender aos descendentes
de famílias aristocráticas.
Com a expulsão dos jesuítas, em 1759, vários estabelecimentos desse nível
foram fechados. Com a vinda da família real para o Brasil, surgiu a preocupação
com a formação das elites dirigentes do território.
Após a independência, no ano de 1834, foi criado o Ato Adicional, que previa
que cada província poderia, de forma autônoma, organizar o ensino primário e
secundário. Surgiram, então, os Liceus com o intuito de preparar os alunos para
admissão no ensino superior.
Durante muitos anos, o Ensino Médio ficou restrito aos Liceus, nas capitais dos
estados voltados à educação masculina. As Escolas Normais que se acomodaram
ao ensino secundário ministrado nos Liceus, durante a primeira década do século
33
XX, emergiram em todo território nacional, como uma escola essencialmente
feminina, dotadas de escolas-modelo anexas destinadas à prática pedagógica.
Foi somente após a revolução de 1930, que ocorreram transformações no
sistema educacional brasileiro. Uma das principais mudanças foi a criação do
Ministério da Educação. Em 1931, através do decreto nº 19.890, complementado
pelo decreto/lei nº 244, de abril de 1942, foi criada a Lei Orgânica do Ensino
Secundário, que vigorou até 1971. De acordo com tal decreto, o ensino primário
deveria ter a duração de quatro anos; já o ensino secundário, com a duração de sete
anos; este último dividido em ginásio, com quatro anos de duração e colegial com
três anos. Para o ingresso ao ensino secundário, era necessária a aprovação em um
exame de admissão.
Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 5.692/71, a estrutura do
ensino foi alterada. Com a unificação do primário e o ginásio nasceu o denominado
ensino de 1º grau, com oito anos de duração e o colegial passou a ser o 2º grau. De
acordo com essa lei, as escolas de segundo grau deveriam ser profissionalizantes
em nível técnico, com quatro anos de duração ou auxiliar técnico com três anos.
Com a Constituição de 1988, passa a ser dever do Estado a garantia da oferta
do Ensino Médio gratuito a toda a população. Esta introduziu novas diretrizes que
resultaram na consolidação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação lei nº 9394/96,
que traz o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica e estabelece para
esse nível de ensino as seguintes finalidades:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando prosseguimento dos estudos; II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação e aperfeiçoamento posteriores; III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento critico; IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
O Ensino Médio deve ter a duração de três anos, com carga horária anual de
800 horas, distribuídas em duzentos dias letivos. O conteúdo curricular é
determinado por uma base nacional comum e por uma parte diversificada. No
34
entanto, cabe ao estabelecimento educacional optar pelo oferecimento ou não da
parte diversificada do currículo.
O Decreto nº 5.154/04 instituiu a modalidade de Ensino Médio integrado à
educação profissional técnica de nível médio.
Em atendimento à nova legislação, ao Ministério da Educação cabe apoiar os
sistemas estaduais de ensino no processo de implantação dessa nova modalidade
de formação.
Ao analisarmos dados fornecidos pelo INEP, podemos perceber que no
período de 1971 a 2000, houve aumento de matrículas no Ensino Médio, fato
explicado pelo aumento absoluto da população e pela ampliação da disponibilidade
dessa modalidade de ensino.
Figura 4 - Evolução da Matrícula do Ensino Médio no Brasil
Fonte: MEC/INEP/SEEC
Neste contexto, a rede estadual foi a que mais ampliou o número de
matrículas, fato oriundo da divisão de competências realizada para facilitar a
administração do ensino e da divisão de recursos do financiamento no âmbito
governamental.
0
2000
4000
6000
8000
1971 1980 1991 2000
Evolução da Matricula do Ensino Médio no Brasil (1971-2000)
35
Figura 5 - Matrículas por Dependência Administrativa no Brasil
Fonte: MEC/INEP
A taxa de frequência escolar bruta entre os jovens de 15 a 17 anos caiu de
85,2%, em 2009, para 83,7%, em 2011, no País, de acordo com a última Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A queda no indicador, calculado por
meio da razão entre o número de jovens de 15 a 17 anos matriculados na escola e a
população total de jovens de 15 a 17 anos, é explicada, em grande parte, por uma
mudança positiva na Educação Básica pública do Brasil: o fluxo escolar nessa faixa
etária vem melhorando.
A taxa de alunos na etapa correta de ensino entre os jovens acima dos 15 anos
subiu de 50,9%, em 2009, para 51,6%, em 2011. Quando observado o percentual de
alunos entre 15 e 17 anos que ainda estavam no Ensino Fundamental em 2004,
2009 e 2011, a diminuição também fica evidente: 34,6%, 31,9% e 29,4%,
respectivamente.
Quanto ao IDEB, apesar de pequenas melhoras, o índice está longe de ser o
desejável para um ensino de qualidade.
Evolução: IDEB do Ensino Médio
Rede 2005 2007 2009 2011 2013
Brasil – Total 3,4 3,5 3,6 3,7 3,7
Brasil - Estadual 3 3,2 3,4 3,4 3,3
Brasil - Pública 3,1 3,2 3,4 3,4 3,4
Brasil - Privada 5,6 5,6 5,6 5,7 5,8
Tabela 15 - Evolução do IDEB do Ensino Médio
Fonte: MEC/INEP
1%
85%
2%
12%
Matriculas por Dependencia Administrativa no Brasil (2006)
Federal Estadual Municipal Particular
36
Alunos do ensino médio tiveram o pior desempenho em comparação com os
alunos do Ensino Fundamental. Em 2011, eles alcançaram a meta projetada de 3,7
pontos. Nessa fase, o crescimento tem sido lento: em 2005, foi 3,4; em 2007, teve
3,5; em 2009, a nota foi de 3,6. Entretanto no ano de 2013, O IDEB do ensino médio
em 2013 se manteve em 3,7. A rede estadual – responsável por 97% das matrículas
da rede pública – registrou o mesmo índice de 2011 (3,4), assim como a rede federal
(5,6). A rede privada apresentou queda, passando de 5,7 para 5,4.
O Espírito Santo, não atingiu a meta projetada no IDEB de 2011 e 2013, o
estado está muito distante do grande desafio que temos a enfrentar para
oferecermos um ensino de qualidade.
Projeção do IDEB na 3ª série - Ensino Médio
IDEB Observado Metas Projetadas
ESCOLA 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Espírito Santo
3.1 3.2 3.4 3.3 3.4 3.1 3.2 3.4 3.6 4.0 4.4 4.7 4.9
Tabela 16 - Projeção do IDEB no Ensino Médio
Fonte: MEC/INEP
Como visto através dos gráficos, apesar do sistema de leis educacionais
brasileira serem bastante avançadas, precisamos caminhar para que haja
mecanismos que garantam sua aplicabilidade.
2.3.2. Ensino Médio no Município de Castelo
A Rede Municipal de Ensino não oferece atendimento ao Ensino Médio. Os
alunos dessa etapa do ensino no município estão distribuídos em duas escolas
estaduais e duas particulares, conforme gráfico abaixo:
Tabela 17 - Dados do Ensino Médio no Município
Fonte: Censo Escolar 2013
ENSINO MÉDIO NO MUNICÍPIO
ESCOLA REGULAR EJA TÉCNICO TOTAL DE ALUNOS
E.E.E.M. João Bley 371 217 145 733
E.E.E.M. Emílio Nemer 520 - 160 680
Colégio Expoente de Castelo 71 - - 71
Escola Família Agrícola de Castelo - - 112 112
37
A primeira escola a atender essa etapa de ensino no município de Castelo foi a
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “João Bley”. Ela foi inaugurada no
dia 1º de junho de 1937, com o nome de Ginásio Municipal de Castelo; no ano de
1952, passou a se chamar Colégio Estadual e Escola Normal “João Bley”. Com a
reforma do ensino e a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases de 1971, as escolas
estaduais sofreram modificações e, no ano de 1974, a escola passou a chamar-se
Escola de 1º e 2º Graus “João Bley”.
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “João Bley” segundo dados
do Censo de 2013 possui trezentos e setenta e um alunos no Ensino Médio regular,
cento e quarenta e cinco alunos no Ensino Médio Integrado (técnico) e duzentos e
dezessete alunos no Ensino Médio modalidade EJA.
A segunda escola estadual que atende o Ensino Médio em Castelo é a Escola
Estadual de Ensino Médio “Emílio Nemer”, fundada no dia 25 de maio de 1959 e
recebendo o nome de Centro de Expansão Técnico Cultural (CETEC). No dia 29 de
setembro de 1978, teve a aprovação do Governo do Estado do Espírito Santo e
recebeu o nome de Escola de 2º Grau “Emílio Nemer”; no ano de 2000, passa a ser
denominada Escola de Ensino Médio “Emílio Nemer.”
A Escola Estadual de Ensino Médio “Emílio Nemer” segundo dados do Censo
de 2013, possui quinhentos e vinte alunos no Ensino Médio Regular; noventa e cinco
alunos no Ensino Médio Integrado (técnico); e sessenta e cinco no Curso Técnico
Subsequente em Administração.
O município conta ainda com duas escolas particulares que atendem esta
etapa do ensino. São elas: Colégio Expoente de Castelo e Escola Família Agrícola
de Castelo.
Fundado a 13 de fevereiro de 1995, o Colégio Expoente de Castelo conta hoje
com setenta e um alunos.
A Escola Família Agrícola de Castelo foi fundada em 23/01/2006, iniciando as
atividades letivas em 13/02/2006 e conta, hoje, com 112 alunos.
38
2.4. Ensino Superior
2.4.1. Histórico
O Ensino Superior no Brasil foi marcado pelo fator tardio de sua oferta. No
período colonial, as universidades eram proibidas, no Brasil, por Alvará Régio. Os
filhos da elite colonial se dirigiam à Europa para complementarem seus estudos,
diferenciando-se assim de outras áreas coloniais da América, em que as
universidades surgiram no século XVI.
Apesar dessa proibição em 1550, em Salvador, na Bahia, foi criado pelos
jesuítas o primeiro estabelecimento de Ensino Superior no Brasil.
As faculdades jesuítas se instalaram posteriormente em São Paulo,
Pernambuco, Maranhão, Pará e Rio de Janeiro.
Entretanto, com a reforma Pombalina, houve, no ano de 1759, a expulsão dos
jesuítas do Brasil e o confisco dos bens da ordem. Pombal assumiu a direção do
sistema de ensino jesuítico e fechou as faculdades.
No início do século XIX, com a vinda da família real para o Brasil, houve o
retorno do atendimento ao Ensino Superior no Brasil, que, no início (1808), foi
instituído a partir do sistema de cátedras, unidades de ensino simples e que cobrava
pelo serviço. A partir de 1813 as cátedras evoluíram e deram origem a escolas,
academias e faculdades especializadas.
Apesar de constar historicamente universidades que funcionaram antes do ano
de 1920, só nessa data surge a Universidade do Rio de Janeiro, que foi a primeira a
obter sucesso e perpetuar no cenário nacional.
A normatização das universidades ocorreu com o decreto nº 5.616/1928 que
garantia a essas instituições autonomia administrativa, econômica e didática.
No período compreendido entre os anos de 1930 a 1964, foram criadas mais
de 20 universidades federais no Brasil. Em 1968, iniciou-se um movimento de
reforma universitária que tinha em suas bases, entre outros aspectos, a
indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. A década de 70 impulsionou o
desenvolvimento de cursos de pós-graduação no Brasil e a possibilidade de cursá-
los no exterior a fim de capacitar o corpo docente brasileiro.
39
Entretanto, tais reformas só foram parcialmente colocadas em prática. A
reforma criou o Conselho Federal de Educação, que instituiu o sistema de créditos
nas universidades públicas, os campi foram transferidos para as periferias,
aglutinando todas as faculdades em um mesmo local.
O Conselho Federal de Educação incentivou a iniciativa privada retirando uma
série de restrições, entre elas exigências relativas à qualificação docente.
A partir da Constituição de 1988 e a nova Lei de Diretrizes de Bases da
Educação nº 9394/96, o governo implementou uma série de reformas no Ensino
Superior. Sob o princípio da diversidade, adota formatos distintos de organização
oferecendo cursos na modalidade presencial e à distância, nos graus acadêmicos de
licenciatura, bacharelado e tecnológico. A LDB 9394/96 é marco na trajetória da
expansão do Ensino Superior brasileiro. As tendências do Ensino Superior nesse
período são: a internalização, diversidade, flexibilidade e privatização.
2.4.2. O Ensino Superior no Brasil na atualidade
Segundo dados do censo de 2011, o Brasil tem 6.739.689 estudantes
matriculados em 30.420 cursos de graduação, dos quais 1.032.936 estão em
instituições públicas federais. Em 2011, mais de 1 milhão de alunos concluíram o
ensino superior, sendo que, desses, 11.157 estavam nas federais.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad),
houve um incremento na população de 18 a 24 anos que frequenta ou já concluiu o
curso superior; além disso, a partir de 2007, registrou-se uma mudança no regime
de trabalho dos professores nas universidades, passando a predominar o regime de
tempo integral.
Os números mostram que, no período de 2001-2010, a matrícula em curso de
graduação nas universidades cresceu 7,95% na rede pública e 4,8% na rede
privada.
2.4.2.1. Panorama do Ensino Superior no Brasil
Segundo MEC/INEP, a evolução de matrículas em cursos de graduação está
uma evolução contínua, conforme demonstra o gráfico abaixo:
40
Figura 6 - Evolução de Matrículas - Ensino Superior
Fonte: MEC/INEP 2010
A modalidade a distância também apresentou um aumento expressivo durante
o período compreendido entre os anos de 2001 a 2010, atingindo 14,6% do total de
matrículas.
Figura 7 - Evolução de Matrículas no Ensino Superior a Distância
Fonte: MEC/INEP 2010
Em se tratando de grau acadêmico, os cursos presenciais contam com
3.958.544 matrículas de bacharelado, 928.748 de licenciatura e 545.844 de grau
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Federal Estadual Municipal Privada
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Presencial A distância
14,6%
85,6%
41
tecnológico. A educação a distância, por sua vez, soma 426.241 matrículas de
licenciatura, 268.173 de bacharelado e 235.765 em cursos tecnológicos.
Figura 8 - Distribuição de Matrículas - Ensino Superior - Presencial
Fonte: MEC/INEP
Figura 9 - Distribuição de Matrículas - Ensino Superior - A distância
Fonte: MEC/INEP
2.4.3. Ensino Superior em Castelo
O Ensino Superior no município de Castelo, no ano de 2013, contava com uma
faculdade particular na modalidade presencial, FACASTELO, e, na modalidade a
distância, o polo da Universidade Aberta do Brasil e o polo do IADE – Instituto de
17,0%
10,0%
72,6%
0,3%
Presencial
Licenciatura Tecnológico Bacharelado Não aplicável
45,8%
25,3%
28,8%
0,0%
A distância
Licenciatuar Tecnológico Bacharelado Não aplicável
42
Apoio e Desenvolvimento Empresarial e Educacional, em parceria com a
Universidade de Uberaba – UNIUBE.
A Facastelo, fundada em fevereiro de 1999, contava com o total de 500 alunos
e oferece os cursos de Administração, Direito e Medicina Veterinária.
A Universidade Aberta do Brasil foi instituída pelo decreto 5.800 de 8 de junho
de 2006. A lei 2.989, de 17 de dezembro de 2010, criou o Polo de Apoio Presencial
UAB do município de Castelo e Centro de Formação dos Professores Municipais de
Castelo.
No ano de 2013, o polo da UAB de Castelo oferecia o curso de bacharelado em
Ciências Contábeis (UFES) e licenciatura em Informática (IFES).
O IADE fundou seu polo em Castelo em 18 de março de 2006, contando em
2013 com duzentos e dez alunos que frequentam os cursos de Pedagogia, Serviço
Social, Administração, Geografia, Matemática, Letras/Português e História, na
modalidade EAD.
Para que o Ensino Superior responda aos anseios da sociedade, faz-se
necessário que sejam ampliadas as vagas no setor público; que as finalidades
previstas para essa etapa de ensino na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
sejam, de fato, colocadas em prática; que o diálogo entre os membros da Educação
Básica e Superior seja permanente, propiciando assim a melhoria da qualidade do
ensino ofertado.
Obs.: Os dados aqui apresentados foram fornecidos pelas faculdades que ofertavam ensino
superior no município no ano de 2013.
43
3 MODALIDADES DE ENSINO
3.1. Educação Especial
A partir das políticas públicas adotadas pelo MEC que priorizam a educação
inclusiva, houve oferta de vagas e um aumento constante de matrículas nessa
modalidade de ensino. As Matrículas de alunos incluídos na Educação Especial no
Brasil apontam um aumento considerável na comparação, tendo como base o ano
de 2007. No ano de 2007, 62,7% do total de matrículas da educação especial
estavam nas escolas públicas e 37,3%, nas escolas privadas. Em 2011, esses
números alcançaram 78,3% nas públicas e 21,7% nas escolas privadas.
Ano Total Geral
Classes Especiais e Escolas Exclusivas Classes comuns (Alunos Incluidos)
Total Educ
Infantil Fundamental Médio EJA
Educ Profissional
Total Educ
Infantil Fundamental Médio EJA
Educ Profissional
2007 654.606 348.470 64.501 224.350 2.806 49.268 7.545 306.136 24.634 239.506 13.306 28.295 395
2008 695.699 319.924 65.694 202.126 2.768 44.384 4.952 375.775 27.603 297.986 17.344 32.296 546
2009 639.718 252.687 47.748 162.644 1.263 39.913 1.119 387.031 27.031 303.383 21.465 34.434 718
2010 702.603 218.271 35.397 142.866 972 38.353 683 484.332 34.044 380.112 27.695 41.385 1.096
2011 752.305 193.882 23.750 131.836 1.140 36.359 797 558.423 39.367 437.132 33.138 47.425 1.361 %
2010/2011 7,1 -11,2 -32,9 -7,7 17,3 -5,2 16,7 15,3 15,6 15,0 19,7 19,7 24,2
Tabela 18 - Número de Matrículas na Educação Especial por Etapa de Ensino – Brasil 2007-2011
Fonte: MEC/INEP/Deed.
Nota: Não inclui matrículas em turmas de atendimento complementar e atendimento educacional especializado (AEE).
Figura 10 - Número de Matrículas na Educação Infantil – Educação Especial – Brasil – 2007-2011
Fonte: MEC/INEP/Deed.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
2007 2008 2009 2010 2011
Classes Especiais e Escolas Exclusivas Classes Comuns (Alunos Incluídos)
44
Figura 11 - Número de Matrículas no Ensino Fundamental – Educação Especial – Brasil – 2007-2011
Fonte: MEC/INEP/Deed.
Figura 12 - Número de Matrículas no Ensino Médio – Educação Especial – Brasil – 2007-2011
Fonte: MEC/INEP/Deed.
Rede Ano
Matrículas de Educação Especial
Total Classes Especiais e Escolas
Exclusivas Classes Comuns (Alunos
Incluídos)
Privada
2007 244.325 224.112 20.213 2008 228.612 205.475 23.137 2009 184.791 163.556 21.235 2010 169.983 142.887 27.096 2011 163.409 130.798 32.611
% 2010/2011 -8,0 -12,6 27,6
Pública
2007 410.281 124.358 285.923 2008 467.087 114.449 352.638 2009 454.927 89.131 365.796 2010 532.620 75.384 457.236
2011 588.896 63.084 525.812 % 2010/2011 17,1 -15,4 25,0 Tabela 19 - Número de Matrículas na Educação Especial por Rede – Brasil 2007-2011
Fonte: MEC/INEP/Deed.
0
100000
200000
300000
400000
500000
2007 2008 2009 2010 2011
Classes Especiais e Escolas Exclusivas Classes Comuns (Alunos Incluídos)
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
2007 2008 2009 2010 2011
Classes Especiais e Escolas Exclusivas Classes Comuns (Alunos Incluídos)
45
Nota: Não inclui matrículas em turmas de atendimento complementar e atendimento educacional especializado (AEE).
Figura 13 - Matrículas em Classes Especiais e Escolas Exclusivas – Educação Especial – Brasil - 2011
Fonte: MEC/INEP/Deed.
Figura 14 - Matrículas em Classes Comuns (alunos Inclusos) – Educação Especial - Brasil -2011
Fonte: MEC/INEP/Deed.
3.1.2 Educação Inclusiva na Rede Municipal de Ensino
3.1.2.1. Histórico
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Castelo surgiu de grande
persistência por parte de quatro professores da rede estadual de ensino: Srª. Iole
Zanuncio Malheiros, Srª. Ignês Campos Dell’ Orto, Srª. Maria Helena Campos Dell
Orto e Srª. Cecília Gazola que se preocuparam com a falta de oportunidade para as
pessoas portadoras de deficiência física e mental do nosso município, que não
32,5%
67,5%
Privada Pública
5,8%
94,2%
Privada Pública
46
tinham lugar para desenvolverem suas potencialidades. Tal fato desencadeou uma
proposta de atendimento específico e a fundação da APAE de Castelo, baseado em
instituições de outros municípios.
Com muitas dificuldades no início, os portadores de deficiência foram divididos
em dois grupos para serem atendidos em duas salas, em escolas diferentes, até que
uma casa foi alugada para sediar a APAE. Os custos de aluguel, luz, água,
alimentação e materiais diversos eram pagos pela referidas professoras que não
mediram esforços para dar continuidade a esta grande causa. Envolvendo também a
comunidade castelense, fundou-se a APAE de Castelo no dia 5 de outubro de 1973,
com sua diretoria executiva e demais conselhos.
Com o passar dos anos, surgiu a necessidade de funcionamento em um
espaço maior para desenvolver as atividades propostas para as pessoas especiais.
Com isso, a APAE começou a funcionar em sua segunda sede provisória no Centro
Espírita Luz e Trabalho e, depois, na Casa do Estudante Castelense.
Diante do pouco espaço disponível para atender adequadamente a demanda
de pessoas especiais que aumentava dia-a-dia, e visando aprimorar seu
atendimento, a comunidade se sensibilizou com a causa. Com a doação de uma
área de terreno pelos irmãos Paulo Marcos Lomba Galvão, Jorge Edson Lomba
Galvão e Mário Sergio Lomba Galvão, finalmente a APAE construiu sua sede.
Contou com a mobilização da comunidade na doação de materiais de construção e
com a mão de obra cedida pela Prefeitura Municipal. Assim foi realizado o sonho de
muitos alunos, familiares e funcionários.
Após várias reformas e ampliações exigidas por lei, com uma proposta de
trabalho objetivando o desenvolvimento global das pessoas especiais, a APAE se
estruturou física e administrativamente, sempre buscando o melhor para oferecer às
pessoas portadoras de necessidades especiais, através de serviços de reabilitação
(fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, reeducação motora) e serviço social.
Atualmente, com a mudança do cenário de funcionamento das APAEs em
decorrência de novas legislações, a APAE de Castelo oferece serviços voltados à
área de reabilitação, atuando também com Programas Pedagógicos Específicos
para pessoas com deficiência fora da faixa etária, determinada por lei para o
processo de Inclusão, com objetivo de promover ações que contribuam para
construção da autonomia e independência do cidadão.
47
3.1.3.2. A Educação Inclusiva na Rede Municipal de Educação
A Rede Municipal de Ensino conta com 25 escolas que atendem os segmentos
de Educação Infantil e Ensino Fundamental, atendendo em torno de 5.688 alunos.
Nesse quantitativo, temos os alunos que são o público-alvo da Educação
Especial, distribuídos em toda a Rede de acordo com a área geo-escolar. Para
atender a esse público, a Secretaria Municipal de Educação vem cumprindo toda a
legislação referente à inclusão Educacional, buscando a garantia da matrícula e
permanência do aluno na escola, priorizando o desenvolvimento do sujeito como um
todo.
Principais ações adotadas pela Secretaria Municipal de Educação em relação
à Educação Especial:
Atuação da Equipe Multidisciplinar da Secretaria Municipal de Educação para
atender à demanda dos alunos público-alvo da Educação Especial, contando
atualmente com: psicólogo, assistente social, pedagogo e enfermeira.
Contratação de assistentes de serviços de educação por meio de processo
seletivo para atuar com os alunos que apresentam demandas em relação a:
higienização, locomoção, alimentação e questões da patologia.
Contratação de professores de Atendimento Educacional Especializado para
atuar nas escolas com o público-alvo da Educação Especial.
Formação Continuada para os assistentes de serviços de educação
objetivando a qualidade no serviço ofertado.
Formação Continuada para os professores do AEE, visando ao cumprimento
integral da legislação referente, bem como a construção de Planos de
Atendimento Individualizado.
Visita técnica às escolas para dar orientações sobre as questões da Inclusão
Educacional.
Inserção no Projeto Político Pedagógico da Escola de todo o atendimento
ofertado pela escola aos alunos público-alvo da Educação Especial.
Atendimento psicológico aos alunos que apresentam demandas específicas
relativas à Inclusão Educacional.
48
Alteração das atribuições contidas no Plano de Carreira e Vencimentos do
Cargo de Assistente de Serviço de Educação visando ao atendimento dos
alunos com necessidades especiais.
Articulação intersetorial com as Secretarias/Órgãos do Município para
encaminhar questões específicas dos alunos, feito pelo Serviço Social da
Secretaria Municipal de Educação.
As escolas da Rede Municipal de Ensino que ainda não foram contempladas
pelo Programa de Salas de Recursos Multifuncionais e que possuem matrículas dos
alunos público-alvo da Educação Especial, estão sendo atendidas em formato de
polos no que se refere ao atendimento de contraturno do aluno, porém o porcentual
de planejamento em parceria com o professor regente de classe e a ação
colaborativa entre ambos é feita na escola de origem do aluno. Os polos para o
Atendimento Educacional Especializado no contraturno ficaram organizados
seguindo a proximidade geográfica entre as escolas. A Prefeitura Municipal de
Castelo, através da Secretaria Municipal de Educação, oferta o transporte para levar
os alunos até os polos para serem atendidos. É ofertado aos alunos oriundos de
escolas da zona rural transporte para o contraturno.
ALUNOS DECLARADOS COMO DEFICIENTE NO CENSO ESCOLAR REDE MUNICIPAL
DEFICIÊNCIA
Def. Auditiva 4
Def. Intelectual 62
Def. Múltipla 18
Def. Física 10
Cegueira -
Baixa Visão 5
Surdocegueira -
Surdez -
Total de Alunos com Deficiência 99
Tabela 20 - Alunos com Deficiência Fonte: Censo Escolar 2013
Fonte: SEME – 2013
49
ALUNOS DECLARADOS COM TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO NO CENSO ESCOLAR REDE MUNICIPAL
Autismo Infantil 8
Síndrome de Rett 1
Síndrome de Asperger 2
Transtorno Desintegrativo da Infância 0
Altas Habilidades / Superdotação 0
Total de Alunos com Trans. Global do Desenvolvimento 11
Tabela 21 - Alunos com Transtorno Global do Desenvolvimento Fonte: Censo Escolar 2013
Fonte: SEME – 2013
3.2. Educação em Tempo Integral
3.2.1. Histórico
A luta em favor da Escola em Tempo Integral no Brasil foi iniciada e conduzida
por grupos de católicos, anarquistas, integralistas e de educadores. Sendo assim,
esta tinha ideologias distintas e até contraditórias.
Para os integralistas, a Educação em Tempo Integral deveria ter como base a
espiritualidade, o nacionalismo cívico, a disciplina. Para os anarquistas, a ênfase
deveria ser a igualdade, a autonomia e a liberdade.
Anísio Teixeira, um dos educadores e membro do Manifesto dos Pioneiros da
Escola Nova, defendia um programa completo de leitura, aritmética e escrita,
ciências físicas e sociais, artes industriais, desenho, música, dança, educação física,
saúde e alimento. Das ideias de Anísio Teixeira surgiu o Centro Carneiro Ribeiro, em
Salvador, na Bahia na década de 1950.
Na década de 1960, com a fundação de Brasília, foram construídos vários
Centros Educacionais inspirados naqueles situados na Bahia, porém com maior
abrangência.
Em 1988, concebido por Darcy Ribeiro, baseado nas experiências de Anísio
Teixeira, foram criados diversos Centros Integrados de Educação Pública, no Rio de
Janeiro.
Em São Paulo, os Centros Educacionais Unificados (2000/2004), embora não
pretendessem esse atendimento, participaram do debate da Educação de Tempo
Integral.
50
As concepções de Educação de Tempo Integral, até a data mencionada,
fundamentavam-se em princípios político-ideológicos diversos, com natureza de
atividades educativas semelhantes.
Em 2007, com a criação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização
e Diversidade, foi escrito o texto referência sobre a Educação de Tempo Integral.
Esta, inspirada em ações da história dessa modalidade de ensino, visava a novas
construções necessárias ao contexto social da atualidade.
Experiências de ampliação da jornada escolar merecem destaque na
atualidade, entre elas o Programa Escola Integrada, criado em 2006 pela prefeitura
de Belo Horizonte, onde a jornada foi ampliada para nove horas, ofertando
atividades articuladas à proposta pedagógica de cada instituição educativa.
O Bairro-Escola, da Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, iniciado em março de
2006, concebe a ideia de que a educação não ocorre só na escola, mas em todos os
espaços da comunidade e busca um sujeito autônomo, crítico e participativo. No
Bairro- Escola, há estabelecimento de parcerias com diversos espaços e
instituições.
O Programa de Educação Integral de Apucarana, no Paraná de 2001, procura
atender aos aspectos cognitivos, político-sociais, ético-culturais e afetivos. Na
perspectiva interdisciplinar, buscam resultados de aprendizagem, compreensão,
domínio e aplicação dos conteúdos estudados. Para isso, são ofertadas atividades
artísticas, culturais, sociais, esportivas e acompanhamento individualizado do
desenvolvimento do educando.
Baseados nas múltiplas experiências vivenciadas em todo o país e em
preceitos legais em destaque, a LDB, no artigo 33, parágrafo 2º, prevê que o Ensino
Fundamental deve ser ministrado progressivamente em tempo integral, e o PNE
prevê a oferta da educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas
públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica; a
proposta de Educação em Tempo Integral busca atender a urgente demanda da
melhoria da qualidade da educação.
Nos dados abaixo fornecidos pelo INEP/ MEC, de acordo com censo escolar
de 2011, podemos verificar a progressão da oferta da Educação em Tempo Integral
no Brasil.
51
Ano
Ensino Fundamental Total Geral Pública Privada
Total Tempo Integral Total Tempo Integral Total Tempo Integral
2010 31.005.341 1.327.129 27.064.103 1.264.309 3.941.238 63.120
2011 30.358.640 1.756.058 26.256.179 1.686.407 4.102.461 69.651
% 2010/2011 -2,1 32,3 -3,0 33,4 4,1 10,3
Tabela 22 - Matrículas no Ensino Fundamental por Rede, segundo a Duração do Tempo de Escolarização Brasil – 2010-2011
Fonte:MEC/Inep/Deed.
Nota: O tempo integral é calculado somando-se a duração da escolaridade com a duração do atendimento complementar. Considera-se tempo integral quando essa soma for superior ou igual a 7h.
Figura 15 - Gráfico da Distribuição Percentual da Matrícula em Tempo Integral por Rede – Brasil – 2010-2011
Fonte:MEC/Inep/Deed.
3.2.2. Histórico das Escolas de Tempo Integral em Castelo
Em 2010, objetivando garantir a permanência do aluno por mais tempo na
escola e atendê-lo integralmente em suas necessidades educacionais, foram criadas
as primeiras escolas de Tempo Integral no município de Castelo.
No ano de 2011 e 2012, respectivamente, foram criadas mais duas escolas
nessa modalidade. No quadro abaixo, encontram-se as escolas de Tempo Integral
existentes no município de Castelo, bem como o ano de fundação de cada uma
delas e a localização das mesmas.
ESCOLA ANO DE FUNDAÇÃO LOCALIZAÇÃO
EMEIEF “Frei Juan Echavarri Asiain” 2010 Fazenda do Centro – zona rural EMEIEF “Antonio Sasso” 2010 São Manoel – zona rural EMEIEF “Reinaldo Fim” 2011 Limoeiro – zona rural EMEIEF Colmar Rocha” 2012 Garage – bairro periférico
Tabela 23 - Escolas de Tempo Integral da Rede Municipal de Ensino
Fonte: SEME.
4,3 4,7
1,6
5,8 6,4
1,7
0
5
10
15
20
Total Geral Pública Privada
2010 2011
52
As escolas de Tempo Integral, além do Currículo Básico proposto pelo
município, baseado nas diretrizes nacionais e estaduais, conta com atividades
divididas por macrocampos.
Na tabela abaixo, estão os macrocampos que integram a proposta das Escolas
de Tempo Integral de Castelo ES.
MACROCAMPOS ATIVIDADES
Acompanhamento Pedagógico Letramento / Alfabetização
Matemática
Campos do Conhecimento (História / Geografia)
Cultura, Arte e Educação Patrimonial
Dança
Teatro
Música
Artes Visuais
Desenho
Pintura
Leitura e Produção Textual
Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
Horticultura
Ecologia
Impactos Ambientais
Consumo e Reciclagem
Canteiros Sustentáveis
Legislação Ambiental
Desenvolvimento Sustentável
Esporte e Lazer
Desenvolvimento Corporal
Noções básicas dos Desporto
Atletismo
Xadrez
Educação em Direitos Humanos
Valores Humanos
Educação para Paz
Estatuto da Criança e do Adolescente
Ética e Cidadania
Cultura Digital
Computador – Noções Básicas
Editor de Imagens
Editor de Texto
Apresentação de Slides
Planilha Eletrônica
Internet
Scanner
Games
Promoção da Saúde
Alimentação Saudável
Educação para a Saúde sexual e reprodutiva
Saúde bucal e Mental
Prevenção à violência
Prevenção de doenças e agravos
Tecnologias Educacionais
Tabela 24 - Macrocampos - Tempo Integral
Fonte: SEME.
A Educação em Tempo Integral deve buscar permanentemente ampliar o
universo de experiências ao educando, utilizando para tanto as múltiplas linguagens
e as diversas formas de expressão.
O desenvolvimento de um trabalho pautado na perspectiva da formação
integral do sujeito pressupõe construir, junto a estes, valores essenciais à
53
convivência harmoniosa e democrática, sem, contudo, abrir mão do saber científico,
atribuindo sentido ao conteúdo ministrado.
O currículo, nessa perspectiva, deve levar em consideração a integralização
dos saberes, organizando e qualificando o tempo ampliado.
O planejamento deve, assim, romper barreiras eliminando práticas mecânicas,
aumentando o diálogo, aproximando teoria e prática e fortalecendo um aprendizado
de fato significativo, que propicie ao educando a vivência de um pensamento crítico,
de uma ação curiosa e insaciavelmente pesquisadora.
O ensino deve, então, ser progressivo, realizado de modo a se tornar possível
a sua assimilação. Para isso, deve levar em conta o fato de que não se aprende
tudo de uma só vez. Sendo assim, há de se ter espaço para a revisão, o
aprofundamento, a releitura crítica, valorizando o que se ensina na escola,
valorização esta que deve ser fruto do reconhecimento da relevância social do que
se aprende.
A avaliação e o monitoramento dos processos utilizados na Educação em
Tempo Integral, bem como o acompanhamento dos resultados obtidos com essa
proposta de trabalho, devem ser constantes propiciando assim um trabalho pautado
na responsabilidade e na continuidade.
3.3. Educação de Jovens e Adultos
3.3.1 Histórico
No período colonial, a Educação da pessoa adulta estava voltada à doutrinação
religiosa. No império, reformas educacionais apontavam para o ensino no turno
noturno para adultos analfabetos.
Com o desenvolvimento industrial, no início do século XX, viu-se um processo
lento, porém crescente, de valorização da educação dos adultos.
Devido aos altos índices de analfabetismo, a partir de 1940, o governo decidiu
criar um fundo destinado à alfabetização de adultos. Em 1945, com a criação da
UNESCO, ocorreu a solicitação aos países integrantes sobre a necessidade de se
educar os adultos analfabetos.
54
Em 1947, foi lançada a primeira campanha governamental. Esta tinha a
proposta de se alfabetizar em três meses, oferecendo, também, o curso primário em
duas etapas de sete meses. Nessa época, ocorreu o 1º Congresso Nacional de
Educação de Adultos e, nesse contexto, o alfabetizador era identificado como
missionário e o analfabetismo como causa da pobreza.
A Campanha, apesar de não ter sido bem sucedida, trouxe à tona discussões
sobre a necessidade da superação da visão preconceituosa que até então dominava
o cenário da educação de adultos no país. Pesquisas foram desenvolvidas
desmentindo a ideia de incapacidade de aprendizagem do educando adulto. Entre
as reflexões se destacou a da delegação de Pernambuco, da qual fazia parte Paulo
Freire; ele trazia uma nova proposta que evidenciava a necessidade da
comunicação entre o educador e o educando e um método que atendesse às
classes populares.
Uma nova visão foi surgindo, um novo entendimento entre a problemática
educacional e social. Assim, o analfabetismo passou a ser interpretado como efeito
da pobreza gerada por uma estrutura social injusta.
Em 1963, com o encerramento da 1ª Campanha, o governo encarregou Paulo
Freire de organizar e desenvolver um programa nacional de alfabetização de
adultos. Entretanto, em 1964, com o golpe militar, a proposta de Freire passou a ser
vista como ameaça.
Nesse contexto, iniciaram-se, então, programas de alfabetização de adultos
assistencialistas e conservadoras. Foi então criado o Mobral, voltado para a
população de 15 a 30 anos. Ele tinha como objetivo a aquisição de técnicas
elementares de leitura, escrita e cálculo, interrompendo o sentido crítico e
problematizador proposto anteriormente por Freire.
Na década de 1970, o Mobral se expandiu, entretanto alguns grupos
continuaram a alfabetização de adultos dentro de uma linha mais progressista.
A LDB nº 5692/71 dedicou um capítulo específico para o EJA. Tal lei
determinou como dever do estado a educação da faixa etária dos 7 aos 14 anos,
porém reconheceu a educação de adultos como um direito de cidadania.
Em 1974, o MEC propôs a implantação dos Centros de Estudos Supletivos,
que eram influenciados pelo tecnicismo e, como consequência, houve a evasão, o
pragmatismo e a certificação rápida e superficial.
55
Com a abertura política, na década de 80, ganharam força experiências de
alfabetização mais críticas. Surgiram, então, os projetos de pós-alfabetização, com a
proposta de avanços na linguagem escrita e operações matemáticas básicas. O
Mobral foi extinto em 1985, surgindo a Fundação Educar, que se manteve até 1990.
Após essa data, o governo federal passou a desempenhar apenas funções de
repasse de recursos e apoio técnico e pedagógico; as ações educativas deveriam
ser desenvolvidas pelo estado e sociedade civil.
Na década de 90, o desafio da EJA foi a construção de uma metodologia
criativa, a universalização do ensino fundamental e o avanço nos aspectos
qualitativos.
A LDB nº 9394/96 propôs a igualdade de condições de acesso e permanência
na escola, o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, a garantia de padrão
de qualidade e a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
Em 2001, o Conselho Nacional de Educação fixou as diretrizes Curriculares
para a educação de jovens e adultos. No mesmo ano, foi instituído o PNE (2001-
2010), que estabeleceu vinte e seis metas em relação à educação de jovens e
adultos, entretanto as metas não foram amplamente alcançadas e a educação de
jovens e adultos continua sendo um desafio.
Hoje, ainda assistimos a altos índices de repetência escolar, além de muitos
educandos que, apesar de passarem anos nas escolas, não se apropriam dos
conhecimentos escolares.
Vencer a exclusão, corrigindo a distorção idade/série e caminhar para que o
acesso ao ensino seja sinônimo de aprendizagem é o enorme desafio que
precisamos enfrentar.
3.3.2. Matrículas – Educação de Jovens e Adultos
A educação de jovens e adultos (EJA) apresentou queda de 6% (254.753),
totalizando 3.980.203 matrículas em 2011, conforme a tabela abaixo. Desse total,
2.657.781 (67%) estão no ensino fundamental e 1.322.422 (33%) no ensino médio.
56
Ano
Matrículas na Educação de Jovens e Adultos por Etapa de Ensino
Total Geral Ensino Fundamental
Ensino Médio Total Anos Iniciais Anos Finais
2007 4.975.591 3.367.032 1.160.879 2.206.153 1.608.559
2008 4.926.509 3.291.264 1.127.077 2.164.187 1.635.245
2009 4.638.171 3.090.896 1.035.610 2.055.286 1.547.275
2010 4.234.956 2.846.104 923.197 1.922.907 1.388.852
2011 3.980.203 2.657.781 935.084 1.722.697 1.322.422
% 2010/2011 -6,0 -6,6 1,3 -10,4 -4,8
Tabela 25 - Número de Matrículas na Educação de Jovens e Adultos por Etapa de Ensino - Brasil - 2007-2011
Fonte: MEC/Inep/Deed. Notas: 1) Não inclui matrículas em turmas de atendimento complementar e atendimento educacional especializado (AEE). 2) O mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula. 3) Educação de jovens e adultos: inclui matrículas de EJA presencial e semipresencial e não inclui matrículas de EJA integrada à educação profissional de nível fundamental e médio.
Tendo como base o censo 2011 MEC/Inep, na oferta da EJA, a rede municipal
é predominante no ensino fundamental e a rede estadual, no ensino médio. O
mesmo censo mostra que os alunos que frequentam os anos iniciais do ensino
fundamental da EJA têm idade muito superior aos que frequentam os anos finais e o
ensino médio dessa modalidade. Esse fato sugere que os anos iniciais não estão
produzindo demanda para os anos finais do ensino fundamental da EJA.
Considerando as idades dos alunos nos anos finais do ensino fundamental e no
ensino médio da EJA, há fortes evidências de que essa modalidade está recebendo
alunos provenientes do ensino regular.
Os dados apresentados deixam evidente que a oferta da EJA necessita ser
ampliada, além de se corrigir distorções, diminuindo abandono e a repetência.
Figura 16 - Gráfico de Medidas de Posição da Idade dos Alunos Matriculados nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da EJA – Brasil – 2007- 2011
Fonte: MEC/Inep/Deed.
57
Figura 17 - Gráfico das Medidas de Posição da Idade dos Alunos Matriculados nos Anos Finais do Ensino Fundamental da EJA – Brasil – 2007-2011
Fonte: MEC/Inep/Deed.
Figura 18 - Gráfico das Medidas de Posição da Idade dos Alunos Matriculados no Ensino Médio da EJA –
Brasil – 2007-2011
Fonte: MEC/Inep/Deed.
3.3.3. A Educação de Jovens e Adultos no Município de Castelo
A EEEFM “João Bley” é a única escola do município que atende à Educação de
Jovens e Adultos do Ensino Fundamental e Médio. A Rede Municipal de Educação
atua em parceria com os governos federal e estadual, com o Programa Brasil
Alfabetizado, contando, no ano de 2013, com uma sala de aula que funciona na
EMEF “Esplanada do Castelo”.
No quadro abaixo, está disponibilizado o número de alunos da EJA na EEEFM
“ João Bley”
58
Total de Alunos - Ensino Fundamental
Ensino Médio – Ensino Médio Total de Alunos na EJA
152 160 312
Tabela 26 - Número de Alunos da EJA na EEEFM "João Bley"
Segundo dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Educação, o município
de Castelo possui 27.704 pessoas com idade maior que 15 anos; destas, 25.370 são
alfabetizadas e 2.334 são analfabetos, totalizando 8,4% de analfabetos, conforme
tabela abaixo:
População Total maior de 15 anos Alfabetizados Analfabetos
27.704 25.370 – 91,6% 2.334 – 8,4%
Tabela 27 - Dados da Alfabetização de Jovens e Adultos de Castelo
59
4. METAS E ESTRATÉGIAS
4.1. Meta 1
Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças
de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil
em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das
crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PME. Organizar até
2016 Diretrizes Municipais para a Educação Infantil, bem como proposta
curricular adequada, garantindo a melhoria qualitativa da educação ofertada ao
público atendido por essa etapa de ensino
1. Garantir que as instituições de Educação Infantil reformulem suas propostas
pedagógicas de forma participativa em parceria com a Secretaria Municipal de
Educação.
2. Promover, a partir da aprovação deste Plano, estudos e discussões sobre as
propostas pedagógicas dos estabelecimentos de ensino, a fim de que haja
maior compreensão e efetivação de sua prática pelos profissionais de cada
instituição.
3. Assegurar a revisão da política para a Educação Infantil, com base nas
diretrizes nacionais e na legislação em vigor.
4. Garantir o fornecimento dos materiais pedagógicos de qualidade e em
quantidade suficiente, inclusive os de língua estrangeira, adequados às faixas
etárias e às necessidades do trabalho educacional, nos estabelecimentos de
atendimento à Educação Infantil Municipal.
5. Garantir, no tempo de vigência deste Plano, padrões de infraestrutura
adequada (definidos nacionalmente), visando à acessibilidade e à qualidade
dos serviços educacionais, em todas as unidades que ofertam Educação
Infantil.
6. Realizar levantamento de prioridades arquitetônicas e garantir obras,
equipamentos e mobiliários de acessibilidade de acordo com as normas
60
regulamentadoras para os Centros de Educação Infantil e as escolas que
oferecem atendimento a esse público.
7. Assegurar padrões de qualidade nas Instituições de Educação Infantil da rede
municipal de educação, garantindo o atendimento às características e
necessidades das diferentes faixas etárias, de acordo com as Diretrizes
Nacionais.
8. Realizar, periodicamente, junto às escolas que ofertam o atendimento de
creche e pré-escola para a população de 0 a 5 anos, o levantamento da
demanda, como meio de planejamento, verificação e atendimento da
demanda manifesta.
9. Garantir durante a vigência deste Plano, a oferta de Formação Continuada
remunerada, desde que esta seja realizada fora das atividades descritas no
calendário escolar da rede municipal de ensino e em horário alternado, aos
profissionais do magistério municipal da Educação Infantil, com grupos
separados conforme a faixa etária, zero a três e quatro e cinco anos, de forma
que os mesmos atendam às necessidades reais e peculiaridades dessa etapa
de ensino e ao trabalho competente com a diversidade, na edificação de uma
educação de qualidade e para todos.
10. Promover chamada pública para os alunos de quatro e cinco anos, visando
garantir a inclusão plena dessas crianças na educação pública.
11. Garantir, no início de cada ano letivo, no calendário escolar, ao menos um
dia, para organização do trabalho a ser desenvolvido em cada unidade
escolar, bem como divulgação da linha pedagógica da instituição, do seu
plano de ação e metas para o referido ano, com equipe formada
antecipadamente que favoreça um planejamento eficaz.
12. Oferecer orientação aos diretores e profissionais dos Centros de Educação
Infantil e demais escolas que atendem a esse público, sobre questões
pedagógicas, administrativas e financeiras.
13. Assegurar e garantir o atendimento em Tempo Integral, em todos os Centros
de Educação Infantil, às crianças de zero a cinco anos de idade.
14. Ampliar a oferta de Educação Infantil, assegurando cem por cento de
atendimento aos alunos de quatro e cinco anos até o ano de 2016.
15. Estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de
formação para profissionais do magistério, de modo a garantir a elaboração
61
de currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de
pesquisas ligadas ao processo de ensino-aprendizagem e às teorias
educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos;
16. Priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento
educacional especializado complementar e suplementar aos alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a
transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica;
17. Preservar as especificidades da educação infantil na organização das
unidades escolares públicas municipais, garantindo o atendimento de
crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam os
parâmetros nacionais de qualidade, e a articulação com a etapa escolar
seguinte, visando ao ingresso do aluno de 6 (seis) anos de idade no ensino
fundamental;
18. Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da
permanência das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários
de programas de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos
públicos de assistência social, saúde e proteção à infância;
19. Garantir o período de férias em janeiro, para que as crianças possam
fortalecer os laços familiares.
20. Reunir as escolas da rede municipal de educação para troca de experiências
e construção de uma política municipal na área da Educação Infantil.
21. Promover, a partir da vigência deste Plano, formas de participação da
comunidade escolar local, para apoiar a melhoria do funcionamento das
instituições municipais de Educação Infantil, ampliando a gestão democrática.
22. Reorganizar os Centros de Educação Infantil, para que atendam a demanda
manifesta, em tempo integral e parcial visando ao bem estar dos estudantes,
com instalações adequadas.
23. Garantir o cumprimento dos planejamentos, visando eliminar práticas
mecânicas, aumentando o diálogo, aproximando teoria e prática e
fortalecendo um aprendizado de fato significativo.
24. Realizar levantamento no município de espaço adequado para construção de,
no mínimo, 1 (um) Centro de Educação Infantil, de acordo com a demanda,
62
em conformidade com o padrão arquitetônico do MEC, respeitando as normas
de acessibilidade.
4.2. Meta 2
Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de
6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco
por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o
último ano de vigência do PME.
1. Realizar a revisão anual da Proposta Pedagógica das escolas da rede
municipal com base na legislação em vigor, considerando a avaliação das
propostas do ano anterior, adequação à legislação vigente e aos estudos
científicos, para que, a partir do diagnóstico da instituição, seja elaborado o
plano de ação.
2. Garantir a participação dos profissionais da educação e da comunidade
escolar, na revisão permanente da Proposta Pedagógica e do regimento
escolar das instituições de ensino da rede municipal, com observância das
Diretrizes Curriculares Nacionais e da proposta curricular em vigência para o
Ensino Fundamental.
3. Readequar os planos de ensino anualmente, com a participação dos
profissionais das instituições de ensino tendo como base as diretrizes
nacionais e estaduais, abordando mudanças e desafios necessários à prática.
4. Definir uma base municipal comum no que diz respeito à alfabetização.
5. Criar espaços de discussão municipal permanentemente no que diz respeito à
alfabetização.
6. Garantir o desenvolvimento de ações que visem à melhoria da qualidade da
educação, com ênfase na leitura, interpretação, escrita e cálculo.
7. Reformular a ficha descritiva avaliativa dos alunos do 1° e do 2° ano.
8. Garantir o fornecimento dos materiais pedagógicos de qualidade e quantidade
suficiente, inclusive os de língua estrangeira, adequados às faixas etárias e às
necessidades do trabalho educacional, nos estabelecimentos de atendimento
ao Ensino Fundamental.
63
9. Garantir a ampliação e adequação das escolas quanto à infraestrutura
necessária ao trabalho pedagógico de qualidade, contemplando desde a
construção física, aquisição e instalação de equipamentos e estruturação de
espaços para atividades artístico-culturais, esportivas, recreativas, com
adaptações adequadas às pessoas com necessidades especiais de
aprendizagem.
10. Manter a oferta de alimentação escolar de qualidade para as crianças
atendidas no Ensino Fundamental, nos estabelecimentos públicos, por meio
de colaboração financeira, através de convênios entre a União e o Município.
11. Normatizar as cantinas escolares a fim de que só ofereçam alimentação
saudável com acompanhamento de nutricionista.
12. Realizar levantamento de prioridades arquitetônicas e garantir obras,
equipamentos e mobiliários de acessibilidade de acordo com as normas
regulamentadoras para as escolas de ensino fundamental.
13. Prever o repasse de recursos financeiros às Unidades Escolares visando à
descentralização de recursos públicos e promovendo maior celeridade nas
ações educacionais.
14. Criar mecanismos de utilização de dados de sistemas de avaliação já
instituídos, a fim de diagnosticar o nível de desempenho dos alunos do Ensino
Fundamental da rede municipal de ensino, e desenvolver ações direcionadas
à superação das dificuldades apresentadas, com o objetivo de melhorar a
qualidade do ensino.
15. Buscar parcerias com governos federal e estadual, durante a vigência deste
Plano, garantindo em dois anos a criação da EJA Municipal para o
atendimento a todos os alunos com defasagem idade-série.
16. Assegurar, com a participação de representantes do magistério público
municipal, a revisão do Regimento Comum das Escolas Municipais,
considerando diretrizes, padronizando a relação professor/aluno e aluno/
equipe técnica, pedagógica e administrativa.
17. Garantir o ensino da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena,
em conformidade com a lei nº 11.645/2008, que alterou a Lei no 9.394, de 20
de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
18. Garantir o ensino de conteúdos que tratem dos direitos e deveres das
crianças e adolescentes, tendo como diretriz a lei nº 11.525/07.
64
19. Garantir a construção de Centro de Ciências e Pesquisas para atender as
escolas de ensino fundamental da rede municipal de ensino, dotados de
recursos e equipamentos específicos.
20. Garantir a implantação e funcionamento de, no mínimo, 30% de laboratórios
de informática com profissionais técnicos para atender a Rede Municipal de
Ensino, durante a vigência do plano.
21. Promover, durante a vigência deste Plano, a participação dos membros dos
conselhos ligados diretamente à Secretaria Municipal de Educação, em
cursos de capacitação, palestras e seminários que tratem de assuntos
relevantes para a atuação dos mesmos.
22. Garantir a continuidade do atendimento nas escolas de tempo integral
existentes e, gradativamente durante a vigência do Plano, a implantação de
pelo menos uma grande escola de Ensino Fundamental na sede do
município, ampliando o atendimento da educação em tempo integral, visando
à complementação da educação do ensino regular.
23. Garantir no Regimento Comum das Escolas Municipais a participação de
todos os segmentos da escola em assembleia que define os investimentos e
tomada de decisões.
24. Garantir condições para que as crianças com necessidades educacionais
especiais continuem sendo incluídas, tendo acompanhamento de
especialistas da equipe multifuncional da Secretaria Municipal de Educação,
e, quando necessário, o apoio de assistentes de serviços de educação, bem
como o acesso a materiais pedagógicos adaptados, recursos de tecnologia
assistiva, comunicação alternativa, espaço físico acessível, imóvel e
mobiliário adequado.
25. Assegurar, através do estudo técnico e financeiro, condições de ensino aos
alunos identificados com problemas de aprendizagem e baixo rendimento
escolar, dos anos iniciais do ensino fundamental, priorizando os matriculados
em turmas do 2° e 3° ano, mediante o aumento da permanência do aluno na
escola até três vezes na semana, para atendimento por profissional
qualificado no reforço escolar, bem como a utilização de materiais
pedagógicos adequados.
26. Estabelecer ações específicas aos anos finais do ensino fundamental uma
vez que os índices têm mostrado defasagem nesse segmento.
65
27. Ampliar e articular parcerias com órgãos e instituições competentes,
objetivando mapear e divulgar serviços de atendimento e de defesa dos
direitos da criança e do adolescente, disponíveis no município e no seu
entorno, incluindo o Ministério Público.
28. Apoiar permanentemente as instituições competentes nas ações de
sensibilização da comunidade sobre os direitos da criança e do adolescente à
integridade física e psicológica e sobre a responsabilidade da família e da
sociedade na garantia de seu cumprimento, inclusive por meio de denúncia
de casos de violação desses direitos, garantindo o cumprimento do ECA.
29. Assegurar acompanhamento e apoio aos docentes por meio de atividades de
estudo e reflexão desenvolvidos na escola, através de sua equipe
pedagógica, com orientação da Secretaria Municipal de Educação.
30. Oferecer orientação técnica aos diretores, profissionais das escolas de Ensino
Fundamental sobre questões pedagógicas, administrativas e financeiras.
31. Garantir o cumprimento dos planejamentos, visando eliminar práticas
mecânicas, aumentando o diálogo, aproximando teoria e prática e
fortalecendo um aprendizado de fato significativo.
32. Ofertar e garantir apoio à integridade moral e física do professor assegurando
o exercício da profissão diante da diversidade e dos riscos a que esse
profissional está exposto.
33. Apoiar, durante a vigência deste Plano, a realização de congressos, fóruns,
simpósios, conferências promovidas por instituições voltadas à educação.
4.3. Meta 3
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15
(quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste
PME, a taxa de matrícula no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
1. Apoiar os projetos extracurriculares que visam à melhoria da qualidade do
ensino ofertado.
2. Incentivar programas de formação continuada e valorização do magistério.
66
3. Apoiar a revisão da organização didático-pedagógica e administrativa do
ensino noturno, de forma a adequá-lo às necessidades do aluno-trabalhador,
sem prejuízo da qualidade do ensino.
4. Apoiar o ensino da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, em
conformidade com a lei nº 11.645/2008, que alterou a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
5. Apoiar as organizações estudantis com espaço de participação e cidadania.
6. Incentivar a participação de todos os segmentos da escola em assembleia que
define os investimentos e tomada de decisões.
7. Apoiar a realização de estudos diagnósticos das demandas necessárias aos
estudantes a fim de assegurar o atendimento necessário, de acordo com as
dificuldades dos alunos.
8. Incentivar a realização de encontros periódicos com os membros do Conselho
de Escola.
9. Incentivar trocas de experiências entre instituições estaduais e particulares.
10. Incentivar a realização de avaliações diagnósticas constantes, para que se
possa compreender os entraves e progressos a fim de alcançar metas e
objetivos propostos para elevação da qualidade do ensino.
11. Apoiar o contato permanente entre o Ensino Médio e as instituições de ensino
superior para troca de experiências e atualização, integrando o aluno do
Ensino Médio com o mundo acadêmico.
12. Incentivar a inclusão e a permanência dos educandos com necessidades
especiais.
13. Estimular, com participação da comunidade, a elaboração e a revisão da
proposta pedagógica.
14. Incentivar a busca ativa da população de 15 a 17 anos fora da escola, em
parceria com as áreas de Assistência Social e da Saúde.
15. Estimular a expansão do estágio para estudantes da educação profissional
técnica, visando ao aprendizado de competências próprias da atividade
profissional, à contextualização escolar e ao desenvolvimento do estudante
para a vida cidadã e para o trabalho.
16. Incentivar a população a participar do Exame Nacional do Ensino Médio.
17. Apoiar ações de prevenção à evasão motivada por preconceito e
discriminação à orientação sexual ou à identidade de gênero e étnico racial.
67
18. Incentivar e apoiar as famílias na garantia do direito ao atendimento
educacional especializado nessa etapa de ensino.
19. Incentivar o diálogo com os governos federal e estadual a fim de viabilizar
adequações nos espaços físicos da escola, promovendo a acessibilidade
arquitetônica e a compra de equipamentos necessários a esse fim.
20. Assegurar, em regime de colaboração com o Estado, o transporte escolar aos
alunos do município.
21. Incentivar projetos de construção, reforma e adequação dos espaços, nas
instituições públicas de Ensino Médio.
22. Apoiar a formação continuada dos docentes e demais profissionais da
educação pública nas diversas áreas do conhecimento.
23. Incentivar a organização de cursos de formação, periodicamente, com a
participação de professores de diversos municípios.
24. Incentivar parcerias com profissionais da saúde e da assistência social para
que sejam ministradas palestras ou realizados encontros e seminários sobre a
oferta da educação inclusiva de qualidade e para todos.
4.4. Meta 4
Universalizar para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, alunos da
Rede Municipal de Ensino, e apoiar a universalização nas demais redes, aos
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, garantindo o acesso à educação básica e ao
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de
ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recurso
multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados.
1. Garantir a revisão anual da Proposta Curricular visando desenvolver no
contexto escolar aprendizagens significativas.
2. Garantir, na Proposta Pedagógica das escolas da Rede Municipal de
Educação, práticas educacionais inclusivas, que atendam ao público-alvo da
Educação Especial em suas especificidades.
3. Apoiar programas destinados ao incentivo à profissionalização dos jovens
público-alvo da Educação Especial.
68
4. Realizar, durante a vigência deste Plano, a continuidade dos estudos
referentes às diretrizes e normas para a terminalidade específica do Ensino
Fundamental aos alunos com necessidades educacionais especiais.
5. Garantir a oferta, quando necessário, de um professor de libras para
atendimento aos alunos surdos da Rede Pública Municipal de Castelo.
6. Garantir a oferta, quando necessário, de um professor de Braille para
atendimento aos alunos cegos da Rede Pública Municipal de Castelo.
7. Ofertar Atendimento Educacional Especializado aos alunos da Rede
Municipal de Educação de Castelo em sala de recurso multifuncional da
própria escola onde este está matriculado ou em escola polo.
8. Estimular que os beneficiários do programa BPC – Benefício de Prestação
Continuada na Escola, do governo federal, estejam inseridos no espaço
escolar.
9. Garantir o atendimento especializado em ambiente hospitalar ou domiciliar
aos alunos da Rede Municipal de Ensino com deficiência, transtornos globais
e funcionais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação de acordo
com as Diretrizes da Educação Especial na Educação Básica e Profissional
para a Rede Estadual do Estado do Espírito Santo, desde que comprovada a
necessidade e haja solicitação por escrito do médico que acompanha o aluno.
10. Garantir, no prazo de vigência deste Plano, a eliminação de barreiras
arquitetônicas, nos espaços das escolas da Rede Municipal de Ensino.
11. Garantir assistentes de serviços de educação, de acordo com a demanda das
necessidades biopsicossociais dos alunos, para atividades de cuidados
básicos de higiene, locomoção e alimentação de acordo com as “Diretrizes da
Educação Especial na Educação Básica e Profissional para a Rede Estadual
do Estado do Espírito Santo.”
12. Garantir o Atendimento Educacional Especializado, na escola de origem ou
escolas polo, aos alunos com deficiência, transtornos globais e funcionais do
desenvolvimento e altas habilidades da Rede Municipal de Ensino.
13. Garantir apoio e assessoramento aos educadores que atuam com alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades da
Rede Municipal de Ensino.
69
14. Garantir o atendimento por equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de
Educação e demais Secretarias municipais aos alunos público-alvo da
educação especial da rede municipal de ensino.
15. Garantir transporte escolar aos alunos que apresentam dificuldades de
locomoção, bem como solicitar junto a Administração sinalização da área de
embarque e desembarque.
16. Promover palestras com profissionais da saúde e assistência social sobre
diagnóstico, causas e atendimento às deficiências.
17. Identificar a demanda das Altas Habilidades / Superdotação na Rede Pública
Municipal de Ensino, estabelecendo parcerias públicas, objetivando esse
atendimento.
18. Priorizar, através de processo seletivo, profissional que possui formação
específica em educação especial, para atender alunos público-alvo desta
atuação nas Salas de Recursos Multifuncionais.
4.5. Meta 5
Alfabetizar todas as crianças, até o 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.
1. Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do
ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-
escola, com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com
apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas
as crianças.
2. Garantir que as escolas da Rede Municipal de Ensino desenvolvam planos de
intervenção a partir de resultados da Provinha Brasil, Avaliação Nacional da
Alfabetização (ANA) e PAEBES (Programa de Avaliação da Educação Básica
do Espírito Santo), buscando caminhos para melhoria da alfabetização.
3. Estimular a participação dos professores em formação Continuada ofertada
pelo Ministério da Educação destinadas a professores alfabetizadores.
4. Promover e incentivar formação continuada aos professores alfabetizadores
da Rede Municipal de Ensino, que deve ser remunerada se ocorrer em
horários extras aos previstos no calendário escolar.
70
5. Apoiar a alfabetização dos alunos público-alvo da Educação Especial na
Rede Municipal de Ensino, considerando suas especificidades, inclusive a
alfabetização bilíngue de pessoas surdas.
6. Garantir com o apoio do Ministério da Educação, o fornecimento de material
pedagógico de qualidade para as escolas da Rede Municipal de Ensino que
possuem salas de alfabetização.
7. Promover discussões permanentes através do Fórum de Alfabetização,
visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem no município.
8. Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas
pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a
melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos, consideradas as
diversas abordagens metodológicas e sua efetividade.
9. Assegurar, através do estudo técnico e financeiro, condições de ensino aos
alunos identificados com problemas de aprendizagem e baixo rendimento
escolar, dos anos iniciais do ensino fundamental, priorizando os matriculados
em turmas do 2° e 3° ano, mediante o aumento da permanência do aluno na
escola até três vezes na semana, para atendimento por profissional
qualificado no reforço escolar, bem como a utilização de materiais
pedagógicos adequados.
4.6. Meta 6
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por
cento) das escolas da Rede Municipal de Ensino, de forma a atender, pelo
menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos alunos matriculados nessa rede, ou
seja, educação infantil e ensino fundamental, e incentivar a oferta de educação
em tempo integral nas demais escolas públicas de modo que também estas
possam atingir a meta projetada desse PME, bem como no PNE Lei Nº 13.005,
de 25 de Junho de 2014.
1. Garantir a revisão anual da Proposta Curricular visando desenvolver, no
contexto escolar, aprendizagens significativas pautadas nos diferentes níveis.
71
2. Garantir, pelo menos, dois encontros trimestrais de avaliação da proposta
curricular das diversas Escolas de Tempo Integral do município, consolidando
indicadores de rendimento escolar sobre desempenho dos estudantes
específicos de cada macrocampo.
3. Garantir espaço anual para apresentação de trabalhos realizados, entre as
escolas de Tempo Integral do município.
4. Desenvolver ações articuladas, envolvendo o Currículo da Educação Básica e
as atividades nos diversos macrocampos com vistas à melhoria da
aprendizagem dos alunos.
5. Desenvolver ações que visem à melhoria escolar, com ênfase na leitura,
escrita e cálculo.
6. Garantir que as escolas de tempo integral trabalhem considerando as
peculiaridades locais.
7. Garantir a elaboração, monitoramento e avaliação do plano de ação anual de
cada escola de Tempo Integral Pública do município.
8. Promover ao menos um planejamento trimestral, com a presença de todos os
professores de todos os turnos.
9. Criar mecanismos que visem à redução, durante a vigência deste Plano
Municipal de Educação, dos índices de evasão e de repetência dos alunos
matriculados nas Escolas de Tempo Integral do município.
10. Buscar parcerias com governos federal e estadual, durante a vigência deste
Plano, para programas de atendimento aos alunos com defasagem idade-
série.
11. Avaliar e monitorar sistematicamente a proposta pedagógica e curricular das
Escolas de Tempo Integral Públicas do município.
12. Garantir o cumprimento dos planejamentos, visando eliminar práticas
mecânicas, aumentando o diálogo, aproximando teoria e prática e
fortalecendo um aprendizado de fato significativo.
13. Garantir de acordo com o decreto nº 7.803 de 27 de janeiro de 2010 a Lei
13.005/2014 a obrigatoriedade da jornada escolar de, no mínimo, 7 horas
para todos os alunos matriculados nas escolas de tempo integral da Rede
Municipal de Ensino.
72
14. Adequar, gradativamente, no prazo de vigência deste Plano, os espaços das
escolas de Tempo Integral da Rede Municipal de Ensino, em regime de
colaboração com a União através do PDDE INTERATIVO.
15. Manter em regime de colaboração programas nacionais de ampliação e
reestruturação das escolas públicas da Rede Municipal de Ensino de Tempo
Integral do município.
16. Assegurar o fornecimento de materiais pedagógicos para atender às
necessidades do trabalho educacional nos estabelecimentos que oferecem
tempo integral e garantir a manutenção periódica dos laboratórios de
informática, em regime de colaboração com a União através do PDDE
INTERATIVO.
17. Garantir salas adequadas para as oficinas.
18. Garantir formação específica aos profissionais do magistério que atuam nas
Escolas de Tempo Integral Públicas da Rede Municipal de Ensino.
19. Garantir aos profissionais do magistério das escolas de Tempo Integral
condições para que possam planejar, discutir e organizar o trabalho
pedagógico e as ações a serem desenvolvidas no processo ensino-
aprendizagem.
20. Apoiar e incentivar a formação continuada dos professores que atuam nas
escolas de tempo integral.
21. Promover encontros trimestrais, oferecendo cursos para oficineiros e
palestras diversificadas.
22. Realizar levantamento de locais prioritários para implantação de escolas de
tempo integral na zona urbana de modo a atingir os percentuais estabelecidos
em legislações nacionais específicas.
4.7. Meta 7
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades,
com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir nos anos
iniciais do Ensino Fundamental a média 6.8, nos anos finais do Ensino
Fundamental 6.3 e no Ensino Médio 5.2 no final da vigência deste PME.
73
1. Estabelecer e implantar, diretrizes pedagógicas para o Ensino Fundamental
da Rede Municipal de Ensino, tendo como base Diretrizes Nacionais, com os
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos de cada
ano de Ensino Fundamental, bem como apoiar a implementação de diretrizes
pedagógicas com direitos e objetivos de aprendizagem para os alunos do
Ensino Fundamental e Médio Público do município.
2. Buscar no último ano de vigência deste plano que 90% dos alunos da Rede
Municipal de Ensino tenham alcançado o nível suficiente de aprendizado e
70%, o nível desejável de aprendizagem em relação aos direitos e objetivos
de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo.
3. Incentivar propostas de trabalho para que os alunos do Ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública de Castelo alcancem os percentuais acima propostos
em nível de suficiência e nível desejável de aprendizagem em relação aos
direitos e objetivos de aprendizagem de seu ano de estudo.
4. Assegurar que a partir dos resultados obtidos em exames nacionais as
escolas da Rede Municipal de Ensino elaborem plano de intervenção, visando
a melhoria no nível de aprendizagem de seus alunos.
5. Promover encontros com a equipe gestora das Unidades Escolares da Rede
Municipal de Ensino para avaliar os resultados obtidos nas avaliações
trimestrais e implementar plano de intervenção, visando a melhoria da
aprendizagem.
6. Realizar a revisão anual da Proposta Pedagógica das escolas da rede
municipal com base na legislação em vigor, visando à avaliação das
propostas do ano anterior, adequação à legislação vigente e aos estudos
científicos, para que, a partir do diagnóstico da instituição, seja elaborado o
plano de ação.
7. Garantir a participação dos profissionais da educação e da comunidade
escolar, na revisão permanente da Proposta Pedagógica e do regimento
escolar das instituições de ensino da rede municipal, com observância das
Diretrizes Curriculares Nacionais e da proposta curricular em vigência para o
Ensino Fundamental.
8. Garantir, durante a vigência deste Plano, a oferta de formação continuada,
que caso seja realizada fora do horário de trabalho deve ser remunerada, aos
profissionais da educação municipal e municipalizados do ensino fundamental
74
da Rede Municipal de Ensino, inclusive diretores, coordenadores e
pedagogos nas suas respectivas áreas de formação e que atendam às
necessidades reais e peculiaridades desta etapa de ensino e ao trabalho
competente com a diversidade, na construção de uma educação de qualidade
para todos.
9. Garantir a ampliação e adequação das escolas quanto à infraestrutura
necessária ao trabalho pedagógico de qualidade, contemplando desde a
construção física, aquisição e instalação de equipamento e estruturação de
espaços para atividades artístico-culturais, esportivas, recreativas, com
adaptações adequadas às pessoas com necessidades especiais de
aprendizagem.
10. Estabelecer ações específicas para melhoria da qualidade do ensino ofertado
nos anos finais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino, uma
vez que os índices têm mostrado defasagem nesse segmento.
11. Garantir a implantação e funcionamento de no mínimo 30% de laboratórios de
informática com profissionais técnicos para atender a Rede Municipal de
Ensino durante a vigência desse plano.
12. Garantir a construção e o funcionamento de Centro de Ciências e Pesquisas
para atender as escolas de Ensino Fundamental da Rede Municipal de
Ensino, dotado de recursos e equipamentos específicos.
13. Estabelecer políticas de estímulo às escolas para melhorarem o desempenho
no IDEB, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da
comunidade escolar.
4.8. Meta 8
Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove)
anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de
vigência deste Plano, para negros, população do campo, comunidade em geral
e dos vinte e cinco por cento mais pobres e igualar a escolaridade média entre
negros e não negros declarados no IBGE
1. Incentivar a oferta do Ensino Fundamental e Médio em parceria com a rede
estadual de ensino.
75
2. Incentivar a promoção de busca ativa de jovens fora das escolas pertencentes
aos segmentos populacionais considerados desta meta.
3. Incentivar a implementação de programas de educação de jovens e adultos
para os segmentos considerados, que estejam fora da escola e com
defasagem idade-série, associados a outras estratégias que garantam a
continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial.
4. Incentivar programas que contemplem o desenvolvimento de tecnologias para
correção de fluxo, acompanhamento pedagógico e recuperação, priorizando
estudantes com rendimento escolar defasado.
5. Estimular a diversificação curricular, integrando a formação à preparação para
o mundo do trabalho, estabelecendo inter-relação entre teoria e prática, nos
eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania,
adequando à organização do tempo e do espaço pedagógico.
4.9. Meta 9
Elevar a taxa de alfabetização com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5%
(noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2020 e, até o final da
vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50%
(cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
1. Assegurar a oferta gratuita, em parceria com o Ministério da Educação, da
Educação de Jovens e Adultos a todos que não tiveram acesso à educação
básica na idade própria.
2. Realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos,
promovendo busca ativa de jovens e adultos que não tiveram acesso à
educação básica na idade própria.
3. Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos, em parceria com o
Ministério da Educação, com garantia de continuidade da escolarização
básica.
4. Promover discussões junto ao Fórum Municipal de Alfabetização para
redução do analfabetismo no município.
76
5. Garantir o acesso e permanência a estudantes da EJA no Ensino
Fundamental com isonomia de condições às outras modalidades da
educação básica.
6. Fomentar as tecnologias educacionais e de inovação das práticas
pedagógicas, que assegurem a alfabetização, a partir de realidades
diferenciadas do ponto de vista linguístico que favoreçam a melhoria do fluxo
escolar e as aprendizagens dos alunos, segundo as diversas abordagens
metodológicas.
7. Instituir currículos adequados às especificidades dos educandos da EJA.
8. Desenvolver políticas para os educadores e educandos da modalidade EJA,
da Rede Municipal de Ensino, visando o aperfeiçoamento da prática
pedagógica que possibilite a construção de novas estratégias de ensino e uso
de tecnologias de informação.
4.10. Meta 10
Apoiar a oferta de no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de
educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma
integrada à educação profissional.
1. Apoiar a expansão das matrículas na educação de jovens e adultos, de modo
a articular a formação inicial e continuada de trabalhadores com a educação
profissional, objetivando a elevação do nível de escolarização do trabalhador
e da trabalhadora.
2. Estimular a diversificação curricular, integrando a formação à preparação para
o mundo do trabalho, estabelecendo inter-relação entre teoria e prática, nos
eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania,
adequando à organização do tempo e do espaço pedagógico.
3. Fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para trabalhadores
e trabalhadoras articulada à educação de jovens e adultos, em regime de
colaboração e com apoio das entidades privadas de formação profissional
vinculadas ao sistema sindical e entidades sem fins lucrativos de atendimento
à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na modalidade.
77
4. Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades
específicas dos idosos.
5. Apoiar a formação continuada de docentes que atuam na Educação de
Jovens e Adultos articulada à educação Profissional.
6. Incentivar a implementação de formas de reconhecimento de saberes dos
jovens e adultos trabalhadores, a serem considerados na articulação
curricular dos cursos de formação inicial e continuada.
7. Acompanhar o acesso, a frequência e o aproveitamento dos jovens
beneficiários de programas de transferência de renda no Ensino
Fundamental.
4.11. Meta 11
Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio,
assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da
Expansão nos segmentos públicos.
1. Apoiar a expansão das matrículas de educação profissional de nível médio,
na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, levando em
consideração a responsabilidades dos Institutos na ordenação territorial, sua
vinculação com arranjos produtivos, sociais e culturais locais e regionais,
bem como a interiorização profissional.
2. Estimular a expansão do estágio na educação profissional técnica de nível
médio e do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico
integrado ao itinerário formativo do aluno, visando à formação de
qualificações próprias da atividade profissional, à contextualização curricular e
ao desenvolvimento da juventude.
3. Incentivar a redução das desigualdades étnicos-raciais no acesso e
permanência na educação profissional técnica de nível médio.
4. Incentivar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível
médio na rede pública estadual de ensino.
78
4.12. Meta 12
Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% (cinquenta por
cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18
(dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurando a qualidade da oferta e
expansão para, pelo menos 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no
segmento público.
1. Apoiar a inclusão de assuntos relacionados aos temas transversais e à
educação inclusiva, nas diretrizes curriculares dos cursos de formação de
professores.
2. Incentivar a inclusão, como tema transversal, o ensino da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena", em conformidade com a Lei nº
11.645/2008, que alterou a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
3. Estimular a implantação de novas Instituições Públicas de Ensino Superior no
município.
4. Apoiar, durante a vigência deste Plano, a realização de congressos, fóruns,
simpósios, conferências promovidos pelas Instituições de Ensino Superior.
5. Incentivar a criação de mecanismos promotores de intercâmbio entre os
estabelecimentos de educação superior e as escolas públicas de educação
básica de Castelo.
6. Apoiar programas informativos e de incentivo ao jovem do ensino médio de
escola pública sobre cursos e profissões, ofertas e vagas, políticas de amparo
e/ou financiamento ao estudante universitário.
7. Apoiar a divulgação e o incentivo, junto aos professores da educação básica,
de informações sobre pós-graduação.
8. Incentivar a participação dos profissionais da educação nos eventos ofertados
pelas Instituições de Ensino Superior.
9. Apoiar a elaboração, pelas Instituições de Ensino Superior, de um plano de
ação que divulgue a oferta e a forma de ingresso no Ensino Superior às
escolas de Ensino Médio.
79
10. Incentivar a implantação, por parte das Instituições de Ensino Superior, de
plano de formação continuada, anual, para o corpo docente das suas
instituições.
11. Apoiar a oferta de educação superior pública e gratuita prioritariamente para a
formação de professores para a educação básica, para atender ao deficit de
profissionais em áreas específicas.
12. Apoiar as políticas de inclusão e de assistência estudantil dirigidas aos
estudantes de instituições públicas e bolsistas de instituições privadas de
educação superior, de modo a reduzir as desigualdades étnicos-raciais e
ampliar as taxas de acesso e permanência na educação superior dos
estudantes egressos da escola pública e de estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação,
de forma a apoiar seu sucesso acadêmico.
13. Incentivar estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação
entre formação, currículo, pesquisa e mundo do trabalho, considerando as
necessidades econômicas, sociais e culturais do País.
4.13. Meta 13
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e
doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de
educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no
mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
1. Apoiar a promoção da melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e
licenciatura, por meio de aplicação de instrumento próprio de avaliação
aprovado pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior –
CONAES, integrando-os às demandas e necessidades das redes de
educação básica, de modo a permitir aos graduandos a aquisição das
qualificações necessárias a conduzir o processo pedagógico de seus futuros
alunos (as), combinando formação geral, educação para as relações étnico-
raciais, além de prática didática.
80
2. Incentivar a elevação do padrão de qualidade da Educação Superior,
direcionando sua atividade, de modo que realizem, efetivamente, pesquisa
institucionalizada, articulada a programas de pós-graduação stricto sensu.
3. Apoiar a elevação da qualidade da educação superior, por meio do aumento
gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presencial,
semi-presencial e não presencial, nas universidades públicas, para noventa
por cento, e nas instituições privadas para setenta e cinco por cento em 2020,
e da melhoria dos resultados de aprendizagem, de modo que, em cinco anos,
pelo menos sessenta por cento dos estudantes apresentem desempenho
positivo igual ou superior a sessenta por cento no Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (ENADE) e, no último ano de vigência, pelo
menos setenta e cinco por cento nesse exame, em cada área de formação
profissional.
4. Incentivar a promoção de formação inicial e continuada dos (as) profissionais
técnico-administrativos da educação superior.
4.14. Meta 14
Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu.
1. Apoiar a expansão do financiamento da pós-graduação stricto sensu por meio
das agências oficiais de fomento.
2. Estimular a integração articulada entre a Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior – CAPES, e as agências estaduais de fomento
à pesquisa.
3. Apoiar a implementação de ações para redução de desigualdades étnico-
raciais e regionais em programas de mestrado e doutorado.
4. Estimular a participação das mulheres nos cursos de pós-graduação stricto
sensu.
5. Incentivar a participação de docentes da Rede Municipal de Ensino em cursos
de pós-graduação stricto sensu na forma da lei municipal nº 3.428, de
dezembro de 2013.
81
4.15. Meta 15
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE,
política nacional de formação dos profissionais da educação, assegurado que
todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação
específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de
conhecimento em que atuam.
1. Consolidar plataforma eletrônica para organizar a oferta e as matrículas em
cursos de formação inicial e continuada de profissionais da educação, junto a
programas do Ministério da Educação bem como para divulgação e
atualização dos currículos eletrônicos dos docentes.
2. Incentivar reforma curricular dos cursos de licenciatura e estimular a
renovação pedagógica, de forma a assegurar o foco no aprendizado do aluno,
dividindo a carga horária em formação geral, formação na área do saber e
didática específica, incorporando as modernas tecnologias de informação e
comunicação.
3. Valorizar o estágio nos cursos de licenciatura, visando trabalho sistemático de
conexão entre formação acadêmica dos graduados às demandas da
educação básica.
4. Incentivar a oferta de curso tecnológicos de nível superior destinados à
formação, em suas respectivas áreas de atuação, dos profissionais da
educação.
.
4.16. Meta 16
Formar em nível de pós-graduação, 100% (cem por cento) dos professores da
educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos os
profissionais da educação do município formação continuada em sua área de
atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualização da
Rede Municipal de Ensino.
1. Apoiar a realização, em regime de colaboração, do planejamento estratégico
para dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a
82
respectiva oferta por parte das instituições públicas de educação superior, de
forma orgânica e articulada às políticas de formação dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
2. Apoiar a consolidação de política nacional de formação de professores e
professoras da educação básica, definindo diretrizes nacionais, áreas
prioritárias, instituições formadoras e processos de certificação das atividades
formativas.
3. Apoiar a expansão de programa de composição de acervo de obras didáticas,
paradidáticas e de literatura e de dicionários, e programa específico de
acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e
em Braille, sem prejuízo de outros, a serem disponibilizados para os
professores e as professoras da rede pública de educação básica,
favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura da
investigação.
4. Incentivar o fortalecimento da formação dos professores e das professoras
das escolas públicas de educação básica, por meio da implementação das
ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa
nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo
magistério público.
4.17. Meta 17
Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação
básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais
profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de
vigência deste PNE.
1. Constituir fórum permanente, para acompanhamento da atualização
progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do
magistério público da educação básica;
2. Constituir como tarefa do fórum permanente o acompanhamento da evolução
salarial por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios – PNAD, periodicamente divulgados pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE;
83
3. Apoiar a ampliação da assistência financeira específica da União aos entes
federados para implementação de políticas de valorização dos (as)
profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional.
4.18. Meta 18
Assegurar Plano de Carreira para os profissionais do magistério e demais
profissionais de Educação da Rede Municipal de Ensino.
1. Reestruturar o Plano de Carreira dos Profissionais do Magistério, no prazo de
até dois anos, a partir da aprovação deste Plano, garantindo melhorias
contínuas das condições educacionais e salariais.
2. Elaborar o Plano de Carreira dos demais Profissionais da Educação da Rede
Municipal de Ensino no prazo de vigência deste plano, garantindo melhorias
contínuas das condições salariais.
3. Instituir programa de acompanhamento do professor e professora iniciante,
supervisionados por profissional do magistério com experiência de ensino, a
fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela
efetivação após o final do estágio probatório.
4. Prever, nos planos de Carreira dos profissionais do magistério licenças
remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de
pós-graduação stricto sensu, conforme a Lei nº 3.428, de 12 de dezembro de
2013.
5. Apoiar a realização de prova nacional de admissão de profissionais do
magistério, cujos resultados possam ser utilizados, por adesão, em concursos
públicos de admissão desses profissionais.
4.19. Meta 19
Assegurar a efetivação da gestão democrática da educação, associada a
critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade
escolar, no âmbito das escolas da Rede Pública Municipal de Ensino.
84
1. Assegurar a organização dos planos de gestão escolar com participação
efetiva da comunidade escolar sob a coordenação dos conselhos escolares,
bem como implementar mecanismos de acompanhamento do cumprimento
das metas estabelecidas.
2. Apoiar os programas de apoio e formação aos conselheiros dos conselhos de
Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, Conselho de Alimentação
Escolar e Conselho Municipal de Educação.
3. Garantir ao Conselho Municipal de Educação estrutura e apoio para organizar
e coordenar a conferência municipal de educação e efetuar o
acompanhamento da execução do Plano Municipal de Educação.
4. Estimular a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e de
associação de pais e mestres, assegurando-se inclusive, espaço adequado e
condições de funcionamento na instituição escolar.
5. Estimular a participação e a consulta na formulação dos projetos político-
pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos
escolares por profissionais da educação, alunos e familiares.
6. Garantir a constituição de conselhos escolares e oferecer a estrutura
necessária e funcionamento ao conselho municipal de educação, como
instrumento de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional,
inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-
se condições de funcionamento autônomo.
7. Prever repasse de recursos financeiros às Unidades Escolares visando à
descentralização de recursos públicos e promovendo maior celeridade nas
ações educacionais.
8. Garantir eleições diretas para diretores escolares na rede municipal de ensino
com a participação da comunidade escolar e eleição para Coordenador com a
participação dos trabalhadores da unidade escolar e conselho de escola.
4.20. Meta 20
Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB no 5°
(quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por
cento) do PIB ao final do decênio.
85
1. Acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos resultantes do Fundo Social
do Pré-sal, royalties e participações especiais, referentes ao petróleo e à
produção mineral à manutenção e desenvolvimento do ensino público
municipal.
2. Observar as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial
as decorrentes do art. 60 do Ato das disposições Constitucionais transitórias e
do parágrafo 1º do artigo 75 da Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que
tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente
federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão
de qualidade nacional.
3. Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do
parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
2000, a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos
aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a
criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros
de conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, com a
colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação dos
Estados e dos Municípios e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e
dos Municípios.
4. No prazo de dois anos da vigência deste PME, será implantado o Custo Aluno
Qualidade Inicial (CAQi), referenciado no conjunto de padrões mínimos
estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado
com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-
aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação
plena do CAQ.
5. Implementar o Custo Aluno Qualidade (CAQ) como parâmetro para o
financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação, a
partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos
educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do pessoal
docente e dos demais profissionais da educação pública; aquisição,
manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos
necessários ao ensino, aquisição de material didático-escolar, alimentação e
transporte escolar.
86
6. CAQ será definido no prazo de três anos e será continuamente ajustado, com
base em metodologia formulada pelo Ministério da Educação (MEC), e
acompanhado pelo Fórum Nacional de Educação (FNE), pelo Conselho
Nacional de Educação (CNE) e pelas Comissões de Educação da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal.
7. Contribuir para a regulamentação dos arts. 23, parágrafo único e 211 da
Constituição Federal, no prazo de dois anos, por lei complementar, de forma
a estabelecer as normas de cooperação entre a União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema
nacional de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição
das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das funções
redistributiva e supletiva da União no combate às desigualdades
educacionais regionais, com especial atenção às Regiões Norte e Nordeste
do país.
8. Caberá à União, na forma da Lei, a complementação de recursos financeiros
a todos os estados, ao Distrito Federal e aos municípios que não
conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ.
87
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
O Plano Municipal de Educação de Castelo deverá ser acompanhado e
avaliado bienalmente. A Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o
Conselho Municipal de Educação do município, será o órgão responsável em
efetivar essa avaliação.
É importante que os dados das avaliações qualitativas e quantitativas
fornecidas pelos sistemas de avaliação nacional e estadual sejam utilizados, para
que seja possível verificar se as ações desenvolvidas têm fomentado as mudanças
esperadas.
O documento resultado da avaliação deve ser encaminhado para os demais
conselhos municipais, instituições de ensino da Rede Municipal de Educação,
Câmara Municipal de Castelo, Conselho Tutelar e Sindicato dos Servidores Públicos
de Castelo, segmentos que participaram com delegados por ocasião da I e II
Conferência Municipal de Educação.
A etapa de monitoramento e avaliação é indispensável para que o diálogo em
torno dos objetivos e metas traçados no Plano Municipal de Educação seja fator
propulsor e motivador do trabalho coletivo e assim possamos, durante a abrangência
deste Plano, conquistar avanços significativos para a educação do município.
88
REFERÊNCIAS
Legislação
Leis Federais, Leis Municipais,
Pareceres CNE /CEB e CME Resoluções CNE /CEB e CME
EMENTAS
Constituição Federal 1988 Constituição da República Federativa do Brasil.
Lei nº 9.394, de 20.12.1996 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Parecer CNE /CEB nº 4, de 29.01.1998 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
Lei nº 10.172, de 09.01.2001 Plano Nacional de Educação
Lei nº 10.287, de 20.09.2001 Altera dispositivo da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Lei nº 10.639, de 09.01.2003
Altera a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.
Lei nº 10.793, de 01.12.2003 Altera a redação do art. 26, § 3º, e do art. 92 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, e dá outras providências.
Resolução CNE /CP n.º 1, de 17.06.2004 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
Lei nº 11.114, de 16.5.2005 Altera os arts. 6º, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de idade.
Lei nº 11.274, de 6.2.2006
Altera a redação dos art. 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.
Parecer CNE /CEB nº 2, de 31.01.2007 Parecer quanto à abrangência das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Lei nº 11.525, de 25.9.2007 Acrescenta § 5º ao art. 32 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental.
Lei nº 11.494, de 20.06.2007
Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei nº 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos. Das Leis nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências.
89
Lei nº 11.645, de 10.3.2008
Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Lei nº 12.013, de 6.8.2009
Altera o art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, determinando às instituições de ensino obrigatoriedade no envio de informações escolares aos pais, conviventes ou não com seus filhos.
EC – 059, de 11.11.2009
Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reduzir, anualmente, a partir do exercício de 2009, o percentual da Desvinculação das Receitas da União incidente sobre os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência dos programas suplementares para todas as etapas da educação básica, e dá nova redação ao § 4º do art. 211 e ao § 3º do art. 212 e ao caput do art. 214, com a inserção neste dispositivo de inciso VI.
Resolução CNE /CEB nº 4, de 2.10.2009 Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.
Parecer CNE /CEB nº 22, de 9.12.2009 Diretrizes operacionais para a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.
Resolução CNE /CEB nº 5, de 17.12.2009 Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Lei nº 8.069, de 13.06.1990 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
LDBEN 4.024/61 Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
LDBEN 5.692/71 Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Decreto 3.956/01 Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.
Resolução CNE/CEB nº 2, de 11.09. 2001 Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Resolução CNE/CP nº 1, de 18.02.2002 Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica
Lei 10.436/02 Reconhece a língua brasileira de sinais, bem como apoia o uso e difusão da mesma e inclui a disciplina de libras no currículo de formação de professores e de fonoaudiólogos.
Decreto 5.626/05
Instituído visando o acesso da pessoa surda, dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular, a formação do professor, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para os alunos surdos e a organização da educação bilíngue no ensino regular.
Decreto nº 6.094 de 24.04. 2007
Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas do PDE. Estabelece eixos de formação de professores para educação especial, a implantação de salas de recursos multifuncionais, a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, acesso e permanência das pessoas com deficiência na educação superior e monitoramento do acesso à escola dos favorecidos pelo Benefício da Prestação Continuada – BPC.
Resolução 4, de 02.10. 2009 Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.
90
Resolução do Conselho Estadual de Educação n° 2152/10 Dispõe sobre a Educação Especial no Sistema Estadual de Ensino do Estado do Espírito Santo.
Decreto 7.611/2011 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado.
Lei 12.796/2013
Altera a Lei Nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências.
91
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CASAGRANDE, A. D., BARBIERO, M. H. M. Castelo da Pré História ao Início do Século XX. 1ª ed. Castelo: Gráfica Impresso. VIEIRA, J. E. Castello: Origem, Emancipação e Desenvolvimento - 1702-2004, 1ª ed. Vitória: 2004: Gráfica Traço Certo.
LOPES, K. R., MENDES, R. P. FARIA, V. L. B. Livro de estudo. Coleção PROINFANTIL, Unidade 3. p. 32. Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2005. BARRETO, A. M. R. Situação atual da educação infantil no Brasil. In: Subsídios para o credenciamento e funcionamento de instituições de educação infantil. v. 2. Coordenação Geral de educação infantil. Brasília: MEC/SEF/COEDI, 1998. KRAMER, S. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1995. KUHLMANN M. J. R. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998. MONARCHA, C. O jardim de infância e a educação das crianças pobres: final do século XIX, início do século XX. In:, (Org.). Educação da infância brasileira: 1875-1983. p. 3-30. Campinas, SP: Autores Associados, 2001. MARCÍLIO, M. L. A roda dos expostos e a criança abandonada na História do Brasil. In: FREITAS, Marcos Cezar (Org.). História social da infância no Brasil. p. 51-76. São Paulo: Cortez, 1997. PASCHOAL, J. D., MACHADO, M. C. G. História da educação infantil no brasil: avanços, retrocessos e desafios dessa modalidade educacional. HISTEDBR. Campinas, n. 33, p. 78-95, mar., 2009. GADOTTI, M. Organização do trabalho na escola: alguns pressupostos. São Paulo: Ática, 1993. HAIDAR, M. L. M., TANURI, L. M. A educação básica no Brasil: dos primórdios até a primeira Lei de diretrizes e Bases. In: MEMESES, João Gualberto et al. Estrutura e funcionamento da educação básica. São Paulo: Pioneira, 1998. MONLEVADE, J. Educação Pública no Brasil: contos e descontos. Ceilândia- DF: Idéa, 1997. MILITÃO, S. C. N., MIRALHA, M. F. Ensino fundamental: trajetória histórica e panorama atual. In: XIV Semana da Educação - Pedagogia 50 anos: da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras à Universidade Estadual de Londrina. Anais de Congresso. Londrina, 2012.
92
PINTO, J. M. R. O Ensino Médio. In: OLIVEIRA, R. P., ADRIÃO, T. Organização do Ensino no Brasil. p. 5176. 1 ed. São Paulo: Xamã, 2002. QUEIROZ, C. M., ALVES, L. A., SILVA, R. R. et al. Evolução do ensino médio no Brasil. In: V Simpósio Internacional O Estado e as Políticas Educacionais no Tempo
Presente. Anais do Simpósio. Uberlândia, 2009. DURHAM, E. R. O ensino superior no Brasil: público e privado. Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior. São Paulo, USP. mar. 2013. TEIXEIRA, A. O ensino superior no Brasil - análise e interpretação de sua evolução até 1969. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas. FERREIRA, M. M. GALIAN, C. V. A. Educação em Tempo Integral: implicações para o currículo da escola básica. Currículo Sem Fronteiras. São Paulo, v. 12, n. 2, p. 403-442. maio/ago. 2012.
TEIXEIRA, A. Centro Educacional Carneiro Ribeiro. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v. 31, n. 73, p. 78-84. mar. 1959. DALAGASSA, A. H. A Formação de Professores da Educação Especial: Desafios Atuais. Universidade Tuiuti do Paraná.
93
GLOSSÁRIO DE SIGLAS
CF – Constituição Federal do Brasil/1988
CME – Conselho Municipal de Educação
CONAE – Conferência Nacional da Educação
EI – Educação Infantil
EF – Ensino Fundamental
EJA – Educação de Jovens e Adultos
EM – Ensino Médio
FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC – Ministério da Educação
PME – Plano Municipal de Educação
SEDU – Secretaria Estadual de Educação
SIED – Sistema Integrado de Educação à Distância
PMC – Prefeitura Municipal de Castelo
SEME – Secretaria Municipal de Educação
98
DECRETO Nº 12.744 DE 08 DE OUTUBRO DE 2013.
ALTERA COMISSÃO PARA ELABORAÇÃO
DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.
O PREFEITO MUNICIPAL DE CASTELO, NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso de suas
atribuições que lhe confere o Artigo 53, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Município de Castelo e
considerando o que consta no Processo Nº 016478/2013;
Considerando a Lei Nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001, que aprova o Plano Nacional de
Educação/PNE – 2001-2011, bem como o que dispõe o seu art. 2º “A partir da vigência desta Lei, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão, com base no Plano Nacional de Educação,
elaborar planos decenais correspondentes”;
Considerando o não cumprimento da disposição legal supracitada por quase a totalidade dos
Municípios do país, assim como no município de Castelo;
Considerando que por orientação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação –
UNDIME, em se tratando de um plano decenal, é de suma importância que o município de
Castelo/ES, através da Secretaria Municipal de Educação, inicie ainda neste ano a mobilização para
elaboração do Plano Municipal de Educação, para o decênio 2011-2020, a fim de agilizar as várias
etapas e finalizá-lo em conformidade com o Plano Nacional de Educação deste mesmo período, em
conteúdo e prazo adequados a sua implementação;
Considerando que o Município deve criar uma Comissão para Elaboração do Plano Municipal de
Educação que deverá ser composta por representantes do poder Legislativo, Executivo e a
Sociedade Civil Organizada, que será denominada Comitê Executivo para Elaboração do Plano
Municipal de Educação de Castelo; que, nestes termos:
DECRETA
Art. 1º – Ficam nomeados os membros, abaixo relacionados, para compor Comissão para
Elaboração do Plano municipal de Educação, para o decênio 2011/2020:
I - Representante da Secretaria Municipal de Educação:
a) Devani Sossai Nicoli – Presidente
b) Lucimere Salvador Clipes - Coordenadora
99
c) Adriana D' Oliveira Rizo
d) Alexandre Pin Alves
e) Izabel Cristina Clipes Stoffle
f) Marli Cossete Laquini Schettino
g) Maurício Passabão
h) Nágela Guizardi Cogo
i) Patrícia Luzorio Marques da Silva
j) Renata Maziole Ragazi Casagrande
l) Terezinha das Graças Gueller
II – Representante da Educação Básica:
a) Sylvia Machado Passamani Altoé
b) Denise Vargas Azevedo Estofeles
c) Ednéia Maria Altoé
d) Neide Gobi Bernabé
e) Dayvisson Luiz Vittrazzi
f) Eliana Louzada Delesposte
g) Silvana Paganini Passamani
h) Suely Barros Luz Pedruzzi
III - Representante da Secretaria Municipal de Planejamento:
a) Ronilson de Oliveira
b) Sônia Frezza Peisino Corrêa
IV - Representante da Câmara Municipal de Castelo:
a) Júlio César Casagrande
b) José Dorigo
V - Representante do Conselho Tutelar:
a) Ademir da Silva Cota Júnior
b) Márcio Afonso Madeira Chagas
VI - Representante do Ensino Particular:
a) Lúcia Helena Nicoli Mouram
b) Silvana Maria Laquini Moro
100
VII - Representante do Ensino Superior:
a) Paulo Roberto Bellotti Vargas
b) Maria da Penha de Andrade Papacena
VIII - Representante dos Pais de alunos:
a) Cláudia Vittorazzi
b) Cleiton Luzório
IX - Representante do Sindicato dos Servidores Públicos de Castelo:
a) Marcos Roberto de Jesus
b) Andressa Bonela Viana
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.
Castelo – ES, 08 de outubro de 2013.
JAIR FERRAÇO JÚNIOR
Prefeito Municipa
102
REGIMENTO DA I CONFERÊNCIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art.1º - Este Regimento Interno tem por finalidade a definição de regras de funcionamento para a I
Conferência Municipal de Educação.
Art. 2º - Esta Conferência tem como finalidade exclusiva debater e aprovar propostas para o Plano
Municipal de Educação de Castelo que deve ser aprovado pelo legislativo municipal.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 3º - A Conferência Municipal de Educação terá a seguinte estrutura:
I - Abertura Oficial a realizar-se no dia 17 de outubro de 2013, às 18 horas, no Ginásio Sílvio Santos –
EMEF “Centro Unificado Constantino José Vieira” - Castelo- ES.
II – Etapa Escolar
III - Etapa Municipal realizar-se-á de 21 de outubro a 11 de novembro do presente ano.
IV - Plenária de Aprovação do Regimento dia 12 de novembro de 2013.
V - Plenária Final dia 12 de novembro de 2013 e data posterior, a ser definida junto à comissão, se
necessário.
CAPÍTULO III
DA INSCRIÇÃO DOS PARTICIPANTES
Art.4º - A inscrição deverá ser realizada através de ficha própria, fornecida pela Secretaria Municipal
de Educação, onde o participante deve declarar o segmento que representa.
Parágrafo Único: as inscrições deverão ser entregues a Secretaria Municipal de Educação,
impreterivelmente até o dia 06/11/2013.
CAPÍTULO IV
DA ELEIÇÃO E CREDENCIAMENTO DOS DELEGADOS
Art. 5º - Participarão como delegados da I Conferência Municipal de Educação, representantes dos
seguintes segmentos:
I – Um representante de cada unidade de ensino do município;
103
II – Um representante de Pais da zona urbana e um da zona rural, membros do Conselho Municipal
de Educação;
III – Um representante do Poder Legislativo;
IV - Um representante do Poder Executivo;
V - Um representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Castelo;
VI – Um representante do Conselho Tutelar;
VII – Um representante do Conselho Municipal de Educação;
VIII - Um representante do Conselho Municipal do FUNDEB;
IX - Um representante do Conselho Municipal de Alimentação Escolar;
X - Um representante do ensino superior público e um representante do ensino superior privado;
XI – Três representantes da comissão de elaboração do Plano Municipal de Educação;
§ 1º - Os representantes das unidades de ensino do município de que trata o inciso I deverão ser
eleitos no âmbito de cada unidade.
§ 2º - As demais representações serão convidadas via ofício e deverão encaminhar os nomes de
seus representantes para a SEME até o dia 06/11/2013.
CAPÍTULO V
DO TEMÁRIO
Art. 6º - Nos termos deste regimento, a I Conferência Municipal de Educação terá como finalidade a
análise e votação do documento base constituído a partir de propostas oriundas das etapas escolares
e plenárias livres que tiveram como referência os eixos:
I - Educação Infantil
II - Ensino Fundamental
III - Ensino Médio
IV - Ensino Superior
V- Educação Especial
VI - Educação em Tempo Integral
VII - Educação de Jovens e Adultos
Parágrafo Único: O documento base será disponibilizado, para leitura, no site da Prefeitura Municipal
de Castelo (www.castelo.es.gov.br).
CAPÍTULO VI
DA ABERTURA
Art. 7º - A abertura será no Ginásio Silvio Santos na EMEF Centro Unificado Constantino José Vieira,
com caráter solene e constará com a saudação das Autoridades presentes, seguida de palestra
proferida pela Senhora Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva (ex-secretaria de Educação Básica do
MEC).
104
CAPÍTULO VII
DA PLENÁRIA DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO
Art. 8º - A Plenária de Aprovação do Regimento da I Conferência Municipal de Educação ocorrerá no
dia 12/11/2013, a partir das 7h30min. no Auditório da Secretaria Municipal de Educação.
DA PLENÁRIA FINAL
Art. 9º – Participarão da Plenária Final:
I – Delegados com direito à voz e voto;
II – Convidados com direito à voz.
Art.10 – A Plenária Final da I Conferência Municipal de Educação será coordenada pelo presidente
do Conselho Municipal de Educação e secretariado pela equipe de informática da Secretaria
Municipal de Educação.
Art. 11 - A votação da proposta final do Plano Municipal de Educação será encaminhada na forma
que segue:
I - proceder-se-á a projeção do texto sistematizado para leitura;
II - na sequência, o coordenador da Mesa lerá, uma a uma, as propostas que receberam destaque.
III – A coordenação dos trabalhos deve garantir uma defesa favorável e uma contrária, desde que a
plenária não se sinta devidamente esclarecida para a votação e assim delibere, por ordem de
inscrição, com tempo limitado de 03 (três) minutos para cada parte, antes do processo de
votação.
IV - As propostas serão colocadas em votação e aprovadas por maioria simples dos delegados
presente na plenária.
V - Concluído o processo de votação será encerrada a I Conferência Municipal de Educação de
Castelo.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 12 – Serão conferidos certificados da I Conferência Municipal de Educação de Castelo a todos os
participantes.
Art.13 – Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão de Elaboração do Plano Municipal de
Educação.
106
LISTAGEM DOS PARTICIPANTES
Participaram da elaboração deste Plano membros da Comissão para
elaboração do Plano Municipal de Educação, conforme decreto nº 12.744/2013
(representantes do Poder Público, da Sociedade civil, da Câmara Municipal, Pais de
alunos e Sindicato), todos os professores das escolas da Rede Municipal de
Educação através da participação na etapa escolar realizada no período de
21/10/2013 a 11/11/2013.
Segue na listagem abaixo o nome dos delegados eleitos para a I Conferência
Municipal de Educação nas diversas escolas e demais representações do poder
público e da sociedade civil organizada e as instituições que representam:
Nº Nome Instituição
1 Juliana de Souza Ferreira EMEIEF Adilson Furlan
2 Ana Elisa Tomaz EMEIEF Centro Unificado Constantino José vieira
3 Juliana Maria Dalvi EMEIEF Cecília Desthéfani Secchin
4 Silvana Altoé EMEIEF Esplanada do Castelo
5 Neide Maria Rivieri Louzada Colodette
EMEIEF Delza Frasson
6 Braz Heraldo Tosato EMEIEF Nestor Gomes
7 Angelita Bassini Valente EMEF Florescer
8 Márcia Elena Guarnier Vargas EMEIEF Victório Fim
9 Maria das Graças Madeira EMEIEF Felinto Martins
10 Leila Camatta EMEIEF Reinaldo Fim
11 Andrêssa Altoé Falsone EMEIEF Antonio Sasso
12 Alécia Destefani EMEIEF Frei Juan Echavarri Asiain
13 Vanuza Ferreira Vargas EMEIEF Colmar Rocha
14 Jussara Fiorio Careta Belizario EMEIEF Antonio Teixeira de Melo
15 Márcia Valéria Botacin Altoé Oliveira EMEIEF Frei José Osés
16 Rogeliano Dias Curcio EMEIEF Rafael Campanha
17 Marcos Antônio da Silva EMEIEF Madalena Pisa
18 Celça Aparecida Zanuncio Zagotto EMEIEF Montepio
19 Eliete Fim Ambrózio Machado EMEIEF Irmãos Mangifeste
20 Luana Destefani Fim Zanon EMEIEF Forno Grande
21 Luciene da Costa CEIM Sebastião de Moraes
22 Elenice Maria Venturin Destefani CEIM Erlita Bicalho Nemer
23 Vera Lúcia Ferreira Pereira CEIM Virgínia Zuim Carari
24 Eliane Mara Nascimento CEIM Professora Abigail Silva de Andrade
25 Marília Dalcin Lemos Freitas CEI Nossa Senhora da Penha
26 Alcilene Aparecida Giore Rizzo EEEFEM João Bley
27 Lucia Helena Nicoli Moura Escola Família Agrícola
107
28 Andrêssa Bonela Viana Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Castelo
29 Eliane de Lourdes Gonçalves Conselho Municipal de Educação
30 Denise Vargas Azevedo Estofeles Conselho Municipal da Merenda Escolar
31 Maurício Passabão Conselho do FUNDEB
32 Júlio César Casagrande Câmara Municipal de Castelo
33 Paulo Roberto Belloti Vargas Educação Superior
34 Maria da Penha Andrade Papacena Educação Superior Particular
35 Cláudia Vettorazzi Pais de alunos - Zona Urbana
36 Eliana Batista Silva Lopes Pais de alunos - Zona Urbana
37 Dayvisson Luís Vittorazzi Representante da Comissão de Elaboração
38 Lucimere Salvador Clipes Representante da Comissão de Elaboração
39 Izabel Cristina Clipes Stoffle Representante da Comissão de Elaboração
40 Devani Sossai Nicoli Representante do Poder executivo
109
LEI Nº 3.435, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2013.
APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O PREFEITO MUNICIPAL DE CASTELO, Estado do Espírito Santo, faz saber que a Câmara
Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte:
LEI
Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação, constante do documento anexo, com duração
de sete (7) anos.
§ 1º O Plano Municipal de Educação, apresentado conforme o inciso I do artigo 9º da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, reger-se-á pelos princípios da democracia e da autonomia, buscando
atingir o que preconiza a Constituição da República Federativa do Brasil e a Constituição do estado
do Espírito Santo, como também as leis existentes no município.
§ 2º O Plano Municipal de Educação contém as diretrizes, objetivos e metas para os níveis e
modalidades de ensino conforme documento anexo.
§ 3º As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão por conta das verbas orçamentárias
próprias, suplementadas se necessárias, e de outros recursos captados no decorrer da execução do
Plano.
Art. 2º A execução do Plano Municipal de Educação se pautará no regime de colaboração entre a
União, o Estado, o Município e a sociedade civil.
§ 1º O Poder Público Municipal exercerá papel indutor na implementação dos objetivos e metas
estabelecidos neste Plano.
§ 2º A partir da vigência desta Lei, as instituições de Educação Infantil e de Ensino Fundamental,
inclusive, Educação Especial e Tempo Integral, integrantes da rede municipal de ensino, deverão
organizar seus planejamentos e desenvolver suas ações educativas, com base no Plano Municipal de
Educação.
§ 3º O Poder Legislativo, por intermédio de seus integrantes, acompanhará a execução do Plano
Municipal de Educação.
Art. 3º O Poder Executivo Municipal em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e o
Conselho Municipal de Educação, procederá às avaliações periódicas de implementação do Plano
Municipal de Educação, que serão realizadas bienalmente até o ano de 2019, além de uma avaliação
final no último ano de sua vigência.
Parágrafo único – A Conferência Municipal para fins de avaliação do referido plano será organizada
pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o Conselho Municipal de Educação.
Art. 4º Os Planos Plurianuais do Município serão elaborados de modo a dar suporte às metas
constantes do Plano Municipal de Educação.
Art. 5º O Poder Público Municipal se empenhará na divulgação deste Plano e da progressiva
realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade o conheça amplamente e acompanhe
sua implementação.
110
Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
Castelo, 19 de dezembro de 2013.
JAIR FERRAÇO JÚNIOR
Prefeito Municipal
112
REGIMENTO DA II CONFERÊNCIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art.1º - Este Regimento Interno tem por finalidade a definição de regras de funcionamento para a II
Conferência Municipal de Educação.
Art. 2º - Esta Conferência tem como finalidade exclusiva debater e aprovar propostas para o
alinhamento Plano Municipal de Educação de Castelo de acordo com o Plano Nacional de Educação
lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 que deve ser aprovado pelo legislativo municipal.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 3º – A Conferência Municipal de Educação terá a seguinte estrutura:
I – Abertura Oficial a realizar-se no dia 12 de março de 2015, às 7 h. 30 min., na antiga sede da
Secretaria Municipal de Educação, situada na rua Aguilar de Freitas, nº 183, Baixo Itália na sede
deste município
II – Plenária de Aprovação do Regimento dia 12 de março de 2015.
III – Plenária Final dia 12 de março de 2015 e data posterior, a ser definida junto à comissão, se
necessário.
CAPÍTULO III
DA INSCRIÇÃO DOS PARTICIPANTES
Art.4º – A inscrição deverá ser realizada através de ficha própria, fornecida pela Secretaria Municipal
de Educação, onde o participante deve declarar o segmento que representa.
Parágrafo Único: as inscrições deverão ser entregues a Secretaria Municipal de Educação,
impreterivelmente até o dia 09 /03/2015.
CAPÍTULO IV
DA ELEIÇÃO E CREDENCIAMENTO DOS DELEGADOS
Art. 5º - Participarão como delegados da II Conferência Municipal de Educação, representantes dos
seguintes segmentos:
113
I – Um representante de cada unidade de ensino do município;
II – Um representante de Pais da zona urbana e um da zona rural, membros do Conselho Municipal
de Educação;
III – Um representante do Poder Legislativo;
IV – Um representante do Poder Executivo;
V - Um representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Castelo;
VI – Um representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo
VII – Um representante do Conselho Municipal de Educação;
VIII - Um representante do Conselho Municipal do FUNDEB;
IX - Um representante do Conselho Municipal de Alimentação Escolar;
X - Um representante do ensino superior público e um representante do ensino superior privado;
XI – Três representantes da comissão de elaboração do Plano Municipal de Educação;
§ 1º - Os representantes das unidades de ensino do município de que trata o inciso I deverão ser
eleitos no âmbito de cada unidade.
§ 2º - As demais representações serão convidadas via ofício e deverão encaminhar os nomes de
seus representantes para a SEME até o dia 09/03/2015.
CAPÍTULO V
DO TEMÁRIO
Art. 6º – Nos termos deste regimento, a II Conferência Municipal de Educação terá como finalidade a
análise e votação do documento base constituído a partir de propostas oriundas da I Conferência
Municipal de Educação e propostas advindas do alinhamento as metas estabelecidas no Plano
Nacional de Educação, tendo como eixo as metas do PNE
CAPÍTULO VI
DA ABERTURA
Art. 7º – A abertura será na sede da antiga Secretaria Municipal de Educação, situada na rua Aguilar
de Freitas, nº 183, Baixo Itália na sede deste município com caráter solene e constará com a
saudação das Autoridades presentes.
CAPÍTULO VII
DA PLENÁRIA DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO
Art. 8º - A Plenária de Aprovação do Regimento da II Conferência Municipal de Educação ocorrerá no
dia 12/03/2015, a partir das 7h30min. no Auditório da sede da antiga Secretaria Municipal de
Educação.
DA PLENÁRIA FINAL
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Art. 9º – Participarão da Plenária Final:
I – Delegados com direito à voz e voto;
II – Convidados com direito à voz.
Art.10 – A Plenária Final da II Conferência Municipal de Educação será coordenada pelo presidente
do Conselho Municipal de Educação, secretária do conselho e pela equipe de informática da
Secretaria Municipal de Educação. Art. 11 - A votação da proposta final do Plano Municipal de Educação será encaminhada na forma
que segue: I - proceder-se-á a projeção do texto sistematizado para leitura; II – A coordenação dos trabalhos deve garantir uma defesa favorável e uma contrária, desde que a
plenária não se sinta devidamente esclarecida para a votação e assim delibere, por ordem de
inscrição, com tempo limitado de 03 (três) minutos para cada parte, antes do processo de votação. III - As propostas serão colocadas em votação e aprovadas por maioria simples dos delegados
presente na plenária. IV- Concluído o processo de votação será encerrada a II Conferência Municipal de Educação de
Castelo.
116
LISTAGEM DOS PARTICIPANTES
Segue na listagem abaixo o nome dos delegados eleitos para a II Conferência
Municipal de Educação nas diversas escolas e demais representações do poder
público e da sociedade civil organizada e as instituições que representam:
Nº Nome Instituição
1 Alcilene Aparecida Giore Rizzo EEEFEM João Bley
2 Alécia Destefani EMEIEF Frei Juan Echavarri Asiain
3 Ana Elisa Tomaz EMEIEF Centro Unificado Constantino José vieira
4 Ana Márcia de Brito Pedrada Peterle CEIM Erlita Bicalho Nemer
5 Andrêssa Altoé Falsone EMEIEF Antonio Sasso
6 Andrêssa Bonela Viana Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Castelo
7 Braz Heraldo Tosato EMEIEF Nestor Gomes
8 Celça Aparecida Zanuncio Zagotto EMEIEF Montepio
9 Cláudia Vettorazzi Pais de alunos - Zona Urbana
10 Dayvisson Luís Vittorazzi Representante da Comissão de Elaboração
11 Denise Louzada EMEIEF Irmãos Mangifeste
12 Denise Vargas Azevedo Estofeles Conselho Municipal da Merenda Escolar
13 Devani Sossai Nicoli Representante do Poder executivo
14 Eliana Batista Silva Lopes Pais de alunos - Zona Urbana
15 Eliana Louzada Delesporte EMEIEF Antonio Teixeira de Melo
16 Eliane Mara Nascimento CEIM Professora Abigail Silva de Andrade
17 Elzi Constantino Gagno EMEIEF Forno Grande
18 Emanuelle Fiorese Garcia EMEIEF Reinaldo Fim
19 Gilzânea Zanetti EMEIEF Colmar Rocha
20 Heloisa Gomes da Silva Vaillant SINDUPES
21 Ivone Freitas da Silva EMEIEF Adilson Furlan
22 Izabel Cristina Clipes Stoffle Representante da Comissão de Elaboração
23 Jacqueline Vitor Mariani Mazioli EMEIEF Rafael Campanha
24 Jocarla Destefani Casagrande Mazioli
EMEIEF Esplanada do Castelo
25 Juliana Maria Dalvi EMEIEF Cecília Desthéfani Secchin
26 Júlio César Casagrande Câmara Municipal de Castelo
27 Luana Careta Pariz CEI Nossa Senhora da Penha
28 Lucia Helena Nicoli Moura Escola Família Agrícola
29 Luciene da Costa CEIM Sebastião de Moraes
30 Lucimere Salvador Clipes Representante da Comissão de Elaboração
31 Márcia Valéria Botacin Altoé Conselho Municipal de Educação
32 Marcos Antônio da Silva EMEIEF Madalena Pisa
33 Maria das Graças Madeira EMEIEF Felinto Martins
34 Marilia Dalcin Lemos Freitas EMEIEF Frei José Osés
35 Neide Maria Rivieri Louzada EMEIEF Delza Frasson
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Colodette
36 Patrícia Luzório Marques da Silva Conselho do FUNDEB
37 Paulo Roberto Belloti Vargas Educação Superior
38 Solange Maria Viganor Faitanin EMEF Florescer
39 Vera Lúcia Ferreira Pereira CEIM Virgínia Zuim Carari
40 Vera Lúcia Ferreira Pereira CEIM Virgínia Zuim Carari
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