pocket learning 5 - social learning
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Aprendizagem como um ato social
Social Learning
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Olá, tudo bem?
Temos acompanhado de perto e com muito interesse a evolução das experiências de aprendizagem em rede, chamada de Social Learning. Este movimento se deu de forma natural para nós, do LAB SSJ, pois esta estratégia de aprendizagem representa muito do que acreditamos quando nos referimos aos princípios da Andragogia.
Quando examinamos as oportunidades de aprendizagem disponíveis, consideramos as diversas esferas nas quais aprendemos, desde as formas mais estruturadas até as mais informais. Esse reconhecimento é importante para que adultos derrubem barreiras para aprender coisas novas e se tornem mais ativos em seu desenvolvimento.
É por isso que, neste quinto volume do pocket, resolvemos consolidar os conceitos da aprendizagem social que tivemos contato ao longo dos últimos anos. Você verá de que forma o Social Learning promove a aprendizagem como um processo contínuo de construção do conhecimento.
Divirta-se!
Hoje, dois fatores dominam o cenário: a velocidade e a complexidade. A empresa moderna caminha para um modelo que precisa funcionar em um contexto de mudança constante – rápido e difícil de controlar. Diante disso, a aquisição pura e simples de conhecimento para fins de acumulação já não faz nenhum sentido. As pessoas precisam saber mais e com mais rapidez, já que a habilidade de conectar ideias hoje é absolutamente indispensável para gerar vantagem competitiva.
Por que o Social Learning tornou-se tão importante para as empresas?
LearningSocial
(*)
( * ) Em 1977, Albert Bandura concebeu a Teoria do Social Learning,
segundo a qual o comportamento humano é aprendido pela observação
de outras pessoas.
Social Learning é realidade
Autor: JAY CROSS, 2009
Ontem
Nesse sentido, a troca de conhecimento entre as pessoas ganha destaque, pois essa abordagem é efetiva para apoiar os colaboradores a ter alto desempenho. Isso acontece porque a colaboração no ambiente de trabalho estimula a aprendizagem entre pares, seja em um projeto, em comunidades de prática ou em processos do negócio. E esta é a base do Social Learning: a troca, a colaboração. George Siemens, fundador do “elearnspace.org” e autor da teoria do conectivismo, que prevê a
construção do conhecimento a partir de redes, explica a importância do Social Learning no ambiente de trabalho: “Há uma demanda crescente em relação à habilidade de se conectar com pessoas. É junto com os outros que somos capazes de fazer sentido, e isso é social. Para poder funcionar, as organizações precisam estimular o Social Learning, as trocas sociais. A experiência social é adaptável por natureza, por isso o Social Learning permite uma reação melhor da organização frente às mudanças do contexto atual”.
Conhecimento de especialistasNecessidade de saber
CurrículoRegularidade; previsibilidade
EstoquesRelógio de ponto
Foco no colaborador
Conhecimento das redesNecessidade de compartilharCompetênciaComplexidade; surpresaFluxoGestão por resultadosFoco na equipe
Hoje
(*)
No princípio da História da humanidade, educação fazia parte de um processo natural de luta pela sobrevivência. A aprendizagem consistia em ganhar experiência, conhecimento e habilidades para que indivíduos e grupos pudessem lidar com seu entorno. E, segundo a teoria evolucionista de Charles Darwin, sobreviveram aqueles que aprenderam a colaborar e se adaptar melhor. Nesse sentido, o processo de transmissão de conhecimento se baseou em
é Social Aprendizagem
é Social trocas sociais. Pessoas aprendendo de outras pessoas e de suas experiências, basicamente. E essa interação entre aprendizes ainda é a base da aprendizagem efetiva.
Segundo Peter Henschel, do Institute for Research on Learning, a aprendizagem é social, sendo que mais de 80% da educação corporativa é informal, ou seja, acontece de improviso entre as pessoas, dependendoda necessidade.
Aprendizagem
Aprender é um ato fundamentalmente social. Ainda que aprender se refira ao processo de adquirir conhecimento, na verdade abrange muito mais. O aprendizado efetivo geralmente é construído socialmente e requer sutis adaptações de identidade, o que torna o processo desafiante e poderoso.
O conhecimento é integrado à vida da comunidade. Quando desenvolvemos e compartilhamos valores, perspectivas e maneiras de fazer as coisas, criamos uma comunidade da prática.
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Osprincípiosda aprendizagem
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Fonte: Institute for Research on Learning
Aprender é um ato de participação. A motivação para aprender é o desejo de participar de uma comunidade, se tornar e permanecer como membro. Esta é uma dinâmica-chave que ajuda a explicar o poder da aprendizagem, e também das ferramentas de mentoring e coaching entre pares.
Saber depende do engajamento na prática. Em geral, reunimos o conhecimento pela observação e participação em diferentes situações e atividades. Portanto, a profundidade do nosso saber depende da profundidade do nosso engajamento.
O engajamento é inseparável do poder de decidir ou agir. Temos a percepção de quem somos conforme nossa habilidade de contribuir e afetar a vida no meio em que estamos ou ao qual queremos pertencer.
A falha em aprender geralmente é resultado da exclusão em participar. Aprender exige o acesso e a oportunidade de contribuir.
Todos nós somos naturalmente aprendizes constantes. Todos nós, sem exceções. Aprender faz parte da natureza humana. Nós todos aprendemos o que nos permite participar das comunidades às quais queremos fazer parte.
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Ao longo da vida, aprendemos tanto por meio da abordagem formal (na
escola, universidade, cursos), como de maneira informal, pela observação, por
meio de conversas com as pessoas que conhecemos e pela experiência.
O Social Learning, que coloca em foco a aprendizagem que acontece entre as pessoas e suas redes de relacionamento, combina práticas
formais e informais. Essa abordagem integrada de aprendizagem é essencial
para que as organizações ganhem maior capacidade de adaptação diante de
situações imprevistas e questões cada vez mais complexas do mundo atual.
Hoje é mais efetivo oferecer metodologias complementares que cultivem a aprendizagem contínua para aperfeiçoar o desempenho e
desenvolver novas habilidades.
Formal & Informal
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line
Off
On
FormalInformal
SL
Livro
DVD
Conversa
Coaching
E-learning
Pesquisasguiadas
Palestras
Cursos
MBA
externos
Wikis
Video
Podcasting
SocialBookmarking
Blogs
ComunidadeProgramas
de práticain-company
Learning
O diálogo é peça-chave no processo de aprendizagem, seja pessoalmente, seja por meio das redes sociais. A experiência de trabalho compartilhada estimula a aprendizagem efetiva e é essencial para a construção de redes confiáveis de conhecimento. Nesse sentido, as relações entre as pessoas ganharam importância, porque o que é dito e compartilhado precisa ter consistência, precisa ser baseado em relações de confiança.
Pela internet, esse processo ganha uma dimensão ainda maior. A tecnologia atual permite uma comunicação em escala mundial, tornando o ambiente de trabalho cada vez mais interconectado.Como a internet promove conexão e acesso instantâneos à informação, o grande desafio é fazer sentido em meio ao volume massivo de dados colocados à disposição por todos. Segundo Charles Jennings, CLO da Reuters, “não é mais suficiente conhecer o conteúdo específico
2.0
Learning O termo 2.0 foi criado por Tim O’Reilly, em 2004, para diferenciar a internet que conhecemos hoje de sua fase inicial, quando tudo o que podíamos fazer era ler, passivamente, os conteúdos disponibilizados pelos sites, em uma comunicação unidirecional.
Hoje, o que se vê é uma construção colaborativa da internet. As ferramentas disponíveis da web 2.0 – blogs, redes sociais, wikis – permitem que todos sejam, ao mesmo tempo, autores e leitores, professores e aprendizes, criando um fluxo de informação multidirecional.
A atual plataforma permite, como nunca se viu antes, a possibilidade de as pessoas trocarem experiências entre si, comunicando-se, ensinando e aprendendo o tempo todo (muitas vezes sem perceber). A web 2.0 aumentou as possibilidades de aprendizagem a uma escala sem precedentes.
Como a Web 2.0 potencializa o Social Learning ?
de um livro, manual ou teoria. É preciso saber usá-lo em um contexto de mudança constante”.
Assim, saber responder às perguntas certas tornou-se mais importante do que somente acumular conhecimento e habilidades. E é essa capacidade de encontrar informação e conectar os conceitos para gerar conhecimento relevante, aplicável às necessidades atuais, que traz diferencial para as organizações.
Para criar um ambiente aberto e colaborativo de Social Learning, existem
algumas ferramentas disponíveis:
Ferramentas
Blogs são sites de pessoas que
escrevem para informar, dar opinião
ou fazer comentários sobre seus
temas de interesse.
Ferramentas de comunicação que conectam as pessoas e estabelecem comunicação imediata e em tempo real.
Microblogs permitem que os usuários enviem, recebam e respondam mensagens curtas e diretas das pessoas que seguem e são seguidas.
Rede
s so
ciai
s
Mic
robl
ogs
Bookmarking
Compartilhar
Blogs
Comunicação
Ning
Delicious
RSS
Hotmail
Gtalk
MSN
Gm
ail
Skyp
e
Podcasting
Yout
ube
Vimeo
Flickr
PicasaSlide Share
Blogger
Tumblr
Wordpress
As tecnologias mais efetivas são as que mais se encaixam à forma de pensar, atuar e de trabalhar das pessoas. E não o contrário. As pessoas buscam aprender o que precisam, como precisam, no momento de sua necessidade. Por isso, ao considerar a utilização das ferramentas web 2.0, o foco deve ser para a criação de redes mais do que para a obtenção de um conteúdo específico. As pessoas devem ser ativas em seu processo de aprendizagem. As redes sociais permitem a adaptação e o desenvolvimento de novas práticas por meio de conversas.
As Redes Sociais possuem funcionalidades que
permitem o registro do perfil dos usuários e a
construção de relacionamentos. É possível s
e
comunicar, compartilhar ideias, vi
agens, projetos,
formar grupos de discussão etc.
Bookmarking permite organizar
conteúdos de pesquisa e
assuntos de interesse.
Sites que permitem compartilhar arquivos,
vídeos e fotos.
Rede
s so
ciai
s
Mic
robl
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BookmarkingCom
partilhar
Blogs
Comunicação
Ning
Delicious
RSS
Hotmail
Gtalk
MSN
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Skyp
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Podcasting
Yout
ube
Vimeo
Flickr
PicasaSlide Share
Blogger
Tumblr
Wordpress
Quem participa das
Inativos
Espectadores
Associados
Coletores
Críticos
Criadores
Usam a internet, mas não participam de
nenhuma rede social
Leem blogs, assistem vídeos, ouvem podcasts,
consomem informação
Associam-se a redes sociais, como Facebook e LinkedIn
Reúnem e catalogam informação por meio de tags
e ferramentas do tipo RSS
Fazem comentários, postam resenhas
Publicam sites, escrevem blogs, postam vídeos/músicas originais,
escrevem artigos
Fonte: Forrester Research
redes sociais?
redes sociais?Papel Descrição Habilidades
Busca e utiliza conteúdo, informação e conexões sociais
Cria, compartilha, aperfeiçoa e discute conteúdo e informação
Ajuda os outros a encontrar conteúdo e informação que buscam ou necessitam
Ajuda os criadores a transmitir e promover seu conteúdo e informação para os outros
Faz a gestão das comunidades de aprendizagem
• Autodireção• Expertise em mídias• Colaboração (orientação para grupos)
• Prontidão para atender•Design de ideias• Pesquisa e descoberta de tendências
• Persuasão• Coordenação de grupos• Compreensão das dinâmicas sociais• Construção de bons relacionamentos
• Comunicação• Capacidade de trocar e discutir
ideias e tendências
• Representação do grupo•Mediação• Cultivo de valores e práticas
Fonte: “Key Social Learning Roles”, de Eric Davidove, 2010.
Aproveitar as redes sociais para a aprendizagem permite que conteúdos formais sejam compartilhados em um meio informal, gerando uma experiência de co-autoria na construção do conhecimento. Nesse tipo de comunidade voltada para a aprendizagem, a participação pode ser estabelecida segundo alguns papéis que exigem certas habilidades:
Consumidor
Criador
Conectado
Transmissor
Curador
Papel Descrição Habilidades
Quase todo trabalho realizado em uma organização é gerado por equipes e grupos que se relacionam, é raro que seja feito apenas por uma pessoa. O Social Learning pressupõe a troca de conhecimento entre as pessoas, o que potencializa a aprendizagem. A abordagem tradicional, em que as empresas adotavam a padronização de processos e tarefas para reduzir custos, faz cada vez menos sentido. Hoje,
prevalece a importância de se estimular colaboradores para aproveitar o desejo natural que as pessoas têm de compartilhar e aprender. Os colaboradores da Era do Conhecimento precisam ser aprendizes conectados entre si para solucionar problemas. Compartilhar conhecimento tácito (valores, crenças) por meio de conversas é componente essencial do conhecimento organizacional.
Como criar as condições para que o Social Learning aconteça com mais frequência dentro das empresas?
Nas organizações
Desafiar o colaborador a ter um papel ativo em seu desenvolvimento.
Proporcionar Guia de Experiências que devem acontecer durante o processo de aprendizado.
Estimular os colaboradores a buscar objetivos que alinhem interesses pessoais e o que é relevante para a empresa.
Mentoring e coaching entre pares.
Para estimular uma cultura de aprendizagem, é preciso disponibilizar ferramentas que ajudem as pessoas a aprender juntas, colocando-as em contato umas com as outras. Ao mesmo tempo, é importante disponibilizar conteúdos relevantes às suas necessidades e promover práticas, tais como:
Nas organizações
Dicas para o Social Learning nas empresas
facilitarInternet: é muito importante para ser ignorada ou entendida apenas por especialistas. Todos devem se familiarizar com sua dinâmica e ferramentas.
Redes sociais: devem ser usadas para facilitar o
trabalho e torná-lo mais efetivo para solucionar
problemas de equipes ou grupos.
Desafios: ensinar a técnica e propor desafios favorecem a capacitação para ambientes complexos e imprevisíveis.
Busca: é importante facilitar a busca de conteúdos para que sejam fáceis de acessar.
a. Promover diálogo e orientação.
b. Ajudar os outros a encontrar sua própria solução com o apoio do grupo.
c. Dar autonomia e ajudar as pessoas a se autodesenvolver, determinando “o que” fazer e deixando o “como” para cada colaborador ou equipe resolver.
Desenvolver novas competências:
Segundo Jane Hart, especialista em Social Learning, a autonomia é a essência do Social Learning por tornar aprendizes e colaboradores mais ativos e independentes, dentro de uma dinâmica mútua de poder e autoridade. Para ela, “informal” e “social” no contexto da aprendizagem não são conceitos relacionados a bem-estar. São conceitos que geram real impacto no ambiente cada vez mais intangível dos negócios.
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Em síntese, é preciso:
Oferecer aprendizado formal: ações de desenvolvimento para estimular novas habilidades
Formar grupos de aprendizagem: projetos, iniciativas
Estimular a aprendizagem informal: a busca segundo as necessidades do momento
Para Harold Jarche, especialista em Social Learning e integrante
do Internet Time Alliance, a grande mudança proporcionada por este cenário interconectado
é que a efetividade só será possível se indivíduos e
organizações integrarem trabalho e aprendizagem, de forma que não mais exista distinção entre os dois.
Social learning não engloba apenas as tecnologias das redes sociais, embora faça uso delas. Também não é só a habilidade de se expressar em um grupo de amigos selecionados. Social Learning combina as ferramentas das mídias sociais com uma mudança na cultura organizacional, uma mudança que estimula a transferência contínua de conhecimento e conceitos, e conecta as pessoas de uma forma que faz o aprendizado ser um prazer.
“
”
A aprendizagemnunca termina
Harold Jarche
BANDURA, A. Social Learning Theory. General Learning Press, 1977. CROSS, J. Work Smarter: informal learning in the cloud. Internet Time Group, 2009.
CROSS, J. Informal Learning: rediscovering the natural pathways that inspire innovation and performance. Pfeiffer, 2006.
JARCHE, H. A framework for social learning in the enterprise. Internet Time Alliance, 2009.
LI, C. & BERNOFF J. Groundswell: winning in a world transformed by social technologies. Harvard Business School Press, 2008.
TOBIN, D. R. All Learning is Self-Directed. ASTD, 2000.
Internet Time Alliance: Jay Cross | Jane Hart | Jon Husband | Harold Jarche | Charles Jennings | Clark Quinn
Bibliografia
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