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A influência da mídia sobre a imagem que os servidores da Câmara de
vereadores de Goiânia têm da casa onde trabalham
Quézia Alcântara
Os parlamentares brasileiros gozam de uma péssima imagem junto à opinião pública.
Fruto de escândalos que se traduzem em CPI‟s-Comissões Parlamentares de Inquérito,
que no final “sempre acabam em pizza”, conforme um bordão bastante utilizado pela
mídia. Em Goiânia, capital de Goiás, a situação é a mesma. Sabe-se por meio de
divulgação da mídia que os parlamentares goianienses também são autores dessas
práticas, contribuindo para essa imagem que a sociedade tem do legislativo. E entre os
servidores efetivos que atuam diretamente com os vereadores no município de
Goiânia, qual é a imagem que possuem? Para esclarecer esta questão foi realizada uma
pesquisa exploratória junto aos funcionários e depois comparada com outra do ano de
2008 realizada junto aos cidadãos comuns. O resultado é que, como os cidadãos da
cidade de Goiânia, os servidores efetivos apontam problemas, mas ainda assim, acham
que a Câmara Municipal de Goiânia tem uma imagem razoável perante a opinião
pública.
Palavras-chave: Legislativo, Câmara de vereadores de Goiânia, imagem institucional,
mídia, jornalismo político
The Brazilian parliamentarians enjoy a bad image in public opinion. The result of scandals that translate into CPI's-Parliamentary Commissions of Inquiry, which in the end "always end up in pizza" as a slogan widely used by the media. In Goiania, capital of Goias, the situation is the same. It is known through the media disclosure that lawmakers Goianiense are also the authors of these practices, contributing to the image society has of the legislature. And between the actual servers that work directly with the council in the municipality of Goiânia, which is the image that you hold? To clarify this issue was conducted exploratory research with employees and then compared with one in 2008 carried out with ordinary citizens. The result is that as citizens of the city of Goiânia, the servers actual link problems, but still think the municipality of Goiânia has a reasonable image to the public.
Keywords: legislative, city council of Goiania, corporate image, media, political journalism
Este artigo tem como objetivo verificar a imagem percebida pelos servidores efetivos da
Câmara Municipal de Goiânia, local onde trabalham e o que acham da atuação dos vereadores da
casa, bem como, se esta imagem midiática colabora para a formação da opinião pública junto aos
funcionários. O trabalho não pretende esgotar o assunto e este artigo pretende ser um pontapé para
futuras pesquisas de opinião e observações.
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Por imagem entende-se o que disse o professor e especialista em comunicação, Wilson
Bueno(2009): “A imagem de uma organização são percepções que estão na cabeça dos públicos ou
das pessoas individualmente, formadas pelo contato direto ou não com essa organização” e que para
Gomes(2004) pode ser traduzido como “fama, reputação” ou sintetizando, “imagem pública”.
Esta imagem reflete o juízo de valor que os servidores possuem sobre as ações
desenvolvidas pelo legislativo goianiense. Teve-se também como objetivo apurar a
responsabilidade por esta imagem: se dos vereadores, se dos funcionários ou de ambos. O que se
pretende ainda é verificar se a imagem interna é semelhante à imagem externa – aquela que os
meios de comunicação e a população possuem da Casa, uma vez que é notória a referência negativa
que se tem dos poderes legislativos em todo o país.
Há que se verificar se os servidores sentem-se inseridos no processo de construção dessa
imagem – quer positiva ou negativa. Será que o clima organizacional também influencia na imagem
dos parlamentares junto aos funcionários que trabalham diretamente com eles? Ou apenas a imagem
midiática é que exerce influência na opinião dos que atuam na casa de leis da cidade de Goiânia?
A administração pública, e entre seus órgãos inclui-se as câmaras municipais, sofre
constantes críticas e nunca é reconhecida como eficiente, antes tem sua eficácia comprometida pelo
descrédito e pela falta de participação popular. Os erros, os deslizes e os escândalos dos
parlamentares, que se traduzem em opinião pública, fazem com que a imagem institucional do
poder legislativo fique tão desgastada que comprometa a legitimidade de sua existência, ou seja, a
real necessidade de se manter essa instituição.
Segundo Kunsch, “imagem é o que passa na mente dos públicos, no seu imaginário... é uma
visão intangível, abstrata das coisas, uma visão subjetiva de determinada realidade... a imagem
representa o que está na cabeça do público a respeito do comportamento institucional das
organizações e dos seus integrantes”.
Aplicando este conceito à administração pública, este trabalho aponta as percepções que o
servidor efetivo tem da Câmara quanto ao trabalho, ao processo legislativo e à atuação parlamentar
dos vereadores.
Há que se esclarecer que este trabalho não se trata de uma pesquisa institucional, descrita
por Kuncsh e que “visa conhecer a organização como um todo, valendo-se, para tanto, de técnicas e
instrumentos apropriados para chegar a uma análise completa da real situação organizacional,
envolvendo os aspectos estruturais, administrativos, econômicos, políticos, sociais, históricos e os
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recursos humanos”. Antes é um pequeno levantamento da opinião dos servidores da CMG e que
poderá subsidiar futuramente outras pesquisas, estudos e inclusive uma auditoria de imagem.
No futuro, pesquisadores poderão utilizar alguns dos dados ora levantados para se
aprofundar, seja na observância de como o público interno vê a Câmara e a atuação parlamentar,
seja na questão do clima organizacional.
Entende-se que as câmaras legislativas são organismos que possuem duas vertentes - de um
lado possuem uma atuação política, enquanto um dos três poderes constituídos no país e por outro
lado é uma organização que tem estruturas de apoio onde atuam servidores, sejam concursados,
efetivos ou provisórios (comissionados, terceirizados e estagiários).
1- O descrédito dos brasileiros quanto aos seus parlamentares
A sociedade tem uma imagem negativa dos parlamentares brasileiros. Esta imagem é
reforçada diariamente pelos sucessivos escândalos, pela impunidade, pela omissão, pelas denúncias
e pelo desgastes provocados pelos privilégios que vêm à tona em praticamente em todas as formas
de comunicação. A imagem dos políticos brasileiros é constantemente associada à corrupção, uso
indevido de verbas públicas, suborno, uso do cargo para tirar proveito pessoal, furto, compra de
votos. Além da falta de transparência, as instituições parlamentares são pouco eficientes tanto na
apuração quanto na punição de seus membros envolvidos em denúncias.
Faz parte do senso popular de que CPI e CEI sempre acabam “em pizza”, o que reforça
ainda mais a imagem de que o corporativismo entre parlamentares é tão grande quanto à lentidão da
Justiça. Os noticiários estão repletos de exemplos, e a cada época, um novo escândalo surge.
O problema da péssima imagem do parlamento brasileiro não é de hoje. Também as práticas
não são novidade, ou exclusivas dos tempos atuais. A descrição abaixo cabe perfeitamente ao
político do século XXI.
“O brasileiro, é politicamente, o homem individualista e privatista, arrastado pela
libido dominandi e conduzindo-se na vida pública sem outro objetivo senão a
satisfação desta libido. Infelizmente, os nossos “políticos” são, na generalidade,
todos deste tipo inferior de homens públicos – e é o interesse privado que os inspira
e determina”. (Ferreira Filho)
Esta afirmação que contém adjetivos tão atuais é uma descrição dos primeiros políticos do
país e consta de livro que analisava a política do Império e dos primórdios da República. No
entanto, demonstra que a prática de colocar seus interesses acima dos interesses coletivos ou da
sociedade vem historicamente acontecendo desde o início da existência do poder político da nação.
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As próximas linhas foram transcritas de depoimentos colhidos na Tribuna Livre do site
www.políticosdobrasil, que mostram como o brasileiro vê os políticos em geral e o trabalho
legislativo.
“Primeiramente, é fato notório que ser político é um grande negócio. Não precisa ter
experiência, muito menos saber administrar, lidar com pessoas, “bater cartão”. Seus
salários não são atrasados, inclusive, muitas vezes tem o poder de reajustá-los por
livre e espontânea vontade.” Wagner Campos
“Com um legislativo vergonhoso, com políticos sem partido – como é possível ficar
sem partido mas com o mandato para o qual foram eleitos? Valdemy Correia
“...vemos inúmeros parlamentares que se reelegem em todas as eleições. A compra
de votos ainda é uma realidade nas eleições brasileiras, principalmente nas eleições
municipais para prefeito e vereadores, a compra se dá através de negociação de bens
materiais, favores administrativos e promessa de cargos”. Sérgio Furquim-
presidente da 56ª secção da OAB/MG
“O congresso Nacional está virando um balcão de negociações políticas sujas e
roscofe. Estão jogando o nome da instituição na lama, o povo não acredita mais em
discursos inflamados e gestos esbravejastes para convencer a massa. Milton Botelho
-professor
A população brasileira, na voz de um articulista de jornal, vê o político como uma pessoa
que se sente acima do bem e do mal, que não se percebe como um ser humano normal, mas sim,
como alguém endeusado.
“Difícil imaginar uma tarefa, tão bem remunerada, sem a menor possibilidade de
exigência no quesito produtividade. Com o agravante de férias esticadas, décimo
quarto salário e atuação de minguados três dias por semana no local de trabalho. O
que justificam regalias como gabinetes especiais, carro oficial com direito a
gasolina, auxílio-moradia, generosas passagens aéreas, viagens internacionais,
mordomias na área de saúde, ressarcimento de restaurantes e outras sinecuras que o
povão sequer imagina usufruir?” jornalista Rosemwal Ferreira
2- A imagem que o cidadão tem do Legislativo goianiense
Goiânia, capital do Estado de Goiás, possui, de acordo com o último levantamento do IBGE,
1 milhão e 300 mil habitantes. A cidade tem atraído grande número de migrantes, das regiões norte
e nordeste por ser um pólo econômico de grande expansão e por ter uma localização privilegiada,
bem no centro do país.
De acordo com o cenário municipal apresentado no Plano Plurianual-PPA 2010-2013 que a
prefeitura elaborou, Goiânia é entreposto de mercadorias, pessoas entre as regiões sul e norte, leste
e oeste do país, e é conhecida pela qualidade de vida que oferece, sendo o principal centro
comercial da região Centro-Oeste, “exercendo influência econômica sobre uma área muito extensa
formada por municípios tanto do Estado de Goiás, como de Mato Grosso e MT Sul, Tocantins,
Maranhão e Pará”.
Porém, o próprio PPA 2010-2013 mostra que existem pontos fracos, como violência urbana,
grande informalidade, baixa qualificação da mão-de-obra, a qualidade da saúde e da educação
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pública, além de segregação social, envelhecimento e decadência do centro da cidade. O PPA
também mostra dados da Secretaria de Planejamento Municipal de que nas zonas de exclusão vivem
cerca de 21% da população goianiense. Nesses bairos há muita carência de infra-estrutura, escolas,
postos de saúde, creches, delegacias de polícia e outros equipamentos de uso público e comunitário.
Neste contexto é que se inserem os projetos de lei e requerimentos que os vereadores
apresentam em plenário. Eles têm a missão de contribuir junto ao executivo para diminuir estas
desigualdades e promover mais qualidade de vida para os bairros que pertencem a uma faixa
excluída economicamente das riquezas geradas no município.
Com todos esses problemas a enfrentar e solucionar, o Legislativo de Goiânia precisa da
legitimidade popular para exercer com toda plenitude sua tarefa de discutir, analisar, apreciar, votar
os instrumentos do Plano Diretor e as leis –sejam de sua autoria, ou do prefeito – para proporcionar
a qualidade de vida que o cidadão-eleitor merece. Será que nas últimas legislaturas, o parlamento
goianiense tem conseguido alcançar seu alvo?
Foi-se buscar a resposta em uma pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Sondagem de
Pesquisa, em agosto de 2008 junto à população. Para se ter uma idéia, de acordo com a pesquisa
20,4% dos entrevistados avaliaram o trabalho da Câmara Municipal de Goiânia-CMG como ótimo e
bom; 25,4% como regular positivo e 46,4% avaliam negativamente o trabalho da CMG. Somando
as avaliações positivas têm-se o total de 45,8%, contra 46,4% de negativas. Com isto, deduz-se que
houve um empate técnico nas avaliações.
A CMG tem uma imagem equilibrada de acordo com o ISP, no meio termo, para o cidadão
da capital goiana. O trabalho dela não é bom, mas não é ruim também. É regular(21,1% dizem que é
regular negativo e 25,4%, regular positivo). Então a imagem é considerada razoável. Para os
entrevistados - moradores de mais de 100 bairros da capital, de todas as 12 zonas eleitorais
registradas pelo T.R.E., o Legislativo, apesar da mídia divulgar fatos negativos e escândalos
envolvendo parlamentares, ainda está em consonância com o senso comum.
O desconhecimento do trabalho parlamentar também ficou notório nesta pesquisa em que
55% contra 44,8% disseram que tem lembrança de pelo menos um projeto importante que o
legislativo aprovou. Perguntados quais projetos, eles afirmaram 19 vezes, que foi o da „lei seca‟.
Veja a análise feita na própria pesquisa pelo responsável pela mesma, sociólogo Benaias Aires
Filho:
“Mesmo sendo uma questão que aceitava múltiplas respostas, podemos perceber o
nível de desconhecimento e desinformação em relação aos projetos votados na
CMG, o projeto que resultou na chamada‟ lei seca‟, é de âmbito federal e muitas das
respostas não são de responsabilidade e iniciativa do poder legislativo municipal”.
Esta é a imagem do cidadão comum que se inteira dos trabalhos do Legislativo, a maior
parte das vezes, pelo que a mídia divulga. Porém, quanto aos servidores da Casa, qual é a imagem
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que eles têm do Legislativo goianiense? Será que a imagem dos funcionários coincide com a
imagem da sociedade?
3-O poder Legislativo em Goiânia
A Câmara Municipal de Goiânia foi criada pelo decreto 510, de 20 de novembro de 1935,
pelo então governador Pedro Ludovico Teixeira que marcou eleições municipais para o ano
seguinte e nomeou, enquanto isso, sete conselheiros municipais que tinham a função de legislar até
a posse dos sete vereadores eleitos em 1936. Mas o mandato foi extinto com o golpe de Estado
imposto pelo presidente Getúlio Vargas, que fechou os órgãos legislativos, como câmara de
vereadores e assembléias de deputados, em todo o país dia 10 de novembro de 1937.
A Casa de Leis de Goiânia só foi novamente reaberta dez anos depois, dia 6 de dezembro de
1947. Esta é considerada a data oficial de criação da CMG. A primeira sede foi instalada no antigo
prédio do jornal O Popular, na Avenida Goiás. Naquele tempo, as sessões eram ininterruptas, de
segunda a sexta e sem hora para terminar, segundo atas daquela época. As primeiras leis foram
feitas em uma época em que a população goianiense que girava em torno de 40 mil habitantes,
convivia com a falta de estrutura de uma cidade que acabava de nascer.
Com a redemocratização após o Estado Novo, a CMG teve outras cinco sedes: o antigo
prédio do Jornal O Popular, na Avenida Goiás; prédio do antigo Cine Frida, também na Avenida
Goiás; o Edifício Inhumas, na Rua 6, esquina com a Avenida Anhanguera; o Palácio da Pecuária e o
9º andar do Pathernon Center.
Durante o golpe militar de 1964, que ocorreu na 5ª Legislatura (1963/1966), o poder
legislativo de Goiânia começou a enfrentar os primeiros problemas com o regime ditatorial, ou seja,
não havia autonomia para legislar, não se podia usar a tribuna sem ser censurado. Na 6ª Legislatura,
dois partidos faziam parte da CMG: Arena e MDB. Iris Rezende foi eleito prefeito pelo MDB, que
também elegeu 12 vereadores, contra apenas cinco da Arena.
Em 1998, finalmente a Câmara de Goiânia ganhou sede própria, ocupando uma área
construída de 8.500 metros na avenida Goiás em frente à Praça do Trabalhador onde se encontra até
os dias atuais. Nesses 61 anos de existência, este parlamento aprovou importantes leis para a cidade
de Goiânia, tais como a LOM-Lei Orgânica do Município, Código de Posturas, Código de Obras e
Edificações, Código tributário, Plano Diretor e Legislação Ambiental.
3.1-Estrutura legislativa e funcional
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A CMG possui hoje 35 vereadores que estão na 16ª legislatura (até 2012). Além da mesa
diretora, possui 15 comissões técnicas permanentes que têm como atribuição, analisar os projetos de
lei, emitir pareceres antes das votações em plenário. Além dos pareceres cabe às comissões realizar
estudos, relatórios, pesquisas, audiências e debates sobre temas próprios. Administrativamente a
CMG possui uma estrutura com cinco Diretorias, 15 assessorias, nove divisões, e 12 núcleos, além
de dezenas de assistentes
Possui 230 servidores efetivos, sendo 70 empossados após o primeiro concurso público
realizado na casa em 2006. Os demais 160 foram nomeados antes da constituição de 1988, por
indicação política. Eles assumiram por volta da década de 1970 e 1980, e portanto, possuem mais
de 20 anos de serviços prestados ao legislativo goianiense.
A pesquisa por amostragem ouviu 30 funcionários, sendo que 24 possuíam mais de 15 anos
de serviço - na verdade, mais de 21 anos de casa. Os demais servidores ouvidos tinham menos de
dois anos, pois os novos concursados somente foram chamados após julho de 2007.
Os servidores comissionados – cerca de 10 para cada vereador - não foram entrevistados
devido à situação funcional transitória, pois não têm estabilidade e podem ser demitidos a qualquer
momento, o que também gera muita rotatividade. Por conviverem diretamente nos gabinetes
poderiam emitir opiniões com uma visão menos distanciada e profissional.
4- Avaliando os dados coletados junto aos servidores
4.1-O que o servidor efetivo acha do Legislativo
Afinal, que imagem os funcionários efetivos da Casa têm dos vereadores? Eles trabalham
para proporcionar o suporte para que os parlamentares façam seu trabalho de legislar e fiscalizar as
ações do Executivo. Será que estes servidores sabem da importância de suas atividades para o bom
funcionamento dessa casa de leis?
A primeira pergunta do questionário quis saber, qual a opinião do funcionário efetivo sobre
a imagem da CMG. A pesquisa foi realizada logo após o escândalo ocorrido em setembro de 2008,
quando a poucos dias das eleições, os vereadores votaram, numa sessão bastante defasada, a criação
dos 14º e 15º salários para si. Tiveram que recuar na semana seguinte, após a péssima repercussão.
Alguns vereadores não conseguiram se reeleger tamanha repercussão na mídia. Alguns dias antes, o
plenário havia votado apenas 3,95% de aumento para o funcionalismo municipal, o que serviu para
muitos funcionários públicos rejeitarem tais candidatos.
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A mídia repercutiu negativamente o fato durante semanas. Todos os meios de comunicação,
televisão, rádio e os três jornais diários da capital – O Popular, Diário da Manhã e Hoje Notícia-
divulgaram e questionaram a matéria. Apesar disso, os funcionários continuaram a aprovar a
atuação dos vereadores conforme o gráfico a seguir que traduz o resultado desta pesquisa.
Gráfico nº1- Pesquisa Imagem dos Servidores da CMG
A repercussão negativa junto à opinião pública ocorrida seis meses antes desta pesquisa
influenciou na opinião dos efetivos da casa? Esta tabela com a primeira pergunta do questionário
demonstra que não, apesar de não avaliar especificamente esta ocorrência. Se somarmos as
respostas ótima, boa e razoável teremos como resultado o percentual 69%, ou seja, 23 servidores
aprovando a atuação da CMG. Somente 23,33%, apontaram a imagem como ruim ou péssima.
O resultado é superior ao obtido em pesquisa do Instituto DataFolha em março deste ano,
sobre a opinião da população brasileira quanto à atuação dos parlamentares eleitos em 2006 para o
Congresso Nacional. Segundo o DataFolha, na Centro-oeste, região da qual o estado de Goiás faz
parte, o resultado da somatória das respostas ótima/boa e regular(razoável) foi 59%, contra 36% que
apontaram a atuação do Congresso como ruim/péssima.
Os goianienses, apesar da imagem negativa divulgada pela mídia acha regular ou razoável a
atuação dos vereadores. Enquanto na pesquisa nacional, 59% acham a atuação dos parlamentares
brasileiros razoável, entre os servidores efetivos do legislativo municipal de Goiânia, o resultado é
de 69%.
4.2- Adjetivos e notas dos parlamentares
Apesar dos funcionários aprovarem a imagem da Câmara, eles não pouparam críticas na
pergunta que visou a descrição dos vereadores usando alguns adjetivos do senso comum.
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Gráfico nº 2- Adjetivos atribuídos aos vereadores - Pesquisa Imagem dos Servidores da CMG
Veja no gráfico abaixo que novamente o meio termo imperou entre os servidores. A maioria,
18 entrevistados deram notas acima de 6 para a atuação do parlamentar da Câmara de Goiânia. A
opinião dos servidores corresponde exatamente à apurada na pesquisa do ISP. Afinal, será esta
posição de conformismo quanto ao que é regular, razoável uma característica do goiano,
considerado por muitos antropólogos e historiadores, como povo pacato.
Gráfico nº 3- Notas que os servidores deram aos vereadores-Pesquisa Imagem dos Servidores da CMG
Câmara Filho diz respeito ao potencial agropecuário das terras goianas bem como para a
capacidade de trabalho do povo goiano, o qual segundo a propaganda era um povo - que embora
indolente - pacato, obediente e ordeiro, portanto, ideal para a submissão ao trabalho capitalista
(ASMAR, 1989). Seria uma peculiaridade do goiano o conformismo, ou no caso, específico desta
pesquisa, seria um comodismo dos servidores, tal avaliação?
4.3- Como o funcionário acompanha o trabalho do parlamentar que ajudou a eleger
Gráfico Nº 4- Acompanhamento do trabalho do vereador? Pesquisa Imagem dos Servidores da CMG
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Esta tabela referente à quarta pergunta visa saber como o funcionário da CMG
acompanha o trabalho do vereador. O resultado é interessante. Enquanto a maioria do eleitor
comum, que esquece em quem votou e não acompanha a atuação do político que ajudou a eleger, o
servidor efetivo CMG é atento. O cientista político Alberto Carlos Almeida publicou livro em que
demonstra que “sete entre dez brasileiros” não se lembra em quem votou nas últimas eleições.
Almeida revela que 71% dos eleitores esqueceram em quem votaram para deputado
federal quatro anos antes e outros 3% citam nomes inexistentes. Essa amnésia
começa cedo: dois meses após a eleição, 28% já não se recordam de seu candidato a
deputado federal, e 30%, em quem votaram para deputado estadual (os dados
constam do Estudo Eleitoral Brasileiro conduzido pela UFF e pelo Cesop/Unicamp).
Talvez o fato da proximidade física, pois os gabinetes ficam no mesmo prédio que a ala
administrativa e muitos trabalham no plenário, com atividades diretamente ligadas às sessões, tais
como o Cerimonial, o Apoio Legislativo, a Taquigrafia, a Imprensa, a TV Câmara, faça com que os
funcionários que responderam ao questionário, se interessem mais pelo trabalho dos vereadores.
Com este resultado constata-se que a proximidade física não é o meio que o servidor se
utiliza para perceber como o vereador de sua preferência está desempenhando suas funções
legislativas. A maioria, apesar de trabalhar no mesmo prédio, prefere acompanhar por meio da
mídia. Como a pergunta era de múltipla escolha, o resultado indicou que alguns vereadores são
avaliados pela imagem midiática divulgada por vários tipos de veículos de comunicação. Somente 3
responderam que acompanham pessoalmente, talvez por exercerem alguma função de confiança nos
gabinetes, o que é permitido pelo regimento interno da casa. Confira no gráfico abaixo:
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Gráfico Nº 5-Como você acompanha o trabalho do vereador em quem votou? Pesquisa Imagem dos Servidores da CMG
Mesmo para quem atua diretamente junto aos parlamentares, a opinião pública divulgada e
reforçada pelos meios de comunicação de massa é muito importante. A maioria prefere acompanhar
o que o vereador faz pela mídia. Tal fato se deve, por um lado pela precária comunicação interna
que é feita na casa, uma vez que até a 15ª legislatura nenhuma ação nesse sentido era feita, senão
alguns informes via boletim do sindicato dos servidores, o Sindiflego. Até esta data toda a
comunicação institucional era voltada para o público externo.
Com a criação da Diretoria de Comunicação na 15ª legislatura(2006-2008), iniciou-se a
divulgação por meio do site institucional de notícias do plenário, canal para divulgação, identificado
com características da comunicação externa. Porém, somente na atual legislatura este trabalho teve
mais efetividade com a criação do Boletim impresso Diário da Câmara, com a Rádio Câmara e
mídias „out of home‟-mídias internas de corredores e elevadores, que veiculam diariamente notícias
de interesse dos servidores e dos projetos aprovados, além de uma remodelação do site com notícias
da atuação dos parlamentares. Isso permitiu que notícias sobre a atuação parlamentar tivessem uma
massificação junto ao público interno e representou um início de ações de endomarketing, não
caracterizando ainda um plano de comunicaçao interna.
4.4 - Por que o funcionário que trabalha próximo ao parlamentar não se sente parte do processo?
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Gráfico Nº 6-De quem é a responsabilidade pela imagem da Câmara? Pesquisa Imagem dos Servidores da CMG
Interessante observar que o servidor de carreira do legislativo goianiense atribui grande
responsabilidade pela imagem pública da casa ao vereador. Ele não se inclui no processo. A
resposta desta questão também era de múltipla escolha, e alguns indicaram que a responsabilidade
recaía também sobre vereadores e comissionados. Outros, que era dos vereadores, comissionados e
prestadores de serviço.
Mesmo assim, na última pergunta, em que a pesquisa quis saber as sugestões que o servidor
efetivo tem para a melhoria da imagem da CMG, eles opinaram dizendo que acreditam que já
estarem trabalhando para isto. Dos 30 entrevistados, seis não quiserem responder. Estão apáticos,
alheios, desmotivados?
Dos 23 servidores que responderam esta questão subjetiva, dez informaram que para
melhorar a imagem da câmara, eles deveriam continuar trabalhando, desempenhando suas tarefas
como o fazem ou cada vez mais e melhor. Algumas sugestões merecem ser citadas, tais como:
“sugerindo à direção e aos vereadores posturas e atitudes e cuidar bem e exercer bem as atividades que lhe
competem”; “acompanhar os seus trabalhos dando sugestões e reivindicando”.
Duas sugestões apontam para a necessidade de mais comunicação e divulgação interna e externa na
CMG. “Deixar o povo bem informado”, é a sugestão de uma dos servidores e outro mostra como proposta:
“estimulando vereadores e funcionários a conhecerem as leis (orgânica, código de ética,etc) para melhor
compreensão do papel deste legislativo”.
Silva(2006) que estudou a Câmara de Santa Maria, município do Rio Grande do Sul, defende que
não somente a área de comunicação, que tem como função principal, a divulgação dos trabalhos do plenário
e das comissões que integram o poder Legislativo, mas também todos os servidores envolvidos no processo
parlamentar podem disseminar as boas práticas da organização, angariando apoio popular e contribuindo
para o reforço positivo junto à opinião pública. Ele diz que:
“Alguns estereótipos sobre a administração pública (pouca eficiência, cabide de
empregos, burocracia, suborno, gastos excessivos, etc.), que aparecem na mente das
pessoas, são alguns dos entraves para a obtenção do apoio público. Muito embora a
responsabilidade das informações governamentais fique a cargo de uma assessoria
ou de profissionais contratados, é preciso lembrar que todos os servidores públicos
devem contribuir para a execução de uma comunicação transparente e aberta em
todos os sentidos da linha hierárquica, mas para que isso aconteça, eles precisam ser
informados e treinados.”
Uma das respostas sobre a contribuição que o funcionário pode dar ao processo de melhoria da
imagem diz: “esclarecendo pessoas do meu círculo de relacionamento como funciona a criação de leis e
como se dá a contribuição delas nesse processo”. A resposta desse servidor demonstra o que o professor
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Wilson Bueno(2009) diz em recente artigo, que explica o porquê dos funcionários não “vestirem a camisa da
empresa”. O mesmo pode ser aplicado para a câmara enquanto organização.
“ A maioria dos funcionários não se compromete com as organizações e se recusa
terminantemente a vestir a camisa, exatamente porque não se identifica com elas (e
deveriam?). E isso acontece por inúmeros motivos, desde o clima organizacional
que não é nada saudável, ambientes que não privilegiam a comunicação interna e
inclusive problemas relativos à falta de reconhecimento por parte da empresa...
infelizmente, para boa parte das organizações, a gestão continua autoritária, com
pouco incentivo à participação, assédio moral, desestímulo à divergência de idéias e
opiniões”.
Palhares e Tófani(2007) também discorrem sobre a importância de investir no funcionário e na
melhoria do clima organizacional como fator de melhoria da imagem de uma organização:
“Antes de satisfazer os clientes externos é primordial preocupar-se com quem
colabora para o progresso da empresa. Trabalhar inovações nas atividades de
endomarketing é atrelar crescimento organizacional à satisfação das pessoas. Os
resultados que as empresas podem obter ao investir neste serviço são positivos:
funcionários satisfeitos e sentindo-se essenciais para a empresa como um todo. Isto
origina uma significativa melhoria no atendimento ao cliente externo, ampliação do
nome da empresa e o crescimento tão almejado”.
Mesmo não sendo empresa que visa fim lucrativo, o legislativo possui um corpo de servidores que
lhe presta serviço administrativo e de apoio para seu funcionamento. Portanto, enquanto organismo, deve
também promover políticas de recursos humanos que incentivem seus trabalhadores a não somente terem
suas habilidades desenvolvidas, mas adquirir novos conhecimentos.
Falando especificamente do problema nas administrações públicas, Tófani(2007) diz que “o
setor público tradicionalmente não se preocupa com a manutenção de clientes, mas deve se
preocupar com o atendimento das necessidades desses e com a sua própria imagem, prestando
serviços que atinjam, e até mesmo superem, as expectativas”. E ele sugere algumas ações que
seriam bem vindas para os servidores que por sua vez impactariam em todos os públicos com os
quais a Câmara de Vereadores se relaciona, os „stakholders‟ e a sociedade:
Para isso é preciso que ocorra uma modernização da máquina pública, além da
valorização dos funcionários, para que estes, dentro das perspectivas do
endomarketing, estejam bem informados, bem preparados, satisfeitos e bem
remunerados e deixem os clientes bem igualmente bem informados e satisfeitos com
os serviços recebidos. É necessário também que eles sejam capacitados e treinados
para consolidar e tornar irreversível o processo de melhoria contínua na prestação de
serviços públicos‟.
5- A mídia e a imagem pública da Câmara – considerações finais:
O poder da mídia para a formação da opinião ou imagem pública de uma organização é
incontestável. Ela está presente em todos os aspectos da vida humana e permeia as relações
pessoais, econômicas e políticas da sociedade. Diz Gomes(2004) que “a imagem pública nos chega
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como nos chega o mundo: mediado pelo sistema institucional e expressivo da comunicação, onde e
por onde se realiza a visibilidade social”.
Nenhuma organização está isenta da avaliação da mídia e toda instituição precisa e quer ser
notícia, o que para Gomes(2004) ocorre porque: “a informação midiática é hoje o modo
fundamental como se podem construir ou destruir honras, reputações, nomes e imagens”.
O fato é que o relacionamento de uma organização com a mídia é complexo e delicado. O
mesmo ocorre com as câmaras legislativas, enquanto organização. A diferença é que enquanto um a
empresa, instituições, muitas vezes não encontra espaço garantido nas páginas de um periódico
devido a inúmeros critérios utilizados pelos editores, as câmaras legislativas, enquanto poder
constituído em um município, será sempre campo fértil da produção de notícias e do interesse da
imprensa.
“As organizações investem muito para criar estruturas ágeis e eficientes de forma a
melhorar seu relacionamento com a mídia. Principalmente as grandes empresas e os
órgãos públicos, que sofisticam cada vez mais suas ações de comunicação e também
de marketing com a imprensa. Isso se deve, sobretudo, ao poder que ela representa
de formar e manipular a opinião pública. Quem não gosta de ocupar positivamente
espaços na mídia e não tem medo de cair na desgraça de ser mal interpretado, ver
seu nome envolvido negativamente em escândalos e denúncias?”(Kunsch)
Porém, na maioria das vezes, o poder Legislativo é prato cheio de notícias negativas,
conforme descrito nos capítulos anteriores deste trabalho. São notícias de mal versação de dinheiro
público, nepotismo, corrupção e outros. Se por um lado estas notícias respingam na imagem da
Casa, por outro, as câmaras não podem abrir mão da cobertura da imprensa, da visibilidade pública
que os meios de comunicação de massa proporcionam.
“A questão fundamental é a seguinte: nenhuma empresa, por maior, mais bem
estruturada e mais poderosa que seja, é capaz de criar embaraços ou danos graves
para a imprensa. Mas também esta – mesmo um pequeno jornal de bairro - pode
causar prejuízos insanáveis e perturbações definitivas a qualquer grande empresa. A
imprensa leva a vantagem, que a empresa seja poderosa”. (Kunsch)
Porém, para uma câmara de vereadores o trabalho da imprensa funciona como legitimadora
do poder. Ela coopera para que a sociedade conheça o que a Casa de leis faz, os projetos aprovados,
como tem atuado na fiscalização do poder Executivo, coibindo, de certa forma, os abusos que
possam ser efetuados.
A mídia, ao levar diariamente à opinião pública fatos e denúncias contra o poder Legislativo,
está contribuindo para que os excessos que possam ocorrer nesta esfera de poder, também venham a
público e diante da pressão popular, sejam corrigidos e até mesmo inibidos. Com isto, os
parlamentares, com medo da exposição negativa de seus atos, observem mais a postura ética, a
transparência e o decoro parlamentar. Assim, mesmo que seja para saber dos bons ou dos maus atos
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praticados pelos vereadores, a sociedade busca nos meios de comunicação, diariamente, notícias
sobre a atuação do poder Legislativo.
Diz Kunsch(2003) que o “trabalho, portanto, de relacionamento com a mídia devem ter um
compromisso e uma responsabilidade pública como fontes de informações”, e ela cita Miguel
Jorge(1999): “as empresas têm o direito e o dever de divulgar suas informações, seus pontos de
vista, suas atividades e suas reivindicações, até por um princípio democrático”.
E falando em democracia, esta deve ser, juntamente com o decoro parlamentar, a
transparência e a publicidade dos atos, pilares que sustentam o Legislativo enquanto poder e órgão
da administração pública. As câmaras não são apenas instituições com objetivos políticos, mas
enquanto organização possui também, setores administrativos que fornecem o necessário suporte
para seu funcionamento. “Nesse sentido, podem ser ressaltadas as perspectivas que preconizam
novos estilos de gestão pública, revertendo o isolamento e o confinamento burocrático”.
(Diniz,2001) .
Enquanto poder Legislativo, as câmaras municipais têm, nessa nova perspectiva
administrativa, de ir além da feitura de leis e fiscalização dos atos do poder Executivo. Como
organismo, também precisa nortear-se pela eficiência, eficácia e efetividade de seus atos,
possibilitando que todos os atores do processo parlamentar – vereadores, servidores, fornecedores,
eleitores - participem do jogo político, o que resultará na imagem institucional de um poder
democrático de práticas ilibadas em consonância com os anseios da sociedade que representa.
* * * *
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http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/vereadores/index.shtml
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