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AGROS – INSTITUTO UFV DE SEGURIDADE SOCIAL
POLÍTICA DE INVESTIMENTOS
2017
Res. CMN 3.792/2009, 3.846/2010, 4.275/2013 e 4.449/2015
VIÇOSA, NOVEMBRO DE 2016.
______________________________________________________________ 2 Política de Investimentos – 2017
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................................... 04
1.1. Objetivo Geral.......................................................................................................... 04
1.1.1. Objetivos Específicos............................................................................................ 04
1.2. Princípios de Responsabilidade Socioambiental...................................................... 05
2. Diretrizes Gerais e Apreçamento................................................................................ 05
3. Planos Geridos pelos Agros........................................................................................ 06
3.1. Plano A..................................................................................................................... 06
3.2. Plano B..................................................................................................................... 07
3.3. Plano Agros CD-01.................................................................................................. 07
3.4. Plano de Gestão Administrativa (PGA)................................................................... 08
4. Segmento das Aplicações............................................................................................ 08
4.1. Renda Fixa ............................................................................................................... 08
4.1.1. Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs).................................. 09
4.1.2. Meta de Rentabilidade........................................................................................... 10
4.1.3. Empréstimos de Títulos......................................................................................... 10
4.1.4. Restrições.............................................................................................................. 10
4.2. Renda Variável......................................................................................................... 10
4.2.1. Meta de Rentabilidade........................................................................................... 10
4.2.2. Empréstimos de Ações.......................................................................................... 11
4.3. Investimentos Estruturados...................................................................................... 11
4.3.1. Meta de Rentabilidade........................................................................................... 11
4.4. Investimentos no Exterior......................................................................................... 11
4.4.1. Meta de Rentabilidade........................................................................................... 11
4.5. Imóveis .................................................................................................................... 11
4.5.1. Apreçamento dos Ativos....................................................................................... 11
4.5.2. Meta de Rentabilidade........................................................................................... 11
4.6. Operações com Participantes.................................................................................... 12
4.6.1. Apreçamento dos Ativos....................................................................................... 12
4.6.2. Meta de Rentabilidade........................................................................................... 12
5. Limites de Alocação, Rentabilidade e Metas.............................................................. 12
6. Metodologia e Critérios para Avaliação de Riscos..................................................... 16
6.1. Risco de Contraparte................................................................................................ 17
6.2. Riscos de Mercado................................................................................................... 17
______________________________________________________________ 3 Política de Investimentos – 2017
6.3. Riscos de Liquidez................................................................................................... 19
6.4. Risco Operacional.................................................................................................... 19
6.5. Risco Legal............................................................................................................... 19
6.6. Risco Sistêmico........................................................................................................ 20
7. Responsabilidades e Competências............................................................................. 20
7.1. Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ)............................... 20
7.2. Administrador Responsável pelos Planos de Benefícios (ARPB)........................... 21
7.3. Comitê de Investimentos.......................................................................................... 21
8. Anexos......................................................................................................................... 22
Anexo 1 – Plano Assistencial.......................................................................................... 22
Anexo 2 – Cenários Macroeconômicos........................................................................... 25
______________________________________________________________ 4 Política de Investimentos – 2017
1. INTRODUÇÃO
A Política de Investimentos estabelece os princípios e as diretrizes que devem reger os
investimentos dos recursos do Agros - Instituto UFV de Seguridade Social.
Esta Política foi elaborada para 2017, com projeções até 2021, para nortear os gestores internos e
externos nas decisões sobre todos os aspectos associados aos investimentos dos planos de
benefícios do Instituto, por meio de um processo que evidencie segurança, prudência e
sustentabilidade.
Este documento define a estratégia de alocação dos recursos entre os diversos segmentos de
aplicação e as respectivas carteiras de investimentos de acordo com o perfil das obrigações do
Instituto em cada plano, tendo em vista a necessidade de busca e manutenção do equilíbrio
financeiro e atuarial e os limites de diversificação e concentração previstos na legislação vigente.
Os recursos dos planos de benefícios do Agros deverão ser discriminados, controlados e
contabilizados, devendo ser alocados nos segmentos de aplicações permitidos pela legislação em
vigor.
Toda a metodologia estabelecida para esta Política, tal como análise de risco, controle e
compliance, limites e critérios está fundamentada nas Resoluções nº 3.792/2009, 3.846/2010,
4.275/2013 e 4.449/2015 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelecem as diretrizes de
aplicações dos Recursos Garantidores das Reservas Técnicas1 de cada plano de benefícios. É
expressamente vedado tomar posições que contrariem essas Resoluções ou as que vierem a
substituí-las.
Esta Política de Investimentos define, conforme artigo 16 da Resolução nº 3.792/2009 do CMN:
a. Alocação de recursos e limites por segmento de aplicação;
b. Limites por modalidade de investimento, se estes forem mais restritivos que os estabelecidos na
referida Resolução;
c. Condições para uso de derivativos;
d. Taxa mínima atuarial ou índices de referência, observado o regulamento de cada plano de
benefícios;
e. Meta de rentabilidade para cada segmento de aplicação;
f. Metodologia ou fontes de referência adotadas para apreçamento dos ativos financeiros;
g. Metodologia e critérios para avaliação dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez,
operacional, legal e sistêmico;
h. Observância ou não de princípios de responsabilidade socioambiental.
1.1. OBJETIVO GERAL
Esta política tem como objetivo realizar um planejamento com vistas a promover a segurança, a
liquidez e a rentabilidade necessárias para assegurar a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro entre seus ativos e o passivo atuarial. Serão levadas em consideração as modalidades e as
características das obrigações de cada plano de benefícios.
1.1.1. Objetivos Específicos
- Buscar, por meio da aplicação dos recursos financeiros do Instituto, uma rentabilidade mínima
equivalente à meta atuarial, Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) + 5% a.a. (cinco
por cento ao ano);
1 Recursos Garantidores: recursos destinados ao pagamento de benefícios aos participantes;
Reservas Técnicas: parcela deduzida do superávit para formar um fundo que garante o pagamento de eventuais
prejuízos.
______________________________________________________________ 5 Política de Investimentos – 2017
- Assegurar que gestores, funcionários, participantes, beneficiários, prestadores de serviços e órgãos
reguladores tenham o claro entendimento dos objetivos e das restrições relativas aos investimentos
dos recursos financeiros;
- Determinar limites, disposições e critérios aplicáveis às decisões de investimentos, a fim de
assegurar a otimização da alocação dos Recursos Garantidores e demais recursos financeiros do
Instituto;
- Garantir a observância das políticas e do planejamento da gestão integrada de ativos e passivos e
da gestão de risco de carteiras;
- Garantir a disponibilidade de recursos para o cumprimento da missão do Agros;
- Ser um instrumento de planejamento que obrigue a identificar e definir claramente as necessidades
do Agros por meio de objetivos claros de retornos, tolerância a risco e restrições de investimentos;
- Estabelecer critérios objetivos para avaliação de classes de ativos, de gestores e das estratégias de
investimentos empregadas no processo de investimentos;
- Estabelecer diretrizes para a condução dos investimentos em conformidade com os benchmarks2
estabelecidos e assegurar o cumprimento das regulamentações pertinentes;
- Estabelecer diretrizes para que os gestores conduzam o processo de investimento em
conformidade com objetivos e restrições legais nas aplicações dos recursos dos planos de
benefícios;
- Garantir transparência e ética no processo de investimento, o qual deverá ser feito seguindo
diretrizes, normas e critérios bem definidos, garantindo segurança, rentabilidade e liquidez aos
recursos dos planos de benefícios administrados pelo Agros.
Os processos de investimentos deverão ser realizados conforme as melhores práticas de mercado, de
acordo com os objetivos de retorno dos investimentos relacionados ao risco assumido. Na definição
das decisões de investimento será avaliado o impacto do investimento na carteira total do plano de
benefícios e no alcance dos objetivos estabelecidos.
1.2. PRINCÍPIOS DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Além da preocupação com a rentabilidade e o risco em seus investimentos, o Agros prioriza as
alocações de seus recursos em instituições e projetos que adotam os Princípios de Responsabilidade
Socioambiental em suas carteiras de investimentos.
Será sempre observado se estas instituições são signatárias do Principles for Responsible Investment
(PRI), aderentes ao Environmental, Social and Governance (ESG) ou que demonstrem práticas
semelhantes a tais condutas.
2. DIRETRIZES GERAIS E APREÇAMENTO
O Agros centraliza os serviços de custódia qualificada, controladoria e administração fiduciária dos
seus investimentos no Itaú Unibanco S/A. Desta forma, o apreçamento de alguns ativos da entidade
será realizado pelo banco, de acordo com o Manual de Precificação de Ativos - Marcação a
Mercado, baseado no Código de Autorregulação para Fundos de Investimentos e nas diretrizes de
Marcação a Mercado da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais
(Anbima).
Para os fundos de investimentos, exclusivos ou não, fundos em participações e empresas
emergentes, o apreçamento das cotas será definido pelo regulamento de cada fundo, desde que
atendida a legislação e que o Agros tenha intenção e capacidade financeira de manter papéis em
2 Processo de comparação do desempenho; busca das melhores práticas para alcançar um desempenho superior.
______________________________________________________________ 6 Política de Investimentos – 2017
carteira até o vencimento. Para evitar oscilações de mercado, o Instituto poderá optar por
contabilizar parte de seus ativos pela taxa do papel (marcação na curva).
O Agros poderá fazer operações com derivativos3 na carteira própria, ou por meio dos gestores
terceirizados, desde que observado o disposto no art. 44 da Resolução CMN nº 3.792/2009.
As operações de Day Trade4 poderão ser realizadas por intermédio de plataforma eletrônica em
Bolsa de Valores ou de Mercadoria e Futuros e, na ocorrência desta, o Administrador Estatutário
Tecnicamente Qualificado (AETQ) ou o Administrador do Fundo deverá elaborar relatório de
justificativa, devendo ainda realizar uma avaliação prévia dos riscos envolvidos nestas operações de
derivativos e Day Trade.
As operações de derivativos (Swap5, Futuro, Termo e Opções) devem ser garantidas por Bolsa de
Valores ou de Mercadoria.
Os investimentos deverão ser feitos exclusivamente em títulos e valores mobiliários detentores de
identificação com código ISIN (International Securities Identification Number)6. Nas negociações
dos títulos de renda fixa, tanto os gestores externos quanto o Agros deverão preferencialmente
utilizar plataformas eletrônicas administradas por sistemas autorizados a funcionar pelo Banco
Central do Brasil (Bacen) ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nas suas respectivas
áreas de competência, observados os critérios estabelecidos pela Resolução nº 21 do Conselho de
Gestão de Previdência Complementar (CGPC), de 25 de setembro de 2006. Todas as informações
requeridas por essa Resolução para o caso das negociações em mercado de balcão deverão ser
enviadas pelos gestores para o Agros.
De acordo com o art. 9º da Resolução CMN nº 3.792/2009, será observada a segregação das
funções de gestão, administração e custódia para os fundos de investimentos.
3. PLANOS GERIDOS PELO AGROS
O Agros possui três planos de benefícios previdenciários, um plano de gestão administrativa e um
plano de benefício assistencial. Os planos previdenciários são: Plano A (CLT), Plano B (RJU) e
Plano Agros CD-01; Plano de Gestão Administrativa (PGA) e Plano Assistencial registrado na ANS
(Anexo 1).
3.1. PLANO A
O Plano Previdenciário A, destinado aos participantes regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), é um plano instituído na modalidade de Benefício Definido (BD) e tem como
objetivo o pagamento de renda vitalícia aos seus participantes e beneficiários, também de
pagamento de benefícios únicos como pecúlio e auxílio. Em função dessas características e a fim de
se manter o necessário equilíbrio econômico-financeiro, a carteira de investimentos será
estabelecida com base em estudos de Asset Liability Management (ALM)7 e constituída de títulos,
em sua maioria indexados à inflação, tendo como objetivo retorno igual ou superior à meta atuarial.
Observando o aspecto liquidez do Plano A, seus títulos, tanto em carteira própria quanto nos fundos
exclusivos, serão mantidos precificados na curva ou a mercado, de acordo com critérios definidos
3 Instrumento financeiro que tem por finalidade a proteção de um ativo financeiro.
4 Operação ou conjugação de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em uma mesma
instituição intermediadora, em que a quantidade negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente. 5 Tipo de derivativo que visa a proteção da rentabilidade de um ativo, através da permuta de taxas e/ou tempo de um
ativo. 6 Número Internacional de Identificação de Valores Mobiliários.
7 Prática de gerir um negócio de modo que as decisões e ações tomadas em relação aos ativos e passivos sejam
coordenadas.
______________________________________________________________ 7 Política de Investimentos – 2017
na legislação. Os fundos de investimentos abertos seguirão os critérios de apreçamento dos
gestores.
A gestão da carteira também considera as necessidades de liquidez e a evolução do passivo a partir
dos fluxos de pagamento de benefícios do Plano. Neste sentido, o monitoramento do risco de taxa
de juros é fundamental para a adequação entre ativos e passivos, para um melhor controle do fluxo
de caixa do Plano.
A administração de recursos do Plano A será realizada por meio de fundos de investimentos
exclusivos, com gestão compartilhada ou não, Fundos de Investimentos de Rede (abertos ou
fechados), carteira própria composta por títulos e valores mobiliários públicos ou privados,
investimentos estruturados, investimentos no exterior, operações com participantes e imóveis. A
gestão do segmento de renda variável será feita internamente pelo Agros ou por meio de fundos de
investimentos.
O Plano A tem como Taxa Mínima Atuarial o INPC, calculado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), acrescido da taxa de juros de 5% a.a. (cinco por cento ao ano).
3.2. PLANO B
O Plano Previdenciário B é um plano instituído na modalidade de Benefício Definido (BD),
fechado para o ingresso de novos participantes. Atende aos participantes vinculados à
Patrocinadora-Instituidora Universidade Federal de Viçosa que tiveram seu regime de trabalho
alterado por força da Lei 8.112/1990, que criou o Regime Jurídico Único (RJU) dos funcionários
públicos federais.
Por ser um plano que não permite novo entrado e com obrigações de pagamentos de benefícios, a
gestão deverá considerar os níveis de liquidez necessários para cumprir com as obrigações já
contraídas, sendo que a marcação dos títulos e valores mobiliários será a de mercado ou na curva,
desde que ajustados os pagamentos pelo fluxo de caixa do Plano.
A composição da carteira de investimentos deste plano é estabelecida com base em estudos de
ALM. A administração de recursos do Plano B será realizada por meio de fundos de investimentos
exclusivos, com gestão compartilhada ou não, Fundos de Investimentos de Rede (abertos ou
fechados), carteira própria composta por títulos e valores mobiliários públicos ou privados,
investimentos estruturados, investimentos no exterior, operações com participantes e imóveis. A
gestão do segmento de renda variável será feita internamente pelo Agros ou por meio de fundos de
investimentos.
O Plano B tem como Taxa Mínima Atuarial o INPC, calculado pelo IBGE, acrescido da taxa de
juros de 5% a.a. (cinco por cento ao ano).
3.3. PLANO AGROS CD-01
O Plano Agros CD-01 é um plano de benefício previdenciário programado, estruturado na
modalidade de Contribuição Definida (CD), oferecendo investimentos aos seus participantes ativos
e com pagamento de benefícios por opção dos participantes no momento da concessão, na forma de
renda programada por prazo determinado ou indeterminado.
A renda mensal por prazo determinado pode ser na forma de renda certa (valor e prazo pré-
determinados) ou indeterminada (o participante mantém o risco da rentabilidade obtida pelo saldo
da sua reserva de benefícios concedidos e o pagamento se dá até o esgotamento do saldo).
A fim de melhor gerenciar os ativos do Agros, de acordo com as características do plano, os
recursos do Plano Agros CD-01 encontram-se de acordo com a condição dos participantes e
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alocados em ativos de investimentos de Baixo Risco de Crédito, sendo que a gestão terá como
objetivo a otimização dos recursos.
As aplicações dos recursos do Plano serão operacionalizadas por meio dos fundos de investimentos
exclusivos, gestão compartilhada ou não, e/ou por Fundos de Investimentos de Rede, administrados
por instituições especializadas na administração de recursos. Poderão também ser administrados em
carteira própria, e têm como índice de referência a taxa Selic8.
As carteiras poderão ser compostas por títulos e valores mobiliários (públicos ou privados), Fundos
de Investimentos e por Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGEs)9, respeitando-se os limites
de garantia do título, e pelas demais modalidades de investimentos previstas na Resolução CMN nº
3.792/2009.
Os investimentos de renda fixa previstos na Resolução mencionada poderão ser alocados em
Fundos de Investimentos de Rede, fundos exclusivos com gestão compartilhada ou não, e deverão
respeitar as regras de investimento que se encontram especificadas nesta Política e nos contratos
individuais de gestão.
Conforme regulamento, não haverá aplicações direcionadas ao segmento de renda variável,
investimentos estruturados, investimentos no exterior, imóveis e operações com participantes.
3.4. PLANO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA (PGA)
As aplicações dos recursos deste plano serão operacionalizadas por meio dos fundos de
investimentos exclusivos, com gestão compartilhada ou não, e/ou por Fundos de Investimentos de
Rede, administrados por instituições especializadas na administração de recursos. Poderão também
ser administrados em carteira própria, composta por títulos e valores mobiliários públicos ou
privados.
As carteiras poderão ser compostas por títulos e valores mobiliários (públicos ou privados), Fundos
de Investimentos, Fundos de Investimentos Multimercados, e por DPGEs, respeitando os limites de
garantia do título e pelas demais modalidades de investimentos previstas na Resolução CMN nº
3.792/2009.
O Plano PGA tem como Taxa Mínima Atuarial a taxa Selic.
4. SEGMENTO DAS APLICAÇÕES
4.1. RENDA FIXA
As aplicações no segmento de renda fixa poderão ser operacionalizadas diretamente pelo Agros, por
meio dos fundos de investimentos exclusivos e/ou por fundos de investimentos administrados por
instituições especializadas na administração de recursos.
A carteira de renda fixa do Agros, sob administração própria, poderá ser composta por títulos e
valores mobiliários (públicos ou privados), Fundos de Investimentos e por DPGEs, respeitando os
limites de garantia do título e as demais modalidades de investimentos previstas na Resolução CMN
nº 3.792/2009.
Os investimentos acima listados e todos os demais investimentos de renda fixa previstos na citada
Resolução poderão ser alocados em fundos exclusivos com gestão compartilhada ou não, e deverão
8 Taxa de juros que remuneram os títulos públicos no Brasil. Taxa básica da economia.
9 Depósitos a prazo com garantia especial do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Títulos de renda fixa representativos
de depósito a prazo, emitidos por bancos de investimento, múltiplos e comerciais.
______________________________________________________________ 9 Política de Investimentos – 2017
respeitar as regras de investimento que se encontram especificadas nesta Política e nos contratos
individuais de gestão.
A seleção e avaliação dos gestores externos será efetuada considerando-se acessibilidade, nível de
informações prestadas, eficiência, qualidade do departamento técnico e agilidade no contato e
retorno dos gestores. Caso a Gerência de Investimentos recomende a substituição de algum gestor,
esta deverá ser aprovada pelo Comitê de Investimentos.
Na seleção de gestores para administrar os Recursos Garantidores das Reservas Técnicas (RGRT)
do Agros, as instituições financeiras deverão atender ao disposto nas Resoluções CMN nº
3.792/2009 e 4.275/2013 e serão avaliadas a partir dos seguintes critérios:
Qualitativos: análise de relatórios e de fluxos de informações produzidos, do grau de transparência
da instituição, da capacidade técnica, dos instrumentos e ferramentas utilizados na gestão de
carteiras/fundos e dos sistemas de gestão de riscos.
Quantitativos: avaliação da performance dos seus respectivos fundos voltados para investidores
institucionais, volume administrado de no mínimo R$5 bilhões, Tracking Record10
de três anos e da
representatividade da carteira de clientes institucionais, destacando as entidades fechadas de
previdência complementar (EFPC).
Além disso, cada instituição financeira contratada para aplicar os recursos do Agros em Fundos de
Investimentos Exclusivos, com gestão compartilhada ou não, deverá comprovar a utilização de
sistema de controle de risco e procedimentos que proporcionem o enquadramento dos fundos de
investimento nos limites de risco estabelecidos nesta Política e deverão seguir os preceitos do
Manual de Governança Corporativa e do Código de Ética e Conduta do Instituto.
4.1.1. Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs)
Para integralização de cotas diretamente pelo Agros, seja em carteira própria, seja via fundo
exclusivo, alguns critérios de seleção dos gestores e dos Fundos de Investimento em Direitos
Creditórios deverão ser cuidadosamente analisados, entre eles:
- Possuir rating de crédito11
igual ou superior a “A”;
- Rentabilidade líquida mínima esperada de 107% do CDI12
;
- Regulamento do Fundo devidamente registrado na CVM;
- Segregação das funções Cobrança, Administrador, Gestor, Cedente, Custodiante e Auditor;
- Características das classes de cotas que dividem os FIDCs e suas respectivas séries;
- Política de administração de riscos, garantias e coobrigações;
- Prazo de carência, periodicidade das amortizações e prazo de duração do Fundo;
- Estrutura de cobrança e seu histórico de adimplência;
- Aspectos de governança do fundo, tais como Comissão de Investimentos Financeiros,
Assembleias, eventos do fundo, dentre outros;
- Limites de concentração dos créditos;
- Forma de divulgação das informações relacionadas aos Fundos;
- Valor total da emissão;
- Política de utilização de derivativos (hedge13
, swap).
10
Histórico de desempenho de rentabilidade. 11
Classificação de crédito feita por especialistas para avaliar a qualidade do crédito 12
Certificados de Depósito Interbancário. São títulos de emissão das instituições financeiras, que lastreiam as operações
do mercado interbancário.
______________________________________________________________ 10 Política de Investimentos – 2017
Eventualmente, poderá ocorrer que um FIDC faça parte da carteira de um fundo de investimento de
rede no qual o Agros tenha interesse em integralizar cotas. Nesse caso, os seguintes critérios
deverão ser observados:
- Rating superior ou igual a AA- (duplo A menos);
- Participação individual das cotas de um FIDC no patrimônio líquido (PL) do fundo aberto inferior
ou igual a 5%;
- Participação da soma das cotas de todos os FIDCs no PL do fundo aberto inferior ou igual a 10%.
4.1.2. Meta de Rentabilidade
Será adotada como meta de rentabilidade para o segmento de renda fixa o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, acrescido da taxa de juros de 5% a.a. (cinco por
cento ao ano). Esta meta foi definida a partir da posição dos ativos existentes, considerando taxas de
investimentos/reinvestimentos de acordo com o Anexo II constante neste documento.
4.1.3. Empréstimos de Títulos
O Agros poderá efetuar empréstimos de títulos e valores mobiliários de sua carteira, desde que tais
títulos obedeçam ao disposto no art. 24 da Resolução CMN nº 3.792/2009.
4.1.4. Restrições
A entidade não poderá aplicar seus recursos em:
- Ativos sem classificação de risco de crédito no Brasil e no exterior;
- Fundos de investimentos em direitos creditórios com classificação de médio e alto risco;
- Títulos de emissão de estados e municípios que não sejam objeto de refinanciamento pelo Tesouro
Nacional.
4.2. RENDA VARIÁVEL
As aplicações no segmento de renda variável poderão ser operacionalizadas diretamente pelo
Instituto ou por meio dos fundos de investimentos, exclusivos ou não, com gestão compartilhada ou
não, sempre com gestão ativa visando superar o IBrX-5014
.
Este tipo de investimento busca maximizar a rentabilidade da carteira no longo prazo, por meio de
uma postura ativa, independente de uma possível volatilidade na correlação com o Ibovespa.
Ficará a critério do Comitê de Investimentos, por indicação da Gerência de Investimentos, a
alocação em fundos de ações que busquem no longo prazo retornos superiores ao IBrX-50.
Serão realizadas reuniões periódicas do Comitê de Investimentos, nas quais, além da avaliação do
desempenho obtido nos fundos de investimentos em ações, serão também avaliados o cenário
macroeconômico e a estratégia adotada para a administração da carteira própria.
4.2.1. Meta de Rentabilidade
Será adotada como meta de rentabilidade do segmento o IBrX-50, sendo que o objetivo dos gestores
será superá-lo, com gestão ativa. Dada a característica de Renda Variável, apesar da elaboração de
um relatório anual de acompanhamento, os resultados deverão ser verificados em intervalo mínimo
de três meses.
13
Operação utilizada para proteger o valor de um ativo contra possível redução de seu valor numa data futura ou
assegurar o preço de uma dívida a ser paga no futuro. 14
Índice que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por cinquenta ações selecionadas entre as mais
negociadas na BM&FBOVESPA em termos de liquidez, ponderadas na carteira pelo valor de mercado das ações
disponíveis à negociação.
______________________________________________________________ 11 Política de Investimentos – 2017
4.2.2. Empréstimos de Ações
O Agros poderá efetuar empréstimos de ações em fundos ou em carteira própria, porém, será
vedada qualquer operação de tomada de empréstimos de ações.
4.3. INVESTIMENTOS ESTRUTURADOS
Os investimentos em Fundo Private Equity15
, Empresas Emergentes, Fundos de Investimentos
Imobiliários e outros investimentos alternativos deverão ser objeto de estudo técnico pela Gerência
de Investimentos para posterior avaliação pelo Comitê de Investimentos, com registro em ata.
Os investimentos em cotas de fundos de investimentos multimercado alocados neste segmento
deverão ser previamente analisados pela Gerência de Investimentos, levados ao Comitê de
Investimentos para aprovação e posterior apreciação do Conselho Deliberativo. A movimentação de
cotas ficará a critério da Gerência de Investimentos.
4.3.1. Meta de Rentabilidade
Para os fundos de participação/emergentes existentes na carteira destes investimentos, a meta será o
IPCA, calculado pelo IBGE, acrescido da taxa de juros de 8% a.a. (oito por cento ao ano), em
função de estes fundos ainda estarem em processo de maturação.
4.4. INVESTIMENTOS NO EXTERIOR
Estes investimentos deverão ser objeto de estudo técnico pela Gerência de Investimentos para
posterior avaliação pelo Comitê de Investimentos, com registro em ata.
4.4.1. Meta de Rentabilidade
A meta de rentabilidade será o Morgan Stanley Credit Investiment16
(MSCI World).
4.5. IMÓVEIS
Os investimentos em imóveis serão objeto de estudos técnicos, com registro em ata, e, caso
recomendado, serão levados para aprovação do Conselho Deliberativo. Em todo investimento
imobiliário deverão ser considerados:
- Contratação de empresa de avaliação (compra ou venda) mediante carta-convite;
- Estudo de viabilidade do projeto;
- Criação de um comitê de acompanhamento dos processos.
4.5.1. APREÇAMENTO DOS ATIVOS
O Agros optou por reavaliar anualmente seus imóveis, de forma a promover uma apuração mais
realista do valor desses investimentos e de sua rentabilidade.
4.5.2. Meta de Rentabilidade
A meta de rentabilidade será o INPC, calculado pelo IBGE, acrescido da taxa de juros de 5% a.a.
(cinco por cento ao ano).
4.6. OPERAÇÕES COM PARTICIPANTES
As regras de investimento neste segmento deverão ser estabelecidas pela Gerência de Investimentos
e aprovadas pelo Comitê de Investimentos.
Serão elaboradas e atualizadas as “Normas para Habilitação, Concessão e Administração de
Empréstimos”, submetidas à aprovação do Conselho Deliberativo. Conforme estabelece a
15
Investimento em empresas emergentes de maior porte com grande potencial que podem ou não estar listadas na bolsa. 16
Índice que mede o desempenho médio do mercado acionário de países desenvolvidos da América do Norte, da
Europa e da Ásia.
______________________________________________________________ 12 Política de Investimentos – 2017
legislação, a taxa pactuada deverá ser superior à meta atuarial para os planos, acrescida dos custos
envolvidos na administração das operações.
4.6.1. Apreçamento dos Ativos
Será utilizada como metodologia de apreçamento a cesta de indexadores composta de taxas de juros
já pactuadas, que compõem os diversos contratos decorrentes desta carteira.
4.6.2. Meta de rentabilidade
A meta de rentabilidade será o INPC, calculado pelo IBGE, acrescido da taxa de juros de 5% a.a.
(cinco por cento ao ano).
5. LIMITES DE ALOCAÇÃO, RENTABILIDADE E METAS
Para definir a alocação alvo dos segmentos de aplicação financeira, o Agros verifica a probabilidade
de descasamento atuarial a partir da projeção do fluxo de caixa do ativo e do passivo ao longo do
tempo. Adicionalmente, o trabalho permite analisar o fluxo de caixa do ativo e do fluxo de
pagamento de benefício (passivo), com o objetivo de determinar a liquidez dos ativos do plano, o
que é fundamental para estabelecer a alocação alvo da carteira de investimentos.
Nos benefícios a conceder, em fase de acumulação de recursos, a rentabilidade e o montante
depositados impactam o benefício futuro. Assim, a gestão terá como objetivo maximizar a relação
retorno/risco dos investimentos considerando a alocação definida com modelos de otimização dos
recursos.
As carteiras dos planos poderão alcançar os limites máximos definidos na tabela a seguir, cabendo
ao Comitê de Investimentos do Instituto, utilizando os resultados gerenciais produzidos, a definição
dos percentuais a serem alocados em cada segmento e em cada modalidade.
______________________________________________________________ 13 Política de Investimentos – 2017
Modalidades de Investimento/ Recursos de cada Plano
Res. CMN
3.792/2009,
Máximo Permitido
por Plano (%)
3.846/2010,
4.275/2013 e
4.449/2015
(%) A B
CD-
01 PGA
Segmento de Renda Fixa 100 100 100 100 100
Títulos da dívida mobiliária federal 100 100 100 100 100
Ativos de renda fixa, exceto títulos da dívida mobiliária
federal 80 80 80 80 80
Céd. Crédito Bancário (CCB), Certif. Céd. Créd.
Bancário (CCCB) e Notas promissórias (NP) 20 20 20 20 20
Notas de crédito à exportação (NCE) e Cédulas de crédito
à exportação (CCE) 20 20 20 20 20
Cotas de Fundos de Invest. em Direitos Creditórios
(FIDC) e de fundo de cotas de FIDCs 20 20 20 20 20
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) 20 20 20 20 20
Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 20 20 20 20 20
Títulos do agronegócio (CPR; CDCA; CRA e Warrant
Agropecuário) 20 20 20 20 20
Demais títulos e valores mobiliários de cias abertas,
exceto securitizadoras 20 20 20 20 20
Debêntures de infraestrutura emitidas na forma disposta
no art. 2º da Lei nº 12.431 de 24 de junho de 2011 20 20 20 20 20
Cotas de fundos de investimentos de Renda Fixa que
apresentem prazo médio de repactuação superior a 180
dias 20 20 20 20 20
Segmento de Renda Variável 70 50 50 - -
Ações de companhias abertas no segmento Novo
Mercado da BM&FBovespa 70 50 50 - -
Ações de companhias abertas no segmento Nível 2 da
BM&FBovespa 60 50 50 - -
Ações de companhias abertas no segmento Bovespa Mais
da BM&FBovespa 50 50 50 - -
Ações de companhias abertas no segmento Nível 1 da
BM&FBovespa 45 45 45 - -
Ações sem classificação de governança corporativa +
cotas de fundos de índices de ações 35 35 35 - -
Títulos e valores mobiliários de emissão de Sociedades
de Propósito Específico (SPEs), excetuando-se as
debêntures de infraestrutura 20 20 20 - -
Debêntures com part. nos lucros + Cert. Potencial Adic.
Const. + Crédito de Carbono + Ouro 3 3 3 - -
Segmento de Investimento Estruturados 20 20 20 - -
Fundos de Participações (FIP) 20 20 20 -
-
Fundos Imobiliários 10 10 10 -
-
Fundos multimercado (regulamentos observam
exclusivamente a legislação da CVM) 10 10 10
- -
Segmento de Investimento no Exterior 10 10 10 - -
Segmento de Imóveis 8 8 8 - -
______________________________________________________________ 14 Política de Investimentos – 2017
Segmento de Operações com Participantes 15 15 15 - -
Empréstimos 15 15 15 - -
Financiamentos Imobiliários 15 0 0 - -
A definição das alocações de recursos nas faixas a seguir definidas é feita com base nas
expectativas de valorização de cada segmento de ativos, além dos riscos de cada um, considerando
o cenário macroeconômico e o atendimento da meta atuarial ou do índice de referência, como
também na carteira de ativos efetivamente disponível e nas restrições legais.
Não serão considerados como infringência aos limites determinados nesta Política os
desenquadramentos decorrentes das seguintes situações: valorização ou desvalorização de ativos,
recebimento de ações em bonificação, conversão de bônus ou recibos, exercício de direito de
preferência, reestruturação societária, recebimento de ativos em operações de empréstimos,
reavaliação de imóveis ou modalidades operacionais relativas aos demais segmentos e carteiras
referidos nesta Política.
Limites de Alocação - Por Emissor/Recurso de cada Plano
Emissor A (%) B (%) CD-01 (%) PGA (%)
Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín.
Tesouro Nacional 100 0 100 0 100 0 100 0
Tesouro Estadual ou Municipal 10 0 10 0 10 0 10 0
Instituição Financeira 20 0 20 0 20 0 20 0
Companhia Aberta com Registro na
CVM 10 0 10 0 10 0 10 0
Organismo Multilateral 10 0 10 0 0 0 0 0
Companhia Securitizadora 10 0 10 0 0 0 0 0
Fundo de Índice Ref. em Cesta de Ações
de Cia Aberta 10 0 10 0 0 0 0 0
Sociedade de Propósito Específico (SPE) 10 0 10 0 0 0 0 0
FIDC/FIC-FIDC 10 0 10 0 10 0 10 0
FI/FIQFI Classificados no Seg. de Invest.
Estruturados 10 0 10 0 10 0 10 0
Patrocinador do Plano de Benefícios 0 0 0 0 0 0 0 0
______________________________________________________________ 15 Política de Investimentos – 2017
Limites de Concentração – por Emissor
Emissor A (%) B (%) CD-01 (%) PGA (%)
Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín.
Capital Votante de uma mesma Cia.
Aberta 25 0 25 0 25 0 25 0
Capital Total de uma mesma Cia. Aberta
ou SPE 25 0 25 0 25 0 25 0
Instituição Financeira (PL da Instituição) 25 0 25 0 25 0 25 0
Fundo de Índice Referenciado em Cesta
de Ações de Cia. Aberta 25 0 25 0 0 0 0 0
Fundo de Invest. Classificado nos
Segmentos de Investimentos Estruturados 25 0 25 0 25 0 25 0
Fundo de Investimento ou Fundo de
Investimento classificado como dívida
externa no segmento investimentos no
Exterior
25 0 25 0 0 0 0 0
Fundo de Índice no Exterior Negociados
em Bolsas de Valores no Brasil 25 0 25 0 0 0 0 0
Patrimônio Separado de Certificados de
Recebíveis em Regimento Fiduciário. 25 0 25 0 25 0 25 0
Nota: Estes limites estão segregados por planos, no entanto a soma (consolidado) de todas estas participações
percentuais não poderá ultrapassar 25% dos patrimônios dos emissores.
Limites de Concentração - por Investimento
Investimento A (%) B (%) CD-01 (%) PGA (%)
Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín.
Uma mesma série de TVM17
25 0 25 0 25 0 25 0
Uma mesma classe ou série de cotas de
FIDC 25 0 25 0 25 0 25 0
Um mesmo empreendimento
imobiliário 25 0 25 0 - - - -
Estratégia Alocação Alvo por Plano (%)
Segmentos e ativos A B CD-01 PGA
Renda Fixa 53 53 100 100
Renda Variável 10 10 - -
Investimentos Estruturados 10 10 - -
Investimentos no Exterior 6 6 - -
Imóveis 8 8 - -
Operações com Participantes 13 13 - -
17
Time Value of Money = Valor do dinheiro no tempo.
______________________________________________________________ 16 Política de Investimentos – 2017
Benchmarks por Plano
Segmento A B CD-01 PGA
Renda Fixa IPCA + 5,5%
a.a. IPCA + 5,5% a.a.
Taxa Selic Taxa Selic
Renda Variável IBrX-50 IBrX-50 - -
Investimentos
Estruturados IPCA + 8% a.a. IPCA + 8% a.a. - -
Investimentos no Exterior MSCI World MSCI World - -
Imóveis INPC + 5% a.a. INPC + 5% a.a. - -
Empréstimos Participantes INPC + 5% a.a. INPC + 5% a.a. - -
As rentabilidades para os planos estão demonstradas nos quadros que seguem:
Rentabilidades
2015 (%) 1º SEM 2016 (%) Projeção 2017 (%)
Segmentos A B CD-
01 PGA A B
CD-
01 PGA A B
CD-
01 PGA
RGRT 5,62 7,35 13,26 13,57 8,26 9,92 6,98 9,29 10,77 10,77 10,75 10,75
Renda Fixa 14,07 13,85 13,26 13,57 8,79 9,01 6,98 9,29 11,30 11,30 10,75 10,75
Renda
Variável - 17,13 - 18,89 - - 15,77 17,54 - - 10,77 10,77
- -
Investimentos
Estruturados - 12,31 -14,37 - - 26,78 28,86 - - 13,94 13,94
- -
Investimentos
no Exterior 49,43 49,75 - -
-
20,42
-
20,46 - - 10,77 10,77
- -
Imóveis 3,09 3,15 - - 1,62 1,68 - - 10,77 10,77 - -
Operação c/
Participantes 17,89 22,30 - - 11,00 10,98 - - 11,30 11,30
- -
6. METODOLOGIA E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RISCOS
De acordo com o § 3º do artigo 16 da Resolução CMN nº 3.792/2009, a política de investimento
deve conter, para cada um dos planos de benefícios, a metodologia e os critérios para avaliação dos
riscos de contraparte, de mercado, de liquidez, operacional, legal e sistêmico.
______________________________________________________________ 17 Política de Investimentos – 2017
6.1. Risco de Contraparte
Risco de perdas originadas do não recebimento de juros, correção e/ou, principal das aplicações
financeiras realizadas em ativos emitidos por terceiros, nas datas pactuadas. Probabilidade de os
títulos adquiridos não serem honrados na data de seus vencimentos.
Os critérios para avaliação e monitoramento desses riscos devem levar em considerarão:
- A aprovação, pelo Comitê de Investimentos, de limites operacionais de instituições financeiras
com base em classificações objetivas e relatórios de classificação de riscos emitidos por agências
especializadas para os títulos e valores mobiliários de renda fixa;
- Acompanhamento de relatórios de avaliação risco x retorno para os investimentos estruturados;
- A existência de limites regulamentares de concentração e consignação em folha de pagamentos
para as operações com participantes;
- Acompanhamento periódico da qualidade do trabalho de gerenciamento de risco praticado por
gestores externos dos fundos, bem como da evolução das contrapartes em reuniões do Comitê de
Investimentos.
Em todos os segmentos de investimentos serão observados os limites de concentração definidos
nesta Política, que podem, inclusive, tornarem-se mais restritivos que os estabelecidos pela própria
regulamentação.
6.2. Riscos de Mercado
Risco de perdas financeiras ocasionadas pelas oscilações decorrentes de movimentos de mercado e
que impactam o retorno dos investimentos, prejudicando a rentabilidade esperada e o consequente
valor do benefício a ser recebido.
O risco de mercado monitorado para os investimentos é feito utilizando-se o Value at Risk18
(VaR),
que estima, com base em dados históricos de volatilidade dos ativos, a perda máxima da carteira
para um certo horizonte de tempo, por meio de um modelo não paramétrico e com um intervalo de
confiança previamente definido. Neste item ainda é expresso o stress test dos investimentos,
baseado no cenário divulgado pela BM&FBovespa, e o valor dos investimentos de acordo com a
precificação do valor de mercado apurado para a carteira.
Os critérios para avaliação e monitoramento desses riscos levarão em consideração:
- O cálculo do VaR para os ativos “fora da curva” nos títulos e valores mobiliários de renda fixa,
com monitoramento dos critérios adotados pelos gestores dos fundos para essas modalidades de
investimentos;
- Os critérios de monitoramento baseados na avaliação do relatório de análise de performance e
controle de risco;
- As análises de relatórios setoriais e cenários traçados.
- Os limites de risco consolidado de cada plano devem respeitar as seguintes condições:
VaR - paramétrico, 95% de confiança, 21 dias
VaR aceitável - CD-01: 1,00%, CLT: 3,50% e RJU: 3,00
Além dos critérios de análise de crédito usuais de cada gestor, será considerada a classificação de
risco de crédito estabelecida pelas agências classificadoras atuantes no Brasil. Essa classificação
será aplicada à carteira própria e de Fundos de Investimentos exclusivos, com gestão compartilhada
ou não, e gestores externos.
18
Instrumento financeiro e estatístico que mede o valor máximo sujeito a risco.
______________________________________________________________ 18 Política de Investimentos – 2017
O Agros poderá utilizar também, para crédito bancário, por meio de contrato de prestação de
serviços, os relatórios emitidos pela metodologia do “RiskBank”, elaborados pela Lopes Filho &
Associados. Esses materiais auxiliarão na elaboração de limites de crédito das instituições
financeiras, sendo a definição dos prazos máximos de aplicação de responsabilidade do Comitê de
Investimentos.
O Agros estipulou linhas de corte para a concessão de crédito bancário baseadas em indicadores
financeiros, segundo a metodologia RiskBank. Dessa forma, só será permitida a aplicação direta em
bancos com os seguintes indicadores mínimos:
- Patrimônio Líquido ≥ R$ 900 MM
- Liquidez Corrente ≥ de 0,90
- Qualidade da Carteira ≥ 7,50
- Basileia ≥ 12,00%
- Índice RiskBank ≥ 9,00
- Rating de Crédito ≥ BBB
______________________________________________________________ 19 Política de Investimentos – 2017
Estes indicadores serão válidos para aplicações via fundos exclusivos, não se aplicando a fundos
abertos (fundo de rede) e a DPGEs. O Comitê de Investimentos poderá, conservadoramente, a
qualquer momento, de acordo com as necessidades de mercado, estabelecer novos critérios ou
limites.
Os bancos multinacionais que se enquadrarem na Tabela de Conversão de Ratings e Limites de
Títulos Privados e que apresentem forte suporte das matrizes internacionais seguirão os mesmos
indicadores acima estabelecidos.
No caso de ativos respaldados por garantias especiais como o DPGE, poderão ser considerados
critérios ou índices diferentes dos apresentados acima.
Estes indicadores serão válidos para aplicações via fundos exclusivos ou carteira própria, não se
aplicando a fundos abertos (fundo de rede). O Comitê de Investimentos poderá, conservadoramente,
a qualquer momento, de acordo com as necessidades de mercado, estabelecer novos critérios ou
limites.
6.3. RISCO DE LIQUIDEZ
Risco de perdas financeiras originadas pela indisponibilidade de recursos do plano para cobertura
das necessidades de saída de recursos, obrigando a venda antecipada dos títulos a mercado, a preços
inferiores aos que poderiam ser obtidos no vencimento.
Para os critérios de avaliação e monitoramento desses riscos serão considerados:
- Acompanhamento diário das carteiras de investimentos no fundo exclusivo, por meio de relatórios
da Custódia;
- Investimento de parte dos recursos em fundos com liquidez diária para atender às necessidades
ordinárias;
- Em caso de necessidades de recursos extraordinários, o Agros adotará um planejamento para
atendimento de tal demanda.
6.4. RISCO OPERACIONAL
Risco relacionado à possibilidade de ocorrência de perdas ocasionadas por falhas de sistemas,
equipamentos e/ou, falha humana.
Para os critérios de avaliação e monitoramento desses riscos serão considerados:
- Capacitar pessoas envolvidas nos processos de investimentos;
- Formalizar e segregar funções e processos da área de investimentos;
- Manter adequada parametrização e funcionamento dos processos informatizados;
- Manter em constante monitoramento os controles existentes, fazendo com que haja a manutenção
do ambiente de controle interno compatível com a complexidade, o volume e as responsabilidades
das operações.
6.5. RISCO LEGAL
Possibilidade de perda ocasionada por interpretação indevida da legislação, gerando problemas
tributários, bem como possibilidade de perda decorrente de ações ajuizadas pela entidade ou contra
ela, gerando contencioso e possibilidade de perda relacionada à inadequação formal do contrato, a
interpretação de suas cláusulas e sua conformidade com a legislação pertinente.
Para os critérios de avaliação e monitoramento desses riscos serão considerados:
- Participação de pessoas com conhecimentos técnicos especializados no assunto na formulação e
atualização das normas de contratos;
______________________________________________________________ 20 Política de Investimentos – 2017
- Determinação da participação de advogados na revisão dos contratos e/ou, procurações e
validação dos poderes de quem assina os documentos legais.
- Estabelecimento de controles e monitoramentos que minimizem a possibilidade de a instituição
ser chamada a responder por obrigações trabalhistas e tributárias, concernentes, por exemplo, às
condições de trabalho de terceirizados, responsabilidade pelos tributos, etc.
6.6. RISCO SISTÊMICO
Possibilidade desconhecida de perda pelos participantes do mercado, ou contra a qual estes não se
protegeram. É a possibilidade de ocorrência de um evento sistêmico que faça a economia mover-se
em direção a um desequilíbrio.
Para se proteger, o Agros, além do cálculo do VaR, deverá realizar cálculo de stress, ou seja, de
cenários externos para determinar o quanto a carteira poderia perder numa situação de ruptura dos
padrões normais de mercado.
7. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
7.1. ADMINISTRADOR ESTATUTÁRIO TECNICAMENTE QUALIFICADO (AETQ)
Em atendimento às Leis Complementares nºs 108 e 109, ambas de 2001, e às Resoluções CMN nº
3.792/2009 e 4.275/2013, o Agros tem como responsável pela gestão dos recursos dos planos por
ele administrados o Diretor Administrativo-Financeiro. O AETQ responde pela estrita obediência às
normas legais, sob pena de responsabilidade civil e criminal, independentemente da
responsabilidade solidária dos demais administradores.
São atribuições do Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado:
- Cumprir e fazer cumprir os princípios, limites e disposições desta Política de Investimentos;
- Acompanhar o desempenho dos RGRT dos planos e prestar informações relativas à aplicação
destes;
- Gerir, alocar, supervisionar e controlar os riscos das aplicações dos RGRT dos planos de
benefícios;
- Acompanhar os riscos, inerentes ao mercado financeiro, das aplicações dos recursos;
- Zelar pela promoção de elevados padrões éticos na condução das operações relativas às aplicações
dos recursos;
- Responder administrativa, civil e criminalmente pela gestão, alocação, supervisão e
acompanhamento dos investimentos do Instituto, bem como pela prestação de informações
relativas às aplicações desses recursos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos
administradores de recursos, custodiantes, conselheiros e diretores do Agros;
- Propor alterações na Política de Investimentos sempre que ela ferir disposições legais vigentes ou
impossibilitar a obtenção dos desejados padrões técnicos e éticos.
O Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado poderá:
- Opor-se à Política de Investimentos, ou revisões desta, apresentando, em até trinta dias corridos a
partir da sua aprovação, parecer sobre os pontos a que se opõe;
- Propor alteração da Política de Investimentos, que deverá ser avaliada pelo Conselho Deliberativo
do Agros em um prazo não superior a trinta dias;
- Desligar-se de suas funções, com aviso prévio de trinta dias, quando: (a) a presente Política de
Investimentos o impossibilitar de executar suas atribuições; e (b) não se chegar a um consenso
sobre os pontos da Política de Investimentos que ele julgar impeditivos à execução de suas
atribuições;
- Na eventualidade de seu desligamento, fica o AETQ destituído e livre de quaisquer ônus que
provenham da gestão de recursos da entidade, devendo neste caso o Conselho Deliberativo
designar seu substituto.
______________________________________________________________ 21 Política de Investimentos – 2017
7.2. ADMINISTRADOR RESPONSÁVEL PELOS PLANOS DE BENEFÍCIOS (ARPB)
O Administrador Responsável pelos Planos de Benefícios divide com os patrocinadores e com os
membros estatutários a responsabilidade pela adoção e aplicação das hipóteses biométricas,
demográficas, econômicas e financeiras.
O Diretor de Seguridade é o ARPB do Agros, em atendimento ao que consta na Resolução CGPC
nº 18, de 28 de março de 2006, no item 3 de seu Anexo.
7.3. COMITÊ DE INVESTIMENTOS
O Comitê de Investimentos é composto pelos seguintes membros: Diretor Administrativo-
Financeiro, Gerente de Investimentos, Gerente Administrativo, até três funcionários da Gerência de
Investimentos indicados pela Diretoria Executiva e AETQ. Ao Comitê compete:
- Elaborar, analisar e pré-aprovar a Política de Investimentos de cada exercício, a ser submetida ao
Conselho Deliberativo;
- Analisar criticamente e avaliar os resultados das estratégias de investimentos adotadas e
implementadas para assegurar conformidade às diretrizes de investimentos e para determinar o seu
grau de sucesso;
- Deliberar e aprovar estratégias de investimentos para cada carteira existente;
- Deliberar alternativas de investimentos de acordo com as estratégias aprovadas;
- Determinar a alocação dos ativos entre gestores externos e internos;
- Avaliar e aprovar os gestores externos de renda fixa e de renda variável;
- Acompanhar os níveis de exposição a riscos das Carteiras do Agros;
- Acompanhar as posições das Carteiras do Agros face aos limites estabelecidos pela legislação e
regulamentação externa e interna;
- Avaliar e aprovar os limites de aplicações em instituições financeiras.
______________________________________________________________ 22 Política de Investimentos – 2017
8. ANEXOS
ANEXO 1 – PLANO ASSISTENCIAL
1. INTRODUÇÃO
Conforme determina o art. 2º da Resolução CMN nº 3.792/2009, a administração de recursos do
Programa Assistencial deverá ser mantida e controlada de forma segregada dos demais recursos
administrados pela entidade.
A administração dos recursos do Programa será conduzida para priorizar a liquidez e a rentabilidade
conforme o fluxo de entradas e saídas e deverá ser realizada em observância ao art. 28 da Resolução
Normativa nº 159, de 3 de julho de 2007, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Os ativos garantidores das provisões técnicas e do excedente da dependência operacional do Agros
deverão ser aplicados de acordo com as diretrizes estabelecidas na citada Resolução e na Resolução
Normativa nº 191, de 8 de maio de 2009, da ANS, alterada pelas Resoluções nº 206/2009 e
274/2011, de modo que lhes sejam conferidos segurança, rentabilidade e liquidez.
2. ALOCAÇÕES E LIMITES
Para definir a alocação alvo dos segmentos de aplicação financeira, o Agros procura verificar a
projeção do fluxo de caixa ao longo do tempo. Adicionalmente, o trabalho permite analisar o fluxo
de caixa do ativo e o fluxo de pagamento, com o objetivo de determinar a liquidez dos ativos do
plano, o que é fundamental para estabelecer a alocação alvo.
Os investimentos poderão alcançar até os limites máximos definidos na tabela abaixo, cabendo ao
Comitê de Investimentos, utilizando os resultados gerenciais produzidos, a definição dos
percentuais a serem alocados em cada segmento e modalidade.
Conforme determinação do art.2º, item XII, das Resoluções Normativas ANS nº 159/2007 e
227/2010, os recursos da operadora de pequeno porte devem ser aplicados no segmento de renda
fixa, isolada ou cumulativamente, obedecendo aos seguintes limites:
Modalidades de Investimentos/Recursos do Plano Resolução
Normativa ANS
159/2007 e
227/2010 (%)
Agros – Máximo
Permitido (%)
Segmento de Renda 100 100
Títulos da dívida mobiliária federal (Tesouro Nacional e
Bacen) 100 100
Créditos securitizados pelo Tesouro Nacional 100 100
Cotas de fundo de investimento financeiro cuja carteira
esteja representada exclusivamente por títulos públicos
federais
100 100
Recibo de depósito cooperativado, desde que possível a
custódia individual das cotas para cada operadora e desde
que aplicado exclusivamente em títulos públicos federais
100 -
Certificados e recibos de depósito bancário 80 80
Cotas de fundos de investimento financeiro e de fundo de
cotas de fundos de investimento financeiro (ambos abertos) 80 80
Depósito de poupança 80 -
Recibo de depósito cooperativado, desde que possível a
custódia individual das cotas para cada operadora, desde
que aplicado exclusivamente nos três títulos acima
referidos
80 -
______________________________________________________________ 23 Política de Investimentos – 2017
Não haverá aplicações direcionadas ao segmento de renda variável, investimentos estruturados,
investimentos no exterior, imóveis e operações com participantes.
A definição da alocação de recursos nas faixas acima definidas é feita com base nas expectativas de
valorização dos ativos, baseadas no cenário macroeconômico de curto, médio e longo prazos e
ainda levando-se em consideração a carteira de ativos efetivamente disponível e as restrições legais.
O seu cumprimento poderá ocorrer ao longo dos próximos semestres em função de liquidez do
plano, oportunidades de mercado e vencimento dos papéis, não sendo objetivo o seu cumprimento
para o curto prazo, servindo para o acompanhamento no médio e longo prazos.
Não serão considerados como infringência aos limites determinados nesta Política os
desenquadramentos decorrentes de valorização ou desvalorização de ativos, de exercício de direito
de preferência, de reestruturação societária ou de modalidades operacionais, com relação ao total
dos RGRT.
3. DIRETRIZES GERAIS
O Agros centraliza os serviços de custódia qualificada, controladoria e administração fiduciária dos
seus investimentos no Itaú Unibanco S/A.
Desta forma, o apreçamento de alguns ativos da entidade é realizado pelo banco, de acordo com o
Manual de Precificação de Ativos - Marcação a Mercado, baseado no Código de Autorregulação
para Fundos de Investimentos e nas Diretrizes de Marcação a Mercado da Anbima.
Para os fundos de investimentos (exclusivos ou não), o apreçamento das cotas é definido pelo
regulamento de cada fundo.
O Agros poderá fazer operações com derivativos na carteira própria, ou por meio dos gestores
terceirizados, desde que observado o disposto no art. 44 da Resolução nº CMN 3.792/2009.
Nas negociações dos títulos de renda fixa, tanto os gestores externos quanto o Agros devem
preferencialmente utilizar plataformas eletrônicas administradas por sistemas autorizados a
funcionar pelo Bacen ou pela CVM nas suas respectivas áreas de competência, observados os
critérios estabelecidos pela Resolução CGPC nº 21, de 25 de setembro de 2006.
De acordo com o art. 9º da Resolução CMN nº 3.792/2009, deverá ser observada a segregação das
funções de gestão, administração e custódia para os fundos de investimentos do Agros.
4. RENDA FIXA
As aplicações no segmento de renda fixa poderão ser operacionalizadas diretamente pelo Agros, por
meio dos fundos de investimentos exclusivos e/ou, por fundos de investimentos administrados por
instituições especializadas na administração de recursos.
A carteira de renda fixa do Agros, sob administração própria, poderá ser composta por títulos e
valores mobiliários (públicos ou privados), Fundos de Investimentos e por DPGEs, respeitando os
limites de garantia do título e as demais modalidades de investimentos previstas nas Resoluções
CMN nº 3.792/2009 e 4.275/2013.
Os investimentos acima listados e todos os demais investimentos de renda fixa previstos nas citadas
resoluções poderão ser alocados em fundos exclusivos, com gestão compartilhada ou não, e deverão
respeitar as regras de investimento que se encontram especificadas nesta Política e nos contratos
individuais de gestão.
______________________________________________________________ 24 Política de Investimentos – 2017
Observando o aspecto liquidez, os títulos, tanto em carteira própria quanto nos fundos exclusivos,
serão mantidos precificados na curva ou a mercado, de acordo com critérios definidos na legislação.
Os fundos de investimentos abertos seguirão os critérios de apreçamento dos gestores.
A avaliação dos gestores externos será efetuada no que diz respeito à acessibilidade, ao nível de
informações prestadas, à eficiência, à qualidade do departamento técnico e à agilidade no contato e
no retorno dos gestores. Caso a Gerência de Investimentos recomende a substituição de algum
gestor, esta deverá ser aprovada pelo Comitê de Investimentos.
Na seleção de gestores dos RGRT do Agros, as instituições financeiras deverão atender ao disposto
no art. 15 da Resolução CMN nº 3.792/2009 e serão avaliadas a partir dos seguintes critérios:
Qualitativos: análise de relatórios e de fluxos de informações produzidos, do grau de transparência
do Instituto, da capacidade técnica, dos instrumentos e ferramentas utilizados na gestão de
carteiras/fundos e dos sistemas de gestão de riscos.
Quantitativos: avaliação da performance dos seus respectivos fundos voltados para investidores
institucionais, volume administrado de no mínimo R$ 5 bilhões, Tracking Record de 3 anos e da
representatividade da carteira de clientes institucionais, destacando as EFPCs.
Além disso, cada instituição financeira contratada para aplicar os recursos do Agros em Fundos de
Investimentos Exclusivos, com gestão compartilhada ou não, deverá comprovar a utilização de
sistema de controle de risco e procedimentos que proporcionem o enquadramento dos fundos de
investimento nos limites de risco estabelecidos nesta Política e deverão seguir os preceitos do
Manual de Governança Corporativa e do Código de Ética e Conduta do Instituto.
4.1. META DE RENTABILIDADE
Será adotada como meta de rentabilidade para este Plano a taxa Selic.
4.2. RESTRIÇÕES
A entidade não poderá aplicar seus recursos em:
- Ativos sem classificação de risco de crédito no Brasil e no exterior;
- Fundos de investimentos em direitos creditórios com classificação de médio e alto risco;
- Títulos de emissão de estados e municípios que não sejam objeto de refinanciamento pelo Tesouro
Nacional.
5. METODOLOGIA E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RISCOS
O controle de riscos do Plano Assistencial será idêntico aos praticados nos Planos Previdenciários e
que forem consistentes para a sua aplicação.
______________________________________________________________ 25 Política de Investimentos – 2017
ANEXO 2 - CENÁRIOS MACROECONÔMICOS
O Agros elaborou estes cenários com base em projeções, de forma a construir uma expectativa
imparcial e prudente do comportamento das variáveis econômicas. Foram analisadas as projeções
dos diversos indicadores da economia tanto para curto, médio e longo prazos, bem como o
comportamento das taxas de juros, utilizando relatórios de bancos de investimentos em atuação no
mercado local e as expectativas quanto aos cenários macroeconômicos para os anos de 2017 a 2021.
Cenários Esperados
Indicadores 2017 2018 2019 2020 2021
Taxa Selic Final (% a.a.) 10,75 10,75 10,75 10,75 10,75
Taxa de Câmbio - Final (R$/US$) 3,40 3,40 3,40 3,40 3,40
IPCA - IBGE (%) 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5
INPC – (%) 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5
Variação PIB (%) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Média de estimativas das instituições financeiras Bram Asset, BTG Pactual, Itaú Asset, Banco
SulAmérica e Boletim Focus do Bacen.
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