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ORTOPEDIA
Janeiro 2013
• Utente com tração cutânea
• Utente com tração esquelética
• Utente com fixador externo
INSTRUÇÕES DE
TRABALHO
Enfª Filipa Calado e Enfª Rita Raposo
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Utente comTração Cutânea
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Definição:
Tem como função proporcionar uma pressão direta na
extremidade afetada, desde que a integridade da pele e o edema
do membro o permitam.
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É muitas vezes utilizada para aliviar espasmos musculares e
imobilizar o membro temporariamente, por exemplo a seguir
a fratura do fémur, dos ossos da perna, do braço ou
antebraço, antes da redução ou fixação por cirurgia.
Também em casos específicos pode ser utilizado como
tratamento conservador.
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Cuidados de Enfermagem:
Antes da colocação da tração:
• Explicar o procedimento de forma a reduzir a ansiedade do utente;
• Colocar a pessoa em decúbito dorsal;
• Posicionar o membro fraturado em posição anatómica, semrotação externa;
• Realizar higiene ao membro, mantendo a pele limpa e seca;
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• Realizar a tricotomia do membro;
• Realizar penso se existirem feridas, adequado às características destas;
• Dispor de um segundo elemento para elevação e apoio do membro (sob o tornozelo e joelho) aquando da aplicação das bandas do kit e da ligadura elástica;
• Fazer tração manual, segurando o calcanhar com uma mão e o dorso do pé com a outra, exercendo pressão firme e constante;
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• Aplicar a tração a cerca de 10 cm entre a planta do pé e a alçada tração, de forma que as tiras fiquem paralelas;
• Aplicar as bandas do kit ao longo do membro na região lateralinterna e externa (até +- 10cm abaixo da fratura);
• Aplicar a ligadura elástica, tem como vantagem ajudar a drenagemvenosa, diminuindo assim o risco de edemas e tromboflebitesprofundas.
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Após colocação da tração:
• Realizar a tração manual através da corda, fazendo-a passar pelas roldanas da Tala de Buck;
• Colocar o fio da tração pela roldana
• Verificar alinhamento e posicionamento correto do membro;
• Aplicar o peso prescrito, respeitando o eixo longitudinal do osso;
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• Colocar rolo/almofada no calcâneo para evitar o contacto com o leito;
• Manter membro em posição anatómica (pé e rótula paracima), evitar a rotação externa se o utente estiver emdecúbito dorsal;
• Verificar se os pesos estão livrementesuspensos, se o fio está desimpedido e se hánecessidade de realizar contra-tração(elevando os pés da cama);
• Despistar sinais de compromisso neurocirculatório, em caso de apresentaralterações, pode ser necessário retirar deimediato as ligaduras ou a própria tração;
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• Posicionar o utente com frequência dentro das posições oulimitações da imobilização, para evitar pressão prolongada
• Encorajar o utente a movimentar-se para aliviar a pressão napele;
• Vigiar e dar atenção às queixas do utente (dor, sensação de“repuxamento” excessivo, parestesias, sensação de frio ou calor nomembro ).
• Verificar integridade cutânea / zonas de pressão(com especial incidência na região maleolar, calcâneo esacrococcígea) e o aparecimento de manifestaçõescutâneas de origem alérgica;
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Utente comTração Esquelética
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Definição:
É uma tração que se aplica diretamente no osso.
É colocada sob anestesia local ou geral, utilizando materialdiverso e diferenciado para cada caso, podendo passar pelocompasso de Crutchfield (craniano) e pelos fios de Kirschener oucavilha de Steinmann, sendo inserido através do osso distal dafratura.
O local de inserção varia com o tipo de fratura.
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Cuidados de Enfermagem:
Antes da colocação da tração:
• Explicar o procedimento de forma a reduzir a ansiedade do utente;
• Colocar a pessoa em decúbito dorsal;
• A colocação da tração esquelética é uma técnica médica comassepsia cirúrgica, que consiste na introdução direta de um fiometálico no osso (distal à fratura).
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Após colocação da tração:
• Colocar o fio no estribo;
• Fazer passar o fio pelas roldanas da Tala de Buck;
• Aplicar na extremidade do fio o peso prescrito (prescriçãomédica);
• Respeitar o alinhamento do membro, tracionando o membro deacordo com o eixo longitudinal;
• Posicionar o membro em tala de brown/ plano de brown;
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• Despistar sinais inflamatórios nos locais de inserção do fio doestribo;
• Despistar sinais de compromisso neuro circulatório;
• Vigiar atentamente zonas de pressão e proeminências ósseas;
• Colocar rolo/almofada no calcâneo para evitar o contacto com o leito;
• Desinfetar diariamente o local de inserção do fiona pele com álcool a 70º ou SF, para evitar oaparecimento de inflamação e/ou infeções, que podemculminar num processo de osteíte ou osteomielite;
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• Encorajar o utente a movimentar-se para aliviar a pressão napele;
• Ter atenção à inclinação lateral desajustada ou incorreta doestribo que pode fazer com que o fio metálico (Kirschner ouSteinmann) se desloque do seu eixo de inserção, originando umalargamento exagerado ou superior ao necessário do orifício noosso e no tecido muscular, aumentando assim consideravelmenteos riscos de infeção.
• Vigiar a queda ou pressão dos estribos sobre asproeminências ósseas, que anulam o efeito da tração epodem provocar graves lesões ou necrose da regiãopressionada;
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Utente comFixador Externo
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Definição:
Os fixadores externos são aparelhos que permitem manter aestabilidade da estrutura óssea, por meio de fios e pinosrosquemos, que são colocados de forma percutânea,atravessando as partes moles até o osso, e são conectados aparras rígidas externas.
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Cuidados de Enfermagem:
Antes da colocação do fixador:
• Explicar o procedimento de forma a reduzir a ansiedade do utente;
• Explicar ao utente que apesar de o aparelho parecer desajeitado emuito estranho o desconforto por este provocado é mínimo.
(Preparação pré-operatória geral)
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Após colocação do fixador:
• Elevar a extremidade do membro onde foi colocado o fixadorexterno para evitar o aparecimento de edema;
• Avaliar e registar o estado neuro circulatório da extremidadede 4/4h nas 1ª 12horas e depois 1 vez turno;
• Verificar a área fraturada e os locais de inserção dos pinosapós 48horas da sua colocação;
• Despiste de sinais de hemorragia local com observação e registosdos pensos por turno;
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• Realizar o penso de 3 em 3 dias;
• Avaliar e registar o local de inserção no que dizrespeito a rubor, dor, exsudado e afrouxamento do pinoaquando a realização do penso;
• Desinfeção dos pinos é feita com álcool a 70º e/ou com soro fisiológico. Colocação de compressa seca a envolver os pinos se existir exsudado;
• Posicionar o membro.
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BIBLIOGRAFIA:
•CUNHA, Emídio (2008) – Enfermagem em Ortopedia, Lidel- Edições
Técnicas, lda, Junho. ISBN: 978-972-757-503-9
•CONCEIÇÃO, V.et al (2009) – Enfermagem em Ortotraumatologia,
Coimbra, Formasau. ISBN: 978-989-8269-01-0
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