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COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO CÂNDIDO FERREIRA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Guaíra, 2225 – Jardim La Salle
Toledo- PR
toojoaocferreira@seed.pr.gov.br
PPP
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Toledo - PR
2018
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ........................................ 8
3 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ............................................................. 9
3.1 Biografia: Dr. João Cândido Ferreira ................................................................. 10
3.2 Professores que atuaram na Direção do Colégio ............................................. 10
3.3 Depoimento de um ex-aluno do Colégio Dr. João Cândido ............................ 11
4 NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO OFERTADA ............................................... 12
5 CRITÉRIOS DE FOMAÇÃO DE TURMA ................................................................. 12
5.1 Períodos e turnos de funcionamento ................................................................ 13
6 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR ............................................ 13
6.1 Descrição da realidade Brasileira e Paranaense .............................................. 13
6.2 Descrição da Realidade Escolar do Município-Toledo .................................... 14
6.3 Descrição da Realidade Escolar do Colégio/ Características da Comunidade
Escolar ....................................................................................................................... 16
6.4 Perfil dos Alunos do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio ....... 18
6.5 Perfil dos Educadores ........................................................................................ 18
6.6 Perfil dos Funcionários ...................................................................................... 19
6.7 Vínculos Funcionais, Distribuição de Funções, Nível de Formação de Cada
Funcionário do Corpo Docente, Administrativo e de Apoio. ................................. 19
6.8 Resultados Educacionais: Índice de aprovação e reprovação, taxa de
abandono/ evasão, aprovação por conselho, avaliações externas, distorção
idade/ano.................................................................................................................... 20
7 RELAÇÃO DOS RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS ............................................. 22
7.1 Espaço Físico do Estabelecimento ................................................................... 22
7.1.1 Biblioteca ............................................................................................................ 22
3
7.1.2 Laboratório de Ciências ...................................................................................... 23
7.1.3 Laboratório de Informática – PROINFO ............................................................. 23
7.2 Recursos materiais ............................................................................................. 25
8 OBJETIVOS, FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES ORIENTADORAS
.................................................................................................................................... 25
8.1 Objetivo do Projeto Político Pedagógico .......................................................... 25
8.2 Objetivos do Colégio........................................................................................... 26
8.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 26
8.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 26
8.3 Fundamentos Teóricos ....................................................................................... 28
8.4 Princípios ............................................................................................................. 29
8.4.1 Concepção de Sociedade, de Mundo e de Homem ........................................... 30
8.4.2 Concepção de Escola......................................................................................... 31
8.4.3 Concepção de Educação ................................................................................... 32
8.4.4 Concepção de Cultura ........................................................................................ 34
8.4.5 Concepção de Trabalho ..................................................................................... 34
8.4.6 Concepção de Tecnologia .................................................................................. 35
8.4.7 Concepção de Cidadania ................................................................................... 36
8.4.8 Concepção de Conhecimento ............................................................................ 37
8.4.9 Concepção de ensino-aprendizagem ................................................................. 38
8.4.10 Concepção de avaliação .................................................................................. 39
8.4.11 Concepção de Recuperação de Estudos ......................................................... 41
8.4.12 Concepção de educação especial .................................................................... 42
8.4.13 Concepção de Alfabetização e Letramento ...................................................... 43
8.4.14 Concepção de Infância e adolescência articulado à concepção de ensino
aprendizagem .............................................................................................................. 43
8.4.15 Concepção de Gestão Escolar ......................................................................... 44
9 CURRÍCULO ............................................................................................................ 46
9.1 Concepção de currículo ...................................................................................... 46
9.2-Currículo para Ensino Fundamental.................................................................. 47
4
9.3- Currículo Ensino Médio – 1º ao 3º Ano ............................................................ 49
9.3.1 Flexibilização do Currículo ................................................................................. 51
9.4 Matriz Curricular .................................................................................................. 55
9.4.1 Matriz Curricular – Ensino Fundamental – Anos Finais ...................................... 55
9.4.2 - Matriz Curricular - Ensino Médio ...................................................................... 56
10. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS ................................................................... 56
10.1 História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – Lei n° 11.645/08 .. 57
10.2 Educação Ambiental - Lei Federal 9795/99, Dec. 4201/02 ............................. 57
10.3 Prevenção ao uso indevido de drogas - Lei Federal 9795/99, Dec. 4201/02 58
10.4 Sexualidade humana - Lei Federal 9795/99, Dec. 4201/02 ............................ 58
10.5 Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente ....................... 59
10.6 Direito das crianças e adolescentes - Lei Federal n° 11525/07 .................... 59
10.7 Programa de Combate ao Bulliyng: ................................................................ 60
10.8 Educação Tributária Dec. N° 1143/99, Portaria n° 413/02.............................. 62
10.9 Educação Alimentar e Nutricional - Lei n° 11.947/2009 / PNAE – Programa
Nacional de Alimentação Escolar. ........................................................................... 62
10.10 Semana Estadual Maria da Penha nas escolas (LE 18.447/2015) .............. 64
10.11 Educação Fiscal - Lei Federal n° 11525/07 .................................................... 64
10.12 História do Paraná Lei no 13381/01 ............................................................... 65
10.13 Música Leio 11.769/08 ..................................................................................... 65
10.14 Direitos Humanos – PNEDH3 (Decreto 7037/2009) ...................................... 66
10.15 Estatuto do Idoso - Lei n. 11.863/1997, que instituiu a Política Estadual do
Idoso e o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (Cedi). - Lei n. 10.741/2003. 66
10.16 Código do Trânsito Brasileiro –Educação para o Trânsito(LF 9.503/97) ... 67
11 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO ................................................................................ 69
11.1 Avaliação ............................................................................................................ 69
11.1.1 Critérios e Instrumentos ................................................................................... 69
5
11.1.2 Recuperação de Estudos ................................................................................. 71
11.1.3 Conselho de Classe ......................................................................................... 72
11.1.4 Pré-conselho .................................................................................................... 73
11.1.5 Conselho de Classe ......................................................................................... 74
11.1.6 Pós-conselho .................................................................................................... 74
11.1.7 Promoção, classificação, reclassificação, adaptação/ aproveitamento de
estudos e regime de progressão parcial Conforme a Instrução n 02/09
DAE/CDE/SEED .......................................................................................................... 75
11.1.7.1 Promoção ...................................................................................................... 75
11.1.7.2 Classificação ................................................................................................. 76
11.1.7.3 Reclassificação ............................................................................................. 77
11.1.7.4 Adaptação ..................................................................................................... 78
11.1.7.5 Aproveitamento de Estudos e Regime de Progressão Parcial conforme a
Instrução n 02/09 - DAE/CDE/SEED. .......................................................................... 78
11.1.7.6 Regime de Progressão Parcial ...................................................................... 79
12. ATUAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS .................................................... 80
12.1 Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ................................... 80
12.2 Conselho de Classe ......................................................................................... 81
12.3 Conselho Escolar .............................................................................................. 83
12.4 Grêmio Estudantil ............................................................................................. 85
13 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DE TRANSIÇÃO ............................................. 86
13.1 Ensino Fundamental: Anos iniciais ................................................................ 86
13.2 Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio ........................................ 87
14 PROPOSTA DE ORGANIZAÇAO DA HORA ATIVIDADE .................................. 87
15 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇAO COM A FAMÍLIA E
COMUNIDADE ............................................................................................................ 88
15.1 Programa de Combate a Evasão Escolar ........................................................ 90
15.1.1 Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente ................................... 91
15.2 Equipe Multidisciplinar .................................................................................... 92
6
16 PROPOSTA DE INCLUSÃO EDUCACIONAL ..................................................... 94
16.1 Atendimento Educacional Especializado ........................................................ 97
16.2-Educação Especial – Sala de recursos multifuncional .................................. 98
17 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA ...................................................... 99
18 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ........ 100
19 PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA
.................................................................................................................................. 100
20 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ......................................................................... 101
20.1 Ata de inclusão de estágio não obrigatório ................................................. 103
21 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA ........................................................................ 103
22 PROGRAMAS/ PROJETOS/ ATIVIDADE ........................................................... 104
22.1 Brigada Escolar ............................................................................................... 104
22.2 Sala de Apoio .................................................................................................. 106
22.3 Projeto Esporte / Lazer ................................................................................... 107
22.3.1 Atividade Periódica, Intermediária .................................................................. 107
23. ATA DE APROVAÇÃO DO PPP PELO CONSELHO ESCOLAR ..................... 107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 109
ANEXOS ................................................................................................................... 113
ANEXO 1 FICHA DO PRÉ CONSELHO ESCOLAR ............................................... 114
ANEXO 2 PLANO DE ABANDONO DA BRIGADA ESCOLAR ............................... 115
ANEXO 3 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ............................ 121
ANEXO 4 PROPOSTA PEDAGÓGICA DOS PROJETOS NO CONTRATURNO .... 125
ANEXO 5 CALENDÁRIO ESCOLAR ...................................................................... 128
ANEXO 6 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO ............................................................ 130
7
1 INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico – PPP, aqui apresentado, está pautado na LDB
9394/96 em seus artigos 12, 13 e 14 menciona que “todos os Estabelecimentos de
Ensino, respeitando as normas comuns e as de seus sistemas se ensino incumbir-se-
ão de elaborar e executar sua proposta pedagógica”; “os docentes participarão da
elaboração”, onde estarão definidas as normas de gestão democrática, de acordo
com suas peculiaridades próprias e traduz o trabalho coletivo dos profissionais
atuantes nos diferentes setores do Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira-
Ensino Fundamental e Médio.
O compromisso com a educação pública é assumido por todos que nela atuam,
procurando oferecer aos educandos o conhecimento necessário para que se tornem
os principais autores de seu próprio processo de desenvolvimento, como cidadãos
conscientes, críticos e criativos. Dessa forma, pretende-se sempre articular e manter
uma consonância entre o pedagógico e o político voltado para a formação do cidadão.
O planejamento educacional, portanto, é democrático, possibilitando a relação
das diferentes instâncias da prática educativa e dos indivíduos que dela fazem parte,
oportunizando conquistas de autonomia relevante, seja no seu trabalho docente, e
ajustes necessários para as adequações demandadas da prática no P.P.P. O que é
uma constante; instituindo com isso, seu caráter essencialmente político.
A dimensão pedagógica envolve a forma de organização dos elementos
necessários à assimilação do saber (conteúdos, espaço, tempo e procedimentos,
fazendo a distinção entre o essencial e o acidental, o principal e o secundário, o
fundamental e o acessório. As dimensões político-pedagógicas são indissociáveis,
porque propicia a vivência democrática necessária à participação de todos os
membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania. A elaboração do P.P.P.
supõe reflexão e discussão crítica sobre os problemas da sociedade e da educação
para encontrar as possibilidades de intervenção na realidade, além de alicerçar o
trabalho pedagógico escolar como processo de construção contínua.
8
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Denominação: Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira – Ensino Fundamental e
Médio – Código 00056 CNPJ 73.416.901/0001/32
Endereço: Rua Guaira, 2225 – Jardim La Salle. CEP – 85 902 140
Município: Toledo – PR - Código: 2790
Fone/fax: (45) 3252-2068 e/ou 3252-0400
SITE: www.toojoaocferreira.seed.pr.gov.br
E-mail: toojoaocferreira@seed.pr.gov.br
NRE: Toledo Código: 27
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Turno de funcionamento: Matutino, Vespertino, Noturno
Autorização De Funcionamento
Decreto Nº 3424/77 DOE - 26/05/1977
Credenciamento para oferta de Educação Básica
Resolução Nº 5827 DOE – 30/12/81
Reconhecimento do Estabelecimento
Resolução Nº 2837/81 DOE – 30/12/1981
Reconhecimento do Ensino Fundamental
Resolução Nº 2837/81 DOE: 30/12/1981
Resolução Nº 5249/13
Credenciamento para oferta do Ensino Básico
Resolução Nº 5827/11 DOE: 30/12/81
Reconhecimento do Ensino Médio
Resolução Nº 0988/03 DOE: 09/06/2003
Resolução Nº 672/2008 DOE: 07/05/2008
Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental
Resolução Nº 5246/06 DOE: 26/02/2007
Autorização – Ensino Médio
Resolução Nº 679/99 DOE 03/03.99
9
3 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Por volta de 1964, iniciou-se um loteamento de terras e chácaras dos Perim,
que eram três: Caetano Severino Perin, Luiz Herry e Lidoino Antônio Perin. O Projeto
de loteamento foi apresentado à municipalidade de Toledo e aprovado, pelo prefeito
na época, o Dr. Avelino Campagnolo. Os 10% de espaços verdes ou brancos, como
eram chamados, se constituíam numa área de terrenos, onde depois foi edificado
uma casa destinada à escola. A referida área era totalmente desabitada e ainda com
mato em toda a quadra e arredores.
A construção iniciou-se em 1965 e já em março de 1966 passou a funcionar
com 6 (seis) salas de aula, sendo uma turma de magistério no período noturno e as
outras salas foram cedidas ao então Ginásio Estadual de Toledo, hoje Escola
Estadual Dario Vellozo, criado em 1966, sem dependências próprias e que aqui
funcionou até 06/11/1967, nos períodos matutino e noturno. Um dos alunos de então,
foi o Dr. Ronaldt Grallmann, figura da escola, da magistratura paranaense e Juiz de
Direito da comarca de Toledo.
Segundo informações, em 1965, uma família de pioneiros em visita à cidade,
proprietária de áreas de terra, loteou, doando um espaço de 5.600 m² ao município
para nele ser construído uma escola normal estadual.
Em 1970, foram cedidas salas ao então Grupo Escolar de Toledo, hoje Colégio
Estadual Luiz Augusto Morais Rego, para crianças de 1ª a 4ª séries.
Em 05/02/1971, pela portaria nº 232/71, criou-se oficialmente a Escola de
aplicação Dr. João Cândido Ferreira, para atender esses alunos e também
oportunizar aos alunos da escola normal a fazer seus estágios no próprio
estabelecimento.
Em 1974, a Escola Normal Colegial Estadual Dr. João Cândido Ferreira foi
transferida de local passando a funcionar no Instituto Imaculado Coração de Maria,
por ser mais central, permanecendo aqui somente o Ensino Fundamental, já na época
de 1ª a 6ª séries. Ainda em 1974, com o nome de Escola Fundamental Dr. João
Cândido Ferreira, a escola passou a fazer parte do complexo escolar Bento Munhoz
da Rocha Neto, e a partir de 1975, passou a oferecer também a 7ª e a 8ª séries do 1º
Grau.
A partir de maio de 1983, através da resolução 1793/83, a escola passou a
denominar-se E. E. Dr. João Cândido Ferreira Ensino de 1º Grau.
10
A partir de 1996 a Escola Estadual Dr. João Cândido Ferreira passou pelo
processo de municipalização, (1ª a 4ª séries), administrado e mantido pelo município.
Assim, pela resolução 4714/95, foi criada a Escola Municipal Amélio Dal Bosco, que
atualmente ocupa as mesmas instalações do colégio.
3.1 Biografia: Dr. João Cândido Ferreira
Nasceu na cidade da Lapa, no estado do Paraná aos 21/04/1864, filho de João
Cândido Ferreira e Leocádia Ferreira. Formou-se em Medicina. Foi professor de
renome e pertenceu a Academia Nacional de Medicina e membro da Academia
Paranaense de Letras. Foi prestigioso chefe político nacional, como: prefeito da Lapa,
neste estado; presidente da província do Paraná; vice - presidente do estado do
Paraná; deputado estadual por diversas legislaturas e deputado federal.
Foi escritor de estilo vigoroso e fulgurante, editou entre outras obras: “Feridos
do coração”; “Profilaxia da Tuberculose”; “A Eugenia”; “O álcool não é aperitivo, nem
termogênico”; “Palavras Convergentes”; “Espiritismo”; “Gomes Carneiro e o Cerco da
Lapa”; “Elogio de patrono”; “Diagnóstico e tratamento das nefrites periféricas”;
“Retrospecto”; “Charlatanismo”; “Balanço metapsíquico”.
Foi também membro da Universidade do Paraná, lecionou a cadeira de Clínica
Médica e presidiu a Faculdade de Medicina.
3.2 Professores que atuaram na Direção do Colégio
Diretora: Nilza Helena Formighiere Rockenbach (1971 - 1973)
Diretora: Iara Pydd Schelle (1974 – 1977)
Diretora: Suely Terezinha Dallanhol Zancanaro (1978 - 1979)
Diretora: Glací Garcia (1980 – 1987)
Vice-diretora: Norma Priesnitz (1985 – 1987
Diretora: Norma Priesnitz (1988)
Vice-diretora: Glací Garcia (1988)
11
Diretora: Glací Garcia (1989 – 1994)
Vice-diretora Norma Priesnitz (1989 - 1994)
Diretora: Lídia Rippel (1994)
Vice-diretora: Norma Priesnitz (1994)
Diretora: Mery Terezinha Slongo (1995 – 2000)
Vice-diretora: Norma Priesnitz (1995 – 1999)
Diretor: Reginaldo Aparecido dos Santos (2001 – 2005)
Vice-diretora: Córdula Aurélia Parecy Glaeser (2001 – 2005)
Diretora: Olga Schnorrenberger (2006 - 2008)
Vice-diretora: Nadeje Emmel Mulhbeier (2006 - 2008)
Diretor: Libório de Souza (2009 - 2011)
Diretor auxiliar: Sergio Luiz Maccari (2009 - 2011)
Diretor: Libório de Souza (2012- 2016) Ato de Designação: R0601211 de 21/12/2011.
Diretora Auxiliar: Maria Clara Cadamuro Weber
Diretora: Maria Clara Weber Cadamuro – (2016-2018) Ato de designação: Resolução
nº 741/16 – DOE 04/03/2016.
3.3 Depoimento de um ex-aluno do Colégio Dr. João Cândido
O homem constrói a vida a partir da base.
Com este sentimento faço referência às coisas boas da minha vida, onde a
família é o começo de tudo e a escola, o alicerce do conhecimento.
Aproveito para fazer meu agradecimento à escola Dr. João Cândido Ferreira,
onde estudei de 5ª a 8ª séries, lembrando dos bons momentos, quando na época, se
não me falha a memória, dos anos 1973 a 1976, convivi com pessoas de extrema
dedicação e desapego à transmitir seus conhecimentos a mim e a muitos outros
alunos. Lembro que a estrutura da escola era pequena. Em volta da escola ainda
andávamos e brincávamos nos intervalos na terra. E também, que naquela época foi
construída a quadra de esportes bem rústica. Porém éramos muito bem atendidos.
Lembro-me de muitos professores, que como ícones da sociedade acabam no
anonimato. Se pudesse expressar minha gratidão, não sei se encontraria palavras
suficientes no “Aurélio” para reverenciar aqueles que foram fundamentais na minha
12
educação e, por conseguinte no conhecimento. Obrigado! (Ademar Rockemback -
ex-aluno)
O Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira oferta à comunidade do sexto ao
nono anos, correspondente aos anos finais do Ensino Fundamental, de forma
simultânea a partir de 2012, conforme instrução no 008/2011- SUED/SEED.
4 NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO OFERTADA
Ensino Fundamental (6º ao 9º Ano);
Ensino Médio regular, no período noturno;
Educação Especial: Sala de Recursos Multifuncional
5 CRITÉRIOS DE FOMAÇÃO DE TURMA
Este estabelecimento de ensino oferta as modalidades Ensino Fundamental e
Médio, com aproximadamente 500 (quinhentos) estudantes matriculados, distribuídos
em 15 (quinze) turmas no período diurno na modalidade do Ensino Fundamental. No
ano de 2.018 (dois mil e dezoito) não houve matrículas suficientes para abrir uma
nova turma no Ensino Médio devido este ser ofertado no período noturno. No ano de
2.017 (dois mil e dezessete) houve a cessação temporária desta oferta de ensino num
período de 02 (dois) anos. Esta suspensão poderá ser prorrogada por mais um único
período de até 02 (dois) anos. Quando há Turma de 1º ano do EM, a formação das
turmas de 1º ano do Ensino Médio e 6º ano do Ensino Fundamental, são feitas
observando-se a ordem de matrícula, para os anos posteriores procura-se manter as
mesmas turmas, fazendo remanejamento de aluno para outra turma quando for
solicitado pelos pais ou responsáveis ou para melhor rendimento na aprendizagem, a
pedido da direção, coordenação e professores, observando-se o número de vaga em
cada turma e a faixa etária dos alunos.
O Colégio oferta aulas de apoio nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática no contra turno para os 6º e 7º anos ensino fundamental e formando
13
quatro turmas, duas no turno matutino e duas no turno vespertino; serviços de apoio
especializado na Sala de Recursos Multifuncional.
5.1 Períodos e turnos de funcionamento
Os horários de funcionamento, matutino: 7h30 min. às 11h55min. – vespertino:
13h15min. às 17h40min. - Ensino Fundamental. - noturno das 19h. às 23 horas –
Ensino Médio. As aulas têm a duração de 50 minutos. A Sala de Recursos
Multifuncional e Sala de Apoio a aprendizagem funcionam apenas no período diurno,
ofertando atendimento em contraturno.
O Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira, organizou a oferta do Ensino
Fundamental - Ano Finais, no período matutino e vespertino, sendo 6º ano, 7º ano, 8º
ano e 9º ano. No período noturno é ofertado o Ensino Médio, sendo 1º ano, 2º ano e
3º ano. Porém a partir do ano de 2017 (dois mil de dezessete) não houve o
funcionamento do período noturno, devido não haver matrículas para o Ensino Médio.
Havendo a cessação temporária desta oferta de ensino como descrito anteriormente.
6 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
6.1 Descrição da realidade Brasileira e Paranaense
A sociedade brasileira vive de uma crise social, ou seja, uma luta desigual
entre os que se esforçam em produzir e as políticas que insistem em colocá-los à
margem de modo desumano, injusto e capitalista.
Estudos recentes mostram o baixo crescimento econômico e o aumento das
desigualdades sociais, por isso é preciso partir para novos paradigmas e posturas
governamentais na busca de uma política econômica, que venha de encontro às
necessidades do povo brasileiro e que se concretize na honestidade e na justiça. O
que presenciamos, no entanto, é exploração pelas altas taxas de impostos, corrupção
política, descaso à saúde e jogo de interesses. Isso tudo reflete nos vários segmentos
da sociedade.
14
Por outro lado, a Educação Nacional assim como a paranaense seguem
batalhando pelas mesmas causas de um século atrás, visto que, não foram
concretizadas. A luta pela democratização de uma escola de qualidade, por uma
educação pública gratuita e universal continuam sendo a palavra de ordem de
governos progressistas, os quais não proclamam mais somente pela garantia destes
direitos, mas pelo fim de diretrizes que desviaram desde objetivo, adotando políticas
públicas na contra mão destas propostas.
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná, ao definir a proposta político-
pedagógica que norteia a condução do processo educacional do estado, propõem as
diretrizes curriculares para a educação no Estado do Paraná. Portanto, o projeto de
reformulação curricular teve como base a elaboração coletiva das Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná. Não se tratou de construir um currículo único, com
uma única grade, e sim, de uma definição de conteúdo estruturantes e conteúdo
específicos para cada disciplina.
Essa construção deu-se nas escolas estaduais do Paraná com a participação
de professores, profissionais da educação, alunos e pais através de um conjunto de
ideias que permeiam as propostas que estarão na base do processo de ensinar e do
aprender nas escolas, as quais vão se constituir nas Diretrizes Curriculares.
Se houvessem mais escolas, classes menos numerosas, professores mais
comprometidos e valorizados, o processo educacional do Paraná, assim como o
papel da escola teria mais êxito.
E a escola deve ser a via que leve todos os homens ter acesso a escolher seu
presente, que por certo abrirá as portas do seu futuro, sem que para tanto ela
esqueça seu passado, já que o que constrói uma sociedade é a história que ela deixa
como legado.
6.2 Descrição da Realidade Escolar do Município-Toledo
O município de Toledo é resultado de uma colonização recente, pois até 1940
o Oeste do Paraná era considerado como uma região de área despovoada. Esta
região foi habitada por um longo período pelos indígenas da tribo Tupi-guarani e por
tribos Caigangues. Posteriormente, passou por uma série de invasões de estrangeiros
15
(espanhóis, portugueses, argentinos, paraguaios e ingleses). Após a Revolução de
30, surgiu a ideia de colonização da região por parte do governo federal e estadual.
Em 1946, em Porto Alegre, é fundada a Indústria Madeireira Colonizadora Rio
Paraná S/A – Maripá, com a finalidade de comprar a fazenda Britânia para dedicar-se
à venda de terras, extração e exploração de madeiras. Neste contexto nasce Toledo e
a partir de 1951 começou sua urbanização e povoamento, revelando-se um promissor
pólo de desenvolvimento regional. Em 14 de novembro de 1951 tornou-se município,
através da Lei nº 790. O anseio político, a vontade de emancipação durou mais 13
meses. Em 14 de dezembro de 1952, Toledo foi oficialmente levado a condição de
município.
Em 1948 chegaram a Toledo as irmãs de caridade São Vicente de Paula e foi
criado o 1º estabelecimento de ensino. Após a emancipação, em 1953, a prefeitura
assumiu as escolas implantadas pela colonizadora Maripá em todo o município.
Devido à crescente demanda e aumento significativo de estabelecimentos, em 1956
iniciou-se a luta toledana por escolas mantidas pelo governo estadual, se comparada
a outras regiões, é considerada privilegiada no que se refere à educação pelo número
de estabelecimentos de ensino existentes.
Desta forma, em 1958 foi inaugurado o Grupo Escolar Luiz Augusto Morais
Rego, em 1966 Toledo dá mais um passo na ampliação da estrutura educacional,
fundando a Escola Normal Colegial Estadual Dr. João Cândido Ferreira, e em 1967 foi
criado o Ginásio Estadual Dario Vellozo, a 3º escola mantida pelo governo estadual.
A administração municipal iniciou-se com a posse do 1º prefeito e dos
vereadores no dia 14 de dezembro de 1952, data magna do município. A população
contava com 1.720 habitantes e 825 eleitores votaram. O prefeito eleito foi o médico
Ernesto Dall'Oglio (PTB) e os vereadores: José Ayres da Silva (PR), Guerino A. Vicari
(PL), Rubens Stresser, Clécio Zeni, Ondy Niederauer, Leopoldo J. Schmidt,
Alcebíades Formighieri, Waldir Winter e Wilibaldo Finkler.
A Comarca foi criada pela lei nº 1542 de 14/12/53 e sua instalação ocorreu no
dia 09/06/54. Conta com dez distritos: Bom Princípio, Concórdia do Oeste, Dez de
Maio, Dois Irmãos, Novo Sarandi, Novo Sobradinho, São Luiz do Oeste, São Miguel,
Vila Ipiranga e Vila Nova. Possui uma área territorial de 1.197,00 km² e a população
atual é de 119.313 habitantes.
Toledo reúne condições favoráveis para um quadro de desenvolvimento que
permite o crescimento econômico-social garantindo consequente qualidade de vida, O
16
clima, solo e composição cultural permitem um eficiente sistema de industrialização,
comércio e prestação de serviços. A principal fonte de renda do município de Toledo
deriva-se da agricultura, na qual seus produtos estão vinculados em maioria à
agroindústria. A produção agrícola é profissionalizada com técnicas fundamentadas
na mecanização tecnológica atual. Os principais produtos são: soja, milho, trigo e
mandioca, na pecuária destacam-se a suinocultura, avicultura e pecuária leiteira.
O setor educacional cresce com a instalação de diversas faculdades e
universidades. Assim, com variedade de cursos superiores capacitando e
dinamizando a comunidade em geral, permitindo que os filhos das famílias toledenses
permaneçam mais próximos de seus familiares por mais tempo.
O Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira – Ensino Fundamental e Médio –
Código 00056 CNPJ 73.416.901/0001/32 está situado na Rua Guaíra, 2225 – Jardim
La Salle. CEP – 85 902 140, no Município de Toledo – PR. Entidade Mantenedora:
Governo do Estado do Paraná, Turno de funcionamento: Matutino, Vespertino,
Noturno. Suspenso temporariamente o período noturno.
6.3 Descrição da Realidade Escolar do Colégio/ Características da Comunidade
Escolar
A população estudantil do Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira conta
atualmente com turmas de sexto, sétimo, oitavo e nono ano do Ensino Fundamental,
atendendo 500 (quinhentos) alunos. No ano de 2018 (dois mil e dezoito) não há turma
de Ensino Médio devido não haver matrículas para o período noturno, sendo
necessária a cessação temporária desta oferta de ensino.
A idade dos alunos do Ensino Fundamental oscila entre 11 e 16 anos, sendo
que 89% estão na faixa etária até 14 anos de idade e 11% acima, caracterizando-se
fora da idade ideal para esta modalidade de ensino. Quanto ao sexo, 50% dos alunos
são do masculino e 50% do feminino. No Ensino Médio a faixa etária está entre 14 e
23 anos, sendo 54% do sexo masculino e 46% do feminino.
De acordo com pesquisa realizada com os alunos no 1º semestre de 2015,
constatou-se que 80% residem no perímetro urbano, 5% em bairros mais distantes e
17
chácaras e 15% no meio rural. O meio de locomoção utilizado para vir ao Colégio é:
30% transporte coletivo, 27% bicicleta, 21% a pé, 18% de carro e 4% de moto.
Com relação aos estudos, 72% dos alunos do Ensino Fundamental têm hábito
de estudar em casa, 87% executam as tarefas nos prazos pré- estabelecidos, 97%
responderam que a disciplina é importante para se obter a aprendizagem. No Ensino
Médio 54% têm hábito de estudar em casa, 79% executam as tarefas nos prazos pré-
estabelecidos e 87% responderam que a disciplina é importante para no processo
ensino- aprendizagem.
No tempo livre a preferência de 40% dos alunos é acessar a internet, 23%
jogar bola, 16% assistir televisão, 11% passear 5% ler, 3% dançar e 2% dormem. Os
programas preferidos na televisão são: 1º novelas, 2º futebol, 3º filmes.
A composição familiar está entre três e cinco membros em 77% dos
estudantes. Constatou-se que 76% dos alunos moram com os pais, 12% com a mãe,
4% com os avôs, 4% outros, 1,6% com o pai, 1,4% não responderam e 1% mora com
outros.
Quanto à escolaridade dos pais, 37% deles cursaram o Ensino Fundamental,
33% o Ensino Médio, 13% Curso Superior, 12% Pós Graduação e 5% não
responderam.
Das famílias dos alunos do Ensino Fundamental, em 72% delas há duas
pessoas que trabalham, 17% três pessoas, 4%, quatro pessoas, 2%, mais do que
quatro pessoas, 5%, não responderam. Somando os ganhos das familiares, a
concentração está entre três a quatro salários mínimos. As principais atividades são:
24% na Indústria, 24% no Comércio, 15% na Agricultura/pecuária, 11% Instituição
pública, 7% serviços ocasionais, 4% são motoristas e 15% em outras atividades.
A maioria dos alunos do Ensino Médio trabalha no comércio e indústria.
Quanto ao lazer e espiritualidade das famílias no Ensino Fundamental
constatou-se que 92% participam de alguma religião e 51% frequentam clubes ou
associações. No Ensino Médio apenas 48% participam de alguma religião e 34%
frequentam clubes ou associações.
18
6.4 Perfil dos Alunos do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio
Tendo como referência a formação de nossos alunos dentro de uma
característica ampla e inovadora, onde desafios são criados e ampliados a todo o
momento da aprendizagem, vemos em nossos alunos, grande interesse em procurar
o pleno desenvolvimento de sua formação acadêmica, criando um elo satisfatório
entre professor e aluno, onde a palavra ser humano se faz presente em todo o sentido
da palavra, no respeito, na cooperação, na solidariedade e no amor ao próximo.
Os alunos do Colégio Dr. João Cândido Ferreira são provenientes tanto da
zona urbana, como da zona rural fazendo uma ponte entre essas culturas, assim se
torna possível vivenciar e trabalhar o respeito à diversidade. Nessa multiplicidade de
alunos, temos a oportunidade de observar as várias etnias da região bem
identificadas, como alemães, italianos, africanos, portugueses, indígenas, entre
outros, o que colabora mais uma vez para a compreensão e valorização das nossas
origens étnicas.
A progressão por série entre nossos alunos tem um índice bem baixo de
reprovação, como também um alto índice de crianças que se sobressaem em
programas de avaliação externa como a Olimpíada Brasileira de Matemática das
Escolas Públicas-OBMEP, fazendo com que a disputa salutar pelas melhores notas
seja um diferencial entre nossos alunos.
6.5 Perfil dos Educadores
O corpo docente deste colégio é composto de 43 (quarenta e três) professores,
todos formados na área de conhecimento das disciplinas que ministram, sendo 29 do
Quadro Próprio do Magistério - QPM, 14 com vínculo empregatício Processo Seletivo
Simplificado - PSS.
Os professores com mais tempo de experiência são em maior número, com a
estrutura de uma caminhada rica em saberes e experiências, quanto aos mais novos
na profissão possibilitam um quadro de equilíbrio entre o antigo e recente, o que é
fundamental em uma instituição de ensino.
Em geral são profissionais altamente comprometidos com a Educação e com
este colégio. Em cada atividade extraclasse programada há o envolvimento em
19
massa para o planejamento e execução das ações. Este comportamento também se
apresenta no planejamento das aulas, quando trocam informações e planejam de
forma que o aluno possa fazer as conexões mentais necessárias para obter um bom
aprendizado.
6.6 Perfil dos Funcionários
Os funcionários, em sua maioria, possuem muitos anos de experiência como
funcionário de escola, alguns dentro da mesma instituição, e por estarem
familiarizados com as atividades educativas, são considerados trabalhadores da
educação. Boa parte do grupo possui graduação no Ensino Superior, outros estão
cursando ou têm a mesma meta em busca de se aprimorar e desenvolver cada vez
mais seu potencial para somar com os demais em busca de um trabalho na educação
com mais qualidade.
Todos os trabalhos que lhes competem exigem o devido conhecimento e
dedicação e é bem desempenhado por cada um em sua função, não havendo dúvida
de que, se a diversidade e as habilidades do ser humano são respeitadas, o seu
melhor desempenho aflora em benefício de todos. Acreditar que em um espaço
coletivo todos devem dar o melhor de si é o fator principal para que uma instituição
funcione bem e evolua, com uma harmonia identificada e crescente em cada ano que
passa.
6.7 Vínculos Funcionais, Distribuição de Funções, Nível de Formação de Cada
Funcionário do Corpo Docente, Administrativo e de Apoio.
Em 2018, o Colégio conta com um total de servidores assim distribuídos: um
Diretor, uma Secretária, três Pedagogas, quarenta e três Professores, quatro Agentes
Educacionais II (Apoio/Técnico Administrativo) e seis Agentes Educacionais I
(Serviços Gerais).
Os 43 (quarenta e três) integrantes do corpo docente, em 100% são graduados
em sua área de atuação e possuem Pós Graduação do Ensino Superior.
O quadro do corpo administrativo e de apoio, assim se apresenta:
20
AGENTE EDUCACIONAL II
NOME FUNÇÃO VINCULO NIVEL DE FORMAÇÃO Genivaldo A. Schons Apoio/tec adm. QFEB Ens. Superior e pós graduação
Inete Denise Michelon Secretaria QFEB Ens. Superior e pós graduação
Rosa Olinda Ortigara Apoio/tec adm. QFEB Ens. Superior e pós graduação
Maria Luiza Marcheti Apoio/tec adm. QFEB Ens. Superior e pós graduação
Anna C. A. C. A. de Oliveira Apoio/tec adm. QFEB Ens. Superior e pós graduação
Fonte: Demanda do Colégio
AGENTE EDUCACIONAL I
NOME FUNÇÃO VINCULO NIVEL DE FORMAÇÃO
Laudemiria Terezinha F. Mazzarollo Aux. De serviços gerais
QFEB Ens. Médio
David Mieres Aux. De serviços gerais e Aux. Operacional
PSS Ens. Superior - cursando
Eliana Aparecida Serenini Aux. De serviços gerais
QFEB Ens. Médio
Valdirene de Lima Aux. De serviços gerais
QFEB Ens. Superior
José Donizete da Silva Aux. De serviços gerais
QFEB Ens. Médio
Lucimar Cristina Lima Aux. De serviços gerais
PSS Ens. Médio
Fonte: Demanda do Colégio
6.8 Resultados Educacionais: Índice de aprovação e reprovação, taxa de
abandono/ evasão, aprovação por conselho, avaliações externas, distorção
idade/ano.
Os dados abaixo servem como referência para a comunidade escolar, desta
forma é possível o acompanhamento dos resultados, garantindo ações pedagógicas
que impulsione a revisão dos projetos internos e possibilite definir eventuais
problemas de aprendizagem servindo de parâmetro e direcionamento para um ensino
de qualidade. Este é um composto da Prova Brasil e do SAEB, demonstrados pelos
alunos desta Unidade de Ensino. É importante observar que nos próximos anos a
meta é de superação, com o objetivo de evolução do desempenho, cabendo ao gestor
e sua equipe trabalhar de forma reflexiva, (tendo a ética como suporte) no sentido de
21
melhorar seus indicadores correspondendo a um sistema educacional que prima pela
qualidade.
Rendimento Escolar – Ano 2017
Ensino/Série
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Total de Aprovados
Aprovados por
Conselho de Classe
Fundamental Total
93,48% 32,14% 6,52% 0,00%
6º Ano 95% 25,84% 5% 0,00%
7º Ano 89,78% 27,73% 10,22% 0,00%
8º Ano 92,47% 41,93% 7,53% 0,00%
9º Ano 97,6% 36% 2,4% 0,00% Fonte: Consulta Escola – diaadiaeducacao
Taxa de Distorção Idade/Série – Ano 2018
Ensino/Série Taxa de Distorção
Fundamental Total 10,00%
6º Ano 10,16%
7º Ano 11,57%
8º Ano 9,22%
9º Ano 13,54% Fonte: Consulta Escola – diaadiaeducacao
Avaliações Externas
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
Ensino 2005 2007 2009 2011 2013 2015
Ensino Fundamental Anos Finais
4,4 4,8 5,5 5,5 5,4
6,2
Fonte: Consulta Escola – diaadiaeducacao
Alunos Premiados na OBMEP – 2017
Nível N º de Alunos Premiação
1 05 Menção Honrosa
2 04 Menção Honrosa
Fonte: Site da OBMEP – premiação.obmep.org.br/2017
22
7 RELAÇÃO DOS RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS
7.1 Espaço Físico do Estabelecimento
O Colégio conta com sete salas de aula, sendo que uma delas tem pouca
ventilação, uma sala de secretaria, cujo espaço é menor do que o necessário, uma
sala de direção, uma sala de coordenação, uma sala de professores, uma biblioteca,
um laboratório de ciências (física, química), um laboratório de informática, uma sala
de recursos com pouca ventilação, com divisória de madeira dificultando a
concentração dos alunos devido a poluição sonora , uma cozinha, um ginásio com
quadra poliesportiva, um almoxarifado pequeno, um banheiro adaptado para
deficientes físicos, um banheiro masculino, um banheiro feminino, um saguão –
espaço utilizado como refeitório.
7.1.1 Biblioteca
A biblioteca Luiz Carlos Lima Filho, do Colégio Doutor João Cândido Ferreira-
Ensino Fundamental e Médio, possui um acervo bibliográfico de 4.554 exemplares. É
uma sala arejada e bem iluminada. Além da biblioteca, o espaço é utilizado para aulas
de vídeo, reprodução de Cds e DVDs.
O papel da Biblioteca é proporcionar ações voltadas para o incentivo à leitura e
à escrita. A mediação didática estabelecida pelo professor nas situações de ensino e
aprendizagem se faz através da linguagem. Portanto, maior domínio linguístico
implica maior eficiência didática, tanto para a ação dos professores, quanto ao
aproveitamento dos estudantes.
OBJETIVOS:
I. Proporcionar aos alunos da escola, momentos de leitura, interpretação,
desenvolvimento e aprimoramento das capacidades de leitura;
II. Estimular e motivar os alunos e professores a participarem ativamente dos
momentos de leitura;
III. Criar possibilidades de interação dos alunos e professores com a leitura.
23
Conta-se também com uma minibiblioteca na sala dos professores, com livros
e revistas a eles direcionados. Constantemente são inseridas novas obras no acervo
do Colégio
7.1.2 Laboratório de Ciências
O laboratório de Ciências, Física, Química não atende as necessidades
básicas para uso dos alunos. A estrutura de vidrarias é suficiente para realizar as
práticas, porém os reagentes e demais equipamentos como microscópios e outros
são insuficientes, inadequados ou inexistentes, dificultando as aulas práticas, além de
não termos um agente de execução (técnico) para auxiliar na preparação e
desenvolvimento das práticas. A estrutura física não é adequada, pois foi adaptado
em uma sala de aula, o que impede o desenvolvimento de muitas atividades.
7.1.3 Laboratório de Informática – PROINFO
Segundo a SEED – Secretaria de Estado da Educação, o Projeto PrD – Paraná
Digital tem como objetivo principal “difundir o uso pedagógico das Tecnologias da
Informação e Comunicação – TIC” no sentido de desenvolver ações que visam levar
tal acesso aos professores e alunos da rede pública de educação básica tendo-a
como mantenedora. Desta forma, as novas tecnologias na educação, se pautariam no
princípio básico e norteador de contribuir significativamente na construção coletiva do
conhecimento, proporcionando significados ao processo de ensino-aprendizagem.
Uma relação destacada na interdisciplinaridade e pressupondo a integração constante
de um saber racional, humanista e voltado a construção de uma sociedade mais
humana e consciente de suas ações sociais.
Os 20 computadores oriundos do Programa Nacional de Tecnologia
Educacional - PROINFO, que a instituição recebeu da mantenedora, frente ao atual
cenário de desenvolvimento tecnológico e fundamentalmente das mudanças sociais
decorrentes dele, tanto na educação como efetivamente na escola, tem procurado
24
construir assim, novas metodologias elaboradas sob a influência do uso dos novos
recursos tecnológicos (com o apoio substancial da SEED e da CRTE), resultando em
práticas que promovam o currículo nos seus mais diversos campos dentro do sistema
educacional.
Não se trata de tomar “as tecnologias” como determinantes das práticas, senão
como impulsionadoras e potencializadoras destas práticas. Os artefatos tecnológicos,
ao aproximarem os agentes do currículo numa relação dialógica, criam condições
para a própria prática dialógica em que se constitui o sujeito. Os recursos
tecnológicos não são os condutores das relações dentro do currículo, mas permitem
que os sujeitos se façam ao facultar estas relações.
O acesso às tecnologias da informação e comunicação amplia as
transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se
constrói o conhecimento, mas é fundamental levar os agentes do currículo a se
apropriarem criticamente dessas tecnologias, de modo que descubram as
possibilidades que elas oferecem no incremento das práticas educacionais.
Da mesma forma que o livro didático não é um fim em si mesmo, mas um meio,
assim também o computador. Para o professor, é um meio de enriquecer o conteúdo
ministrado e sua metodologia; para o aluno, uma ferramenta que o auxiliará em suas
pesquisas e conhecimentos.
A SEED trabalha para viabilizar tecnologias educacionais, que permitam ao
professor paranaense produzir, acessar e compartilhar conteúdos em diferentes
mídias com qualidade técnica e pedagógica. Há, para os professores, a
disponibilidade de textos narrativos, documentários, animações, fotos, mapas,
charges, simuladores, gráficos para complementar e apoiar o processo de ensino
aprendizagem. Esses recursos podem ser salvos pen-drive do professor e utilizados
na TV multimídia em sala de aula.
O Portal dia-a-dia educação, os multimeios oportunizam o desenvolvimento, a
produção e distribuição de conteúdos digitais educacionais para veiculação viam
satélite, Web e multimídia. Não apenas acesso operacional aos equipamentos
existentes na escola, mas também a pesquisa, a produção e a veiculação de
conteúdos educacionais de forma compatível com os avanços tecnológicos.
25
7.2 Recursos materiais
Computadores, televisores, vídeo cassete, fitas de vídeo, DVDs, Cds, material
pedagógico, telefones, armários de aço, arquivos de aço, impressoras, projetor
multimídia, aparelhos de DVD, carteiras, cadeiras, fogões, mesas, bancos.
8 OBJETIVOS, FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES ORIENTADORAS
8.1 Objetivo do Projeto Político Pedagógico
De acordo com o Art. 12°. da lei 9.394/96, os estabelecimento de ensino, terão
a incumbência de elaborar e executar a sua proposta pedagógica, o Art. 13° da
mesma lei estabelece que os docentes devam participar da elaboração.
O Projeto Político Pedagógico demonstra intencionalidade da escola, porém
não é definitivo ele vai sendo aperfeiçoado e concretizado durante a caminhada,
sempre que houver necessidade, é um documento norteador para prática pedagógica
do estabelecimento.
Diante de reflexões e discussões para a construção do P.P.P. fica claro que
são necessárias mudanças, tanto no meio escolar como na sociedade, pois, hoje,
somos parte de uma sociedade permeada um número expressivo de pessoas, cuja
conduta é questionável em relação ao que é certo, legal, ético e solidário.
Acredita-se que este quadro venha se reverter com ações que atendam ao
interesse da comunidade e que tenha esta, como parceira para podermos contribuir
com o educando, tanto na sua formação humana como pedagógica, garantindo-lhe o
acesso ao conhecimento científico, a fim de que estes possam estruturar futuramente
uma sociedade mais equilibrada.
Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta, menos violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo não a qualquer possibilidade em face dos fatos, defende a capacidade do ser humano em avaliar, de compreender, de escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo. (Paulo Freire, 1999)
26
Portanto, o P.P.P. deste estabelecimento tem como objetivo, organizar
coletivamente ações que viabilizem o ensino e aprendizagem, com a qualidade
necessária priorizando conteúdos que levem o aluno a esta conquista.
8.2 Objetivos do Colégio
8.2.1 Objetivo Geral
O Colégio Dr. João Cândido Ferreira busca garantir um ensino de qualidade,
assegurando condições adequadas de aprendizagem, respeitando as diferenças,
direcionando a atividade pedagógica para a formação de cidadãos atuantes, políticos,
participativos, éticos, capazes de ter e compreender seu momento histórico,
interferindo, criando e transformando. Contribuindo para a formação de futuros
adultos autoconfiantes, dotados de criticidade; capazes de solucionar situações
problemas em sua vida intra e interpessoal e tenha condições de transformar
positivamente a sociedade.
8.2.2 Objetivos Específicos
I. Elevar o desempenho acadêmico dos alunos melhorando as práticas
pedagógicas da escola, a fim de auxiliar os alunos a lidarem com as diferenças a qual
são expostos em seu universo cultural considerando as capacidades possuídas e
potencializando-as;
II. Proporcionar ações baseadas no pleno desenvolvimento da diversidade
levando em conta os diferentes modelos culturais e intelectuais, adotando atitudes
compatíveis com uma postura ética que valoriza a dignidade, a justiça, a igualdade,
respeitando a nossa cultura e as diferentes formas de expressão cultural;
III. Estabelecer interação permanente com as famílias, para que as mesmas
acompanhem o progresso do aluno, tendo conhecimento claro dos objetivos
27
propostos, os conteúdos estabelecidos, métodos vigentes, visão do professor sobre a
evolução do filho, bem como das ações desenvolvidas no contexto escolar,
informando e articulando sua participação;
IV. Promover formas de apoio aos professores, buscando alternativas para
enfrentar as dificuldades do cotidiano escolar nas questões de ensino-aprendizagem,
estimulando os cursos de capacitação e oportunizando palestras, trabalhos em equipe
para troca de experiências e enriquecimento profissional;
V. Criar mecanismos de acompanhamento e execução da proposta pedagógica
estabelecida pela escola atendendo as D. C. E; acompanhar e orientar os professores
na criação e execução da Proposta Pedagógica Curricular e do Plano de Trabalho
Docente;
VI. Construir e estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas
pedagógicas que levem esta instituição de ensino a corresponder às necessidades e
aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar;
VII. Potencializar o desenvolvimento físico, intelectual, social e afetivo, tendo
em vista a construção da autonomia intelectual e moral;
VIII. Favorecer e estimular o desenvolvimento das capacidades de
comunicação, mediante o uso das diferentes formas de linguagem e de expressão
individual e grupal;
IX. Desenvolver o gosto pela aprendizagem, pela investigação, pelo
conhecimento;
X Desenvolver o pensamento crítico mediante a superação de desafios, por
meio da criatividade;
XI. Estimular o desenvolvimento psicomotor e as habilidades física, motora e as
diferentes destrezas;
XII. Favorecer o desenvolvimento do raciocínio lógico e da autonomia do
pensamento;
XIII. Proporcionar o domínio de conhecimentos científicos básicos, nas
diferentes áreas;
XIV. Favorecer a sociabilização do educando mediante a localização de si
próprio como sujeito da participação em seu grupo social, da localização espaço-
temporal e sócio-cultural;
XV. Formação moral que conduza a condutas e sensibilidades no entender e
agir no mundo que o cerca.
28
8.3 Fundamentos Teóricos
O Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira – Ensino Fundamental e Médio
oferta o ensino na modalidade Educação Básica com base nos princípios das
Constituições Federal e Estadual, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -
LDBEN, Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA , Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Estado do Paraná, estas fundamentadas nas teorias críticas,
com determinada organização disciplinar, sempre respeitando o que reza a Lei da
Inclusão e ainda o Plano Nacional de Direitos Humanos:
I. igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação;
II. gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer
natureza vinculadas à matrícula;
III. garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade.
Uma Instituição de ensino constitui um dos espaços “oficiais” de acesso ao
conhecimento sistematizado, que possibilita a transformação social, é onde o trabalho
educativo oportuniza aos alunos o vislumbre do futuro digno de um cidadão. Assim,
ele pode agir e criar o novo baseado nos pressupostos, que vai formando na jornada
escolar associada à vida social.
Partindo do princípio de que todos somos frutos da História da Humanidade e
de nossa história familiar e pessoal, portando fazendo parte de um todo, porém,
professores, alunos, pais e funcionários têm sua individualidade preservada e
respeitada. Este colégio incentiva o movimento das relações sociais e torna-se o
centro dinâmico da construção do saber.
Todo o trabalho educativo é organizado pautado nas reflexões sistematizadas
sobre a prática metodologia, primando por zelar o princípio de informar ensinando, por
meio de ações pedagógicas, de forma que o aluno possa conhecer o estabelecido,
integrando sempre com o presente, isto é, contextualizando. Este trabalho e também
realizado de forma interdisciplinar desde o 6° anos do Ensino Fundamental até o 3°
ano do Ensino Médio respeitando cada etapa de escolaridade.
Para além, porém integrado ao conhecimento que constitui a organização
29
disciplinar, as atitudes do corpo docente, administrativo e de apoio deste colégio
comungam e se pautam no pensamento de Euro Brandão: É só o cultivo da virtude
que aperfeiçoa as pessoas, engrandecendo-as por dentro e espalhando a admiração,
o respeito e a gratidão. O que certamente oportuniza ao aluno a ser um cidadão
cônscio e digno.
8.4 Princípios
A escola é estruturada a partir das relações sociais, inserida numa sociedade
em movimento, tornando-se um centro dinâmico de construção do conhecimento e da
produção do saber. Pretende-se, portanto, assegurar um ensino de qualidade,
socializando o conhecimento produzido pela humanidade e garantindo a participação
ativa da comunidade escolar, contribuindo para a formação de cidadãos éticos,
transformadores, conscientes de seus deveres e direitos, para que possam interagir
construtivamente na transformação de sua história e do seu meio.
A escola visa oferecer ao aluno, possibilidades para que ele possa exercer
criticamente as diversas funções sociais que lhe são atribuídas. Para tanto, é preciso
contribuir na formação de alunos capazes de se referirem ao presente de forma
menos passiva, acrítica e apolítica, com os objetivos definidos, construindo e
promovendo o desenvolvimento, sendo agentes de mudanças na sociedade em que
estão inseridos.
Se a educação tem a ciência como base, é preciso que o ensino o ofereça
condições para percebê-la como um modo de pensar e agir em busca do
conhecimento e para que os conceitos atuem sobre o desenvolvimento dos
estudantes, é necessário que a escola organize situações em que estes
conhecimentos sejam processados e transformados em instrumentos simbólicos
mediadores entre o sujeito e a sociedade. Faz-se necessário que o professor seja o
mediador entre o conhecimento e a prática social do aluno, este desenvolve o senso
crítico quando o professor o ajuda a ter acesso ao conhecimento tradicional de modo
crítico.
30
8.4.1 Concepção de Sociedade, de Mundo e de Homem
As transformações pelas quais a sociedade vem passando nos últimos anos,
tem evidenciado que a construção de uma sociedade democrática impõe o resgate da
dívida social, historicamente acumulada para com a maioria da população que vem
sendo marginalizada dos direitos sociais básicos, o que pode ser observado também
na educação.
Para entendermos o papel da escola na democratização social, é importante
lembrar que a educação escolar constitui um instrumento fundamental para a
formação do cidadão, pois tem como função básica a socialização do saber
elaborado, indispensável para a compreensão do mundo e ação sobre ele.
Por vivermos num sistema capitalista, cujo centro é o capital e o lucro, a
sociedade de um modo geral é produto desse sistema, tendo como consequência o
individualismo, o imediatismo, o consumismo e a preocupação exagerada do Ter, em
detrimento do Ser.
Outro determinante que impera na sociedade e no mundo é a violência, assim
como, a falta de impunidade e de se cumprir às leis onde as mesmas devem ser
revistas, o desrespeito ao meio ambiente tem consequências desastrosas em nosso
planeta.
A atualidade, portanto, impõe a escola à necessidade de incorporar discussões
relativas à construção dos significados éticos constitutivos de toda e qualquer ação de
cidadania: a dignidade humana, a importância da solidariedade e do respeito dos
homens entre si e destes com a natureza. A escola é um meio essencial no processo
educativo do aluno, devendo ser de qualidade, transformadora, criativa, auxiliando-o a
construir seus conhecimentos de forma significativa.
Se entendermos o homem como sujeito construído socialmente e
historicamente e que essa construção não tem fim, então percebemos que nossa
prática é significativa e pode contribuir nessa construção, atendendo igualmente, aos
sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e
cultural e às possíveis necessidades especiais para a aprendizagem.
Analisando o mundo e a sociedade que se tem hoje, não podemos fugir da
realidade de que esta está em crise. O que se vivencia é uma sociedade corrupta,
injusta, desumana, desigual e que cada vez mais exclui o ser humano. A escola não
precisa reproduzir este modelo, pelo contrário cabe a ela desencadear um processo
31
de mudança e de valorização do ser humano e que oportunize a todos o saber
escolar.
Por isso, é importante entender o significado de liberdade e poder fazer uso
dessa liberdade, pois, afinal, liberdade é o direito de fazer escolhas e o homem
precisa conceber esse direito, respeitando as diferenças.
8.4.2 Concepção de Escola
A escola é um espaço privilegiado de ensino-aprendizagem, tendo um papel
importante e fundamental na evolução de cada indivíduo que tem acesso a ela.
Contudo, a escola em suas contradições expressa a crise vivida pela sociedade, onde
se manifestam e se reproduzem às relações sociais, políticas, econômicas e culturais,
em constante transformação. Observam-se ações singulares, responsáveis,
equilibradas, criativas, mas também se enfrenta situações difíceis, que muitas vezes
extrapolam os limites da intervenção, gerando a sensação de impotência.
Quem faz os sujeitos da escola pública? De onde vêm? Que referências sociais
e culturais trazem para a escola? Um sujeito é fruto do seu tempo histórico, das
relações sociais em que está inserido, mas é também, um ser singular que atua no
mundo a partir do modo como compreende e como dele é possível participar. Ao
definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui para
determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade.
Acredita-se que a escola é um lugar de socialização do conhecimento, devendo
incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias,
valorizando concepções de ensino e aprendizagem e essa função da instituição
escolar é especialmente importante para que os estudantes tenham nela o acesso ao
mundo letrado. Local onde os valores são pensados, refletidos e cultivados.
Assim, pontua-se que o primeiro desafio que a escola precisa enfrentar é
tornar-se um espaço de criação e de crítica cultural de modo que cada professor,
como intelectual que é, possa desempenhar o papel de crítico cultural e propiciar ao
estudante a compreensão de que tudo que passa por natural e inevitável precisa ser
questionado e pode consequentemente ser transformado.
32
Já o segundo desafio é fazer da escola um espaço de pesquisa, de construção
e reconstrução do conhecimento. É preciso que o professor transcenda a fronteira
entre o acadêmico e o político, o que demanda sair do seguro espaço acadêmico e
entrar em contato com o mundo exterior (sindicatos, movimentos sociais, associações
e outros grupos). Professores intelectuais precisam enfrentar esse desafio, tornando-
se pesquisadores do conteúdo que é ensinado ou da prática que é desenvolvida e
centrando o ensino na pesquisa. Nesse processo o professor aperfeiçoa seu
desempenho profissional, se situa melhor no mundo, se engaja na luta para
transformar e despertar no aluno o espírito de pesquisa, de busca, de ter prazer no
aprender, no conhecer coisas novas. Nesse sentido, a escola precisa considerar o
saber adquirido nas experiências vividas em diferentes situações e espaços, e
propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado
(ciência), bem como a formação voltada para o desenvolvimento humano, e isto
requer a apropriação de conhecimentos para que estes se transformem em
instrumentos simbólicos, mediadores entre sujeito e sociedade.
Olhar a escola como um lugar de formação humana, significa dar-se conta de
que todos os detalhes que compõem o seu dia-a-dia estão vinculados a um projeto de
ser humano, estão ajudando a humanizar ou a desumanizar as pessoas. Se a escola
é lugar de formação humana, significa que ela não é apenas lugar de conhecimentos
formais e de natureza intelectual. A escola é lugar de tratar diversas dimensões do ser
humano de modo processual e combinado.
8.4.3 Concepção de Educação
Educação engloba o processo de ensinar e aprender, é exercida nos diversos
espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do
indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade.
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e da
sociedade amplia-se ainda mais no contexto social de desigualdades, violência e a
busca desenfreada do “ter” em detrimento do “ser” e aponta para a necessidade de se
construir uma escola voltada para a formação de cidadãos para que procurem
33
realmente, se inserir na realidade em que vivem e possam de alguma forma, torná-la
melhor, tanto pessoal quanto socialmente.
Os conhecimentos escolares necessários a uma educação de qualidade
devem, assim, possibilitar o bom desempenho no mundo imediato, bem como à
análise e à transcendência das tradições culturais do aluno. Relevância precisa ser
definida em termos do potencial que certos conhecimentos e processos educacionais
possuem de formar as pessoas capazes de compreender o papel que devem
desempenhar na mudança de seus ambientes e no desenvolvimento de seus países.
Relevância tem a ver com conhecimento e processos que contribuem para formar
sujeitos autônomos, críticos e criativos que procurem compreender como as coisas se
tornaram o que são e o que fazer para que elas venham a ser diferentes.
A educação deve ser vista como um processo de formação humana, que
constrói referências culturais e políticas para a intervenção das pessoas e dos sujeitos
sociais na realidade, visando uma humanidade mais plena e feliz.
Concebemos a educação como um meio de transformação da sociedade e
como mediação de um projeto social. A educação está a serviço da transformação – é
interpretada como uma instância dialética que serve a um projeto, um modelo, um
ideal de sociedade.
A educação e o ensino são processos sociais que ocorrem no individual e no
coletivo e a escola precisa estar permanentemente, fazendo a análise dos
movimentos sociais, econômicos e políticos da sociedade local, nacional e mundial
para promover ajustes no processo educativo para que se torne condizente com as
necessidades de cada momento histórico-social.
Com a velocidade atual de produção do conhecimento científico e tecnológico,
que torna o conhecimento rapidamente superado, o papel da educação se torna
elemento de desenvolvimento social pela correspondência entre os valores e
conhecimentos exigidos para o exercício da cidadania e para as atividades
produtivas, tornando-se elemento central na dinâmica social.
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade
e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
34
8.4.4 Concepção de Cultura
A palavra cultura vem do latim “colere” que significa “cultivar”. Na sociedade
atual, este termo ainda designa a atividade de cultivar a terra. Os filósofos do
Iluminismo passaram considerar o termo, para além da atividade com a terra, quando
nasce um novo conceito de cultura sem extinguir o anterior.
A partir de então a palavra cultura também tem a conotação do complexo que
reúne conhecimento, arte, crenças e costumes que são manifestados de forma
artística, lingüísticas e comportamentais de um grupo social, ou seja, é o sistema de
ideias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes
que caracteriza uma determinada sociedade, de um povo ou de uma civilização.
Para os sociólogos cultura significa conhecimento, costume, educação,
desenvolvimento, moral, moral e bons costumes e crença, que vão sendo aprendidas
a cada geração com algum acréscimo e ou adaptação com a contemporaneidade
sempre preservando as origens.
Nestes termos a cultura se difere de civilização para civilização considerando a
região ou país em que nasceram. Mesmo que migrem levam consigo suas raízes,
aquilo que o faz sujeito em uma comunidade.
Há ainda o conceito de que quanto mais um indivíduo, conhece, sabe e
baseado nisso, se manifesta mais culto ele é.
8.4.5 Concepção de Trabalho
Sobre o trabalho, não existe uma única concepção que seja aceita por toda a
sociedade, pois cada uma delas foi surgindo ao longo da caminhada da humanidade,
em seu contexto histórico, político e social e não elimina as anteriores, coexistindo e
competindo entre si. De toda forma, o trabalho tem como seu fruto, produtos e ou em
serviços. Aquele tangível e este intangível.
Na antiguidade o trabalho era uma ação para os “menores” da sociedade tinha
como base o trabalho realizado por escravos com características desgastantes, duro,
35
degradante e inferior. Era realizado sob um poder baseado na força e na coerção, de
modo que o senhor, seu dono, detinha o direito sobre a vida do escravo. Era quando
o ócio tinha o principal valor, uma vez que atividades intelectuais e/ou políticas não
eram consideradas trabalho.
Atualmente trabalho, numa visão simplista, significa conjunto de atividades,
produtivas, ou criativas que o homem exerce para atingir determinado fim, sendo uma
atividade profissional, regular, remunerada ou assalariada. É o esforço feito por
indivíduos para atingir metas estabelecidas por um indivíduo ou por uma corporação.
Sob uma perspectiva mais apurada, segundo alguns filósofos e sociólogos há
várias concepções de trabalho, as quais apontam ao indivíduo sobre a posição que o
trabalho ocupa em sua vida. No modelo que é definido por meio dos valores humanos
e sua hierarquização. E ainda que, “o trabalho deve ser produtor da própria condição
humana, expressivo, fornecer recompensas de acordo com as necessidades de cada
um, de conteúdo criativo, desafiante e dignificante.”
São definições amplamente compartilhadas e amalgamadas
à parcelas da cultura, ao mesmo tempo em que são tomadas por muitas pessoas,
mesclam-se de conteúdos abertamente declarados e de conteúdos implícitos.
Estando sempre associadas a interesses ideológicos, econômicos, e políticos, sendo
então, instrumento para justificar as relações de poder.
Sendo assim, as concepções de trabalho não podem ser atribuídas a um único
sábio, mestre, filósofo ou qualquer outro único pensador. Elas são frutos do processo
de criação histórica de forma concomitante à evolução dos modos e relações da
organização da sociedade como um todo e das formas de conhecimento humano e de
produção.
8.4.6 Concepção de Tecnologia
A tecnologia tem como significado, a Ciência cujo objeto é a aplicação do
conhecimento técnico e científico para fins industriais, comerciais, científicos e
educacionais. Sendo o conjunto dos termos técnicos de uma arte ou de uma ciência.
Ela está altamente desenvolvida e com uma dinâmica constante, que a cada
dia há uma nova técnica, uma nova configuração, uma nova instrumentalização. Tem
36
como principais objetivos: facilitar e agilizar o trabalho em todas as organizações e
por vezes, não raro, substituir o trabalho humano robotizando tarefas e/ou funções.
Diante disso, na Educação é necessário que se privilegie o uso das linguagens
das tecnologias, de modo que agilize os caminhos para a transmissão do saber, com
uma configuração mais atrativa, mais significativa e assim, oportunize a construção
do conhecimento e a criatividade dos alunos, a partir de um mundo de informações
que se apresentam via rede mundial de comunicação. Isto implica que há de ser ter
mais e mais professores dominando e aplicando de forma significativa, tais
linguagens.
Diante de tal cenário os professores buscam e encontram novos e diferentes
caminhos daqueles que seja a informação transmitida e centralizada no docente,
quando se utilizavam somente das tecnologias tradicionais como, o caderno, lápis,
livros e quadro de giz, atualmente complementares ou de apoio.
Já é consenso que, o uso das novas tecnologias de informação contribui para
que, as relações entre as pessoas mudem, uma vez que muda a forma de
comunicação entre elas e a sociedade, assim sendo, a forma de educar e o papel do
professor também já são outros.
8.4.7 Concepção de Cidadania
Cidadania é o exercício de um cidadão, sendo este, o habitante de uma cidade.
No Brasil é toda sede de município que por sua vez constitui a povoação de um país.
É considerado cidadão o indivíduo que está no gozo dos direitos civis, políticos
e sociais estabelecidos na Constituição de um país, desde que também cumpra com
seus deveres.
O exercício da cidadania é oriundo da consciência de quais são os seus
direitos e deveres e para tal, o indivíduo precisa ser, a princípio, informado a respeito
do básico destes, e na sequência ser agente de busca e atuação dentro dos preceitos
legais.
É a Educação um dos instrumentos de acesso à cultura que viabiliza os
conhecimentos do conteúdo formal do que constitui a cidadania. Contribuindo com a
formação de um sujeito com a condição de cidadão, que vive de acordo com um
37
conjunto de estatutos que forma uma comunidade politicamente e socialmente
articulada.
Um bom exercício da cidadania implica que os direitos e deveres estão
interligados, é o respeito a estes pressupostos que possibilitam uma sociedade com
mais equilíbrio e justiça.
8.4.8 Concepção de Conhecimento
É considerado Conhecimento, quando um indivíduo tem informação, instrução
e sabe sobre algo, que pode ser por descrição, hipótese, conceito, teoria, princípios e
procedimentos.
O conhecimento pode ser classificado em algumas categorias, com tais:
intelectual sensorial, popular, sensorial, filosófico, teológico e científico. Ë um conceito
da Pedagogia que por sua vez significa a Ciência do Ensino.
Só pode ser considerado conhecimento com sabedoria, quando se tem posse
de dados e informações , e na prática se consegue aplicar a combinações entre eles
tornando-a útil para um individuo ou sociedade.
É uma das funções sociais da escola, a apropriação dos conhecimentos
sistematizados sem desconsiderar as demais instituições e espaços sociais como
produtores de saberes.
A atuação escolar, por meio do professor e o uso de diversas tecnologias deve
oportunizar aos alunos conhecimentos sobre as possibilidades e direitos, em um
contexto que apresenta diferenças sociais, culturais e pessoais, buscando a igualdade
de oportunidades, sobretudo, em condições semelhantes aos demais, contrariando a
prática tradicional de que todos os alunos aprendem da mesma forma com as
mesmas estratégias e no mesmo tempo - faixa etária.
Propor o foco curricular no conhecimento historicamente construído com vistas
a capacitar as nova gerações para novas formas de agir e de pensar é assumir uma
postura político pedagógica crítica.
A Proposta Pedagógica Curricular vai além da busca de “romper” com a
formação pragmática e utilitarista da formação para o mercado de trabalho.
38
Considerando que a construção de conhecimento se dá pela relação de um
com o outro, a interatividade, em uma sociedade onde e quando pode acontecer a
uma troca entre os indivíduos em e no seu meio de convívio, sobre os conhecimentos
já registrados com alguns questionamentos de forma a estimular novas e criativas
formas de se construir o saber.
A compreensão do processo de construção do conhecimento escolar facilita ao
professor uma maior compreensão do próprio processo pedagógico, o que pode
estimular novas abordagens, na tentativa tanto de bem selecionar e organizar os
conhecimentos, quanto de conferir uma orientação cultural de currículo.
8.4.9 Concepção de ensino-aprendizagem
O conhecimento não é algo situado fora do sujeito, nem tão pouco algo que o
individuo constrói independentemente da realidade exterior dos demais indivíduos e
de suas próprias capacidades pessoais. É uma construção histórica e social, na qual
interferem fatores de ordem antropológica, epistemológica, cultural e psicológica entre
outras.
Esta é uma questão em constante reflexão uma vez que alguns professores se
especializam, então focam seu planejamento em seus conteúdos e centralizam suas
aulas em fazer o aluno conhecer aquele, seu, conteúdo, aí está se empenhando para
o ensino.
Há também professores que focam seu planejamento e sua atuação, no aluno.
Preocupam-se em identificar suas aptidões, necessidades e interesses com vistas a
auxiliá-lo na coleta das informações de que necessitam no desenvolvimento de suas
habilidades, na modificação de atitudes e comportamentos na busca de novos
significados nas pessoas, nas coisas e nos fastos. Este professor planeja e atua
centrado no aluno e em suas aptidões, capacidades, expectativas, interesses,
possibilidades e condições de aprender, aí está se empenhando para que haja
aprendizagem.
Neste contexto, o papel de educar tem outro olhar, segundo Werner, muda
quando ele diz: “(...) a arte de introduzir ideias na cabeça das pessoas, mas de fazer
brotar ideias.”
39
Nesta perspectiva, o processo de ensino e aprendizagem deve caminhar de
forma concomitante e equilibrada, fazendo-se necessário utilizar métodos para a
aprendizagem e valorizando-se o conhecimento empírico e o conhecimento adquirido.
Por mais que a metodologia, a tecnologia da informação e os materiais
didáticos possam contribuir para que a aprendizagem se realize nada pode substituir
a cultura do próprio aluno, é ele que vai modificar e construir o novo a partir da
interpretação.
As aprendizagens que os alunos realizam na escola são significativas na
medida em que conseguem estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os
conhecimentos previamente construídos, conectados aos seus contextos de vida e
que atendam as expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno.
As reflexões sobre a atuação em sala de aula, os debates e as teorias ajudam
a conhecer os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem
considerados, provocam mudanças significativas no diálogo entre ensino e
aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na
comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e
ao que aprendem.
Assim, a aprendizagem se dá no convívio social com uma relação
interdependente com a realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias
capacidades pessoais. É uma construção histórica e social na qual interferem fatores
de ordem bio-psico-social-espiritual, ambiental e cognitivo.
O ensino deve garantir a formação de homens livres, participativos, capazes de
compreender seu momento histórico, interferindo, criando e transformando.
Para atingir este objetivo, cabe a escola viabilizar a construção do
conhecimento a partir de aprendizagens significativas, pautadas na realidade dos
indivíduos, instruindo-os, gradativamente, para uma atuação consciente na realidade,
lendo e compreendendo as relações e atuando de forma intencional.
8.4.10 Concepção de avaliação
A palavra avaliar significa: determinar a importância de alguma coisa é também
o ato de estabelecer a valia de algo.
40
Na educação escolar a avaliação é um processo sistematizado de registro e
apreciação dos resultados obtidos, primeiramente, em um ato com sentido de avaliar
para diagnosticar e durante o processo de ensino aprendizagem avaliação tem vistas
para as metas educativas estabelecidas previamente no Plano de Trabalho Docente.
A avaliação de aprendizagem escolar é feita através de provas escritas, orais, testes,
e outros vários instrumentos possíveis. Diante do exposto conclui-se que a avaliação
representa um recurso dos mais importantes para orientação da prática pedagógica.
Tal recurso deve manifestar-se como um mecanismo diagnóstico da situação
de ensino-aprendizagem, portanto, deve ser uma ação que ocorre durante o processo
de ensino aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados
como fechamentos de grandes etapas de trabalho que envolve o professor e alunos.
A prática avaliativa subsidia o professor com elementos para uma reflexão
contínua sobre a sua ação pedagógica, sobre a criação de novos instrumentos de
trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou
reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de
todo grupo. Para o aluno, será um instrumento de tomada de consciência de suas
conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na
tarefa de aprender. Para a escola, possibilitará definir prioridades e localizar quais
aspectos das ações educacionais demandam maior investimento.
Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor pode buscar na
avaliação diagnóstica as características e os saberes de seus alunos, podendo assim,
adequar suas estratégias de ensino, definir conteúdos e o nível de profundidade em
que devem ser abordados. A avaliação diagnóstica também proporciona o
planejamento de diferentes tipos de avaliação, com linguagens diversas: verbal,
gráfica, numérica, pictórica entre outras. Com isso, sugere-se que o professor atue
como mediador observando o que o aluno “já conhece” e o que “pode vir a conhecer”,
identificando seu desenvolvimento real para atingir suas potencialidades.
A função de avaliador, no contexto escolar, é tradicionalmente atribuída ao
professor, no entanto, também pode ser delegada aos alunos em determinados
momentos (sem vinculação com a nota), é uma condição didática necessária para
que construam instrumentos de auto-regulação para as diferentes aprendizagens. A
auto avaliação é uma situação de aprendizagem em que o aluno desenvolve
estratégias de análise e interpretação de suas produções e dos diferentes
procedimentos para se avaliar. Vasconcellos (1998) diz:
41
“Enquanto instituição, o papel que se espera da escola é que possa colaborar na formação do cidadão (objetivo de que participa outras instâncias sociais) pela mediação do conhecimento científico, estético, filosófico (especificidade)”. [...] Assim sendo, compreendemos que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do sujeito pela mediação da efetiva construção do conhecimento, a aprendizagem por parte dos alunos.
Portanto, avaliar não significa verificar “o que ficou” em nível de reprodução de
conhecimento (do livro, das ideias do educador, da reprodução que o educador faz
durante as aulas, etc.), mas a produção de conhecimento, a redefinição pessoal, o
posicionamento e a postura do educando frente às relações entre o conhecimento
existente numa determinada área de estudo e realidade sócio-educacional em
desenvolvimento.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal, sobre a memorização.
A avaliação faz uso de procedimentos que assegurem o acompanhamento do
pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
8.4.11 Concepção de Recuperação de Estudos
Recuperar algo significa readquirir o perdido, no caso de recuperação de
estudos é ter a oportunidade de readquirir aquilo que não pode ser retido com
compreensão e significado.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos. Ela acontece de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
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As atividades e instrumentos voltados à recuperação são organizados de forma
que deem mais significados aos conteúdos, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados.
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos. Os
conteúdos da disciplina e o resultado da recuperação substituirá a avaliação anterior
na medida em que esta apresentar evolução no processo de ensino aprendizagem
superando os resultados anteriores.
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida
escolar.
Tais resultados serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período
letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.
8.4.12 Concepção de educação especial
De acordo com a LDBN n. 9.394/96 e sua regulamentação pelas Diretrizes
Nacionais da Educação Especial e pela Deliberação N.º 02/03/CEE/PR aprovada em
02/06/03 a Educação Especial é conceituada e praticada como modalidade
educacional cujo fim é oferecer recursos e serviços educacionais especializados aos
alunos que apresentam necessidades educacionais em todo o fluxo educacional.
A Educação Especial, como integrante dos sistemas educacionais, é
modalidade de educação que compartilha os mesmos pressupostos teóricos e
metodológicos presentes nas diferentes disciplinas dos demais níveis e modalidades
de ensino.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de
aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente, bem
como pelos recursos e apoios que a escola deverá proporcionar, objetivando a
remoção das barreiras para a aprendizagem.
43
8.4.13 Concepção de Alfabetização e Letramento
Entende-se que letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro
de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do
educando, constituindo-se num processo permanente, confirmado quando o sujeito da
aprendizagem adquire o hábito e habilidade na busca da leitura em diversos gêneros.
Sendo então: alfabetizar o ensinamento da escrita e leitura e letrar é ensinar
proporcionando o desenvolvimento da capacidade de escrever, ler, compreender,
interpretar e contextualizar o que se lê.
Alfabetizar e letrar tratam-se de processos complementares, ou seja,
alfabetizar letrando, de forma articulada no trabalho pedagógico regular em todas as
disciplinas, bem como nas atividades complementares, especificamente na sala de
apoio.
8.4.14 Concepção de Infância e adolescência articulado à concepção de ensino
aprendizagem
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considera-se criança,
a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e
dezoito anos de idade.
A infância é um período de desenvolvimento intelectual, psicológico, físico e de
construção da personalidade, por isso segundo o ECA, esta criança precisa de uma
proteção. A fase entre dez e doze anos é considerada pré-adolescência, onde ocorre
o início da puberdade. A criança nesta faixa etária passa a compreender mais as
regras sociais, começam as preocupações como as expectativas de ser aceito pelo
grupo, ou certas diferenças em relação a outras crianças da mesma faixa etária.
A palavra adolescência vem do antigo vocábulo “tone” que significa ofensa,
irritação e aflição; sua etimologia vem do latim, “adolescere” que significa crescer. Os
adolescentes hoje, não são melhores nem piores do que antigamente, mas sim,
44
diferentes, pois, paralelamente à transformação morfológica, opera-se uma
transformação metabólica produzida pelo aparecimento de novos hormônios, assim
como a aceleração biológica, a orfandade devido à omissão e ausência dos pais.
Esse período de transformações e construções ajudará o adolescente a se
libertar de seus traços infantis e a desenvolver sua independência de ideias, de
tomada de decisão. Nessa fase pode ser difícil para nós, adultos, manter os canais de
comunicação abertos, mas é preciso mantê-los, pois o adolescente não pode
controlar sozinho suas emoções de forma racional, tampouco está equipado para
enfrentá-las. Muitas vezes ele é reprimido, para que continue a ser criança boazinha e
obediente de ontem, ou é reprimido para que se comporte como o adulto, mas ele é
simplesmente um “adolescente” com suas particularidades, muitas vezes hostilizado
ou mesmo abandonado. Muitas vezes seus problemas, parecem “banais” para o
adulto, mas, para eles, são graves, e importantes, porque são vividos, sentidos e
sofridos.
Os adultos que não podem enfrentar suas próprias dificuldades não estão
capacitados a enfrentar os problemas que surgem na vida do adolescente.
As medidas disciplinares funcionam de forma mais afetiva quando eles
colaboram na elaboração das regras e das penalidades por sua desobediência; é
preciso aprender a se comunicar e abandonar as regras verbais intermináveis que o
deixam desanimado. Os gritos apenas enfraquecem a autoridade e fazem o
adolescente levar vantagem. É preciso falar seriamente com ele sobre a situação,
pois não pode fazer o que quiser e que exista regras necessárias à harmonia e à paz
– estabelecer um acordo formal (por escrito) – escolher elementos motivadores que
sejam importantes para eles. Recompensar imediatamente (reforço positivo) – é
preciso mais atividade física e menos intelectual, trabalhos que requerem
movimentação (música, desenho, oficinas, trabalhos manuais) – ser firme e amoroso,
pois quanto mais difícil for o aluno, mais necessidade de amor e aceitação ele tem.
Mesmo que ele rejeite tudo o que fizer, jamais o rejeite.
8.4.15 Concepção de Gestão Escolar
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A gestão democrática implica na efetivação de novos processos de
organização e gestão baseados em uma dinâmica que favorece o processo coletivo e
participativo nas decisões.
O gestor tem a incumbência de promover a organização, a mobilização e a
articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o
avanço do processo educacional do estabelecimento de ensino orientado para a
promoção efetiva para melhorar o desempenho na aprendizagem dos alunos, pois a
administração se firma na decisão coletiva e constitui-se em efetivo espaço de
comprometimento dos representantes da comunidade interna e externa com o projeto
pedagógico elaborado de forma compartilhada.
Para alcançar uma gestão com princípios democráticos, o gestor deve dar
ênfase ao trabalho coletivo, compartilhar sua administração com equipe pedagógica,
professores, setores administrativo e de serviços gerais, APMF, Grêmio Estudantil,
Conselho Escolar, alunos e comunidade escolar, descentralizando e mediando
funções, pois na educação não se consegue alcançar os objetivos trabalhando
sozinho.
A gestão democrática garante autonomia para construir seu próprio Projeto
Político Pedagógico e estabelecer seu sistema de funcionamento em consonância
com política educacional do estado. Nesse sentido a escola torna-se democrática
para sua essência pedagógica, traduzida por seu caráter público, pelas novas
relações sociais que estabelece pela democratização das decisões, pela formação da
cidadania.
O processo eletivo, por exemplo, passa a concretizar uma parte importante da
democracia na escola, pois a administração democrática ao se firmar na decisão
coletiva constitui-se, em efetivo espaço de comprometimento dos representantes da
comunidade interna e externa com o projeto pedagógico elaborado de forma
compartilhada.
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação, no estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares definidas
no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a
política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
46
9 CURRÍCULO
9.1 Concepção de currículo
Podemos situar o currículo como um produto histórico, resultado de um
conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os
saberes que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por
sua vez são também históricos e sociais. Nesta perspectiva, o currículo deve oferecer,
não somente vias para compreender tanto os saberes nele inseridos, como também,
os movimentos contraditórios os quais a sociedade vem enfrentando e de que forma
os sujeitos se inserem neles. Envolve todas as ações, aspirações e concepções sobre
o ato educativo, é a expressão das concepções (de homem, de sociedade, de mundo,
de ensino e aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola
e seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela vividas. O currículo
não é neutro, é condicionado pela pluralidade de imagens sociais que nos chegam de
fora. Imagens sociais de crianças, adolescentes e jovens nas hierarquias sociais,
raciais ou de gênero, no campo e na cidade ou nas ruas e morros. Essas imagens
sociais são a matéria prima com que configuramos as imagens e protótipos de alunos.
Tantos coletivos escolares e de áreas reagem a visão mercantilizada dos
educandos e dos conteúdos de sua docência, porém não empobrecem e
desqualificam os currículos, nem negam o direito ao trabalho, antes, estão
privilegiando outros conhecimentos sobre o mundo do trabalho, ao reconhecer os
educandos como sujeitos de direito ao trabalho e a se conhecerem nos limites desse
direito.
É preciso que no currículo escolar os objetivos sejam claros; deixar
transparente as propostas, as diretrizes que norteiam o trabalho pedagógico, os
conhecimentos científicos, os conteúdos escolares, os saberes trabalhados, as
técnicas, os meios, os métodos de trabalho docentes e discentes e as diferentes
formas que a escola propõe para o enfrentamento dos problemas sociais,
econômicos, políticos e culturais. O currículo situa-se como um produto histórico,
resultado de um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e
organizam os saberes que circunstanciam as práticas escolares na formação dos
sujeitos que, por sua vez são também históricos e sociais. Portanto, o currículo deve
47
oferecer, não somente vias para compreender os saberes nele inseridos, como
também, os movimentos contraditórios que a sociedade enfrenta e de que forma os
sujeitos se inserem neles. Assim, o currículo acaba se manifestando nas tensões e
contradições entre o caminho que se almeja percorrer, a interação deste caminho e o
ponto de chegada dele.
A seleção curricular deve expressar a realidade da sociedade para a qual se
destina, ao invés de expressar padrões alheios. Isso implica compreender a natureza
dessa sociedade e organizar a educação e o currículo para que expressem e criem os
valores adequados à uma sociedade democrática instruída e a uma cultura comum.
Para montar um currículo deve-se levar em conta a sociedade em que se vive
o mundo globalizado em que nossa sociedade se situa as culturas, as desigualdades
e as diferenças culturais, o alunado com quem trabalhamos assim como os
conhecimentos que julgamos relevantes ao mundo de hoje. Assim, a escola poderá
ajudar o estudante a melhor entender como o mundo opera e torná-lo melhor.
Portanto, é preciso haver sensibilidade por parte dos educadores a qual deverá
se traduzir em ações pedagógicas de transformação do sistema educacional em um
sistema inclusivo, democrático e aberto à diversidade.
9.2-Currículo para Ensino Fundamental
Sabe-se que o Ensino Fundamental tem duração de 9 anos, abrange a
população na faixa etária dos seis aos quatorze anos de idade e se estende a todos
os que na idade própria não tiveram condições de freqüentá-lo. Contudo aqui
trataremos do período final desta etapa sendo do 6º ao 9º ano. Nesta fase os
educandos são preparados para encontrar soluções aos desafios e a lidar com as
diferentes linguagens dentro e fora do espaço escolar, assim a busca pela autonomia
e conhecimentos, adquirem novas formas de manifestação na vida prática.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, articulam-se
com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica (Parecer
CNE/CEB n 7/2010 e Resolução CNE/CEB n 4/2010) reúnem os princípios,
fundamentos e procedimentos definidos para esta etapa da escolarização. Desse
modo, salientam-se algumas questões relevantes para o fazer pedagógico: as escolas
48
que ministram esse ensino deverão assegurar o acesso ao conhecimento e aos
elementos da cultura imprescindíveis para o desenvolvimento pessoal e social do
aluno; a educação escolar, comprometida com a igualdade do acesso ao
conhecimento e especialmente empenhada em garantir esse acesso aos grupos em
desvantagem na sociedade, será uma educação com qualidade social e contribuirá
para diminuir as desigualdades historicamente produzidas, assegurando a
permanência e o sucesso, redução da evasão, da retenção e das distorções
idade/ano.
O currículo do Ensino Fundamental tem uma base nacional comum,
complementada em casa sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar. Essa
articulação possibilita a sintonia dos interesses mais amplos de formação básica do
cidadão com a realidade local, as necessidades dos alunos, as características
regionais da sociedade, da cultura e da economia. Os componentes curriculares
obrigatórios do Ensino Fundamental são assim organizados em relação as áreas do
conhecimento:
I – Linguagens:
Arte
Língua Portuguesa
Língua Estrangeira Moderna
Educação Física
II – Matemática
III – Ciências da Natureza
IV – Ciências Humanas
História
Geografia
V – Ensino Religioso – de matrícula facultativa ao aluno, é parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui componente curricular dos horários normais
das escolas, assegurando o direito à diversidade cultural e religiosa do Brasil e
dedadas quaisquer formas de proselitismo, conforme o art. 33 da Lei n 9.394/96.
Na passagem dos anos iniciais para os anos finais do Ensino Fundamental,
especial atenção será dada: ao planejamento da oferta educativa dos alunos
transferidos das redes municipais para as estaduais; à coordenação das demandas
específicas feitas pelos diferentes professores aos alunos, a fim de que os estudantes
49
possam melhor organizar as suas atividades diante das solicitações diversas que
recebem. Sendo assim, a necessária integração dos conhecimentos escolares no
currículo favorece a sua contextualização e aproxima o processo educativo das
experiências dos alunos.
Para finalizar, ressalta-se que a instituição (professores-alunos-funcionários)
com o apoio das famílias e comunidade, envidarão esforços para assegurar o
progresso contínuo dos alunos no que se refere ao seu desenvolvimento pleno e à
aquisição de aprendizagens significativas, lançando mão de todos os recursos
disponíveis e criando oportunidades para evitar que a trajetória escolar discente seja
interrompida.
9.3- Currículo Ensino Médio – 1º ao 3º Ano
O Ensino Médio, neste colégio é ofertado do 1º ao 3º ano. A faixa etária dos
alunos desta etapa de escolarização convive com as dificuldades para, conciliar
trabalho e estudo fator que, contribui para que grande parte da população jovem
esteja fora da escola. No ano de 2017 não há turma aberta desta modalidade,
contudo a autorização de funcionamento é válida. Haverá a cessação temporária
desta oferta de ensino no período de suspensão das atividades por até 02 (dois)
anos. Esta suspensão poderá ser prorrogada por mais um único período de até 02
(dois) anos. De acordo com relatório do Banco Mundial a projeção para 2015 é de que
50% dos adolescentes de 15 a 19 anos estarão matriculados no Ensino Médio.
O denominador comum dos cursos noturnos é, sem dúvida, o trabalho. Esta é
uma fase da vida em que o aluno passa por um desgaste ao mesmo tempo adquiri
ganhos potenciais, por já estar inserido no mundo do trabalho, mais amadurecido
pode avançar no seu percurso escolar desde que lhe sejam dadas condições.
E, formar os alunos para cidadania e para o mundo do trabalho, requer o
acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade,
a fim de possibilitar ao, já atual e, futuro cidadão trabalhador, que se aproprie das
etapas do processo, de forma conceitual e operacional. Permitindo-lhe atuar no
mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica e interventiva.
50
Propõe-se abordar os conhecimentos disciplinares de modo contextualizado,
numa perspectiva interdisciplinar de um ponto de vista questionador. Proporcionando
formação pluridimensional garantindo conhecimentos escolares contemplados em
suas dimensões científica, artística e filosófica para além do humanismo clássico.
Dessa forma espera-se que os egressos do Ensino Médio se tornem sujeitos
capazes de analisar, criticar e intervir positivamente no tempo em que vivem, pois
compreenderão a lógica da sociedade técnico-científica no contexto das relações
sociais e de trabalho.
O currículo do Ensino Médio tem como elemento fundamental as estruturas
sócio-históricas marcadas por uma metodologia que faz uso necessariamente de
conceitos teóricos precisos e claros voltados à abordagem das experiências sociais,
dos sujeitos históricos produtores do conhecimento. Sendo assim, contexto, não é o
entorno contemporâneo e espacial de um objeto ou fato.
Compreender o currículo como documento e como ação político-pedagógica
torna evidente a relação entre “o que e para quê” ensinar, com “o que os alunos
devem ser”.
A discussão do currículo como construção social passa, inevitavelmente, pela
discussão a respeito dos sujeitos no Ensino Médio. Eis algumas questões a serem
também consideradas:
I. Quem são os sujeitos envolvidos no Ensino Médio da escola pública?
II. De onde vêm?
III. Que referências sociais e culturais trazem para a escola?
IV. O que a escola e o currículo querem que eles conquistem?
Pensar uma política pública para Ensino Médio, a partir da realidade desses
sujeitos, exige que se tenha claro que não são sujeitos sem rosto, sem história sem
origem de classe ou fração de classe.
“Os sujeitos a que nos referimos são predominantemente jovens e, em menor número, adultos, de classe popular, filhos de trabalhadores assalariados ou que produzem a vida de forma precária por conta própria, do campo e da cidade, de regiões diversas e com particularidade socioculturais e étnica”. (FRIGOTTO, G. 2004, p. 57).
De fato, o Ensino Médio não pode ter na dicotomia da preparação para o
vestibular ou para o mercado de trabalho, uma única possibilidade de escolha. É
51
preciso que o currículo lhe dê um significado mais amplo, para além das amarras de
sua dualidade estrutural histórica. Por isso, na construção das novas perspectivas:
(...) é preciso que o ensino médio defina sua identidade como última etapa da educação básica mediante um projeto que, conquanto seja unitário em seus princípios e objetivos, desenvolva possibilidades formativas que contemplem as múltiplas necessidades socioculturais e econômicas dos sujeitos que o constituem adolescentes, jovens e adultos –, reconhecendo-os não como cidadãos e trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeitos de direitos no momento em que cursam o ensino médio (RAMOS apud CIAVATA, 2004, p. 41).
Consideram-se, então, as dimensões formadoras do sujeito: a complexidade
histórica e social e a singularidade. Ou seja, o estudante do Ensino Médio é uma
pessoa de um tempo histórico específico, que sofre as influências dos movimentos e
das determinações de sua época. É uma pessoa que tem uma origem social, que
marca sua constituição como sujeito. Não se reduz, porém, a estas circunstâncias
históricas e sociais porque é, também, um ser singular, alguém que interpreta e dá um
sentido ao mundo, à sua vida e à sua história.
A Instrução nº 006/009 da SUED/SEED orienta os procedimentos do Estado
dos estudantes da Educação Profissional Técnica de nível médio, do Ensino Médio,
da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na modalidade
Profissional da Educação de Jovens e Adultos.
9.3.1 Flexibilização do Currículo
A flexibilização do currículo, considerando como público-alvo os alunos da
Educação Especial, é baseada na ação docente quando o professor deve levar em
consideração os aspectos emocionais, atribuindo-lhes o mesmo nível de importância
das demais capacidades cognitivas e linguísticas.
Para o aluno desta área, além do currículo propriamente dito, é necessário
conhecer cada um na sua individualidade, respeitar o seu tempo, reconhecer aquilo
que é importante para cada um, formar vínculo e ajudá-lo a se perceber.
Nesse contexto, o professor deve assumir o papel de motivador e articulador
na busca de recursos que atendam à necessidade de aprendizagem do aluno,
sensibilizando-o na construção do conhecimento e propiciando ambiente sócio afetivo
52
favorável ao alcance da autonomia intelectual, moral e social, utilizando- se de todos
os recursos disponíveis para efetivação e valorização da aprendizagem.
Este é um trabalho colaborativo entre o professor da Sala de Recursos
multifuncionais - SRM e os das diferentes disciplinas. É importante e fundamental que
os profissionais envolvidos mantenham um diálogo constante, somando suas
responsabilidades quanto ao processo de ensino, e após conhecer as necessidades e
potencialidades do aluno, estabeleçam objetivos comuns a serem alcançados, como
possibilitar o acesso e a flexibilização curricular, a avaliação diferenciada, a
organização de metodologia, a produção de materiais didáticos acessíveis e as
estratégias pedagógicas a serem aplicadas em sala de aula, visando assim, atender
às necessidades educacionais especiais do aluno.
No contexto da educação inclusiva, portanto, pode-se entender a flexibilização
ou adaptação como a resposta educativa que é dada pela escola para satisfazer as
necessidades educativas de um aluno ou de um grupo de alunos, dentro da sala de
aula comum, na medida em que o que se faz ou deve-se fazer são ajustamentos,
adequações do currículo existente às necessidades do aluno.
Em cumprimento aos preceitos legais e às recomendações de documentos
nacionais e internacionais, que destacam diretrizes para a construção de espaços
educacionais inclusivos, a oferta de serviços de apoio complementar e suplementar
especializados, nas escolas da rede pública de ensino, para o público-alvo da
Educação Especial, é acrescido do atendimento aos alunos com transtornos
funcionais específicos, organizado na de SRM, Professor de Apoio à Comunicação
Alternativa (PAC), Professor de Apoio Educacional Especializado, (PAEE) e Tradutor
e Intérprete de LIBRAS (TILS), Guia Intérprete e Professor Itinerante.
No estado do Paraná, o serviço de apoio complementar à escolarização, no
contexto da escola regular, é ofertado a alunos com Deficiência Intelectual (DI),
Deficiência Física Neuromotora (DFN), Deficiência Visual e Baixa Visão (DV), Surdez,
Surdocegueira, Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), Transtornos
Funcionais Específicos (TFE) e Altas Habilidades/ Superdotação (AH/SD).
As flexibilizações/adaptações são necessárias no currículo para atender à
diversidade de alunos que estão presentes na escola, atualmente, num processo
supostamente inclusivo.
O processo de flexibilização/ adaptação não pode ser entendido como uma
mera modificação ou acréscimo de atividades complementares na estrutura curricular.
53
Ele exige que as mudanças na estrutura do currículo e na prática pedagógica estejam
em consonância com os princípios e com as diretrizes do Projeto Político Pedagógico,
na perspectiva de um ensino de qualidade para todos os alunos.
É importante ressaltar que flexibilizar/adaptar o currículo não significa
simplifica-lo ou reduzí-lo, mas torná-lo acessível, o que é muito diferente de
empobrecê-lo. O processo de flexibilização, tampouco pode ser entendido como uma
mera modificação ou acréscimo de atividades complementares na estrutura curricular,
pois há aprendizagens imprescindíveis a todos os alunos, das quais não podemos
abrir mão. Há saberes que são essenciais como base 12 para outras aprendizagens e
que devem ser mantidos, como garantia de igualdade de oportunidades de acesso a
outras informações, portanto fundamentais para a construção do conhecimento. Se o
que buscamos é a igualdade de oportunidades, temos que aumentar a qualidade da
educação que oferecemos e não diminuí-la.
É preciso ter em mente que as adaptações/flexibilizações que estão sendo ou
terão necessidade de serem propostas se referem às diversas áreas da deficiência,
daí o alerta para observar as necessidades educacionais especiais peculiares a cada
aluno. Ainda, é preciso levar em conta que alunos com a mesma deficiência podem
exigir diferentes adaptações de metodologia para diferentes conteúdos e objetivos.
a) Adaptações de materiais: A adaptação do material pedagógico propicia a
interação, convivência, autonomia e independência nas ações; aprendizado de
conceitos, melhoria de auto-estima e afetividade do aluno com necessidades
educacionais especiais, bem como favorece o aprendizado dos demais alunos da
turma, que eles tiverem acesso ou necessitar utilizar.
b) Adaptações no processo de avaliação: nesta área da prática pedagógica,
também, se fazem necessários ajustes e flexibilizações, seja por meio de modificação
de técnicas, como dos instrumentos utilizados. O documento do MEC/SEESP (2000,
p. 28) nos apresenta alguns exemplos de ajustes possíveis e necessários, tais como:
• utilizar diferentes procedimentos de avaliação, adaptandoos aos diferentes estilos e
possibilidades de expressão dos alunos; • possibilitar que o aluno com severo
comprometimento dos movimentos de braços e mãos se utilize do livro de signos para
se comunicar, em vez de exigir dele que escreva com lápis, ou caneta, em papel; •
possibilitar que o aluno cego realize suas avaliações na escrita braile, lendo-as então,
oralmente, ao professor; • nas provas escritas do aluno surdo, levar em consideração
o momento do percurso em que ele se encontra, no 18 processo de aquisição de uma
54
2ª língua, no caso, a língua portuguesa. (p. 28 e 29). Julgamos importante reforçar
que as adaptações feitas, neste item da proposta curricular, devem estar diretamente
relacionadas com os objetivos e os conteúdos estabelecidos.
c) Adaptações do espaço físico e organização tempo: esta é uma ação
colocada como uma das primeiras responsabilidades do professor, no que se refere
ao compromisso de garantir a todos os alunos o acesso ao conhecimento que lhe
cabe socializar. As medidas de apoio planejadas dentro desta lógica certamente
contribuirão para facilitar o processo de aprendizagem de qualquer aluno,
particularmente daqueles que apresentam necessidades educacionais especiais.
É preciso lembrar que numa mesma escola e, até mesmo, sala de aula pode
haver alunos com necessidades educacionais especiais, decorrentes de deficiência
de diferentes áreas e que, o professor, ao estabelecer as flexibilizações/ adaptações
deverá considerar tais especificidades.
A flexibilização do currículo para os alunos que se enquadram no Programa
SAREH tem como objetivo o atendimento educacional aos educandos, que se
encontram impossibilitados de frequentar a escola em virtude de situação de
internamento hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do
processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar.
O nosso objetivo enquanto instituição será garantir aos alunos pacientes ou em
tratamento domiciliar um conjunto de ações, que lhes possibilite a continuidade das
suas atividades escolares, reintegrando-o à escola aqueles que estão fora do
contexto de ensino, incentivando o crescimento e desenvolvimento intelectivos e
sócio-interativo, fortalecendo o vínculo entre o aluno paciente e o seu processo de
aprendizagem, amenizando a trajetória acadêmica durante o seu período de
internação hospitalar ou exercício domiciliar.
Com o Programa Busca Ativa, busca-se confirmar a concepção democrática da
escola como direito de todos, não apenas um direito legal, mas uma preocupação
com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes
na escola. Por este motivo a flexibilização curricular se torna uma ferramenta na
busca da superação deste desafio.
O abandono escolar constitui-se como uma grave forma de violência contra a
criança e o adolescente, sendo fundamental que a comunidade escolar e a Rede de
Proteção Social da Criança e do Adolescente articulem-se para evitar sua ocorrência
e/ou para promover a reintegração escolar dos(as) estudantes infrequentes, conforme
55
Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Estatuto da
Criança e do Adolescente e outras leis vigentes.
A qualquer tempo, assim que o(a) estudante retornar à escola, a equipe
pedagógica deverá arquivar o(s) Formulário(s) (com as providências adotadas pela
Rede de Proteção, Conselho Tutelar e/ou Ministério Público). O(a) estudante será
submetido a uma avaliação pedagógica destinada a detectar possíveis deficiências de
aprendizagem e/ou perda dos conteúdos ministrados durante sua ausência, com o
subsequente planejamento de atividades em regime de contra turno destinadas a
assegurar o bom aproveitamento escolar.
A cada semestre, as escolas farão à síntese de seu trabalho de Combate do
Abandono Escolar e enviarão ao NRE e este, deverá encaminhar as informações à
SEED. Professores, Equipe Pedagógica e Direção proporcionarão ao(a) estudante um
ambiente receptivo e acolhedor, contando com ações pedagógicas de adaptação
curricular, quando verificada necessidade.
O fato de o(a) estudante não ter condições de progredir de série em virtude do
número de faltas registradas não impede sua reinserção escolar, devendo receber as
orientações e o suporte devidos para futura readequação idade-série, a partir de um
Plano Personalizado de Atendimento voltado à aceleração da aprendizagem com
aproveitamento.
9.4 Matriz Curricular
9.4.1 Matriz Curricular – Ensino Fundamental – Anos Finais
BASE
NACIONAL
COMUM
6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
Ciências 3 3 3 3
Artes 2 2 2 2
Ed. Física 2 2 2 2
Ens.
Religioso*
1 1 ------ ----
Geografia 2 3 3 3
História 3 2 3 3
L Portuguesa 5 5 5 5
Matemática 5 5 5 5
Sub-Total 23 23 23 23
56
LEM(Inglês) 2 2 2 2
Sub-Total 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. Ensino Religioso* - Disciplina de matrícula facultativa.
9.4.2 - Matriz Curricular - Ensino Médio
BASE
NACIONAL
COMUM
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Arte --- 2 ----
Biologia 2 2 2
Ed. Física 2 2 2
Física 2 2 3
Geografia 2 2 2
História 2 2 2
L. Portuguesa 4 2 4
Matemática 3 3 4
Química 2 2 2
Filosofia 2 2 2
Sociologia 2 2 2
Sub- Total 23 23 25
LEM - Espanhol 2 2 ---
Sub-total 2 2 ---
Total Geral 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
10. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS
Além do seu papel principal, que é o de passar aos alunos os conhecimentos
científicos acumulados pela humanidade, a escola depara-se com outra missão: sua
Função Social, a qual envolve práticas sociais, ou seja, questões econômicas,
políticas, culturais, ambientais, morais, religiosas, enfim, de toda ordem.
Esses desafios educacionais contemporâneos expressam conceitos e valores
básicos à democracia e à cidadania e permeiam todas as áreas do conhecimento.
Eles atendem ao artigo 22 da LDB n. 9.394/96, o qual afirma que: “A educação Básica
tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores”.
57
Isso significa que a escola, mais que oferecer um rol de conteúdos, deve
considerar e promover, no processo educativo, a convivência em sociedade. É
importante salientar que esses desafios vão além do cumprimento legal. Eles surgem
dos movimentos sociais que pleiteiam a conquista de direitos, a correção de injustiças
sociais contra formas de discriminação ou contra excessos e abusos de poder
cometidos pela sociedade.
É preciso situar alguns dos Desafios Socioeducacionais postos a escola, são
eles:
10.1 História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – Lei n° 11.645/08
A promoção da Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e
Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena configuram-se como ações afirmativas, no
sentido de reconhecer as contribuições desses povos na formação do Brasil e
valorizar a diversidade cultural brasileira formada a partir das heranças culturais
europeias, indígenas e africanas. O trabalho com esses desafios socioeducacionais
na escola torna a educação comprometida com as origens do povo brasileiro, fazendo
com que o coletivo escolar compreenda o papel dos profissionais da educação, da
escola, da própria dinâmica escolar em relação aos saberes transmitidos, bem como
o perfil de aluno que se quer formar. Ou seja, abordar essa temática, significa que a
escola, como um todo, está predisposta a desconstruir estereótipos e preconceitos
presentes nos materiais didáticos, assim como combater o racismo e os diferentes
tipos de discriminação. Por fim, a importância da efetivação da educação das relações
étnico-raciais nas práticas escolares proporciona avanços nos processos de
democratização do ensino, uma vez que evidencia o reconhecimento do direito de
igualdade entre os povos que constituem a nossa nação.
10.2 Educação Ambiental - Lei Federal 9795/99, Dec. 4201/02
Com a finalidade de refletir sobre as práticas escolares e planejar as ações
sustentáveis que fortaleçam a Educação Ambiental na escola, considerando as
58
dimensões de espaço físico, gestão democrática e organização curricular. Trazer a
questão ambiental para o processo educativo é incorporar nas ações e reflexões
pedagógicas a discussão da problemática da intervenção humana no ambiente,
baseado no princípio da cidadania. Nesse sentido, busca-se desenvolver novos
valores sociais, uma nova consciência ambiental, critica, reflexiva e participativa,
voltada para a conservação do meio ambiente e melhoria da vida dos seres vivos no
planeta. Assim, faz-se necessário uma reflexão do papel da comunidade escolar
nesse processo. Isso porque a Educação Ambiental se constitui numa forma
abrangente de educação, que propõe atingir todos os cidadãos através de um
processo pedagógico participativo permanente, que procura incutir no aluno uma
consciência sobre a problemática ambiental.
10.3 Prevenção ao uso indevido de drogas - Lei Federal 9795/99, Dec. 4201/02
A prevenção ao uso indevido de drogas exigem por parte dos profissionais da
educação um compromisso com o trabalho coletivo e a gestão democrática em todas
as circunstâncias do processo de ensino e de aprendizagem escolar. A prevenção,
nos espaços escolares, desenvolve-se por meio das abordagens disciplinares e
contempla o conhecimento científico acumulado e sistematizado sobre esse assunto,
bem como o envolvimento de todos os sujeitos que atuam no espaço escolar.
10.4 Sexualidade humana - Lei Federal 9795/99, Dec. 4201/02
Falar da sexualidade implica repensar preconceitos, quebrar velhos
paradigmas e, sobretudo, superar hipocrisias presentes há muito tempo. Assim,
embora seja um desafio comum a toda a sociedade brasileira, o assunto encontra na
escola, por seu papel e clientela a qual se destina espaço privilegiado para reflexão.
É importante que o espaço escolar, instituição da sociedade propagadora de valores e
conhecimentos, configurar-se e fortalecer-se como canal de reflexão sobre as
responsabilidades que envolvem a sexualidade e, por conseqüência, métodos
59
contraceptivos, gravidez, aborto, Aids e prevenção de outras doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs). Afinal, a escola é um lugar privilegiado para os primeiros
encontros, primeiros namoros, primeiros amores. Olhar com intolerância para esse
fato real é perder a grande oportunidade de participar da formação dos jovens a partir
de uma nova perspectiva.
10.5 Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente
Enfrentamento à Violência na Escola propõe-se refletir sobre o papel da
educação na prevenção ao enfrentamento à violência na escola e propiciar subsídios
teóricos e metodológicos, além de articular esse processo pedagógico às propostas
de práticas protetivas no que tange ao enfrentamento à violência contra crianças e
adolescentes no cotidiano escolar.
10.6 Direito das crianças e adolescentes - Lei Federal n° 11525/07
O ECA constitui-se importante ferramenta de trabalho para os profissionais da
educação. É um instrumento que, também, garante as políticas públicas tão
necessárias à infância e juventude em situações de risco e de vulnerabilidade social.
A escola, além de instruir e educar, deve assumir junto com a sua comunidade a
função de garantir os direitos das crianças e dos adolescentes. A escola deve
priorizar ações de educação em direitos humanos, propondo um trabalho coletivo que
garanta a participação dos diferentes sujeitos no ambiente escolar. Sendo assim, o
ECA configura-se como uma legislação de Direitos Humanos de crianças e
adolescentes, colaborando com o desenvolvimento da cidadania, um dos principais
objetivos da educação. LEI FEDERAL 11525/07 Acrescenta § 5o ao art. 32 da Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir conteúdo que trate dos direitos das
crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental Art. 1o O art. 32 da
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte §
60
5o: “Art. 32 § 5o O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente,
conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz
a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do
Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado.”
10.7 Programa de Combate ao Bulliyng:
Empenhado no combate à violência no ambiente escolar, o Senado aprovou
em 2015 projeto que originou a Lei 13.185/15, mais conhecida como “Lei do Bullying”.
A norma criou o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, que obriga a
produção e publicação de relatórios bimestrais das ocorrências de bullying nos
estados e municípios para planejamento de ações.
O bullying e o ciberbullying deixaram de ser problemas apenas
comportamentais e agora estão previstos em lei. A prática, conforme determina a
Lei 13.185/15, que institui o Programa de Prevenção e Combate ao Bullying
presencial e digital, pode responsabilizar civilmente escolas, clubes e agremiações
recreativas por omissão ou negligência em casos envolvendo qualquer uma das
práticas.
A norma, que entrou em vigor no dia 6 de fevereiro de 2016, reitera as
formas e o dever de diligência que instituições devem ter diante de situações que
indiquem estar havendo, contra crianças e adolescentes, qualquer tipo de
intimidação sistemática.
A Lei n.º 13.185/15, em seu art. 1º, §1º, conceituou bullying (traduzido por ela
como “intimidação sistemática”) como sendo todo ato de violência física ou
psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por
indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou
agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de
poder entre as partes envolvidas. Essa forma de tortura física e psicológica que se
opera mediante intimidação verbal, moral, sexual, social, psicológica, física, material
ou virtual é extremamente danosa não apenas para o agredido, mas para toda a
sociedade, pois contribui para a elevação da evasão escolar, do uso de substâncias
entorpecentes ilícitas e dos índices de criminalidade. Antes da Lei nº 13.185/15
61
o bullying já era combatido com o uso dos instrumentos disponibilizados pelo Código
Civil, pelo Código de Processo Civil, pelo Código Penal e pelo Código de Processo
Penal (como ações indenizatórias e reparatórias cíveis e ações penais). Diante desse
cenário, a Lei nº 13.185/15 instituiu o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática, com o propósito de apresentar avanços no enfrentamento ao bullying.
O Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) foi instituído pela
Lei nº 13.185/15 para funcionar em todo o território nacional.
Os objetivos do Programa de Combate ao Bullying estão descritos no art. 4º da
referida lei e são, basicamente:
I. prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em toda
a sociedade;
II. capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das
ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;
III. implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e
informação;
IV. instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis
diante da identificação de vítimas e agressores;
V. dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;
VI. integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a
sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e forma de
preveni-lo e combatê-lo;
VII. promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos
marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua;
VIII. evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando
mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização
e a mudança de comportamento hostil;
IX. promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os
tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática
(bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos,
professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.
Como parte desse programa, a lei atribuiu a algumas pessoas jurídicas
privadas, em cujas dependências a prática da intimidação sistemática é
frequentemente verificada, o dever de assegurar medidas de conscientização,
62
prevenção, diagnose e combate à violência e ao bullying. É o caso dos
estabelecimentos de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas.
10.8 Educação Tributária Dec. N° 1143/99, Portaria n° 413/02
Educação Tributária é sim, um desafio, quando se trata de um processo de
inserção de valores na sociedade com o retorno de longo prazo: da formação de
futuros cidadãos conscientes do seu dever de cumprimento das obrigações
tributárias, e do seu direito ao exercício da cidadania mediante a cobrança da
coerente destinação dos recursos provenientes dos tributos arrecadados pelo Estado.
Evidenciar que a Educação Tributária contribui para a construção da cidadania.
Esclarece a população que o pagamento de tributos é um dos principais
deveres do cidadão, e é dever do Estado arrecadar os tributos e aplicá-los
eficientemente para o desenvolvimento da sociedade.
Estimular o exercício da cidadania sensibilizando a população para a
importância de acompanhar a correta aplicação dos recursos arrecadados, através
dos canais legais de participação.
Desperta no estudante a consciência quanto à exigência do documento fiscal
como mecanismo gerador de recursos públicos.
10.9 Educação Alimentar e Nutricional - Lei n° 11.947/2009 / PNAE – Programa
Nacional de Alimentação Escolar.
Para os efeitos desta Lei, entende-se por alimentação escolar todo alimento
oferecido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período
letivo.
São diretrizes da alimentação escolar:
I - o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o
uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as
tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o
63
crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do
rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu
estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica;
II - a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino
e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema
alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de
vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional;
III - a universalidade do atendimento aos alunos matriculados na rede
pública de educação básica;
IV - a participação da comunidade no controle social, no
acompanhamento das ações realizadas pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios para garantir a oferta da alimentação escolar
saudável e adequada;
V - o apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a
aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito
local e preferencialmente pela agricultura familiar e pelos
empreendedores familiares rurais, priorizando as comunidades
tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos;
VI - o direito à alimentação escolar, visando a garantir segurança
alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária,
respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde
dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se
encontram em vulnerabilidade social.
A alimentação escolar é direito dos alunos da educação básica pública e dever
do Estado e será promovida e incentivada com vistas no atendimento das diretrizes
estabelecidas nesta Lei.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE tem por objetivo
contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o
rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por
meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que
cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo.
64
10.10 Semana Estadual Maria da Penha nas escolas (LE 18.447/2015)
Incentivar a reflexão entre os estudantes e seus familiares contra atos de
violência doméstica e também conscientizar a comunidade escolar sobre a
importância do respeito aos direitos humanos. Com esses objetivos foi criada
a Lei estadual nº 18.447/2015, que instituiu a “Semana Estadual Maria da Penha” nas
escolas públicas paranaenses.
A lei é decorrente de um projeto que foi analisado, debatido e aprovado pelos
deputados durante o ano de 2015 na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Segundo a lei, anualmente, no mês de março, os colégios estaduais devem realizar
atividades para instruir os jovens sobre a Lei Maria da Penha, que criminaliza e pune
atos de violência contra a mulher. “Trata-se de uma medida preventiva de
conscientização a partir de um trabalho educacional de humanização, respeito e
informação, para que a violência contra a mulher não ocorra e, caso aconteça, seja
denunciada e repreendida”.
A violência não é marcada apenas pela violência física, mas também pela
violência psicológica, sexual, patrimonial, moral, dentre outras, que em nosso país
atinge grande número de mulheres, as quais vivem estes tipos de agressões no
âmbito familiar ou doméstico, em sua maioria, o que até hoje ainda dificulta a punição
de agressores. Daí a sua preocupação de contribuir para a instituição de uma nova
cultura de combate à violência, pela via da educação. A lei também prevê que seja
explicado aos estudantes sobre a necessidade do registro nos órgão competentes
das denúncias de violência contra a mulher.
O Projeto prevê que a semana seja comemorada na Semana do Dia
Internacional da Mulher. O objetivo é gerar uma reflexão em relação a violência
doméstica.
10.11 Educação Fiscal - Lei Federal n° 11525/07
A Educação Fiscal foca a conscientização da sociedade sobre da função
socioeconômica do tributo com vistas a despertar a consciência do cidadão para
acompanhar a aplicação dos recursos públicos tornando-se muito importantes,
65
almejando assim o benefício de toda a população. Esta na prática educacional deve
ser vivenciada em todas as disciplinas oferecendo uma oportunidade aos alunos de
praticarem atitudes cidadãs tão necessárias nos dias de hoje e se justificam pelo fato
de a escola ser um local de construção de possibilidades que viabilizam a
compreensão da realidade e a formação de cidadãos atuantes no meio em que vivem.
10.12 História do Paraná Lei no 13381/01
A inclusão dos conteúdos de História do Paraná nos currículos da educação
básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, objetiva a formação de cidadãos
conscientes da identidade, do potencial e das possibilidades de valorização do nosso
Estado.
Para a aprendizagem dos conteúdos curriculares, as escolas deverão oferecer
atividades por diversas abordagens metodológicas, promovendo a incorporação dos
elementos formadores da cidadania paranaense, com o estudo das comunidades,
municípios e regiões do Estado. A distribuição de conteúdos da História do Paraná
em outras disciplinas configura-se no uso de materiais pedagógicos específicos,
dados de fatos relacionados ao Paraná e ao seu desenvolvimento, bem como suas
dificuldades e desafios.
10.13 Música Leio 11.769/08
O papel da Arte na Educação Básica, em especial do conteúdo Música, ganha
evidência na atualidade com a aprovação da Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008.
Essa normativa altera a Lei nº 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), com vistas a dispor sobre a obrigatoriedade do ensino de
Música na Educação Básica. Para tanto, acrescenta ao art. 26 da LDB, que trata da
base nacional comum e da parte diversificada do currículo da Educação Básica, o §
6º, estabelecendo a Música como “conteúdo obrigatório, mas não exclusivo”, do
componente curricular Arte, tratado no § 2º desse mesmo artigo. Pesquisas científicas
66
já produzidas demonstraram os efeitos positivos que as músicas podem produzir
sobre as ondas elétricas cerebrais. O ensino da música na Educação Básica, desta
forma, deve contribuir na formação de crianças sempre mais saudáveis e
equilibradas.
10.14 Direitos Humanos – PNEDH3 (Decreto 7037/2009)
A Educação em Direitos Humanos configura-se como uma necessidade das
sociedades contemporâneas ao orientar suas práticas e relações cotidianas por
valores que reconhecem a dignidade e a diversidade humana. Adotar a Educação em
Direitos Humanos como eixo vertebral das práticas escolares significa priorizar a
formação integral dos/as estudantes por meio de três dimensões: acesso ao
conhecimento e informações relativas aos Direitos Humanos; vivência de valores
relacionados aos Direitos Humanos; e ações de acordo com os valores e os
conhecimentos apreendidos.
Os Direitos Humanos se corporificam por meio destes valores, desejáveis a
uma sociedade democrática. Portanto, adotar a Educação em Direitos Humanos
como pressuposto ético central das práticas escolares significa ir além do ensino de
conteúdos curriculares tradicionais e priorizar a formação integral dos estudantes.
O grande desafio que se apresenta a todos/as educadores/as é traduzir a
Educação em Direitos Humanos em conhecimentos, valores e ações cotidianos na
sala de aula e no ambiente escolar.
10.15 Estatuto do Idoso - Lei n. 11.863/1997, que instituiu a Política Estadual do
Idoso e o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (Cedi). - Lei n. 10.741/2003.
A cada ano que passa, observa-se a alteração de nossa pirâmide demográfica
A mais recente projeção demográfica do IBGE, publicada em agosto de 2013, aponta
que no período de 2050 a 2060 haverá uma diminuição considerável de convívio da
população adulta com crianças e adolescentes, num contexto de convivência desse
67
público com 25% de pessoas idosas. Nesse sentido, o aumento da longevidade
requererá estruturas e atitudes diferenciadas para desfrutar satisfatório padrão de
vida, propiciando minimamente padrões desejáveis de saúde física, mental,
econômica e emocional de todos os brasileiros. Essa ampliação da expectativa de
vida e o crescente aumento da população de terceira idade fará com que as crianças
e os jovens que estão em sala de aula no dia de hoje sejam as pessoas adultas e
idosas que conviverão nesta nova estrutura demográfica. Assim, a cidadania
desejável requer preparo específico, exigindo formação diferenciada de toda a
sociedade, a partir da criança e do adolescente, a fim de efetivar a eliminação de
preconceitos contra o envelhecimento, preservando o direito humano à vida digna até
o término de seu ciclo.
10.16 Código do Trânsito Brasileiro –Educação para o Trânsito(LF 9.503/97)
O Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal 9.503/97) estabelece nos capítulos
IV e VI, ações, responsabilidade, competência, dentre outros relacionados à
educação no trânsito, estabelecendo inclusive a criação de um fundo voltado para
viabilizar essas ações. A educação é um dos instrumentos primordiais que é capaz de
formar cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar o “dia-a-dia” no
trânsito, dessa forma é possível proporcionar o envolvimento social como meio de
diminuir os acidentes, brigas no trânsito e desrespeito à sinalização através de novas
posturas no trânsito.
Em 23 de setembro de 1997, a Lei no 9.503 instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), que entrou em vigor em 1998. O CTB é composto por 20 capítulos,
341 artigos, sendo que dezessete deles foram vetados pela Presidência da República,
e um único foi revogado. Tem como objetivo atribuir as disposições de normas de
conduta, infrações e penalidades para os condutores. O Art. 76, do CTB, estabelece:
A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º
graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades
do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito
68
Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação (BRASIL, 1997). Art. 78
ainda estabelece que “Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, do
Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do Conselho Nacional de
Trânsito, deverão desenvolver e implementar programas de prevenção de acidentes”.
O trânsito, bem como a educação no trânsito é dever de todos, sendo de competência
dos órgãos e das entidades do Sistema Nacional de Trânsito. É de responsabilidade
do Sistema Nacional de Trânsito também promover campanhas de conscientização
sobre o trânsito que deverão ser difundidas gratuitamente por meio dos serviços de
rádios, sons e imagens à população.
O Brasil dispõe de instrumentos legais que poderiam viabilizar a implantação
de políticas educacionais de combate à acidentalidade viária, no entanto, a falta de
comprometimento entre as esferas de governo impede que a maioria dos projetos se
torne realidade, salvo algumas ações isoladas e pontuais. Por isso, faz-se necessário
que os projetos de educação no trânsito sejam envolvidos desde o planejamento
estratégico das ações adotadas na gestão do trânsito e que conforme o CTB aponta,
atenda a toda a população através de grade curricular, sendo obrigatório na educação
de crianças e adolescentes. No entanto, é necessário entender a violência do trânsito
e a sua correlação com o ambiente social, e um dos caminhos é a mudança que
proponha cultura de segurança, onde sejam valorizados aspectos em que a
insegurança afeta a qualidade de vida das pessoas. Fundamentalmente, deve-se
valorizar a importância de se viver em ambiente seguro, de não agressão. Essas
mudanças devem se iniciar na interação social e no reconhecimento de que escolhas
individuais refletem no coletivo, na defesa e na qualidade da vida e na mudança de
estilos de vida. Para se construir cultura de segurança, o processo deve ser coletivo,
mas com contribuições individuais, de vários setores privados e órgãos de governo,
afim de que se formem gerações de cidadãos de fato. Talvez um bom começo, até
mesmo para que se promova o engajamento necessário para as mudanças, seja o de
se trabalhar a comunicação de forma integrada, na medida em que se difunde
informação e permite mobilização da própria população, fator importante nas
conquistas sociais. Nesse cenário, segurança no trânsito, na medida em que se
promove culturalmente, será uma enorme conquista social.
69
11 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO
11.1 Avaliação
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno. Ela é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Será dada relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas neste Projeto Político Pedagógico. Portanto, sempre são utilizados
diversos instrumentos para a verificação da aprendizagem, assegurando várias
oportunidades para o estudante expressar o seu aprendizado e assim se possa
acompanhar plenamente o seu desenvolvimento, evitando-se a comparação deles
entre si.
11.1.1 Critérios e Instrumentos
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar são elaborados em
consonância com a organização curricular; Regimento Escolar e descritos no Projeto
Político Pedagógico.
O sistema de avaliação é trimestral, sendo utilizada a Média Somatória e cada
docente aplicará no mínimo 03 (zero três) instrumentos de avaliação em cada
trimestre.
I – No mínimo 02 (zero duas) avaliações (provas escrita ou oral) somando o
valor 6,0 (seis vírgula zero) pontos.
a) Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero) em mais
de duas avaliações por trimestre.
II – No mínimo 01 (zero um) instrumento de avaliação diversificado (pesquisas,
70
seminários, apresentações, etc) com valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
a) Fica a critério de cada docente distribuir os 4,0 (quatro vírgula zero) pontos
em mais de um instrumento avaliativo.
Tais resultados devem proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Os resultados obtidos durante todo o período letivo são considerados, num
processo contínuo, expressando o desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor
forma. Uma vez que, são analisados durante o processo educativo, pelo aluno e pelo
professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o
estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental, Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),
observando a frequência mínima de 75% do total de horas letivas exigida por lei.
Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os alunos que demonstrarem
apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de dar
continuidade de estudos nas séries/anos seguintes.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão
considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0
(seis vírgula zero) em cada disciplina.
Para efeito de cálculo da média anual, do Ensino Fundamental Anos Finais e
Ensino Médio é aplicada a seguinte fórmula:
Média Anual = 1º trim.+ 2º trim.+ 3º trim.
3
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, conforme prevê a Deliberação nº 01/2006-CEE/PR e as Diretrizes Curriculares
da Educação Básica.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente
registrados no RCO - Registro de Classe Online, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
71
11.1.2 Recuperação de Estudos
A recuperação deve ser entendida como um dos aspectos do processo ensino-
aprendizagem pelo qual o(a) docente reorganizará sua metodologia em função dos
resultados de aprendizagem apresentados pelos(as) estudantes.
A recuperação de estudos deve acontecer de forma permanente e
concomitante ao processo de ensino-aprendizagem, realizada ao longo do período
avaliativo (trimestre), assegurando a todos os estudantes novas oportunidades de
aprendizagem.
A oferta de recuperação de estudos é obrigatória e visa garantir a efetiva
apropriação dos conteúdos básicos, portanto deve ser oportunizada a todos(as)
os(as) estudantes, independente de estarem ou não com o rendimento acima da
média.
Compreende-se que a recuperação de estudos é composta de dois momentos
obrigatórios: a retomada de conteúdos e a reavaliação, ficando vetada a aplicação de
instrumento de reavaliação sem a retomada dos conteúdos;
a) considerando que o processo de ensino-aprendizagem visa o pleno
desenvolvimento do(a) estudante e que o processo de recuperação de estudos visa
recuperar 100% (cem por cento) dos conteúdos trabalhados, é vetado oportunizar um
único momento de recuperação de estudos ao longo do período avaliativo (trimestre);
b) fica vedado realizar apenas a recuperação das provas escritas.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumentos de recuperação por trimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
Caso o(a) estudante tenha obtido, no processo de recuperação, um valor
acima daquele anteriormente atribuído, a nota deverá ser substitutiva, uma vez que o
maior valor expressa o melhor momento do(a) estudante em relação à aprendizagem
dos conteúdos.
a) os resultados da recuperação deverão ser tomados na sua melhor forma e
registrados no Registro de Classe Online (RCO).
A recuperação de estudos deverá contemplar os conteúdos da
disciplina/componente curricular a serem retomados, utilizando-se de procedimentos
didáticos-metodológicos diversificados e de novos instrumentos avaliativos, com a
finalidade de atender aos critérios de aprendizagem de cada conteúdo.
72
A promoção dos alunos para as próximas etapas de escolarização é o
resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua
frequência.
11.1.3 Conselho de Classe
O Conselho de Classe constitui-se parte integrante do processo avaliativo,
onde todos os sujeitos, de forma coletiva, se posicionam frente ao diagnóstico,
analisam e discutem acerca dos dados, avanços, problemas e proposições, para a
tomada de decisões que contemplem encaminhamentos relacionados às
metodologias, ações e estratégias que visem à aprendizagem e que levem em conta
as necessidades/dificuldades dos(as) estudantes.
A reunião de Conselho de Classe deverá ser registrada em Ata, a qual deverá
expressar os dados, avanços, dificuldades/necessidades e os encaminhamentos
definidos coletivamente.
A organização do Conselho de Classe compreende três etapas: Pré- conselho
(levantamento de dados), reunião do Conselho de Classe (proposição) e Pós-
conselho (encaminhamentos das ações previstas na reunião do Conselho de Classe).
Os encaminhamentos demandados na reunião de Conselho de Classe podem
implicar em ações pertinentes:
a) à Equipe Pedagógica, como orientação aos estudantes, orientação ou
retorno aos pais ou responsáveis, subsídios aos planejamentos dos docentes, entre
outras;
b) aos Docentes, como a retomada do Plano de Trabalho Docente (conteúdos,
encaminhamentos metodológicos, recursos, critérios e instrumentos de avaliação), na
gestão da sala de aula, em encaminhamentos para situações específicas ou
individuais;
c) à Equipe Diretiva, dando suporte para as decisões tomadas pelo colegiado.
O Conselho de Classe Final é o momento em que o colegiado retoma as ações
e registros realizados (Pré-conselhos, Conselhos e Pós-conselhos), para
fundamentar, avaliar e definir, dentre os(as) estudantes com rendimento insuficiente,
aqueles que possuem ou não condições para prosseguir e acompanhar o período/ano
73
subsequente, desde que apresentem frequência igual ou superior à 75% (setenta e
cinco por cento) no cômputo geral do total de horas letivas.
a) neste momento, os Conselhos de Classe anteriores e os resultados dos
encaminhamentos realizados são referenciais que devem servir para definir
parâmetros – que não são quantitativos ou restritivos, mas sim qualitativos;
b) os parâmetros para promoção estão nos critérios definidos em conjunto. O
parecer dos docentes das disciplinas sobre os componentes curriculares obrigatórios
ou eletivos deve ser equânime, sendo que a situação de cada estudante a ser
discutida no Conselho Final, passa pela análise pedagógica de todos(as);
c) os professores das Atividades dos Programas que compõem a Educação
Integral em Turno Complementar deverão participar do Conselho de Classe e
apresentar o percurso formativo dos estudantes de forma a contribuir para a
consolidação do processo educativo na instituição de ensino.
d) o registro na Ata final deve expressar a relação entre os parâmetros, as
discussões e os encaminhamentos realizados durante o ano/período letivo;
e) o(a) estudante aprovado por deliberação do colegiado no Conselho de
Classe Final não terá a sua nota alterada no RCO.
11.1.4 Pré-conselho
O Pré-Conselho de Classe por turma é um momento muito importante para
avaliar o processo ensino aprendizagem quanto à gestão da sala de aula do docente
e o desempenho escolar dos alunos, bem como propor novas estratégias de trabalho.
As atividades acontecem em dois momentos, o primeiro constitui-se de uma
reflexão feita pelo professor/disciplina que, embasado nos dados da turma e em seus
apontamentos em caderno próprio e no Diário de Classe, registra suas considerações
e sugestões em ficha própria.
O segundo momento é quando todos os professores de determinada turma, se
reúnem para analisar os registros dos colegas. Participam desta segunda etapa:
Equipe Pedagógica, Professores e Representante de Turma. Estes devem reunir-se
em horário pré-determinado pela Equipe Pedagógica de forma que o fluxo das aulas
siga normalmente.
74
Sugere-se que se inicie o encontro, com a leitura de uma mensagem
motivadora que eleve os bons sentimentos dos participantes. Em seguida faz-se uma
análise do trabalho desenvolvido pelos professores durante o trimestre, até o
momento. Só então, se inicia as abordagem sobre as turmas e os alunos, de acordo
com os registros realizados anteriormente e, juntamente com os colegas passa-se a
elencar os alunos que apresentam algumas ou muitas dificuldades. É óbvio que
também pode-se destacar os alunos que seguem sem dificuldades.
A discussão deve ser promovida para que haja a socialização de informações
pertinentes a respeito e com respeito, dos problemas e assim os participantes passem
a entender o motivo dessas dificuldades. A cada passo, todos devem pensar e expor
sobre novas estratégias para melhorar os índices e alcançar o objetivo maior que é o
bom desempenho escolar dos alunos e possibilitando que ele construa seu
conhecimento refletindo, questionando e criando.
Por fim, a Equipe Pedagógica agradecendo a participação de todos organiza
todas as informações. Os dados com as fragilidades apontadas no pré-conselho são
tabuladas em forma de gráfico e apresentadas no dia do Conselho de Classe para
visualizar as que necessitam maior atenção.
11.1.5 Conselho de Classe
No dia do Conselho de Classe previsto no calendário escolar, são
apresentados os gráficos das fragilidades levantadas no pré-conselho com todos os
professores da turma, equipe pedagógica e direção realizando reflexões, combinados
coletivos e individuais, planejando ações e intervenções que possibilitem a melhoria
do processo de ensino e aprendizagem.
11.1.6 Pós-conselho
Desenvolvimento do trabalho do PÓS-conselho de classe: compartilhamento
dos resultados:
1ª ETAPA: devolutiva para os alunos: a devolutiva para os alunos deve
acontecer com o objetivo de apontar quais são as potencialidades da turma e em que
75
pontos precisam avançar. É uma ação que deve ser realizada pela equipe gestora
com a participação dos professores. O momento da devolutiva deve ser sempre uma
conversa franca iniciada pelos pontos positivos. Em seguida aponta-se o que precisa
mudar e se estabelecem metas. A devolutiva não tem sentido se não tiver como foco
resolver os problemas. É importante partilhar com os alunos o plano de ação que foi
estabelecido para a turma/escola para que se sintam corresponsáveis pelas ações e
pelos resultados. A devolutiva ocorre tanto no coletivo com a turma como no individual
com cada aluno, destacando pontos positivos e apresentando a ele fragilidades que
precisam ser superadas para o sucesso na aprendizagem.
2ª ETAPA: devolutiva para os pais: assim como os alunos, os pais precisam
receber também essa devolutiva para se sentirem parte no processo do ensino e da
aprendizagem. A socialização dos dados/fragilidades levantados no pré-conselho, e a
dos planos de ação poderão acontecer nos momentos pedagógicos com os pais.
Outras estratégias também podem ser utilizadas, como: entrega dos boletins, bilhetes,
panfletos, reuniões gerais, convocação dos responsáveis individual, entre outras.
3ª ETAPA: acompanhamento dos planos de ação: o acompanhamento dos
planos se dá nos momentos de planejamento do pedagogo com os professores e nas
reuniões da equipe gestora, quando retomam e avaliam as ações consolidadas e as
não consolidadas, garantindo a continuidade das ações. Realização das propostas do
Conselho de Classe.
11.1.7 Promoção, classificação, reclassificação, adaptação/ aproveitamento de
estudos e regime de progressão parcial Conforme a Instrução n 02/09
DAE/CDE/SEED
11.1.7.1 Promoção
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental, Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),
observando a frequência mínima de 75% do total de horas letivas exigida por lei.
Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os alunos que demonstrarem
apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de dar
76
continuidade de estudos nas séries/anos seguintes.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão
considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0
(seis vírgula zero) em cada disciplina.
Para efeito de cálculo da média anual, do Ensino Fundamental Séries Finais e
Ensino Médio é aplicada a seguinte fórmula:
Média Anual = 1º trim.+ 2º trim.+3º trim.
3
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente
inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
11.1.7.2 Classificação
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que a
instituição de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível
com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou
informais, podendo ser realizada:
I - por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série anual
da respectiva série, na mesma escola;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país
ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência,
adquiridos por meios formais ou informais, respeitado o seu direito a atendimento
adequado pelos serviços e apoios especializados.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
77
profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado, para obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
11.1.7.3 Reclassificação
A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da
avaliação do aluno matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob a
responsabilidade da instituição de ensino que, considerando as normas curriculares,
encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatível
com a experiência e desempenho escolar demonstrados, independentemente do que
registre o seu Histórico Escolar.
O processo de reclassificação poderá ser aplicado, a partir da solicitação do
aluno quando maior de idade ou por seus responsáveis no caso de ser menor de
idade, como verificação da possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga
horária da(s) disciplina(s) do nível da Educação Básica, quando devidamente
demonstrado pelo aluno, sendo vedada a reclassificação para conclusão do Ensino
Médio. Facultando ao colégio aprová-lo.
Esta instituição de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de
aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na
série/ano/disciplina(s), deverá notificar o setor competente do NRE, via ofício, para
que este proceda orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e
das normas que o fundamentam.
À Comissão cabe elaborar o relatório, referente ao processo de reclassificação,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para
que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
78
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante
dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem. E terá o resultado do
processo de reclassificação registrado em Ata que integrará a Pasta Individual do
aluno, o resultado final do processo de reclassificação realizado pela instituição de
ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado
da Educação.
Sendo que a reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente
cursada.
11.1.7.4 Adaptação
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo e far-se-á pela Base
Nacional Comum, durante o período letivo. Sendo que na conclusão do curso, o aluno
deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito,
elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os quais
serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.
11.1.7.5 Aproveitamento de Estudos e Regime de Progressão Parcial conforme a
Instrução n 02/09 - DAE/CDE/SEED.
Quanto ao aproveitamento de estudos, esta instituição de ensino procederá a
equivalência de estudos incompletos cursados no exterior e equivalentes ao Ensino
Fundamental e ao Ensino Médio. Procederá a revalidação de estudos completos
cursados no exterior equivalente ao Ensino Fundamental. Para tal seguirá
orientações emanadas da SEED e observará:
79
I. as precauções indispensáveis ao exame da documentação do processo,
cujas peças, quando produzidas no exterior, devem ser autenticadas pelo Cônsul
brasileiro da jurisdição ou, na impossibilidade, pelo Cônsul do país de origem, exceto
para os documentos escolares encaminhados por via diplomática, expedidos na
França e nos países do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL;
II. a existência de acordos e convênios internacionais;
III. que todos os documentos escolares originais, exceto os de língua
espanhola, contenham tradução para o português por tradutor juramentado;
IV. as normas para transferência e aproveitamento de estudos constantes na
legislação vigente.
Após a equivalência e revalidação de estudos completos será expedido o
competente certificado de conclusão. A matrícula no Ensino Médio somente poderá
ser efetivada após a equivalência e revalidação de estudos completos do Ensino
Fundamental.
Quando houver aluno proveniente do exterior que não apresentar
documentação escolar, a matrícula far-se-á mediante processo de classificação,
previsto na legislação vigente.
Porém se, o aluno não apresentar condições imediatas para classificação será
matriculado na série compatível com sua idade em qualquer época do ano, e este
colégio será obrigado a elaborar plano próprio.
Quando houver matrículas de alunos oriundos do exterior, com período letivo
concluído após ultrapassados 25% do total de horas letivas previstas no calendário
escolar, far-se-á mediante classificação, aproveitamento e adaptação, previstos na
legislação vigente, independentemente da apresentação de documentação escolar de
estudos realizados.
11.1.7.6 Regime de Progressão Parcial
A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até 03 (três) disciplinas, em regime seriado, poderá
cursá-las subsequente e concomitantemente às anos/séries seguintes, todos os
procedimentos serão realizados reza da Instrução 02/09 DAC/CDE/SEED.
80
12. ATUAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
As Instâncias Colegiadas são aquelas em que há representações diversas e as
decisões são tomadas em grupo, com o aproveitamento de experiências
diferenciadas. Elas têm por finalidade fazer funcionar a gestão democrática no ensino
público, ou seja, fazer com que seja pensado e decidido coletivamente as propostas
de caráter educacional. São instâncias colegiadas: a APMF, o Conselho Escolar e o
Grêmio Estudantil.
12.1 Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF
É de suma importância que pais, professores, funcionários e equipe diretiva,
que compõem a diretoria da APMF, tenham consciência que toda e qualquer decisão
tomada em reunião por esse colegiado deverá ser discutida e amplamente debatida,
sejam questões de ordem pedagógica ou administrativa, pois essas decisões terão
um papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem dos nossos alunos.
A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, não tem caráter político-partidário, religioso, racial e nem
fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros. Para a
escolha da diretoria e conselheiros são realizadas eleições a cada dois anos podendo
ser reeleitos por mais dois mandatos.
A diretoria da APMF é composta de:
Presidente;
Vice-Presidente;
1º Secretário;
2º Secretário;
1º Tesoureiro;
2º Tesoureiro;
1º Diretor Sociocultural e Esportivo;
2º Diretor Sociocultural e Esportivo.
Objetivos da APMF:
81
I. Discutir ações de assistência ao educando para aprimoramento do ensino e
integração família-escola-comunidade, enviando sugestões de acordo com a proposta
pedagógica, bem como, prestar assistência aos educandos, professores e
funcionários, assegurando-lhes melhores condições de desempenho escolar.
II. Integrar a sociedade, no contexto escolar, discutindo a política educacional,
visando sempre a realidade dessa comunidade representando os reais interesses da
mesma, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola
pública, gratuita e universal.
III. Proporcionar condições ao educando, para participar de todo processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil, promovendo assim o
entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a comunidade,
através de atividades socioeducativas e cultural-desportiva.
IV. Administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, colaborando com a manutenção e conservação do
prédio escolar e suas instalações, conscientizando a comunidade para a importância
desta ação.
12.2 Conselho de Classe
Conselho de Classe é o órgão colegiado que analisa, discute e delibera sobre
assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do
Estabelecimento de Ensino, constituído pela Direção, pela Equipe Pedagógica, por
todos os professores que atuam numa mesma classe, alunos e pais, quando
convocados.
Sua função essencial é a participação direta, efetiva e entrelaçada dos
profissionais que atuam no processo pedagógico, sendo o foco central o processo de
ensino e a aprendizagem dos educandos, constatada através da avaliação. No
colegiado são coletadas sugestões, ideias, para redefinir práticas pedagógicas e
ações coletivas e/ou individuais pela Escola, bem como aperfeiçoar o processo de
avaliação, tanto em seus resultados sociais como pedagógicos.
No Conselho de Classe, a avaliação deverá contemplar uma postura
diagnóstica, emancipatória e a busca conjunta de alternativas de ações que visem
82
encontrar formas eficientes para intervir nas situações problemas apresentadas e
consequente tomada de decisão; deverá configurar-se como uma prática de
investigação do processo educacional e como meio de transformação da realidade
escolar, identificando dificuldades, sucessos, fracassos, avanços – analisando,
compreendendo, desvelando, descobrindo, pesquisando, estabelecendo relações,
ampliando a visão, aprofundando questões, dialogando e construindo significados
para os alunos e para o coletivo. Em se tratando de um órgão coletivo, o Conselho de
Classe, torna inviável que diversos segmentos da escola e mesmo os diversos
profissionais atuem segundo projetos individuais.
Assim, o professor deve acompanhar o processo de aprendizagem do aluno
confrontando as ações e o desempenho dos mesmos frente à sua proposta de
trabalho – professor e aluno, num trabalho participativo de construção conjunta. A
avaliação da aprendizagem deve estar no Plano de trabalho do Professor e ser
discutida com os alunos.
Além da avaliação contínua é necessário que o sujeito tenha consciência do
andamento, ou seja, a auto avaliação, consciência de seu progresso e suas
dificuldades, a auto avaliação é que sintetiza o estágio de desenvolvimento da
autonomia pelo próprio indivíduo. Para o professor o processo de auto avaliação e do
Pré Conselho leva-o a:
I. rever criticamente sua atuação como professor;
II. repensar a metodologia empregada para o desenvolvimento dos conteúdos
previstos e em relação ao Projeto Político Pedagógico da escola;
III. identificar, em conjunto com o aluno, as causas que estão interferindo em
seu crescimento intelectual e afetivo;
IV. refletir em conjunto com a classe e indicar aspectos – possibilidades, atos –
atitudes que podem contribuir para melhorar o desenvolvimento do aluno como
pessoa e como estudante;
V. sinalizar melhor o caminho a ser percorrido;
VI. verificar até que ponto os objetivos estão sendo atingidos e identificar os
fatores que impedem sua consecução.
O Conselho de Classe tem por finalidade:
I. estudar e interpretar dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho
do professor, na direção do processo ensino aprendizagem, proposto pelo Plano
Curricular;
83
II. acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;
III. analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da
turma, com organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico,
respeitando as diferenças e limitações da cada um.
São atribuições do Conselho de Classe:
I. levantar informações do porquê do baixo rendimento apresentado pelos
alunos, no processo de ensino aprendizagem e propor sugestões para sanar às
mesmas;
II. propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em
vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos da
classe;
III. estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância
com o Proposta Curricular do estabelecimento de ensino ou seja, recuperar os
conteúdos não apropriados pelos alunos;
IV. decidir sobre aprovação ou reprovação do aluno que, após a apuração dos
resultados finais, que não atinja o mínimo solicitado pelo estabelecimento, levando em
consideração o desenvolvimento do aluno até então.
Das reuniões do Conselho de Classe será lavrado ata pela secretária, em livro
próprio, para registro, divulgação ou comunicação aos interessados, assinada pelos
participantes.
O CONSELHO DE CLASSE ocorrerá em três momentos:
I. Pré Conselho, será realizados pelos professores no decorrer dos trimestres
através de observações e anotações numa ficha padronizada;
II. Conselho de Classe, reunião de professores, equipe pedagógica,
representante do colegiado da escola e direção, para uma avaliação diagnóstica da
turma, do ensino e da aprendizagem dos alunos, intervenções realizadas e ações;
III. Pós Conselho. Tomada de Decisão a fim de superar as situações problema
apontadas no Conselho de Classe.
12.3 Conselho Escolar
84
O Conselho Escolar é o órgão máximo de gestão no interior da escola. É um
órgão colegiado, representativo da comunidade escolar de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora de toda a organização e realização do trabalho
pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com a
Constituição, a LDBN, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar.
Sua principal atribuição é de discutir, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto
Político Pedagógico do Colégio, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no
Estabelecimento de Ensino para o cumprimento das finalidades da escola.
O Conselho Escolar e a construção da proposta educativa da escola tem por
objetivo:
I. promover o exercício da cidadania, articulando a integração e a participação
dos diversos segmentos da comunidade;
II. estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho
pedagógico do Colégio;
III. acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico, desenvolvido pela
comunidade escolar.
O Conselho Escolar terá a função de analisar, emitir pareceres, tomar
decisões, avaliar e fiscalizar as ações pedagógicas, administrativas e financeiras
desenvolvidas na escola, objetivando a identificação de problemas e alternativas para
melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento das normas da escola
estabelecidas no regimento escolar bem como a qualidade de ensino oferecido pela
instituição.
O Conselho Escolar abrange toda a comunidade escolar é constituído pelos
seguintes conselheiros:
I. diretor;
II. representante da equipe pedagógica;
III. representante do corpo docente;
IV. representante dos agentes da Educação II;
V. representante dos agentes da Educação I;
VI. representante dos pais de alunos e/ou responsáveis;
VII. representante do Grêmio Estudantil;
VIII. representante da APMF;
IX. representante dos movimentos sociais organizados da comunidade.
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A presidência do Conselho Escolar será exercida pelo Diretor do Colégio,
cabendo a este diligenciar pela efetiva realização das decisões do colegiado, e da
consolidação do Projeto Político Pedagógico do Colégio.
O Conselho Escolar será um fórum de permanentes debates, onde as reuniões
ordinárias serão trimestrais e quando se fizerem necessárias convocadas pelo
Presidente do Conselho ou Vice-Presidente. Para que acompanhem a execução das
ações pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o
cumprimento das normas das escolas e a qualidade social do cotidiano escolar,
promovendo a participação, de forma integrada, dos seguimentos representativos da
escola e da comunidade local. E desta forma contribuindo para efetivação da
democracia participativa e melhoria da qualidade da educação.
12.4 Grêmio Estudantil
É a instância colegiada e deliberativa, a partir da qual os estudantes se
organizam de modo mais sistemático, com vistas a assegurar a defesa dos interesses
e das necessidades do segmento dos alunos. O Grêmio Estudantil é uma organização
sem fins lucrativos que representa os interesses: cívicos, culturais, educacionais,
desportivos e sociais dos estudantes do Colégio.
O estatuto é um documento que estabelece as normas sob as quais o Grêmio
funciona, explicando como serão as eleições, a composição da Diretoria e como a
entidade deve atuar em certos casos.
O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
I. congregar o corpo discente do colégio;
II. defender os interesses individuais e coletivos dos alunos;
III. incentivar a cultura literária, artística, desportiva e lazer;
IV. promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e
alunos, no trabalho escolar, buscando o seu aprimoramento;
V. realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural, educacional, político,
desportivo e social com entidades congêneres;
VI. pugnar pela democracia, pela independência e respeito às liberdades
fundamentais do homem, sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção
política ou religiosa;
86
VII. pugnar pela adequação do ensino às reais necessidades da juventude e do
povo, bem como pelo ensino público e gratuito;
VIII. lutar pela democracia permanente dentro e fora do Colégio, através do
direito de participação nos fóruns deliberativos adequados.
São instâncias deliberativas do Grêmio:
1) A Assembleia Geral dos Estudantes.
2) O Conselho de Representantes de Classe.
3) A Diretoria do Grêmio.
As atividades do Grêmio Estudantil são regidas pelo Estatuto, aprovado em
Assembleia Geral.
13 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DE TRANSIÇÃO
13.1 Ensino Fundamental: Anos iniciais
Dado ao convívio de proximidade com as Escolas Municipais a articulação é
facilitada e até espontânea. Há uma fluente troca de informações quando o aluno
apresenta motivos para um conhecimento mais particularizado. Recorre-se às trocas
de informações que vão além do histórico escolar oficial.
Quanto à metodologia os educadores são orientados sobre a necessidade de
expor os conteúdos com recursos concretos uma vez que nem todos os alunos nesta
fase abstraem com eficiência os conteúdos repassados pelos professores.
A regência de sala é distribuída preferencialmente entre os professores mais
habilitados (perfil para trabalhar com alunos “menores”) e seus nomes ficam fixos no
quadro do Colégio, há um cuidado particular no apoio às capacidades de organização
pessoal, pelas exigências do horário por disciplinas.
Todos os anos o Colégio realiza a Feira de Ciências, um evento que envolve
todas as turmas (6º ao 9º ano). E neste evento os alunos do último ano do Ensino
Fundamental – Anos iniciais, são convidados a participarem como visitantes, podendo
participar da dinâmica de estudo do Colégio, e conhecer os futuros professores.
87
Para além da proposta curricular o Colégio adotou e desenvolve as atividades
propostas pelo Projeto de Acolhimento e Acompanhamento para os alunos que
entram no 6º ano, considerando e respeitando todas as características peculiares
desta faixa etária e, sobretudo da transição do Ensino Fundamental Anos Iniciais para
o Fundamental Ano Finais. Todos os professores que atuam com esses alunos são
orientados e apoiados para realização, além das novas propostas feitas por eles a
cada ano.
13.2 Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio
Quanto à transição do 9º ano para o Ensino Médio, que é quando o aluno está
vivendo de modo simultâneo, o auge de sua adolescência e a mudança de etapa de
escolarização, uma vez que, aumentam os encontros com os já amigos e os novos,
as festas e os conhecidos nas redes sociais, o despertar de um novo olhar para a
sociedade, tem também as novas disciplinas e os professores.
Para que este período seja vivenciado de forma natural, a Educação tem
também, a incumbência de trabalhar com este contexto. Neste colégio a transição tem
seu início no Plano de Trabalho Docente do 9º ano e é trabalhada durante todo este
ano letivo, desde, sua abordagem no decorrer das aulas, passando por pequenas
palestras e atividades relativas a esta fase de suas vidas e o avanço para a nova
etapa de escolarização, realizadas também pela Equipe Pedagógica, é parte da
programação receber convidados representantes dos colégios que ofertam Ensino
Médio Profissionalizante, para apresentarem sua oferta e esclarecer dúvidas, até as
visitas à outros deles, as quais são coordenadas e acompanhadas pelos docentes ou
Equipe Pedagógica.
14 PROPOSTA DE ORGANIZAÇAO DA HORA ATIVIDADE
O Colégio, atendendo a sugestão do NRE Toledo pelo ofício nº72/2013,
prioriza a organização da hora atividade por disciplina, para que os professores
88
possam realizar, com melhor aproveitamento, os estudo e pesquisa para a elaboração
de atividade e correção das mesmas, em aí a oportunidade de criar novas alternativas
que valorizem o sucesso do ensino aprendizagem.
A Coordenação Pedagógica aproveita esse momento para subsidiar os
professores, sugerindo, orientando, buscando, em consonância com o professor,
possíveis soluções às necessidades dos mesmos e dos educandos, através de textos
dirigidos, reflexões e discussão. Procura-se elaborar e planejar a aplicação de ações
pedagógicas no decorrer dos trimestres, compartilhando experiências a fim de
melhorar o desempenho pedagógico, tendo o cuidado na mediação da elaboração e
execução do Plano de Trabalho Docente e do Livro de Registro de Classe. É também
no momento da Hora Atividade que são agendados encontros com os pais de alunos
que queiram conversar com determinados professores ou vice-versa.
15 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇAO COM A FAMÍLIA E
COMUNIDADE
Nos últimos anos uma grande onda de mudanças alterou a sociedade
brasileira. Modificando também as estruturas familiares. O antigo padrão familiar
formado por pai, mãe e filhos e demais membros que obedeciam ao comando
centrado no patriarca ou em raros casos na matriarca, deu lugar a novíssimas
composições familiares. Desde a mais simples constituída apenas de pais e filhos,
sem a participação direta de parentes próximos, até as famílias formadas por
parceiros com filhos oriundos ou não de outros laços domésticos, passando pelos
núcleos formados e comandados pelas mães, criando “uma variedade de
constelações familiares”.
Essas múltiplas formas de organização familiar estabelecem, na prática, uma
nova forma de relacionamento com a escola. São novas as demandas, as exigências,
as contradições entre seus valores. O passar do tempo e a citada quebra do mais
importante elo de educação da educação-família - escola confundiu prioridade. Entre
as mais perversas, está aquela que estabelece a educação como um assunto
exclusivo de especialistas. Isto fez, certamente, com que milhares e milhares de
89
famílias brasileiras entregassem aos professores a responsabilidade pela educação,
para além da instrução científica, de seus filhos.
Se do lado dos profissionais da área da educação, importantes vozes clamam
pela a ajuda da família, para que essa assuma seu principal papel na formação com
sucesso integral dos seus filhos, do outro já temos inúmeras iniciativas, no Brasil,
particularmente no Paraná, que demonstram o despertar da sociedade civil, do
cidadão comum para o exercício de seus direitos e obrigações com relação a
educação, como a ação e mobilização do colegiado da escola: APMF; Conselho
Escolar; Grêmio estudantil.
Quando há falta de consistência entre os valores da família e da escola e
quando a família não apoia a vida escolar dos filhos e as orientações da escola
haverá muitos impactos negativos. Outra grande dificuldade do lado das escolas e
dos professores é a estranheza em saber lidar com as novas estruturas familiares,
suas características e dificuldades e como todo esse contexto influirá no ensino
aprendizagem. Daí a importância da gestão democrática nas escolas e da família
acompanhando, verdadeiramente, a vida escolar dos filhos; entende-se que cabe à
Escola, promover momentos de interação, seja pessoal ou virtualmente ou mesmo
por meio dos alunos a aproximação da família promovendo o despertar desta para
poderem exercer interesses genuínos, permanentes, em nível adequado, o que lhes
possibilita a criação de condições, horários, hábitos, e ambientes propícios ao estudo.
Também podem trabalhar a motivação, falando sempre positivamente sobre a escola
e a educação; no apoio as tarefas escolares; no simples elogio que podem fazer
diante das pequenas e grandes vitórias escolares de seus filhos; no amparo as suas
dificuldades, conversando atentamente com eles a respeito dos problemas cotidianos;
no estímulo a sua imaginação, contando-lhes suas histórias de vida de forma positiva;
escrevendo e anotando recados estimuladores em seus cadernos; inteirando-se do
processo pedagógico adotado pela escola e participando da sua atualização quando
necessário.
Família e escola devem reconstruir suas relações e voltar a se constituir no
mais poderoso elo de educação e referência de educação e valores essenciais a
formação de nossos alunos. Investir em vínculos favoráveis ao estabelecimento de
limites comportamentais e segurança para dizer não, quando necessário.
Quanto à disciplina e limites comportamentais, hoje tão em falta e banalizados
por muitos pais, tomaremos as falas, sempre atual, de uma escritora gaúcha, Lia Luft,
90
dita num artigo da revista Veja, de 29/07/09: “A crise de autoridade começa em casa,
quando temos medo de dar ordens e limites ou mesmo castigos aos filhos, iludida por
uma série de psicologismos falsos, pais com medo dos filhos, professores insultados
pela meninada sem educação”
Acreditamos, portanto, ser necessário acender nos corações das famílias a
chama de seu importante papel de pai e de mãe e ou responsáveis pela sua
autoridade (sem autoritarismos), agir com firmeza e estabelecer limites.
O Colégio Dr. João Candido Ferreira já pensa, repensa e propõe ações para
melhorar a natureza da relação dos pais com a escola tendo assim, as propostas de:
I. promover reuniões de caráter formativo e informativo;
II. distinguir presença, de participação;
III. distinguir colaboração, de participação;
IV. organizar palestras/estudos e ajudem os pais ou responsáveis a
compreenderem e ajudarem seus filhos tais como: educação sexual, drogas na
adolescência, relação pai-filho na adolescência;
V. manter a preferência de chamar os pais para lhes dar ciência quando de
uma atuação negativa de seus filhos, enfatizando a análise das atitudes, ações e
resultados na avaliação;
VI. dar conhecimento aos pais sobre a proposta pedagógica da escola;
VII. conhecer a realidade da família deste educando, para assim poder
entender e orientar nas situações do dia-a-dia escolar.
15.1 Programa de Combate a Evasão Escolar
O Termo de Convênio de Cooperação Técnica celebrado em 21/11/2012,
envolvendo a Coordenação de Gestão Escolar - SEED, com o apoio do Ministério
Público do Estado do Paraná, e da Associação dos Conselhos tutelares, tem como
finalidade combater o abando escolar, para tal, apresentou o Caderno de Orientações
do Programa de Combate ao Abandono Escolar no Paraná/BUSCA ATIVA.
Atendendo ao disposto as ações previstas neste documento visam contemplar
roteiro técnico de atuação e modelo de notificação obrigatória de aluno ausente,
visando assegurar a permanência e o sucesso da aprendizagem dos (as) estudantes
91
matriculados(as) nas escolas públicas do Paraná. Assim, a SEED busca confirmar a
concepção democrática da escola como direito de todos, não apenas um direito legal,
mas uma preocupação com situações que impeçam a permanência ou o acesso de
crianças e adolescentes na escola. Com a implantação das orientações contidas
neste caderno, pretende-se auxiliar a escola na sistematização das suas ações e
encaminhamentos de enfrentamento ao abandono.
Os(as) estudantes que retornarem à instituição de ensino após as ações de
combate ao abandono escolar, e que não apresentarem frequência igual ou superior a
75% (setenta e cinco por cento), no cômputo geral do total de horas letivas, ainda que
com média final igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), serão retidos no ano;
a) a estes estudantes deverá ser ofertado um Plano de Estudos Especiais para
recuperação dos conteúdos;
b) àqueles que obtiverem rendimento satisfatório deverão ser ofertados os
processos de Reclassificação no ano seguinte, conforme preceitos legais.
15.1.1 Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente
A Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente preconizada através
das disposições legais (Art. 227, da CF de 1988, Art. 86 da Lei nº. 8069/90,
Resolução nº. 113 do CONANDA), pressupõe a ação integrada, intersetorial e
articulada de várias instituições da área social para prevenir e intervir diante das
várias situações de violação dos direitos de crianças e adolescentes, dentre os quais
se inclui, por exemplo, o abandono escolar.
Desta forma o Programa de Combate ao Abandono Escolar no Paraná contará
com o envolvimento de estudantes, funcionários, professores, equipes pedagógicas e
diretivas e também todas as instâncias colegiadas da comunidade escolar:
Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, Conselho Escolar, Conselho de
Classe, Grêmio Estudantil e da Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente
existente no município. Todos concentrando esforços para identificar e resgatar os
(as) estudantes com faltas seguidas e injustificadas.
Para tanto o colégio conta com aliados da Rede de Proteção Social da Criança
e do Adolescente para buscar o(a) estudante que está em situação de abandono
escolar. Os principais integrantes da Rede de Proteção são:
92
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS);
Centro de Referência Especializados em Assistência Social (CREAS);
Centro de Atendimento Psicossocial (CAPs);
Conselho Tutelar;
Conselho Estadual de Educação;
Conselho Municipal de Educação;
Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente;
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente;
Conselho Estadual da Assistência Social;
Conselho Municipal da Assistência Social;
Escolas Estaduais;
Escolas Municipais;
Fórum de Direitos de Crianças e Adolescentes (Fórum/DCA);
Hospitais e postos/unidades de saúde;
Agentes comunitários de saúde;
Ministério Público;
Secretarias de Estado e Municipais ligadas direta ou indiretamente às áreas
da criança,adolescente e família;
Vara da Infância e da Juventude;
Conselhos Comunitários;
Programa/serviço municipal especificamente dedicado à prevenção e ao
combate ao abandono escolar.
15.2 Equipe Multidisciplinar
Acredita-se que a escola deve estar atenta ao seu papel cultural valorizando a
vivência entre alunos e professores com permanente debate acerca de temas de
interesse comum a todos, respeitando a historicidade das individualidades.
Na atuação realizada em anos anteriores, a Equipe Multidisciplinar colocou em
pauta várias ações que pudessem auxiliar na superação da discriminação étnico
racial e a compreensão diversidade dos indivíduos conforme orienta as leis nº
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10.639/03 e nº11.645/08. Ao considerar que este trabalho precisa avançar, a Equipe
Multidisciplinar nas atribuições a si concedidas buscará promover encontros para
estudo, reflexão e planejamento de ações referente a história e cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena. A partir disso, aproveitar momentos de parada pedagógica e
outros encontros com a comunidade para compartilhar as reflexões e planejar ações
coletivamente, além de “lançar” informações e ideias através de murais. Dar
continuidade ao Diagnóstico Étnico racial da escola através da coleta de dados dos
alunos dos 6ºanos. Promover Seminário Temático, envolvendo todos os alunos e
professores num momento interdisciplinar para discutir sobre a questão étnico racial,
e compartilhar saberes. Todo o trabalho será permeado pela organização de um
acervo bibliográfico, com filmes, músicas, livros, documentos, entre outros.
Com a socialização de novos conhecimentos, espera-se que alunos,
professores, funcionários e pais compreendam que a sociedade é construída a partir
de um processo contínuo de transformações humanas, por isso a importância de
valorizar história de cada sujeito, por meio de organização de um acervo bibliográfico
(filmes, músicas, livros, documentos) o qual poderá agilizar o trabalho do professor.
O objetivo é de garantir a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, de
forma coletiva e sistematizada, como enfrentamento dos desafios contemporâneos de
exclusão dos diferentes e da intolerância ao outro pela diferença ou divergência. E
também promover a produção de conhecimento, atitude, postura e valores que
eduquem e sensibilizem o cidadão quanto a pluralidade étnico racial, para avançar na
direção da construção de relações sociais justas e igualitárias, visando a promoção do
sujeito, da pessoa, para além da etnia.
O presente plano busca atender os dispositivos da Lei 10.639/2003 e da Lei
11.645/2008, visto que a instituição escolar é um espaço de formação de cidadãos, o
trabalho com a temática “História e cultura Afro-Brasileira e indígena” é de suma
importância para construção do respeito e valorização da diversidade.
Ao considerar o encadeamento de ações já desenvolvidas pela Equipe
Multidisciplinar, é possível dizer que a visão de respeito à pessoa independente de
suas especificidades ou diferenças tem sido o foco de todo trabalho planejado.
O cronograma de ação consta dos anexos e sua a avaliação será realizada de
forma contínua, após a realização de cada ação planejada, envolvendo os
participantes de cada uma delas para registro, permanências e mudanças para as
próximas etapas e ações.
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Este colégio tem como objetivo comum a efetividade do processo ensino-
aprendizagem. Sendo necessária uma visão de totalidade, para que isto se
concretize.
Visualizar a instituição de forma global implica em avaliações, mobilizadas
através de reflexão e discussão coletiva. Criando assim, uma cultura de
autoconhecimento e comprometimento em torno da efetivação do processo ensino-
aprendizagem.
Através da avaliação tem-se a possibilidade de repensar medidas e a
reordenar intenções e ações no processo educativo, a leitura e análise dos dados
abrange os diferentes setores da escola, a auto avaliação dos professores, equipe
pedagógica, agentes educacionais e aluno. Ao término do ano letivo organiza-se uma
Avaliação Interna do Trabalho do Colégio, tendo a participação de cada segmento,
incluindo representantes das famílias. Com os resultados buscam-se subsídios para a
tomada de decisões e reorientar as ações da escola, analisar a gestão e o currículo
escolar, no sentido de melhorar e melhor qualificar a educação.
Neste sentido usa-se como instrumento a avaliação formativa e emancipadora
na qual se busca conhecer a validade desta instituição de ensino. As reflexões
levantadas com a avaliação institucional, são registradas e possibilitam o destaque
da responsabilidade da escola enquanto instituição democrática com vistas a
construção da cidadania e transformação social.
16 PROPOSTA DE INCLUSÃO EDUCACIONAL
A luta por educação de qualidade para todos os alunos, iniciada nos anos 80,
trouxe em seu bojo, a oportunidade de se discutir a inclusão educacional de pessoas
com deficiências, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas
habilidades/superdotação, nas classes comuns do ensino regular.
A educação de alunos com necessidades educacionais especiais somente em
programas especializados num sistema paralelo de ensino, não consegue mais
atender parte da demanda de escolarização dessa parcela da população,
comprovado através de longa permanência nos programas especiais, sem que esse
tempo significasse, necessariamente de forma satisfatória.
95
A Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) realizada em Jomtien,
na Tailândia, suscitou debates relativos á democratização da educação em todo o
país. Também em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente oportunizou
discussões ao inserir entre seus itens questões relativas à educação, quando
determina que “os pais ou responsáveis tem a obrigação de matricular seus filhos ou
pupilos na rede regular de ensino”. A Declaração de Salamanca (1994) não deixa
dúvidas quanto à inclusão educacional quando proclama, entre outros critérios, que:
I. Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à
escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma pedagogia centrada na
criança, capaz de satisfazer a tais necessidades;
II. Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios
mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para
todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva à maioria das crianças
e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo sistema
educacional.
Neste contexto de educação para todos tornou-se incisivo uma nova proposta
de educação, na realidade uma reorganização do ensino geral e especial.
No Brasil, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) propôs encontros cursos e
seminários regionalizados nos estados e municípios com o objetivo de discutir e
disseminar a inclusão educacional. O documento mais contundente – Política
Nacional de educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva- elaborado em
2008, aponta radicalmente para a inclusão de alunos com necessidades educacionais
especiais no ensino regular.
Ao se relacionar com os fenômenos do mundo circundantes com intermediação
de outros homens, criança aprende a atividade adequada, em um processo de
educação. Este processo deve sempre ocorrer com os resultados do desenvolvimento
sócio-histórico da humanidade e transmitidos às gerações seguintes. O movimento da
história só é possível com a transmissão as novas gerações, das aquisições da
cultura humana com educação.
Em relação à educação, o psicólogo russo Vigotsky (2003) em sua abordagem
sócio-histórica, também atribui grande importância, para o desenvolvimento humano,
às interações do sujeito com a sociedade, a cultura e a sua história de vida. O autor
enfatiza as relações sociais e a interferência de outra pessoa (mediação) na
96
consolidação das funções psicológicas superiores (ações conscientemente
controladas, atenção voluntária, memorização ativa, pensamento abstrato,
comportamento intencional). Para ele, o desenvolvimento humano se diferencia de
sujeito para sujeito, e ocorre de forma particular de acordo com fatores orgânicos,
socioculturais e emocionais.
Desta forma, entende-se que o processo dialético de construção e
reconstrução do conhecimento deve ser continuamente produzido em conjunto por
alunos e professores como tentativa de responder aos desafios de suas realidades e
do processo de ensino e aprendizagem.
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de
longo prazo, de natureza física, intelectual ou sensorial, que em interação com
diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e
na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles
que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na
comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e
repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do
autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram
potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:
intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam
elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas
em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão:
dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade,
entre outros.
Desta forma, a reorganização da educação especial tornou-se premente. A
Constituição Federal de 1988 foi um passo importante para o inicio da educação
inclusiva, aparecendo pela primeira vez, em um documento oficial, a matrícula de
alunos com necessidades de rever o sistema de educação e a educação especial. As
leis criadas para amparar a inclusão estão postas, porém, por si só, não são
suficientes para que ocorra de fato. Mudança atitudinal em relação aos alunos é um
critério igualmente importante na lida diária de todos os profissionais dos
estabelecimentos escolares.
Na escola, quem não acompanha os colegas e os conteúdos organizados pela
instituição vão ficando para trás, reprovando consecutivas vezes e, não raramente,
acabam evadindo-se dos espaços escolares.
97
Diante da nova forma de ver a educação especial, algumas questões colocam-
se como prioridade, entre as quais destaca-se: a formação docente e a organização
de uma rede de apoio, envolvendo não só a educação, mas as políticas sociais
básicas como a Saúde, a Assistência Social e Trabalho.
16.1 Atendimento Educacional Especializado
O Atendimento Educacional Especializado (MEC, 2009) aponta a implantação
de Salas de Recursos multifuncionais para atendimento aos alunos que apresentem
necessidades educacionais especiais, em qualquer área de deficiência. Esse
programa constitui-se em mais um apoio à educação inclusiva nos Estados e
Municípios.
No Estado do Paraná, o documento “Diretrizes Curriculares para a Construção
de Currículos Inclusivos,” traz: A rede de apoio constitui um conjunto de serviços,
ofertados pela escola e comunidade em geral decorrentes:
I. Das deficiências intelectual, visual, física, neuromotora e surdez;
II. das condutas típicas de síndrome e quadros neurológicos, psicológicos
graves e psiquiátricos;
III. das altas habilidades/superdotação.
Serviços de apoio pedagógico especializados, que se realizam no contexto da
sala de aula, ou em contra turno, por meio da oferta de recursos humanos, técnicos,
tecnológicos, físicos e materiais e tem por objetivo possibilitar o acesso e a
complementação do currículo comum ao aluno.
Serviços Especializados, quando realizados em instituições especializadas da
rede pública ou conveniada, conforme previsto na legislação (resolução CNE/CEB nº
01/02 e Del. CEE/PR 02/03).
De acordo com a SEED (2006), uma rede de apoio foi organizada de maneira a
auxiliar a inclusão de alunos no ensino regular.
Pela natureza dos serviços prestados por instituições especializadas, de ordem
terapêutica, assistencial, profissionalizante, entre outros, políticas publicas devem ser
viabilizadas, em interface com as áreas de Saúde, Trabalho e Ação Social, Justiça,
Transportes entre outras, pelo poder público. Assim, garante-se o atendimento
98
integral às necessidades especiais dos alunos, complementando-se sua
escolarização formal.
Repensar a escola em suas modificações não significa pensar somente nas
reorganizações metodológicas, de acessibilidade ou atitudinais, mas é um todo, no
qual, os homens, que ao modificar suas vidas, produzem novas formas de expressão
de suas próprias transformações.
As modificações pelas quais a escola tem que passar, não podem acontecer de
forma espontaneísta, mas devem se apoiar em leis educacionais que oportunizem e
garantam os recursos técnicos, tecnológicos, administrativos e pedagógicos, rumo a
educação inclusiva de qualidade e para todos.
16.2-Educação Especial – Sala de recursos multifuncional
O Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira, oferta atendimento aos alunos
com Necessidades Educacionais Especiais por meio da Sala de Recursos
Multifuncional - SRM, onde o trabalho é realizado por dois profissionais habilitados.
Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais passam por uma
triagem, primeiramente do professor regente da turma juntamente com a Equipe
Pedagógica, na sequência passa pela Avaliação no Contexto Escolar (realizada pelo
profissional responsável pela SRM) e pela avaliação de outros profissionais como
psicólogos, neuropediatras, entre outros.
No processo de avaliação, após o ingresso e durante o desenvolvimento do
trabalho a Equipe Pedagógica juntamente com o profissional da SRM, realizam
orientações à família, dão suporte pedagógico aos professores, buscando alternativas
que facilitem o processo de ensino-aprendizagem do aluno.
Nos últimos quatro anos o colégio tem alguns alunos portadores de transtornos
funcionais específicos e são acompanhados no próprio turno por, Professor de Apoio
à Comunicação Alternativa (PAC) e Professor de Apoio Educacional Especializado,
(PAEE). Em 2016 são em 3 (três) os novos alunos matriculados que trouxeram laudo
com diagnósticos, porém, há novos matriculados que necessitam passar pelo trâmite
de avaliação.
99
17 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
O conceito de formação do professor envolve uma concepção de continuidade,
de processo. Não busca um produto completamente pronto, mas um movimento que
se concretiza através da reflexão na ação e da reflexão sobre a ação.
A formação adequada promove a preparação de professores crítico – reflexivos
comprometidos com o próprio desenvolvimento profissional. Trata-se de uma
formação que articula a prática, a reflexão, a investigação e os conhecimentos
teóricos requeridos para promover uma transformação na ação pedagógica.
A teoria estrutura a prática, supera-a, aponta seus limites, sua evolução e seu
potencial de crescimento e se o professor não se apropria de uma teoria que lhe
permita ressignificar e reestruturar sua prática, ele não será capaz de transformá-la.
A valorização dos Profissionais da Educação do Estado do Paraná constitui um
dos princípios básicos estabelecidos. Dentre as inúmeras ações desencadeadas para
que esta valorização se efetive, são ofertados eventos de formação continuada aos
profissionais da educação, considerando o contido na LDB 9394/96, em seus artigos
67, 80 e 87, bem como na Lei Nacional nº 10172/2001 – Plano Nacional de Educação
e Plano Estadual de Educação.
A Coordenação de Formação Continuada, instituída pela Resolução 1467/04,
viabiliza a realização de eventos direcionados a uma rede de profissionais do sistema
público educacional. Professores, pedagogos, diretores, secretários, merendeiras,
inspetores, bibliotecários e auxiliares de serviços gerais são os profissionais que
compõem o nosso público alvo. Também são ofertados eventos para representantes
da comunidade escolar, APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) e
Grêmio Estudantil.
A formação de professores implica uma reflexão sobre o próprio significado do
processo educativo, na sua relação com o processo mais amplo de constituição e
desenvolvimento histórico do ser humano. Assim, pensar a capacitação dos
profissionais da educação no contexto político e social implica em preparar esse
profissional para os desafios da chamada globalização e/ou reestruturação produtiva
do capitalismo.
100
No contexto escolar são realizadas as Paradas Pedagógicas, e as Formações
Continuadas promovidas pela SEED.
18 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Ordinariamente, as avaliações do P.P.P. são feitas trimestralmente em
reuniões realizadas por todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
Extraordinariamente, a avaliação e realimentação são realizadas diariamente,
porque novos fatos acontecem na escola todos os dias, então as práticas políticas e
pedagógicas são sempre avaliadas, revistas e adequadas de acordo com a realidade
que se apresente.
19 PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA
Em atendimento a LDBN 9394/96, a Instrução 05/2014 - SEED/SUED, a
Instrução N° 006/2015 - SEED/SUED, este colégio organiza, quando necessária, as
atividades para complementação de carga horária para fins da garantia da carga
horária anual mínima e otimização do aprendizado da seguinte forma:
No mês de maio Jogos Matemáticos - em um sábado pela manhã para os
alunos do turno matutino e em outro para os do turno vespertino;
No mês de junho Festa Junina - em um Domingo;
No mês de agosto atividades de Língua Portuguesa - em um sábado;
No mês de setembro Feira de Ciências - no contraturno;
No mês de outubro Festival Cultural - à noite em um dia da semana;
No mês de novembro Dia da Consciência Negra – em um sábado;
Sem data prévia - Durante o ano a depender da agenda de convidados são
proferidas palestras sobre temas emergentes;
Torneio esportivo na modalidade do trimestre em um sábado em finais de
bimestres.
101
Sem data prévia são exibidos filmes abordando temas sociais
contemporâneos, cuja temática possa ser explorada por meio do preenchimento
individual de uma ficha chamada Roteiro de Análise mesa redonda para o debate à
respeito da temática.
20 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
O estágio não obrigatório não interfere na aprovação/reprovação do aluno e
não é computado como componente curricular, é exigida a idade mínima de 16 anos,
será planejado, executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos
para a formação profissional dos estudantes, com os previstos no PPP e descritos no
Plano de Estágio. O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de um
professor orientador, o qual será responsável pelo acompanhamento e avaliação das
atividades.
O objetivo, portanto, do estágio não-obrigatório é contribuir para a formação do
aluno no desenvolvimento das atividades relacionadas ao mundo do trabalho que
oportunizem concebê-lo.
Como ato educativo, O Plano de Estágio não-obrigatório integrará o Termo de
Compromisso que é o instrumento pedagógico que norteia e normatiza o estágio dos
alunos.
As atividades que os alunos do Ensino Médio podem realizar no estágio não-
obrigatório são as que possibilitem a integração social, o uso de novas tecnologias,
produção de textos, aperfeiçoamento do domínio do cálculo, aperfeiçoamento da
oralidade, compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,
organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa,
documentação comercial e rotinas afins.
Considerando, a Lei nº 11788/2008 que dispõe sobre o estágio de estudantes,
o Decreto Estadual 3.207/2008 publicado no Diário Oficial nº 7783 de 12/08/2008 que
revê, atualiza e consolida os procedimentos operacionais adotados para o
gerenciamento da atividade de estágio e as indicações da Superintendência de
Educação da SEED, o Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira contempla no seu
P.P.P. os procedimentos para inclusão de estágio não obrigatório a alunos de Ensino
102
Médio deste estabelecimento não podendo contrapor-se a própria concepção de
escola publica, ainda que o estágio seja uma atividade que vise a preparação para o
trabalho produtivo. A função social da escola vai para além do aprendizado de
competências próprias da atividade profissional e, nesta perspectiva vai para além da
formação articulada à necessidades do mercado de trabalho.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a
partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais,
as quais se explicam a partir das relações de produção de trabalho. Isto implica em
oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produções, a
dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do
trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos
conhecimentos produzidos historicamente produzidos pela humanidade, a fim de
possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma
conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação técnica que
secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de
produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta
dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar
no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno
estagiário não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua
participação nela de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos
que as sustentam.
Sendo, então, o Estágio Não Obrigatório, uma contribuição para a formação do
aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho e que
oportuniza a concepção de um ato educativo, nossa escola, então, em parceria com
Centro de Integração Empresa – Escola do Paraná (CIEE), se propõe a oportunizar
os alunos de nossa escola, a partir de dezesseis anos, para que tenha acesso a essa
modalidade de aprendizado.
103
20.1 Ata de inclusão de estágio não obrigatório
Ata nº 005/2008
Aos três dias do mês de dezembro de dois mil e oito, reúnem-se os membros
do Conselho Escolar para discutir e aprovar a inclusão do estágio não obrigatório no
P.P.P. do colégio. Feito a leitura do ofício circular nº 435/2008, da Lei nº 11788/2008
que dispõe sobre o estágio de estudantes, o Decreto Estadual 3.207/2008 publicado
no Diário Oficial Nº 7783 de 12/08/2008 que revê, atualiza e consolida os
procedimentos operacionais adotados para o gerenciamento da atividade de estágio e
as indicações da Superintendência de Educação da SEED seguiram-se as
orientações do NRE para a inclusão desta prática de estágio não obrigatório aos
alunos de Ensino Médio com oportunidade de proporcionar experiência prática na
linha de formação. As inclusões foram feitas na fundamentação conceitual do P.P.P.
e também no marco operacional, em relação a função do pedagogo nesse processo.
Sendo estas decisões a serem tomadas firmam o presente documento os membros
do Conselho Escolar. Toledo, 03 de dezembro de 2008.
21 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
A elaboração do Plano de Ação do Colégio é realizada com todos os
professores e funcionários, em dois momentos, sendo o primeiro no início do ano
letivo durante a Semana Pedagógica e o segundo momento, na Semana Pedagógica
do início do segundo semestre.
Esta ocasião se configura de fundamental importância para a prática
administrativa e pedagógica no cotidiano uma vez que além de, reunir todos os
envolvidos possibilita a efetiva participação de todos os segmentos de ação do
colégio, tal fato imprime a característica do sentimento de pertença. Se todos
pertencem no momento da reflexão e elaboração do Plano de Ação, significa que
estarão também envolvidos na sua aplicação.
O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho dinâmico
com o intuito de propiciar ações, ressaltando seus principais problemas e os objetivos
104
dentro de metas a serem alcançadas, com critérios de acompanhamento e avaliação
pelo trabalho desenvolvido. A elaboração do Plano de Ação da escola também é o
momento de planejar para rever a prática educativa por todo o coletivo escolar. Nesse
sentido, o planejamento dos objetivos, metas, ações e resultados esperados devem
ser seguidos pela equipe de gestão, no início do ano letivo, prevendo os desafios a
serem enfrentados no decorrer do ano, em conformidade com o diagnóstico dos
indicadores da qualidade da educação.
O Plano de Ação deve integrar:
- As Experiências de Educação existentes e conhecidas no sistema de ensino e
na educação não formal;
- O Diagnóstico do contexto escolar partindo de uma leitura da realidade
escolar, identificando as necessidades e o potencial da escola. O Planejamento de
Ações Educativas, articulando as metas aos objetivos, os fundamentos, os conteúdos
e as estratégias metodológicas, considerando os contextos comunitário e escolar, as
condições e o ambiente educacional, os sujeitos envolvidos, a qualidade, a habilidade
e a experiência dos educadores (as) e o processo de avaliação e acompanhamento
(SILVA; ZENAIDE, s/d)
As dimensões que devem ser contempladas no Plano de Ação da escola são:
gestão escolar democrática; prática pedagógica; avaliação; acesso, permanência e
sucesso na escola; ambiente educativo e formação dos profissionais da escola. Essas
dimensões, definidas como elementos da qualidade pedagógica da escola, foram
organizadas pela Seed.
22 PROGRAMAS/ PROJETOS/ ATIVIDADE
22.1 Brigada Escolar
Considerando os diversos movimentos da natureza e dos problemas
enfrentados por aglomerações inclusive nas escolas o Colégio João Cândido Ferreira
inclui no seu trabalho educativo e ambiente escolar ações voltadas para os primeiros
socorros bem como prepara sua equipe para realizar os diálogos e debates sobre o
105
tema muito bem orientado pelos brigadistas da Defesa Civil, onde se espera
aceitação e envolvimento de todos promovendo mudanças de comportamento, visto
que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma
transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando
como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar
com as escolas da rede estadual de educação tem a ver com a necessidade de
adequá-las internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a
espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes
pessoais e incêndios, entre outros.
Assim, tem-se como objetivo geral promover a conscientização e capacitação
da Comunidade Escolar para ações de enfrentamento de eventos danosos, naturais
ou humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior do
Colégio e no dia a dia para garantir a segurança e possibilitar, em um segundo
momento, que tais temas cheguem e envolvam APMF, Conselho Escolar bem como
toda a comunidade próxima da escola.
E como objetivos específicos: Construir uma cultura de prevenção a partir do
ambiente escolar; proporcionar aos alunos do Colégio condições mínimas para
enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como
conhecimentos para se conduzirem frente a desastres; promover o levantamento das
necessidades de adequação do ambiente escolar, com vistas a atender às
recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do Corpo de Bombeiros;
preparar os funcionários e professores para a execução de ações de Defesa Civil, a
fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de
riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao
suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio, através da participação em
cursos oferecidos pelo Corpo de Bombeiros; adequar a edificação às normas mais
recentes de prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de
prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida
dos ocupantes desses locais.
No decorrer do trabalho devem ocorrer as capacitações contemplando os que
ainda não participaram dos cursos e da Brigada Escolar.
106
O Coordenador do Programa na Escola será a Diretora Maria Clara Cadamuro
Weber. E caberá a ela a responsabilidade de acompanhar formalmente a Brigada
Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do estabelecimento que atuarão
em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de: identificar
riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar; garantir a
implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma segura, de
alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução
de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em calendário
escolar; promover revisões periódicas do Plano de Abandono; apontar mudanças
necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta da comunidade
escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono; promover reuniões
bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão de assuntos
referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro em livro ata
específico ao Programa; verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da
escola, em busca de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para
as providências necessárias.
Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de
Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e Presencial.
O Diretor da escola terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de
implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de Abandono
consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários da
edificação escolar, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo
razoável. Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por
semestre, e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.
22.2 Sala de Apoio
A Sala de Apoio à aprendizagem funciona nos períodos matutino e vespertino,
onde são atendidos alunos do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental, com dificuldades
de aprendizagem, principalmente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
A finalidade é auxiliar os estudantes a superarem as dificuldades apresentadas na
107
aprendizagem da leitura, escrita e nos cálculos fundamentais de maneira que o aluno
venha a compreender e dominar os conteúdos básicos.
A metodologia da Sala de Apoio é diferenciada da sala de aula, trabalha-se
com pequenos grupos, resgatando os conteúdos trabalhados no respectivo ano letivo.
O processo de atendimento começa com a sondagem realizada pelo professor,
constatada a necessidade inicia-se o trabalho de conscientização da família sobre a
importância do atendimento e matrícula do aluno.
Com a experiência obtida, pode-se dizer que os resultados alcançados são
positivos, muitos alunos conseguem sanar suas dificuldades e acompanhar os
conteúdos da sala de aula. Os profissionais dessa área passam por constantes
orientações e reciclagem, promovidos pela SEED, para que esse atendimento tenha
êxito.
22.3 Projeto Esporte / Lazer
22.3.1 Atividade Periódica, Intermediária
O Projeto Esporte / Lazer, inicia-se sempre no começo do ano letivo, sendo
realizado nas Terças e Quintas Feiras no horário de 17h30 até 19h30. Porém a partir
do ano letivo de 2017 este projeto encontra-se suspenso por determinação da SEED.
Os alunos participantes são em torno de 30, sendo estes dos períodos
matutino e vespertino.
Os alunos foram convidados através de avisos em sala de aula e também
avisos em forma de cartaz expostos no interior do Colégio.
Este projeto vem fazer com que muitos alunos possam se desenvolver tanto na
parte motora como na parte social, dentro do Colégio e na sua comunidade.
(Proposta anexo 26.4).
23. ATA DE APROVAÇÃO DO PPP PELO CONSELHO ESCOLAR
108
Ata nº 009/2018
Aos vinte e quatro dias do mês de abril de dois mil e dezoito, nas dependências
do Colégio Estadual DR. João Cândido Ferreira – Ensino Fundamental e Médio, na
sala dos professores às dezessete horas e quarenta minutos, reuniram-se os
membros do Conselho Escolar para aprovar o Projeto Político Pedagógico do Colégio.
Foi lido e discutido entre os membros e em seguida aprovado. Nada mais havendo a
constar, eu Inete Denise Michelon, membro do Conselho Escolar e funcionária do
colégio lavrei a presente ata, que será assinada por mim e demais presentes.
Toledo, 24 de abril de 2018.
109
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Priberam Dicionário. Disponível em: <https://www.priberam.pt>. Acesso em 24-03-
2016.
REIS, Emerson dos Santos. Projeto Político Pedagógico: moda, exigência ou
tomada de consciência? In: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco. Rio
de Janeiro.2001.
SAVIANI, Dermeval. Educação e Política – 2003.
SEED. Apostilas – Grupos de Estudo de 2009. “A desordem na Relação Professor-
Aluno” “Refazendo o Caminho do Currículo” “Rumos da Avaliação neste
século”.
SEED. Coordenação de Gestão Escolar – Conselho de Classe Final. 2008.
112
SEED. Departamento de Educação Especial. Inclusão e Diversidade; Reflexão para
Construção do Projeto Político Pedagógico. Curitiba. SEED/SUED. 2005.
SEED/PR – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Orientações para a
Leitura dos Resultados: Prova Brasil/SAEB e Ideb. Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/provabrasil_orientacoes_le
itura_resultados.pdf>
Significados BR. Disponível em: <http://www.significadosbr.com.br>. Acesso em
23/03/2016.
SOUZA, Eliseu José. Concepções do conceito de cidadania: análise da relação
entre ensino de história e cidadania conforme a Educação. Disponível em:
<http://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/concepcoes-conceito-cidadania-
analise-relacao-entre-.htm>
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliaçao: concepção dialética-libertadora
do processo de avaliação escolar. São Paulo. Libertad,1998.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Trad. Grupo de Desenvolvimento e
Ritmos Biológicos-Departamentos de Ciências Biomédicas – USP. São Paulo: Martins
Fontes, 1984.
113
ANEXOS
1- Ficha do Pré Conselho Escolar
2- Plano de Abandono da Brigada Escolar
3- Plano de ação da Equipe Multidisciplinar
4- Proposta pedagógica dos projetos no contraturno
5- Calendário Escolar
6- Plano de ação do Colégio
114
ANEXO 1 FICHA DO PRÉ CONSELHO ESCOLAR
COLÉGIO ESTADUAL Dr. JOÃO CÂNDIDO FERREIRA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PRÉ CONSELHO DE CLASSE
1º Trimestre.
Professor(A): ________________________________
_______________________Disciplina:_______________Turma:________ Pré-
Diagnóstico - Pré-Conselho de Classe Autoavaliação da Turma pelo Professor
1- Faça um diagnóstico geral da turma considerando os seguintes itens:
a) rendimento acadêmico dos alunos;
b) comprometimento e responsabilidade na entrega de tarefas, trabalhos e
atividades agendadas;
c) relacionamento interpessoal entre os alunos;
d) comportamento e respeito às regras;
e) aspectos positivos da turma;
f) aspectos negativos da turma, bem como as possíveis soluções ,
encaminhamentos e sugestões de procedimentos para melhorar a turma.
Obs.: Se necessário for, utilize o verso.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
________________________________________________________
Toledo, ______de ________________de 2016.
Assinatura do professor________________________
115
ANEXO 2 PLANO DE ABANDONO DA BRIGADA ESCOLAR
Estado do Paraná
Secretaria de Estado de Educação do Paraná Núcleo Regional de Educação de Toledo
AV. Tiradentes,1001- CPE:85.900-230 www.nre.seed.pr.gov.br/toledo
Toledo- Paraná
ATESTADO DE CONFORMIDADE
Visando a concessão do Certificado de Conformidade de Edificação Escolar, de acordo com o estabelecido no Decreto Estadual nº 4.837 de 04 de junho de 2012, atesto que o Colégio Estadual Dr João Cândido Ferreira, situado na Rua Guaíra, nº 2225, bairro Jardim La Salle, município de Toledo - Pr, cumpriu todas as exigências previstas na primeira fase do referido decreto em consonância com a Resolução Normativa nº 01 da Superintendência de Desenvolvimento Educacional – RN SUDE e Instrução nº 024/2012 da Superintendência de Educação – SEED/SUED. As medidas de proteção como sinalização de saídas de emergência, constituição e capacitação da Brigada Escolar, instalação da iluminação de emergência e sistema de proteção por extintores de incêndio, foram adotadas conforme normas supracitadas.
Relação dos brigadistas formados na modalidade presencial e ensino à distância: BRIGADISTAS
Maria Clara Cadamuro Weber
Eliana Ribeiro e Silva
Valdirene de Lima
Maria Luza Marcheti
José Donizete da Silva
Exercícios simulados de abandono realizados na edificação escolar, os quais constam no calendário, sendo previstos dois simulados por ano em todos os turnos:
TURNO 1º EXERCÍCIO
SIMULADO 2º EXERCÍCIO
SIMULADO Manhã 11.06.2014 11.11.2014 Tarde 11.06.2014 11.11.2014 Noite 11.06.2014 11.11.2014
Toledo, 11 de dezembro de 2014.
Aline Ferreira Maria P. Fávaro Zancanaro
Engª Civil – Crea 120491-D/PR NRE – Toledo
Responsável pelo Programa NRE de Toledo
116
117
Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira Ensino Fundamental e Médio
Adendo Regimental de Acréscimo
Art. 1º O Regimento Escolar do Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira passa a
vigorar com os seguintes acréscimos:
Art 18 Compete ao Diretor (a):
XXXlll. Possibilitar a implementação do “Programa Brigadas Escolares-Defesa
Civil na Escola” com a criação das Brigadas Escolares, bem como a elaboração do
organograma da instituição;
XXXlV. Indicar os funcionários da instituição de ensino para compor o grupo da
Brigada Escolar conforme descritos no programa Brigadas Escolares- Defesa Civil na
Escola;
Acompanhar o desenvolvimento das ações do grupo Brigadas Escolares;
Possibilitar aos membros do grupo que compõe a
participação em capacitações.
Art. 34-A Compete ao Pedagogo indicado para compor o grupo da Brigada Escolar:
I. Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas
condutas rotineiras da comunidade escolar:
ll. Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,
de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por
meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser
registrado em calendário escolar;
lll. Promover revisões periódicas do Plano de Abandono, junto aos
componentes da Brigada Escolar;
lV. Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
V. Promover reuniões trimestrais entre os integrantes da Brigada escolar para
discussão de assuntos referentes à segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em ata específico para o programa;
Vl. Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca
de situações inseguras, comunicando imediatamente ao diretor as providências
necessárias;
118
Vll. Observar em caso de sinistro e/ou simulações, o organograma pela
Instituição de Ensino;
Vlll. Participar das formações para a Brigada Escolar, em EaD e também
presencial.
Art.36-A Compete aos docentes indicados para compor o grupo da Brigada Escolar:
Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas condutas
rotineiras da comunidade escolar;
ll. Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada
de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por
meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser
registrado em calendário escolar;
lll. Promover revisões periódicas do Plano de Abandono, junto aos
componentes da Brigada Escolar;
lV. Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
V. Promover reuniões trimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar
para discussão de assuntos referentes à segurança do estabelecimento de ensino,
com registro em ata específico para o programa;
Vl. Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em
busca de situações inseguras, comunicando imediatamente ao diretor para as
providências necessárias;
Vll. Observar em caso de sinistro e/ou simulações, o organograma elaborado
pela instituição de ensino;
Vlll. Participar das formações para a Brigada Escolar, em EaD e também
presencial.
Art.38-A Compete aos Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e
O Operação de Multimeios Escolares, indicados para compor o grupo da brigada
Escolar:
l. Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na identificação e nas
condutas rotineiras da comunidade escolar;
119
ll. Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,
de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por
meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser
registrado em calendário escolar;
lll. Promover revisões periódicas do Plano de Abandono, junto aos
componentes do grupo da Brigada Escolar;
lV. Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar;
V.Promover reuniões trimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para
discussão de assuntos referentes à segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em ata específico para o programa;
Vl. Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em
busca de situações inseguras;
Vll. Observar em caso de sinistro, o organograma elaborado pela instituição de
ensino;
Vlll. Participará das formações para Brigada Escolar, em EAD e também
presencial;
Art. 44-A Compete aos funcionários que atuam na área de manutenção e
infraestrutura escolar e preservação do meio ambiente, alimentação escolar e
interação com o educando:
Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas condutas
rotineiras na comunidade escolar;
ll. Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada
de forma segura, professores e funcionários;
lll. Promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
lV. Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar;
Promover reuniões trimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar, com registro
em ata;
Vl. Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola;
Vll. Observar em caso de sinistro o organograma elaborado pela instituição de
ensino;
120
Vlll. Participar das formações para a Brigada Escolar, em EaD e também
presencial.
Art. 2º . Este Adendo Regimental entra em vigor após sua aprovação pelo Núcleo
Regional de Educação de Toledo.
__________________,_______________
local data
_________________________________________
Assinatura e carimbo da Direção
121
ANEXO 3 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
PLANO DE AÇÃO – 2017
IDENTIFICAÇÃO:
Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Dr. João Cândido Ferreira – Ensino
Fundamental e Médio
Município: Toledo
NRE: Toledo
Equipe Multidisciplinar:
Nivia Martins Berti Zelamar Ramos Rosa Olinda Ortigara Inete Denise Michelon Laudemiria Terezinha Faita Mazzarollo Vera Lucia Scherer Isabel Cristina Malfato Dayane Sinara Franciele dos Santos Maria Clara Cadamuro Weber Edith Ferreira da Silva Carlito Giacobbo Ivete Carmem Piffer Sérgio Luiz Maccari Maria Luiza Marcheti Genivaldo Antonio Schons José Donizete da Silva
122
INTRODUÇÃO
Acredita-se que a escola deve estar atenta ao seu papel cultural valorizando
a vivência entre alunos e professores com permanente debate acerca de temas de
interesse comum a todos, respeitando a historicidade das individualidades.
Na atuação realizada em anos anteriores, a Equipe Multidisciplinar colocou
em pauta várias ações que pudessem auxiliar na superação da discriminação étnico
racial e a compreensão diversidade dos indivíduos conforme orienta as leis nº
10.639/03 e nº11.645/08. Ao considerar que este trabalho precisa avançar, a
Equipe Multidisciplinar nas atribuições a si concedidas buscará promover encontros
para estudo, reflexão e planejamento de ações referente a história e cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena. A partir disso, aproveitar momentos de parada
pedagógica e outros encontros com a comunidade para compartilhar as reflexões e
planejar ações coletivamente, além de “lançar” informações e idéias através de
murais. Dar continuidade ao Diagnóstico Étnico racial da escola através da coleta
de dados dos alunos dos 6ºanos. Promover Seminário Temático, envolvendo todos
os alunos e professores num momento interdisciplinar para discutir sobre a questão
étnico racial, e compartilhar saberes. Todo o trabalho será permeado pela
organização de um acervo bibliográfico, com filmes, músicas, livros, documentos,
entre outros.
Com a socialização de novos conhecimentos, espera-se que alunos, professores,
funcionários e pais compreendam que a sociedade é construída a partir de um processo
contínuo de transformações humanas, por isso a importância de valorizar história de
cada sujeito.
Acredita-se que a organização de um acervo bibliográfico (filmes, músicas,
livros, documentos) poderá agilizar o trabalho do professor
JUSTIFICATIVA
O presente plano busca atender os dispositivos da Lei 10.639/2003 e da Lei
11.645/2008, visto que a instituição escolar é um espaço de formação de cidadãos,
o trabalho com a temática “História e cultura Afro-Brasileira e indígena” é de suma
importância para construção do respeito e valorização da diversidade.
Ao considerar o encadeamento de ações já desenvolvidas pela Equipe
Multidisciplinar, é possível dizer que a visão de respeito à pessoa independente de
123
suas especificidades ou diferenças tem sido o foco de todo trabalho planejado.
OBJETIVO
O objetivo é de garantir a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, de
forma coletiva e sistematizada, como enfrentamento dos desafios contemporâneos
de exclusão dos diferentes e da intolerância ao outro pela diferença ou divergência.
E também promover a produção de conhecimento, atitude, postura e valores que
eduquem e sensibilizem o cidadão quanto a pluralidade étnico racial, para avançar
na direção da construção de relações sociais justas e igualitárias, visando a
promoção do sujeito, da pessoa, para além da etnia.
AÇÕES/CRONOGRAMA
AÇÕES CRONOGRAMA
Promoção de encontros com a
Equipe Multidisciplinar para estudo,
reflexão e planejamento de ações
referente a história e cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena.
Todo Período de vigência da
Equipe Multidisciplinar.
Compartilhar as reflexões e
planejar ações juntamente com a
comunidade escolar, em momento de
parada pedagógica.
Todo Período de vigência da
Equipe Multidisciplinar.
Realimentar o Diagnóstico Étnico
racial da escola através dos dados dos
alunos dos 6ºanos.
Julho/Agosto
Produzir murais de
informação/ação, para divulgar idéias,
pensamentos, etc...
Julho a Dezembro
Promover Seminário Temático Outubro
Elaborar lanches típicos, para
valorizar heranças culinárias das etnias.
Novembro
Organizar um acervo bibliográfico, Todo Período de vigência da
124
com filmes, músicas, livros, documentos,
entre outros.
Equipe Multidisciplinar.
AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada de forma contínua, após a realização de cada ação
planejada, envolvendo os participantes de cada uma delas para registro,
permanências e mudanças para as próximas etapas e ações.
REFERÊNCIAS
ARROYO. Miguel G. Ações Coletivas e Conhecimento: Outras Pedagogias?
FREIRE, José Ribamar B. Cinco Ideias Equivocadas Sobre os Índios.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamentos da Diversidade e do Ensino Fundamental. Coordenação de
Desafios Educacionais Contemporâneos. Cadernos Temáticos. História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, Educação Escolar Indígena, Educando para as
Relações Étnico-Raciais Curitiba, SEED - PR. 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED, Diretrizes Curriculares
Estaduais. Curitiba, 2008.
BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino da História Afro-Brasileira e Africana. Brasília: SECAD/ME,
2004.
BRASIL, Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e
Africana. Brasília: SECAD; SEPPIR, jun.2009
_______. Lei Federal n° 10.639/03 in Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, 1996.
_______. Lei Federal n° 11.645/08 in Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, 1996.
ORIENTAÇÃO Nº002/2014 – DEDI/CERDE/CEEI
Toledo, 05 de abril de 2016.
____________________________________________
Assinatura do(a) coordenador(a)
125
ANEXO 4 PROPOSTA PEDAGÓGICA DOS PROJETOS NO CONTRATURNO
Proposta Pedagógica do Projeto Esporte e Lazer
APRESENTAÇÃO
Esta proposta pedagógica tem como finalidade apresentar a organização,
PROJETO ESPORTE E LAZER, visando contribuir na promoção do desenvolvimento
de habilidades, capacidades e competências para formação de cidadão mais cônscios
de si e de sociedade utilizando o esporte como ferramenta social primordial para esse
fim.
OBJETIVO GERAL
Oportunizar aos alunos por meio da participação e vivência o desenvolvimento
e aprimoramento técnico, para a formação de princípios e de valores primordiais para
o desenvolvimento humano e integrado de seus participantes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Melhorar a habilidade e capacidade físico-motoras,
Promover formas humanas de sociabilidade baseadas em sentimentos morais;
Despertar e ou reforçar os sentimentos de benevolência, reciprocidade e
empatia;
Ampliar o horizonte do que significa ser humano, para além das motivações de
vantagem individual.
Desenvolver o passe;
Habilitar o aluno para o lançamento de bola;
Compreender a movimentação em quadra, buscando acelerar e desacelerar;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Antigamente conhecido como futebol de salão, mesmo hoje, com todos os
recursos disponíveis, ainda existe grande controvérsia a respeito de sua origem,
contudo, o que se sabe ao certo é que esta modalidade dos esportes coletivos de
quadra surgiu nos anos 30 e foi criado na Associação Cristã de Moços de
126
Montevidéu, Uruguai (Santini e Voser, 2008). Com o passar dos anos, difundiu-se por
vários países por todo o mundo, e continua crescendo, sendo que no Brasil é o
esporte com maior número de praticantes superando o futebol de campo.
O esporte tem assumido novos papéis, para além dos tradicionais conceitos
relacionados à educação física, ao bem-estar, à saúde, ao lazer, ao entretenimento e
ao desempenho. Mantendo vivas essas dimensões, o esporte é também um meio de
formação para cidadania, de propagação do respeito aos direitos humanos e de
inclusão social, sendo uma ferramenta decisiva para o estabelecimento de uma
cultura de paz e de não violência, conforme preconizam os objetivos primordiais da
Organização das Nações Unidas (ONU).
PÚBLICO ALVO
O Projeto é voltado ao atendimento dos alunos matriculados neste colégio, nos
turnos matutino e vespertino. Atualmente são 30 participantes. O treinamento é
realizado todas as terças-feiras e quintas-feiras, das 17:45 às 18:45, na quadra de
esportes do estabelecimento de ensino. Os alunos tem efetiva participação no projeto,
sendo que a grande maioria não tem a oportunidade de participar de outras atividades
esportivas.
Os alunos participantes do projeto, participam de eventos promovidos pelo
governo e prefeitura, tem-se como exemplo os jogos escolares.
AVALIAÇÃO
Considerando todos os aspectos abordados, percebemos que os fundamentos
são essenciais para um bom desempenho no futsal, tanto para iniciação quanto para
o alto rendimento, pois sem eles não há como realizar jogadas ensaiadas e padrões
de jogo de maneira eficiente. Cabe-nos ainda ressaltar que os gestos técnicos podem
e necessitam ser treinados e aprimorados pelos professores e treinadores, para que a
equipe atinja um bom nível e assim possibilite um melhor desenvolvimento durante a
partida de futsal. A avaliação será realizada no mês de dezembro do ano corrente.
127
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, M. et al. Juventude, violência e vulnerabilidade social na América
Latina: desafios para políticas públicas. Brasília: UNESCO, BID, 2002.
http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001271/127138por.pdf
FILGUEIRA, F. Futebol: Uma visão da iniciação esportiva. Ribeirão Preto, SP.
Ribergráfica, 2004.
SANTINI,J; VOSER, R.C da. Ensino dos esportes coletivos: uma abordagem
recreativa. Canoas: Ed. Ulbra, 2008
128
ANEXO 5 CALENDÁRIO ESCOLAR
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO CÂNDIDO FERREIRA CALENDÁRIO ESCOLAR - 2018
Efetivo trabalho escolar - Delib. 02/02 - CEE/PR: Semana Pedagógica (04 dias); Formação em ação (01 dia); Planejamento (02 dias); Formação em Ação Disciplinar (01 dia). Dias e horas não computados para cumprimento da exigência legal para os alunos.
Janeiro
Fevereiro
Março
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
1 2 3
1 2 3 7 8 9 10 11 12 13
4 5 6 7 8 9 10
4 5 6 7 8 9 10
14 15 16 17 18 19 20
11 12 13 14 15 16 17
11 12 13 14 15 16 17
21 22 23 24 25 26 27
18 19 20 21 22 23 24
18 19 20 21 22 23 24
28 29 30 31
25 26 27 28
25 26 27 28 29 30 31
1 Confraternização universal
13 Carnaval; 14 Cinzas
30 - Paixão
Abril
Maio
Junho
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5
1 2
8 9 10 11 12 13 14
6 7 8 9 10 11 12
3 4 5 6 7 8 9
15 16 17 18 19 20 21
13 14 15 16 17 18 19
10 11 12 13 14 15 16
22 23 24 25 26 27 28
20 21 22 23 24 25 26
17 18 19 20 21 22 23
29 30
27 28 29 30 31
24 25 26 27 28 29 30
1 Páscoa; 21 Tiradentes
1 Dia do Trabalho; 31 Corpus Christi
Julho
Agosto
Setembro
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4
1
8 9 10 11 12 13 14
5 6 7 8 9 10 11
2 3 4 5 6 7 8
15 16 17 18 19 20 21
12 13 14 15 16 17 18
9 10 11 12 13 14 15
22 23 24 25 26 27 28
19 20 21 22 23 24 25
16 17 18 19 20 21 22
29 30 31
26 27 28 29 30 31 32
23 24 25 26 27 28 29
30
7 Dia do Funcionário de Escola
7 Independência
Outubro
Novembro
Dezembro
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
1 2 3
1
7 8 9 10 11 12 13
4 5 6 7 8 9 10
2 3 4 5 6 7 8
14 15 16 17 18 19 20
11 12 13 14 15 16 17
9 10 11 12 13 14 15
21 22 23 24 25 26 27
18 19 20 21 22 23 24
16 17 18 19 20 21 22
28 29 30 31
25 26 27 28 29 30
23 24 25 26 27 28 29
30 31
12 N. S. Aparecida
2 Finados
19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor
15 Proclamação da República
25 Natal
28 Dia do Servidor Público
20 Dia Nac. da Consciência Negra
Início/Término das aulas
Férias Discentes
Férias/Recesso/Docentes
Semana Pedagógica MÊS DIAS
MÊS DIAS
Planejamento janeiro/fev 48
janeiro/ férias 30
Férias julho 14
fev/recesso 14
Recesso
dezembro 12
julho/recesso 10
Feriados
recessos 3 dez/recesso 8
Formação em Ação
Total 77 outros recessos 3
Form. em Ação Disciplinar (1 dia a ser determinado DEB/NRE)
Total 65
Fechamento do ano letivo
129
Feira de Ciências
Plano de Abandono
FECAFE – Festival Cultural João Cândido Ferreira Conselho de Classe
130
ANEXO 6 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO
131
132
133
134
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