processo de saúde e doença na acupuntura / mtc
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CURSO INTRODUTÓRIO EM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
Processo de Saúde e Doença na Acupuntura/MTC
CAUSAS DA DOENÇA SEGUNDO A MTC - ACUPUNTURA
Para a MTC-Acupuntura as doenças se
originam de desequilíbrios energéticos
que tem como causas primárias os
desequilíbrios do yin e yang.
Todavia, esses desequilíbrios advém de causas e fatores:
a) Causas Externas (Climáticas);
b) Causas Internas ( Emoções);.c) Causas Nem Internas Nem Externas. (Maciocia. G. 2005).
CAUSAS EXTERNAS (CLIMÁTICAS)
As energias (Celestes) do vento, calor, frio, fogo, umidade e secura são causas de doenças. Quando o organismo e seus mecanismos energéticos não se encontram equilibrados, ou não se adaptam principalmente aos intemperes climatológicos.
As estações do ano determinam a presença de fatores e ou energias climáticas e a insuficiência energética de órgãos e ou sistemas energéticos, que enfraquecidos em uma determinada estação, associados a não adaptação do individuo , poderão ocasionar a entrada de fatores externos (energias climáticas). (Maciocia,G. 2007).
Padrões Patológicos Gerados pelas Energias Externas:
• Frio: paciente teme ao frio, melhora com o calor;• Calor: Paciente teme ao Calor, sente-se melhor com o
frio;• Umidade: dores musculares com sensação de peso;• Vento: crises convulsivas, e dores que caminham pelo
corpo;• Secura: clima seco ataca as vias aéreas e a respiração.
VENTO
FRIO SECURA
UMIDADE
CALOR
Figura 1. Cinco elementos e as Energias Celestes
As energias celestes podem levar a processos patógenos, desde que os indivíduos não se adaptem ao intemperes climáticos. A ação dessas energias são determinadas pelas estações do ano e tem como consequências suas relações com o pentagrama do cinco elementos no ciclos de geração de dominância.
CAUSAS INTERNAS
As emoções, os sentimentos, quando crônicos e permanentes podem levar a lesão de órgãos internos (Zang/Fu), onde:
O Medo lesa o Rim, a Tristeza lesa o Pulmão, a Preocupação lesa o Baço Pâncreas, a Alegria/Exaltação lesa o Coração, e a Raiva/Ira lesa o Fígado. É possível reequilibrar e ou tratar esses sentimentos crônicos, que levam a deficiência, em sua grande maioria dos casos, tratando-se o respectivo órgão lesado trata-se o respectivo sentimento. (Ross,J.1994).
ALEGRIA
Figura 2: Matriz Emocional do Coração
PREOCUPAÇÃO
Figura 3: Matriz Emocional do Baço e Pâncreas
TRISTEZA
Figura 4: Matriz Emocional do Pulmão
MEDO
Figura 5: Matriz Emocional do Rim
RAIVA
Figura 6: Matriz Emocional do Fígado
CAUSAS NEM INTERNAS NEM EXTERNAS
São doenças que possuem suas origens em traumatismos, ferimentos por armas brancas e ou de fogo, picada de insetos, alimentação irregular e ou desregrada, doenças de origem congênita e ou hereditárias, ligadas ao estilo de vida. (Souza.J.L. 2003).
OS ZANG FU
•Os Orgãos (Zang) e as Vísceras (Fu) •O 6 órgãos e 6 vísceras para a MTC tem um significado mais amplo que suas funções conhecidas pelo conhecimento ocidental, pois estão ligados a estes funções somáticas, mas também matrizes emocionais, advindas de entidades viscerais. (Ross,J.1994).
Zang – Órgãos - Tesouros/Entidades Viscerais/Matrizes Emocionais
• Zang Entidade Visceral Matriz Emocional • Rim Zhi Medo
• Coração Shen Alegria
• Fígado Hun Raiva
• Baço Pâncreas YI Preocupação
• Pulmão Pô Tristeza
Os Zang, diferenciam-se dos Fu, por apresentarem essas matrizes emocionais; as Vísceras (FU) não possuem essa função, exceto a Vesícula Biliar, que foi considerada como Fu Extraordinário, pois através do armazenamento da bile encerra o poder de decisão. (Ross,J. 1994).
A vontade para decidir advém do excesso produzido e extravasado pelo Fígado e armazenado na Vesícula Biliar que é a Bile. (Ross,J. 1994).
• Os Fu são Ocos e fazem o papel de armazenar os fluidos sólidos (alimentos e fezes) e líquidos (urina) que serão excretados.
• São os Fu: Estômago, Intestino Grosso, Intestino Delgado, Bexiga. (Ross,J. 1994).
É importante compreender que quando se menciona um órgão na Medicina Tradicional Chinesa, isto se relaciona ao órgão energético e não físico. (Maciocia,G. 2007)
Para os chineses, o estado de adoecimento se inicia no órgão energético, tomando em seguida o órgão físico. É por esse motivo que a prática chinesa pode ser executada, muitas vezes, de forma preventiva, pois o órgão energético pode ser tratado antes que o órgão físico seja atingido pela doença. (Maciocia,G. 2007)
Os órgãos (funções), Circulação-Sexo e Triplo Aquecedor, por exemplo, não correspondem a órgãos físicos específicos e sim a regiões do nosso corpo e funções específicas.(Ross,J.1994).
Outro exemplo se refere aos órgãos: Baço e Pâncreas, avaliados como um único órgão na visão chinesa.
Os meridianos possuem dupla função, em seu percurso em nosso corpo: uma de fora para dentro e uma de dentro para fora, eles previnem a entrada de energias que causam danos, chamadas energias "perversas", como bactérias, vírus, calor, frio ou vento, e indicam a presença destas energias danosas já instaladas no corpo, na forma de sintomas aparentes externamente, como por exemplo dores ou sensações de incômodo. (Souza,J.L. 2003).
Qualquer tipo de sintoma de "adoecimento" é um sinal de que a energia que circula no meridiano está desequilibrada; quando um meridiano está bloqueado, uma parte do corpo se encontra com acúmulo de Qi e passa a um estado chamado de "excesso" ou "plenitude" (shi) de Qi, ocasionando que outra região não seja alimentada de Qi e passe a um estado chamado de "deficiência" ou "vazio" (xu) de Qi. (Wen,T.S.2008).
Isto pode ser comparado ao curso de um rio, quando é colocada uma barreira, provocando o acúmulo de água como em uma represa, por exemplo, e a consequente diminuição do fluxo de água na continuação de seu leito.
Isto irá resultar numa hiperatividade de um determinado órgão e hipoatividade de outro e pode levar à sua exaustão. Se este desequilíbrio não é corrigido logo que se manifesta, pode ocasionar com que os sintomas piorem progressivamente, tornando o "adoecimento" gradativamente mais sério.
Encontrar estas áreas é um dos objetivos da diagnose e tratamento da acupuntura, já que suas características e localização podem fornecer uma boa ideia da origem, localização e profundidade do desequilíbrio em todo o sistema energético, que poderá resultar em uma determinada doença.
Uma das qualidades dos meridianos é refletir este tipo de desequilíbrio e, então, agir como um canal através do qual a desarmonia pode ser corrigida.
Ao longo dos meridianos são encontrados pontos nos quais a energia se manifesta mais fortemente, que são chamados de Acupontos, é onde o Qi é mais facilmente afetado. Os estímulos diferenciados dos pontos corrige o desequilíbrio energético e permite a circulação da energia ou Qi.
Os pontos de introdução das agulhas de Acupuntura possuem funções específicas e através deles é possível liberar os bloqueios, "abrir" os canais e "recarregar" de energias o nosso corpo.
O DIAGNÓSTICO PELA ACUPUNTURA
A Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura possuem uma forma impar para realizar diagnóstico, muitos dessa forma de diagnóstico se consolidaram por questões culturais, para não mostrar determinadas partes do corpo durante a consulta (exame). (Maciocia,G.2007).
Além do interrogatório a inspeção da face e
da língua e a palpação dos pulsos radiais, esquerdo e direito análise da biotipologia (Constitucional), são algumas das formas de diagnóstico da Acupuntura/MTC.
Figura 7: Palpação do Pulso Chinês
Os Chineses são os únicos povos do planeta a utilizarem a palpação superficial e profunda dos pulsos radiais, no trajeto do meridiano do Pulmão, nos pontos P7 (Liequi), P8 (Jingqu) e P9 (Taiyuan) para diagnóstico das condições energéticas e da presença e quantidade de Energia (Qi) e Sangue (Xue) dos Orgãos (Zang) e das Vísceras (Fu).
A interferência dos fatores climáticos sobre os sintomas, a preferência por paladares e sabores, o horário do surgimento dos sintomas, e determinadas patologias em determinadas estações do ano são também sugestivas alterações energéticas do Zang (Órgãos) e Fu (Vísceras).
Referências Bibliográficas• MACIOCIA, G. Os fundamentos da medicina chinesa: um texto
abrangente para Acupunturistas e fisioterapeutas. São Paulo: Roca, 2007.
• MACIOCIA, GIOVANNI; Canais de Acupuntura: uso clínico dos canais secundários e dos oito vasos extraordinários; prefácio de Richard Blackwell; [ tradução Ednéa Iara Souza Martins]. – São Paulo: Roca, 2007.
• MACIOCIA, GIOVANNI; Diagnóstico na medicina chinesa: um guia geral; introdução de Julian Scott [tradução de Maria Inês Garbino Rodrigues]. – São Paulo, Roca, 2005.
• ROSS, J. Zang Fu: Sistemas de órgãos e vísceras da medicina tradicional chinesa. São Paulo: Roca, 1994.
• SOUZA, JEAN LUIS: Sistema de Ensino em Acupuntura (SEA), Módulo 1: Taoísmo. Uberlândia, Center Fisio-Imes, 2003.
Referências Bibliográficas• SOUZA, JEAN LUIS: Sistema de Ensino em Acupuntura (SEA), Módulo
3: Microssistemas, Diagnósticos e Constitucional. Uberlândia, Center Fisio-Imes, 2004.
• WEN, TOM SINTAN; Acupuntura clássica chinesa / - [2.ed., 3. Reimp.] – São Paulo: Cultrix, 2014.
• WEN, TOM SINTAN; Manual terapêutico de acupuntura. Wu Tu Hsing; Tradutora Míriam Akemi Kumatsu. – Barueri, SP: Manole, 2008.
Índice Referencial de Imagens e Figuras
Figura 1 – Disponível emImagem da Capa do Livro Acupuntura: SEA ( Sistema de Ensino em Acupuntura) , Center Fisio Imes, Módulo II , Cinco Elementos: Souza; jean Luis , Uberlândia – MG; 2005.
Figura 2 – Disponível emhttp://www.universodaacupuntura.com.br/produtos/produtos-exclusivos/sistema-de-ensino-em-acupuntura-sea-volume-ii/Acesso em Agosto de 2015
Figura 3 – Disponível emhttps://bybru.wordpress.com/2012/05/01/199/Acesso em Agosto de 2015
Figura 4 – Disponível em http://simonetl.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.htmlAcesso em Agosto de 2015
Figura 5 – Disponível emhttp://vitrinedaweb.blogspot.com.br/2012/12/o-lado-negro-por-tras-dos-quadros-das.htmlAcesso em Agosto de 2015
Figura 6 – Disponível em http://gostoseamores.blogspot.com.br/2010/03/o-medo.htmlAcesso em Agosto de 2015
Figura 7 – Disponível emhttps://debernt.wordpress.com/2011/05/16/raiva-dos-males-o-pior/Acesso em Agosto de 2015
Figura 8 – Disponível em:http://horusterapias.blogspot.com.br/p/medicina-natural-definicao.htmlAcesso em Agosto de 2015
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