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Producãowww.clubeprodutores.sonae.pt
Edição semestral · Nº 2 de 2009
.32
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IÇÃ
O
Luís MoutinhoAdministrador
O ano de 2009 tem sido marcado por uma conjuntura de recessão, com forte impacto ao nível do
rendimento das famílias Portuguesas mas, à semelhança de anos anteriores, a Sonae MC conse-
guiu adaptar-se às exigências, assumindo-se como um verdadeiro e leal aliado dos seus Clientes.
Os Clientes contam connosco e estão sempre no centro da nossa actuação, a quem queremos
continuar a assegurar a melhor proposta de valor no mercado.
Contudo, outros valores fazem parte da cultura SONAE e são, como tal, inquestionáveis. Entre esses
valores destaca-se a responsabilidade social, pelo que vamos continuar empenhados em dar o
nosso contributo para um crescimento sustentável, assente no crescente económico, no respeito
pelas comunidades e pelo ambiente.
Para esta estratégia, muito contribui a estreita relação com os Produtores Nacionais, que a SONAE
MC tem vindo a manter, através do Clube de Produtores.
A criação do Clube de Produtores permitiu um relacionamento mais próximo, baseado na confian-
ça e cooperação com a indústria agro-pecuária e impulsionou o desenvolvimento da produção
nacional. Como contrapartida, pelo cumprimento de requisitos associados ao processo de produ-
ção e de qualidade do produto, proporcionamos apoio estruturado, garantia de escoamento dos
seus produtos, formação especializada e trocas de experiências internacionais.
Por tudo isto, orgulhamo-nos de em 1998 termos criado o primeiro Clube de Produtores nacional,
que tendo surgido como resultado da materialização desta política, conta hoje com 230 associa-
dos do sector agro-pecuário português. A aproximação entre a produção e a distribuição tem
demonstrado ser um importante eixo de crescimento de ambas as actividades.
O Clube de Produtores garante actualmente aos nossos Clientes “O melhor de Portugal”.
EScOLA pEREcÍvEISpág.8
cp ApOIA EMbARcAÇõES DE
pENIchEpág.5
gERAÇõES quE cONSTROEM FuTuRO
pág.2
Gerações que Constroem Futuro
uM FuTuRO cOM OS MESMOS vALORES
Gerações que Constroem Futuro
O Clube de Produtores
gERAÇõES quE cONSTROEM FuTuRO
EMpREENDEDORES NA cONTINuIDADE cOMbINAM A SOLIDEz ENRAIzADA NA ExpERIêNcIA E A INcESSANTE pROcuRA DE NOvOS cAMINhOS.EMpREENDEDORES DEDIcADOS, DEFENSORES DOS cAMINhOS quE pISAM, AgENTES DO pROgRESSO, hERDEIROS DO FuTuRO, ELES SÃO OS REALIzADORES DA ObRA quE NÃO páRA! É cOM vERDADEIRO ENTuSIASMO quE O cLubE DE pRODuTORES INvESTE NAS NOvAS gERAÇõES, cOM A EMOÇÃO E O pROpóSITO quE OS guIA!
2
CARLOS & HELDER ALVES
Desde muito jovens habituados a ajudar o pai na engor-
da do gado, os irmãos Alves sempre projectaram vir a ter
uma vida “ao ar livre”.
Chegado o tempo das grandes decisões e com o desejo de
desenvolverem o negócio da família rumam à Universidade
onde se formam: o Carlos, Eng. Técnico de Produção Animal
e o Helder, mais novo, Eng. Zootécnico.
Já formados e a trabalhar com o Clube de Produtores, re-
solvem então há cerca de 6 anos, montar a sua própria
empresa, a “Carlos & Helder Alves”, dedicada ao negócio
da engorda de vitelos e à criação de borregos.
Sempre com o pai por perto, ali produzem, segundo afirma Car-
los, “a carne que qualquer pai se orgulha de dar aos filhos”.
LuSOmORAngO
A formação de qualidade, dedicação e espírito de sacrifício
são princípios básicos a incutir nas novas gerações para a
continuidade da empresa familiar.
O início da actividade agrícola do que viria a ser a Casa Pru-
dêncio deu-se na primeira década do século passado.
Foi com a segunda geração, de meados dos anos 20 a finais
dos anos 60, que a Casa Prudêncio atingiu uma posição de
destaque na agricultura nacional, pela diversidade de cultu-
ras, qualidade das suas instalações, tais como adega, câmaras
frigoríficas, o seu parque de máquinas e as tecnologias de
ponta utilizadas.
É a terceira geração que inicia, na década de 70, culturas
com objectivo de exportação e, na década de 90, uma gran-
de aposta na Grande Distribuição aonde veio a colaborar na
formação do Clube de Produtores Sonae.
A resposta ao aumento da procura dos seus produtos e ser-
viços, é já obra da quarta geração que, desde os primeiros
anos desta década, definiu uma estratégia de crescimento
tendo em conta as novas exigências do mercado global e
que passou pela formação da Lusomorango, Organização de
Produtores de Pequenos Frutos, SA.
CHARCuTARIA: mOnFORQuEIJO
Em 1989, um grupo de produtores de leites de Ovelha e Ca-
bra decidiu valorizar a sua produção dedicando-se à produ-
ção de queijo. É desta forma que surge a Monforqueijo, em
Monforte, no Norte Alentejano.
Empresa familiar, dirigida por José Fernando da Mata Cáceres
e composta por uma equipa de pessoas que insistem em
perpetuar as tradições da sua Terra, a Monforqueijo foi-se
afirmando no mercado, percurso para o qual muito contri-
buiu a qualidade do seu Queijo de Nisa DOP, hoje indiscuti-
velmente o seu produto ícone.
Conjugando a tradição com a modernidade, sempre com
o cuidado de manter o produto original, a Monforquei-
jo não só actualizou equipamentos como promoveu a
entrada de sangue novo na empresa nomeadamente a
do então jovem Eng. Jorge Capitão, sulista renascido no
Alentejo, responsável pela produção, e mais recentemen-
te a de Teresa Cáceres filha do fundador que hoje rege
o sector comercial da empresa - Segundo o Eng. Mata
Cáceres, pai “adoptivo” de Jorge Capitão e progenitor de
Teresa, eles são os pilares da continuidade do sucesso da
Monforqueijo.
PEIXARIA: CASTRO & CABERO
O que começou por ser um sonho acabou por se concre-
tizar nos finais dos anos 60 com a construção da primeira
unidade industrial de produção aquícola em Paredes de
Coura. De facto, a Truticultura do Minho é não só a pri-
meira piscicultura industrial instalada em Portugal como
foi a génese da fundação do Grupo Castro & Cabero no
ano de 1968.
Contando actualmente com cinco unidades de produção,
o GCC deve o seu sucesso e crescimento à dedicação e
conhecimentos do seu fundador e à neta Manuela Cunha,
que com a devoção herdada do avô é hoje Administrado-
ra do Grupo e acompanha apaixonadamente o dia-a-dia
do negócio da família.
3
Em análise
JOÃO FERNANDES
OS NOvOS MERcADOS DO cLubEO ANO DE 2009 FIcA MARcADO pELO INÍcIO DO pROcESSO DE
IMpLEMENTAÇÃO DO cLubE DE pRODuTORES NA pADARIA E
pASTELARIA, cOM O cONvITE A SEIS pRODuTORES DE ARTIgOS
TRADIcIONAIS pORTuguESES: FERREIRA E FILhOS (TRáS-OS-
MONTES) cOM pÃO DE cENTEIO E pÃO DE TRIgO; MARIA cRISTINA
ROchA SANTOS (DOuRO LITORAL) cOM bROA DE AvINTES; pATRIMvS
(bEIRAS) cOM pÃO DA SERRA DA ESTRELA; OpORTuNE TEMpOR (bEIRA
LITORAL) cOM pÃO DE Ló DE OvAR, FAbRIDOcE (bEIRA LITORAL) cOM
OvOS MOLES DE AvEIRO Ig; cONFEITARIA DO vALE (ESTREMADuRA)
cOM cAvAcAS E bEIJINhOS.
O processo foi iniciado com o desenvolvimento e levantamento
de Fichas Técnicas e uma proposta de auditoria que irá garantir
que sejam analisados todos os pontos da cadeia produtiva.
Considerando a positiva aceitação por parte dos produtores
do Clube é esperada a finalização do processo de certifica-
ção até ao final de 2009.
nO PROJECTO DO CP PADARIA/PASTELARIA ESTãO
ABRAngIDAS 3 FASES:
- Escolha dos Produtores e início do processo Selecção Con-
tinente dos seus produtos;
- Início da Certificação;
- Elaboração dos Contratos Programa.
O objectivo da Certificação do CP Padaria/Pastelaria é garan-
tir a conformidade de todo o processo produtivo de todos
os sócios e dos seus produtos, nomeadamente: Selecção
Continente, Continente Bio, Qualidade e Frescura e Marca do
Produtor.
Durante os anos seguintes, iremos convidar muitos outros
produtores a participar neste projecto sempre na procura da
autenticidade dos produtos e no desenvolvimento e apoio
aos melhores produtores nacionais. Desta forma, foi dado
mais um passo no caminho da garantia do lema do Clube de
Produtores Sonae, “O melhor de Portugal”.4
O Clube de Produtores apoia a CAPA – Cooperativa de Arma-
dores da Pesca Artesanal C.R.L., uma organização de Produ-
tores que dispõe de mais de 40 pequenas embarcações, que
operam essencialmente ao largo de Peniche.
O objectivo passa por proporcionar ao consumidor um pro-
duto de pesca artesanal, do dia, mais fresco, de maior quali-
dade e com o menor custo possível.
A garantia de escoamento e o preço previamente acordado
por contrato entre a Sonae e CAPA traz mais confiança ao
sector – O Pescador chega a terra com a garantia de esco-
amento do pescado e entrega ao seu cliente um produto
de superior qualidade, promovendo assim a pesca nacional
num sector em que, graças aos métodos artesanais pratica-
dos, não só resultam protegidos os stocks marinhos, como é
também defendida a sustentabilidade da pesca.
O Clube de Produtores falou com Jerónimo Rato, Presidente
da CAPA.
P. Em que ano foi fundada a Cooperativa e quais os
seus objectivos?
A CAPA foi fundada no dia 5 de Agosto de 1988.
P. Quantos elementos a constituem?
Actualmente, é constituída por 160 associados.
P. Que importantes projectos têm sido concretizados
desde a sua fundação?
Os primeiros projectos concretizados foram a Unidade de
transformação, congelação e venda de pescado; a constru-
ção de armazéns para os associados, a contratação de segu-
ros e a venda de combustíveis com elevado descontos no
valor de base aos Armadores.
P. Como se iniciou o relacionamento com o Clube de
Produtores?
Através de contratos com o Sr. Jorge, que possibilitou a formação
de contratos para fornecimento de pescado ao Grupo Sonae.
cLubE DE pRODuTORES ApOIA EMbARcAÇõES DE pENIchE
CAPA - COOPERATIVA DOS ARmADORES DA PESCA ARTESAnAL
P. Que novas perspectivas trouxe esta parceria?
Permite uma regulação do preço do pescado e uma pers-
pectiva de trabalho aos Pescadores.
P. Considerando que ao apoio do Clube de Produtores
se associa a exigência de normas específicas para os
produtos comercializados nas lojas Sonae, planearam/
ou implementaram alguma redefinição estratégica?
Não. O nosso procedimento é o mesmo.
P. Que volume produtivo assegura, actualmente, a CAPA?
O volume necessário requisitado pelo Grupo Sonae.
P. Em que grau percentual o Clube de Produtores con-
tribui para o aumento das vendas?
Não aumentou o volume das vendas. O pescado já se vendia
a outros comerciantes.
P. A ligação mais estreita entre o mercado e a produ-
ção constitui uma oportunidade para ter uma noção
mais exacta do grau de procura. nesta perspectiva,
em que medida o apoio do Clube de Produtores traz
confiança para investir em novos projectos ou concre-
tizar objectivos num prazo mais alargado?
A ligação entre o mercado ou a distribuição e a produção é mui-
to necessária e útil. Pode contribuir para melhorar e regular os
preços, tanto para o Produtos como para o Consumidor.
Só há duas formas de tentar minimizar o problema do baixo
valor pago aos Produtores e o alto valor dos produtos ven-
didos ao consumidor: é através dos Grupos de Distribuição
ou através dos postos de venda directos dos Produtores aos
Consumidores.
SOmOS A FAvOR quE EStE tRAbAlhO DEvE SER FEitO pElAS GRANDES SupERFíciES, NO mODElO Em quE EStá A SER FEitO ENtRE O GRupO SONAE E A cApA.
Em conversa com...
5
vALORIzAÇÃO DA pRODuÇÃO NAcIONAL - “A LARANJA DO ALgARvE”A verdadeira Laranja do Algarve, certificada, com elevada
doçura e teor de sumo garantido foi um dos frutos escolhi-
dos para a Gama “Selecção Continente” neste ano de 2009.
O casamento feliz entre dois símbolos de prestígio nacio-
nais, “Selecção Continente” e “Citrinos do Algarve” realçou
este fruto de excelentes características nutricionais e orga-
nolépticas, conferindo-lhe uma enorme visibilidade.
Para além da novidade de se comercializar a Laranja
do Algarve com uma imagem própria e muito apela-
tiva, lançámos ainda o desafio aos nossos produtores
de estender a comercialização aos meses de Agos-
to e Setembro. Os nosso produtores com o arrojo
e competência que nos habituaram fizeram deste
desafio uma oportunidade de poderem disponi-
bilizar este artigo durante mais tempo aos nossos
clientes.
Nesta primeira campanha de vendas a Laranja do Algarve
“Selecção Continente” constituiu um êxito assinalável, ilus-
trado por mais de 1.000.000 kg comercializados entre Janei-
ro e Setembro, distribuídos da seguinte forma:
Março
Abril
Junho
Maio
Fevereiro
Janeiro66.446
Julho
Agosto
Setembro
77.369
50.738
134.833
139.744
214.447
160.192
182.380
137.390
um êxitO A quE pREtENDEmOS DAR cONti-NuiDADE A pARtiR DE JANEiRO, cOmERciA-lizANDO AS lARANJAS Em EmbAlAGENS DE 1,5 kG, cuvEtES E Em cAixAS SElEcçÃO cOm AlvéOlOS, E FAzENDO AS DElíciAS DOS NOS-SOS cliENtES AO NAtuRAl, Em SumO Ou Em SObREmESAS SAuDávEiS.
O Clube de Produtores
6
Esta gama revelou-se um sucesso de vendas, nascendo no
sentido de responder à crescente procura de artigos mais
adaptados ao consumo moderno e às expectativas mais
exigentes dos nossos clientes quanto ao sabor e tradição da
gama Selecção Continente, líder de vendas de charcutaria
de carne nas lojas Continente e Modelo.
Partindo das tradições e da qualidade irrepreensível dos
Enchidos da Gama Selecção e Qualidade e Frescura, a nova
gama de Fatiados é representativa dos sabores e aromas de
Portugal. Do Minho (Ponte de Lima) a Trás-os-Montes (Bra-
O DESAFIO FOI LANÇADO pELA MODELO cONTINENTE E DESENvOLvIDO
cOM EMpENhO E AgRADO pELOS pRODuTORES DO cp, cuLMINANDO
NA ApRESENTAÇÃO, EM SETEMbRO, DE uMA gAMA INOvADORA DE
ENchIDOS TRADIcIONAIS FATIADOS, pROLONgAMENTO NATuRAL DA
gAMA DE ENchIDOS SELEcÇÃO cONTINENTE.
gança) e do Alentejo às Beiras, o cliente poderá encontrar
em cómodas e práticas embalagens, um número de fatias de
espessura e tamanho adequados ás suas necessidades.
Alguns exemplos da gama de fatiados: Salpicão Ponte de
Lima Selecção, Lombo Fumado Ponte de Lima Selecção,
Salpicão de Vinhais IGP Selecção, Painho de Portalegre IGP
Selecção, Paio de Barrancos Selecção, Paio de Lombo de Bar-
rancos Selecção, Lombo Branco de Portalegre IGP Selecção,
Presunto de Chaves Selecção, Cachaço de Bragança Quali-
dade e Frescura, Salpicão de Arganil Qualidade e Frescura e
Paio de Sousel Qualidade e Frescura.
O Clube de Produtores
NOS cAMINhOS DA INOvAÇÃO - A NOvA gAMA DE ENchIDOS FATIADOS SELEcÇÃO cONTINENTE. - TODO O SAbOR FATIA A FATIA.
7
Em análise
EScOLA pEREcÍvEISNão é possível falar da forma como surgiu a primeira Escola
do Retalho Alimentar em Portugal, sem efectuar uma abor-
dagem ao negócio em que a Sonae Distribuição se insere,
bem como a sua forma de estar no mesmo.
A Sonae Distribuição está integrada num sector com elevado
nível de exigência, muito competitivo, imprimindo a quem
dele faz parte grande agilidade, flexibilidade, velocidade e
adopção de uma postura proactiva na gestão do negócio
em todas as suas vertentes.
OS InDICADORES PRIVILEgIADOS DESTE nEgóCIO
SãO SERVIçO | QuALIDADE | PRODuTIVIDADE | EFI-
CIênCIA OPERACIOnAL | PREçO E REnDIBILIDADE.
nA BASE DESTES InDICADORES ESTá O ACTIVO mAIS
ImPORTAnTE DE umA COmPAnHIA - AS PESSOAS.
A Gestão Estratégica de qualquer organização prevê uma
gestão eficiente do seu capital intelectual, que tem por base
potenciar o conhecimento sustentado e o desenvolvimento
de competências de cada colaborador.
É neste contexto que é criada a Sonae Retail School (SRS)
- escola corporativa que se caracteriza por uma combinação
única de factores - chave, como sejam: planos curriculares a
vários anos, com diferentes níveis de profundidade, suporta-
dos pela aquisição do conhecimento de uma forma consis-
tente, gerando competências que evidenciam o desenvolvi-
mento de carreira.
A SRS está organizada por Academias, para funções mais téc-
nicas e de gestão, Parcerias com Universidades para funções
de gestão estratégica do negócio e por Escolas Operacionais
para funções mais operacionais ao nível do negócio.
A primeira escola operacional – Escola de Perecíveis, surge
do alinhamento com a Estratégia do Negócio - Operacional,
Comercial e Recursos Humanos.
A orientação motriz é o conhecimento de que os Perecíveis
são os principais geradores de tráfego, de valor e um dos ei-
xos que suporta a liderança do nosso negócio, no que con-
cerne a produtos do Grande Consumo.
Trabalhar e ser competitivo no negócio dos Perecíveis, exige
como factor diferenciador apostar na preparação de equipas
de elevado desempenho e na criação de uma cultura dife-
renciadora.
Partindo deste pressuposto, inicia-se o trabalho de desenvol-
vimento, entre uma vasta equipa multidisciplinar, constituí-
da pelas operações de loja, direcção comercial, especialistas
internos de cada secção de perecíveis e recursos humanos.
O seu desafio foi pensar, desenhar e criar uma Escola, tendo
por base uma lógica empresarial, na realidade um novo pa-
radigma ao nível da formação.
A Escola de Perecíveis tem como Missão ajudar a criar uma
cultura de referência ao nível do conhecimento e da compe-
tência profissional dos colaboradores, contribuindo para a efi-
ciência operacional, o crescimento das vendas e a confiança
dos clientes, com a seguinte proposta de valor: criar oportu-
nidades de aprendizagem activa e contínua; ser uma referên-
cia interna; apostar no desenvolvimento do conhecimento e
do saber fazer dos colaboradores dos frescos; contribuir para
uma melhoria operacional nos processos críticos do negócio;
focalizar no incremento das Vendas; ajudar a manter e a refor-
çar a nossa imagem de marca: a confiança dos clientes.
DOS ASPECTOS QuE mELHOR CARACTERIzAm ESTA
ESCOLA é POSSíVEL DESTACAR:
1. Especificidade | cada secção de Perecíveis tem o seu pro-
grama.
2. Abrangência | o conhecimento está organizado em três
âmbitos estruturantes para o negócio dos Perecíveis: Pro-
duto | Processo | Serviço ao cliente.
no âmbito Produto é privilegiado o conhecimento sobre a
gama, as características e benefícios dos produtos de perecí-
veis, no sentido de dar a máxima confiança aos profissionais
de Perecíveis no seu argumento de venda.
no âmbito Processo, ensinamos e treinamos as melhores
práticas, que garantem a melhor eficiência operacional e de
qualidade dos produtos.
Por último, através de técnicas eficazes de interacção
com o Cliente promove-se as vendas (Âmbito Serviço
ao Cliente).
Estes três âmbitos (produto | processo | serviço), acompa-
nham toda a formação da escola.
3. Flexibilidade | todo o conhecimento está organizado em
pequenas módulos formativos, que permitem flexibilida-
de na actualização, na construção e na adaptação de cada
programa a cada realidade do negócio;
4. Inovação nas metodologias de ensino que utiliza |
aprendizagem Sensorial através de degustações; aprendiza-
gem pela Prática Simulada, através do treino real em ambiente
8
controlado de trabalho | Laboratórios de Treino; aprendizagem
Acelerada, através da utilização de guiões de treino prático,
contendo apenas os passos essenciais para a execução de
uma tarefa da forma mais eficiente, eficaz, produtiva e num
menor espaço de tempo.
5. Eficiência e eficácia | Formação em laboratórios para
treino prático de processos de transformação e manusea-
mento de produtos, orientado pelas práticas mais eficien-
tes de execução.
6. Certificadora | Utiliza instrumentos de avaliação especí-
ficos que lhe conferem rigor ao nível da identificação do
grau de conhecimento do operador, da sua evolução e
consistência, do acompanhamento one-to-one e da va-
lidação de competências adquiridas ao longo de todo o
percurso formativo.
7. Consistência na aprendizagem | Níveis Formativos
A escola está estruturada em três níveis de conhecimentos:
Conhecedor, Especialista e Mestre. Os operadores são alo-
cados a um dos níveis de desenvolvimento, com base num
diagnóstico.
O que aprende o Profissional de Perecíveis em cada nível?
nível 1 - Conhecedor (corresponde aos 2 primeiros anos da
escola), o operador adquire as competências essenciais ao
nível teórico e prático, para garantir um desempenho “stan-
dard” da sua função, nos três âmbitos essenciais: produto,
processo e serviço.
nível 2 - Especialista (corresponde aos 2 anos seguintes
- 3.º e 4.º ano da Escola), o operador detêm capacidades es-
pecíficas, ao nível do conhecimento do produto e processos,
promovendo um serviço diferenciador ao cliente. Os seus
conhecimentos são mais abrangentes, conhece os produtos
nobres da sua secção, bem como técnicas de preparação,
de conservação e aplicações culinárias, interagindo com o
cliente, numa relação de venda suportada por um forte ar-
gumentário de vendas.
nível 3 – mestre (5º e ultimo ano da escola), no último
ano da escola, o profissional irá desenvolver excelentes co-
nhecimentos ao nível dos produtos, processos e serviço ao
cliente. Têm conhecimentos globais das outras secções de
perecíveis e áreas da loja, bem como uma visão integrada do
negócio de perecíveis.
COnVEnçãO DE QuADROS – 28 E 29 DE SETEmBRO
Apresentação na Convenção de Quadros do Retalho Alimentar,
como um projecto de formação inovador e com impacto no
negócio.
Participantes: 400 Quadros do Retalho Alimentar
LAnçAmEnTO DA ESCOLA DE PERECíVEIS – 23 DE mARçO DE 2009 – CEnTRO COngRESSOS DO ESTORIL
Divulgação e explicação do conceito da Escola de Perecíveis e conhe-
cimento dos planos curriculares, através da vivência e experimenta-
ção de algumas técnicas e metodologias desenvolvidas pela escola.
Teve 425 participantes, Directores de Loja, Chefias de Área e a presen-
ça dos Administradores dos Pelouros Recursos Humanos, Comercial
e Operações.
InAuguRAçãO 1º LABORATóRIO DA ESCOLA DE PERECíVEIS – 21 DE SETEmBRO 2009
Simulação prática nos laboratórios das diferentes secções, como
forma de experimentar um meio e uma metodologia de ensino ino-
vadora, com a presença do administrador com o pelouro das Ope-
rações, Directores de Operações, Direcção Comercial e de Recursos
Humanos.
PLAnO DE COmunICAçãO DA ESCOLA DE PERECíVEIS JunTO DAS OPERAçõES – 11 DE mAIO A 28 DE OuTuBRO DE 2009
Divulgação detalhada dos principais conteúdos e níveis da Escola,
aos Directores de Operações, Directores de Loja e Chefias de Frescos.
1.440 horas de formação e aproximadamente 1100 formandos.
11 DE JANEiRO DE 2010 – iNiciO DE umA NOvA cAmiNhADA, quE mARcARá mAiS um ciclO DE mElhORiA E DE iNOvAçÃO – ARRANquE OFiciAl DA EScOlA DE pEREcívEiS.EStAmOS NO iNiciO DE umA viAGEm, mARcADA pElA buScA cONStANtE DA ExcElêNciA. A úNicA cERtEzA quE tEmOS, é A DE quE EStA JAmAiS tERmiNARá E quE Num FutuRO pRóximO OS impActOS SERÃO viSívEiS NA OpERAçÃO DE FREScOS DAS lOJAS DO REtAlhO AlimENtAR, AtRAvéS DOS SEuS pROFiSSiONAiS AltAmENtE quAliFicADOS.
9
NOS pASSADOS DIAS 22 A 24 DE AbRIL, DEcORREu EM AzINhAL – cASTRO MARIM, A 30ª REuNIÃO DE pRIMAvERA DA SOcIEDADE pORTuguESA DE pASTAgENS E FORRAgENS, NA quAL O cLubE DE pRODuTORES SONAE FOI cONvIDADO A MINISTRAR uMA pALESTRA SObRE A vALORIzAÇÃO DOS pRODuTOS DA pASTAgEM. ESTA REuNIÃO, cONTOu cOM cERcA DE 100 pARTIcIpANTES, LIgADOS pRINcIpALMENTE À áREA DE pRODuÇÃO ANIMAL E AgRÍcOLA.
A palestra apresentada procurou sensibilizar o público
presente para as necessidades dos clientes actuais da Dis-
tribuição Moderna, da sua apetência por novos produtos,
exigência ao nível da qualidade dos produtos e constante
procura da melhor relação qualidade/preço. Após uma bre-
ve descrição da Direcção Comercial de Perecíveis da Sonae
Distribuição e do Clube de Produtores Sonae, foi apresenta-
da a segmentação da Missão Frescos, como estratégia imple-
mentada nos Perecíveis para renovar e clarificar a oferta aos
nossos consumidores.
cLubE DE pRODuTORES SONAE pRESENTE NA 30ª REuNIÃO DE pRIMAvERA DA SOcIEDADE pORTuguESA DE pASTAgENS E FORRAgENS
Posteriormente foram mostrados alguns dados sobre a aná-
lise de mercado, e os crescimentos verificados em 2008 nos
Frescos e no sector das Carnes, e sobre as tendências de con-
sumo previstas, baseadas em estudos de mercado. Finalizou-
se com a apresentação de algumas propostas de estratégias
para potenciar as vendas de produtos valorizados, no actual
momento de crise económica, tais como:
- Comunicação no local de venda – apostar em degus-
tações de loja e educação do consumidor, explicando os
processos produtivos, as questões ambientais, as questões
sociais e a evidente superioridade organoléptica.
- Acções promocionais – comunicar oportunidades de
negócio através de descontos em cartão ou descontos
imediatos, folhetos temáticos ou mesmo marketing one-
to-one.
- Novas apresentações dos produtos – inovar em produ-
tos novos como congelados ou especialidades, suscitando
o desejo dos consumidores pela novidade e trabalhando
a percepção do preço através dos cuvetizados de preço /
peso fixo.
Em suma, foi realçado que para a venda de um produto va-
lorizado, não basta apenas que este tenha qualidade per si,
mas é necessário que essa mesma qualidade esteja associa-
da a outros atributos que o tornem apetecíveis para o nosso
cliente, como a apresentação, a percepção de preço, a novi-
dade, acções promocionais, degustações, etc.
O SAlDO DEStA pAlEStRA FOi bAStANtE pOSitivO, umA vEz quE iNtRODuziu Num EvENtO técNicO-ciENtíFicO umA viSÃO DO mERcADO E DAS NEcESSiDADES DO cONSumiDOR FiNAl, DA quAl O públicO pRESENtE SE ENcONtRA muitAS vEzES DiStANtE.
O Clube de Produtores
10
quALIDADE: A FILEIRA DO TALhO PARTICIPAçãO nAS 4as JORnADAS DE InOVAçãO
Nos dias 18 a 20 de Junho realizou-se na Feira Internacional
de Lisboa (FIL), as 4as Jornadas de Inovação/ Innovation Days
2009, promovidas pela Agência de Inovação (AdI), integradas
no encerramento da Presidência Portuguesa do projecto eu-
ropeu EUREKA.
A participação da Sonae Distribuição neste evento, a convite
da Agência de Inovação, permitiu apresentar os mais recen-
tes projectos de Investigação e Desenvolvimento, dando a
conhecer inúmeros projectos à comunidade científica e ao
público em geral.
FORAm APRESEnTADOS 20 PROJECTOS EnQuADRA-
DOS Em 4 TEmAS PRInCIPAIS:
- SERVIçO AO CLIEnTE;
- QuALIDADE E SEguRAnçA ALImEnTAR;
- COmunIDADE;
- EFICIênCIA.
O tema Qualidade e Segurança Alimentar teve como fio
condutor a fileira da carne na Sonae Distribuição, desde o
Clube de Produtores até à venda ao consumidor final. Todos
os que passaram pelo stand puderam tomar conhecimento
dos princípios do Clube de Produtores, o acompanhamento
técnico que é feito à produção nacional, os controlos efec-
tuados, as visitas técnicas efectuadas a vários países para
ter contacto com as melhores práticas de produção, termi-
nando com os resultados desta parceria entre a Sonae e os
associados, com o crescimento ano após ano das compras
efectuadas directamente na produção Nacional. O Clube
de Produtores foi integrado nestas jornadas, pois surgiu em
1998 como conceito inovador para a agricultura portuguesa,
aproximando a produção à venda ao consumidor final, intro-
duzindo novos conceitos no panorama da produção primá-
ria em Portugal, e conduzindo a uma melhoria constante dos
seus associados.
A apresentação continha também informação sobre o Cen-
tro de Processamento de Carnes, o Transporte da carne até
às lojas da Sonae Distribuição, a segmentação e venda dos
produtos de acordo com a Missão Frescos e a Escola de Pere-
cíveis da Sonae Retail School.
muitAS pESSOAS quE pASSARAm pElO StAND mOStRARAm GRANDE iNtERESSE E cuRiOSiDADE pElA ActiviDADE DO clubE DE pRODutORES, FizERAm pERGuNtAS E cONGRAtulARAm-NOS pOR EStE pROJEctO quE Já DuRA há 11 ANOS!
11
Em conversa com…
Já na década de 60 do século passado, esta unidade familiar
de grande dinamismo e seriedade dava fama aos “Enchidos
do Valverde”, nome pelo qual eram conhecidos os seus deli-
ciosos chouriços de carne, os buchos, as farinheiras, as mor-
celas de cozer e assar e os paios de fabrico artesanal.
A expansão e a conquista de novos mercados levaram a
que a empresa familiar perspectivasse novos desafios eco-
nómicos, sem nunca perder de vista a manutenção dos
elevados níveis qualitativos, vivendo, por isso, uma cons-
tante inovação e modernização no sector das carnes. Surge
assim, em 1992, a empresa “Salsicharia da Gardunha, Lda”.
É nesta altura que surge também a ligação às “grandes su-
perfícies” em geral e, fruto do interesse mútuo, ao Clube de
Produtores.
Em 1999 são inauguradas novas instalações que, embora
mantivessem a ligação aos processos artesanais (tais como
a fumagem a lenha), cumpriam com todas as obrigações
legais inerentes à actividade. A equipa compreende, desde
essa altura, um conjunto de profissionais bem formados, de
espírito empreendedor e que conseguem, no seu dia-a-dia,
conciliar a proeza de manter de mãos dadas a tradição com
a inovação.
Em Janeiro de 2009, um violento incêndio praticamente
destruiu e inutilizou as instalações. “Num panorama de cri-
se, e apesar deste duro revés, decidimos não baixar os bra-
ços.” – afirma Helder Santos, Director Geral da Salsicharia da
Gardunha, Enchidos e Presuntos do Fundão” - “Num esforço
significativo, articulando a actividade com outras empre-
sas, entidades coordenadoras do sector e com o apoio dos
clientes (mediante a manutenção dos critérios qualitativos),
chegámos ter a nossa actividade deslocalizada em 5 pontos
diferentes.”
“Também neste período foi fundamental a ligação ao Clube
de Produtores. As diversas visitas efectuadas e a manutenção
de contactos regulares deram-nos força para levar avante
todo o processo de reconstrução. A confiança em nós depo-
sitada foi também, sempre, uma razão acrescida para levar a
cabo tamanha tarefa. A par da produção, tivemos que plane-
ar e acompanhar a reconstrução das instalações. Numa cons-
tante luta contra o tempo, conseguimos “regressar” com o
sector de embalagem às nossas instalações em Maio. A parte
produtiva “regressou” em Julho. A cura de presuntos em Se-
tembro. Este terá sido talvez o maior desafio profissional que
até hoje toda esta equipa enfrentou.”
Produção: Quantas pessoas trabalham hoje na Salsi-
charia da gardunha?
Helder Santos: Cerca de 25.
P: Quando e como se iniciou o relacionamento com o
Clube de Produtores?
HS: Um dia, por alturas do ano 1992, sem reunião marcada,
batemos à porta da Sonae. Os enchidos “cheiravam bem” e
foram apresentados à Comissão de Charcutaria…
SALSIchARIA DA gARDuNhANA SENDA DA cONquISTA DE MERcADOSO pROJEcTO “ENchIDOS E pRESuNTOS DO
FuNDÃO” REMONTA A ALguMAS gERAÇõES
ANTEcEDENTES DO AcTuAL pROpRIETáRIO,
JOSÉ MARIA ROquE cARLOS, cuJA FAMÍLIA
há MAIS DE 50 ANOS, NA pAcATA ALDEIA
DE vALvERDE (FuNDÃO), bASEAvA O SEu
SuSTENTO NA TRADIcIONAL MATANÇA DO
pORcO Ou NO vuLgARMENTE cONhEcIDO
“pORcO DO ANO”.
12
P: De que forma é que produção foi afectada ou re-
pensada, a partir do momento em que o Clube de Pro-
dutores começou a exigir determinados padrões, para
que os produtos tivessem entrada nas lojas?
HS: Estar com o Clube de Produtores representa um “estado
de alerta” constante. Por vezes sentimo-nos como se esti-
véssemos num desporto de alta competição…a fasquia vai
subindo e a procura de melhores formas de produção vai-
nos tornando mais perfeccionistas. Cada vez que um novo
padrão é exigido, repete-se uma “ignição” que representa o
início de novo ciclo evolutivo.
P: Como tem evoluído o volume da produção ao longo
destes últimos anos e em que grau percentual o Clube
de Produtores tem contribuído para o escoamento da
produção?
HS: Se verificarmos números destes últimos 9 anos, a em-
presa, no seu todo, praticamente quintuplicou o volume de
negócios. O Clube de Produtores representa uma parte sig-
nificativa do escoamento da gama de enchidos.
P: Qual a média de produção diária actual?
HS: A produção diária é variável de acordo com a altura do ano
e com a respectiva procura deste tipo de artigos. Raramente
produzimos menos de 1000 kgs dia (falamos de diversas refe-
rências). Há épocas em que temos que produzir 4000 kgs…
P: no domínio das certificações oficiais de controlo de
qualidade, que passos essenciais tem dado a Salsicha-
ria da gardunha?
HS: Temos um plano “HACCP” desenvolvido internamente
recorrendo ao exterior apenas nas questões referentes a au-
ditoria e laboratório. Havíamos projectado para o ano 2009
avançar com a Certificação do processo “HACCP” de acordo
com a norma ISO 22000. Tal não foi possível pelas circunstân-
cias atrás referidas. Vamos retomar esse objectivo para 2010.
Também enveredámos pelo processo SATIVA-CPS referente
ao objectivo de certificar a marca Clube de Produtores. Pen-
samos que será um desafio em prol da confiança no Clube
de Produtores, e, num sentido mais lato, representará ganhos
para o consumidor final.
P: Relativamente à estratégia de comercialização,
em que mercados está presente e quais os mais sig-
nificativos?
HS: Sobretudo no mercado nacional. Seguem-se a UE e merca-
do Africano (ainda com pouca expressão nos nossos números).
P: Que outros mercados gostariam de conquistar a
curto prazo?
HS: Todos… (os possíveis).
P: A ligação mais estreita entre o mercado e a produ-
ção constitui uma oportunidade para ter uma noção
mais exacta do grau de procura. nesta perspectiva,
em que medida o apoio do Clube de Produtores tem
trazido confiança para investir em novos projectos?
HS: Vejamos as coisas nesta perspectiva:
- O Clube de Produtores tem uma relação privilegiada com o
consumidor final. Tem ferramentas de gestão que a maior
parte dos produtores não tem. Ou seja, tem muito mais in-
formação…
- Pela nossa parte, vemos a relação entre empresas como
uma relação entre Pessoas de Bem. Claro que existem os
Objectivos.
Ora, em resumo:
- A parte “mais informada” transmite, sugere, ou chama-nos a
discutir algo que entende como melhor para o negócio;
- Se existe uma já longa relação, assente em laços de confiança
mútua, na qual a assumpção conjunta de objectivos e esforços
para os cumprir sempre esteve presente, que outra postura se
poderá assumir, ponderadamente, que não seja a de encarar os
novos desafios e/ou investimentos com apenas duas palavras:
Porque não?”
P: Que objectivos ou planos estão delineados para o
futuro?
HS: No imediato, ultimar pormenores da reconstrução da
empresa.
No curto prazo, vamos retomar um projecto de expansão de
algumas áreas. Esse projecto esteve parado em 2009.
No plano comercial, a curto prazo, vamos retomar o lança-
mento adiado de algumas referências novas. O mercado de
fatiados será também prioridade.
No médio prazo, a internacionalização da empresa será ob-
jectivo prioritário.
Naturalmente que tudo está condicionado pela difícil con-
juntura que se vive. Todavia, somos pessoas optimistas e
acreditamos nas nossas capacidades e na qualidade das nos-
sas parcerias.
13
cLubE DE pRODuTORES LEvA ASSOcIADOS (áREA DE quEIJOS E ENchIDOS) A ITáLIA
Para os produtores nacionais, esta foi uma excelente oportu-
nidade para partilhar experiências e conhecer de perto as tec-
nologias mais avançadas no fabrico do queijo Gorgonzola e os
métodos mais tradicionais na produção do queijo Parmiggia-
no-Reggiano. Para tal, foram visitadas as seguintes unidades: a
“Cryovac” (líder mundial de soluções de embalamento), a “IGOR
SP” (produção de queijo gorgonzola), a “Consorzio del Formag-
gio Parmiggiano-Reggiano” (produção de queijo parmesão), a
“Azienda Agricola Caggiati” (exploração agrícola e vacaria) e a
“Furlotti & C.” (produção de fatiados de carnes e queijos).
A viagem culminou na “Feira Cheese”, em Bra, a maior feira de
queijos tradicionais do mundo, onde a comitiva teve contac-
to com algumas das maiores empresas do sector conheceu
as mais avançadas tecnologias de produção.
“A partilha de conhecimento é um dos factores inovadores,
distintivos e estruturantes do Clube de Produtores da Sonae
e um dos seus fundamentos. Daí a relevância desta visita,
que permitiu uma troca de experiências, aprendizagens e
contactos entre produtores dos dois países.”, afirma Eunice
Silva, Directora Comercial de Perecíveis.
váRIOS pRODuTORES pORTuguESES DE quEIJOS E ENchIDOS
vIAJARAM ATÉ ITáLIA, A cONvITE DO cLubE DE pRODuTORES,
cOM O ObJEcTIvO DE cONhEcER A TRADIÇÃO DA INDÚSTRIA
quEIJEIRA ITALIANA. A vIAgEM ESTENDEu-SE A MILÃO, pARMA E
bRA, ONDE A cOMITIvA DE 35 pESSOAS TEvE A OpORTuNIDADE
DE vISITAR FábRIcAS, ExpLORAÇõES AgRÍcOLAS, cENTROS DE
INvESTIgAÇÃO DEDIcADOS AO EMbALAMENTO E cONSERvAÇÃO E uM
hIpERMERcADO DE ÚLTIMA gERAÇÃO.
Os nossos produtores
14
Para Fernando Carvalho, Director-Geral da LactoAçores em
Portugal Continental, “A visita permitiu o acesso a diversas
práticas de trabalho e tecnologias adoptadas em empre-
sas ou mercados de referência para produtos lácteos, bem
como o contacto com novos produtos, matérias subsidiárias
e tecnologias. Na exploração agrícola pudemos perceber o
impacto da adopção de novos métodos de produção ao ní-
vel agro-pecuário, com todas as suas consequências, tanto
ao nível das rentabilidades libertadas, como da qualidade da
produção. A visita à feira de Bra permitiu-nos um conheci-
mento muito abrangente dos diversos tipos de queijos exis-
“A pARtilhA DE cONhEcimENtO é um DOS FActORES iNOvADORES, DiStiNtivOS E EStRutuRANtES DO clubE DE pRODutORES DA SONAE E um DOS SEuS FuNDAmENtOS. DAí A RElEvâNciA DEStA viSitA, quE pERmitiu umA tROcA DE ExpERiêNciAS, ApRENDizAGENS E cONtActOS ENtRE pRODutORES DOS DOiS pAíSES.”,
EuNicE SilvA
tentes, bem como a forma de os produzir, proporcionando
oportunidades de desenvolvimento e melhoria ao nível dos
processos produtivos e dos próprios produtos”.
Desta comitiva fizeram parte os responsáveis das empresas
associadas ao Clube de Produtores, proveniente de vários
locais de Portugal Continental e Ilhas: Lactaçores, Unileite,
Uniqueijo, CALF, LactoPico, Bísara Salsicharia Tradicional, A.
Pires Lourenço & Filhos, Brás & Irmão, Queijos Tavares, Mi-
nhofumeiro, Monforqueijo, Quinta da Veiguinha e Santiago
e Santiago.
Este tipo de viagens é uma das apostas que o Clube tem vin-
do a promover para os associados dos diversos sectores de
actividade, dado o impacto extremamente positivo que po-
dem ter no desempenho dos produtores nacionais. Até ao
momento, já foram efectuadas viagens a África do Sul (pro-
dutores de frutas), Argentina e Brasil (produtores de carnes),
Chile e Argentina (produtores de frutas), França (produtores
de queijos) e outras visitas na Europa.
15
SócIOS DO cLubE vISITAM O cENTRO DE pROcESSAMENTO DE cARNE EM SANTARÉM
O cLubE DE pRODuTORES SONAE REuNIu-SE EM SANTARÉM, NO pASSADO DIA 15 DE JuLhO cOM OS SEuS ASSOcIADOS DO SEcTOR DAS cARNES, NuM ENcONTRO quE REuNIu TODOS OS INTERvENIENTES DA FILEIRA DO TALhO DA SONAE DISTRIbuIÇÃO, JuNTANDO OS pRODuTORES, A DIREcÇÃO cOMERcIAL, O cENTRO DE pROcESSAMENTO DE cARNES E uM DIREcTOR DE LOJA.
Este encontro começou com uma pequena reunião em que
a Direcção Comercial apresentou alguns dados sobre o ne-
gócio, sobre a evolução das compras ao Clube de Produtores
e a tendência de mercado. Seguidamente, o CPC fez um re-
sumo da sua actividade desde a sua formação até aos dias de
hoje, concluindo com uma visita às instalações da fábrica.
O encontro continuou com um debate aberto entre todos
os presentes, sobre alguns temas que marcam o dia-a-dia
do negócio, contribuindo para uma clarificação de algumas
JOSé luíS cAmpOS · Departamento de produção Animal
dúvidas e uma melhor percepção das dificuldades dos dife-
rentes intervenientes no decorrer da sua actividade.
De tarde visitou-se a loja Continente de Santarém, acompa-
nhados pelo Director de Loja, onde os produtores tiveram
contacto com a realidade dos locais de venda, seguindo o
percurso da carne desde a recepção até ao ponto de ven-
da e verificando todos controlos de higiene e segurança
alimentar pelos quais a carne passa até chegar ao ponto
de venda.
Os nossos produtores
16
REuNIÃO DE pLANEAMENTO DAS AcTIvIDADES 2009 E ASSINATuRA DE cONTRATOS pROgRAMA
Foi um encontro muito participado, em que foram aborda-
dos vários temas de grande importância para os membros
do Clube de Produtores, quer em termos de planeamento
de actividades, quer das estratégias a considerar para o de-
senvolvimento do Clube de Produtores em cada uma das
áreas. Nesta reunião foi possível debater a forma como a
estratégia comercial pode ser apoiada pelos produtores do
Clube, através da inovação de produtos e processos e da
aposta em produtos de elevada qualidade.
Após esta reunião de trabalho foi efectuada a cerimónia
de assinatura de contratos programa com novos produto-
res que aderiram ao Clube em 2009. Esta iniciativa contou
com a presença de 30 produtores associados que puderam
participar na apresentação do Dr. Carlos Liz sobre o tema
“Desafios e novos rumos – A crise e a inovação”. Nela fo-
ram abordados os comportamentos a ter nas situações
macro-económicas mais difíceis e como podem as organi-
zações actuar para melhor se prepararem para os tempos
futuros. Foi também uma oportunidade para constatar a
opinião dos consumidores das lojas Modelo Continente,
escolhendo os artigos que melhor se adaptam às suas
necessidades. Por este motivo, a ligação do consumidor
ao produtor é fundamental para responder de forma rá-
pida às exigências, cada vez maiores, dos consumidores
actuais.
Os nossos produtores
NO DIA 27 DE MAIO DEcORREu uMA REuNIÃO cOM A DIREcÇÃO E TÉcNIcOS DO cLubE DE pRODuTORES, pLANEAMENTO DAS AcTIvIDADES pARA O ANO EM cuRSO.
17
Testemunhos
AS REuNIõES SEcTORIAIS TêM pOR ObJEcTIvO ApRESENTAR OS
RESuLTADOS DA cAMpANhA ANTERIOR E DELINEAR ESTRATÉgIAS pARA A
cAMpANhA SEguINTE E AgRupAM-SE DE AcORDO cOM AS DIFERENTES
FAMÍLIAS DE pRODuTOS: cITRINOS, pOMóIDEAS, FRuTOS DE cAROÇO,
FRuTOS DA TERRA, TOMATE, ALFAcE, cOuvES E OuTROS LEguMES.
Para além da participação dos produtores, estas reuniões
contam habitualmente com a presença da direcção comer-
cial, da direcção de qualidade e pontualmente são convida-
das empresas de sementes com prestígio a nível mundial.
São apresentados os resultados de vendas em quantidade
e valor, os níveis de serviço de cada produtor, o volume de
rejeições de qualidade e os principais motivos, assim com o
plano estratégico a seguir na campanha seguinte. No caso
dos legumes, a presença de empresas de sementes tem
como principal objectivo a divulgação de novas variedades
disponíveis no mercado, assim como o esclarecimento de
dúvidas aos produtores relativas às variedades já existentes.
FRuTAS & LEguMES pLANEIAM cAMpANhAS DE 2009
O RESpEitO, A DiGNiDADE E O cARiNhO quE O clubE DE pRODutORES tEm DEmONStRADO pElO SEu pROJEctO SÃO pONtOS DEtERmiNANtES NO SEu SucESSO.
De modo a aproximar a produção à comercialização, alguns
destes encontros desenrolaram-se nas nossas lojas, nomea-
damente o de legumes no Coimbra Shopping e o de citrinos
no Modelo de Loulé.
Os nossos produtores
18
O cp NA FEIRA DE pORTO MONIz
Este tipo de eventos permite uma maior divulgação do
Clube de Produtores junto de novos empresários do sector.
Actualmente, a capacidade dos membros do clube de pro-
dutores Madeira está numa fase de crescimento, não sendo
ainda suficiente para satisfazer todas as necessidades das 8
lojas Modelo em frutas e legumes. Neste sentido, é evidente
a oportunidade de negócio nesta área, quer para potenciar
o crescimento dos nossos produtores quer na angariação
de novos produtores.
No dia 12 de Julho, o Stand do Clube de Produtores foi vi-
pELO SEguNDO ANO cONSEcuTIvO, O cLubE DE pRODuTORES SONAE
ESTEvE pRESENTE NA FEIRA AgRO-pEcuáRIA DO pORTO MONIz quE
DEcORREu DE 11 A 12 DE JuLhO DE 2009, NA ILhA DA MADEIRA.
sitado por altas individualidades do governo, nomeada-
mente: sua Exa. o Presidente do Governo Regional da Ma-
deira Dr. Alberto João Jardim, o Secretário Regional dos
Recursos Naturais e Ambiente, Dr. Manuel António Cor-
reia e o Director Regional de Agricultura, Engº Bernardo
Araújo. O trabalho desenvolvido pelo Clube de Produto-
res foi elogiado e foi incentivada a sua continuidade, pois
proporciona o crescimento e o aumento de profissiona-
lismo dos produtores regionais, assim como assegura o
escoamento de quantidades que são contempladas em
contrato programa.
O Clube de Produtores
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vALORIzAÇÃO DA OFERTA NAcIONAL
PARA O PRODuTOR
• Garantia de escoamento da produção, minimizando os riscos e in-certezas inerentes à actividade agro-pecuária;
• Maior eficiência, uma vez que o feedback recebido do mercado permite orientar a produção para a procura;
• Maior representatividade nos contactos com entidades oficiais;
• Apoio e aconselhamento técnico, programação e planeamento da produção;
• Visitas de estudo e formação relacionadas com variadas temáticas das diversas etapas da cadeia de abastecimento;
• Reconhecimento de qualidade e credibilidade por parte dos con-sumidores.
PARA O COnSumIDOR
• Oferta de produtos com garantia de qualidade, rastreabilidade e origem, assegurada através do acompanhamento de todas as fases de produção, transporte e armazenagem;
• Produtos mais frescos pela diminuição do tempo que decorre entre a produção e a distribuição;
• Melhor relação preço/qualidade dos produtos oferecidos;
• Maior e melhor informação sobre os produtos, graças à normaliza-ção das embalagens e dos dados relativos a cada produto.
A AEP – Associação Empresarial de Portugal lançou em 2006 um projecto ambicioso de criar uma marca que una os portugueses em torno de um objectivo comum: aumentar o consumo de produ-tos e marcas que são produzidos em Portugal.
O êxito desta iniciativa vai traduzir-se na dinamização da nossa eco-nomia, na criação de emprego e no aumento da auto-estima dos portugueses, contribuindo de forma decisiva para aproximar o nível de vida dos portugueses ao dos seus congéneres europeus. É nossa convicção que esta responsabilidade não cabe apenas aos gover-nantes, pelo contrário, deve em primeira-mão ser assumida por em-presários e por toda a sociedade civil.
Assim nasceu a sigla “COmPRO o que é nosso” à qual aderiram já 350 empresas representativas de mais de 1.500 marcas. Para que esta iniciativa possa ganhar uma dinâmica própria e perdurar no tempo é importante que muitas mais empresas se consciencializem dos benefícios da adesão.
É nesse sentido que nos dirigimos a si para que avalie as vanta-gens em associar-se a esta iniciativa, agora designada “Portu-gal. A minha primeira escolha”, e possa decidir em consciên-cia o efeito que o projecto pode ter no futuro da sua empresa e do país.
COnDIçõES DE ADmISSãO
Todos os produtores e/ou associações de produtores podem tornar-se e manter-se membros do Clube, desde que reúnam as seguintes condições:
• Sejam produtores e não intermediários na cadeia de abastecimento;
• Tenham estabelecido com a Sonae um Contrato Geral de Forne-cimento
• Tenham estabelecido com a Sonae um Contrato-Programa ou Con-trato de Parceria para o fornecimento de produtos em condições comerciais previamente estabelecidas e num prazo definido;
• Cumpram o caderno de encargos técnicos (definidor das caracte-rísticas técnicas dos produtos e dos processos de produção) esta-belecidos pelo Clube.
DIREITOS DOS ASSOCIADOS
• Usufruir dos benefícios atribuídos aos associados, para além dos expressos nos contratos comerciais e de parceria/programa;
• Propor acções passíveis de serem desenvolvidas pela Direcção do Clube.
DEVERES DOS ASSOCIADOS
• Cumprir os contratos assinados com a Sonae;
• Manter um bom relacionamento com todas as estruturas que com-põem o universo do Clube de Produtores: Direcção, Associados e Sonae;
• Zelar pela boa imagem do Clube de Produtores, não praticando actos que o prejudiquem ou aos seus associados.
AO ADERIR A ESTA CAmPAnHA PODERá:
Usar um símbolo de prestígio nacional nos seus rótulos e embala-gens, e em todo o material promocional;
• Ter acesso a kits de produtividade que lhe darão directivas para que a sua empresa se torne mais competitiva;
• Beneficiar de acções de formação e de consultoria que contribui-rão para melhorar a produtividade dos seus trabalhadores;
• Ter visibilidade e divulgação no site www.von.aeportugal.pt;
• Ter acesso aos prémios anuais promovidos no âmbito do projecto;
• Ver a sua empresa conotada com uma marca de prestígio nacional;
• BENEFICIAR DAS CAMPANHAS DE PUBLICIDADE E DE COMUNICA-ÇÃO em curso, já que a sua empresa é titular deste símbolo.
O Clube de Produtores Sonae aderiu a esta iniciativa e decidiu promover a adesão dos seus associados de acordo com um plano que negociou com a AEP que representa a manifestação de um es-forço para que todo o universo de Produtores do Clube Sonae possa estar representado nesta iniciativa.
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