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Post on 22-Apr-2015
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Professor Edley
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Na passagem do século XIX ao século XX, grande parte dos continentes africano e asiático havia sido colonizada por potências europeias.
Diversos setores da sociedade africana e asiática resistiram ao processo de colonização e lutaram pela libertação de seus países.
Esse fenômeno – denominado neocolonialismo – fez com que culturas diferentes se unissem e os países colonizados tivessem de incorporar características de seus colonizadores, como a língua.
Entretanto, foi somente após a Segunda Guerra Mundial que esses movimentos por emancipação e independência ganharam força.
África e Ásia: A Conquista da Independência
A partir de então, em todo o mundo surgiram manifestações em defesa da conquista do direito de autodeterminação dos povos africanos e asiáticos.
As duas nações, apesar de antagônicas na Guerra Fria, defendiam o princípio de autodeterminação dos povos, ou seja, o princípio de que todos os povos têm direito à soberania, de se autogovernarem segundo suas próprias leis e escolas.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a luta pela independência de países da Ásia e da África ganhou dois importantes aliados: Estados Unidos e União Soviética.
Argelinos em manifestação pela independência da Argélia, 1954.
O Pós-Guerra
Movimento iniciado no século XIX por africanos e descendentes de africanos que moravam nos Estados Unidos, Caribe e Europa.
Defendia uma identidade única para todos os afrodescendentes.
No início do século XX, membros desse movimento começaram a criar entidades em prol da independência da África e organizar congressos e conferências para divulgar suas ideias.
Pan-africanismo
A Independência da África
Até o final da Segunda Guerra Mundial, os eventos de pan-africanistas aconteciam fora do território africano, pois as potências colonizadoras não permitiam a realização em seus domínios.
A partir de 1945, a população passou a enfrentar os governos coloniais e os eventos começaram a ser promovidos em territórios africanos.
Seção de abertura da Conferência de Leopoldville (atual Kinshasa), capital da
República Democrática do Congo, com os líderes do Movimento de Libertação
Pan-Africano, 1962.
A Independência da África
Nesses casos, a luta armada se fazia necessária porque, desde 1926, Portugal vivia sob uma ditadura, que reprimia qualquer oposição. Somente em 1974, com o fim da ditadura em Portugal, é que a independência das colônias portuguesas foi reconhecida.
Nas colônias portuguesas, a emancipação política somente foi possível por meio da luta armada. Na maioria das colônias (Cabo Verde, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau), houve movimentos guerrilheiros.
Tunísia e Marrocos conquistaram a independência em 1956; a Argélia a conquistou em 1962 e o Quênia em 1963.
Na década de 1950, teve início a luta por independência no Quênia (colônia inglesa) e revoltas armadas na Tunísia, Marrocos e Argélia (colônias francesas).
Os Movimentos na África
A França também optou por acordos para administrar pacificamente a independência da maioria de suas colônias.
A Inglaterra convidou os novos países a fazer parte da Comunidade Britânica das Nações – o Reino Unido.
As nações colonialistas desejavam preservar seus interesses econômicos, como manter empresas europeias em ex-colônias, garantir acesso às riquezas minerais locais, etc.
Para diminuir as revoltas e, ao mesmo tempo, agradar as duas grandes potências, algumas nações propuseram acordos para negociar o processo de independência com líderes da região.
A atuação dos Estados Unidos e da União Soviética na luta pela conquista da autodeterminação dos povos pressionou diversas nações colonialistas.
A Via Pacífica
A Independência da África
O país mergulhou em uma guerra civil, com disputas de poder, assassinatos, separação de regiões, intervenções da ONU, etc. Com intenção de resolver a situação, em 1965 houve um golpe de Estado e foi implantada a ditadura militar no país.
Durante setenta anos, os belgas dominaram o Congo sem investir em nada que pudesse melhorar a vida da população congolesa. Ao saírem do poder, o principal líder da independência foi eleito primeiro-ministro. Entretanto, tão logo veio a república, antigas rivalidades existentes entre diferentes grupos étnicos da região também se mostraram.
O caso do Congo é o que melhor ilustra essa situação.
Com a descolonização, diversas nações africanas passaram por dificuldades por causa do longo período de dominação e exploração pelas potências europeias.
Os Problemas Após a Independência
Outras, no entanto, foram auxiliadas pelos Estados Unidos e pela União Soviética, que tinham interesse em evitar as zonas de influência do regime adversário e em garantir para si próprios a exploração de riquezas dos territórios africanos, como diamantes e petróleo.
Algumas ditaduras militares foram resultado da luta de poder entre grupos do próprio governo.
A partir de 1965, a ditadura militar foi uma realidade em diversos países africanos, como Congo, Nigéria, Argélia, Gana e Uganda.
Os Governos Militares
Em 1948, no entanto, foi instaurada a política do apartheid (separação).
Em 1912, os negros organizaram o Congresso Nacional Africano (CNA), um partido político que reivindicava a igualdade racial.
Os brancos impunham à população negra uma série de restrições, como impedimento de votar e obrigatoriedade de só andar em determinadas áreas.
Ainda que no período 75% da população do país fosse negra, eram os brancos quem detinham o poder político-econômico na região.
A África do Sul tornou-se independente em 1931.
A África do Sul
• impedia os negros de utilizar os mesmos hospitais e ônibus que os brancos;
• proibia os negros de morar nas mesmas áreas residenciais ou frequentar as mesmas escolas que os brancos;
• extinguia o direito de voto dos negros e os impedia de participar do governo.
A política do apartheid instituía uma série de restrições, como:
Crianças brincando em parque público na África do Sul em 1956. Na placa lê-se “apenas para
crianças européias”.
O Apartheid
A opressão contra os negros sul-africanos provocou manifestações e protestos tanto no país quanto em outras nações. Em 1960, o CNA foi declarado ilegal e seu líder, Nelson Mandela, condenado à prisão perpétua.
A partir da década de 1970, diversas nações passaram a isolar a África do Sul, a ONU impôs sanções econômicas e políticas, o país foi expulso da Comunidade Britânica e até os atletas eram impedidos de participar de torneios internacionais.
Diante das pressões internas e externas, em 1990 Nelson Mandela foi libertado e o CNA legalizado. Em 1994, o apartheid chegou ao fim e Mandela foi eleito presidente.
Campanha presidencial de Nelson Mandela nas primeiras eleições livres da África do Sul, 1994.
O Apartheid
Assim como na África, a descolonização da Ásia só ganhou força após a Segunda Guerra Mundial.
A Descolonização da Ásia
A Descolonização da Ásia (décadas de 1940 e 1950)
1945 1946 1949
A Indonésia proclama a independência, mas a Holanda não a aceita e ataca o país.
As Filipinas, dominadas pelos Estados Unidos, conquistam a emancipação.
A Holanda reconhece a independência da Indonésia.
1954
A Indochina se torna independente da França e forma três novos países: Laos, Camboja e Vietnã.
1947
Índia conquista a independência da Inglaterra e se divide em Índia e Paquistão.
A Descolonização da Ásia
Gandhi conseguiu unificar os indianos contra a dominação inglesa.
Gandhi estimulava os indianos a resistirem à dominação inglesa por meio da desobediência civil, que na época se mostrava no boicote aos produtos ingleses e no não pagamento de impostos. A resistência pacífica de Gandhi lhe rendeu grande prestígio popular e internacional.
Em 1919, Mohandas Gandhi liderou uma greve geral de trabalhadores indianos que abalou o domínio inglês na Índia.
Em 1857, no levante conhecido como Revolta dos Cipaios, setores da população indiana revoltaram-se contra a dominação inglesa, mas o movimento foi contido e os líderes executados.
A Índia era colônia da Inglaterra desde o século XIX.
O Caminho da Não Violência na Índia
A independência da Índia foi conquistada em 1947, mas o governo inglês estabeleceu que o território seria dividido em dois: Índia (maioria hindu) e Paquistão (maioria muçulmana). Nos anos que se seguiram, houve outras divisões no território.
A Independência da Índia
A Divisão do Subcontinente Indiano
Referência Bibliográfica
Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.
Professor Edley
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