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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Arquitetura e Urbanismo
PROJETO PEDAGÓGICO DO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
VERSÃO 2014
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Arquitetura e Urbanismo
1
Prof. Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto
Reitor
Prof. Dr. Marcel Mendes
Vice Reitor
Prof. Dr. Clevrson Pereira de Almeida
Decano Acadêmico
Profa. Dra. Helena Bonito Couto Pereira
Decano de Pesquisa e Pós-Graduação
Prof. Dr. Sérgio Lex
Decano de Extensão
Prof. Dr. Valter Luís Caldana Júnior
Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Prof. Dr. Paulo Roberto Corrêa
Coordenador do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Assessoria e apoio pedagógico:
Profa. Dra. Esmeralda Rizzo Profa. Dra. Marili Moreira da Silva Vieira Equipe de elaboração do Projeto Pedagógico:
Membros do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Arquitetura e Urbanismo: Prof. Dr. Antônio Cláudio Pinto da Fonseca Profa. Ms. Ivana Aparecida Bedendo Prof. Dr. Lucas Fehr Prof. Dr. Luiz Guilherme Rivera de Castro Prof. Dr. Paulo Roberto Corrêa Prof. Dr. Ricardo Hernan Medrano Prof. Dr. Sílvio Stefanini Sant’Anna Membros do Colegiado de Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo: Prof. Dr. Alessandro José Castroviejo Ribeiro Prof. Dr. Carlos Leite de Souza Prof. Dr. Celso Lomonte Minozzi Prof. Dr. Eduardo Sampaio Nardelli Prof. Ms. Juan Villà Martinez Profa. Dra. Mônica Machado Stuermer Prof. Dr. Paulo Giaquinto Profa. Dra. Pérola Felipette Brocaneli Profa. Ms. Roseli Maria Martins D’Elboux Acadêmico Victor de Melo Lago Professores convidados: Profa. Dra. Maria Teresa de Stockler e Breia Prof. Dr. Valter Luiz Caldana Júnior
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SUMÁRIO
1. HISTÓRICO INSTITUCIONAL, 5
1.1. Histórico da Mantenedora, 6
1.2. Histórico da Universidade, 8
2. MISSÃO E VISÃO INSTITUCIONAL, 11
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE CONHECIMENTO, 13
4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO, 19
4.1. Identificação do Curso, 20
4.2. Breve Histórico do Curso de Arquitetura e Urbanismo, 20
5. FINALIDADES, OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO CURSO, 30
5.1. Finalidades, 31
5.2. Objetivos, 32
5.3. Justificativas, 32
6. CONCEPÇÃO ACADÊMICA DO CURSO, 40
6.1. Articulação do curso com o Plano de Desenvolvimento Institucional, 42
6.2. Perfil do egresso, 43
6.3. Competências e habilidades, 44
6.4. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, 48
6.5. Requisitos de ingresso ao curso, 51
6.6. Aspectos metodológicos do processo de ensino-aprendizagem, 51
6.7. Estratégias de flexibilização curricular, 55
6.7.1. Estratégias de internacionalização, 56
6.7.2. Estratégias de interdisciplinaridade, 58
6.7.3. Estratégias de integração com a pós-graduação, 60
6.7.4. Possibilidades de integralização de disciplinas fora da grade curricular
como eletivas, 61
6.8. Políticas Institucionais de Apoio Discente, 62
6.9. Políticas de egressos, 63
6.10. Políticas de ética em pesquisa, 64
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6.11. Políticas Institucionais de Apoio Docente, 66
6.12. Políticas de Comunicação Institucional, 67
6.13. Políticas em EAD no Ensino Presencial, 69
6.14. Políticas institucionais de Educação Ambiental, sócio - educacional e de respeito à
diversidade no contexto do ensino, da pesquisa e da extensão, 72
7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO, 74
7.1. Estrutura curricular, 79
7.2. Atividades complementares, 84
7.3. Estágio supervisionado, 87
7.4. Atividades de integração e síntese de conhecimento, 88
7.4.1. Trabalho de curso, 88
7.4.2. Mecanismos e programas de iniciação científica e tecnológica, 89
7.4.3. Projetos de extensão, 90
7.4.4. Das atividades de ensaio e de experimentação, 92
7.4.5. Do ateliê vertical, 93
7.5. Disciplinas optativas e eletivas, 94
7.6. Articulação da auto - avaliação do curso com a autoavaliação institucional, 95
7.7. Articulação entre o ensino de graduação e de pós-graduação, 96
7.8. Comitê de ética em pesquisa, 97
8. ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA, 98
8.1. Coordenação do curso, 99
8.2. Colegiado de curso, 99
8.3. Núcleo Docente Estruturante, 99
9. CORPO DOCENTE, 101
9.1. Perfil docente, 102
9.2. Experiência acadêmica e profissional, 103
9.3. Publicações, 103
9.4. Implementação das políticas de capacitação no âmbito do curso, 104
10. INFRAESTRUTURA, 105
10.1. Biblioteca, 106
10.2. Laboratórios de formação geral, 107
10.3. Laboratórios de formação específica,107
10.3.1. Laboratórios de informática, 107
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10.3.2. Demais laboratórios, 108
10.4. Laboratórios para prática profissional e prestação de serviços à comunidade, 109
10.5. Salas de aula, 111
BIBLIOGRAFIA DE APOIO, 113
APÊNDICE 1 – EMENTAS, 120
APÊNDICE 2 – TABELA DA ESTRUTURA CURRICULAR, 196
APÊNDICE 3 – NÚCLEOS DE CONTEÚDOS, 203
APÊNDICE 4 – TABELA DE DISCIPLINAS OPTATIVAS, 207
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1. HISTÓRICO INSTITUCIONAL
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1. Histórico Institucional
1.1. Histórico da Mantenedora
Na época da fundação do Mackenzie (1870), a cidade de São Paulo contava com
cerca de 25.000 habitantes que viviam concentrados onde hoje chamamos de
Centro Velho. Ainda havia escravidão, portanto na época do Brasil Imperial, e o
ensino básico e secundário eram controlados pela Igreja Oficial.
No âmbito da tradição calvinista, o projeto educacional que deu início ao Instituto
Presbiteriano Mackenzie tem origem no ano de 1870, a partir da obra de um casal
de missionários norte-americanos, George e Mary Annesley Chamberlain, os quais,
em sua residência em São Paulo, abriram uma escola que, em ponto central da
cidade, propunha-se a formar e a instruir as jovens gerações da comunidade
paulistana.
A escola começou com apenas uma professora, a própria Sra. Chamberlain, e
três alunos. Se numericamente a escola era inexpressiva, a proposta pedagógica
apresentava-se ambiciosa e pioneira, para não dizer francamente revolucionária
para os padrões da época. O modelo dessa escola baseava-se no sistema escolar
norte-americano: as classes eram mistas, praticava-se ginástica, aboliram-se as
repetições cantadas e os castigos físicos (a famosa palmatória) e introduziu-se a
experimentação.
Esses missionários norte-americanos chegaram ao Brasil para atuar no âmbito
do que hoje poderíamos caracterizar como pluralismo cultural, que propunha e
aplicava liberdade religiosa, racial e política, contrapondo-se a uma realidade de
escolas reservadas à elite monarquista e escravagista. A “Escola Americana” foi
pioneira ao receber filhos de abolicionistas, republicanos, protestantes e judeus, que
não eram aceitos em outras escolas, incluindo-se as públicas.
Os preceitos de solidariedade sempre ancoraram o projeto do Mackenzie, cuja
proposta educativa regeu-se, desde as origens, na mais plena tradição calvinista,
sob o signo da tolerância em termos religiosos, da democracia, em seus aspectos
políticos, e do pioneirismo, em sua dimensão pedagógica.
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O norte-americano John Theron Mackenzie, em seu testamento, legou 30 mil
dólares, posteriormente acrescidos de mais 20 mil oferecidos por suas irmãs,
destinados à construção, no Brasil, junto à Escola Americana, de um prédio para a
Escola Superior de Engenharia, que iniciou suas atividades em 1896, então o
primeiro curso superior da instituição.
Iniciavam-se, portanto, os trabalhos da Escola de Engenharia Mackenzie, que se
consolidaria como uma das iniciativas pioneiras, no que diz respeito ao ensino
superior brasileiro. Nessa época, a instituição foi denominada “Mackenzie College”,
em homenagem a seu benfeitor, e, em razão da conjuntura política e da legislação
de ensino da época, foi vinculada à Universidade do Estado de Nova York, situação
na qual permaneceu até 1927.
O Mackenzie, no campo da educação, acompanhava o desenvolvimento do país
republicano, tendo se voltado para ele o olhar de inúmeros educadores
"escolanovistas" que, à época, levantavam a bandeira do ensino técnico-
profissionalizante como um imperativo necessário à reconstrução educacional do
país.
O catálogo do “Mackenzie College e da Escola Americana”, de 1916-1917,
anunciava o curso de Arquitetura em combinação com o Curso de Engenharia Civil,
que, após consolidado, deu origem à “Faculdade de Arquitetura do Instituto
Mackenzie”, em 1947.
Em abril de 1952, foi criada a Universidade Mackenzie, sendo seu mantenedor o
Instituto Presbiteriano Mackenzie. Em 1979, a “Faculdade de Arquitetura do Instituto
Mackenzie” passou a se chamar “Faculdade de Arquitetura e Urbanismo”, traduzindo
a ampliação do campo profissional e acadêmico.
Hoje o Campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie é uma comunidade
fortemente integrada, apresenta identidade de propósitos entre a comunidade
docente e discente e compartilha de uma tradição cultural afetiva batizada de
“Espírito Mackenzista”.
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Com suas construções antigas de tijolos aparentes, localizadas no centro da
cidade de São Paulo, o Campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie
representa um marco na vida cultural da cidade e simboliza a excelência em
educação. (PDI 2013 – 2018)
1.2. Histórico da Universidade
A história da Universidade Presbiteriana Mackenzie começa com a chegada dos
missionários presbiterianos, o Rev. George Whitehill Chamberlain e sua esposa
Mary Annesley Chamberlain, em São Paulo, SP, em 1870. Desde o início, a
pequena escola criada por ambos já se caracterizava pelo princípio que nos orienta
até os dias de hoje, o de não fazer distinção de sexo, credo ou etnia.
A Universidade Mackenzie, em 1952, foi reconhecida pelo Decreto nº 30.511,
assinado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelo Ministro da Educação Ernesto
Simões da Silva Filho, sendo solenemente instalada em 16 de abril daquele ano. Na
sua origem, a nova universidade (terceira no estado de São Paulo) era composta
pelas seguintes unidades acadêmicas: Escola de Engenharia, Faculdade de
Arquitetura, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e Faculdade de Ciências
Econômicas. No ano de 1965, a Universidade Mackenzie tornou-se mais uma vez
pioneira nas suas iniciativas ao escolher como Reitora a Professora Esther de
Figueiredo Ferraz, primeira mulher no hemisfério sul a ocupar esse cargo. Foi ela,
também, anos mais tarde, a primeira mulher no Brasil a se tornar Ministra de Estado
da Educação.
Em 1999 a Universidade Mackenzie passou a ser denominada Universidade
Presbiteriana Mackenzie (UPM), reafirmando, assim, sua identidade confessional.
Em 2002 a Universidade Presbiteriana Mackenzie comemorou o seu
cinquentenário e contava, então, com dois campi (São Paulo e Tamboré), 29 cursos
de graduação, sete programas de pós-graduação Stricto Sensu, 29 cursos de pós-
graduação Lato Sensu, 27.712 alunos, 1.114 professores e 11 unidades
universitárias: (1) Escola de Engenharia; (2) Faculdade de Ciências Biológicas,
Exatas e Experimentais; (3) Faculdade de Filosofia, Letras e Educação; (4)
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Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; (5) Faculdade de Ciências Econômicas,
Contábeis e Administrativas; (6) Faculdade de Direito; (7) Faculdade de Computação
e Informática; (8) Faculdade de Comunicação e Artes; (9) Faculdade de Psicologia;
(10) Faculdade de Educação Física; e (11) Escola Superior de Teologia.
Em 2006 foi realizada nova reestruturação da organização acadêmico-
administrativa da UPM, a partir da fusão e de mudanças da nomenclatura de
algumas Faculdades para Centros, a saber: Centro de Ciências Biológicas e da
Saúde (CCBS); Centro de Ciências e Humanidades (CCH); Centro de Comunicação
e Letras (CCL); e Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA). Permaneceram
com as mesmas nomenclaturas: a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; a
Faculdade de Computação e Informática; a Faculdade de Direito; a Escola de
Engenharia; e a Escola Superior de Teologia.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie foi recredenciada por 10 anos, com
conceito referencial máximo, em 30 de dezembro de 2011, por meio da Portaria nº.
1.824 (D.O.U. 02/01/2012 – seção I – p. 8).
Mais recentemente, em 2012, houve ainda uma nova estruturação acadêmico-
administrativa, na qual o Centro de Ciências e Humanidades (CCH) fundiu-se com a
Escola Superior de Teologia, dando origem ao Centro de Educação, Filosofia e
Teologia (CEFT). Nesta última reestruturação, os cursos até então incluídos na
composição do CCH, Licenciatura e Bacharelado em Química e em Física,
passaram a integrar a Escola de Engenharia. Na mesma linha, o curso de
Licenciatura em Matemática passou a integrar a Faculdade de Computação e
Informática.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie dos dias atuais caracteriza-se por uma
comunidade acadêmica que reafirma a continuidade dos princípios éticos e de sua
tradição cultural denominada “Espírito Mackenzista”, fortalecida pelo aspecto
centrípeto e aconchegante do Campus Higienópolis, em que se ressaltam a
excelência da infraestrutura e a proximidade física das unidades universitárias.
Atualmente, a instituição “Mackenzie” é um dos maiores complexos educacionais,
no contexto da América Latina, atuando nas mais diversas áreas do conhecimento
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humano, que vão da Educação Básica ao Ensino Superior, compreendendo, neste
segmento, três dezenas de cursos de Graduação, quase 20 cursos de Pós-
graduação Stricto Sensu, além de seis dezenas de cursos Lato Sensu e amplo
portfólio de atividades de Extensão.
A Reitoria atual, preocupada com a qualidade do ensino, da pesquisa e da
extensão, adota políticas institucionais que constam da “Visão 150”, plano este que
estabelece uma série de diretrizes que nortearão a atuação de todos os segmentos
e instâncias da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos próximos anos. As ações
devem atender a um perfil de formação holística de concepção dos fenômenos
naturais, do meio ambiente e da sociedade, contudo, sem abandonar demandas
mais específicas da sociedade, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão
universitária. (PDI 2013 – 2018)
As diretrizes que estruturam a “Visão 150” (documento promulgado pela Reitoria
da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 25 de março de 2013) harmonizam-se
inteiramente com os eixos norteadores do PDI, evidenciando uma mobilização
sinérgica de toda a Instituição, em busca da consolidação dos padrões de
excelência no ensino, na pesquisa e na extensão.
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2. MISSÃO E VISÃO INSTITUCIONAL
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2. Missão e Visão Institucional
Em sintonia com a missão da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Projeto
Pedagógico do curso de Arquitetura e Urbanismo, por intermédio de metodologias
conteúdos e recursos próprios, aliados à busca incessante pela aplicação dos
valores da ética, segue o direcionamento da Instituição, em relação ao atendimento
à sociedade na qual se insere, no cumprimento da missão institucional: “Educar o
ser humano, criado à imagem de Deus, para o exercício pleno da cidadania, em
ambiente de fé cristã reformada”(INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE,
2013).
A Visão da Universidade Presbiteriana Mackenzie permeia todos os planos de
ação e o desenvolvimento de sua prática cotidiana, e organiza a composição e o
desenvolvimento do currículo, de maneira que essa Visão se reflita em todos os
aspectos, a fim de “ser reconhecida pela sociedade como instituição confessional
presbiteriana e filantrópica, que se dedica às ciências divinas e humanas,
comprometida com a responsabilidade socioambiental, em busca de contínua
excelência acadêmica e de gestão”(INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE,
2013).
O currículo e as políticas e estratégias de ação, dirigidos por essa Visão, têm
como fim maior favorecer o reconhecimento efetivo, por parte dos alunos e da
comunidade, de uma instituição que prima pela excelência, considerando-se o seu
papel na sociedade, sua relação com os outros e com Deus.
A Missão e a Visão materializam-se na prática de princípios e valores que se
refletem nas relações pedagógicas dentro da sala de aula, nas relações de trabalho
entre funcionários e equipes de apoio administrativo, e se consolidam na ação futura
de nossos alunos, imprimindo nestes o “Espírito Mackenzista”. (PDI 2013 – 2018)
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3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE CONHECIMENTO
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3. Contextualização da área de conhecimento
A área de conhecimento da Arquitetura e Urbanismo deve ser pensada não como
existência isolada, fechada em si mesma, mas com a amplitude necessária ao
entendimento do desenvolvimento humano. Estão nessa área de conhecimento as
proposituras que vão desde o modo como o homem se protege da intempérie até a
maneira como estabelece a ordenação do território onde cria e desenvolve suas
relações de sociedade, comunidade e produção econômica e cultural.
Neste Projeto Pedagógico parte-se do princípio que a área de conhecimento em
Arquitetura e Urbanismo está inserida em um campo de conhecimento amplo e é
parte integrante da cultura brasileira e mundial, entendendo o espaço arquitetônico e
urbanístico como resultante direto de uma série de determinantes culturais.
No Brasil pode-se afirmar que se coloca claramente na agenda de discussões da
sociedade, sobretudo nos grandes centros, a construção da cidade e a qualidade do
espaço público, matérias caras aos arquitetos, como elementos definidores de ações
públicas e privadas, e a decorrente criação de empregos, do consumo de energia,
do trânsito ou da violência urbana, entre outros.
Este movimento de aproximação da Arquitetura e Urbanismo e seu fazer às
necessidades coletivas, numa condição que supera a resposta singular a questões
singulares, se dá há mais de cem anos, introduzido pelo movimento moderno, e tem
significado sua possibilidade de transformação.
Servindo-se das facilidades de comunicação e troca de informações disponíveis,
a discussão sobre o estado atual da Arquitetura e Urbanismo, da profissão e da
inserção do arquiteto no contexto da produção cultural e econômica se aprofunda.
Esta compreensão se coloca diretamente ligada à hipótese de que se esteja
vivenciando um momento de inflexão que, mais do que rever procedimentos
projetuais, é necessária uma reconfiguração da metodologia de abordagem do fazer
e pensar a Arquitetura e Urbanismo.
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O espírito do tempo acompanha a Arquitetura e Urbanismo, desta fazendo seu
testemunho e materialização.
É proposta e missão do Projeto Pedagógico do Curso de Arquitetura e
Urbanismo viabilizar e efetivar uma articulação entre ensino, pesquisa e extensão,
formando um profissional intelectualmente autônomo, capaz de atuar no sentido de
transformar a sociedade em que vive, capacitado em arquitetura e urbanismo, com
sólida formação técnica e humanística, capaz de pesquisar, desenvolver e difundir
os conhecimentos sobre a arquitetura e o urbanismo.
No estágio atual da sociedade contemporânea, o campo de estudos da
arquitetura e urbanismo se aprofunda e simultaneamente se espraia em novas
ordens conceituais complexas como o paisagismo, o projeto urbano e o
planejamento da cidade, que ampliam, por si só, o conceito original de urbanismo.
Faz-se também, cada vez mais necessário, o domínio das questões tecnológicas
relacionadas aos sistemas e processos construtivos individualizados, até se atingir a
complexa cadeia produtiva relacionada à construção industrializada, seja de pré-
fabricados ou das construções secas. Ao mesmo tempo, o design do objeto, a
composição gráfica, a organização e o projeto dos espaços interiores aprofundam a
ideia de arquitetura, entendida como o desenho que conduz o desígnio de atender
às demandas e necessidades do homem contemporâneo.
Vale lembrar que, no plano das cidades, novas demandas trazem novos
conteúdos de importância capital, como a mobilidade urbana, expressão relevante
da atribuição de qualidade da vivência cidadã nas grandes metrópoles da
atualidade. Ressalvamos ainda que o compromisso da garantia da integridade do
meio ambiente natural e do meio ambiente construído é condição sine qua non para
a elevação da qualidade de vida das gerações futuras.
No contexto nacional e regional, a atuação do profissional arquiteto é cada vez
mais necessária e se reveste de um alto grau de complexidade em decorrência
direta dos paradoxos sociais, econômicos e tecnológicos existentes em um País de
dimensões continentais. A história de 96 anos de existência do Curso de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie permitiu sua participação na
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formulação e aprofundamento da discussão dos grandes temas nacionais, como as
políticas habitacionais em âmbito federal e local, as diversas fases de adoção das
políticas de mobilidade urbana, trânsito, engenharia de tráfego e acessibilidade, bem
como o amadurecimento de uma linguagem e expressão arquitetônica identificada
com o estado e a cidade de São Paulo.
As principais ideias do universo da arquitetura e urbanismo foram ampla e
profundamente discutidas dentro dos muros desta escola, tendo seus professores e
egressos continuadamente exercido o papel de protagonistas na construção de
saídas para os grandes desafios urbanos do país.
Esta dupla vocação, na qual uma forte inserção local e regional permite
extrapolar com segurança para os grandes temas do país, sempre foi e sempre será
a característica desta escola, que ao longo das últimas décadas tem se destacado
sobremaneira como propositora das soluções urbanas necessárias para a elevação
da qualidade de vida na cidade de São Paulo, ao mesmo tempo em que tem
participado ativamente da formulação das políticas urbanas em escala regional e
nacional.
Vale lembrar que, como escola pioneira no estado de São Paulo, exerce forte
liderança no agenciamento e organização das doutrinas de ensino de arquitetura e
urbanismo em diversas escolas do estado, tendo sempre exercido profícua
influência nas escolhas pedagógicas que marcaram a montagem e desenvolvimento
das dezenas de escolas de arquitetura existentes no estado de São Paulo hoje.
Seus egressos hoje atuam fortemente, também, no campo da pesquisa e do ensino.
A proposta do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, de educar o ser humano para o exercício consciente e crítico da
cidadania, preparando-o para a liderança e contribuindo para o desenvolvimento da
sociedade por meio do ensino, da pesquisa e da extensão de serviços à
comunidade, vem ao encontro da necessidade de contribuir para que tais paradoxos
sejam, se não totalmente solucionados, no mínimo atenuados por meio de
proposições urbanístico-arquitetônicas conscientes e comprometidas com os valores
de uma sociedade mais justa e fraterna.
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A título de exemplificar esse desafio complexo que se coloca ao profissional
arquiteto e urbanista contemporaneamente, podemos destacar a necessidade da
consolidação dos 5570 municípios existentes no Brasil, dos quais apenas 1394
realizaram Planos Diretores, que não só são os ordenadores da expansão e da
ocupação do território destas cidades, como são, também, reguladores e
orientadores de captação e aplicação dos recursos financeiros necessários para o
desenvolvimento econômico destes assentamentos humanos. Arquitetos e
urbanistas compuseram e, na maioria dos casos, lideraram tais Planos Diretores,
organizando as equipes multidisciplinares e produzindo as peças técnicas de grande
qualidade e valor conceitual.
Outro exemplo é o de se debruçar sobre um cenário nacional e regional
constrangedor, divulgado pelo Censo Demográfico 2010, o qual aponta que 6% da
população brasileira vivem em aglomerados subnormais no País, conhecidos como
favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos ou
palafitas.
Sobre esse contexto, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie,
investida de seu papel de formação de profissionais arquitetos e urbanistas, de
forma específica, e de formuladora de pensamento crítico e científico para a área da
Arquitetura e do Urbanismo, de forma geral, colabora, sobremaneira, com a
expansão das atribuições profissionais desses arquiteto e urbanistas.
No campo da legislação profissional, o curso, através de seus “profissionais-
professores”, teve papel primordial na promulgação da Lei n° 12.378, de 31 de
dezembro de 2010, que criou e regulamentou o exercício da Arquitetura e do
Urbanismo; criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e também os
Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal. Esta Lei
representa a vitória de uma longa batalha travada por inúmeras gerações de
profissionais arquitetos e urbanistas.
Resta claro que os conceitos básicos que norteiam o curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie devem estar sempre
atualizados em relação às grandes questões profissionais e coletivas, para prover
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uma formação completa, no sentido de continuar a formar profissionais competentes
e atuantes, tanto nos aspectos profissionais, quanto em sua inserção social e
política.
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4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO
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4. Contextualização do Curso
4.1. Identificação do Curso
Nome Curso de Arquitetura e Urbanismo
Endereço Rua da Consolação, nº 896 – CEP 01302-000
Campus São Paulo
São Paulo - SP
Ato autorizativo Decreto 23275 de 07/07/1947
Habilitação Não Há
Modalidade de
Ensino
presencial
Turno Atual de
Funcionamento
matutino e vespertino
Nº de vagas anuais
autorizadas
200 matutino
200 vespertino
Tempo de
Integralização
Mínima
10 semestres
Dimensão das
turmas
1/50* disciplinas teóricas
1/25* disciplinas teórico-práticas
1/15* disciplinas práticas
Formas de ingresso Exame Vestibular e outras formas especificadas em edital
próprio.
(* Considerando-se variação de 20% para mais ou para menos)
4.2. Breve histórico do Curso de Arquitetura e Urbanismo
Podem-se distinguir, na história da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, os
seguintes períodos: de 1917 a 1947, de 1947 a 1960, de 1960 a 2010 e, finalmente,
de 2010 a 2013.
De 1917 a 1947
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Em 1896 foi aberto o Curso de Engenharia na cidade de São Paulo, cujos
diplomas, expedidos pelo “Mackenzie College”, eram reconhecidos pela
Universidade do Estado de Nova York. Colaborou, para que isso fosse possível, o
jurista Ruy Barbosa. Por sua sugestão, o Conselho de Missões Estrangeiras da
Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos deu permissão para que o Mackenzie
College, em São Paulo, fosse incorporado pelo Conselho Deliberativo da
Universidade do Estado de Nova York. Dessa maneira, a Escola de Engenharia
Mackenzie, passando a ser jurisdicionada à Universidade de Nova York, foi
equiparada às prestigiosas “Columbia University” e “Cornell University”.
Em 1917 foi criado, nessa Escola, o curso de Arquitetura, por Christiano Stockler
das Neves, arquiteto formado pela Universidade da Pennsylvania, em 1911, que
assim recordava o fato:
[...] verificando que a arquitetura em nosso país tinha um grande futuro,
praticada, então, por um número limitado de arquitetos, tivemos a idéia de fundar um
curso de arquitetura, nos moldes inigualáveis das universidades norte-americanas.
Era este um meio eficiente de se aumentar o número de arquitetos em nossa terra e
de obter melhores edificações. O gosto em nossas construções deixava muito a
desejar, porque eram elas projetadas, em sua maioria, por profissionais estranhos à
mais nobre das artes. Seria aquele um meio também de estarmos mais em contato
com a nossa arte e de não pensarmos exclusivamente no “primo vivere...”.
Ensinando, acompanhando os trabalhos de nossos alunos, estaríamos, novamente,
integrados com ela, embora sabendo que iríamos preparar concorrentes para o
futuro. Não nos importava isto. Desejamos o progresso da arquitetura em nossa
Pátria e que a nossa gente e os nossos dirigentes melhor compreendessem a
missão altamente civilizadora dos arquitetos. (apud Szolnoky, 1995, p. 199)
O curso seguia o modelo da escola na qual havia se graduado e da École des
Beaux-Arts de Paris, comenta Christiano Stockler das Neves:
[...] o programma de estudos deste curso é organizado sob o princípio de que a
architectura é antes de tudo uma bela arte. Por isso, o estudo de desenho é a parte
fundamental do curso, motivo por que só aconselhamos a matrícula neste curso aos
estudantes dotados de temperamento artístico e dispostos a um trabalho intenso
através de todos os anos do curso (apud Szolnoky, 1995, p. 214).
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Apesar de estruturado como uma especialidade da Engenharia, o curso sempre
funcionou regularmente, tendo formado profissionais “engenheiros-arquitetos” de
alto gabarito, como Oswaldo Bratke, Eduardo Kneese de Melo, Miguel Forte,
Henrique Mindlin, dentre tantos outros. Assim recordava Christiano Stockler das
Neves:
[...] naqueles ditosos tempos, sem qualquer experiência de ensino, começamos
o curso apenas com dois alunos, lutando com grandes dificuldades pela falta de
livros didáticos em português, e em outros idiomas, para as aulas de magna arte.
Felizmente, possuíamos ótimo material para o ensino adquirido em nossa viagem ao
Velho Mundo e que, até hoje, está servindo ao curso (apud Fundação da Faculdade
de Arquitetura Mackenzie, 1951, p. 32).”
No âmbito da Escola de Engenharia, a opção por arquitetura era feita a partir do
término do primeiro ano, e o curso completo estendia-se por seis anos. Os estudos
estavam divididos em artísticos, técnicos e práticos. O desenho era uma forte
exigência para a formação do aluno. Eram famosas as solicitações feitas nessa
área: perspectivas aquareladas, desenhos a bico de pena etc. Defensor convicto da
Arquitetura Clássica, Christiano Stockler das Neves combateu a Arquitetura
Moderna e nunca permitiu a seus alunos qualquer proposta que não seguisse os
rigores da linha historicista:
[...] responsável pelo destino desta novel faculdade, continuaremos a manter as
mesmas diretrizes que, durante trinta anos presidiram o extinto curso que fundamos,
cuja orientação de ensino foi moldada nas da Universidade de Pennsylvania e
Escola de Belas Artes de Paris. Nesses longos anos de intensa labuta, temos
resistido ao surto da mecanização da nobre arte arquitetônica, ocorrido após a
primeira guerra mundial (1918) que tantos malefícios tem causado à estética das
cidades e à educação artística da mocidade. Assim o fizemos, e continuaremos a
fazer, afim de que a brutalidade e o mau gôsto não triunfe sobre a beleza e a graça.
Em arte, como em política, devemos evitar os extremismos. Aceitamos a evolução
da arte, sempre que não colhida com os princípios imutáveis da beleza, que é
eterna. Não somos intransigentes, mas não coadjuvaremos para que se transforme
a maior das artes numa indústria, em que a excentricidade e o utilitarismo são
finalidades. Desejamos a evolução da arquitetura dentro dos princípios fundamentais
e imutáveis da beleza, que regulam os estilos do passado e que haverá de presidir
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os do presente e futuro. Só assim faremos boa arquitetura (apud Fundação da
Faculdade de Arquitetura Mackenzie, 1951, p. 18).
Em 2 de outubro de 1923, criou-se o Conselho do Mackenzie College como
pessoa jurídica. Com isso se atendeu à Lei nº 4659-A/23 que equiparou os diplomas
da Escola de Engenharia do Mackenzie College aos dos estabelecimentos
congêneres existentes no Brasil, com fiscalização exigida pelo Conselho Superior de
Ensino. Até 1927 a Faculdade esteve subordinada à fiscalização da Universidade de
New York. A partir de então, foi-lhe outorgada autonomia acadêmica, sendo
reconhecida pelo Governo Federal em 1938. Em 1940 foi substituída a denominação
Mackenzie College por Instituto Mackenzie. Com a criação da Faculdade Nacional
de Arquitetura em 1945, no Rio de Janeiro, que veio substituir a seção de
Arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, o regime de ensino foi alterado,
reduzindo-se de 6 para 5 anos a duração do curso. O Mackenzie seguiu a nova
tendência, o que fez aumentar a procura pelo curso, justificando a independência do
mesmo. De 1917 a 1946 o Mackenzie formou 89 engenheiros-arquitetos, não
atingindo a média de 3 profissionais por ano.
De 1947 a 1960
Em 11 de abril de 1946, ocorreu o desmembramento do curso de arquitetura da
Escola de Engenharia, tendo sido o Prof. Christiano Stockler das Neves o seu
primeiro diretor. O reconhecimento da Faculdade de Arquitetura ocorreu em 7 de
julho de 1947, pelo decreto nº 23.275 (Diário Oficial da União, ano LXXXVI nº 162 de
16 de julho de 1947, Seção I), e foi oficialmente instalada em 12 de agosto daquele
ano, transformando-se na primeira Faculdade de Arquitetura do Estado de São
Paulo. Sobre este fato comenta o arquiteto Carlos Lemos:
[Christiano Stockler das Neves foi] o criador da Faculdade de Arquitetura
Mackenzie em 1947, onde forjou um sistema de ensino baseado principalmente em
trabalhos práticos, sempre dizendo que o jovem estudante necessariamente haveria
de dominar o modo de expressar do arquiteto, isto é, o desenho [...] (LEMOS, 1989,
p. 125).
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Com sua criação, abriram-se 25 vagas por ano e, a partir de 1950, o curso
passou a oferecer 60 vagas em tempo integral. Nessa época a Arquitetura Moderna
já era aceita por significativa parcela da população em todo o país. O edifício do
Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, encontrava-se em
funcionamento, e o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, havia sido
inaugurado. Na cidade de São Paulo, proliferaram casas modernistas e o Edifício
Esther, na Praça da República, estava totalmente ocupado.
Apesar da intransigência de Christiano Stockler das Neves, ao adotar o Clássico
como parâmetro de beleza na estrutura curricular e no ensino específico de projeto,
os alunos de então, em sintonia com diversas manifestações arquitetônicas locais e
internacionais, ansiavam por renovações. Sob o impacto do Movimento Moderno e
do desenvolvimento econômico, cultural, tecnológico e estético, caracterizado pela
implantação do parque industrial paulista, a atuação profissional passou por
mudanças significativas e, como consequência, os currículos, em suas disciplinas,
também sofreram mudanças profundas.
Em 1959 instalou-se a disciplina de Sociologia e, em 1965, as disciplinas de
Projeto e de Planejamento, em substituição à de Pequenas e Grandes
Composições. Professores como Adolf Franz Heep e Carlos Millan vieram
impulsionar essas transformações. Valorizou-se o ensino e a atuação profissional no
campo do Planejamento Regional e Urbano; valorizou-se a atuação no “industrial
design”, no campo da Programação Visual, e, como consequência houve a tomada
de consciência de maior aprofundamento nas áreas da Estética, da História da
Arquitetura brasileira e mundial e dos movimentos teóricos emergentes.
Nas décadas de 1950 e 1960, ocorreu um período muito rico para o
desenvolvimento do pensamento arquitetônico, favorecido pela expansão do
mercado imobiliário que atraiu tanto profissionais do Rio de Janeiro quanto
arquitetos estrangeiros, que para cá emigraram em consequência da Segunda
Guerra Mundial. A criação da segunda faculdade de arquitetura, a da USP, instalada
a uma quadra da Universidade Mackenzie, e a instalação do Instituto dos Arquitetos
do Brasil (IAB), em região próxima às faculdades, vieram alimentar as discussões
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25
implementadas, também, pela saída, como diretor, do prof. Christiano Stockler das
Neves, que se aposentou em 1956.
De 1960 a 2010
Em 1961 foi inaugurado o Edifício Christiano Stockler das Neves, da Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, que passava a contar com espaço próprio.
A efervescência gerada pela concentração de estudantes e profissionais foi
refreada, em parte pela mudança da FAU-USP para o campus da Cidade
Universitária, localizado no bairro do Butantã, e, em parte, pela situação política do
país, que inibiu o desenvolvimento das ideias, e também pela proliferação das
escolas de arquitetura criadas no decorrer dos anos 70. As pressões políticas e
sociais eram intensas, causadas principalmente pelo alto déficit habitacional e pela
falta de acesso às melhorias urbanas, por parte da população que migrava de forma
significativa das áreas rurais, levando à metropolização das cidades. A atuação do
arquiteto era cada vez mais requerida, levando a profissão a ser finalmente
reconhecida pela sociedade, passando estes a serem tidos como profissionais
independentes em relação aos engenheiros.
Na década de 1970, o número de ingressantes na Faculdade de Arquitetura
Mackenzie aumentou para 100. Em 1979 a faculdade passou a ser denominada
“Faculdade de Arquitetura e Urbanismo”, traduzindo a ampliação do campo
profissional e acadêmico. Em 1980, formam-se 79 alunos integrantes da 1ª turma do
curso noturno que, a partir de 1989, transformou-se em curso vespertino. Em 1990 o
curso foi reestruturado, passando a ser organizado de forma semestral.
Desde a década de 1970 até nossos dias, a tomada de consciência das questões
ambientais e da saúde pública, por parte dos profissionais e da população, tem se
refletido no surgimento de novas disciplinas no currículo da faculdade, no sentido da
readaptação e melhoria das infraestruturas dos serviços urbanos. Os impactos
ambientais causados em grandes áreas de intervenção das construções geraram a
necessidade de estudos interdisciplinares, o nascimento de organismos estatais
controladores dessas atividades profissionais, normatizadas por métodos e
procedimentos, visando a melhor qualidade de vida. A intervenção dos profissionais
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26
arquitetos e urbanistas nos conteúdos disciplinares tem sido cada vez mais
solicitada pelas Universidades, abandonando-se a ideia do professor exclusivamente
acadêmico, de atuação dedicada apenas ao ensino universitário, por aquela que
também contempla o professor que, atuando no ensino de graduação, interfere,
nesse sentido, a partir dos conhecimentos adquiridos em sua atuação profissional
como arquiteto e urbanista.
Dos departamentos 1969 - 2005
À luz da Reforma Universitária de 1969, empreendida pelo Governo Federal,
foram organizados os departamentos do Curso de Arquitetura e Urbanismo
Mackenzie.
As disciplinas do Curso de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, entre 1969 e
1998, foram distribuídas em três departamentos, a saber:
1. Departamento de Projetos Arquitetônicos;
2. Departamento de Planejamento Urbano;
3. Departamento de Teoria e História da Arquitetura.
As disciplinas das áreas técnicas continuaram lotadas na Escola de Engenharia.
Em 1998 foi criado o Departamento de Técnicas Arquitetônicas, incorporando estas
disciplinas e possibilitando um redirecionamento de suas características sempre
importantes na formação do arquiteto e urbanista mackenzista. A partir da criação
deste quarto departamento, este conjunto de disciplinas passou a incorporar
preocupações projetuais e experimentais em sua formulação.
Em 2005 a Universidade passou por uma grande reestruturação, ocasião na qual
a estrutura departamental vigente foi suprimida e o Ensino, Pesquisa e a Extensão
passaram a se organizar por cursos e, nestes, eixos temáticos e coordenações
pedagógicas.
Buscava-se assim atualizar a estrutura da Universidade. Foram ali dados os
primeiros passos para que uma nova estrutura onde a fragmentação do ensino e a
compartimentalização do conhecimento fossem superadas.
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27
O Projeto Pedagógico de 2003
Cabe registrar que este movimento de superação da compartimentação do
conhecimento e da fragmentação do processo de ensino – aprendizagem se iniciou,
no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, alguns anos antes das transformações
havidas na Universidade, com o Projeto Político – Pedagógico de 2003.
Este projeto, cuja elaboração se deu ao longo do ano de 2002, já trazia em seu
bojo, estimulado também pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Arquitetura e
Urbanismo, diversos instrumentos que preconizavam e iniciavam a viabilização da
estruturação do processo de ensino – aprendizagem de modo integrado, tanto
horizontal quanto vertical e transversalmente.
Ali já se colocavam os princípios de utilização de pedagogias ativas e a
valorização de atividades integradoras, como se vê no Trabalho Final de Graduação
e nas Atividades Para-Curriculares das atribuições profissionais.
Este Projeto Pedagógico passou por atualizações em 2006, 2008 e 2010.
Da reorganização do Curso
Após a dissolução dos departamentos, o curso passou pela reformulação
necessária para atender aos seguintes requisitos legais: Diretrizes Curriculares
Nacionais conforme Resolução CNE/CES 06/2006; Resolução CNE/CES 02/2010,
de 17/06/2010 e a Ordem Interna 10/2008 da Reitoria da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, no que tange à adequação da grade horária; à duração das aulas e dos
semestres letivos do Curso; à Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre a necessidade
de adequação do estágio supervisionado; às novas disposições estatutárias e
regimentais da Universidade; e, para tanto, à adequação da organização interna do
Curso de Arquitetura e Urbanismo.
Além de toda adequação legal exposta acima, no âmbito intramuros,
implantaram-se o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e os novos Estatuto
e Regimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, bem como as novas
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28
estruturas organizacionais que culminaram com a extinção dos departamentos e
com a institucionalização dos Decanatos e das Coordenadorias de Curso.
Todos esses fatores, somados à criação do Programa de Pós-Graduação Stricto
Sensu em nível de Mestrado em 1992, seu reconhecimento pela CAPES em 2002, a
implantação do Doutorado em 2006, a criação do Programa de Pós – Graduação
Lato Sensu em 2004 e a transferência do curso de graduação em Design para a
FAUMACK em 2005, levaram à nova constituição da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, que passou a apresentar a seguinte estrutura: os Cursos de Graduação
em Arquitetura e Urbanismo, Graduação em Design e os Programas de Pós-
graduação Lato Sensu e Stricto Sensu em Arquitetura e Urbanismo.
Conforme o exposto nas periodizações anteriores, pode-se constatar que o
Curso de Arquitetura e Urbanismo sempre esteve atento às determinações
emanadas do MEC por meio da Lei de Diretrizes e Bases, das Resoluções e
Diretrizes Curriculares Nacionais, como também às transformações sociais,
culturais, econômicas e tecnológicas do País, incorporando-as em sua organização
e fundamentação.
Isto se pode notar pelas principais alterações na distribuição e atualização de
conteúdos das disciplinas do curso que, a partir de sua criação como curso
vinculado à Escola de Engenharia (em 1917), passando pelo processo de
desvinculação de sua escola de origem, obtendo autonomia com a criação da
Faculdade de Arquitetura Mackenzie (em 1947), delineando sua trajetória na
vigência da estrutura departamental até 2005 e na implantação da estrutura do
Curso atualmente em vigor.
De 2010 a 2014
A partir de 2010 o curso de Arquitetura e Urbanismo passou a viver uma nova
fase, de consolidação das mudanças ocorridas internamente e na Universidade nos
últimos cinco anos, e também de acompanhamento de novas estruturações por que
vem passando a instituição como um todo.
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29
O fortalecimento dos programas de Pesquisa e Pós – Graduação, iniciados
anteriormente, passou a ser protagonista e aumentou a busca de sua participação
no ensino de Graduação.
Também uma série de iniciativas da Reitoria da Universidade geraram efeito
sobre o ensino. Além da Visão 150, documento norteador das ações da Instituição
rumo a seu sesquicentenário em 2020 e de seu Plano de Desenvolvimento
Institucional, ambos documentos balizadores deste Projeto, como os novos
regulamentos de Extensão, Pós e, sobretudo de Graduação, que tratam de questões
importantes, como sistema de avaliação, notas, frequência.
Assim sendo, este Projeto Político – Pedagógico aqui apresentado já atende e
incorpora as determinações do CEPE – Conselho de Ensino e Pesquisa da
Universidade quanto à disciplina de Ética e Cidadania (2010), LIBRAS e
Empreendedorismo e Inovação (2013).
Incorpora também os conteúdos exigidos pelo Instrumento de Avaliação de
Cursos de Graduação do MEC, no tocante às abordagens relacionadas à
sustentabilidade e ao meio ambiente e aos aspectos das diversidades culturais de
indígenas e de afrodescendentes que, somados aos demais componentes
curriculares, expostos detalhadamente no capítulo dedicado à concepção acadêmica
do curso, embasam este Projeto Pedagógico.
Tais fundamentos complementam-se, no que diz respeito ao processo de ensino
e aprendizagem, pela valorização do aluno como agente protagonista desse
processo, pela abordagem de conteúdos programáticos que priorizem o
agrupamento de competências e habilidades, em oposição à fragmentação de
conteúdos em disciplinas estanques, e pela flexibilidade curricular como elemento de
complementaridade fundamental da formação profissional do arquiteto e urbanista,
como se verá adiante.
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5. FINALIDADES, OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO CURSO
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5. Finalidades, Justificativas e Objetivos do Curso
5.1. Finalidades
Desde a sua fundação, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Presbiteriana Mackenzie apresentou um perfil próprio e diferenciado dos demais
cursos de arquitetura brasileiros. Enquanto esses cursos trazem em suas raízes os
valores humanistas, artísticos e ambientais, adquiridos em sua concepção original
baseada no ensino das Belas Artes, o Curso de Arquitetura e Urbanismo do
Mackenzie traz, além destes, o contributo do pragmatismo tecnológico, adquirido
nos primeiros anos, quando era abrigado na Escola de Engenharia.
Com foco nos diversos campos de atuação, o curso prima por valorizar as
competências e habilidades do exercício profissional, exaltando as questões práticas
e experimentais, valorizando as atividades projetuais prospectivas e incentivando o
empreendedorismo nas atitudes e nos procedimentos de seus alunos. Assim sendo,
a finalidade do curso de Arquitetura e Urbanismo no contexto regional é, em um
primeiro momento, a capacitação de profissionais com visão plural das questões
emergentes, tanto para aquelas voltadas à construtibilidade e materialidade do fazer
projetual quanto para aquelas que assegurem intervenções urbanístico-
arquitetônicas de qualidade, de maneira a aliar o conhecimento técnico às
necessidades econômicas, ambientais e sociais do contexto regional em que o
Curso se insere, habilitando os seus egressos a transpor com competências as
dificuldades reais; e, em um segundo momento, motivar, sempre, a efetiva prática
profissional nos diversos campos de atuação do arquiteto e urbanista.
Na dimensão nacional, a finalidade do curso é propiciar a inserção qualitativa e
diferenciada do profissional no debate político, econômico e social, dotado de visão
holística e capacitado para participar e interferir na construção das transformações
estruturais necessárias para se atingir, com crescimento sustentável, um projeto de
nação que se modifica e se aperfeiçoa ao longo do tempo.
Importante salientar que as finalidades regional e nacional, aqui expressas,
orientam-se pela concepção da educação mackenzista, descritas tanto no PDI 2013-
2018 quanto nas Diretrizes Curriculares Nacionais.
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5.2. Objetivos
Gerais
O Curso de Arquitetura e Urbanismo tem por objetivo a preparação de um
profissional dinâmico e competente, que saiba equilibrar as questões ligadas à
ciência e à expressão plástica e formal, preparado para exercer suas atividades no
mercado de trabalho, com ênfase na prática projetual, com domínio tecnológico e
com visão crítica, tanto da produção arquitetônica como da sociedade brasileira,
preparado para o exercício pleno da cidadania.
Específicos
Como objetivos específicos, o Curso de Arquitetura e Urbanismo busca a
formação de arquitetos e urbanistas aptos a atuar nas mais diferentes áreas da
atividade profissional, previstas na Lei Federal n° 12.378, de 31/12/2010, que tanto
regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo quanto cria os conselhos
profissionais de Arquitetura e Urbanismo, como também se orienta, efetivamente,
pela Resolução CNE/CES n° 2, de 17/06/2010, que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Objetiva, também,
incentivar a pesquisa acadêmica, oferecer serviços à comunidade, sempre com uma
visão ética, respeitando o equilíbrio ecológico, enfocando a questão da
sustentabilidade, valorizando a arquitetura como instrumento de atuação e de
transformação social e cultural.
5.3. Justificativas
A essência do Curso de Arquitetura e Urbanismo está expressa nas palavras do
pedagogo e filósofo americano John Dewey:
[...] só se aprende o que se pratica: seja uma habilidade, seja uma idéia,
seja um controle emocional, seja uma atitude ou uma apreciação, só as
apreenderemos se as praticarmos (1980, p.129).
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A partir da citação exposta acima e complementada pela expressão do “pensar
fazendo e fazer pensando”, justifica-se a formatação didático-pedagógica adotada
para o Curso (a ser apresentada detalhadamente no capítulo destinado à concepção
acadêmica do curso), como também por fatores conjunturais diretamente
relacionados ao campo de atuação do profissional arquiteto e urbanista, além
daqueles originados pelas pressões políticas e sociais inerentes aos aglomerados
humanos complexos, causados principalmente pelo alto déficit habitacional e pela
demanda por melhorias urbanas relacionadas aos equipamentos das áreas da
saúde, da educação, da cultura, do transporte, do abastecimento, do lazer, e de
tantos outros relacionados às escalas mais pontuais, e do cotidiano inerente ao
cidadão que habita a cidade.
A atuação do arquiteto e urbanista é cada vez mais requerida, seja para
apresentar propostas a quase 8% da população da cidade de São Paulo que vive
em favelas, ou para aqueles que residem em cortiços ou são moradores de rua; seja
para responder às solicitações do mercado imobiliário que objetiva, cada vez mais,
requalificar a sua atuação, com a busca de edifícios que incorporem sistemas
construtivos e tecnológicos que resultem em processos produtivos mais
racionalizados e que atendam às novas demandas do morar e do trabalhar
contemporâneo; ou ainda na atuação em órgãos públicos, nos quais questões
complexas, relacionadas às novas formas de parcerias entre agentes públicos e
privados que constroem os espaços das cidades, se impõem como uma realidade
incontestável, que deve ser enfrentada na busca de um equilíbrio ambientalmente
sustentável, e cujos resultados concretizem-se, de fato, em espaços com qualidade
urbana.
Não obstante as justificativas expostas no parágrafo anterior, o Curso se justifica
também pela sua importante colaboração com as preocupações preservacionistas
com o meio ambiente, principalmente nas soluções sustentáveis aplicadas aos
projetos e na aplicação de tecnologias que buscam aperfeiçoamentos de eficiências
energéticas, reciclagens de materiais, reuso de insumos, transformação de resíduos
etc. O trabalho aplicado no desenvolvimento de tecnologias construtivas verdes não
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poluidoras e de sistemas integrados de produção está qualificando e certificando
produtos, justificando ainda mais a presença do profissional arquiteto e urbanista.
. O Projeto Pedagógico
O Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade Presbiteriana Mackenzie tem grande tradição, goza de amplo
reconhecimento social, regional e nacional, tem boa inserção internacional,
baixíssima taxa de evasão e excelente procura no vestibular, com uma média
próxima de 10 candidatos-vaga nos últimos anos. Mas, como qualquer Curso vivo,
dinâmico, também apresenta problemas e anseios de evolução e desenvolvimento.
Foi neste contexto, então, que se deu, a partir de meados de 2012, também em
resposta à demanda da Reitoria da Universidade, o desenvolvimento deste trabalho
aqui apresentado, essencial na vida de um Curso de Nível Superior: a atualização
de seu Projeto Político-Pedagógico.
Se há demanda, se há envolvimento da comunidade e os principais problemas
são conhecidos e têm sido enfrentados, por que então iniciar este trabalho? Para
que mexer? Mudar o quê?
Esta é uma tarefa que se faz para melhorar, para avançar.
E o que é melhorar? O que é avançar?
As respostas são múltiplas e diversas. Porém, alguns fatores internos e externos
à comunidade, norteadores do avanço pretendido, são plenamente conhecidos.
Internamente se encontra, em primeiro lugar, o passado do Curso. É nele, em
sua trajetória, em suas características fundamentais, em suas competências e em
seu reconhecimento social que se encontram bases sólidas para avançar.
Afinal, como já se viu, trata-se de um curso que completará em 2014, ano da
implantação deste novo PPC, 97 anos de existência e 67 de autonomia, em uma
Universidade que completará 62 anos, numa instituição de ensino de 144 anos,
quase um século e meio.
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Portanto, suas características não são fugazes nem tampouco temporárias,
efêmeras. Foram construídas por muitos, durante muito tempo e são casos de
sucesso.
Também influencia esta tarefa o futuro. Para tanto, destaque-se como elemento
norteador a Visão 150, documento da Universidade que lança desafios a serem
alcançados até 2020 e define objetivos, prioridades e percursos a trilhar.
Fatores externos à comunidade, são preponderantes a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação e as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Arquitetura e
Urbanismo, que são claras no que tange à organização, abordagens, instrumentos e
metodologias referentes ao processo de ensino-aprendizagem.
Além de passado e futuro, há o presente. Os atuais projetos pedagógicos, as
experiências em andamento, os desejos e posições diante do curso, o envolvimento
e a participação da comunidade acadêmica em seu dia a dia e em seu
desenvolvimento.
Assim, retorna-se ao ponto inicial, que é o enfrentamento do desafio da mudança
em um contexto de estabilidade.
Torna-se aqui importante, então, a superação de uma possível falsa dicotomia: a
diferença entre o tradicional e o conservador, entre tradição e conservadorismo.
É preciso respeitar a tradição mackenzista, sua visão e missão, sem receios e
sem conservadorismos imobilistas.
É preciso ousar, reconhecendo as profundas alterações havidas na Arquitetura e
Urbanismo enquanto campo do conhecimento – criação, fundamentação, crítica,
processo, projeto e prática - nos últimos tempos.
De conhecimento geral, são alterações que se deram tanto do ponto de vista
teórico-conceitual quanto do ponto de vista prático-instrumental, modificando
sobremaneira a atuação profissional e a necessária e correspondente produção do
conhecimento na área. Portanto, exigindo evolução significativa do pensamento e da
prática no campo da formação profissional e dos processos de ensino-
aprendizagem.
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36
Neste desafio, além de todas as contribuições havidas, seis pontos são
importantes de serem destacados:
i. O reconhecimento de que se trata de um Curso de diferentes e diferenças,
não de iguais. E que são estas diferenças, esta diversidade de pensamentos
e posições diante da Arquitetura e Urbanismo que o fortalecem e enriquecem.
ii. A valorização e a preocupação com a inserção social do Curso e sua
aderência às grandes questões locais, regionais, nacionais e internacionais.
iii. A estruturação de um curso baseado em pedagogias ativas, onde o estudante
é o protagonista, que possibilite a formação de um profissional-cidadão que
seja crítico, criativo, engajado e empreendedor, capaz de uma atuação
profissional ágil, local e internacional, capaz de interagir e trocar com o
mundo, mas também capaz de valorizar sua história e sua cultura.
iv. A utilização de instrumentos no processo de ensino-aprendizagem em que a
experimentação seja protagonista, tais como: o amplo e intenso uso dos
laboratórios nas disciplinas regulares, e não apenas nas laboratoriais; a
iniciação científica; o ensino à distância; a mobilidade internacional e as
atividades complementares e de extensão e; as disciplinas optativas e
eletivas.
v. A superação da excessiva fragmentação do conhecimento e da
especialização precoce através da diminuição do número de disciplinas, e da
valorização da formação continuada, integrando de fato a extensão e a
pesquisa / pós-graduação ao cotidiano da graduação.
vi. O destaque aos valores éticos e deontológicos ligados à solidariedade e à
justiça no desenvolvimento das habilidades, competências e atitudes dos
estudantes, para que sejam capazes de se tornar profissionais criativos e
lideranças legítimas e transformadoras em suas áreas de atuação.
Uma comissão composta por professores do Curso foi designada para iniciar
este trabalho, retomando a sistematização do Projeto Pedagógico do Curso de 2003
e suas atualizações de 2006, 2009, 2010 e 2011 e discutindo os aspectos gerais que
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deverão estar contemplados neste novo Projeto de 2013, no sentido de subsidiar e
auxiliar o Núcleo Docente Estruturante e o Conselho de Curso em suas tarefas.
Notas sobre a organização do ensino de arquitetura e urbanismo hoje
Enquanto por campo do conhecimento entende-se o conjunto da produção
humana acumulada e atemporal relativa a uma determinada área ou domínio do
pensar ou do fazer, aí incluídas suas técnicas, de outro modo, por profissão, ou
ainda profissão liberal, entende-se a ocupação baseada em conhecimento e
treinamento teórico e prático em um dado campo.
Entende-se aqui campo como o conjunto de conhecimentos específicos,
sistematizados, organizados e aplicados a partir de metodologias dadas que
permitem a uma pessoa ou a um grupo de pessoas refletir, realizar e operar dentro
de um determinado domínio ou campo do conhecimento.1
Vive-se hoje num mundo em rápida transformação, onde a contradição é a tônica
da própria existência. Globalização, tecnologia da informação, novos processos
produtivos, imagens, fatos, a velocidade de trocas de informações e conhecimentos,
os fatores de expansão de mercados, enfim, o painel de condicionantes, sobretudo
variáveis, é extenso.
Fica simples a compreensão de que nos últimos anos do século passado e nos
primeiros anos deste século XXI, a Arquitetura e Urbanismo encontra-se em
transformação, e sua apropriação por seus profissionais e pela própria sociedade se
ressente de novas e mais completas definições.
Mais uma vez, como em diversas ocasiões ao longo da História, discussões
como a função social do arquiteto e seu papel na divisão social do trabalho,
entendida como a organização do conjunto de tarefas que são realizadas em um
sistema social, voltam a merecer aprofundamento em especial no Brasil, não apenas
1 Sobre o tema campo do conhecimento, ver ORTIZ, R. Pierre Bourdieu. São
Paulo: Ática, 1983.
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em função de seu alto índice de urbanização, o papel da Arquitetura e Urbanismo e
do arquiteto merece atenção especial.2
A própria UIA, na Carta de Pequim, destaca: “[...] no decorrer do último século o
mundo mudou consideravelmente. É preciso nos repetirmos mais uma vez:
enquanto arquitetos, nos encontramos em um ponto crucial de nossa profissão”.3
Uma outra alteração significativa ocorrida na organização da profissão no Brasil é
sua interiorização, que está diretamente relacionada ao aumento do número de
escolas.
Esta expansão dos cursos de graduação em arquitetura e urbanismo no Brasil
provocou o recrudescimento do debate sobre o ensino e a formação do arquiteto,
sobretudo quando observada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB.4
Em seu Capítulo IV – Da Educação Superior, no inciso II do artigo 43, a LDB
estabelece que uma das finalidades da educação superior é "formar diplomados nas
diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e
para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua" [...] e "suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural
e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os
conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora
do conhecimento de cada geração".
Complementando as disposições da LDB, em 2001 foi promulgado o Plano
Nacional de Educação – PNE, com os objetivos, entre outros, de promover "a
elevação global do nível de escolaridade da população; a melhoria da qualidade do
ensino em todos os níveis; a redução das desigualdades sociais e regionais no
2 Ver Johnson, Allan G. Guia prático da linguagem sociológica.
3 UIA. Carta do Congresso Internacional de Arquitetos de Pequim.
4 Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional.
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tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública, e
democratização da gestão do ensino público [...]".5
Para a educação superior, entre outros vinte e três objetivos se destaca:
“Estabelecer, em nível nacional, diretrizes curriculares que assegurem a necessária
flexibilidade e diversidade nos programas de estudos oferecidos pelas diferentes
instituições de educação superior, de forma a melhor atender às necessidades
diferenciais de suas clientelas e às peculiaridades das regiões nas quais se
inserem".6
O que se vive é um movimento de transição na realidade ainda mais complexo
do que mostram seus dados quantitativos. Entende-se aqui que o foco da questão
não esteja no número de profissionais, mas sim em como e para quem este
profissional irá prestar serviço, o que tem ligação direta e inequívoca com o ensino,
sua estrutura, seus paradigmas conceituais e seu posicionamento ideológico. Ou
seja, sua qualidade.
Neste sentido, o debate sobre o ensino da Arquitetura e Urbanismo ganha, como
se disse, contornos mais complexos. Não se trata de uma questão quantitativa
senão antes uma questão absolutamente qualitativa, de mérito.
São estas, enfim, algumas das questões gerais que justificam e definem as
finalidades e os objetivos maiores dos Cursos de Graduação em Arquitetura e
Urbanismo no Brasil, com as quais o Curso de Arquitetura e Urbanismo da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie,
como se verá adiante neste Projeto Pedagógico, se pretende alinhar e contribuir.
5 Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que aprovou o Plano Nacional de
Educação (PNE).
6 Contribuiu para a este levantamento o parecer CNE/CES Nº:329/2004, sobre a
carga horária mínima dos cursos profissionalizantes no Brasil, aprovado em
11/11/2004, dos Relatores Edson de Oliveira Nunes e Antônio Carlos Caruso Ronca
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6. CONCEPÇÃO ACADÊMICA DO CURSO
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6. Concepção Acadêmica
A profissão de arquiteto e urbanista e seu lugar na sociedade passam por
contínuas transformações, que acompanham as mudanças sociais ao longo da
História. Tais mudanças, necessariamente, encontram expressão na formação deste
profissional.
Embora o núcleo essencial desta formação compreenda as técnicas e as artes
de projetar e construir edificações, estruturas e ambientes, os conhecimentos
necessários para tal e as solicitações a esse profissional variam de acordo com as
demandas sociais em cada momento histórico.
As modificações curriculares ocorridas no Curso de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, ao longo de sua história, refletem essa
situação, tendo como característica distintiva a estreita relação com as práticas
produtivas da construção civil e o atendimento às necessidades de formação de
profissionais altamente qualificados e capacitados para atuar nas mais diferentes
áreas do projeto, do planejamento, da organização e da construção do ambiente em
diferentes escalas.
Portanto, a concepção acadêmica deste Projeto Pedagógico se orienta por um
processo de ensino e aprendizagem que tem, no conjunto de suas disciplinas, a
prática como intenção de convergência de conteúdos conceituais, críticos, analíticos
e propositivos que resultam no agrupamento de competências e habilidades,
elegendo, para tanto, o aluno como agente protagonista deste processo.
Tal concepção, que será mais bem detalhada a seguir, apoia-se, para seu pleno
desenvolvimento, em atividades de experimentação como espaço privilegiado para
se complementar e aprofundar as questões postas pelas temáticas abordadas por
essas disciplinas.
Propõe-se aqui um processo de ensino – aprendizagem com bases conceituais
amplas e consistentes, que se serve de pedagogias ativas, problematizações,
ensino baseado em problemas e soluções, entre outras.
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Outro fator diferenciado dessa concepção, e que complementa este processo de
ensino e aprendizagem, se dá ao nível da flexibilização curricular. Tal flexibilização é
materializada pelo elenco das disciplinas optativas, pela presença dos tópicos
especiais, pela possibilidade das disciplinas eletivas, pela integração da graduação
com a pós-graduação, pelo intercâmbio com IES estrangeiras, pelas atividades
complementares e pela realização do estágio supervisionado.
6.1. Articulação do Curso com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)
Em busca de um alinhamento com o PDI da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, que salienta a integração e a coesão das diversas instâncias da vida
institucional direcionadas para a qualidade e para o desenvolvimento competente de
suas tarefas de ensino, pesquisa e extensão, em coerência com seus alicerces
confessionais, o Curso de Arquitetura e Urbanismo objetiva promover a educação
integral do educando, a difusão cultural e tecnológica, o intercâmbio e a cooperação
com outras instituições científicas e culturais, formar recursos humanos nas
diferentes áreas do saber relacionadas ao campo de atuação do profissional
arquiteto, capacitando os alunos a realizar investigações técnico-científicas. Busca
exercer o magistério, desenvolver pesquisas de maneira autônoma e competente,
inserir-se em setores profissionais de ponta, participar do desenvolvimento da
sociedade de maneira crítica, solidária e cidadã, participar do desenvolvimento
socioeconômico da sociedade como organismo de consulta, mediante assessoria e
prestação de serviços relativos aos campos do saber da arquitetura e do urbanismo,
e concorrer para o desenvolvimento científico, tecnológico, artístico e estender à
comunidade, sob a forma de cursos e serviços especiais, as atividades de ensino e
os resultados das pesquisas realizadas.
Ainda no sentido de uma plena articulação entre a concepção e organização
didático-pedagógica do Curso aqui proposta e os instrumentos de organização e de
gestão da Universidade e da Instituição Mantenedora, compõem este Projeto
Pedagógico de Curso os instrumentos legais, estatutários e regimentais, da
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Universidade e do Instituto Presbiteriano Mackenzie e sua implantação fica
condicionada aos critérios de sustentabilidade econômico-financeira do Curso.
6.2. Perfil do egresso
O Art. 4º da Resolução nº 2, de 17 de Junho de 2010 do MEC, que Institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e
Urbanismo, explicita que o egresso deverá ter como perfil sólida formação de
profissional generalista, aptidão de compreender e traduzir as necessidades de
indivíduos, grupos sociais e comunidade, com relação à concepção, organização e
construção do espaço interior e exterior, abrangendo o urbanismo, a edificação e o
paisagismo, a conservação e a valorização do patrimônio construído, a proteção do
equilíbrio do ambiente natural e a utilização racional dos recursos disponíveis.
A produção arquitetônica dos profissionais formados por esta Escola, traço
marcante do perfil do egresso do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, se deu no passado e continua acontecendo no presente.
As obras dos arquitetos graduados pela FAU Mackenzie constituem uma mostra da
produção arquitetônica brasileira do século XX e XXI concentrada, principalmente,
na cidade de São Paulo. As obras desses arquitetos expressam parte significativa
do desenvolvimento arquitetônico brasileiro, por meio das composições
arquitetônicas baseadas nas tradições clássicas das primeiras décadas do século
XX, das primeiras tentativas de ruptura com o passado, da conquista da Arquitetura
Moderna a partir da década de 1940, da busca de novas alternativas dos últimos
anos. Deve-se ressaltar, porém, que há uma considerável produção aqui não citada,
mas não menos importante, que muitas vezes se dilui no anonimato das grandes
empresas de projetos e do serviço público.
Complementa a caracterização deste perfil, a sólida formação em práticas
projetuais em diferentes escalas, sendo o egresso apto a integrar conhecimentos
técnicos, teóricos, históricos e estéticos em propostas projetuais, utilizando as
diversas expressões contemporâneas do desenho, profissional capacitado não
apenas a propor soluções projetuais para problemas já conhecidos, mas também
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capazes de identificar novas questões, investigá-las e elaborar propostas projetuais
que as resolvam, ou contribuam para resolvê-las, tanto no âmbito das edificações e
construções, para as mais diversas finalidades, quanto no âmbito da paisagem e do
território compreendidos de modo amplo.
6.3. Competências e habilidades
As competências e habilidades necessárias à formação do arquiteto e urbanista
que estão expressas, tanto no Artigo 5° das Diretrizes Curriculares Nacionais para o
curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo quanto na Lei Federal nº 12.378,
de 31/12/2010, que regulamenta o exercício da Arquitetura e do Urbanismo e que
cria os conselhos profissionais de Arquitetura e Urbanismo nos Estados e no Distrito
Federal, estão contempladas, neste Projeto Pedagógico, pelos componentes
curriculares que as constituem. Tais componentes são explicitados pelas sequências
de disciplinas; pelos eixos-temáticos; pelo programa de disciplinas optativas e
eletivas; pelos laboratórios; pelas atividades para-curriculares de atribuições
profissionais; pelas atividades de experimentação; pelo ateliê vertical; pela semana
“viver metrópole”; pelo escritório modelo; pelo canteiro experimental; pelo núcleo de
arquitetura e urbanismo; pelos grupos de pesquisa; pelo programa de disciplinas de
extensão e pelo trabalho de curso.
Os componentes curriculares objetivam formar profissionais voltados para a
efetiva prática profissional, por meio do desenvolvimento de trabalhos práticos,
principalmente no tocante aos ateliês de projeto e urbanismo, e, para tanto, o aluno
deve ter o domínio da linguagem do desenho nas suas diferentes facetas, ter uma
conceituação e leitura crítica do projeto em desenvolvimento, e de sua inserção
urbana, levando em consideração as necessidades sociais e culturais, além de ter
uma sólida formação técnica para a adequada materialização da obra.
É importante destacar, tendo em vista a procura das conceituações relativas às
competências e habilidades do futuro arquiteto e urbanista, as considerações
oriundas da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI,
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incorporadas nas determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
nº 9.394/96:
a) a educação deve cumprir um triplo papel: econômico, científico e cultural;
b) a educação deve ser estruturada em quatro alicerces: aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser.
Estas considerações orientam as concepções pedagógicas específicas que
deverão contemplar:
a) o prazer de compreender, de conhecer e de descobrir, estimulando o senso
crítico e permitindo a compreensão do real mediante a autonomia de ação e a
capacidade de discernimento, constituindo o passaporte para a educação
permanente, na medida em que favorece as bases para o estudo contínuo;
b) o desenvolvimento de habilidades e o estímulo de novas aptidões como
processos essenciais para enfrentar novas situações;
c) o trabalho em equipe, aprendendo a tirar proveito de diferentes pontos de vista
e permitindo a realização de projetos comuns;
d) a percepção da interdependência dos conhecimentos, potencializando os
recursos da interdisciplinaridade;
e) a educação comprometida com o desenvolvimento total do indivíduo,
preparando-o para elaborar pensamentos autônomos e críticos para formular os
seus próprios juízos de valor e exercitar a liberdade de pensamento, discernimento,
sentimento e imaginação.
Entende-se, portanto, como competências e habilidades necessárias a serem
desenvolvidas para a efetiva formação do aluno, a capacidade de abstração, de
desenvolvimento do pensamento sistêmico e crítico, de criar e pensar múltiplas
alternativas para a formulação e solução de um problema, ou seja, do
desenvolvimento do pensamento dialético, a disposição para o risco, a capacidade
de trabalhar em equipe, de saber comunicar-se e a capacidade de buscar
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conhecimento. Portanto, isso significa dizer que o aluno, assessorado pelo
professor, torna-se o agente protagonista de sua própria formação.
Para tanto, o Curso é unitário e seus conteúdos curriculares organizam-se em
dois Núcleos de Conhecimentos (Profissionais e de Fundamentação) e no Trabalho
de Curso, compostos por disciplinas e atividades de caráter profissionalizante e/ou
de fundamentação.
Ainda sob o ponto de vista específico da formação profissional do arquiteto, o
Estatuto da UNESCO/União Internacional de Arquitetos (UIA) para a educação dos
arquitetos e urbanistas, de 1996, reafirma:
A arquitetura, a qualidade das edificações, o modo como elas se relacionam
com seu entorno, o respeito ao ambiente natural e construído, bem como a herança
cultural coletiva e individual são matérias de interesse público. [...] há
consequentemente interesse público em assegurar que os arquitetos e urbanistas
sejam profissionais aptos a compreender e dar resposta às necessidades de
indivíduos, grupos sociais e comunidades, com relação ao planejamento do espaço,
ao urbanismo, à construção de edifícios, bem como conservação e valorização do
patrimônio construído, proteção do equilíbrio natural e à utilização racional dos
recursos disponíveis.
Esse perfil de formação também é complementado pela Associação Brasileira de
Ensino de Arquitetura (ABEA) que inclui:
a) qualidade de vida decente para todos os habitantes de assentamentos
humanos;
b) uso tecnológico que respeite as necessidades sociais, culturais e estéticas dos
povos;
c) equilíbrio ecológico e desenvolvimento sustentável do ambiente construído;
d) arquitetura valorizada como patrimônio e responsabilidade de todos.
Assim sendo, o Curso contempla o conteúdo pedagógico necessário à formação
profissional do arquiteto e urbanista, no que tange a desenvolver, incentivar e revelar
as competências e habilidades dispostas no Art. 5º da Resolução nº 2, de 17 de
junho de 2010, do MEC, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de
graduação em Arquitetura e Urbanismo, reproduzidos a seguir:
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[...]
I - o conhecimento dos aspectos antropológicos, sociológicos e econômicos
relevantes e de todo o espectro de necessidades, aspirações e expectativas
individuais e coletivas quanto ao ambiente construído;
II - a compreensão das questões que informam as ações de preservação da
paisagem e de avaliação dos impactos no meio ambiente, com vistas ao equilíbrio
ecológico e ao desenvolvimento sustentável;
III - as habilidades necessárias para conceber projetos de arquitetura,
urbanismo e paisagismo e para realizar construções, considerando os fatores de
custo, de durabilidade, de manutenção e de especificações, bem como os
regulamentos legais, de modo a satisfazer as exigências culturais, econômicas,
estéticas, técnicas, ambientais e de acessibilidade dos usuários;
IV - o conhecimento da história das artes e da estética, suscetível de influenciar
a qualidade da concepção e da prática de arquitetura, urbanismo e paisagismo;
V - os conhecimentos de teoria e de história da arquitetura, do urbanismo e do
paisagismo, considerando sua produção no contexto social, cultural, político e
econômico e tendo como objetivo a reflexão crítica e a pesquisa;
VI - o domínio de técnicas e metodologias de pesquisa em planejamento urbano
e regional, urbanismo e desenho urbano, bem como a compreensão dos sistemas
de infraestrutura e de trânsito necessários para a concepção de estudos, análises e
planos de intervenção no espaço urbano, metropolitano e regional;
VII - os conhecimentos especializados para o emprego adequado e econômico
dos materiais de construção e das técnicas e sistemas construtivos para a definição
de instalações e equipamentos prediais, para a organização de obras e canteiros e
para a implantação de infraestrutura urbana;
VIII - a compreensão dos sistemas estruturais e o domínio da concepção e do
projeto estrutural, tendo por fundamento os estudos de resistência dos materiais,
estabilidade das construções e fundações;
IX - o entendimento das condições climáticas, acústicas, lumínicas e
energéticas e o domínio das técnicas apropriadas a elas associadas;
X - as práticas projetuais e as soluções tecnológicas para a preservação,
conservação, restauração, reconstrução, reabilitação e reutilização de edificações,
conjuntos e cidades;
XI - as habilidades de desenho e o domínio da geometria, de suas aplicações e
de outros meios de expressão e representação, tais como perspectiva, modelagem,
maquetes, modelos e imagens virtuais;
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XII - o conhecimento dos instrumentais de informática para tratamento de
informações e representação aplicada à arquitetura, ao urbanismo, ao paisagismo e
ao planejamento urbano e regional;
XIII - a habilidade na elaboração e instrumental na feitura e interpretação de
levantamentos topográficos, com a utilização de aerofotogrametria, fotointerpretação
e sensoriamento remoto, necessários na realização de projetos de arquitetura,
urbanismo e paisagismo e no planejamento urbano e regional.
6.4. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)
As Diretrizes Curriculares Nacionais apresentadas pelo MEC na Resolução nº 2,
de 17 de junho de 2010, dispõem que o conteúdo mínimo do Curso de Arquitetura e
Urbanismo divide-se em três partes interdependentes:
a) Matérias de Fundamentação, constituindo-se em conhecimentos
fundamentais e integrativos de áreas correlatas;
b) Matérias Profissionais, constituindo-se em conhecimentos que caracterizam
as atribuições e responsabilidades profissionais;
c) Trabalho de Curso.
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais temos:
O Núcleo de Conhecimentos de Fundamentação será composto por
saberes que forneçam o embasamento teórico necessário para que o futuro
profissional possa desenvolver seu aprendizado e será integrado por:
Estética e História das Artes; Estudos Sociais e Econômicos; Estudos
Ambientais; Desenho e Meios de Representação e Expressão.
O Núcleo de Conhecimentos Profissionais será composto por saberes
destinados à caracterização da identidade profissional do egresso e visa a
contribuir para o aperfeiçoamento da qualificação profissional do formando,
sendo constituído por: Teoria e História da Arquitetura, do Urbanismo e do
Paisagismo; Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de Paisagismo;
Planejamento Urbano e Regional; Tecnologia da Construção; Sistemas
Estruturais; Conforto Ambiental; Técnicas Retrospectivas; Informática
Aplicada à Arquitetura e Urbanismo; e Topografia.
Para atender aos saberes desses dois Núcleos de Conhecimentos, o conteúdo
curricular do Curso de Arquitetura e Urbanismo organiza-se pela sequência de
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disciplinas projetuais, que corresponde a 60% da carga horária, pela sequência de
disciplinas de teoria e história e pelo elenco de disciplinas optativas que são
responsáveis pelo restante da integralização da carga horária do Curso.
Desse modo, além de atender às características do perfil do egresso e das
competências e habilidades já expostos anteriormente, reafirma-se a ênfase no
caráter prático e profissionalizante da formação dos nossos alunos, mas sem,
contudo, abdicar da necessária formação teórica e conceitual, que está subjacente a
toda atividade que exige, no seu fazer, criticidade, criatividade e domínio técnico.
Assim sendo, a sequência de disciplinas projetuais guarda uma especificidade
própria, no tocante às suas características didático-pedagógicas e de carga horária.
No tocante à sua característica didático-pedagógica, as disciplinas que compõem
esta sequência (Projeto, Urbanismo, Paisagismo e outras) apresentam como
característica fundamental, e que as distinguem das demais disciplinas do Curso de
Arquitetura e Urbanismo, o fato de sintetizarem em seu produto final, isto é, no
projeto (seja ele na escala do objeto, do edifício, da paisagem ou da cidade), a
síntese de conhecimentos originados em diversas outras áreas de conhecimento ou
disciplinas, tais como: Expressão e Representação, Teoria da Arquitetura, História
da Arquitetura, Estética e História da Arte, Estabilidade das Construções (Física,
Geometria e Resistência dos Materiais), Materiais e Técnicas de Construção,
Conforto Ambiental, Sistemas Prediais, Sistemas Construtivos (Concreto, Madeira e
Metálica), Estudos Socioeconômicos, Informática etc. Decorrente da complexidade
deste fazer projetual, essas disciplinas, para desenvolverem os seus conteúdos,
contam com uma carga horária de 8 horas-aula semanais e uma relação
professor/aluno na proporção de 1/15 (considerando-se uma variação de 20% a
mais ou a menos), o que faz com que essas disciplinas não sejam confundidas com
as tradicionais disciplinas laboratoriais ou de características teórico-práticas, cuja
relação professor/aluno é de 1/25 (considerando-se uma variação de 20% para mais
ou para menos).
Importante salientar que essa relação professor/aluno, para as disciplinas de
caráter projetual do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana
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Mackenzie, funciona como uma marca relevante que o distingue quando comparado
com outros cursos de IES congêneres.
A matriz curricular do Curso é organizada de forma a propiciar a
interdisciplinaridade de conteúdos por meio de uma organização didático-
pedagógica que privilegia o agrupamento de saberes por competências e
habilidades e que se estrutura por meio de atividades, procurando, assim, contrapor-
se à excessiva fragmentação e compartimentação dos conhecimentos decorrentes
do excessivo número de disciplinas.
Com isso, as práticas didáticas de ensino e aprendizagem contemplam os mais
diferentes modos e atendem, em sua plenitude, o preceituado no parágrafo 5° do
artigo 6° das DCN, tais como: aulas expositivas, exercícios práticos, seminários,
discussões em grupos, palestras, filmes, confecção de modelos em escala reduzida
e em escala natural, atividades desenvolvidas em grupos de alunos e
individualmente, atividades de experimentação, utilização de softwares de
modelagem e de prototipagem rápida, apoio da biblioteca e de banco de dados,
viagens de estudo para conhecimento do acervo urbanístico-arquitetônico de obras
históricas e contemporâneas, visitas in loco de canteiro de obras e fragmentos
urbanos, glebas e terrenos de locais de implantação dos exercícios projetuais
propostos, desenvolvimento de pesquisas fundamentadas em arcabouços técnicos e
científicos, prestação de serviços à comunidade intermediados pelo escritório-
modelo Mosaico, exposições e concursos. Complementam essas práticas didáticas
de ensino e aprendizagem, o canteiro experimental, o estágio supervisionado, as
atividades complementares, o ateliê vertical e a possibilidade de complementação
curricular oferecida pelas disciplinas eletivas.
O Trabalho de Curso, neste Projeto denominado TFG – Trabalho Final de
Graduação, no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, organiza-se em duas disciplinas semestrais, denominadas TFG I e TFG
II, oferecidas na 9ª e 10ª etapas, e que são constituídas por 4 atividades: Orientação
Acadêmica (TFG – atividade 1), Exercício Projetual (TFG – atividade 2),
Fundamentação e Crítica (TFG – atividade 3) e Experimentação (TFG – atividade 4).
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O Trabalho de Curso conta com regulamento aprovado pelas instâncias colegiadas
do Curso, da Faculdade e da Universidade (Resolução CONSU 18/2001). A partir da
implantação deste Projeto Pedagógico este regulamento será atualizado.
6.5. Requisitos de ingresso ao Curso
O processo seletivo de ingresso ao Curso de Arquitetura e Urbanismo segue o
estabelecido no artigo 2°, do capítulo I, da Resolução da UPM n° 01/2012, de 03 de
Janeiro de 2012, a qual define que a seleção e a classificação de candidatos à
matrícula inicial, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, será regida por edital
próprio que contemple os procedimentos, critérios, requisitos e prazos sobre o
vestibular.
No caso específico do Curso de Arquitetura e Urbanismo, as provas de
conhecimentos gerais são precedidas pela prova de habilidade específica que
objetiva avaliar, em linhas gerais, o grau de aptidão do candidato sobre o domínio da
linguagem do desenho, no tocante à sua representação e expressão. Esta prova tem
caráter classificatório e não eliminatório.
Conforme determinações da Reitoria da Universidade, há a possibilidade de
destinação de vagas do Curso de Arquitetura e Urbanismo a alunos que realizaram
o ENEM e ingressam na Universidade através do PROUNI.
6.6. Aspectos metodológicos do processo de ensino-aprendizagem
O Projeto Pedagógico Institucional, contido no PDI da UPM, estabelece que a
abordagem pedagógica da UPM é uma abordagem interacionista, pois tem como
ênfase um trabalho pedagógico de docentes e discentes com os conhecimentos
específicos das diversas áreas de formação, que considera os processos que levam
os alunos a alcançarem os resultados de desenvolvimento intelectual, profissional e
pessoal, favorecendo a progressão de novos conhecimentos dentro de cada área.
A abordagem exige que o professor parta de conhecimentos cotidianos dos
alunos, aprofunde os conceitos teóricos e científicos com eles e busque como
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52
resultado o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes no aluno ao
longo do curso.
Buscar o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes não pode ser
concebido como um esvaziamento do conteúdo, em favor de um trabalho centrado
nas experiências e nos desejos dos alunos. Por sua vez, o conteúdo também não
pode ser concebido como um instrumento de motivação da aprendizagem do aluno.
Pelo contrário, o conteúdo a ser trabalhado deve ser considerado como um conjunto
de conceitos teóricos, sistematicamente relacionados, concebidos com base no
conhecimento acumulado pelos pesquisadores da área ao longo da história. Assim
considerado, o conteúdo disciplinar é fortalecedor da capacidade de organização
hierárquica dos conceitos e do pensamento dos alunos, bem como de suas
habilidades de lidar com ele nas situações cotidianas, tanto técnicas, acadêmicas,
como éticas.
A partir dessa abordagem de caráter interacionista, o curso incentiva o
protagonismo estudantil no processo de ensino-aprendizagem. O que se propõe ao
aluno, inclusive no âmbito das DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) é que seja
ativo no desenvolvimento das habilidades, competências e atitudes que o conteúdo
demanda. As metodologias de ensino devem favorecer esse protagonismo,
utilizando-se de técnicas consideradas ativas, como pesquisa, resolução de
problemas, estudos de caso, entre outras que poderão ser desenvolvidas. Essa
abordagem pedagógica cria condições para o desenvolvimento da capacidade do
aluno de “aprender a aprender”, incentivando-o à busca de informação e da
formação continuada exigida para a sua atuação na sociedade.
Diante do exposto, entende que o modo como o professor desenvolve o processo
de ensino e aprendizagem permitirá o desenvolvimento do aluno. Professor,
conteúdo e aluno desempenham papeis fundamentais e complementares.
O papel do aluno no processo de aprendizagem é um papel ativo. Os professores
são orientados a desenvolverem um trabalho que confirma os valores de formação
integral do homem, confirmando os valores bíblicos e cristãos de que o homem é
uma criatura que deve se responsabilizar pelos seus atos que deve agir com
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responsabilidade e com princípios de sustentabilidade no uso de recursos da
natureza e que deve agir em direção ao outro, com respeito e valorização pelo outro
como criatura semelhante a si.
Nessa direção e em consonância com os princípios filosóficos da UPM, trabalha-
se a partir dos quatro pilares da educação desenvolvidos por Jacque Delors e sua
equipe e divulgados pelo relatório da Comissão Internacional para a Educação no
Século XXI para a UNESCO (1996): aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a conviver e aprender a ser. Assim, as práticas de ensino desenvolvidas
pelos docentes devem considerar as metodologias de ensino ativas que promovam
o desenvolvimento de competências e habilidades requeridas na formação integral
do educando e na sua formação para o trabalho, nas diversas carreiras de nível
superior.
Outro aspecto importante no desenvolvimento do ensino é a integração,
simultânea, entre teoria e prática. Isso deve ser revelado pelo professor e pelas
estratégias que ele utilizar desde a proposição dos objetivos de aprendizagem
expressos nos Planos de Ensino, de maneira a declararem a inter-relação de
competências e habilidades, até o desenvolvimento das atividades de aprendizagem
na aula, que utilizem estratégias que promovam a articulação entre o saber fazer e o
saber conhecer do aluno além de desenvolverem atitudes específicas na direção do
saber ser.
Assim, o processo de ensino e aprendizagem ganha relevância. O ensino não
será centrado no professor, apesar de sabermos que é ele que articula inicialmente
os saberes e a prática ao planejar sua aula; mas não é também centrado no ativismo
do aluno. Há uma articulação entre os saberes da área, os saberes do professor e
as ações do aluno com estes saberes no processo de se apropriar e conhecer e de
desenvolver suas competências.
A gestão da sala de aula é de extrema importância para uma instituição de
ensino que promove a pesquisa e a extensão e que o faz a partir de valores e
princípios fundamentados na fé cristã. Nossa prática de gestão prioriza o respeito ao
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ser humano e a responsabilidade pelo uso responsável e sustentável dos recursos
naturais.
Os procedimentos metodológicos que caracterizam o processo de ensino-
aprendizagem, no Curso de Arquitetura e Urbanismo, guardam particularidades
decorrentes das três características do desenvolvimento e da forma de abordagem
dos conteúdos programáticos, que se configuram em disciplinas de caráter prático,
teórico-prático e teórico correspondentes a uma relação professor/aluno de 1/15,
1/25 e 1/50, respectivamente (considerando-se, sempre, uma variação de 20% para
mais ou para menos). Tais características sugerem procedimentos que transitam
desde a tradicional aula expositiva, conduzida quase que exclusivamente pelo
professor (disciplinas teóricas), até aquela que parte de temáticas previamente
definidas e cujos resultados se dão por meio de processos reflexivos que utilizam
preferencialmente a linguagem do desenho e que buscam, por meio de
aproximações sucessivas, a solução mais adequada possível à temática que deu
origem a esse processo (como é o caso das disciplinas práticas).
A gestão da sala de aula implica, também, na gestão do conteúdo e da forma de
desenvolvimento do mesmo, na gestão das condutas e de relações interpessoais e
na gestão da aprendizagem. O alvo maior é o desenvolvimento do aluno e o
atendimento às necessidades dele para a aquisição das competências necessárias
à sua área.
Temos que ter clareza de que o objetivo da docência é a aprendizagem e o
aperfeiçoamento do aluno e dos conhecimentos que este tem, é a formação do
aluno para melhor atuação ética e profissional. Para se atingir este objetivo, o
professor deve imprimir esforços didáticos para organizar e desenvolver os
programas com diversos métodos de ensino utilizados para alcançar diferentes
modos e estilos de aprendizado dos alunos.
Ao assim proceder, o professor terá uma interação com seus alunos e provocará
uma interação entre eles, além de se relacionar com todos os aspectos
administrativos da escola, a fim de que a sala de aula tenha um funcionamento
adequado.
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55
Avaliação da aprendizagem
O processo de avaliação deverá fornecer dados para os professores sobre o
processo de desenvolvimento das competências propostas para cada componente
curricular. A avaliação será diagnóstica e formativa na medida em que puder auxiliar
professor e aluno a fazerem ajustes durante o período de aprendizagem. Haverá, a
cada semestre, um momento de avaliação acumulativa, em que os resultados serão
aferidos e registrados para fins de aprovação. A avaliação será realizada por meio
de instrumentos diversificados, como relatórios, apresentação de trabalhos,
trabalhos de equipes, portfólios, provas escritas ou orais entre outros instrumentos
que se fizerem necessários para a verificação do alcance das habilidades e
competências, bem como atitudes elencadas no Plano de Ensino. A avaliação do
processo de aprendizagem está disciplinada no Regimento da Universidade e no
Regulamento de Graduação (Ato da Reitoria 07/2012 e 08/2012 e Resolução
CONSU 01 /2012).
A avaliação da aprendizagem é um processo que realimenta tanto o
desenvolvimento do aluno como os processos de ensino e aprendizagem
desenvolvidos pelos docentes, portanto a UPM tem como meta desenvolver estudos
permanentes para o aperfeiçoamento desse processo, aprimorando as práticas
avaliativas dos professores e estimulando o uso excelente de recursos tecnológicos
voltados para esse fim.
Não obstante as estratégias metodológicas adotadas por cada disciplina, um
fator que, obrigatoriamente, tem que ser intrínseco a todas elas, é o entendimento
de que todo o processo de avaliação é parte integrante do processo de ensino-
aprendizagem.
6.7. Estratégias de flexibilização curricular
Como estratégias de flexibilização curricular, o Curso opera na esfera das
atividades complementares, com a implementação e modernização da gestão das
Atividades Para-curriculares de Atribuições Profissionais (APAP), detalhadas no item
7.2; com o elenco das disciplinas optativas, ofertadas às 6ª, 7ª e 8ª etapas do Curso;
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56
com as disciplinas eletivas, entendidas aqui como o conjunto de disciplinas
oferecidas pela totalidade dos cursos da Universidade Presbiteriana Mackenzie; com
os tópicos especiais, instrumentos estes totalmente desvinculados de qualquer
programação e conteúdos definidos a priori e, portanto, abertos para serem
preenchidos por qualquer evento acadêmico que vá ao encontro da
complementação de saberes ligados diretamente à formação profissional ou de
natureza simplesmente cultural; com a implantação, à semelhança da APAP, de
sistema de pontuação para as atividades de experimentação; e com a
implementação das relações com o programa de pós-graduação, por meio do
estágio docente, dos grupos de pesquisa, das orientações em programas de
iniciação científica e da docência junto às disciplinas da graduação.
Com base no princípio da formação continuada, preferencialmente de seus
egressos, e de acordo com as efetivas demandas da atividade profissional, o Curso
conta com um Programa de Cursos de Extensão, presenciais e a distância, cursos
esses que terão o papel de manter e aprofundar o relacionamento entre a graduação
e o programa de pós-graduação stricto e lato sensu da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo. Os cursos de extensão são oferecidos por professores, grupos de
professores ou por grupos de pesquisa oriundos do Curso de Arquitetura e
Urbanismo.
6.7.1. Estratégias de internacionalização
Dentre todos os instrumentos do processo de ensino e aprendizagem e os
diversos componentes curriculares aqui propostos, a mobilidade é, certamente, um
dos mais importantes.
Associada à pretendida flexibilidade na composição da trajetória do estudante
em seu período de graduação, a mobilidade se dá pelo estímulo à participação e
envolvimento com instituições de ensino, pesquisa ou de extensão, no Brasil e no
exterior. Neste contexto a internacionalização tem papel de destaque.
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57
A participação do Curso de Arquitetura e Urbanismo em redes internacionais de
ensino, pesquisa e extensão, que já tem sido uma prática, deve ser fortemente
ampliada e incentivada.
Políticas existentes na Universidade, como a de gratuidade para alunos que
participem dos programas de mobilidade e de concessão de bolsas para professores
fazerem pesquisas e participarem de programas de Pós – Doutorado no exterior,
serão complementados pela regulamentação de acolhimento de professores
visitantes.
São elementos primordiais na estratégia de internacionalização do Curso de
Arquitetura e Urbanismo, os contatos promovidos por seus docentes quando da
oportunidade de participação em eventos acadêmicos internacionais abrigados em
instituições de ensino superior estrangeiras de renome e de credibilidade acadêmica
reconhecidas. Tais contatos procuram firmar convênios com a finalidade precípua de
garantir não só a mobilidade, especificamente, como também intensificar o
intercâmbio acadêmico proveniente de parcerias relacionadas a projetos de
pesquisa e de organizações conjuntas de eventos científicos.
No que concerne à estratégia de internacionalização, de forma geral, e à de
mobilidade acadêmica, de forma particular, definida pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e, particularmente, o Curso de
Arquitetura e Urbanismo, não só se inserem nessa estratégia como, a partir dela,
complementam a flexibilização curricular disponibilizada aos nossos alunos com o
programa de intercâmbio acadêmico, consubstanciado em convênios firmados com
Instituições de Ensino Superior na América Latina, América do Norte, Europa e
África. Como já dito, esta política de convênios deverá ser fortalecida e ampliada
para a Ásia e Oceania.
Neste sentido, o Curso conta com o apoio da COI – Coordenadoria Internacional
e Interinstitucional do Gabinete do Reitor e com um representante internacional,
RINT – ligado ao Gabinete do Diretor da unidade.
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58
6.7.2. Estratégias de interdisciplinaridade
Norteada pelos conceitos expostos no PDI, a interdisciplinaridade para o Curso
de Arquitetura e Urbanismo se dá, de forma geral, pela consolidação dos eixos
temáticos como elementos estruturadores do Curso. Tais eixos não se caracterizam
tão somente pela verticalidade e/ou horizontalidade de conhecimentos, mas, sim,
pela transversalidade destes, permeando, portanto, os diversos saberes que os
caracterizam. Esta organização deve possibilitar, inclusive, ações conjuntas com
outras unidades universitárias internas ou externas à Universidade Presbiteriana
Mackenzie e o estabelecimento de programas de extensão e/ou dupla titulação.
De forma específica, podemos afirmar sem sombra de dúvida que, pela própria
característica do desenvolvimento dos conteúdos nas disciplinas projetuais (cuja
contribuição na carga horária total do curso é superior a 60%), o mesmo ocorre
segundo o modo de pensar e refletir que são dados pela interdisciplinaridade e pela
transversalidade de saberes e, portanto, estão intrinsecamente ligados ao fazer
dessas disciplinas, conferindo, a esse modo de pensar e refletir, o status de que,
sem ele, não se produz arquitetura, pela própria condição de interfaces que a
mesma guarda com outras áreas de conhecimento. Em outras palavras, para o fazer
projetual é condição sine qua non o pensamento interdisciplinar.
A título de complementaridade desse processo interdisciplinar, será dada
prioridade aos sistemas de avaliação do processo de ensino e aprendizagem e à
proposição de exercícios e projetos acadêmicos baseados nas habilidades e
competências do estudante, indicando a superação da visão disciplinar fragmentada.
Será priorizada a interdisciplinaridade horizontal de conteúdos entre as
disciplinas, por meio da seleção de temáticas afins e complementares e da
proposição de exercícios práticos comuns às disciplinas localizadas em cada etapa
do curso.
A interdisciplinaridade também está presente nos seguintes componentes
curriculares do Curso de Arquitetura e Urbanismo: na organização da grade
curricular; na organização das disciplinas por atividades e que organizam seus
conteúdos por agrupamentos de competências e habilidades; na disciplina do TFG;
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59
nas Atividades Para - Curriculares de Atribuições Profissionais – APAP; no ateliê
vertical; nas atividades de experimentação; na semana “viver metrópole”; nas
disciplinas eletivas e na organização dos tópicos especiais.
É no contexto da já mencionada transformação por que passou o Curso nos
últimos dez anos que se coloca a implantação plena dos eixos temáticos, espaço
didático – pedagógico privilegiado para o estabelecimento do diálogo, das trocas, do
realinhamento e da organicidade entre os vários instrumentos e os vários institutos
em que se organiza o ensino em nossa Faculdade. De disciplinas a atividades, de
programas a projetos especiais, da graduação à pós – graduação.
A implantação plena dos eixos temáticos depende, necessariamente, da
compreensão de que esta ação significa uma alteração estrutural na organização do
ensino (e da pesquisa e da extensão).
Basta perceber que enquanto no extinto sistema departamental se privilegiava a
apropriação do conhecimento de forma fragmentada, especializada e cumulativa
através de disciplinas autóctones, num modelo que prevê desmontar para entender,
no atual sistema se privilegiam a apropriação e a produção do conhecimento, o que
se dá através da aproximação sucessiva às totalidades inerentes aos objetos de
estudo da Arquitetura e Urbanismo. Neste caso prática e teoria, experimentação,
fundamentação e crítica se realinham constantemente, de forma articulada e
orgânica.
Enfim, trata-se de uma organização que está ligada a uma compreensão do
ensino, da pesquisa e da extensão baseada na amplitude, na horizontalidade e na
complementaridade dos conhecimentos e das ações, em contraposição à
organização departamental que estava baseada numa visão especializada,
compartimentalizada (departamentalizada), fragmentada e hierarquizada deste
conhecimento.
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6.7.3. Estratégias de integração com a pós-graduação
A pós-graduação é um sistema de formação intelectual integrado às Unidades
Universitárias, que privilegia a pesquisa e o ensino, objetivando o aprofundamento
dos conhecimentos acadêmicos e técnico-profissionais, em campos específicos do
saber. Na UPM, a pós-graduação estrutura-se por meio dos cursos de pós-
graduação stricto sensu - mestrado e doutorado - e lato sensu – cursos de
aperfeiçoamento e especialização – que são oferecidos pela Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo.
A integração entre graduação e pós-graduação ocorre no âmbito das duas linhas
de pesquisa nas quais são desenvolvidas as atividades dos grupos de pesquisa da
escola, a saber: “Arquitetura moderna e contemporânea: representação e
intervenção” e “Urbanismo moderno e contemporâneo: representação e
intervenção”. Tais linhas de pesquisa envolvem a reflexão sobre o projeto
arquitetônico e urbanístico moderno e contemporâneo em suas diferentes
dimensões, limites e potencialidades.
Nesse contexto, as estratégias de integração entre graduação e pós-graduação
podem ser assim colocadas:
- integração de alunos e professores da graduação e da pós-graduação nos
grupos de pesquisa, no desenvolvimento de projetos de pesquisa e na organização
de eventos acadêmicos;
- rebatimento e incorporação de resultados de pesquisas nos conteúdos didático-
pedagógicos das disciplinas regulares do curso de graduação e nas disciplinas da
pós-graduação, tanto nos cursos de lato sensu quanto nos de stricto sensu;
- oferta de disciplinas optativas vinculadas às problemáticas abordadas pelos
grupos de pesquisa;
- palestras, aulas especiais e incentivos à participação dos estudantes de
graduação nas atividades de pesquisa por meio de eventos programados pela
Coordenadoria de Pesquisa e pela Coordenadoria de Pós Graduação da unidade;
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61
- desenvolvimento de projetos de iniciação científica pelos alunos da graduação
vinculados aos temas e objetivos de investigação dos grupos de pesquisa, com a
publicação dos trabalhos em eventos de caráter acadêmico e científico, tais como as
Jornadas de Iniciação Científica da UPM;
- participação de alunos da pós-graduação – mestrado e doutorado – no
programa de Estágio Docente junto a disciplinas da graduação cujos conteúdos
estejam relacionados com seus temas de pesquisa, colaborando na preparação de
materiais e em atividades didático-pedagógicas sob a supervisão do professor
responsável pela disciplina.
6.7.4. Possibilidades de integralização de disciplinas fora da grade curricular como
eletivas
Dentre as características de interface que o Curso de Arquitetura e Urbanismo
guarda com diversas áreas do conhecimento, é plenamente normal que o mesmo
estimule os seus alunos a cursarem disciplinas de caráter eletivo. Essas disciplinas
são entendidas, aqui, como o conjunto de disciplinas oferecidas pela totalidade dos
cursos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, não incluídas no currículo pleno do
Curso de Arquitetura e Urbanismo que, em assim sendo, confere-lhe o caráter de
uma disciplina extracurricular.
Desse modo, o aluno interessado em cursar disciplinas eletivas deve atentar para
as exigências de pré-requisito, compatibilidade de horário e solicitar sua matrícula.
Importante salientar que as disciplinas eletivas cursadas terão suas cargas
horárias computadas para efeito de integralização curricular do Curso de Arquitetura
e Urbanismo como atividade complementar, não substituindo nenhuma disciplina ou
atividade obrigatória.
As disciplinas eletivas cursadas pelo aluno deverão ser grafadas diretamente em
seu histórico escolar, não sendo conferido diploma ao interessado. A carga horária
destas deverá ser utilizada para fins de pontuação nas atividades culturais da APAP
– Atividades Para - Curriculares de Atribuições Profissionais.
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6.8. Políticas institucionais de apoio discente
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em cumprimento à sua visão e missão
e em consonância com seus valores, preocupa-se com o desenvolvimento integral
de seus alunos. Uma formação integral deve considerar o aluno em seus aspectos
cognitivos, afetivos, físicos e espirituais. Essa preocupação se traduz na criação de
setores específicos para atendimento e em programas especiais de apoio aos
alunos.
Assim, institucionalizou-se a Coordenadoria de Apoio Discente, órgão do
Decanato Acadêmico subordinado à Reitoria. Tal coordenadoria é responsável pela
orientação e pelo acompanhamento das atividades acadêmicas do estudante na
Instituição e na Sociedade. Ela atua no incentivo e divulgação de eventos
acadêmicos, tais como congressos, encontros e seminários, além de incentivar o
intercâmbio acadêmico nacional e internacional, como também acompanha a
execução, nas Unidades Universitárias, das políticas de monitoria, estágios, trabalho
de graduação interdisciplinar e atividades complementares e, por final, divulga os
trabalhos e a produção científica e tecnológica dos discentes.
Outra atividade dessa coordenadoria, em parceria com as Unidades
Universitárias, é o apoio psicopedagógico aos alunos que apresentam alguma
dificuldade no acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto,
conta com o apoio dos cursos de Psicologia e Pedagogia. Os discentes contam
também com o acompanhamento espiritual, desenvolvido pela Capelania, e com o
programa de bolsas de estudos, sob a responsabilidade da gerência de
Responsabilidade Social do Instituto Presbiteriano Mackenzie.
Na esfera da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, especificamente por meio
da Coordenação do Colegiado do Curso de Arquitetura e Urbanismo, procura-se
manter um canal aberto de diálogo com os alunos de forma geral, disponibilizando a
eles seis horários semanais para agendamento de reuniões (três horários para cada
período de funcionamento do Curso) e, de forma específica e institucional, com os
representantes de classe, como também com os representantes estudantis nos
Colegiados e Comissões, convidando-os para reuniões que têm como objetivo
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63
principal torná-los agentes participativos do processo de gestão acadêmica e
didático-pedagógica do Curso.
A partir da constatação de lacunas de formação, identificadas nos alunos
ingressantes, particularmente em conhecimentos das áreas de geometria,
matemática, português e de desenho, conhecimentos estes de fundamental
importância e basilares para a assimilação mais eficaz dos conteúdos programáticos
com os quais irão se defrontar, o Curso oferece um programa de atividades,
intitulado “Projeto de Apoio Pedagógico”, a ser oferecido a esses alunos na 1ª e 2ª
etapas do Curso a serem realizadas aos sábados, com a finalidade específica de
sanar as deficiências de formação mencionadas, oriundas do ensino médio.
6.9. Políticas de egressos
A Comissão Própria de Avaliação (CPA), atendendo à legislação vigente, por
meio de instrumento adequado, colhe informações junto aos egressos, buscando
estabelecer seu grau de empregabilidade e a satisfação do aluno frente ao mercado
de trabalho. Com essas informações, é redigido um relatório que fica à disposição
da comunidade acadêmica.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie e o Instituto Presbiteriano Mackenzie
instituíram o Programa “Para Sempre Mackenzista”, para acompanhamento dos
egressos, destinado a oferecer ao ex‐aluno oportunidades de educação continuada
nos cursos e programas de extensão e de pós-graduação (atualização,
aperfeiçoamento, especialização, mestrado ou doutorado) e, ainda, oferecer
informações sobre oportunidades profissionais para a inserção no mercado de
trabalho, bem como levantar informações sobre a vida profissional desse ex‐aluno,
para verificar a parcela de contribuição relevante que o Mackenzie desempenhou
nesse processo.
O Programa objetiva, também, realizar ações de captação de recursos junto aos
antigos alunos, os quais serão destinados ao “Fundo de Bolsistas”, que ajudará na
formação de inúmeros adolescentes e jovens que não teriam oportunidade de
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ingressar no Ensino Superior e também em uma eventual revitalização do Centro
Histórico Mackenzie.
O programa é composto, também, de um pacote de benefícios para os antigos
alunos, tais como:
Acesso às Bibliotecas, central e setoriais, para empréstimo de livros;
Descontos em livrarias conveniadas com a UPM e também na Livraria do
Mackenzie;
Recebimento do periódico “Maria Antônia” e da própria “Revista do
Mackenzie”;
Notícias de oportunidades de emprego;
Parcerias com fornecedores do Mackenzie, para a oferta de benefícios para
os alunos, tais como: participação em shows, exposições, jogos etc.
No tocante ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, a relação com seus egressos
se dá mediante a oferta de cursos de pós-graduação, tanto ao nível do stricto sensu
(mestrado e doutorado) quanto do lato sensu (especializações), configurando a tão
necessária formação continuada pela divulgação e participação em suas atividades
acadêmicas (congressos, seminários, workshops, exposições etc.); pela participação
pontual em atividades programadas pelas disciplinas (palestras e apresentações de
trabalhos e de experiências profissionais relevantes); e pela participação, como
membros convidados, nas bancas finais do Trabalho Final de Graduação.
6.10. Políticas de ética em pesquisa
Os Comitês de Ética em Pesquisa (CE) da Universidade Presbiteriana
Mackenzie são colegiados interdisciplinares, de caráter consultivo, deliberativo e
educativo, criados para defender os interesses dos sujeitos de pesquisa (humanos e
animais) em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da
pesquisa dentro de padrões éticos. O CE tem a função de divulgar, no âmbito da
Instituição, normas relativas à ética em pesquisa envolvendo seres humanos e
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procedimentos deste Comitê; receber dos sujeitos da pesquisa ou de qualquer outra
parte denúncias de abusos ou notificação sobre fatos adversos que possam
contribuir para a alteração do curso normal do estudo apreendido; requerer
instauração de sindicância à Reitoria desta Universidade em caso de denúncias
éticas nas pesquisas; analisar e emitir pareceres sobre o aspecto ético em
pesquisas realizadas com seres humanos.
Devem ser submetidos ao CE:
Projetos que, em sua metodologia, se utilizem de possíveis técnicas invasivas
ao ser humano;
Projetos de pesquisa desenvolvidos paralelamente (não curriculares) às
atividades docentes e discentes;
Quando há exigência do número de Certificado de Apresentação para
Apreciação Ética (CAAE) pelas agências de fomento e/ou publicações científicas.
A política de ética em pesquisa na área da Arquitetura e do Urbanismo segue as
normas que regem os Comitês de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
As relações entre Ética e Arquitetura e Urbanismo se fortalecem quando os
aspectos socioambientais se tornam progressivamente decisivos, decorrentes da
rápida expansão do processo de urbanização e do consagrar-se da vida
eminentemente urbana no planeta. Portanto, é cada vez mais premente o
desenvolvimento de estudos envolvendo a produção do espaço urbano e
metropolitano e a vida em sociedade, no que diz respeito às suas correlações
amplas, de natureza econômica e de gestão. Assim sendo, a prática da Arquitetura e
do Urbanismo não pode prescindir da ética, definida como o conjunto de valores e
princípios orientadores da conduta humana face à sociedade. Profundas
desigualdades marcam o estabelecimento humano no meio urbano de hoje, valores
éticos fundamentam a aspiração de equilíbrio e o atendimento às várias
necessidades, incidindo de forma direta na prática e no pensamento arquitetônicos.
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66
6.11. Políticas institucionais de apoio docente
O cuidado com a seleção, o apoio, o reconhecimento e a formação continuada
dos docentes da UPM é uma das grandes políticas para que se efetive e cumpra a
Visão e Missão da Instituição, garantindo, dessa maneira, a excelência almejada.
Assim, a UPM tem adotado algumas práticas tanto institucionais como no âmbito
dos cursos.
A Universidade conta com a Coordenadoria de Apoio Docente do Decanato
Acadêmico. Esta Coordenadoria coloca em ação as estratégias da Reitoria, no que
se refere à formação continuada dos docentes da UPM. As ações englobam desde a
Semana de Preparação Pedagógica, que ocorre todo início de semestre, em
parceria com as Unidades Acadêmicas, a promoção e apoio a eventos e congressos
que tratam de questões relacionadas aos processos de ensino e aprendizagem, até
os programas de formação em forma de Diálogos sobre a Prática Docente e de
cursos de Didática do Ensino Superior, este mantido pelo Curso de Pedagogia. As
Unidades Acadêmicas também podem contar com a coordenadoria para o apoio no
processo de planejamento de ensino e avaliação. Cabe ainda mencionar o incentivo
às atividades que vão ao encontro de ampliar a formação continuada dos docentes
com a implementação da realização de projetos de pesquisa sobre o ensino que
objetivem o desenvolvimento de novas metodologias e reflexões a respeito de
estruturas curriculares, práticas pedagógicas e de aprendizagem, avaliação e outros
aspectos relacionados à docência.
Além dos programas de formação continuada, a Universidade oferece apoio aos
docentes que irão estudar fora da Universidade, ou docentes visitantes em outras
instituições, e para o desenvolvimento de pesquisas. A Orientação Normativa
01/2012, da Reitoria, de 23 de fevereiro de 2012 estabeleceu as normas que dão
curso aos incentivos para a participação dos docentes da Pós-Graduação como
professores visitantes em outras instituições e para outras atividades de docência e
de pesquisa em instituições no Brasil ou no exterior. A Ordem Interna 32/2012, de 12
de novembro de 2012 criou o Programa de Apoio aos docentes da UPM em
Estágios de Pós-Doutoramento em instituições de ensino nacionais e no exterior,
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com o objetivo de promover a pesquisa, a interinstitucionalização e a
internacionalização da UPM na esfera da graduação e da pós-graduação, com uma
linha de fomento específica do Fundo MackPesquisa para essa finalidade.
Parte importante do Apoio Docente é representada pelo suporte institucional à
participação dos professores da graduação e da pós-graduação em eventos
científicos nacionais e internacionais, incentivando a publicação e divulgação de
resultados das pesquisas desenvolvidas por esses professores, no sentido de
fortalecer os vínculos com a comunidade científica nacional e internacional. Também
é disponibilizada aos nossos docentes a possibilidade de se engajarem, por seis
meses, e mediante carta-convite de Instituição Superior estrangeira, no programa de
Mobilidade Acadêmica Internacional, com vistas ao enriquecimento acadêmico,
científico e cultural. Tais incentivos e diretrizes encontram-se consolidados na
Ordem Interna da Reitoria N° 25/2011, de 6 de outubro de 2011 e regulamentações
da Unidade. O corpo docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo participa
ativamente e se beneficia dessas políticas institucionais protagonizadas pela UPM.
Apesar da exigência de titulação mínima de mestre para a contratação de novos
docentes, que perdura desde 2001, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, e
particularmente o Curso de Arquitetura e Urbanismo, procuram incentivar e apoiar
seus professores para que busquem o aprimoramento acadêmico por meio dos
cursos de doutorado e estágios de pós-doutoramento ofertados, tanto pelo programa
de pós-graduação stricto sensu, da própria Unidade Universitária, quanto pelos
outros programas de pós-graduação ofertados pela Universidade. Ressalte-se que o
os professores inscritos nos cursos de mestrado e doutorado da Universidade, em
Arquitetura e Urbanismo ou em outras áreas, têm bolsa integral.
6.12. Políticas de comunicação institucional
A Visão e Missão regem o espírito que permeia as práticas de comunicação
interna e externa na UPM. Nesse sentido, a comunicação deve apresentar um fluxo
claro e ágil, tanto com os órgãos internos quanto externos. Para tanto, há um órgão
e setores exclusivos, tais como a ouvidoria e as secretarias de curso. Além disso, a
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Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) preza pelo diálogo nas várias esferas
de atuação.
Na UPM, priorizando uma comunicação direta com a comunidade acadêmica e a
comunidade externa, implantou-se, em agosto de 2000, a Ouvidoria. Este setor é
órgão de assessoria da Reitoria e busca facilitar e agilizar os processos de
comunicação na Universidade. Além do mais, a Ouvidoria assume uma posição mais
ampla, diagnosticando problemas e percebendo aspectos positivos em um contexto
de supervisão mais abrangente. Essa atuação é desenvolvida com o objetivo de
levar a Instituição a:
• identificar aspectos dos serviços que os alunos valorizam mais;
• identificar possíveis problemas de várias áreas;
• identificar as ansiedades mais frequentes dos alunos iniciantes;
• ajudar na identificação do perfil dos alunos;
• receber todo tipo de manifestação;
• prestar informação à comunidade externa e interna;
• agilizar processos;
• buscar soluções para as manifestações dos alunos.
Para a atuação eficiente da Ouvidoria, o Ouvidor exerce suas funções com
independência e autonomia, devendo ter, também, livre acesso a todos os setores
acadêmicos, além de:
• representar a comunidade interna e externa junto à Universidade;
• encaminhar manifestações apresentadas aos setores competentes;
• acompanhar o andamento dos processos e seus prazos, até a solução;
• atuar na prevenção e solução de conflitos;
• identificar e sugerir correções de erros e soluções de problemas ao responsável
do órgão em que ocorre.
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69
A despeito de toda a estrutura de comunicação na qual a UPM se apoia, para a
divulgação de informações de caráter institucional e mercadológica e firmar relações
de proximidade com a comunidade acadêmica (alunos, professores e
colaboradores), de forma particular, e com a sociedade, de forma geral, destacamos,
no âmbito acadêmico, além da Coordenadoria de Ouvidoria e Comunicação
Acadêmica, já exposta anteriormente, o website da Instituição (IPM e UPM) e o site
da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; as publicações acadêmicas a cargo da
Editora Mackenzie; o Centro de Rádio e Televisão; a TV Mackenzie; a plataforma
Moodle como veículo privilegiado para a efetivação do ensino a distância (EaD); a
publicação do Guia do Aluno de Graduação que explicita, de forma comentada e
exemplificada, o Regulamento Acadêmico dos Cursos de Graduação. Enfim, é sobre
todas essas estruturas que o Curso de Arquitetura e Urbanismo também se apoia,
direta ou indiretamente, para estreitar com maior eficiência a comunicação com a
sua comunidade acadêmica interna.
No entanto, em que pesem todos os esforços e investimentos da
Universidade e da Mantenedora, como os relatados acima, no universo
particularizado do Curso de Arquitetura e Urbanismo, cria-se a Comissão Mista
constituída de professores, alunos e funcionários, com o objetivo de definir ações
que viabilizem a divulgação e a elaboração de boletins eletrônicos informativos a
serem transmitidos na mídia in door do edifício Christiano Stockler das Neves, onde
se localiza o Curso de Arquitetura e Urbanismo, e nas redes sociais.
6.13. Políticas em Ensino a Distância (EaD) no ensino presencial
A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) estabeleceu objetivos e metas a
serem cumpridos em relação ao Ensino a Distância (EaD):
Ampliar a abrangência e a profundidade da ação da Universidade pela
utilização de ferramentas e sistemas de ensino a distância;
Oferecer um ensino a distância avançado, do ponto de vista tecnológico, via
Internet e em rede local, dando suporte à educação presencial.
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70
Além desses objetivos, propõem-se metas que direcionem as ações futuras
relativas à EaD:
Incrementar a utilização dos sistemas de educação a distância em todos os
níveis de ensino da Universidade;
Ampliar a ação da Universidade em sua relação com a sociedade e suas
ações de ensino, pesquisa e extensão pela utilização dos instrumentos de educação
a distância.
Para o cumprimento dessas metas, a UPM conta com a Coordenadoria de
Ensino a Distância (CE@D), uma unidade acadêmico-administrativa de natureza
consultiva, deliberativa e executiva vinculada ao Decanato Acadêmico, para o
desenvolvimento e gestão do Programa Institucional de Ensino a Distância com
vistas ao atendimento das metas institucionais relacionadas no Planejamento
Estratégico da UPM e do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). Suas principais
metas são:
Incentivar a utilização de tecnologias nas diversas situações de ensino e
aprendizagem, de forma transformadora e inovadora;
Coordenar e dar suporte às ações e experiências em EaD, no âmbito da
UPM.
Essa coordenadoria monitora o desempenho da infraestrutura e dos meios
tecnológicos disponíveis na IES, bem como planeja e executa um plano de ação em
EaD de abrangência multi campi.
Entre suas principais atribuições está a capacitação dos profissionais ligados ao
ensino e que utilizam os recursos tecnológicos a distância em sua prática
pedagógica. Para isso, cria e mantém um núcleo de apoio ao ensino, à pesquisa e à
extensão na área de EaD, sugerindo políticas tecnológicas institucionais para o bom
desempenho do EaD na Universidade, e articula esforços junto à Coordenadoria de
Avaliação Institucional para encontrar mecanismos adequados de avaliação do EaD.
Os alunos e professores são estimulados a utilizar ao máximo os recursos
tecnológicos oferecidos pela Universidade.
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71
O projeto da Universidade é continuar expandindo sua atuação em EaD e, para
isso, tem investido em salas de vídeo conferência e recursos tecnológicos, bem
como na intensificação do incentivo e formação do professor para uso desses
recursos.
O Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade Presbiteriana
Mackenzie discorre de forma muito criteriosa sobre vários princípios que
fundamentam a política de ensino a distância (EaD), a ser implementada pelas suas
várias instâncias acadêmicas, nos níveis de graduação e pós-graduação. Dentre
esses inúmeros princípios, destacamos: o da inovação que o EaD representa no
contexto educacional; a possibilidade da expansão, interiorização e regionalização
dos conhecimentos produzidos pela academia; a superação de obstáculos
representados pelas grandes distâncias e pela disponibilidade de tempo propiciada
pela existência das novas tecnologias; o significado que tem para a autonomia do
indivíduo interessado em um constante aprimoramento; e, por fim, o da superação
das desigualdades socioeconômicas e, principalmente, por sobrepujar o sentimento
do individualismo em prol do sentimento de solidariedade.
Em acordo com esses princípios, o curso de Arquitetura e Urbanismo tem
implementado ferramentas de EaD como apoio às aulas presenciais nas disciplinas
regulares, com a disponibilização dos planos de ensino, do cronograma das
atividades e de materiais didático-pedagógicos, com a criação de fóruns de
discussão e debates e a criação de páginas para os grupos de pesquisa, além da
implantação do regime de dependência on line para as disciplinas, de acordo com a
pertinência e regulamentação específica.
Além dessas aplicações, coloca-se como objetivo a criação de disciplinas
regulares e optativas on line e semipresenciais, em que os materiais básicos
estejam disponíveis na plataforma de EaD, possibilitando aos estudantes a sua
apreensão segundo seus próprios ritmos de estudo, acompanhados de experiências
presenciais na sala de aula e sob orientação do professor, planejadas e
dimensionadas de modo que os conhecimentos adquiridos transformem-se
efetivamente em competências.
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Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Arquitetura e Urbanismo
72
Nessa mesma perspectiva, coloca-se a oferta de cursos complementares de
educação continuada, com o objetivo de atualização profissional e de divulgação de
resultados de pesquisas realizadas pelos respectivos grupos institucionalizados na
esfera de ação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
6.14. Políticas institucionais de educação ambiental, socioeducacional e de respeito
à diversidade cultural no contexto do ensino, da pesquisa e da extensão
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, desde seus primórdios, teve a
preocupação com a inclusão dos menos favorecidos no sistema educacional. Em
1872, quando ainda era chamada de Escola Americana, já criou bolsas de estudos
para aqueles alunos que não podiam custear suas despesas.
É política da Universidade, em consonância com sua Visão e Missão, garantir o
atendimento às leis governamentais. Assim, em cumprimento à Resolução nº 1, de
17 de junho de 2004, referente à Educação das Relações étnico-raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, o Curso de Arquitetura e
Urbanismo contempla esses conteúdos em disciplinas como Arquitetura do Brasil,
Estudos Socioeconômicos e Sistemas Construtivos, tendo em vista a influência
dessas culturas miscigenadas com os colonizadores portugueses, na constituição do
nosso arcabouço étnico e na produção de técnicas vernaculares de construção e de
formas de ocupação do território nos assentamentos humanos que se constituíram à
época.
Do mesmo modo, a Educação Ambiental é também uma preocupação da
Universidade e, portanto, em cumprimento à Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999, o
Decreto nº 4281, de junho de 2002 e a Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012, e
pelo fato de o Curso de Arquitetura e Urbanismo manter em sua concepção laços
estreitos com a cultura humanista expressa ao longo deste Projeto Pedagógico, o
Curso não poderia deixar de reafirmar o seu alinhamento com as questões
intrínsecas à educação ambiental e sócio - educacional, já que essas corroboram
com a construção conceitual dos conteúdos programáticos de quase a totalidade
das disciplinas constituintes deste Curso.
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73
Podemos afirmar que sem esse conhecimento basilar não formaríamos o
profissional crítico expresso na definição do perfil do egresso e apto a colaborar com
os processos de transformações sociais e da construção da cidadania.
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74
7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO
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75
7. Organização curricular
Entendendo por currículo a composição das experiências que a escola provê a
seus alunos para que possam alcançar os fins desejados (Saylor apud Vianna, p. 1),
o currículo do Curso deve ser visto e vivenciado, por alunos e professores, no seu
todo e de maneira que os seus componentes curriculares atuem em conjunto para a
concretização dos objetivos estabelecidos.
A organização curricular do Curso, a partir dos núcleos de conhecimentos de
fundamentação e de conhecimentos profissionais definidos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais, se dá por meio de uma estrutura organizacional matricial,
com particular atenção às relações de afinidade e complementaridade existentes
entre os seus conteúdos gerais e específicos no âmbito de cada etapa
(horizontalidades), de seu desenvolvimento seriado (verticalidades) e de seu
conjunto (transversalidades). Nesse sentido, o Curso fundamenta-se em disciplinas
e atividades e organiza-se em: grupos de disciplinas por etapa, sequências de
disciplinas e por eixos temáticos.
Os grupos de disciplinas por etapa visam propiciar a aproximação do estudante
às matérias previstas para aquela etapa específica do seu desenvolvimento no
curso, por meio de um conjunto de disciplinas e atividades organizado de forma
concisa, complementar e interdependente, de modo a conduzir o aluno à formulação
de nexos e sínteses baseados no aprimoramento de sua capacidade crítica.
Da mesma forma que os grupos de disciplinas por etapas, as sequências de
disciplinas são definidas por critérios de complementaridade seriada (portanto,
presente em várias etapas curriculares), que se responsabilizam pela abordagem de
conteúdos programáticos que são estruturadores e indispensáveis à formação do
arquiteto e urbanista por conferirem um caráter diferenciador a esta formação,
fazendo com que o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana
Mackenzie se distinga dos seus congêneres.
No que concerne aos eixos-temáticos, é importante salientar que os mesmos não
se caracterizam tão somente pela verticalidade e/ou horizontalidade de
conhecimentos, mas, sim, pela transversalidade desses, permeando, portanto, os
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76
diversos saberes que os constituem. Tais eixos são definidos por critérios de
afinidade, especificidade, objeto, enfoque, metodologia de ensino e pela fusão de
conteúdos das disciplinas e atividades que dão forma à grade curricular do Curso.
Os eixos temáticos passam também a constituir critério de organização do Curso,
pois se pretende que cada eixo seja dinâmico, aberto a contribuições e visões de
outras especialidades, e que tenha a função de aglutinar conhecimentos e propiciar
ações no sentido da constante atualização das temáticas abordadas no Curso e
também nas ações diretamente ligadas às atividades de pesquisa e produção de
conhecimento.
As disciplinas de cada eixo temático abrigam origens diversas e distintas,
sobretudo se considerada apenas a especificidade de cada uma. Portanto, é
possível que um eixo temático abrigue simultaneamente, na sua estrutura,
disciplinas que podem ter origem nas áreas de técnicas, teoria, história e projeto.
Essas disciplinas e atividades distribuem-se em cinco eixos-temáticos, a saber:
Projeto; Urbanismo; Fundamentação e Crítica; Experimentação e Tecnologia; e Meio
Ambiente e Sustentabilidade. Cada disciplina vincula-se, em ordem decrescente de
aderência, a todos os eixos-temáticos, de modo a garantir a transdisciplinaridade de
sua natureza profissionalizante, ou de fundamentação, e de seus conteúdos.
Por sua vez, o detalhamento dessa organização curricular irá se materializar em
disciplinas de caráter teórico, que guardam uma proporção de 1 professor para cada
50 alunos (considerando-se uma variação de 20% para mais ou para menos); em
disciplinas de caráter teórico-prático e laboratoriais, que guardam uma proporção de
1 professor para cada 25 alunos (considerando-se uma variação de 20% para mais
ou para menos), e nas disciplinas projetuais, que guardam uma proporção de 1
professor para cada 15 alunos (considerando-se uma variação de 20% para mais ou
para menos).
As disciplinas de caráter teórico são eminentemente expositivas, aprofundando o
conhecimento dos alunos e incentivando a reflexão e o desenvolvimento da sua
visão crítica e da sua capacidade transformadora; as disciplinas de caráter teórico-
prático caracterizam-se pelo fato de propiciar ao aluno, no seu processo didático-
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77
pedagógico, a possibilidade da conjugação de saberes oriundos da simultaneidade
de conteúdos teóricos e sua aplicação em exercícios práticos na sua área de
formação específica, propiciando, assim, a complementação do ensino teórico e da
aprendizagem. Assim sendo, essas disciplinas guardam um alto grau de similaridade
com as disciplinas laboratoriais, no entanto, distinguem-se destas, pelo fato de que
as disciplinas laboratoriais fazem uso predominante, no processo de ensino e
aprendizagem, de equipamentos que propiciam a verificação, a experimentação e a
simulação de soluções e resultados.
As disciplinas projetuais, nas quais também se aglutina o caráter
profissionalizante da atividade projetual do arquiteto e urbanista, são ministradas por
docentes em número compatível ao de alunos nelas matriculados, de forma que
cada professor trabalhe com turmas de 15 alunos em média, conforme o que foi
descrito acima, criando-se as condições necessárias ao efetivo acompanhamento
individualizado do desenvolvimento dos exercícios projetuais, de cada aluno, em
sala de aula. Vale destacar que as disciplinas projetuais diferem das disciplinas
práticas e/ou teórico-práticas e laboratoriais, por suas características de
simultaneidade de formação e de treinamento de modo a atender as DCN, no
tocante ao Artigo 5° e seus incisos. É importante salientar que essa especificidade
se dá pela característica do processo de ensino-aprendizagem que se desenvolve
no interior das mesmas. As disciplinas e atividades que compõem essa sequência
apresentam, como característica fundamental e que as distinguem das demais
disciplinas do Curso, o fato de explicitarem, em seu produto final, isto é, no projeto
(seja ele na escala do objeto, do edifício, da paisagem ou da cidade), a síntese de
conhecimentos originados em diversas outras áreas do conhecimento.
Articulação entre teoria e prática
Prevista nas Diretrizes Curriculares Nacionais e no PDI da Universidade, a
articulação entre teoria e prática é diretriz fundamental deste Projeto Pedagógico de
Curso.
No Curso de Arquitetura e Urbanismo essa preocupação está presente em todos
os componentes curriculares e se dá, especialmente, na didática das disciplinas,
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78
conferindo diálogo entre as disciplinas teóricas, teórico-práticas, laboratoriais e
projetuais, sendo estas últimas de maior incidência na estrutura curricular. Os
programas de atividades complementares, atividades experimentais, extensão e
estágio supervisionado também se ocupam dessa articulação.
A articulação entre teoria e prática é formalizada em estratégias didático-
pedagógicas, na esfera das disciplinas teórico-práticas, pelo uso intenso de leituras
programadas, exercícios práticos de fixação e verificação dos conhecimentos
transmitidos, análise e estabelecimento de nexos entre diversos meios e suportes de
representação artística e cultural e visitas de campo; nas disciplinas projetuais
adota-se uma estratégia pela qual o conhecimento arquitetônico é confrontado e
dimensionado pelo conhecimento do real. O trabalho projetual é entendido por ações
mútuas e sucessivas, sendo o aluno agente e organizador desse conhecimento.
Estratégias didático-pedagógicas estão presentes também nas atividades
laboratoriais, por meio do uso de equipamentos específicos que permitam a
produção de experimentos e de simulações virtuais e físicas; nos programas de
atividades complementares e de experimentação, que exigem que todas as
atividades relacionadas a esses programas sejam fruto de planos de trabalho com
embasamento teórico e cujos resultados sejam acompanhados de análises críticas e
conceituais; de forma semelhante, o estágio supervisionado também determina a
necessidade de um plano de ações, a ser desenvolvido no período correspondente
ao estágio, e que sejam estabelecidas as relações entre a atividade a ser
desenvolvida e o conhecimento a ser adquirido por meio dessa experiência de
vivência profissional.
Processos de avaliação da aprendizagem
As disciplinas do Curso de Arquitetura e Urbanismo orientam seus processos de
avaliação por três aspectos distintos, porém complementares.
O primeiro aspecto orienta-se pelo princípio de que o sistema de avaliação
adotado é parte integrante e complementar do processo de ensino e aprendizagem,
fazendo com que, em cada etapa concluída desse sistema, os resultados obtidos
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79
pelo aluno sejam apresentados e esclarecidos aos mesmos, pelo professor, de
modo detalhado e contextualizado.
O segundo aspecto está norteado pelo cumprimento integral do capítulo IX da
avaliação do rendimento escolar, da Resolução da Reitoria nº 01/2012, de 03 de
janeiro de 2012, que estabelece normas e procedimentos que constituem o
Regulamento Acadêmico dos Cursos de Graduação da Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
Por último, o terceiro aspecto relaciona-se às especificidades de cada disciplina
que, com liberdade, definem os instrumentos de avaliação específicos e
concernentes às suas práticas didático-pedagógicas e de seus conteúdos, de modo
a esclarecer objetivamente o resultado da avaliação auferida sobre o desempenho
do aluno.
7.1. Estrutura curricular
As disciplinas que dão objetividade aos conceitos apresentados neste Projeto
Pedagógico estão organizadas em dez etapas que se desenvolvem em quatro veios
principais. O primeiro e mais profundo, que ao longo do curso tem o viés de fio
indutor, é o estabelecido pela sequência das disciplinas projetuais. A sequência de
urbanismo é também de grande importância na estruturação do curso, que
contempla os grandes temas da cidade. Integram esse universo os conteúdos
ligados a teoria da arquitetura e história da arquitetura, que oferecem uma visão
crítica e contextualizada da experiência projetual, e o conjunto de disciplinas com
conteúdo técnico, essenciais para viabilizar a materialidade da arquitetura.
Desse modo, nas 1ª e 2ª etapas do Curso, sob a denominação de “Projeto e
Cultura”, apresenta-se ao estudante o conceito essencial que reside na própria
arquitetura, que é conduzir a construção a uma compreensão fundamental. A
experiência em projeto, sempre com a maior carga horária, será integrada pelos
conteúdos das demais disciplinas alocadas nessas etapas, com destaque para a
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80
disciplina “Expressão e Representação”, que oferece ao estudante os meios e
habilidades necessárias ao exercício projetual.
As 3ª e 4ª etapas do Curso enfatizam o aspecto construtivo da arquitetura,
conhecimento essencial à formação do estudante, que se desenvolve a partir da
experiência projetual sob a denominação de “Projeto e construção”. A disciplina de
urbanismo ocorre de modo consistente e em paralelo com os conteúdos de teoria da
arquitetura, completando estas etapas com a introdução das questões ligadas ao
conforto do ambiente e à estabilidade das edificações. Vale ressaltar que nessas
duas etapas o enfoque também se dá pelos conteúdos de história da arquitetura e
estética, essenciais para a formulação intelectual do projeto de arquitetura.
Nas 5ª e 6ª etapas do Curso, aprofundam-se as questões vinculadas à área de
tecnologia, de modo a colocar nosso estudante diante da complexidade do momento
atual da sociedade em que vivemos. A disciplina projetual sob a denominação de
“Projeto e Tecnologia” engloba os conteúdos de materiais e técnicas construtivas, de
sistemas construtivos e aproxima-se definitivamente dos conteúdos ligados a
sistemas prediais e conforto ambiental. Vale ressaltar que na 6ª etapa enfatizam-se
ainda mais esses conteúdos, com a introdução da disciplina Sistemas Tecnológicos,
que visa consolidar o caráter próprio do Curso de Arquitetura e Urbanismo
Mackenzie.
Nas 7ª e 8ª etapas o enfoque é a cidade, e o estudante desenvolve o exercício
projetual organizado sob a denominação de “Projeto e Cidade”. Nestas etapas as
disciplinas optativas ajudarão a balizar o conjunto de princípios que caracterizam
estas duas etapas, nas quais também se integram os conteúdos de Paisagismo e
Estudos Sociais.
Finalizando o curso, as 9ª e 10ª etapas são constituídas pelo Trabalho Final de
Graduação, que se organiza em quatro atividades complementares entre si. A
atividade I contém a orientação metodológica necessária para que o estudante
desenvolva a pesquisa que irá auxiliá-lo a formular com clareza o tema geral e a
conceituação de seu trabalho final. A atividade II tem por meta orientar o estudante
na realização da experiência projetual relativa ao tema de estudo escolhido pelo
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estudante. A atividade III ampara o estudante no ponto de vista do aprofundamento
das questões relativas à fundamentação e à crítica de aspectos específicos
concernentes ao edifício e à cidade. Finalmente, a atividade IV que se caracteriza
pela experimentação, em laboratório ou não, de elementos essenciais do projeto do
estudante. Todas estas atividades consubstanciam-se em uma monografia que será
submetida à banca de avaliação final.
Esta é, portanto, a fundamentação sucinta da matriz curricular que se apresenta
organizada em 10 etapas, constituída por 64 disciplinas que totalizam uma carga
horária semestral de 4.920 horas-aula, correspondentes a 4.100 horas (relógio), a
qual é apresentada no apêndice 01.
No quadro 01, abaixo, é apresentada a distribuição das disciplinas por semestre
com suas respectivas cargas horárias semanais.
cr2
10
6
3
3
3
3
3
33
cr2
10
6
3
3
3
3
3
33
1. Ética e Cidadania I
2. Projeto I: Cultura (atividades: projeto e modelos físicos e virtuais apl. ao proc. projetual)
3. Expressão e Representação I (atividades: des. técnico, des. expressão, des. tridimensional)
4. Urbanismo I
6. Arquitetura e Cultura Contemporânea
7. Estabilidade das Construções I - física e geometria
8. Topografia I - introdução
5. História da Arquitetura I
TOTAL
TOTAL
disciplinas
1ª
eta
pa
disciplinas
2ª
eta
pa
QUADRO 1 - Distribuição das disciplinas por etapa e carga horária semanal
1. Ética e Cidadania II
2. Projeto II: Cultura (atividades: projeto e modelos físicos e virtuais apl. ao proc. projetual)
3. Expressão e Representação II (atividades: des. técnico, des. expressão, des. tridimensional)
4. Urbanismo II
5. Teoria da Arquitetura I
6. História da Arquitetura II
7. Estabilidade das Construções II - resistências dos materiais
8. Topografia II - geoprocessamento
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82
cr2
10
3
3
3
3
3
3
30
cr2
10
3
3
3
6
3
30
cr12
3
3
3
6
3
30
cr10
3
6
3
3
3
2
30
6. Arquitetura no Brasil II
7. Optativas
5. Teoria da Arquitetura V
TOTAL
TOTAL
TOTAL
5. Conforto Ambiental I - térmica
6. Estabilidade das Construções III - propriedades
7. História da Arquitetura III
8.Teoria do Conhecimento: iniciação científica
6ª
eta
pa
disciplinas
5ª
eta
pa
1. Projeto V: Tecnologia (atividades: projeto, materiais de construção e sistemas construtivos)
2. Urbanismo V
3. Arquitetura no Brasil I
4. Conforto Ambiental III - acústica
5. Sistemas Prediais
6. Teoria da Arquitetura IV
3ª
eta
pa
disciplinas
4ª
eta
pa
1. Princípios de Empreendedorismo II
2. Projeto IV: Construção (atividades: projeto e materiais de construção)
3. Urbanismo IV
4. Teoria da Arquitetura III
5. Conforto Ambiental II - insolação e iluminação
6. Modelos Físicos e Virtuais Aplicados ao Processo Projetual
7. História da Arquitetura IV
disciplinas1. Princípios de Empreendedorismo I
2. Projeto III: Construção (atividades: projeto e materiais de construção)
3. Urbanismo III
4. Teoria da Arquitetura II
1. Projeto VI: Tecnologia (atividades: projeto e sistemas prediais)
2. Urbanismo VI
3. Sistemas Tecnológicos
4. Paisagismo I
TOTAL
disciplinas
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cr10
3
3
3
3
3
3
2
30
cr10
3
3
3
3
3
3
2
30
cr20
20
cr20
20
6. Paisagismo III
7. Metodologia Aplicada à Arquitetura e Urbanismo
5. Mecânica dos Solos para Arquitetura
5. Arquitetura Corporativa e de Interiores
6. Paisagismo II
7. História e Teoria das Técnicas Restrospectivas
4. Teoria da Arquitetura VI
TOTAL
disciplinas
TOTAL
1. TFG II - Trabalho Final de Graduação
TOTAL
8. Optativas
disciplinas1. TFG I - Trabalho Final de Graduação
disciplinas
7ª
eta
pa
disciplinas
TOTAL
1. Projeto VII: Cidade (atividdes: projeto e infraestrutura urbana)
2. Urbanismo VII
3. Estudos Sócio-Econômicos I
10
ª e
tap
a 9
ª e
tap
a
8. Optativas
1. Projeto VIII: Cidade (atividades: projeto e sistemas estruturais)
2. Urbanismo VIII
3. Estudos Sócio Econômicos II
4. Teoria da Arquitetura VII
8ª
eta
pa
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84
Ver apêndices:
Apêndice 1 – Ementas Apêndice 2 – Tabela da Estrutura Curricular Apêndice 3 – Núcleo de Conteúdos (DCN) Apêndice 4 – Tabela de Disciplinas Optativas
7.2. Atividades complementares
Para o sucesso do processo de ensino – aprendizagem preconizado neste
Projeto Pedagógico, as Atividades Complementares são elemento fundamental.
Conforme o Art. 1º, da resolução 03/2013 do Conselho Universitário da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, de 20 de março de 2013, “o objetivo das
Atividades Complementares é fomentar complementação da formação acadêmica
do corpo discente, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de competências e
de habilidades imprescindíveis à formação profissional”.
Ainda em seu Art. 7º, a mesma resolução estabelece que:
[...] as Atividades Complementares têm a finalidade de enriquecer o
processo de ensino-aprendizagem destinando-se a:
I - Ampliar os horizontes do conhecimento, bem como de sua prática, para
além da sala de aula, em atividades de ensino, de pesquisa e de extensão,
viabilizando sua integração complementar à formação profissional e social;
II - Encorajar o reconhecimento de conhecimentos, habilidades e
competências adquiridas fora do ambiente escolar, inclusive as que se
referirem às experiências profissionalizantes, julgadas relevantes para a
área de formação considerada;
III - Estimular práticas de estudo independentes, visando à progressiva
autonomia profissional e intelectual do aluno;
IV - Propiciar a inter e a transdisciplinaridade no currículo, dentro e entre
os semestres;
V - Fortalecer a articulação da teoria com a prática, valorizando tanto a
pesquisa individual e coletiva quanto a participação em atividades de
extensão;
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85
VI - Favorecer o relacionamento entre grupos e a convivência com as
diferenças sociais no contexto regional em que se insere a instituição.
Em relação às competências, seguindo o artigo 9º, as Atividades
Complementares devem ser coordenadas, controladas e documentadas pela
Coordenadoria de Atividades Complementares do Curso de Arquitetura e
Urbanismo.
Com a finalidade de desenvolver a educação integral por meio do estreitamento
da relação entre a formação profissional, a cultura e a cidadania, o programa de
atividades complementares procura conscientizar e despertar no aluno o interesse
pelo desenvolvimento técnico e cultural, de forma continuada e diversificada. Por
isso, neste Projeto Pedagógico de Curso, as atividades complementares,
denominadas de APAP – Atividades Para - Curriculares de Atribuições Profissionais
são consideradas componentes curriculares primordiais.
O programa objetiva complementar a educação integral do aluno e incentivar a
participação em eventos relacionados ao ensino, à pesquisa e à extensão que
corroboram sua formação de arquiteto e urbanista. Tais eventos guardam uma
relação indireta com as disciplinas ministradas no currículo da graduação.
A APAP orienta-se pelo princípio geral de que a formação do profissional
arquiteto e urbanista não se restringe, única e exclusivamente, aos conteúdos
acadêmicos desenvolvidos em sala de aula. Isto significa dizer que essa formação
ultrapassa os muros da academia e busca promover, por meio do contato direto do
aluno com a realidade das vivências profissionais e culturais, essa ideia de
continuidade e complementaridade da formação profissional, tão necessária no
mundo contemporâneo.
O programa promove a participação dos estudantes em atividades de ensino,
pesquisa e extensão e, para tanto, o aluno é obrigado a integralizar o mínimo de
220,5 horas para essas atividades, distribuídas da seguinte forma:
ENSINO: “são consideradas Atividades de Ensino todas aquelas que
propiciem a complementação da aprendizagem técnico-teórica do aluno, visando ao
aperfeiçoamento do conhecimento em áreas específicas, de acordo com a
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86
especialidade de cada curso das Unidades Universitárias” (Art.4º), estando aqui
incluídas palestras, workshops, oficinas temáticas, cursos de curta duração,
disciplinas eletivas, optativas para além do mínimo exigido, laboratórios de pesquisa
e de prática de projeto, ateliê vertical, concursos internos etc.
PESQUISA: “consideram-se Atividades Complementares de Pesquisa as
ações sistematizadas, voltadas para a investigação científica de tema relevante para
a sociedade e para o conhecimento” (Art. 5º), estando aqui incluídas monitorias,
iniciação científica, publicações de artigos científicos, atividade de experimentação,
participação em grupos de pesquisa etc.
EXTENSÃO: “são consideradas Atividades de Extensão todas aquelas de
natureza educativa, cultural e científica que visem à articulação do ensino e da
pesquisa, buscando a capacitação continuada e a produção de novos
conhecimentos que envolvam a comunidade” (Art.6º), estando aqui incluída a
participação em ações de voluntariado, feiras técnicas, MackDay, Semana Viver
Metrópole, Escritório Modelo – Mosaico, laboratórios de pesquisa e de prática de
projeto, organização de eventos acadêmicos etc.
Seguindo o art. 13, § 1º, da resolução 03/2013, “a carga horária, correspondente
a cada uma das atividades complementares, passíveis de realização, será
determinada pela Coordenadoria de Atividades Complementares em conjunto com a
Coordenadoria do Curso de Graduação de Arquitetura e Urbanismo”.
As atividades complementares podem ser realizadas em qualquer etapa do
Curso, no entanto, o prazo máximo de validação dos comprovantes a serem
submetidos à avaliação da Coordenação da APAP não poderão exceder a 30 dias
da data da realização da atividade. Demais procedimentos relacionados à forma de
encaminhamento dos comprovantes, da divulgação das pontuações obtidas e as
definições de atividades relacionadas às três grandes áreas (ensino, pesquisa e
extensão) serão estabelecidos em regulamento próprio.
Conforme o Art. 26º da citada resolução,
[...] as dúvidas, suscitadas em relação ao amparo regimental, serão
deliberadas pelo Coordenador de Atividades Complementares, ouvido o
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87
Diretor da Unidade Acadêmica, apresentando decisão conjunta e
fundamentada de acordo com os princípios e finalidades que norteiam a
Universidade, providenciando a inclusão da atividade em normativo da
respectiva Unidade Acadêmica correspondente, quando específico, ou
apresentando proposta de inclusão de regramento para toda a
Universidade, quando de caráter geral.
Desta forma, estabelece-se que o regulamento da APAP deva ser atualizado
conforme as determinações aqui contidas e que o estudante deverá cumprir um
mínimo de 220,5 horas de Atividades Complementares.
As atividades que compõem as Atividades Complementares exigidas, seguindo
determinação do art. 28 da Resolução 03/2013, quando possível, poderão ser
realizadas na modalidade à distância, desde que não superem a quantidade máxima
de 20% (vinte por cento) da carga horária total das horas-atividade exigidas.
7.3. Estágio supervisionado
O programa de estágio curricular supervisionado (que se submete ao
Regulamento Geral de Estágios da UPM e à Lei Federal que rege a questão) é
obrigatório aos alunos do Curso, que devem cumprir, entre o início da 6ª etapa e o
término da 8ª etapa, o mínimo de 220,5 horas de estágio. O programa é gerido por
setorial administrativo, na esfera da Universidade, denominado de Área
Administrativa de Estágio (AAE), que define procedimentos e documentos
necessários para a consolidação do registro dos três agentes envolvidos neste
processo: Universidade/Faculdade, aluno e empresa/profissional autônomo.
A atividade de supervisor de estágio da empresa/profissional autônomo só
poderá ser exercida, e, portanto, aceita para fins de registro do contrato de estágio
junto a AEE, por profissional arquiteto e urbanista com registro profissional junto ao
Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) ou profissional engenheiro civil com
registro junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
O programa objetiva levar o aluno a vivenciar, e confrontar, os conhecimentos
adquiridos na academia com as práticas profissionalizantes desenvolvidas em
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88
empresas de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e de Construção, com a
finalidade específica de aprimorar a sua formação de arquiteto e urbanista. O
programa conta também com o “Relatório de Acompanhamento do Estagiário” como
fonte privilegiada para verificação do grau de aderência dos conhecimentos
transmitidos ao aluno e da relação desses conhecimentos com o exercício da prática
profissional, tanto do ponto de vista da concedente quanto do estagiário,
retroalimentando a reflexão sobre a eficácia do ensino e da aprendizagem, a partir
do olhar do mercado de trabalho.
7.4. Atividades de integração e síntese de conhecimento
7.4.1. Trabalho de conclusão de curso
Conforme o Art. 2º da resolução 04/2003 do Conselho Universitário da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, “o TCC, com suas diversas denominações, é
componente curricular obrigatório de todos os Cursos de Graduação da UPM, como
condição básica para conclusão do curso, sendo organizado curricularmente como
disciplina.”
No que concerne ao Trabalho de Curso, aqui denominado TFG – Trabalho Final
de Graduação no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, este possui Regulamento próprio, e se organiza em duas disciplinas
denominadas TFG I e TFG II, cujos conteúdos e objetivos são estabelecidos pelo
referido regulamento, e são oferecidas na 9ª e 10ª etapas, sendo constituídas por 4
atividades: Orientação Acadêmica (TFG – atividade 1), Exercício Projetual (TFG –
atividade 2), Fundamentação e Crítica (TFG – atividade 3) e Experimentação (TFG
– atividade 4). Nessas 4 atividades que constituem as disciplinas TFG I e II, os
alunos são acompanhados por professores oriundos das áreas de Projeto de
Edificações, Urbanismo, Paisagismo, História, Teoria e Tecnologia e por meio dos
conteúdos de aulas, palestras sobre temas específicos ou de interesse
contemporâneo, visitas programadas, levantamentos de campo e experimentações,
portanto, cumpre-se, assim, o caráter de formação que deve ter o TFG. Cabe
destacar que o Regulamento do TFG, em virtude da implantação deste projeto,
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89
deverá sofrer as atualizações pertinentes. Essas atividades objetivam levar o aluno a
realizar uma reflexão crítica sobre arquitetura, que contemple um exercício projetual.
Nesse sentido, o Trabalho de Curso contém os resultados dos estudos sobre a
temática escolhida livremente pelo aluno para o seu desenvolvimento, sob os mais
variados ângulos pertinentes à Arquitetura como área de conhecimento,
particularmente aqueles ligados às questões teóricas, históricas, urbanísticas,
tecnológicas, experimentais, construtivas e práticas.
O resultado esperado é, portanto, o que chamamos de um “trabalho completo”,
ou seja, um trabalho no qual o aluno, para além do exercício prático, condição
mínima de seu exercício profissional futuro, consiga revelar todos os caminhos de
seu pensamento sobre Arquitetura, aplicados à temática escolhida, demonstrando
suas aptidões na variada e ampla gama de atividades sob a responsabilidade do
Arquiteto e Urbanista na sociedade atual.
O resultado esperado é, portanto, o que chamamos de um “trabalho completo”,
ou seja, um trabalho no qual o aluo, para além do exercício prático, condição mínima
de seu exercício profissional futuro, consiga revelar todos os caminhos de seu
pensamento sobre Arquitetura, aplicados à temática escolhida, demonstrando suas
aptidões na variada e ampla gama de atividades sob a responsabilidade do Arquiteto
e Urbanista na sociedade atual.
Vale dizer que se espera do graduando que, ao apresentar seu Trabalho Final de
Graduação, este possa demonstrar, além dos conhecimentos adquiridos ao longo de
seus anos de formação, os caminhos percorridos por seu trabalho e, acima de tudo,
explicitar, de maneira organizada, a construção dos critérios adotados na sua
tomada de posição diante do desafio da Arquitetura.
7.4.2. Mecanismos e programas de iniciação científica e tecnológica
Para viabilizar a participação discente em atividades de pesquisa, o Curso
oferece, em sua 3ª etapa, a disciplina “Teoria de Conhecimento: iniciação científica”,
que tem como objetivo principal “introduzir o aluno no universo da pesquisa científica
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90
destacando suas características como um campo específico de produção de
conhecimento e propiciando a compreensão teórica e prática de conceitos e
metodologias inerentes à investigação acadêmica” (cf. Ementa da disciplina) e cujo
conteúdo transmitido espera-se ver refletido nas sistematizações de trabalhos
acadêmicos solicitados pelas demais disciplinas do Curso, como também na
elaboração de projetos de iniciação científica a serem submetidos aos processos
seletivos dos editais de bolsas PIBIC e PIVIC, lançados anualmente pela
Universidade em parceria com o CNPq. Além de contar com recursos financeiros
destinados às bolsas dessa agência de fomento, também com fomento da própria
Universidade através do Mackpesquisa.
Outro fator importante de incentivo à participação discente em pesquisa se dá
pela própria existência dos grupos de pesquisa cadastrados na Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo, cujos líderes, a todo o momento, procuram despertar o
interesse dos alunos para que se engajem nas pesquisas a serem desenvolvidas ou
em desenvolvimento.
Procura-se de forma sistemática, materializada em reuniões de esclarecimentos
e de divulgação das atividades de pesquisa, sensibilizar o aluno para esta atividade
que também faz parte das atribuições profissionais do arquiteto e urbanista.
7.4.3. Projetos de extensão
Consciente da importância didática, acadêmica e social, o Curso de Arquitetura e
Urbanismo há longo tempo reflete sobre a exata formulação de uma política de
extensão, que contemple os seguintes aspectos, considerados fundamentais: a) que
naturalmente se harmonize com o pensamento da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, sua Missão, Visão e Princípios Institucionais, em seus aspectos gerais, e
com o Decanato de Extensão, de forma particular;7 b) que possa envolver alunos de
graduação e de pós-graduação; c) que traga contribuições importantes para o
contexto cultural, científico e tecnológico; d) que assuma o compromisso com o
7 De acordo com o Regulamento de Extensão da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Resolução 05/2012, de 13 de fevereiro de 2012.
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91
desenvolvimento do ser humano na sua integralidade, respeitando o meio ambiente;
e) que permita a socialização do conhecimento; f) que esteja comprometida com a
ética, e a construção e o exercício de cidadania, quando da relação universidade-
sociedade-ambiente; g) que contemple a interdisciplinaridade nas ações; h) que se
paute pela indissociabilidade constitucional entre ensino, pesquisa e extensão; i)
finalmente, que possa contribuir para o desenvolvimento qualitativo do corpo
docente, solidificando e amadurecendo as atividades de pesquisa, como também
dos próprios alunos envolvidos em projetos extensionistas específicos, possibilitando
a esses, tanto a vivência profissional quanto a articulação desta com os
conhecimentos teóricos e práticos apreendidos no Curso, supervisionados por
professor responsável pelo desenvolvimento de projetos desta natureza.
Entende-se que as atividades de extensão são parte integrante e essencial da
formação do aluno de arquitetura e urbanismo.
As atividades de extensão devem ser de duas modalidades. Uma mais atrelada
ao cotidiano da prática docente e profissional, portanto passível de ser colocada em
prática de forma imediata, que se caracteriza pelas seguintes atividades: a)
consultoria ou participação consultiva em instituições privadas ou da administração
pública; b) cursos de difusão cultural ou de extensão universitária, visando a
propagar conhecimentos para o tecido social, conscientizando-o de aspectos sociais
ou culturais relevantes; c) palestras, conferências e simpósios, tendo como alvo a
difusão de conhecimentos especializados e o intercâmbio com profissionais e
especialistas. A outra modalidade, também relacionada às práticas da docência e
profissional, como também à pesquisa, mas que se diferencia da primeira em virtude
de sua abrangência, responsabilidade ou custos operacionais envolvidos,
necessitando, portanto, do estabelecimento de convênios ou da elaboração de
documentos bilaterais, caracterizando-se por: a) elaboração de planos diretores,
urbanísticos e paisagísticos para municípios carentes de corpo técnico adequado ou
sem possibilidades orçamentárias para a utilização dos serviços de escritórios
profissionais especializados; b) planejamento e orientação de projetos arquitetônicos
que representem efetivamente propostas inovadoras ou modelos didáticos para a
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92
comunidade; c) serviços técnicos especializados nas condições ambientais, que
envolvam aspectos ergonômicos ou sanitários; d) cursos de extensão ou
especialização, presenciais ou a distância, que necessitam formalização, por
envolverem outras entidades (públicas ou privadas) e responsabilidades financeiras
de maior vulto.
A Coordenadoria de Extensão, exercida pelo Coordenador de Extensão,
nomeado pelo Reitor, é o órgão responsável por zelar pela excelência das atividades
de extensão na unidade.
Para atender à execução das atividades aqui expostas, o Curso de Arquitetura e
Urbanismo conta com a infraestrutura instalada do Núcleo de Pesquisa e Extensão
em Arquitetura e Urbanismo (NAU), o escritório modelo Mosaico e o Laboratório de
Projetos e de Políticas Públicas e, em vias de ser implantado, temos a Empresa Jr.
de Arquitetura e Urbanismo e o Laboratório de Geotecnologias.
7.4.4. Das atividades de ensaio e de experimentação
As atividades complementares de experimentação são fundamentais para a
didática pedagógica aplicada dentro dos contextos atuais de ensino e aprendizagem.
O aprendizado com base na experimentação amplia o conhecimento, em especial
nas questões tecnológicas como conforto, materiais e estrutura, informática e
computação, modelos e ensaios etc.
O canteiro experimental, por exemplo, é um dos elementos de grande relevância
para o aprendizado do aluno de Arquitetura e Urbanismo. Ele permite criar e
desenvolver modelos, o que facilita o processo de ensino e aprendizagem e a
fixação de conteúdos como forma de integração entre disciplinas que têm como
características principais o fazer e o pensar como elementos indissociáveis, como é
o caso das disciplinas projetuais.
O processo cognitivo do conhecimento técnico está associado às realizações que
muitas vezes acontecem na vivência do canteiro experimental. O mesmo ocorre nas
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93
atividades da experimentação computadorizada envolvendo as realidades virtuais
criadas por cavernas digitais, onde novos paradigmas arquitetônicos são discutidos.
A caverna digital, o canteiro experimental, as prototipagens, o túnel de vento e
outros mecanismos de ensaio e experimentação, físicos ou virtuais, têm como
objetivos: dar apoio às disciplinas da graduação como uma parcela do conhecimento
adquirido no processo de formação; complementar o conhecimento através de
disciplinas optativas; integrar a pós-graduação e a graduação por meio dos projetos
de pesquisa, ampliando a base temática e a captação de recursos em agências de
fomento; dar suporte às atividades de extensão.
O espaço do canteiro, mais especificamente, deve incorporar as duas frentes de
grande relevância, as atividades experimentais e as atividades da prática
construtiva, a partir da definição de metas e estratégias de uso do espaço. A diretriz
do canteiro deve explorar as hipóteses temáticas e as possibilidades de construção,
a partir dos materiais e processos que permitam a montagem e a desmontagem, que
incentivem o pensamento crítico pela experimentação.
7.4.5. Do ateliê vertical
O Ateliê Vertical consiste em um evento de imersão acadêmica e de pesquisa
integrada. Participam dele docentes de várias disciplinas e discentes de todos os
semestres, incorporados em equipes ‘verticais’, para debater temas emergentes e
contemporâneos da arquitetura e do urbanismo, em uma estrutura que favorece a
troca de experiências e de vivências acadêmicas.
O objetivo do ateliê é proporcionar aos participantes, em diferentes estágios
acadêmicos, o debate dos problemas urbanos e arquitetônicos, em seus contextos,
e das estratégias conceituais possíveis para sua superação. O método empregado
consiste no trabalho em ateliê, enriquecido com palestras, seminários, estudos de
casos, visitas etc. A participação de outras disciplinas e instituições universitárias,
nacionais e internacionais, é desejável e estimulada.
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94
Os trabalhos proporcionam a oportunidade aos participantes de compartilhar
métodos e desenvolvimento de ideias em diferentes contextos. Sessões e estudos
exploram estratégias, com o objetivo de desenvolver abordagens sobre o tema
debatido, dentro de uma visão multidisciplinar conjunta.
7.5. Disciplinas optativas e eletivas
O Curso contempla, na sua grade curricular, o oferecimento de disciplinas
optativas que objetivam possibilitar ao aluno, a partir da 6ª etapa, uma
complementaridade de conhecimentos específicos de acordo com o seu interesse.
Para tanto, o aluno deverá cursar, obrigatoriamente, 3 disciplinas optativas entre as
15 distribuídas nas 6ª, 7ª e 8ª etapas do Curso, sem necessariamente estar
matriculado na etapa correspondente na qual a disciplina optativa estiver localizada.
Isto é, o aluno matriculado na 6ª etapa poderá optar por cursar na 6ª ou na 7ª ou na
8ª etapa e, assim, definir de forma independente, uma especificidade prévia na sua
própria formação.
Essas 15 disciplinas optativas, com carga horária de 2 horas/aula, estão
distribuídas de forma equânime entre os 5 eixos temáticos (Projeto; Urbanismo;
Fundamentação e Crítica; Experimentação e Tecnologia; Meio Ambiente e
Sustentabilidade), componente curricular primordial na concepção deste Projeto
Pedagógico, e asseguram, portanto, uma relação máxima de 20 alunos por
disciplina.
Aspectos relacionados à forma de escolha por parte do aluno, bem como a
definição de qual aluno, ou etapa terá prioridade de escolha das disciplinas optativas
será definida em regulamento próprio.
A respeito das disciplinas eletivas, ministradas em língua portuguesa ou em
outras línguas, conforme a Orientação Normativa 04/2013 da Reitoria da
Universidade, de 4 de julho de 2013, serão contadas como Atividades
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95
Complementares de Ensino e os estudantes serão incentivados a cursá-las, nesta e
em outras unidades. As disciplinas dos demais cursos da UPM são factíveis de
serem escolhidas como eletivas pelos alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo,
no entanto parte-se do entendimento de que cursá-las está condicionado a
atenderem os pré – requisitos, a disponibilidade de vagas e a concessão de
autorização do coordenador do curso a que a disciplina escolhida estiver vinculada.
O Curso atualmente oferece uma delas em língua inglesa, intitulada São
Paulo Magacity: Culture, Architecture and Urbanism na perspectiva de
internacionalização da Universidade e passará a oferecer um elenco maior de
disciplinas a partir de 2014.
7.6. Articulação da autoavaliação do curso com a autoavaliação institucional
A Comissão Própria de Avaliação (CPA), institucionalizada no âmbito da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem como objetivo principal levantar dados e
informações que permitam obter uma radiografia do nível de satisfação dos serviços
e das condições de infraestrutura ofertados pelas unidades acadêmicas da UPM,
ouvindo os vários agentes que constituem a comunidade mackenzista. Nesse
escopo geral, a CPA, de forma sistemática e específica, produz informações que
abrangem: instalações, serviços, docentes, funcionários, egressos e a gestão em
seus vários níveis.
A partir das informações apuradas, torna-se necessário que o Colegiado de
Curso, o Núcleo Docente Estruturante e a direção da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo analisem as mesmas para definição de políticas didático-pedagógicas e
acadêmico-administrativas.
Além da adoção dos procedimentos expostos no parágrafo anterior, será, na
esfera do Curso, criada a Comissão Interna de Avaliação, tendo em vista a busca de
informações mais específicas da área de Arquitetura e Urbanismo e a
institucionalização da Comissão ENADE, responsável pela definição de estratégias
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96
de acompanhamento e de atuação frente aos processos de avaliações oficiais e de
outras iniciativas.
7.7.Articulação entre o ensino de graduação e de pós-graduação
No âmbito da pós-graduação lato sensu, a integração com a graduação também
se dá pelo compartilhamento de saberes e de professores que se vinculam aos
cursos ofertados de forma permanente ou temporária. Tais cursos contam com
participações pontuais de colaboradores especializados, para que colaborem, a
partir de suas experiências, com o desenvolvimento e o aprofundamento de
conhecimentos técnico-profissionais a serem destinados preferencialmente aos
graduados em arquitetura e urbanismo e áreas correlatas.
Deve-se ressaltar, ainda, como estratégia de integração, a realização de eventos,
palestras e atividades, como meio de difusão de conhecimento e de resultados de
pesquisas que reúnem docentes e discentes de pós-graduação e graduação, que
podem ser alocados inclusive nos tópicos especiais, em conformidade com a grade
horária do curso de graduação.
A articulação entre o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e
o Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo dá-se de modo geral pela
integração entre as disciplinas desenvolvidas em ambos os cursos e as linhas de
pesquisa Arquitetura Moderna e Contemporânea: representação e intervenção e
Urbanismo Moderno e Contemporâneo: representação e intervenção. As pesquisas
desenvolvidas por meio de projetos de pesquisa e grupos de pesquisa envolvendo
estudantes e professores de graduação e pós-graduação contribuem para a
atualização e reformulação dos conteúdos ministrados nas disciplinas, tanto da
graduação quanto da pós-graduação.
De modo mais específico, essa integração acontece também pela participação
dos professores alocados na pós-graduação em disciplinas regulares e optativas do
curso de graduação, e pela participação de professores da graduação em aulas e
atividades desenvolvidas no programa de pós-graduação. A integração ocorre ainda
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97
pelas contribuições mútuas entre graduação e pós-graduação, representadas pela
participação de estudantes da pós-graduação, de mestrado e doutorado, no
Programa de Estágio Docente – PED, em disciplinas da graduação relacionadas a
seus temas de pesquisa. Essa participação, por um lado, incrementa o processo de
aprendizagem na graduação, pelo exemplo atuante de pesquisadores que se
dedicam a desenvolver temas muitas vezes diretamente relacionados à matéria
abordada pelas disciplinas. Por outro lado, o estudante de pós-graduação tem
contato com a prática didático-pedagógica efetiva em sala de aula, em disciplinas
que tratam de assuntos próximos de seu tema de pesquisa.
Outro aspecto dessa integração está relacionado à participação mista de
estudantes e professores de graduação e pós-graduação em atividades
desenvolvidas pelos grupos de pesquisa, o que contribui, não apenas para a
pesquisa, mas também para a constituição de ambientes colaborativos de
aprendizagem envolvendo níveis diversos de formação.
7.8. Comitê de ética em pesquisa
A Comissão Interna de Ética em Pesquisa, instituída por ato da diretoria da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, é um colegiado de caráter consultivo,
deliberativo e orientativo, criado para defender os interesses dos
sujeitos de pesquisa em sua integridade e dignidade e contribuir para o
desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos.
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98
8. ADMINISTRAÇÃO
ACADÊMICA
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99
8. Administração acadêmica
8.1. Coordenação do curso
A Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo, bem como a Coordenação
Adjunta, devem ser exercidas por professores contratados em regime de 40 horas,
graduados em Arquitetura e Urbanismo e com titulação mínima de doutor.
8.2. Colegiado de Curso
Institucionalizado no âmbito da Universidade Presbiteriana Mackenzie pela
Resolução n° 21, de 24/08/2012, que cria e regulamenta as atividades do Colegiado
de Curso de Graduação.
No tocante à composição deste colegiado, seus membros devem ser oriundos de
disciplinas que contemplem de forma equilibrada os 5 eixos temáticos (Projeto;
Urbanismo; Fundamentação e Crítica; Experimentação e Tecnologia; Meio Ambiente
e Sustentabilidade), como também as cinco séries do Curso, de acordo com a
regulamentação da Universidade. Devem ser contratados professores em regime
PPI (professor em período integral – 40 horas) ou PPP (professor em período parcial
– 30 horas) e com capacidade de analisar os nexos entre as diversas
especificidades que caracterizam os conteúdos das disciplinas, o que lhes permite
propor e deliberar sobre as questões relacionadas aos aspectos didático-
pedagógicos intrínsecos ao cotidiano do Curso de Arquitetura e Urbanismo,
subsidiando, assim, as deliberações da Coordenação do Curso.
8.3. Núcleo Docente Estruturante (NDE)
Regulamentado no âmbito da Universidade Presbiteriana Mackenzie pelo Ato da
Reitoria n° 3, de 23/03/2010, que cria e implanta o Núcleo Docente Estruturante, e o
Ato da Reitoria n° 32, de 21/07/2011, que altera alguns dispositivos do Ato n° 3.
Para este Núcleo, o perfil dos seus membros deve ser calcado pela larga
experiência na vivência do ensino e da pesquisa no âmbito da Arquitetura e do
Urbanismo, e devem ser detentores de titulação mínima de doutor, contratados em
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100
regime PPI ou PPP e serem representantes dos 5 eixos temáticos. Essas
características fundamentais são necessárias para que este Núcleo, de caráter
eminentemente propositivo, possa acompanhar e elaborar diretrizes que conduzam
a um contínuo aperfeiçoamento do Projeto Pedagógico, e que assuma um caráter
permanente de dar condições de manter o Curso coadunado com as questões da
contemporaneidade afetas à metodologia de ensino e de conteúdos na esfera da
Arquitetura e do Urbanismo.
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101
9. CORPO DOCENTE
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102
9. Corpo docente
9.1. Perfil docente
A característica marcante do corpo docente do Curso de Arquitetura e
Urbanismo, para o atendimento às disposições deste Projeto Pedagógico de Curso,
é sua alta qualificação acadêmica e larga experiência no campo das práticas
profissionais, o que o aproxima ainda mais da sociedade e da realidade do mercado
de trabalho de maneira privilegiada. Desse modo, consegue cumprir um requisito
fundamental para o ensino da arquitetura e do urbanismo, que é o de não prescindir
de uma visão acadêmica e científica e nem da experiência da prática profissional.
Vale lembrar que, mesmo entre os professores que dividem sua atividade docente
com a prática profissional, a formação acadêmica, seja de lato sensu seja de stricto
sensu, é sempre necessária.
Quanto à titulação do corpo docente, obtida em programas de pós-graduação
stricto sensu e lato sensu, temos a seguinte qualificação acadêmica (base setembro
de 2014):
Número total de docentes [base: setembro de 2014] = 156
titulação n° de docentes porcentagem
Doutores 73 46,8%
Mestres 71 45,5%
Especialistas 12 7,7%
Total 156 100%
Quanto ao regime de trabalho em tempo integral (PPI, 40 hs), parcial (PPP, 30 ou
20 hs) e aulistas (PPA) desses docentes, temos os seguintes enquadramentos:
Número total de docentes [base: setembro de 2014] = 156
enquadramento n° de docentes porcentagem
PPI 39 25%
PPP 32 20,5%
PPA 85 54,5%
Total 156 100%
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103
9.2. Experiência acadêmica e profissional
O professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo deve apresentar experiência
acadêmica comprovada por titulações (especialização, mestrado, doutorado e pós-
doutorado) e possuir atividade de pesquisa reconhecida pelos instrumentos oficiais.
Sua trajetória acadêmica deve definir sua inserção nas atividades de ensino e sua
aderência às matérias, disciplinas e atividades em que se envolva. Estes deverão,
preferencialmente, possuir dedicação integral e/ou parcial ao ensino, pesquisa e
extensão.
Os professores que compõem o quadro docente e que desempenham atividades
práticas profissionais de mercado devem apresentar comprovada experiência
profissional nos campos de atuação do arquiteto e urbanista, em suas várias escalas
e temáticas. Devem também estar ligados regularmente às práticas de formação
continuada e possuir qualificação acadêmica e, como no caso dos demais, sua
inserção nas atividades de ensino devem guardar relação estreita às matérias,
disciplinas e atividades em que estiver envolvido.
9.3. Publicações
O Curso conta com um terço de seu quadro docente em regime de contratação
PPI (Professor em Período Integral), o que exige que tais professores realizem
atividades nas modalidades de ensino, pesquisa e extensão. A realização de
pesquisas, envolvendo diretamente o trabalho dos docentes integrados nos grupos
de pesquisa existentes, visa à disseminação de resultados à comunidade científica.
Dessa forma, é uma exigência a apresentação de trabalhos, publicação de artigos
em anais de eventos e periódicos qualificados, seguindo critérios estabelecidos para
a área de conhecimento. Deve-se lembrar que a produção de conhecimento e sua
publicação envolvem também discentes de pós-graduação e graduação, articulados
pelos Grupos e Projetos de Pesquisa.
Importante ressaltar que, no âmbito da graduação, estimula-se de forma direta a
produção científica por meio da iniciação científica, que conta com disciplina própria,
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104
“Teoria do Conhecimento: Iniciação Científica”, disseminando a cultura da pesquisa
e publicações desde o ensino, a partir do terceiro semestre do Curso.
9.4. Implementação das políticas de capacitação no âmbito do curso
Como política principal de capacitação disponibilizada aos docentes do Curso de
Arquitetura e Urbanismo, estão são oferecidos cursos relacionados às práticas
docentes no ensino superior, organizados pelo Fórum Permanente de Educação,
Pesquisa e Extensão (FOPEPE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como
também cursos específicos demandados pelo NDE e pelo Colegiado de Curso, que
objetivam a melhoria da qualidade de ensino de aspectos relacionados ao cotidiano
de sala de aula.
Não obstante a essas iniciativas, desenvolvem-se também workshops, com a
presença de professores especialistas externos à Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, e a formação de grupos de professores que se relacionam com os eixos
temáticos definidos neste PPC, com a finalidade específica de refletir sobre
temáticas que venham a corroborar com a consolidação desses eixos.
Incentiva-se, fortemente, para todo o corpo docente, as práticas de formação
continuada, a participação em eventos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, o
desenvolvimento de pesquisas pela participação em grupos reconhecidos pela
Instituição e a sua titulação (doutorado e pós-doutorado).
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10. INFRAESTRUTURA
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10. Infraestrutura
10.1. Biblioteca
Para o Curso a Biblioteca é entendida como um instrumento dinâmico do
processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, deve ser um espaço acolhedor,
acessível e incentivador das práticas de pesquisa. Assim sendo, entende-se que seu
acervo deve ser aberto e estar ao alcance dos estudantes e professores, e deve ser
composto, além de livros, por periódicos, mapas, portais acadêmicos como o da
CAPES, por espaços de consulta, de leitura e apropriados para trabalhos individuais
e em equipe.
No tocante à biblioteca setorial, que atende preferencialmente ao Curso de
Arquitetura e Urbanismo, localizado no Edifício “Christiano Stockler das Neves”
(prédio n° 9), esta apresenta, em seu acervo de obras específicas de Arquitetura e
Urbanismo, aproximadamente 11 mil títulos que correspondem a mais de 27 mil
exemplares. Além disso, os alunos podem acessar as demais bibliotecas localizadas
no campus Higienópolis, o que eleva o montante de obras de áreas correlatas à
Arquitetura e Urbanismo para mais de 23 mil títulos disponíveis.
A biblioteca localizada no prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo faz
parte de um conjunto de 9 bibliotecas setoriais localizadas no campus Higienópolis
da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Alguns pontos são destacados a seguir,
com o intuito de apresentar algumas ações que caracterizam, de forma geral, os
procedimentos de nossa biblioteca.
Política de seleção e atualização do acervo: a) Compra – O acervo é adquirido a
partir de indicações, por parte dos docentes de graduação e de pós-graduação, das
bibliografias básica e complementar, de acordo com as necessidades de cada
disciplina, adequadas ao currículo acadêmico, ocorrendo atualização permanente do
acervo durante todo o ano; b) Doação – A biblioteca mantém contato constante com
instituições governamentais e privadas, entidades científicas e culturais, nacionais e
internacionais, para o recebimento de obras não comercializadas; c) Reposição de
obras – Obras danificadas, sem condições de conserto, ou extraviadas, só serão
repostas após verificação de: demanda do título, número de exemplares existentes,
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cobertura do assunto por outro título, possibilidade de adquirir uma obra mais
atualizada; d) Informatização – Utiliza-se o software “Sistema Pergamum” para a
composição do banco de dados do catálogo bibliográfico; e) Biblioteca digital de
teses e dissertações do Mackenzie – Disponibiliza na internet acesso às teses e
dissertações defendidas na Instituição, a partir do ano de 2006. Esses documentos
também são visualizados na BDTD – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
Nacional. Incentiva-se também o acesso ao portal de periódicos da CAPES.
10.2. Laboratórios de formação geral
O Curso de Arquitetura e Urbanismo conta com os seguintes espaços
laboratoriais de formação geral, que dão suporte às atividades propostas pelas
disciplinas e pelas atividades de experimentação (informações sobre quantidade de
equipamentos encontram-se tabuladas e disponíveis para serem submetidas aos
avaliadores):
10.2.1. Fotografia (290 m2), localizado no prédio 28.
10.2.2. Serigrafia (50 m2), localizado no edifício Christiano Stockler das Neves
(prédio 9).
10.2.3. Cerâmica (154 m2), localizado no edifício Christiano Stockler das
Neves (prédio 9).
10.2.4. Metal, Vidro e Plástico (50 m2), localizado no edifício da Enfermaria
(prédio 23).
10.2.5. Gravura (100 m2), localizado no edifício Antônio Bandeira Trajano
(prédio 40).
10.3. Laboratórios de formação específica
10.3.1. Laboratórios de Informática
São utilizados os seguintes laboratórios localizados no campus Higienópolis da
Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM):
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Laboratório Livre de Informática (50 m2), localizado no subsolo do edifício
Christiano Stockler das Neves (prédio 9), dispondo de 20 computadores à
disposição dos alunos, independentemente das atividades didático-pedagógicas das
disciplinas.
Laboratório 1 (62 m2), localizado no edifício Mary Annesley Chamberlain (prédio
29), dispondo de 1 computador para o professor e de 40 computadores para os
alunos.
Laboratório 5 (44 m2), localizado no edifício Rev. George Whitehill Chamberlain
(prédio 10), dispondo de 1 computador para o professor e de 29 computadores para
os alunos.
Laboratório 7 (48 m2), localizado no edifício Rev. George Whitehill Chamberlain
(prédio 10), dispondo de 1 computador para o professor e de 28 computadores para
os alunos.
Laboratório 8 (47 m2), localizado no edifício Rev. George Whitehill Chamberlain
(prédio 10), dispondo de 1 computador para o professor e de 28 computadores para
os alunos.
Softwares utilizados no âmbito do Curso: Windows 7 Enterprise 64 Bits, 7-Zip,
Adobe Photoshop CS6 (64 Bit), Adobe Reader (IE), Autodesk, AutoCAD 2013 -
English - Win64bit, AutoCAD Architecture 2013, Autodesk 3ds Max Design 2013 64-
bit – English, Revit 2013 - English - Win64bit, Google Earth, Google SketchUp 8,
Gravador CD – DVD, JetBee, Kaspersky Anti-Virus 6.0 para Windows Workstations
MP4, Microsoft Office 2010, PDF CuteWriter (PDF Creator), Adobe Acrobat Distiller
X, Adobe Acrobat X Pro, Adobe Reader X, sempre atualizados conforme política
institucional para a área.
10.3.2. Demais laboratórios
10.3.2.1. Conforto Ambiental (50 m2), localizado no edifício Christiano Stockler
das Neves (prédio 9). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na
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área de conforto ambiental (térmica, ventilação, insolação e iluminação natural e
acústica).
10.3.2.2. Modelos e Maquetes (50 m2), localizado no edifício Christiano Stockler
das Neves (prédio 9). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na
área da experimentação, mediante o uso de modelos e maquetes.
10.3.2.3. Marcenaria (190 m2), localizado na Rua Maria Antônia n° 139.
10.3.2.4. Prototipagem Rápida (50 m2), localizado no edifício Christiano Stockler
das Neves (prédio 9).
10.3.2.5. Mecânica dos Solos (90 m2), localizado no edifício Henrique Pegado
(prédio 6). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na área de
solos.
10.3.2.6. Materiais de Construção Civil (130 m2), localizado no edifício Henrique
Pegado (prédio 6). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na área
de materiais de construção, aplicados à construção civil.
10.3.2.7. Estruturas (198 m2), localizado no edifício Mattathias Gomes dos Santos
(prédio 14). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na área de
estruturas e materiais de construção estruturais, aplicados à construção civil.
10.3.2.8. Topografia (20 m2), localizado no edifício Alfred Cownley Slater (prédio
4). Consta de local onde os equipamentos didáticos para auxílio às aulas práticas
das disciplinas de topografia ficam alojados.
10.4. Laboratórios para prática profissional e prestação de serviços à comunidade
10.4.1. Escritório Modelo – Mosaico (60m2), localizado no edifício Christiano
Stockler das Neves (prédio 9). Destinado a apoiar atividades relacionadas ao
cotidiano da prática profissional, por meio de desenvolvimento de projetos
arquitetônicos.
10.4.2. Laboratório de Georeferenciamento – Este laboratório está em
funcionamento desde o início do ano de 2012 e conta com a colaboração de
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professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Escola de Engenharia e
da Faculdade de Computação e Informática.
Em paralelo às atividades de pesquisa do Laboratório de Geotecnologias, o
mesmo tem oferecido a atividade de extensão denominada Fórum Técnico sobre
Geoprocessamento, que busca capacitar os participantes para trabalhos e
pesquisas com geotecnologias.
10.4.3. Canteiro experimental – O Projeto Pedagógico do Curso de
Arquitetura e Urbanismo destaca o Programa do Canteiro Experimental, em
decorrência do reconhecimento da íntima relação entre a prática e a teoria. Essa
dualidade tem se expressado no processo de ensino e aprendizagem da atividade
projetual, pelo entendimento de que a ideia ou o conjunto de conceitos irão
adquirindo configurações físicas e formais que as aproximam de um saber técnico,
por meio da predominância de operações de simulações vindas, exclusivamente, do
desenho e de modelos cada vez mais digitais.
A separação entre o universo da construção e o do projeto acaba por caracterizar
uma produção arquitetônica carente da ideia da construção e de sua poética, com
prejuízo não só de sua expressão como linguagem, como da sua apropriação pela
sociedade.
O canteiro experimental tem como objetivo a aproximação desses dois universos
– o da concepção e o da realização – valendo-se de duas escolhas estratégicas:
Criar com os materiais – desenvolvimento de projetos de pesquisa e
experimentação procurando explorar hipóteses temáticas a partir dos materiais, do
reconhecimento de sua especificidade, de suas propriedades, capacidades e
possibilidades de aplicação. Tanto dos materiais tradicionais – pedra, madeira,
cerâmica, concreto, aço e vidro –, e de toda a cultura construtiva a eles incorporada,
quanto dos novos materiais e das novas possibilidades aportadas pela indústria.
Neste sentido, irá servir de apoio, também, às atividades práticas das disciplinas de
materiais e técnicas de construção vinculadas ao Curso.
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Criar dentro de um processo coletivo e participativo – por entender que todo
projeto de pesquisa e experimentação deve possuir a capacidade de agregar um
entorno social de interlocução e apoio, ao procurar responder a interesses,
necessidades e demandas, setoriais e específicas, de promotores, produtores e
usuários.
A aplicação simultânea dessas duas escolhas estratégicas visa a estabelecer
novas pontes entre a universidade e a sociedade.
No tocante aos aspectos laboratoriais, o Curso de Arquitetura e Urbanismo
pretende ver concretizado, a curto e médio prazos, além da ampliação do laboratório
de prototipagem rápida, a constituição dos laboratórios de: modelagem,
parametrização e de realidade virtual; projetos e de políticas públicas, e a empresa
júnior.
A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo deve buscar, permanentemente, a
atualização de laboratórios e instrumental, que a mantenham em consonância com a
contemporaneidade das atuações da arquitetura e do urbanismo, com plena
acessibilidade ao corpo docente e discente para atividades acadêmicas, com apoio
técnico de laboratorista.
10.4.4 Laboratório de Projetos e Políticas Públicas
Laboratório destinado ao desenvolvimento de projetos, consultorias, assessorias
e prestação de serviços a empresas e órgãos públicos das três esferas de governo e
da administração pública direta e indireta.
10.5. Salas de aula
Todas as 27 salas de aula localizadas no Edifício Christiano Stockler das Neves,
que atendem ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, são equipadas com data show,
computadores com conexão à internet, rede Wi Fi, sistema de som, ventiladores de
teto e pranchetas.
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Possuímos ainda uma sala de aula interativa, equipada com lousa digital, e um
ateliê multiuso localizado no térreo, com sala para palestras e exposições, equipada
com dois televisores de 50”/LED e ar condicionado.
A acessibilidade a todas as instalações do Curso está assegurada pela presença
de rampas, instalação de elevador e sanitários equipados para atender aos
portadores de necessidades especiais.
Todos os serviços relacionados à limpeza são executados por empresa
terceirizada que realiza seus procedimentos diariamente, distribuídos em três turnos
(manhã, tarde e noite). Os serviços relacionados à manutenção predial e de
equipamentos são realizados por equipes especializadas da própria Universidade.
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BIBLIOGRAFIA DE APOIO
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_____. Ato da Reitoria nº 01, de 25 de fevereiro de 2010. Regimento Geral da Universidade. Disponível em: http://www.mackenzie.br/regimento_geral.html?&L=3%20%20%2Fcontact.php. Acesso em 31 de julho de 2013.
_____. Ato da Reitoria nº 03, de 23 de março de 2010. Cria e implanta o Núcleo Docente Estruturante (NDE), no âmbito de cada Curso de graduação oferecido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), e dá outras providências. Não publicado.
_____. Ato da Reitoria nº 32, de 21 de julho de 2011. Altera dispositivos do Ato nº 03, de 23 de março de 2010, que criou e implantou o Núcleo Docente Estruturante (NDE), no âmbito de cada Curso de Graduação oferecido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), adequando e consolidando o Regulamento que trata de suas atividades, e dá outras providências. Não publicado.
_____. Orientação Normativa nº 01, de 2012. Divulga e esclarece, tornando norma de regência para a comunidade universitária, os procedimentos para atendimento ao que dispõe o Art. 2º, inciso II da Ordem Interna da Reitoria nº 25, de 06 de outubro de 2011, e dá outras providências. Não publicado.
_____. Orientação Normativa nº 04, de 2013. Orienta o procedimento com vistas ao aproveitamento de disciplinas eletivas como atividades complementares de ensino, e dá e dá outras providências. Não publicado.
_____. Ordem Interna da Reitoria nº 25, de 2011. Regulamenta e consolida normas para a participação de docentes em eventos acadêmico-científicos, de capacitação docente e de representação institucional, nacionais ou internacionais, e critérios de concessão de apoio institucional, e dá e dá outras providências. Não publicado.
_____. Ordem Interna da Reitoria nº 32, de 2012. Cria Programa de Apoio aos docentes da UPM em Estágios de Pós Doutoramento, em IES nacionais e internacionais, e dá e dá outras providências. Não publicado.
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