promover a inclusÃo digital no processo ensino ... · 8.7 implementaÇÃo do projeto de...
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
SARA ROCHA DA SILVA
PROMOVER A INCLUSÃO DIGITAL NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DO PROFESSOR DA
ESCOLA PÚBLICA INCLUSIVA
JACAREZINHO, PARANÁ2010
SARA ROCHA DA SILVA
PROMOVER A INCLUSÃO DIGITAL NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DO PROFESSOR DA
ESCOLA PÚBLICA INCLUSIVA
Projeto de Intervenção Pedagógica apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED como parte integrante das atividades. Área de Conhecimento: Educação Especial
Orientador: Prof. Ms. Marlizete Cristina Bonafini Steinle
JACAREZINHO, PARANÁ2010
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar e fazer um novo FIM!
Chico Xavier
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.........................................................................................051.1 PROFESSOR PDE..............................................................................................................051.2 ÁREA PDE.........................................................................................................................051.3 NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO.........................................................................051.4 PROFESSOR ORIENTADOR...........................................................................................051.5 INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR.........................................................................051.6 ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO...................................................................................051.7 PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO.......................................................................052 TEMA DE ESTUDO ...........................................................................................................053 TÍTULO ...............................................................................................................................054 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................055 PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO .............................................................................076 OBJETIVOS ........................................................................................................................086.1 GERAL...............................................................................................................................086.2 ESPECÍFICOS........................................................................................................…........08 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .....................................................................................097.1 CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA........... 097.1.1 Refletindo sobre a escola inclusiva na Educação para a Diversidade.......................097.1.2 Quem é a Pessoa com Necessidade Educacional Especial – PNEE?.........................107.2 COMPREENDENDO A INCLUSÃO DIGITAL..............................................................127.2.1 Os benefícios da Inclusão Digital no contexto da Escola Inclusiva...........................137.2.2 O papel do Professor no processo de inclusão digital com os alunos com
necessidades educativas especiais................................................................................147.2.3 O papel das TICs na formação do Professor..............................................................158 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO ..............................................................................................178.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA............................................................................ 188.2 CAMPO DA PESQUISA...................................................................................................188.3 PÚBLICO ALVO...............................................................................................................188.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS...................................................................188.5 GRUPO DE TRABALHO EM REDE...............................................................................188.6 PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA.......................................................................198.7 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA
ESCOLA..............................................................................................................................198.7.1 Procedimentos................................................................................................................208.8 ARTIGO CIENTÍFICO......................................................................................................229 CRONOGRAMA DE AÇÕES............................................................................................22REFERÊNCIAS........................................................................................................................23
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Sara Rocha da Silva
Área PDE: Educação Especial
NRE: Cornélio Procópio
Professor Orientador IES: Marlizete Cristina Bonafini Steinle
IES vinculada: UENP
Escola de Implementação: Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental
Público objeto da intervenção: Professores envolvidos no processo de inclusão
2 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
Educação à distância e Tecnologias Educacionais
3 TÍTULO
PROMOVER A INCLUSÃO DIGITALNO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DO
PROFESSOR DA ESCOLA PÚBLICA INCLUSIVA
4 JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO
A persistente presença de obstáculos dificulta ações concretas e efetivas em relação à
educação do aluno com necessidades educacionais especiais e apesar de muitos esforços,
ainda são inúmeras as barreiras físicas e sociais que impedem o efetivo processo de integração
dos educandos especiais no ensino regular.
A prática da inclusão digital propõe um novo modo de integração social, no qual há
uma revolução de valores e atitudes que exigem mudanças na estrutura da sociedade e da
própria educação escolar, procurando buscar formas de incluírem as pessoas com
necessidades educacionais especiais no convívio escolar.
Entendemos a alfabetização tecnológica como aquisição de habilidades para ler e
interagir com uma estrutura textual diferente, e que envolve o texto na tela e o entendimento
das barras de ferramentas e ícones, o uso do teclado e do mouse, a habilidade de gravar e
imprimir textos e telas e, principalmente à percepção lógica desse meio tecnológico. Tal
lógica envolve a compreensão das regras e da sucessão das telas e movimentos, além da
linguagem envolvida. De acordo com Marques (1999), transportamos para a folha de papel as
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linguagens da oralidade, para arquivos digitais, o desenho das palavras, ou seja, lidamos o
tempo todo com linguagens articuladas em diferentes suportes tecnológicos.
A cada dia que passa torna-se mais necessário o uso de computadores em nossa vida
cotidiana. Nossos alunos já vivem em um mundo povoado de computadores por toda parte.
As escolas tendem invariavelmente a incorporar os computadores como dispositivos regulares
de apoio ao ensino, e cada vez mais será necessário fazer uso desses recursos para
promovermos um ensino de qualidade.
A tendência atual é que cada vez mais os computadores invadam as escolas, e junto
com eles, o “ensino à distância” uma nova modalidade de ensino que vem sendo utilizada
cada vez, pela sua capacidade de extrair um novo modelo de aluno, apesar de ter milhares de
anos de existência e já ser regulamentada no Brasil desde 1990, há pouco tempo vem sendo
difundida. Neste modelo de ensino, o aluno aprende a construir e reconstruir sua própria
aprendizagem dispõe de uma nova iniciativa e consciência crítica e participa ativamente de
sua própria formação.
Com essa nova proposta de ensino que facilita e motiva a aprendizagem, tanto o aluno
quanto o professor tem a chance de apropriar de conhecimentos tecnológicos e aprimoram sua
capacidade de busca por conteúdos e ferramentas que o ambiente da internet propicia, além de
proporcionar uma prática pedagógica de qualidade.
O uso de computadores pode representar um forte estímulo ao aprendizado dos
alunos com necessidades especiais, pois a utilização de recursos multimídias nos programas
educativos torna estes programas muito mais atrativos, permitindo assim melhorar o
desenvolvimento do educando.
Quando o professor introduz o uso de tecnologias em sua prática pedagógica, ele
estará de modo geral tem permitindo a participação de forma efetiva dos alunos portadores de
necessidades educacionais especiais em atividades acadêmicas, profissionais, culturais, de
lazer, obtendo uma boa resposta na interação e aprendizagem dos mesmos.
Em meio ao cenário tecnológico em que se encontra o profissional docente, as atuais
discussões e políticas públicas na área de informática na educação têm considerado o
professor como um componente fundamental para o processo de introdução do computador
no cotidiano do ensinar e aprender. Espera-se que ele, na sala de aula, promova a interação
entre a informática e a sua disciplina e, por meio dessa interação, proporcione aos alunos o
acesso às novas informações, experiências e aprendizagens de modo que aprendam
efetivamente, sejam críticos diante das informações e do conhecimento promovido por meio
da tecnologia.
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Na maioria das escolas públicas é evidente a carência de conhecimento sobre as
novas tecnologias na área da informática, englobando informações sobre computadores,
softwares, internet e outros equipamentos ligados à área educacional. É preocupante a
dificuldade no uso do computador e seus recursos, se os professores não estão devidamente
capacitados para utilizarem as tecnologias que a escola dispõe, as consequências caem sobre
os alunos que acabam concluindo os níveis de ensino e nem se quer visitam o laboratório de
informática.
Dessa forma, este projeto se justifica pela necessidade instrumentalizar professores
para o uso pedagógico de algumas das novas tecnologias de apoio à aprendizagem
considerando que a adoção de modernos instrumentos em velhas práticas educacionais não é
garantia de uma nova educação. Esse curso pretende levantar essas reflexões e preparar
professores para essa nova realidade.
Neste sentido, é que necessitamos de um processo de capacitação e aprimoramento
dos educadores, que, na sua posição modificada de um participante de um processo de ensino
aprendizagem, deixam de ser meros instrutores ou gerenciadores do conhecimento. Num
tempo em que no uso das tecnologias da informação, não mais distinguem no processo de
comunicação, os educandos com ou sem necessidades educativas especiais, e os educadores
se vêm afetados por essas novas formas de comunicação, como a acessibilidade, a
interatividade, a flexibilidade, a variação espaço temporal, a participação grupal, etc. Diante
destas mudanças provocadas, quando se utilizam novas tecnologias em educação, também os
educadores passam a necessitar de um processo de alfabetização digital, sempre com a
pesquisa e a busca de novos conhecimentos, a fim de aprimorar seu desejo de formar cidadãos
críticos e conectados com o mundo.
5 PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO
Tem se lutado muito para transformar a escola em uma instituição mais inovadora do
que tradicional, uma vez que a cultura escolar tem resistido bravamente às mudanças. A
exclusão digital de maneira geral é uma das muitas formas de manifestação da exclusão
social. Estamos vivenciando um momento onde toda a informação está voltada para os meios
eletrônicos. O excluído digital passa a ter dificuldade de conhecer e de exercer seus direitos
de cidadão, ainda mais quando estamos lidando com pessoas que já possuem determinadas
limitações, como no caso de alunos com necessidades educacionais especiais, em que a
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preocupação por si já é maior. Contudo não há avaliação criteriosa que permita verificar se os
ambientes de ensino-aprendizagem propostos hoje para nossos alunos com necessidades
educacionais especiais, possibilitam uma melhor qualidade. Dessa constatação nasceu o
problema que se propõe investigar: por que os professores resistem em promoverem a
inclusão digital em sua sala de aula? Será a inclusão digital um recurso didático necessário a
inclusão? De que forma efetuar uma instrumentalização para o professor para que ele possa
propor atividades diferenciadas aos seus alunos com necessidades educacionais especiais
utilizando os recursos que o computador oferece? A partir daí a hipótese de elaborar um
projeto que contemple soluções para ajudar na diversificação das estratégias usadas em sala
de aula para transmitir os conteúdos pelo professor e podem também estimular uma postura
mais ativa dos alunos através da autonomia para pesquisa e produção de conhecimento, já que
através da internet há possibilidades de acesso a uma gama de informação e interatividade,
estimulando cada vez mais a participação e a autonomia dos usuários, abrindo uma porta para
a inclusão digital.
6 OBJETIVOS
6.1 OBJETIVO GERAL
Instrumentalizar o professor da escola pública quanto ao uso e a inclusão de recursos digitais
em sua aula favorecendo o processo de ensino/aprendizagem dos seus alunos.
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Promover um curso de formação técnica sobre o uso da informática;
Organizar grupos de estudos que contemplem a importância da inclusão digital no
contexto da escola;
Colaborar com a criação de um ambiente virtual de aprendizagem;
Criar atividades para alunos inclusos atendendo as suas necessidades.
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7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
7.1 CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Todos sabem que a sociedade atual é caracterizada como a sociedade da informação e
do conhecimento. Deste modo, as mudanças nesta sociedade ocorrem de forma veloz e estar
incluídas nela, as pessoas precisam estar capacitadas para cumprirem com as exigências do
mundo moderno. Diante deste contexto – mudança - é a palavra de ordem no século XXI, e a
escola deve se adequar a ela, uma vez que exerce enorme influência na sociedade
contemporânea.
Refletindo sobre este panorama apresentado, percebe-se que a escola não esta
conseguindo acompanhar o ritmo de desenvolvimento pela qual a sociedade passa o que faz
com que deixe de cumprir com a função de integrar o homem ao mundo, uma vez que as
práticas educativas não avançaram no seu objetivo de promover a autonomia humana.
Assim, a relevância da função da escola é reconhecida quando desencadeia no seu
cotidiano, reflexões que levem o aluno a construir sua dimensão emancipatória, por meio das
mais diversificadas situações, as quais exigem posicionamento e tomada de decisões de seus
cidadãos.
De acordo com Mantoan:
A inclusão não é simplesmente inserir uma pessoa na sua comunidade e nos ambientes destinados a sua educação, saúde, lazer, trabalho. Incluir implica em acolher a todos os membros de um dado grupo, independente de suas peculiaridades; é considerar que as pessoas são seres únicos diferentes uns dos outros, e, portanto, sem condições de serem categorizadas. Já é tempo de reconhecermos que todos estamos juntos e nascemos neste mundo, e que por isso não podemos excluir ninguém e nem mesmo convidar a que se aproximem os que estão à margem, pelos mais diferentes motivos entre os quais as incapacidades físicas, intelectuais sensoriais, sociais (2000, p.56).
Neste contexto, a escola deve ser parceira do processo ensino e aprendizagem e ainda
fornecer instrumentos que auxiliem o professor a promover o crescimento pessoal, social,
cognitivo e cultural de seus alunos, integrando a sua prática pedagógica o uso das tecnologias.
7.1.1 Refletindo sobre a escola inclusiva na Educação para a Diversidade
Sabe-se que a escola deve ser um espaço organizado para que se dê a construção de
valores, conhecimentos e habilidades necessárias ao exercício da cidadania. Esta organizaçao
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proporciona leva o aluno a compartilhar o saber e as emoções, assim, é na escola que se
desenvolve o espírito crítico.
Atualmente, organizar a escola pressupõe incluir também a diversidade cultural, o que
tem se mostrado como um desafio a convivência humana, pois, durante muito tempo a
humanidade exigiu da sociedade uma visão padronizada de homem, desconsiderando que a
própria sociedade é composta de diferenças.
A ideia de uma sociedade inclusiva fundamenta-se numa filosofia que reconhece e
valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade.
Partindo desse princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos humanos, afirma
a garantia de acesso e a participação de todos, independentemente das peculiaridades de cada
indivíduo e/ou grupo social (Brasil, 2004, p.8).
Portanto, uma escola inclusiva deve ser um espaço não só para alunos com
deficiências, mas sim, para todos os alunos. Esta nova organizazação implicando na
estruturação de um sistema educacional que reconheça e ao mesmo tempo atenda às
diferenças, respeitando as necessidades deducacionais de seus alunos, pois, a expressão
necessidade especial não significa somente portar uma deficiência mas também, ter uma
limitação temporárea ou permanente.
O desafio da inclusão escolar nos dias atuais vai além de oportunizar o acesso aos
alunos com necessidades educacionais especiais ao ensino regular, é também, garantir
condições indispensáveis para que estes alunos possam manter-se na escola e ao mesmo
tempo aprender.
Na escola inclusiva a diversidade é reconhecida como uma experiencia que leva todos
os alunos a aprendem juntos, independente de suas condições pessoais, sociais ou culturais ou
mesmo, seu funcionamento intelectual. N a escola inclusiva, sua proposta pedagógica deve
atender às necessidades educacionais de todos os alunos, cabendo ela – escola - adaptar-se aos
alunos e não estes a ela.
7.1.2 Quem é a Pessoa com Necessidade Educacional Especial – PNEE?
O termo necessidades educacionais especiais tornou-se muito conhecido, na
Declaração de Salamanca (1994) quando buscou-se com esta nova terminologia atenuar as
denominações de retardados, excepcionais, imbecis, débeis, entre outras que, de forma
negativa rotulavam as pessoas com deficiência.
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Infelizmente, as denominações citadas anteriormente, conferiram as pessoas com
necessidade educativas especiais, uma impressão negativa quanto as suas competências e suas
aprendizagens, sendo durante muito tempo reconhecidas como, incapazes, improdutivas, um
peso para a sociedade.
Podemos definir a pessoa com necessidades educacionais especiais como aquelas que
necessitam de atenção educacional diferenciada em alguns dos seus aspectos mesmo que não
seja em todos; mas no que se refere à aprendizagem, são pessoas que possuem necessidades
educacionais adequadas, aquelas que apresentam comprometimento orgânico ou psíquico.
Vale destacar que a denominação pessoas com necessidades educativas especiais não é
um nomenclatura utilizada somente para as pessoas com deficiências, mas sim, para todas as
pessoas que possuem alguma necessidade especial seja ela permanente ou transitória.
As deficiências e as doenças são condições, definitivas ou transitórias, Que implicam em determinadas necessidades, que são chamadas de especiais –. NE se não forem compartilhadas pela maioria das pessoas. Caso essas necessidades especiais não possam ser atendidas pelos meios tradicionais de ensino, por demandarem uma série de recursos e estratégias de caráter mais especializado por parte da instituição, elas passam a denominar-se de necessidades educacionais especiais NEE. Ferreira,( 2007, p. 44).
Agora essas pessoas, são tidas como portadoras de necessidades educacionais especiais.
Segundo a Declaração de Salamanca 1994, “O termo “necessidades educacionais especiais”
refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se
originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem”.
O DECRETO N° 5296, de 02 de dezembro de 2004, capítulo I trata das disposições gerais: O
Art. 3º para efeito deste Decreto considera-se:
I deficiência toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, Fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano; II deficiência permanente aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; III incapacidade uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida.
Já o Art. 4º considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
I deficiência física alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
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triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções; II deficiência auditiva – III deficiência visual acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações; IV deficiência mental funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: a) comunicação; b) cuidado pessoal; c) habilidades sociais; d) utilização da comunidade; e) saúde e segurança; f) habilidades acadêmicas; g) lazer; h) trabalho; V deficiência múltipla associação de duas ou mais deficiências.
7.2 COMPREENDENDO A INCLUSÃO DIGITAL
É uma forma de proporcionar inclusão da maioria na sociedade da informação,
tornando mais fácil a sua vida no mundo digital e a democratização e acesso às tecnologias da
informação maximizando o tempo e as potencialidades. A pessoa incluída não é somente
quem usa a nova linguagem que está no contexto digital com a finalidade única de trocar
e-mails, mas, também os sujeitos que se utilizam dessa tecnologia para acrescentar melhoria
na sua qualidade de vida.
Vale destacar que um incluído digital não é aquela pessoa que somente utiliza essa
nova linguagem - mundo digital, tendo como único objetivo trocar e-mails, mas sim, aquelas
pessoas que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida.
Revisitando o contexto histórico é possível inferir que a propagação da inclusão digital
se deu em muitos países no século XX, na década de 90, permitindo que milhares de pessoas
se comunicassem com cidadãos do mundo todo por meio da democratização do acesso a
internet fazendo com que as pessoas aprendessem a utilizar as modernas tecnologias,
contribuindo para a melhoria das condições econômicas, sociais, culturais e políticas.
Uma das funções importantes da inclusão digital, que vem para o encontro do
desenvolvimento das tecnologias que dão acesso aos usuários portadores de necessidades
educacionais.
Esta inclusão acontece com o uso de três elementos fundamentais que são o
computador, acesso à internet, e os domínios das ferramentas citadas, não é somente possuir
um computador conectado à internet que podemos dizer que ele está incluído digitalmente,
mas é necessário que ele saiba como proceder com essas ferramentas.
Outra função de muita relevância à inclusão digital é também o desenvolvimento das
tecnologias que facilitam o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais.
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7.2.1 Os benefícios da Inclusão Digital no contexto da Escola Inclusiva
Mudança é a palavra de ordem na sociedade da informação e do conhecimento. A
educação não pode ficar alheia a este fato, já que a inclusão educacional dos alunos com
necessidades educacionais especiais já acontece e a escola regular, já esta recebendo estes
alunos. Mas, infelizmente o que se observa é que a escola regular ainda encontra dificuldades
para atender as necessidades apresentadas pelos seus alunos, e muitas vezes, encontra-se a
margem do processo de inclusão digital, uma vez que este se apresenta como um dos recursos
viáveis para o processo de inclusão.
Neste contexto acredita-se que a inclusão da informática na educação em geral deverá
mudar a maneira de concebermos como aprendemos e como ensinamos e poderá ajudar a
formar cidadãos críticos, criativos e preparados para a sociedade do conhecimento. Nosso
desejo é que a informática possa contribuir para a construção de um projeto de uma sociedade
melhor para todos.
Valente (1999) destaca que o computador armazena, representa e transmite
informações. Estas informações possibilitam ao aluno a construção do conhecimento à
medida que recebe as informações que são memorizadas e processadas pelos esquemas
mentais. Quando o aluno está diante de um desafio ou problema que precisa ser resolvido, ele
busca um novo conhecimento. Caso o aluno não obtenha conhecimento suficiente, busca
outras informações que, são unidas ao conhecimento existente, possibilitam ao aluno a
execução de sua tarefa.
Outro fator interessante é que por meio do computador os alunos sentem-se mais livres
e os erros tornam-se mais insignificantes. Apagar e fazer novamente torna mais divertido e
menos traumático. Deste modo o erro é visto como hipótese de acerto e colabora com o
desenvolvimento do aluno. Assim, quando o aluno percebe que errou, entra em conflito e se
desequilibra. Ao buscar o equilíbrio novamente, ele reconstrói o novo conhecimento.
Este processo proporciona ao aluno um aprendizado, pois ele pensa, reflete, analisa e
realiza sua ação diante da descoberta do erro. O computador, pela variedade de funções,
permite ao aluno executar esta tarefa sem perceber sua real dimensão de aprendizagem
(VALENTE, 1999).
Normalmente, nas atividades que os alunos realizam em sala, percebe-se certa
resistência em refazê-las, caso estejam erradas. No computador, dificilmente o aluno se recusa
a corrigir a tarefa. E esta correção, geralmente, decorre da necessidade do próprio aluno
quando percebe o erro.
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Em relação às atividades de programação, é importante ressaltar que, quando o aluno
executa uma tarefa e percebe que não atingiu seu objetivo, reformula suas ideias, procura pelo
erro e executa a tarefa de programação novamente. Quando o aluno com necessidades
educacionais especiais atinge seu objetivo, sente-se motivado a efetuar outras tarefas. Neste
processo, é fundamental a participação e o acompanhamento do professor. Vale destacar que é
o professor quem vai planejar e executar ações para que o aluno descubra o próprio erro
(VALENTE, 1991).
No caso dos alunos com necessidades educacionais especiais, esta interação com a
máquina faz com que eles se tornem mais audaciosos, desprovidos de insegurança. Estes
fatores contribuem com o seu desenvolvimento intelectual de maneira natural, pois, acredita-
se que ações como a tentativa, o comando, a construção e a desconstrução do erro e a
liberdade do ato de experimentar que contribuem para o processo de ensino e aprendizagem
dos alunos com necessidades educativas especiais, tendo nelas a mediação do professor.
7.2.2 O papel do Professor no processo de inclusão digital com os alunos com
necessidades educativas especiais.
Pesquisas demonstram que a cada dia que a sociedade e a educação estão passando por
inúmeras mudanças, no entanto, a cada vez mais tem se afirmado a importância da presença
mediadora do professor no processo de ensino, pois, a sua experiência de vida e os seus
conhecimentos científicos aprofundados na sua área de atuação, somados ao domínio das
tecnologias tornam-se necessárias na medida em que ele crie mecanismos apropriados para
associar tecnologias antigas com as atuais para poder transmitir aos alunos o uso correto e
responsável da internet, além de ter condições de avaliar melhor, as fontes de informações,
para que no momento em que o aluno tenha que realizar um trabalho de pesquisa sobre um
determinado assunto, ele possa então apresentar um trabalho com mais qualidade.
O professor diante das novas exigências educacionais deve ser mediador, auxiliador,
orientador da aprendizagem do aluno. É através deste papel que ocorre o que Masetto (2000)
chama de mediação pedagógica.
Para Masetto (2000) é a partir desta mediação que o professor colabora para que o
aluno alcance seus objetivos, ajudando-o a “coletar informações, relacioná-las, organizá-las,
discuti-las e debatê-las com seus colegas, com o professor e com outras pessoas” (Moran,
Masetto e Behrens, 2000, p. 145), produzindo, desta forma, um conhecimento significativo.
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Com isso, o receio de ser substituído pela máquina torna-se infundado, pois, por mais
que a máquina ofereça ao aluno, jamais será capaz de oferecer condições para que
a informação adquirida transforme-se em conhecimento significativo, esse é o papel do
professor.
7.2.3 O papel das TICs na formação do Professor
O uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nos dias de hoje tem se
tornado muito importante. Todas as atividades humanas necessitam de se apoiar numa base de
informações confiáveis e, se possível, cada vez mais completa. A disponibilidade desses
recursos deve integrar a pauta de reivindicações por uma sociedade mais justa e igualitária,
não basta que usemos as tecnologias em nossa prática pedagógica, é necessário que o
professor receba uma capacitação para o uso adequado das tecnologias no sentido de inovar,
produzir novos conhecimentos e buscar soluções adequadas às necessidades da escola.
Sabe-se que já existe uma preocupação com iniciativas de formação de professores no
que diz respeito a apropriação das tecnologias da informação e comunicação (TIC).
Entretanto, reconhece-se que de modo geral, a formação acadêmica do professor não
proporciona uma dinâmica adequada capaz de fomentar o desenvolvimento da autonomia
docente numa cultura da informação.
Este fato é compreendido por Valente (1993, p.22), quando diz: “a formação do
professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas
computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e
seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica”.
A partir das ideias de Valente (1993) acredita-se que esta prática possibilita a transição
de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora - interdisciplinar - de
conteúdo, além de voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada
aluno.
Devemos criar alternativas para que o professor tenha condições de fazer a
recontextualização do aprendizado e da experiência adquirida no decorrer da sua formação, à
sua prática em sala de aula, sendo compatível às necessidades de seus educandos e seus
objetivos propostos.
Da mesma forma que se observa que a política de formação de professores, ainda não
despertou para instrumentalização do futuro professor para o uso das TIC’s, as instituições de
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ensino com a chegada dos recursos tecnológicos, pouco se fez com os professores para
mostrar quais seriam os caminhos mais produtivos para o uso dessa tecnologia no processo
educativo.
De acordo com Moran (2000), os professores percebem a cada dia que passa que os
alunos estão dominando as tecnologias, muitos receiam mostrar as suas dificuldades, perante
seus alunos, eles sabem que precisam mudar esse comportamento, mas ainda não dominam
esta prática, não tendo segurança para fazê-la. As instituições muitas vezes colocam máquinas
à disposição dos professores, sem antes prepará-los para o uso destas tecnologias. Diante
deste impasse a frustração de ver os esforços e muito dinheiro gasto sem que haja grandes
mudanças nas aulas e no cotidiano do professor.
Com isso, vem à tona uma questão que deve ser criteriosamente refletida por todos nós
educadores e que diz respeito à forma como esses recursos têm sido utilizados.
Segundo Alonso e Masetto, em “Educadores para o mundo em transformação”, (1997)
para que possamos introduzir a informática na escola precisamos inovar a forma de
qualificação do professor que possui uma grande capacidade intelectual para criar algo novo
se deparar com o desconhecido partindo da sua prática pedagógica para o seu
desenvolvimento pessoal.
Diante desta onda tecnológica torna-se necessário uma política de formação
continuada para os professores, para que a partir da sua instrumentalização digital possam
incluir o uso das novas tecnologias no seu plano didático. As formas de utilização das
tecnologias devem primar pela escolha de diferentes formas, no sentido de propor aos seus
alunos atividades que necessitam do uso dos recursos tecnológicos nos laboratórios, na sua
aula ou ainda nas atividades a distancia tais como fórum, blog, etc., dando oportunidade para
que o aluno realizar a atividade no local e horário que lhe for mais conveniente.
Dessa forma, este estudo se justifica pela necessidade instrumentalizar professores
para o uso pedagógico de algumas das novas tecnologias de apoio à aprendizagem
considerando que a adoção de modernos instrumentos em velhas práticas educacionais não é
garantia de uma nova educação. Esse estudo pretende levantar essas reflexões e preparar
professores para essa nova realidade.
Neste sentido, é que necessitamos de um processo de capacitação e aprimoramento
dos educadores, que, na sua posição modificada de um participante de um processo de ensino
aprendizagem, deixam de ser meros instrutores ou gerenciadores do conhecimento.
Num tempo em que estas redes, construídas telematicamente, não mais distinguem no
processo de comunicação, os educandos com ou sem necessidades educativas especiais, e os
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educadores se vêm afetados por essas novas formas de comunicação, como a acessibilidade, a
interatividade, a flexibilidade, a variação espaço temporal, a participação grupal, etc.
Diante destas mudanças provocadas, quando se utilizam novas tecnologias em
educação, também os educadores passam a necessitar de um processo de alfabetização digital,
sempre com a pesquisa e a busca de novos conhecimentos, a fim de aprimorar seu desejo de
formar cidadãos críticos e conectados com o mundo.
As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes. (MORAN, 2007, p. 162-166).
Com a evolução e uso crescente das tecnologias da informação e comunicação (TIC),
observa-se o surgimento de novas categorias de conhecimentos, aprendizagens e
racionalidades.
Lévy (1993) classifica o conhecimento em três formas distintas: oral, escrita e digital.
Atualmente, constata-se que as três categorias coexistem, mas torna-se fácil perceber que a
modalidade digital cresce e se dissemina vertiginosamente, caracterizando a era digital.
Assim, a abordagem tecnológica na educação impõe desafios diante de ações
pedagógicas que resultem efetivamente em um trabalho produtivo frente à realidade atual.
Embora seja possível observar um número crescente de investigações sobre tecnologias na
educação a formação do professor gera questionamentos à proporção que o uso de
determinados recursos tecnológicos ainda não tenham sido efetivamente integrados à prática
docente.
8 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, criado para promover a
formação continuada de professores da rede estadual de educação, constitui de um conjunto
de atividades organizadas por períodos e orientadas por docentes de instituições de ensino
superior, visando à melhoria da qualidade de ensino público do estado do Paraná.
Como introdução aos trabalhos do Programa propõe-se a elaboração de um Projeto de
Intervenção Pedagógica na Escola o qual compreende cinco momentos.
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8.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Pesquisa de caráter teórico prático de natureza aplicada, exploratória que utilizará o
procedimento experimental com abordagem qualitativa e usará questionário como
instrumento de investigação.
8.2 CAMPO DA PESQUISA
A intervenção pedagógica se dará na Escola Estadual João Turin – Ensino
Fundamental do município de São Sebastião da Amoreira vinculada ao Núcleo Regional de
Educação de Cornélio Procópio, no estado do Paraná, será direcionado aos professores que
possuem alunos com necessidades educacionais especiais inseridos em sua sala de ensino
regular e dará uma abertura para a equipe pedagógica da escola.
8.3 PÚBLICO ALVO
O presente trabalho contará com a participação de 20 professores da escola campo de
pesquisa.
8.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Será utilizado como coleta de dados um questionário com perguntas semi-abertas.
8.5 GRUPO DE TRABALHO EM REDE
Trata-se de um curso de capacitação para professores da rede estadual desenvolvido
em ambiente virtual “Moodle” denominado “e-escola”, cujo objetivo é levar a proposta do
PDE bem como as atividades produzidas, aos professores participantes do curso para que os
mesmos se apropriem das produções, analisem, discutem e deem suas contribuições dentro do
ambiente.
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8.6 PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Refere-se ao material didático produzido no segundo ano do PDE, com o objetivo de
enriquecer a implementação do Projeto de Intervenção na Escola, onde neste trabalho
pretende-se desenvolver um OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativa), com o intuito de
produzir um material diversificado para que posteriormente os professores possam fazer uso
em suas aulas.
8.7 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA
ESCOLA
O presente trabalho será implementado utilizando o método indutivo, com pesquisas
de caráter experimental, participativa e qualitativa conforme descrição abaixo:
O projeto de estudo sobre inclusão digital elaborado para professores envolvidos no
processo de inclusão educacional da Escola Estadual João Turin, ensino fundamental do
município de São Sebastião da Amoreira buscará instrumentalizá-los para a utilização
significativa dos recursos tecnológicos disponibilizados na escola, especificamente aqueles
relacionados ao Laboratório de Informática do PROINFO/MEC, conectado com a internet do
Paraná Digital e instalado o sistema operacional Linux educacional, no qual contém diversos
recursos e ferramentas de produtividade, além de contar com uma infinidade de outros
recursos da ferramenta “internet”.
A instrumentalização dos professores será no sentido de introduzir noções de
informática básica, familiarização com o sistema operacional Linux, noções de netqueta,
internet, criação de contas de correios eletrônicos, blogs, página wikis etc., e demais
orientações para que eles usem os conhecimentos adquiridos para o uso da informática na
educação. O foco principal deste projeto serão os professores envolvidos com os alunos
portadores de necessidades educacionais especiais matriculados no ensino regular, já que a
maioria deles precisa de uma formação tecnológica básica e treinamentos em ambientes
virtuais de aprendizagem para que tenham condições de incrementarem a sua prática
pedagógica e introduzirem atividades inovadoras que as novas tecnologias de informação e
comunicação oferecem.
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8.7.1 Procedimentos
Pretende-se como introdução realizar um diagnóstico inicial para investigar o nível de
conhecimento de professores e alunos em informática, para que possa ser feito o planejamento
das atividades a serem executadas posteriormente. Esta sondagem será realizada por meio de
um questionário, onde informarão o que conhece sobre tecnologias na teoria e na prática.
Após a análise diagnóstica feita inicialmente será possível uma integração dos
participantes com o laboratório de informática como atividade para fim experimental e
motivadora, na qual os aprendizes terão contato com o computador e a internet.
Dentro do âmbito de investigação/aplicação será discutido alguns aspectos
relacionados ao potencial das TICs no sentido de criar espaços para
interação/comunicação/inclusão que favoreçam o desenvolvimento de portadores de
necessidades educacionais especiais, através de políticas públicas que otimizem o acesso e a
apropriação dessas tecnologias por parte desses usuários.
Diversos serviços são oferecidos pela Internet nos quais favorecem a prática das
atividades educacionais. Alguns destes serviços também serão auxiliadores da união e
socialização das pessoas no contexto escolar, dependendo de quem os utilize e que tipo de
atividade escolar irá proporcionar.
Com o endereço eletrônico, conhecido como e-mail, os alunos podem trocar
informações entre si e até com colegas de outras turmas, enviar e receber recados, tarefas, e
mesmos materiais ilustrados para realização de seus trabalhos. Em um processo de pesquisa,
isto é bastante enriquecedor e também minimiza a questão do tempo durante o trabalho,
beneficiando o aluno em todo processo.
Outra atividade que pode ser desenvolvida é a busca de conhecer outras culturas e
hábitos. Desta forma, o aluno terá que corresponder-se com outras escolas que estejam em
outras cidades ou até outros países. Possuir um endereço de e-mail e poder utilizá-lo não
representa modernidade ou sofisticação, mas indica inclusão digital e a possibilidade de ser
um cidadão, possuir um e-mail é um direito de todos os alunos, principalmente aqueles que
possuem alguma limitação. Com esta comunicação, o aluno além de aumentar seu
conhecimento promove um maior contato de pessoas.
A Lista de Discussão é outro serviço que pode ser muito bem utilizado no contexto
educacional. Com ela o professor (coordenador) promove diversos tipos de discussões que
pode envolver apenas os alunos de sua turma, como toda escola. Permite, assim, que todos
possam se expressar diante de qualquer assunto estabelecido, conhecer a opinião de outros e
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poder trocar ideias, mesmo com aquelas pessoas que não conhece. Isto pode vir a aguçar a
curiosidade de conhecimento entre as pessoas que busquem saber quem é quem pessoalmente.
Além da Internet, outras atividades podem auxiliar esta proposta de integração. Caso
os alunos estejam desenvolvendo um trabalho com algum software educativo ou até
aplicativos do próprio computador, podem fazê-lo em dupla. Desta maneira, eles terão que
discutir as ideias, dividir as incumbências e saber administrar, em conjunto, o tempo
necessário para a atividade ser concluída com êxito. Ao final de seus projetos, podem, e
devem, compartilhar com colegas de outras turmas aquilo que desenvolveram.
Devemos enfatizar também o famoso Blog, que ao funcionar como um diário permite
que os alunos possam registrar as atividades que desenvolvem em qualquer disciplina, de fácil
uso, ele garante uma melhor comunicação, permite que professores e alunos exercitem a
capacidade criadora dentro de um ambiente de aprendizagem hipertextual e interativo. As
interfaces do blog produzem melhores interações em seu contexto didático pedagógico,
propõe com isso trazer para o contexto escolar os efeitos da aplicabilidade de uma interface
flexível, de construção, colaboração e partilha que pode ser acessada e atualizada online
qualquer tempo de qualquer lugar. O blog permite ao professor explorá-lo como recurso de
acompanhamento e avaliação do aluno.
O “carro-chefe” da implementação será a introdução do PBWorks, antes conhecido
como PBWiki, inaugurado em junho de 2005 e renomeado em abril de 2009 este site destina-
se a construção e edição de página web de fácil manejo e uso por usuários leigos, além da
elaboração e armazenamento de arquivos de forma colaborativa e gratuita. É possível
adicionar conteúdos multimídia, incluir imagens, apresentação de fotos e muito mais. Esta
ferramenta eletrônica permite que múltiplos usuários editem e alterem seu conteúdo através
de um sistema de múltiplas autenticações simultâneas; cada aluno tem seu login e senha e
senha exclusivos, assim o administrador saberá quem fez a mudança e o que mudou.
Devido a crescente difusão de modalidades de educação à distância, torna-se cada vez
maior a busca por ferramentas que permitam, de forma simples, o trabalho colaborativo entre
alunos, tutores e professores. O PBWorks então se insere perfeitamente no contexto
educacional como uma ferramenta de fácil manejo, exigindo poucos conhecimentos técnicos,
e permitindo a interação dinâmica entre seus membros através de páginas da web construídas
para este fim em questão de alguns minutos.
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8.8 ARTIGO CIENTÍFICO
Constitui de uma atividade de aprofundamento teórico-prático conclusiva do PDE,
onde serão relatados os objetivos atingidos e a verificação da aprendizagem e é articulado
com as atividades de produção, intervenção e implementação didático-pedagógica, realizada
na etapa final do programa que se dará no quarto período entre fevereiro a maio de 2011.
9 CRONOGRAMA DE AÇÕES
PeríodoAtividade
DURAÇÃO (em meses)2009
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezAula Inaugural xI Seminário Integrador x xFormação Tecnológica 1 etapa xEncontros de orientação x x x x x xFormação Tecnológica 2 etapa xFormação de prof tutores p EaD xInserção Acadêmica x xMetodologia da Pesq Científica xElaboração do Projeto de Interv. Pedagógica x xI Seminário Temático xFundamentos da Educação xI Curso Específico xFormação Tecnológica 3 etapa x
PeríodoAtividade
DURAÇÃO (em meses)2010
Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezElaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica
x x x
II Seminário Integrador xGrupo de Trabalho em Rede x x x x xII Curso Específico xElaboração da Produção Didático-Pedagógica
x x x
Encontro de Orientação x x x x x x xInserção Acadêmica xII Seminário Temático xEncontro de Área x III Seminário Integrador x
Implementação do projeto de Inter-venção
x x x x x
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PeríodoAtividade
DURAÇÃO (em meses)2011
Fev Mar Abr Mai Jun JulEncontros de Orientação x x xElaboração do Artigo Científico x x x xEntrega do Artigo Final xSimpósio de Encerramento x
10 REFERÊNCIAS
ALONSO, M. & MASETTO, M (1997). Formar educadores para um mundo em transformação. Artigo não publicado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
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FERREIRA, J. Universitários com necessidades especiais. Ingresso, permanência ecompetência. Uma realidade possível para universitários com necessidades educacionais especiais. Rev. Brás. Ver ed. Esp. Marília, Jan. Abr. 2007, v. 13, n. 1 p. 43-63.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: O futuro do Pensamento na era da Informática. Rio de janeiro: Editora 34, 1993.
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MARQUES M. O. A escola no computador: linguagens rearticuladas, educação outra. Ijuí: Unijuí, 1999.
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MORAN, J. M. A integração das tecnologias na educação. Disponível em: <http://www.e-ca.usp.br/prof/moran/integracao.htm>. Acesso em 17/09/2009
MORAN, J. M. Desafios na Comunicação Pessoal. 3. ed. São Paulo: Paulinas,2007, p. 162-166. As Mídias na Educação. Texto disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/midias_educ.htm
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TAJRA, Sanmya F. Informática na educação. 6.ed. São Paulo: Érica, 2005.
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